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Alimentos alternativos para suínos

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Aluna: Stéphany de Meireles Pinto
Curso: Medicina Veterinária
Matrícula: 2019109016
Alimentos alternativos para suínos
Com o aumento do consumo de carne suína, foi-se percebendo, por parte dos produtores,
cada vez mais a necessidade de aprimoramento no manejo para manter essa demanda.
Para que isso ocorresse, foram e são investidos recursos no campo da pesquisa de
aprimoramento genético, desenvolvimento de melhores rações que tenham maior e melhor
conversão alimentar, etc.
A alimentação é um dos mais importantes pontos quando se fala de produção, visto que,
dependendo da sua qualidade, a produção final pode ser completamente alterada, bem
como o tempo para que o animal atinja o peso de abate.
A qualidade da alimentação é um dos pilares essenciais da produção. Assim, viu-se a
necessidade de criar alternativas para que se economizasse sem perder a qualidade do
alimento e, por conseguinte, da produção. Tendo em vista que, em alguns casos, a
alimentação representa o maior custo da produção e pela oscilação do setor econômico que
altera constantemente o preço dos alimentos básicos para esses animais, como milho e a
soja, entende-se a necessidade de encontrar alimentos alternativos para serem utilizados
na produção desses animais, sem que a qualidade dessa produção seja muito inferior,
ocasionando prejuízo ao produtor.
Alimentos alternativos mais utilizados na suinocultura:
Energéticos: Milho, sorgo, milheto, trigo, triguilho, triticale, cevada, aveia, quirera de arroz,
farelos de trigo e de arroz, mandioca e raspa de mandioca, caldo de cana, óleo de soja
degomado, gorduras animais.
O milho é utilizado como fonte de energia para a formulação de rações. Participa em
até 90% da composição das dietas. Sua maior limitação como fonte de nutrientes é o
baixo teor dos aminoácidos lisina e triptofano. A qualidade do milho é um fator importante
a ser observado na nutrição de suínos, para assegurar os teores de nutrientes e a ausência
de substâncias tóxicas. O sorgo pode substituir parcial ou totalmente o milho como fonte
energética para nutrição de suínos, desde que sejam ajustados os teores nutricionais com
os outros ingredientes, e considerados os fatores antinutricionais e suas implicações
no balanceamento da ração. O uso preferencial do trigo na alimentação humana, via de
regra, tem destinado à alimentação animal grãos de qualidade inferior ou subprodutos de
seu processamento industrial. Entretanto, o fator preço, aliado à composição nutricional,
pode tornar o emprego de trigo de boa qualidade na alimentação animal viável e vantajoso.
O teor de proteína bruta da cevada é superior ao do milho e inferior ao do trigo, sendo de
pior qualidade e menos digestível. A aveia pode ser usada na alimentação de suínos como
fonte protéica e energética. Sua composição nutricional e teor de fibra bruta variam em
função do tipo de cultivar e do peso específico do grão. Na alimentação de suínos o arroz é
usado em forma de farelo integral, farelo desengordurado e quirera. A mandioca pode ser
usada na alimentação de suínos, como ingrediente da ração, na forma de farinha integral de
mandioca, na forma de farelo de raspas de mandioca ou ainda na forma de farinha da parte
aérea. Também pode ser usada como ingrediente da dieta em forma de mandioca fresca,
contendo nesse caso, elevado teor de água. É considerada um alimento energético, sendo
o amido seu principal componente. Os teores de proteína e aminoácidos são muito baixos.
Protéicos de origem vegetal: Subprodutos do processamento de vegetais - farelos de
soja, de glúten, de algodão, de amendoim, de girassol, de canola, leveduras de destilarias,
polpa cítrica, quinoa, amaranto, ervilhas.
Na alimentação de suínos a soja participa como fonte protéica, na forma de farelo, que é o
subproduto da extração do óleo. Na forma integral o uso encontra restrições, principalmente
pela presença de fatores antinutricionais.
Protéicos de origem animal: Farinhas de carne e ossos, de carne, de peixes, de penas
hidrolisadas, de vísceras, de sangue.
Uma alternativa constantemente utilizada é o uso de farinhas de origem animal. Essa
alternativa conduz à vantagens nutricionais e econômicas na sua formulação, desde que
assegurada a qualidade das mesmas. Por apresentar alto teor de proteínas, é considerada
o ingrediente ideal para rações de animais. Ademais, seu uso na formulação de dietas é
facilitado, uma vez que contém aminoácidos, energia, cálcio e fósforo. Dentre as muitas
vantagens da utilização desse produto, se destacam os nutrientes, a palatabilidade e a
segurança, já que a farinha de carne e ossos não apresenta fatores alergênicos ou
antinutricionais, podendo assim ser amplamente utilizada. Como é um produto que não
serve para alimentos humanos, tem de sobra no mercado.
Macrominerais: Calcário calcítico, farinha de ossos calcinada, farinha de ostras, fosfatos
mono e bicálcico, sal comum.
Macro Ingredientes: Vitaminas, microminerais, L - lisina, DL – metionina, L-treonina,
L-triptofano.
Nas dietas para suínos recomenda-se suplementação das vitaminas A, D, E, K,
riboflavina, niacina, ácido fólico, ácido pantotênico, colina, biotina, piridoxina, tiamina
e vitamina B12. Deve-se tomar especial cuidado na armazenagem dos suplementos
vitamínicos, evitando períodos longos de armazenamento e protegendo-os da luz,
calor e umidade. Normalmente não se recomenda o armazenamento das vitaminas
por períodos maiores que 30 dias, especialmente se estiverem misturadas com os
minerais nos premixes. Outro fator importante a ser considerado no uso das vitaminas
é a necessidade de se fazer uma mistura homogênea com os demais ingredientes,
face à pequena quantidade utilizada.
Ingredientes que auxiliam o processo digestivo e podem modificar a flora intestinal:
Ácidos orgânicos, enzimas, antioxidantes, probióticos, prebióticos, extratos herbais.
Outros ingredientes: Antimicrobianos usados preventiva ou curativamente,
Antiparasitários, antioxidantes, adsorventes de micotoxinas.
Referências:
DE ARAÚJO, Wagner Azis Garcia. Alimentos energéticos alternativos para suínos. Revista
Eletrônica Nutritime, v. 4, n. 1, p. 384-394, 2007.
FERNANDES, Raimunda Thyciana Vasconcelos et al. Aspectos gerais sobre alimentos
alternativos na nutrição de aves. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento
Sustentável, v. 7, n. 5, p. 10, 2012
PINTO, Stéphany de Meireles. Farinha de Carne e Ossos - Aspectos Gerais. Universidade
Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Agrárias e Engenharias, Curso de Medicina
Veterinária. Alegre, 2020.
ZARDO, Ademir Otavio e LIMA, Gustavo J. M.M., Alimentos para Suínos. Bipers, pesquisa
e extensão. EMBRAPA, 1999

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