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Anatomia Cabeça e Pescoço

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SUPERMATERIAL – CABEÇA E PESCOÇO 
O crânio é o esqueleto da cabeça, a área mais nobre do corpo humano, sendo uma das partes 
mais coesas e resistentes, devido a sua constituição óssea fechada, que funciona como uma 
caixa para os componentes do Sistema Nervoso Central que se encontram dentro da cavidade 
craniana. O estudo detalhado de suas estruturas nos dá um importante arcabouço para 
avaliações clínicas, de diagnóstico por imagem e cirúrgicas. Como veremos nesse material, as 
regiões cefálicas e cervicais, apesar de terem uma grande quantidade de estruturas, tem 
relações lógicas que facilitam o entendimento do tema. 
Para o estudo dos componentes ósseos dessa região do corpo, é necessário o entendimento 
de algumas nomenclaturas utilizadas. Por exemplo, o termo “processo” significa o 
prolongamento de um osso até outro osso, como o “Processo Frontal da Maxila”, que é um 
prolongamento do osso Maxila até o Osso Frontal. Nesse sentido, é válido relembrar também 
que “Forames” são passagens para estruturas vasculonervosas, “Fossas” são depressões 
ocasionadas pela fixação de outras estruturas, “Túberes e Tubérculos” são elevações onde se 
fixam estruturas, dentre outras nomenclaturas. 
 VISCEROCRÂNIO X NEUROCRÂNIO 
 
Figura – Ossos do Neurocrânio, retirada do https://human.biodigital.com/ 
https://human.biodigital.com/
 
Figura – Ossos do Viscerocrânio, retirada do https://human.biodigital.com/ 
Os ossos presentes no crânio podem ser divididos em dois grandes grupos: Neurocrânio e 
Víscerocrânio. O primeiro grupo é responsável por abrigar o encéfalo e seus envoltórios, além 
da parte proximal dos nervos cranianos, sendo composto por 8 ossos, sendo que 4 são ímpares 
(Osso Etmoide, Osso Occiptal, Osso Esfenoide, Osso Frontal) e 2 são pares (Ossos Parietais e 
Ossos Temporais). 
Enquanto isso, os ossos do Viscerocrânio formam a parte anterior do crânio, que h circunda 
cavidade oral, cavidade nasal e grande parte da cavidade orbital; somando um total de 14 
ossos, sendo 2 destes ímpares (Osso Mandíbula, Osso Vômer) e 6 pares (Ossos Maxilares, 
Ossos das Conchas Nasais Inferiores, Ossos Zigomáticos, Ossos Palatinos, Ossos Nasais, Ossos 
Lacrimais). 
Diversos ossos do crânio são pneumáticos, ou seja, apresentam cavidades aéreas em seu 
interior, com o possível intuito de redução de peso desses componentes. Na posição 
anatômica, o crânio se encontra no Plano Orbitomeático, ou seja, a margem inferior da órbita 
ocular está nivelada com a margem superior do poro acústico externo. 
 
 
 
 
 
 
 
https://human.biodigital.com/
VISÕES DO CRÂNIO 
VISTA FRONTAL: 
 
Figura – Vista Craniana Frontal, retirada do Netter 6ª edição 
Na vista frontal, é possível observar os ossos: Frontal, Maxilares, Nasais, Zigomáticos, Parietais 
Mandíbula, Esfenoide, Temporais, Lacrimais Etmoide, Vômer e Osso da Concha Nasal Inferior. 
É possível visualizar o Osso Frontal em sua totalidade anterior com suas estruturas visíveis: 
Glabela, região entre as sobrancelhas, acima da raiz do nariz; o Processo Zigomático, que se 
articula com o Osso Zigomático, contribuindo com a formação do cavidade ocular; a Incisura 
(quando aberta) ou Forame (quando fechado) Supra-orbital, que dá passagem a vasos e nervos 
supra-orbitais; Arcos Superciliares, regiões protuberantes acima das Margens supra-orbitais. 
Sendo possível observar também sua contribuição para formação da cavidade ocular, com sua 
face orbital, além da articulação com os ossos Esfenóide, Etmóide, Zigomático, Maxilares e 
Lacrimal, assim como sua articulação com os ossos: Nasais e Parietais 
Nessa vista também é possível observar os ossos Maxilares em sua extensão, se articulando 
com os ossos: Frontal, Nasais, Zigomáticos, Etmoide, Lacrimais. Pode-se observar estruturas 
típicas de tal osso, como: Forame Infra-orbital, por onde passam os vasos e nervo infra-
orbitais; Processo Frontal, que se articula com o Osso Frontal e Ossos Nasais; Abertura 
Piriforme, recesso composto pelos Ossos Maxilares e Nasais onde o Nariz Externo se implanta. 
Ademais, podemos ver: a contribuição dos Ossos Maxilares na Cavidade Ocular; os Processos 
Alveolares onde se insere a Arcada Dental Superior; e a Espinha Nasal Anterior, na 
extremidade inferior da Abertura Piriforme . 
Pode-se observar também a face anterior do Osso Zigomático, que se articula, na imagem, 
com os ossos: Frontal, Maxilas, Esfenóide e Temporais. Faz-se importante destacar as 
estruturas: Forame Zigomaticofacial, por onde passam vasos e nervos homônimos; Processo 
Frontal do Osso Zigomático, pelo qual se articula com Osso Frontal; Processo Temporal do 
Osso Zigomático, pelo qual se articula com Osso Temporal; sua face orbital, com a qual 
contribui para formação da cavidade ocular. Ademais, é possível ver a extensão do Osso 
Mandíbula, com observação fácil de seu corpo e ramo. Dentre as estruturas visíveis estão 
ainda: Tubérculo Mentual, uma proeminência óssea localizada na extremidade inferior do 
osso; Forame Mentual, por onde passam o nervo e vasos mentuais. 
 
VISTA LATERAL 
 
Figura– Vista Craniana Lateral, retirada do Netter 6ª edição 
Na vista lateral, é possível observar os ossos: Mandíbula, Maxila, Temporal, Occiptal, Parietal, 
Frontal, Esfenóide, Zigomático, Etmoide, Lacrimal e Nasal. Nessa visão, podemos ver a 
totalidade externa do Osso Temporal e alguns de suas mais relevantes estruturas, como: 
Processo Zigomático do Osso Temporal, que se articula com o Processo Temporal do Osso 
Zigomático formando o Arco Zigomático; Processo Mastóide e Processo Estilóide, que servem 
como locais para inserção de tendões musculares; a Fossa Mandibular e o Tubérculo articular, 
estruturas da Articulação Temporomandibular (ATM) que se articulam com a Cabeça da 
Mandíbula, permitindo a mobilidade do Osso Mandíbula; região constituída pelos ossos: 
Temporal, Frontal, Esfenóide e Parietal chamada Fossa Temporal, onde se localiza o músculo 
mastigatório Temporal; Processo Coronóide, local de inserção do Músculo Temporal; Processo 
Estilóide do Osso Temporal, que serve de inserção para músculos da região cervical; além da 
abertura do Meato Acústico Externo e sulco da Artéria Temporal Média. Podemos também ver 
as articulações de tal osso com os ossos: Occiptal, Mandíbula e Esfenóide. Ademais é possível 
observar, na vista lateral, as Linhas Temporais Superior e Inferior, situadas nos ossos Frontal e 
Parietal, que servem de inserção para músculos e fáscias. 
 
VISTA INFERIOR 
 
Figura – Vista Inferior da Base do Crânio, retirada do Netter 6ª edição 
Na vista inferior, é possível observar os ossos: Occiptal, Parietal, Temporal, Esfenóide, Vômer, 
Palatino, Maxila, Frontal e Zigomático. Em posição centroposterior, temos o Osso Occiptal em 
sua extensão inferior, com as estruturas visíveis: Forame Magno, por onde passam medula, 
meninges e estruturas vasculares associadas; Tubérculo Faríngeo, local de fixação da Rafe 
Faríngea; Condilos Occiptais, que são as faces articulares que se ligam a primeira vértebra 
cervical C1 – Atlas; Canal do Nervo Hipoglosso, por onde passa o Nervo Hipoglosso (NC XII); 
Canal Condilar, que dá passagem a Veia Emissária Condilar Posterior, servindo como elo entre 
Plexo Venoso Subocciptal e Seio Sigmóideo; Linhas Nucais Inferior e Posterior, locais de 
inserção de músculos cervicais; Protuberância Occiptal Externa, região elevada onde se 
encontra um importante ponto craniométrico, o Ínio; Crista Occiptal Externa, que 
corresponde, externamente, ao local da confluência dos seios. Além disso, na extensão de sua 
articulação com o Osso Temporal, são observáveis as estruturas: Forame Mastóideo, por onde 
passam Veia Emissária Mastóidea e Artéria Meningea Posterior; Fossa Jugular com o Forame 
Jugular profundamente, pelo qual passam os nervos Glossofaríngeos (NC IX), Vago (NC X), 
Acessório (NC XI) e Veia Jugular Interna; Forame Lacerado, formado com contribuição do OssoEsfenóide, que dá passagem ao Nervo Petroso Maior (NC VII). 
Também é possível observar estruturas presentes no Osso Temporal em sua visão inferior, 
como: Abertura Externa do Canal Carótico, por onde passam Artéria Carótida Interna e Plexo 
Carótico Autônomo; Canalículo Timpânico, por onde passa o Ramo do Nervo Glossofaríngeo 
(NC IX); Canalículo Mastídeo, por onde passa o Ramo Auricular do Nervo Vago (NC X); Forame 
Estilomastóideo, por onde passa o Nervo Facial (NC VII); Incisura Mastóidea, deixada pela 
inserção do Músculo Digástrico. Além das estruturas: Processo Zigomático, Tubérculo Articular, 
Fossa Mandibular, abertura do Meato Acústico Externo, Processo Estilóide, Processo 
Mastóideo, Sulco da Artéria Occiptal. 
Nessa visão também é visível a estrutura do palato duro, composto por duas lâminas ósseas: 
Processo Palatino da Maxila e Lâmina Horizontal do Osso Palatino, unidas pela Sutura Palatina 
Transversa; sendo o lado direito e esquerdo unidos pela Sutura Palatina Mediana. Nessa 
estrutura é possível observar também: Fossa Incisiva, por onde passam Nervo Nasopalatino e 
Artéria Esfenopalatina; Forames Palatinos Maior e Menor por onde passam estruturas 
vasculonervosas homônimas. Pode ser visto também o limite posterior da cavidade nasal: os 
Cóanos Nasais, divididos pelas Asas do Osso Vômer em lado direito e esquerdo. Além disso, é 
possível observar estruturas do Osso Esfenóide, como suas Lâminas Mediais e Laterais, sua Asa 
Maior e suas estruturas, que serão detalhadas. 
VISTA DA CALVÁRIA 
 
Figura – Vista interna da Calvária, retirada do Netter 6ª edição 
 
Figura – Vista Externa da Calvária, retirada do Netter 6ª edição 
Na vista interna e externa da Calvária, é possível observar os ossos: Frontal, Parietais, Occiptal, 
assim como suas suturas e pontos craniométricos, discutidos a frente. Além disso, em visão 
externa é possível observar os Forames Parietais, por onde passam veias emissárias. Em vista 
interna, também são observáveis as estruturas: Sulco do Seio Sagital Superior, que atravessa 
os três ossos da calvária na linha mediana; Sulco dos ramos dos Vasos Meníngeos Médios nos 
ossos Frontal e Parietais; Fovéolas Granulares, impressões das granulações aracnóideas, 
pequenos prolongamentos da meninge aracnoidea, responsáveis pela absorção de líquor. 
VISTA INTERNA DA BASE 
 
Figura – Vista interna da base do crânio, retirada do Netter 6ª edição 
Na vista interna da base do crânio é possível observar os ossos: Frontal, Etmóide, Esfenóide, 
Temporal, Parietal e Occiptal. Para o melhor entendimento da visão da base do crânio é 
importante destacar a divisão anatômica convencionada nas fossas cranianas em 3 fossas: 
anterior, média e posterior. Em toda extensão da visão é possível observar Sulcos dos Vasos 
Meníngeos Anteriores, Médios e Posteriores 
A Fossa Anterior tem sua extensão desde o Osso Frontal, anteriormente, até a Crista 
Esfenoidal, composta pelas Asas Menores do Osso Esfenoide. Tem como estruturas visíveis: 
Sulco do Seio Sagital Superior, que se estende, superiormente, desde o Osso Frontal até o Osso 
Occiptal, por toda extensão da Calvária Craniana; Crista Etmoidal e Lâmina Cribiforme do Osso 
Etmóide, onde os bulbos olfatórios se acomodam; Forame cego, entre a Crista Frontal e 
Etmoidal, por onde passa Veia Emissária para Seio Sagital Superior; Forames Etmoidais 
Anteriores e Posteriores, por onde passam nervos e vasos homônimos 
A Fossa Média tem sua extensão entre a Crista Esfenoidal e Sulco do Seio Petroso Superior, 
impressa na Margem superior da Parte Petrosa do Temporal. Podemos visualizar a superfície 
superior do Osso Esfenóide, tornando visíveis as estruturas: Asa Maior; Asa Menor; Processo 
Clinóide Anterior; Jugo Esfenoidal; Sulco Pré-Quiasmático, deixado pelos nervos ópticos; a Sela 
turca e suas estruturas, que serão explicadas a frente, se situam medialmente na Fossa Média 
do Crânio; Clivo, um declive composto pelos ossos Esfenóide e Occiptal, conduzindo até o 
Forame Magno; Sulco Carótico, deixado pela Artéria Carótida Interna; Canal Óptico, por onde 
passam Nervo Óptico e Artéria Oftálmica; Fissura Orbital Superior, por onde passam Nervo 
Oculomotor (NC III), Nervo Troclear (NC IV), Ramos Lacrimal, Frontal e Nasociliar do Nervo 
Oftálmico (NC V), Nervo Abducente (NC VI), Veia Oftálmica Superior; Forame Redondo, por 
onde passa Nervo Maxilar (NC V); Forame Oval, por onde passam Nervo Mandibular, Artéria 
Meníngea Acessória e, ocasionalmente, Nervo Petroso Menor (NC VII); Forame Espinhoso, por 
onde passam Vasos Meníngeos Médios e ramo meníngeo do Nervo Mandibular; Forame 
Lacerado, forame fechado por cartilagem. Além disso, são visíveis estruturas do Osso 
Temporal, como os sulcos dos Nervos Petroso Maior e Menor (NC VII); Impressão do Nervo 
Trigêmeo; Canal Carótico, que dá passagem a Artéria Carótida Interna e Plexo Carótico Interno; 
Hiatos dos Nervos Petroso Maior e Menor (VII). 
A Fossa Posterior tem sua extensão desde o Sulco do Seio Petroso Superior até o Osso 
Occiptal. Tem como estruturas visíveis, no Osso Temporal, o Sulco do Seio Sigmóide; Meato 
Acústico Interno, que dá passagem ao Nervo Facial (NC VII), Nervo Vestibulococlear (NC VIII) e 
Artéria Labiríntica; Abertura Externa do Canalículo do Vestíbulo, por onde passa o Ducto 
Endolinfático; Forame Jugular, por onde passam Seio Petroso Inferior, Nervo Glossofaríngeo 
(NC IX), Nervo Vago (NC X), Nervo Acessório (NC XI), Seio Sigmóide, Artéria Meníngea 
Posterior. Já no Osso Occiptal, podemos ver a Crista Occiptal Interna; Protuberância Occiptal 
Interna; Côndilos; Canal do Nervo Hipoglosso (NC XII); Forame Magno, que dá passagem ao 
Bulbo, Meninges, Artérias Vertebrais, Ramos Meníngeos das Artérias Vertebrais e Ramos 
Espinhais dos Nervos Acessórios (NC XI); além de diversas impressões de estruturas vasculares, 
como Sulcos dos Seios Transverso, Petroso Inferior e Occiptal. 
Para melhor entendimento dos Forames da Base do Crânio, trazemos essa figura, retirada do 
Livro Netter, que traz o conteúdo de cada passagem. 
 
Figura – Resumo sobre forames da vista interna da base, retirada do Netter 6ª edição 
 SELA TURCA 
A sela turca é uma estrutura localizada no Osso Esfenóide, em sua região superior, acima do 
corpo do osso e do Seio Cavernoso, entre o Tubérculo da sela turca e Dorso da sela turca 
posicionada na porção mediana da Fossa Média do crânio, Tal sela é o local onde a Glândula 
Hipófise se aloja, sendo envolvida pelo Seio Cavernoso e as estruturas que acompanham 
 
 
 
 
 
 
 
Figura – Relação entre sela turca e estruturas adjacentes, retirada do Moore 7ª edição 
Devido a proximidade da Hipófise com o Quiasma Óptico, como pode ser vista na Figura 12, 
em casos de tumores de hipófise, tal estrutura pode ser pressionada levando a quadros 
clínicos compostos por sintomas de cegueira. Além disso, como pode ser visto pela imagem, a 
proximidade entre o Seio Esfenoidal e o Seio Cavernoso, nos dá a justificativa de certa sinusites 
complicadas conduzirem a quadros de Meningite. 
SUTURAS E PONTOS 
 
Figura – Suturas cranianas, retirada do Moore 7ª edição 
As articulações fibrosas entre ossos do neurocrânio são chamadas de suturas cranianas e estão 
explicadas na lista abaixo 
Sutura Coronal: articulação entre ossos Frontal e Parietais 
Sutura Sagital: articulação entre ossos Parietais direito e esquerdo 
Sutura Lambdóidea: articulação entre ossos Parietais e Occiptal 
Sutura Escamosa: articulação entre parte escamosa do osso Temporal com Osso Occiptal 
Pontos craniométricos são processos utilizados para medição, comparação e descrição da 
topografia craniana e estão descritos na lista e na imagem abaixo. 
 
Figura – Pontos Craniométricos, retirada do Moore 7ª edição 
Bregma: Junção das Suturas Coronal e Sagital 
Lambda: Junção das Suturas Lambdóidea e Sagital 
Ptério: Junção, em formato de H, entre os ossos Esfenoide, Parietal, Frontal e Temporal(parte 
escamosa) 
Astério: Junção entre 3 suturas: Sutura Lambdóidea, Parietomastóidea, Occiptomastóidea. 
Násio: Junção entre ossos Nasais e Frontal 
Vértice: Ponto mais alto da Calvária, próximo ao ponto médio da Calvária. 
Glabela: Proeminência lisa no Osso Frontal superiormente à raiz do nariz; parte com projeção 
mais anterior da fronte. 
Ínio: Ponto mais proeminente da protuberância occipital externa 
 
Em neonatos, os ossos da calvária craniana estão ligados uns aos outros por membranas 
fibrosas, formando recessos ósseos chamados de Fontículos. Existem 4 fontículos: Anterior, 
entre os ossos Frontal e Parietais; Posterior, entre os ossos Parietais e Occiptais; 
Posterolateral, localizado onde se situa o Astério; e Anterolateral, entre ossos Parietal, 
Temporal e Esfenóide. Tais recessos dão ao crânio do neonato a flexibilidade necessária 
durante o parto normal, no qual as metades do Osso Frontal tornam-se planas, o Osso Occiptal 
é alongado e leva a uma sobreposição dos Ossos Parietais. 
 
Figura – Fontículos e suturas, retirados do Moore 7ª edição 
Além disso, no crânio do neonato, podemos observar suturas extras, como a Sutura Frontal, 
que, quando persistente passa a ser conhecida como Sutura Metópica e Sutura da Mandíbula. 
O acompanhamento dessas suturas e fontículos tem grande importância na clínica pediátrica, 
visto que possibilita monitoração do desenvolvimento craniano da criança. 
Cada fontículo tem seu período correto de fechamento, que é, no Fontículo Anterior, 
aproximadamente aos 18 meses; Fontículo Posterior, Posterolateral e Anterolateral se fecham 
até os 12 meses; já as suturas Frontal e Mandibular começam a se fundir aos dois anos. O 
fechamento antecipado desses fontículos leva a problemas no desenvolvimento craniano 
Dentre esses distúrbios de desenvolvimento, existem a Escafocefalia, na qual a Sutura Sagital 
se fecha prematuramente, no qual o Fontículo Anterior é pequeno ou ausente; Plagiocefalia, 
no qual há fechamento unilateral das Suturas Coronal e Lambdóidea, gerando torção e 
assimetria no crânio; Oxicefalia, na qual há fechamento antecipado da Sutura Coronal. 
 
Figura – Distúrbios de formação craniana, retirada do Moore 7ª edição 
 
 
NARIZ E SEIOS DA FACE 
O nariz (nariz externo e cavidade nasal) se localiza no centro da face e é responsável pela 
comunicação do ambiente externo com a nasofaringe, necessária para a ventilação do sistema 
respiratório tendo importante papel de aquecimento e filtração do ar inspirado, devido a 
presença de vibrissas nasais (pequenos pêlos). Além disso, também é a região responsável pelo 
sentido especial do Olfato, devido aos prolongamentos do Bulbo Olfatório, presentes em sua 
Lâmina Crivosa, presente no teto da cavidade. Dessa forma, divide-se a cavidade nasal em 2 
áreas: Respiratória, correspondente aos 2/3 inferiores da cavidade, e Olfatória, corresponde 
ao 1/3 superior da cavidade. 
 
Figura – Cavidade Nasal, retirada do Netter 6ª edição 
O órgão nasal se estende desde o ápice do nariz até os cóanos nasais, orifícios de passagem do 
ar para nasofaringe, sendo composto por paredes ósseas e cartilaginosas e sendo dividido pelo 
septo nasal, constituído pela cartilagem do septo nasal, osso vômer e lâmina perpendicular do 
osso etmoide, em cavidades direita e esquerda. Além disso, o nariz pode ser dividido, 
anatomicamente, em nariz externo e nariz interno, também conhecido como cavidade nasal. O 
nariz externo tem como partes a raiz do nariz, o dorso do nariz, suas asas direita e esquerda, 
que conduzem, distalmente, até o ápice do nariz; além disso, é presente a região chamada de 
base do nariz onde se situam as narinas, aberturas responsáveis pela passagem de ar para o 
dentro da cavidade nasal. Quanto a passagem de ar pela cavidade nasal, temos 4 espaços para 
passagem de ar em cada cavidade nasal, os Meatos Nasais Comum (espaço situado entre 
conchas nasais e septo nasal); Inferior (espaço situado abaixo da concha nasal inferior), onde 
se situa a Abertura do Ducto Nasolacrimal, onde se abre tal ducto, comunicante entre 
cavidade ocular e nasal; Médio (espaço situado entre conchas nasais inferior e média), onde se 
localizam as estruturas de drenagem: Infundíbulo Etmoidal, Hiato Semilunar, Bolha Etmoidal, 
Processo Uncinado e Orifício do Seio Maxilar; e Superior (espaço situado entre conchas nasais 
média e superior), além do Recesso Esfenoetmoidal. 
 
Figura – Nariz Externo, retirado do Netter 6ª edição 
O nariz externo é composto uma maioria de componentes cartilaginoso e uma minoria de 
componentes ósseos, sendo recoberto por pele externamente e internamente, até a região do 
vestíbulo do nariz, onde passa a ser revestido por uma túnica mucosa. No que diz respeito a 
sua parte óssea, o nariz externo se acopla na face por meio de aberturas piriformes formadas 
pelos ossos maxilares e ossos nasais, que se prolongam superiormente e contribuem com a 
região do dorso do nariz. Dentre as estruturas cartilaginosas podemos destacar os 
prolongamentos do septo nasal, chamadas de processos laterais da cartilagem do septo nasal, 
que contribuem majoritariamente para a região das asas nasais. Além disso, são presentes 
cartilagens em formato de U, que podem alargar ou estreitar a abertura nasal, de acordo com 
a ação muscular, conhecidas como cartilagens alares. Dentre eles, há as cartilagens Alares 
Maiores, divididas entre ramo lateral e medial, bilateralmente, contribuindo para a formação 
do ápice do nariz e narinas, que são a entrada de ar para a cavidade nasal. Além disso, no nariz 
externo, o septo nasal, responsável por dividir a cavidade em duas partes é composta pela 
cartilagem do septo nasal. Existem ainda as cartilagens alares menores, tecido fibroadiposo e 
cartilagens acessórias. 
 
Figura - Cavidade Nasal, retirada do Netter 6ª edição 
 
Figura - Cavidade Nasal, retirada do Netter 6ª edição 
Por sua vez, a cavidade nasal é constituída por paredes superior, inferior, lateral e medial, 
sendo esta última a única parede que apresenta contribuição cartilaginosa, visto que é 
composta, em parte, pela cartilagem do septo nasal 
Parede Superior: também chamada de Teto da cavidade nasal, tal parede é composta 
totalmente por estruturas ósseas, recebendo contribuições dos ossos: nasal, frontal (por meio 
da Espinha Nasal do Osso Frontal), etmoide (por meio da Lâmina Cribiforme do Osso Etmoide) 
e esfenoide (por meio do corpo do esfenoide) 
Parede Inferior: também chamada de Assoalho da cavidade nasal, tal parede é composta pelos 
ossos maxila (por meio do Processo Palatino da Maxila), anteriormente, e palatino (por meio 
da Lâmina Horizontal do processo Palatino) 
Parede Medial: também chamado de Septo Nasal, tal parede é a única a ter contribuição tanto 
óssea quanto cartilaginosa. Dessa forma, seu componente cartilaginoso é o septo nasal, que se 
alonga posteriormente até as estruturas ósseas. Tais estruturas são compostas pelos ossos: 
vômer, inferiormente, e etmoide (por meio da Lâmina Perpendicular do osso Etmoide), 
superiormente. 
Parede Lateral: a parede lateral tem contribuição do, anteriormente, do Osso Maxila, com sua 
Face Nasal, Osso Lacrimal e Palatino, com sua Lâmina Perpendicular, que forma a parede 
lateral posteriormente. Além disso é de suma importância destacar a importância das 
estruturas chamadas Conchas Nasais: Conchas Nasais Superior e Média, constituídas pelo Osso 
Etmóide, e Concha Nasal Inferior, constituída por um osso homônimo. 
Como já dito no início do material, o crânio apresenta alguns ossos pneumáticos, ou seja, que 
apresentam cavidades ocas em seu interior, para uma redução de peso desses componentes. 
Tais cavidades, quando se comunicam com a cavidade nasal são conhecidos como Seios 
Paranasais. Tais seios são nomeados de acordo com os ossos nos quais estão localizados. São 
encontrados seios paranasais nos Ossos Frontal, Esfenoidal,Etmoidal (podendo ser conhecido 
pela nomenclatura de Células Etmoidais) e Maxila. 
 
Figura - Cavidade Nasal, retirada do Netter 6ª edição 
Seio Frontal: São seios geralmente identificáveis até os 7 anos de idade, localizados 
posteriormente aos Arcos Superciliares e Raiz do nariz, medindo cerca de 5mm. 
Seio Esfenoidal: São seios localizados no corpo do Osso Esfenóide, sendo derivados de Células 
Etmoidais Inferiores que invadem o Osso Esfenóide, por volta dos dois anos de idade. Deve-se 
destacar sua importância clínica devido a sua proximidade a estruturas nobres, como veremos 
a seguir. 
Seio Etmoidal: Também conhecido como Células Etmoidais, tal seio, localizado entre cavidade 
nasal e órbitas, não é visível em radiografias até os 2 anos de idade e são divididas, de acordo 
com sua drenagem para cavidade nasal em: Células Etmoidais Anteriores, Médias e Posteriores 
 
Figura – Seio Maxilar, retirada do Netter 6ª edição 
Seio Maxilar: Os seis maxilares, situados nos corpos dos Ossos Maxilas, são os maiores seios 
paranasais do corpo humano, apresentando Ápice, que avança em direção ao Osso 
Zigomático; Base, que constitui, inferiormente, a parede lateral da cavidade nasal; Teto, 
composto pelo assoalho da órbita; e Assoalho, formado pela parte alveolar da Maxila. 
 
Figura – Vias de drenagem para cavidade nasal, retirada do Netter 6ª edição 
Epistaxe Crônica 
 
Figura 1 – irrigação arterial da cavidade nasal, retirada do Moore 7ª edição 
A região anterior do nariz conta com a anastomose de 4 a 5 artérias nasais, que geram uma 
área extrema vascularizada, conhecida como área de Kiesselbach, sendo comumente 
relacionada a epistaxes crônicas sem outras etiologias conhecidas. 
 
 
 
Articulação Temporomandibular 
 
A articulação Temporomandibular é uma articulação sinovial do tipo gínglimo, responsável 
pela mobilidade do Osso Mandíbula, sendo composta pelos movimentos de translação 
(protusão e retrusão), pequena rotação, além da Flexão (elevação) e Extensão (abaixamento), 
vital para mastigação. Tal articulação é composta por 3 componentes ósseos: Tubérculo 
Articular e Fossa Mandibular, do Osso Temporal, superiormente, e Cabeça da Mandíbula, 
inferiormente, que são separadas pelo Disco Articular da ATM. A articulação conta também 
com três ligamentos, responsáveis pela estabilização e sustentação da articulação, os 
ligamentos: Lateral, Estilomandibular e Esfenomandibular, sendo o principal responsável pela 
sustentação passiva da Mandíbula 
 
Figura – Movimentos da Articulação Temporomandibular, retirado do Moore 7ª edição 
Para melhor entendimento de cada grupamento muscular nas ações sobre ATM trazemos a 
tabela: 
TABELA 1 
MÚSCULOS 
 DIVISÃO EM GRUPOS 
Os músculos cranianos podem ser divididos em músculos craniofaciais, responsáveis pela 
mímica facial e músculos mastigatórios, responsáveis pela mastigação. Os músculos 
craniofaciais têm seu funcionamento baseado em ação semelhante a um esfíncter ou ação 
dilatadora dos orifícios orofaciais. Para melhor estudo dos músculos craniofaciais, podemos 
dividi-los em 4 grupos: (1) Epicranianos (2) Circunorbitais e Palpebrais (3) Nasais e (4) 
Bucolabiais. 
 
Figura – Músculos Epicranianos, retirada do retirada do https://human.biodigital.com/ 
 
Figura - Músculos Epicranianos, retirada do retirada do https://human.biodigital.com/ 
Dentro do grupo dos músculos Epicranianos estão os músculos localizados na região superior 
do crânio, que recobrem o neurocrânio; dentre eles estão os músculos: Frontal, Occiptal, 
Temporoparietal. Os músculos frontal e occiptal são unidos por uma estrutura fascial chamada 
de Gálea Aponeurótica, que conjuga o movimento dos dois músculos, motivo pelo qual alguns 
autores consideram os dois músculos como um só: o músculo Occiptofrontal. 
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Figura – Músculos Circunorbitais, retirada de https://human.biodigital.com/ 
No grupo dos músculos Circunorbitais / Palpebrais estão os músculos situados em torno das 
cavidades oculares. Dentre eles estão os músculos: Orbicular do olho e Corrugador do 
supercílio. 
 
Figura– Músculos Nasais, retirada de https://human.biodigital.com/ 
No grupo dos músculos Nasais estão os músculos situados no região nasal, sendo responsáveis 
pela movimentação do nariz externo, presentes na mimica facial. Dentre eles estão os 
músculos: Prócero, Nasal, Abaixador do septo nasal, Levantador do lábio superior e da asa do 
nariz. 
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Figura – Músculos Bucolabiais, retiradas de https://human.biodigital.com/ 
No grupo dos músculos Bucolabiais estão os músculos com ações relacionadas a 
movimentação dos lábios. Dentre eles estão os músculos: Orbicular da boca, Levantador do 
lábio superior, Abaixador do lábio inferior, Levantador do ângulo da boca, Abaixador do ângulo 
da boca, Zigomático maior, Zigomático menor, Bucinador, Risório, Mentual. 
 
 
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Figura – Músculos Mastigatórios, vista posterior, retirada de https://human.biodigital.com/ 
 
Figura – Músculos Mastigatórios, vista lateral, retirada de https://human.biodigital.com/ 
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Além dos músculos craniofaciais, responsáveis pela mimica facial, existem os músculos 
mastigatórios, utilizados na mastigação, movimento de vital importância na digestão 
alimentar. Dentre os músculos mastigatórios estão: Músculo Másseter, Músculo Temporal, 
Músculo Pterigoideo Medial, Músculo Pterigoideo Lateral 
 
Pescoço 
Introdução 
 
Figura – Trigonos Cervicais, retirada do Moore 7ª edição 
Para melhor estudo das estruturas cervicais, o pescoço é subdividido em trígonos e fossas, 
utilizando músculos e estruturas ósseas como referenciais para divisão; dentre tais trígonos e 
regiões estão: Região Esternocleidomastóidea, onde se localizam Músculo ECM, Veia Jugular 
Externa, Nervos Auricular Magno e Cervical Transverso; Fossa Supraclavicular Menor, onde 
está a Veia Jugular Interna; Região Cervical Posterior, onde se localizam Músculo Trapézio e 
ramos cutâneos dos ramos posteriores dos Nervos Espinais Cervicais; Região Occiptal, que 
conta com a Veia Jugular Externa, troncos do Plexo Braquial, linfonodo cervical; Trígono 
Omoclavicular, onde se localizam a glândula submandibular, linfonodos submandibulares, 
nervos Hipoglosso, Milo-hióide; Trígono Submentual, onde se encontram linfonodos 
homônimos; Trígono Carótico contendo a Artéria Carótida Comum, Veia Jugular Interna, Nervo 
Vago, Acessório, Hipoglosso; já no Trígono Muscular, é possível observar os músculos 
Esternotireóideo, Esterno-hióideo, Glândulas Tireóide e Paratireoides. 
 
 
 
Estruturas ósseas 
 
Figura – Vértebra típica, retirada do Netter 6ª edição 
A coluna vertebral é uma ligação curva formada pelo conjunto das vértebras e dos 
discos intervertebrais que se estende da base do crânio ao ápice do cóccix, sendo o 
principal componente do esqueleto axial, com medida de cerca de 60-70cm de 
extensão. A coluna tem, habitualmente, 33 segmentos vertebrais, divididos em 7 
vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, 5 vértebras lombares, 5 vértebras sacrais e 
4 vértebras coccígeas. Tais vértebras tem estrutura geral composta por Corpo 
Vertebral, anteriormente; Arco Vertebral, posteriormente; Processo Espinhoso, 
mediano, posteriormente; Processos Transversos, posterolateralmente; Processos 
Articulares Superiores e Inferiores com suas face articulares. A junção do arco 
vertebral e da face posterior do corpo vertebral forma o forame vertebral e a sucessão 
de tais passagens forma o canal vertebral, por onde a medula espinhal se alonga 
inferiormente. 
 
Figura – Vértebra Cervical Típica, retirada do Moore 7ª edição 
As vértebras cervicais são as vértebras que possuem maior amplitude e 
variedade de movimento, além de serem as menores vértebras.Possuem 
características típicas, obedecidas pelas vértebras C3-C6. Tais características 
são: C orpo Vertebral pequeno e largo; presença de Processo Espinhoso curto, 
horizontal e bífido; Processos Transversos com Tubérculos Anterior e 
Posterior; Forames Transversários em seus Processos Transversos, por onde 
passam Artérias Vertebrais; Sulco do Nervo Espinhal; Forame Vertebral largo e 
triangular. 
 
Figura – Vértebra C1, retirada do Moore 7ª edição 
Ao analisarmos a vértebra atípica C1, conhecida como Atlas, devemos nos 
atentar as características de ausência de um Corpo Vertebral e Processo 
Espinhoso; presença de Faces Articulares Superiores e Inferiores, como duas 
massas laterais e de tubérculo para inserção de ligamento transverso do Atlas; 
Fóvea do dente, que serve de articulação para o Processo odontóide do Áxis 
(C2); 
 
Figura – Vértebra C2, retirada do Moore 7ª edição 
Já ao analisar a vértebra atípica C2, conhecida como Áxis, devemos nos 
atentar a presença de um Processo Odontóide ou Dente, que possibilita que tal 
vértebra sirva como o eixo de rotação horizontal da cabeça; 
 
Figura – Vértebra C7, retirada do Moore 7ª edição 
Por último, ao analisarmos a vértebra C7, devemos nos atentar a seu Processo 
Espinhoso longo e pontiagudo, que leva a sua facilidade de visualização na 
superfície posterior do pescoço, como a vértebra mais proeminente; Forames 
transversários menores ou ausentes. 
 
Figura – Osso Hióide, retirada do Moore 7ª edição 
Além disso, é importante ressaltar o Osso Hióide, composto por Corpo, Cornos 
Maiores e Menores, servindo de inserção proximal e distal de diversos 
músculos cervicais. 
 
As raízes nervosas dorsais dos nervos espinhais cervicais inferiores conduzem 
a formação de uma estrutura nervosa de suma importância: O Plexo Braquial, 
responsável pela inervação dos membros superiores. O Plexo é formado pelas 
raízes dos nervos C5 – T1, podendo ter contribuição da raiz de C4, sendo 
assim, chamado de Pré-fixado, ou ter contribuição de T2, sendo então 
chamado de Pós-fixado. 
 
Figura – Plexo Braquial, retirado do Netter 6ª edição 
Os nervos espinhais cervicais são nomeados de acordo com a vértebra 
localizada inferiormente, por exemplo, o nervo espinhal C1 tem sua saída 
acima da vértebra C1; enquanto os nervos espinhais torácicos têm sua 
nomenclatura relacionada com a vértebra localizada superiormente, por 
exemplo, o nervo espinhal T2 tem sua saída abaixo da vértebra T2. Tal 
convenção de nomenclatura levou a uma falha: o nervo localizado abaixo da 
vértebra C7 não teria nome, porém foi resolvido que tal nervo seria conhecido 
como nervo espinhal C8. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fáscias Cervicais 
 
 
Figura – Fáscias Cervicais, retirada do Moore 7ª edição. 
O pescoço é uma região do corpo repleta de áreas nobres, sendo repartido por 
suas fáscias em compartimentos. No total, existem 5 lâminas, que são: Lâmina 
subcutânea do pescoço, que é a camada mais superficial da região cervical; 
Lâmina Superficial, que adentra ainda mais nas estruturas cervicais, tendo 
íntimo contato com outras estruturas; Lâmina Pré-Traqueal, na qual se 
localizam as vísceras cervicais, como Traquéia, Esôfago, Glândula Tireóide, 
Faringe, Laringe, etc; Lâmina Pré-Vertebral, que envolve os grupamentos 
musculares e estruturas mais centrais na região cervical; e Fáscia Alar e 
Bainha Carotídea, que envolvem as Artérias Carótidas Comuns e Veia Jugular 
Interna, Nervo Vago. Os músculos e demais estruturas cervicais são divididos 
em tais compartimentos, como veremos a seguir. 
 
Para melhor estudo desses músculos, devemos entender alguns conceitos lógicos acerca de 
nomenclatura: Alguns músculos cervicais tem seu nome baseado em suas origens (inserção 
proximal) e inserções (inserção distal), como, por exemplo o Músculo Estilo-Hióide, que tem 
sua origem no Processo Estilóide do Osso Temporal e inserção no Osso Hióide; dessa forma, 
quando os músculos tiverem esse tipo de nomenclatura, é uma boa estratégia pensar no 
macete “Músculo Origem-Inserção”. 
 
No compartimento mais superficial, é possível observar o Músculo Platisma, envolto pela 
Fáscia de tecido subcutâneo do pescoço. Em sequência, adentrando mais uma fáscia, a Fáscia 
Superficial, podemos observar os músculos: Esternocleidomastóideo (ECM), anteriormente, e 
Trapézio, posteriormente. Dessa forma, podemos agrupar tais músculos como do grupo de 
Músculos Cervicais Superficiais 
 
Figura – Músculos Cervicais Superficiais, retirado de https://human.biodigital.com/ 
 
Figura - Músculos Cervicais Superficiais, retirado de https://human.biodigital.com/ 
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O próximo grupo muscular é composto pelos músculos situados entre a Lâmina Superficial e 
Lâmina Pré-Traqueal. Tal grupo muscular é dividido, conforme a posição dos músculos em 
relação ao Osso Hióide, em dois grupos: Supra-hióideos e Infra-hióideos. O primeiro grupo é 
composto pelos músculos: Milo-hióideo, Gênio-hióideo, Estilo-hióideo e Digástrico. O segundo 
grupo é composto pelos músculos: Esterno-hióideos, Esternotireóideo, Omo-hióideo e Tireo-
hióideo. 
 
Figura – Músculos Supra-hióideos, retirado de https://human.biodigital.com/ 
 
Figura – Músculos Infra-hióideos, retirado de https://human.biodigital.com/ 
Seguindo para planos mais profundos, chegamos aos músculos localizados internamente a 
Lâmina Pré-Vertebral. Para melhor análise desses músculos, tal grupo muscular é dividido em 
regiões anteriores (Pré-Vertebrais) e laterais (Vertebrais Laterais). O grupo Pré-Vertebral é 
composto pelos músculos: Longo do Pescoço, Longo da Cabeça, Reto Anterior da Cabeça e 
Escaleno Anterior. Já o grupo Vertebral Lateral é composto pelos músculos: Reto Lateral da 
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Cabeça, Esplênio da Cabeça, Esplênio do Pescoço, Levantador da Escápula, Escaleno Médio e 
Escaleno Posterior. 
 
Figura – Músculos Cervicais Pré-Vertebrais, retirado de https://human.biodigital.com/ 
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Figura – Músculos Cervicais Vertebrais Laterais, retirado de https://human.biodigital.com/ 
 
Vascularização Arterial 
A vascularização arterial da região da cabeça e pescoço é feita pelas Artérias Carótidas Interna 
e Externa e alguns ramos cervicais das Artérias Subclávias; A drenagem venosa na região 
cervical e craniana é feita pelas veias Jugulares Interna e Externa e suas afluentes. A inervação 
cervical e craniana é feita principalmente por nervos cranianos, com contribuição dos nervos 
espinhais 
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Figura– Figura acerca da divisão do Nervo Facial, retirado do Moore 7ª edição 
 
Figura -Imagem acerca da inervação cranial e cervical, retirado do Netter 6ª edição 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
1. MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2014. 
2. NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
3. SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2000. 
4. GRAY, Henry. Gray's anatomia: a base anatômica da prática clínica. 40ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2010. 
5. Prometheus atlas de anatomia: órgãos internos. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013. 3 v. Volume 1 
6. Site https://human.biodigital.com , para construção das imagens 
https://human.biodigital.com/

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