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História e Prevenção de doenças HISTÓRIA DA EPIDEMIOLOGIA · HIPÓCRATES · Considerado como pai da medicina · Rompe com a teoria mística da doença. Para ele, as doenças tinham causas e explicações racionais (não místicas) · Teoria Hipocrática ou dos humores: relação com os 4 elementos, condições climáticas e fluidos corporais. Relação entre o tipo de doença e as condições climáticas. · 4 elementos: fogo, ar, água e terra · “As doenças têm explicações e estão relacionadas com características ambientais. Se o homem está em equilíbrio com o meio, ele está saudável.” · Relações com condições climáticas · Relações com fluidos corporais · (Des) equilíbrio dos fluidos · Ele lançou as bases para a procura da causalidade de doenças e agravos de saúde. · MARCO AURÉLIO E GALENO (Séc II a.C) · Galeno – médico pessoal do imperador · Linha Panacéia – muitos remédios para poucos doentesMITOLOGIA: Filhas de Esculápio (Deus da medicina e da cura) Higeya: Ligada a manutenção da saúde. De onde surge a ideia de higienização. Panaceia: cura de todos os males · Registo compulsório de nascimentos e óbitos · Censos periódicos (com informações demográficas importantes) · Considerado por alguns como pai da medicina · Galeno aconselha o imperador a tomar algumas medidas, por isso Marco Aurélio origina os sensos periódicos e o registro compulsório de nascimentos e óbitos · AVERRÓES E AVICENA (Séc. X) · Grande avanço da medicina mulçumana durante a idade média · AVICENA: Reintrodução de Hipócrates e Galeno · Averróes (Córdoba) – precursor do higienismo · As ideias dele não vingaram muito pois durante a idade média havia uma censura muito grande no tocante a ciência · Séc XVIII/XIX · Grande impulso científico – explicações científicas para as observações · Avanços em física, química e medicina experimentais · Medicina Social – Guèrin (1838) – coletivamente a questão da saúde. · John Snow: cólera em Londres, 1854 – início do pensamento epidemiológico. Ele investigou, minuciosamente, duas epidemias de cólera · LOUIS PASTEUR (1822-1895) · Considerado como o pai da bacteriologia, por identificar e isolar várias bactérias, com o uso do microscópio. · Teoria unicausal da doença – as doenças poderiam ter como causa um único agente etiológico. · Houve a aceitação da teoria dos germes · Koch – Tuberculose · “As doenças vem de fora para dentro através dos microorganismos” Raízes Históricas · Principais eixos de construção da ciência epidemiológica · Clínica Médica · Estatística · Medicina Social · Clínica Médica · Possui um peso muito grande na formação do eixo da ciência epidemiológica. · Se consolida como corporação e no processo de construção de um saber técnico próprio e de uma rede de instituições de prática, reforça ainda mais o estudo do unitário, do caso, a partir da investigação sistemática dos enfermos. · Sua última etapa vincula-se ao nascimento da fisiologia moderna. Claude Bernad (1813-1878), estruturada a partir da definição das patologias no nível subindividual, o que é reforçada com o advento da teoria de Louis Pasteur (1828-1895). · Foca mais no indivíduo, tratamento. Não tem um foco maior para as populações. O foco é mais individualizado. Quantificações · Surge com a necessidade de contar o povo · Surgimento dos Estados: necessidade de contar o povo (produção) e o exército (poder) com surgimento da Estatística (Estados+status + isticum=contar) · Primeiros registros anuais de mortalidade e morbidade realizados pelo estado · John Graunt (1662): Tratado de tabelas mortuárias de Londres, proporção de crianças que morriam antes dos 06 anos de idade (pioneiro na utilização de coeficientes) · Pierre Charles Alexantre Louis (1787-1872); Estudou a tuberculose e a febre tifóide e aplicou método estatístico em contagem de eventos vitais · Willian Farr (1807 – 1883): Médico sanitarista inglês. Considerado o pai da estatística vital e da vigilância sanitária ao classificar as doenças, descrever as leis das epidemias (ascensão e queda rápida de doenças – Lei de Farr) e produzir informações epidemiológicas sistemáticas que foram utilizadas nos planejamentos das ações de prevenção e controle das doenças. Estatística · É a quantificação das enfermidades. O projeto de quantificação das enfermidades representa um elemento metodológico distintivo da nova ciência da saúde. · A partir do século XVII alcança-se uma razoável integração entre a clinica moderna e a estatística. · Estatística (séc. XVII) = medida do Estado –termo criado por Hermann Conrig (1606-1681). · Faltava algo essencial para que desta combinação resultasse uma nova ciência da saúde Medicina Social · Princípio de que a saúde é uma questão social e política, aliado a uma preocupação sociológica e a um compromisso com os processos de transformação da situação de saúde · Um movimento nascente, de forte conotação política, e que mexia com teorias médicas já estabelecidas, provocou resistências em muitos lugares · Virchow – condenado a exílio interno por afirmar que a causa da epidemia de tifo eram sociais e políticas · A publicação, no ano de 1844, do livro “As condições da Classe Trabalhadora na Inglaterra” de Friedrich Engels, foi um dos trabalhos fundamentais para a construção da epidemiologia científica e de caráter social (Breilh, 1989). SAÚDE PÚBLICA · Ciência e arte de EVITAR DOENÇAS, prolongar a vida, desenvolver saúde (física e mental), eficiência para o saneamento ambiental, controles de infecções em comunidades, organização de serviços médicos e paramédicos para o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo de doenças e o aperfeiçoamento da máquina social que irá assegurar a cada indivíduo, dentro da comunidade, um padrão de vida adequado à manutenção de saúde. · A epidemiologia e a saúde se conectam, são indissociáveis quanto a seus objetivos sociais e quanto a sua prática. A epidemiologia é um instrumento para orientar a saúde pública, assim, se a saúde pública é a face tecnológica, a epidemiologia é a face científica. · A epidemiologia estabelece ou indica e avalia os métodos e processos usados pela saúde pública na prevenção de doenças, sendo assim, ela orienta as ações de intervenção; Atualidade · 1960: · Computação eletrônica – revolução na pesquisa epidemiológica com a ampliação dos bancos de dados que acarretou mais eficiência e precisão. · Nos Estados Unidos, a Medicina Preventiva consolida-se como movimento ideológico, o que leva à instalação de departamentos específicos em escolas médicas · Em 1965, Leavell e Clark – responsáveis pela base conceitual do movimento de medicina preventiva e delinearam o modelo da história natural das doenças – teoria multicausal. · Atualmente se assenta em três pilares que são 1. As ciências biológicas que ajudam a epidemiologia na descrição, classificação e determinação da frequência da doença em uma determinada população 2. As ciências sociais que contribui para a compreensão de forma como os indivíduos se expõem ao risco do adoecimento na sociedade e a consequente intervenção 3. A estatística que possibilita a elaboração de indicadores de doença, permitindo o seu controle.
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