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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) SantAnna, Geraldo José Planejamento, gestão o legislação escolar / Geraldo José Sant Anna. - 1. ed. -- São Paulo. Érica. 2014. Bibliografia ISBN 978-85-365-2231-9 1. Edjcação - Leis e legislação - Brasil 2. Plano de Gestão Escolar I. Título. 14-07163 Editado também como livro impresso COD-371.2 Índices para catálogo sistemático: 1 Gestão escolar: Planejamento e estratégia : Educação 371.2 Copyright C 2014 da Editora Érica Ltda. Todos os drotos reservados. Nennuma parto desta pubicaçâo poderá ser reproduzia por quaquor mo® ou forma som p^wa autorização da Editora Érica A volaçáo dos direitos autorais ó cnmo estabeiecdo na Lei n: 9.610/98 o punido pelo Artgo 184 do Códgo Penal. Coordenação Editorial: Capa. Edição de Texto: Preparação o Revisão de Texto: Produção Editorial: Editoração. Produção Digital: Rosana Arruda da Silva Maurioo S. de França Beatriz M. Camero, Silvia Campos Nathalia Ferrarozi Adriana Aguiar Santoro, Da lí te Olivera. Graziele Llborro. Laudemir Mannho dos Santos. Rosana Aparecida Alves dos Santos. Rosemeíre Cavalheiro ERJ Composição Editorial AJline Bullara O autor e a editora acreditam que todas as informações aqu apresentadas estão corretas e podem ser utilizadas para qualquer fim legai. Entretanto. não existe qualquer garantia, expiicta ou impliota. de que o uso de tais informações conduzirá sempre ao resultado dese.ado Os nomes co $'tos o omp-esas. porvontu-a mencionados. fo-am uizados apenas pa-a ilustra- os exemplos, não tendo vinculo nonhum com o livra, não garant ndo a sua exstônoa nem dvulgação Eventuais erratas osta-âo disponíveis para download no site da Editora Érica. Conteúdo elaplado ao Novo Acordo O-togrã^ico da Língua Po-tuguosa. om execução desde 1 - do ,ano -o de 2009 A tustração de capa o algumas imagens de miolo foram retiradas de <www.shutterstock.com>, empresa com a qual se mantém contrato atvo na daia de publicação do livro. Outras foram obtidas da Coleção MasterCI ps/Maste-Photose da IMSI. 100 Rowtand Way. 3rd floor Novato. CA 94945. USA. e do CorelDRAW X5 e X6. Corei Gallsry e Corel Corporation Samoies Copynght© 2013 Editora Enca. Corei Co-porabon o seus icenoadoras Todos os d ro tos reservados Todos os otfo-ços 'oram ‘o tos pa-a credta- dovdamontc os dotonto-cs dos direitos das magons ut iizadas neste iwo Eventua s om ssôcs dn cMrttn onnpynght nAn eAr> intAAcmnAi* n «nrfln rtawtamAnitA <»->h K-innartaa nna próximas AdiçõAA. haatarvín qua aaim prnpnAiénr» crtnta. tem os editcres. 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Esses conceitos vêm sendo cons truídos ao longo dos capítulos anteriores para que você possa vivenciá-los na prática e avaliar diferentes formas de gestar uma escola, um departamento ou setor, ou ainda promover essa articulação visando a maior participação dos atores educacionais. 7.1 O gestor e o clima organizacional O filme Fábrica de Loucuras, de Ron Howard, EUA (1986), apresenta a história de uma pequena cidade de nome Handleyville que tem início quando uma fábrica de automóveis (única na cidade) é fechada após 35 anos de funcionamento. A cidade dependia da empresa, pois era a gera dora de empregos local. No decorrer do filme, fica explícita a diferença de liderança. De um lado, há um japonês, sempre preocupado com o trabalho e com a verdade, e, de outro, um americano, que mente, engana e ilude seus funcionários. Evidencia-se, no filme, o interesse dos japoneses pelo lado humano e a busca dos americanos por resultados cada vez melhores. O ambiente de trabalho é essencial para o desempenho profissional de toda a equipe gestora e pedagógica, e, dessa forma, desempenha papel fundamental na motivação, na satisfação, no atendi mento das expectativas, no rendimento e na felicidade das pessoas. Ecajra Énca - Gftstâo • .egsiaçao E*cdar. Geraico Jo*4 Sart Aor» -1» EOçAo Segundo Brunet (1992), os principais elementos que formam o clima organizacional são: > o tipo de relação interpessoal; » a coesão do grupo de trabalho; » o grau de implicação na tarefa; » o apoio recebido no trabalho. Podemos sintetizar esses elementos analisando a reunião do Conselho de Classe: » As discussões são centradas na aprendizagem do aluno? » Buscam-se discutir alternativas e estratégias para que a aprendizagem do aluno efetiva mente ocorra? » Os alunos são analisados com base em juízos de valor? » O corpo docente aceita e apoia a participação de pais e alunos nas reuniões de Conselho de Classe? » Os registros nas atas são coerentes, demonstrando a preocupação nas atividades sequen ciais de recuperação/reorientação da aprendizagem? Essas questões propiciam ampla análise, colocando à tona resistências, jogo de poder ou a busca de uma educação que favoreça a participação de todos na tomada de decisões, na resolução de problemas e transparência no processo avaliativo. O gestor deve, então, promover ações voltadas para o enriquecimento e valorização das rela ções humanas na escola, integrando toda a equipe escolar e atuando em diferentes níveis, que vão do cognitivo ao afetivo, do psicológico ao social Instrumentos que avaliem o clima organizacional podem constituir-se como indicador importante para o trabalho da coletividade. Vale destacar o importante compromisso social da escola e a importância do trabalho coeso: Mais do que ser instruída por professores, a população precisa ser educada por edu cadores, compreendendo-se que todos os que têm presença permanente no ambien te escolar, em contato com os estudantes, são educadores, independentemente da função que exerçam. (BRASIL, 2006) 7.2 Teorias da administração De acordo com Ferreira et al. (2000), a administração se divide em três blocos históricos: » teorias tradicionais de gestão; » teorias modernas de gestão; » teorias emergentes de gestão. A Teoria da Administração Científica, compondo o grupo de teorias tradicionais de gestão, teve como principais representantes o americano Frederick Winslow Taylor (1856-1915) e o francês Henri Fayol (1841-1925). Taylor entendia a necessidade de aplicar “métodos científicos” à administração para assegurar máxima produção a mínimo custo. Diante disso, podemos sintetizar essa teoria em três atividades: Planejamento. Gestào e Legislação Escolar £c«xa Énca - Gnstao • .egsiaçao E«cdar. Geraico Jo*4 Sart Aor» -1» foçAa » o método de trabalho; » os movimentos necessários à execução das tarefas; » o tempo para desenvolvimento dessas tarefas. Ou seja, os funcionários que desenvolvem as mesmas tarefas devem fazê-las todas do mesmo modo e da melhor maneira possível. As teorias de Fayol são complementares às de Taylor; o que diferencia é a concepção de organi zação da empresa e de supervisão funcional. Temos em Fayol 14 princípios que devem ser considerados: » Divisão do trabalho: funcionários especializados em todos os níveis hierárquicos, favore cendo a eficiência da produção aumentando a produtividade. > Autoridade e responsabilidade: autoridade significa que as ordens emanadas pelos supe riores serão obedecidas. Responsabilidade é a consequência da autoridade e o dever de prestar contas do que é realizado. » Unidade decomando: o operário deve receber ordens de apenas uma pessoa. Autoridade única. » Unidade de direção: trata-se de um controle único com a aplicação de um mesmo plano para grupo de atividades, contendo os mesmos objetivos. » Disciplina: necessidade de obediências às regras. » Preponderância dos interesses gerais: os interesses da organização devem sobrepor-se aos interesses individuais. » Remuneração: deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários. » Centralização: refere-se à hierarquia da organização » Hierarquia/cadeia escalar: definição de autoridade. » Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. » Equidade: preocupação com a coerência e a justiça em toda organização, garantindo a lealdade de cada funcionário à empresa. » Estabilidade dos funcionários: a rotatividade tem impacto negativo no trabalho produtivo, daí a preocupação na manutenção das pessoas na empresa. » Iniciativa: podemos entender como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo. » Espírito de equipe: o trabalho deve ser coletivo, favorecendo a harmonia e a união na equipe. Fayol também definiu cinco funções do administrador: prever, organizar, comandar, coorde nar e controlar. Amplie seus conhecimentos Jules Henri Fayol Barros Zacanti, ou simplesmente Henry Fayol propôs cinco funções ao administrador: Prever e planejar: prévoir - visualizar o futuro e traçar o programa de ação; Organizar: organ ser - constituir o duplo organismo material e social da empresa; Formas de Gestão Ecajra Énca - Gftstâo • .egsiaçao E*cdar. Geraico Jo*4 Sart Aor» -1» EOçAo Comandar comma nder - dirigir e orientar a organização; Coordenar coordonner - unir e harmonizar os atos e esforços coletivos; Controlar: contrôler - verificar se as normas e regras estabelecidas estão sendo seguidas. Para ler mais sobre Fayoi e outros teóricos da Administração, acesse: <http-y/www.Dortal-gestao.com/gesta<yitem/6886- -henri-fayol-pai-da-teoria-cl%C3%Alssica-da-administra%C3%A7%C3%A3o.html> e <http://www.infoescola.com/adminis- tracao_/teoncos-de-destaque-qualidadtf>. Ainda na Escola Clássica, podemos citar Elton Mayo, MacGregor e Ludwig von Bertalalanffy. 7.2.1 Administração por objetivos (APO) Proposta por Peter F. Druker, temos aqui um processo participativo de planejamento e con trole administrativo. Os objetivos são definidos coletivamente, de maneira que sejam exequíveis, estabelecendo-se as prioridades e os resultados a serem alcançados. Os objetivos podem ser divididos em estratégicos (quando determinados em longo prazo e abrangerem toda a organização), táticos (quando se tratar de setores ou departamentos e forem em médio prazo) e operacionais (quando forem em curto prazo e centrados nas atividades a serem desenvolvidas pelos funcionários). Nessa linha de trabalho, faz-se necessário o acompanhamento sistemático do desempenho (con trole), garantindo-se as intervenções necessárias para manter-se alinhado às metas/objetivos definidos. 7.2.2 Administração contingencial Considerada a mais eclética das abordagens, uma vez que considera conceitos extraídos de abordagens anteriores (teoria clássica, das relações humanas, da burocracia, estruturalista, neoclás- sica, comportamental, de sistemas) e consegue articulá-las aos princípios básicos da Administração, como as tarefas, as estruturas, as pessoas, a tecnologia e o ambiente. A variável tecnológica assume papel preponderante, pois a tecnologia adotada terá implicações na estrutura e no comportamento da organização. Esta teoria explicita que não há uma melhor maneira de gerir (tudo está relacionado ao reco nhecimento, diagnóstico e à adaptação a cada situação), necessitando a empresa/organização sofrer ajustes, considerando sua natureza sistêmica. Há complexas inter-relações entre a empresa e o ambiente; portanto, faz-se relevante uma avaliação do ambiente em que se encontra inserida. É a abordagem conhecida como “se-então”. Um dos teóricos dessa corrente é Gareth Morgan. 7.2.3 Administração estratégica Conjunto de orientações, decisões e ações estratégicas que determinam o desempenho supe rior de uma empresa em longo prazo, constituído por: » formulação da estratégia (planejamento estratégico de longo prazo); > implementação da estratégia; » avaliação e controle. O plano estratégico se mostra importante e o gestor é o responsável por criar um clima organiza cional receptivo e favorável envolvendo os níveis superiores da administração, gerando sincronicidade Planejamento. Gestão e Legislação Escolar Ecajra Énca - Gestão • .egslaçAo Ewxiar - Geraloo JoM Sart Aona -1* EOçAo http://www.Dortal-gestao.com/gesta%253cyitem/6886--henri-fayol-pai-da-teoria-cl%25C3%2525Alssica-da-administra%25C3%25A7%25C3%25A3o.html http://www.infoescola.com/adminis-tracao_/teoncos-de-destaque-qualidadtf e sinergia em todos os níveis do processo. Constituindo projeto a ser desenvolvido em longo prazo, a comunicação eficiente é fundamental, daí a importância de sustentar-se por posturas proativas. Surgem aqui ferramentas importantes como o PMI (Project Management Institute), o BSC (Balanced Scorecard) e o PDCA (Plan-Do-Check-Act). » PMI:8 é uma instituição internacional sem fins lucrativos que associa profissionais de ges tão de projetos. No início de 2011, já era considerada a maior associação do gênero no mundo, uma vez que integra mais de 260 mil membros em cerca de 170 países. O escritó rio central localiza-se em Newtown Square, na periferia da cidade da Filadélfia, em Pen- silvânia (Estados Unidos). Seus principais objetivos são: 8 Fonte: <http://brasiLpmi.org/>. Formas de Gestão formular padrões profissionais de gestão de projetos; gerar conhecimento por intermédio da investigação; promover a gestão de projetos como profissão por meio de seus programas de certificação. » BSC: é uma ferramenta de planejamento estratégico na qual a empresa tem claramente definida as suas metas e estratégias, visando medir o desempenho empresarial por meio de indicadores quantificáveis e verificáveis. » PDCA: também conhecido como Ciclo de Deming, é a sigla das palavras em inglês que designam cada etapa do ciclo: Plan, planejar; Do, fazer ou agir; Check, checar ou verificar; e Action, no sentido de intervir/corrigir ou agir de forma corretiva. (Re)planejar/organi.’—' coordenar D Do A Act Avaiwnacor-pmharecoo* Agir/aprimorar/deddir Figura 7.1 - Cido PDCA. r’'»$cnvolvor/cxcciXar/ implementar Entre as Teorias Emergentes, citamos Fritjof Capra, que apresenta duas abordagens: a da Reen- genharia e a da Administração Virtual __ i Amplie seus conhecimentos Luther Gulick foi um teórico, seguidor da Escola Classica, dedicando-se aos estudos dos elementos que constituem a gestão Seus estudos deram ênfase a sete pontos-chave. o planejamento, a organização, a assessoria, a direção, a coordenação, a informação e o orçamento. Um aspecto importante do seu trabalho foi a valorização da coordenação como forma de condu zir as ações de todos para o atingí mento de um objetivo comum. (SILVA, B. Taylofe Fayol. 5. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúo Vargas, 1987.) fc«rs Énca - GftStâo • .egslaçâo E*cdar. Goraloo Jo*4 Sart Aor» -1» EOçAo http://brasiLpmi.org/ Vamos recapitular? Assistindo e discutindo o filme Fábrica de loucuras, foi possível a você apropriar-se de algumas teorias da administração, um pouco mais exploradas no capítulo. As teorias de Taylor e Fayol ainda podem ser identificadas, na prática, em empresas e instituições de ensino. Vale a pena essa análise e reflexão, caso ainda não realizada. Depois nos demoramos um pouco em Druker e Gareth Morgan. Esse c um assunto amplo e procuramos sintetizar aqui para você, embora ainda outras teorias pos sam ser citadas e estudadas. O objetivo foi, contudo, situar você diante dessas teorias e ser capaz de Iden tificá-las, conceituá-las e compreendê-las. Vimos também algumas ferramentas como Balanced Scorecard e PDCA, este último sendo objeto de pesquisa no Capítulo 3. Saber utilizá-lasc importante e poderá auxiliá-lo em suas futuras atividades profissionais. Agora é com você! 1) No livro A Quinta Disciplina, de Peter M. Senge, encontramos quatro conceitos importantes que fundamentam o pensamento sistêmico: » domínio pessoal; » modelos mentais; » visão compartilhada; » aprendizado em equipe. Faça uma pesquisa sobre a obra (a leitura é interessante!) e os quatro conceitos relacio nados. Após, responda às questões e, depois, promova um debate com seus colegas. a) O que é pensamento sistêmico? b) Quais as dificuldades de colocá-lo em prática? c) De que maneira esses quatro conceitos contribuem para a construção de um pensamento sistêmico? 2) Fayol, como vimos neste capítulo, definiu cinco funções do administrador: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Em termos de planejamento de ensino e entendendo o docente como administrador do processo de ensino-aprendizagem, como podemos realizar essa comparação? A proposta de Fayol, se aplicada dessa for ma, atende parcial, totalmente ou não atende a esse processe pedagógico? Justifique. 3) Ludwig von Bertalalanfly nos fala em uma Teoria Geral de Sistemas. Pesquise sobre o tema. 4) Faça uma comparação entre os três blocos que compõem as teorias da administração (tradicionais, modernas e emergentes). Quais as semelhanças, as diferenças e as ten dências futuras? Ecajra Énca - Plar^p-nroo Gostfto • .egsiaçao E*cdar. Gcraloo Jos4 Sart -1* EoçAo Planejamento. Gestão e Legislação Escolar
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