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UROCULTURA Alto: pielonefrite (rins), ureterite (ureteres) : dores lombares e sintomas sistêmicos como febre e náuseas. Baixo: cistite (bexiga), uretrites (uretra) : o Disúria: dor e ardor ao urinar o Polaciúria: termo usado para caracterizar a queixa de micções muito frequentes e urgentes durante o dia. Oliguria: diurese inferior a 400mL/dia Anuria: diurese inferior a 100ml/dia Poliúria: produção de urina acima de 2,5l/dia ATENÇÃO: volume normal da urina é de 1200 a 1500 ml em 24h. Noctúria: designar quando a paciente precisa acordar para urinar mais de uma vez durante a noite. INFECÇÃO URINÁRIA: Aquela que compromete alguns dos segmentos das vias urinárias. Bacteriúria: presença de bactérias na urina Bacteriúria significativa > 105 UFC/ml Bacteriúria assintomática: bacteriúria significativa sem sintomatologia ITU bacteriúria/sintomas: complicada/não complicada Urosépse: sepse com foco urinário INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO PODE OCORRER NAS CONDIÇÕES: a) Cistite b) Pielonefrite (PN) aguda c) Bacteriúria assintomática duas culturas com o mesmo microrganismo e contagem de 105 (pode se confundir com uma dor na lombar, porque não desenvolve os sintomas característicos) BACTERIÚRIA DE BAIXA CONTAGEM: A BAIXA CONTAGEM PODE TAMBÉM REFLETIR: a) Fase precoce de ITU em andamento b) Diluição urinária devido a maior ingestão de líquidos c) Crescimento lento de certos uropatógenos como o Staphylococcus saprophyticus ou ainda síndrome uretral SÍNDROME URETRAL OU SÍNDROME PIÚRIA: a) Infecções por microrganismos fastidiosos ou não habituais. Ex: Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma, Mycobacteria, Trichomonas, Candida. NOTA: as vezes, a paciente tem os sintomas de infecção urinária, mas no exame de urocultura não mostra, então é recomendado fazer um exame de secreção vaginal, pois microorganismos não habituais podem colonizar ureter que é próximo da bexiga, mas não acusar em uma urocultura. b) Abscesso renal sem drenagem para o trato urinário c) Tuberculose do trato urinário, frequente nos últimos anos d) Amostras urinárias obtidas durante tratamento ou durante uso de agentes anti-sépticos. ATENÇÃO: os sintomas de disúria e maior frequencia urinária são exuberantes, mas não se acompanham de urocultura positiva e sim por sedimento urinário normal ou com leucitúria. Na mulher, A ITU se deve: a) Porque a uretra é mais curta b) A mudança de PH c) Retenção urinária por períodos mais prolongados. No homem, a ITU: a) O maior comprimento uretral, maior fluxo urinário e o fator antibacteriano prostático são protetores. FATORES RESPONSÁVEIS PELA INCIDÊNCIA NO IDOSO: a) Doença de base associada b) Manejo da incontinência urinária com caráter vesical c) Doença ou condição que dificultem o esvaziamento normal da bexiga d) Diminuição da atividade bactericida da secreção prostática e) Diminuição do glicogênio vaginal e aumento do PH vaginal Quanto a evolução podem limitar-se a: a) Episódio único ou isolado b) Recidiva ou recaída c) Reinfecção d) ITU crônica e) Itu recorrente ATENÇÃO: 2 ou mais episódios no período de 6 meses ou 3 ou mais no período de um ano: mulher 2 ou mais episódios por um período de até 3 anos: homem POSSIBILIDADES DE UM MICROORGANISMO ATINGIR O TRATO URINÁRIO: 1. Via ascendente 2. Via hematogênica 3. Via linfática Critérios de avaliação de bacteriúria: a) Segundo Kass: amostras compatíveis com ITU contagem de colônias igual ou maior que 100.000 UFC/ML – mais específico b) Segundo Stamm: contagem de colônias igual ou maior que 100 a 10000 UFC/ml – mais sensível. Pode ser utilizado para crianças e mulheres jovens. BACTÉRIAS ISOLADAS: 1. Corynebacterium urealyticum: o Bacilo gram (+) pleomórfico de crescimento lento o Aeróbio o Multirresistente o Urease positiva, resultando em alcalinização da urina e formação de cálculos. o É comumente encontrado em animais e na pele e mucosas de humanos predominantemente em áreas perigenitais femininas. o É fundamentalmente um patógeno oportunista do trato urinário e pode estar relacionado com quadros de cistite, pielouretrite e pielonefrite. o Adicionalmente, a espécie tem sido relacionada com quadros de infecção de ferida cirúrgica, septicemia, pneumonia, endocardite, peritonite e osteomielite. o Identificação: a) Crescem em ágar sangue após 48 horas de incubação. b) TSI: alcalino/alcalino c) Catalase positiva d) OF-oxidativo e) Ureia positiva f) Hidrolise da esculina g) Bacilos gram (+) Diagnóstico laboratorial: Pesquisa da piúria > 10 piócitos/ml de urina *Nem sempre existe uma perfeita correlação entre piúria e bacteriúria TSI Ureia Não infecciosa: cálculos, trauma genitourinário, neoplasias. Infecciosa: microorganismo de difícil cultivo – chlamydia, ureaplasma, mycobacterium. Bacterioscopia de urina: o Depositar 10uL de urina não centrifugada sobre uma lâmina de vidro o Deixar secar, fixar na chama, corar pelo gram o Oservar com objetiva de imersão o 1 ou mais bactérias por campo, sugere > 10 UFC o A presença de células epiteliais e vários tipos morfológicos de bactérias sugere contaminação. CULTURA DE URINA: a) Colheita: Jato médio no homem o Retratir o prepúcio e limpar o meato uretral e a glande com água e sabão o Coletar o jato médio da primeira urina da manhã o Utilizar recipientes seguramente estéreis. b) Colheita: jato médio na mulher o Limpeza da região perianal, da uretra para o anus com água e sabão o Coletar o jato médio da primeira urina da manhã o Utilizar recipientes seguramente estéreis NOTA: quando a limpeza e coleta são mal feitas, pode ocorrer uma contaminação e dar margem para o crescimento de novos microrganismos TRANSPORTE: o As amostras devem ser transportadas em até 2 horas em temperatura ambiente (20 a 250C) o Sob refrigeração (2 a 80C) em até 24 horas o Quando a refrigeração não for possível, recomenda-se o uso de conservantes bacteriostáticos (ácido bórico) PUNÇÃO SUPRABÚCICA: o Punção direta da bexiga através da parede abdominal usando-se agulha e seringa. CATETERISMO VESICAL: o O cateter deve ser limpo com álcool a 700C. o Utiliza-se agulha e seringa para aspirar a urina. o NOTA: em casos especiais, desaconselha-se como processo de rotina o Coletores plásticos esterilizados: crianças de baixa faixa etária, substituir os intervalos de no máximo uma hora. MEIOS DE CULTURA: Eosina azul de metileno (EMB): o Meio seletivo: inibe o crescimento de gram (+) e diferencial onde os típicos fermentadores de lactose produzem colônias escuras, podendo apresentar brilho metálico característico de tonalidade esverdeada. o Carboidratos: lactose e sacarose o Inibidor e indicador: eosina e azul de metileno Ágar sangue: Crescimento de microrganismos gram (+) e gram (-) o Alfa hemólise: hemólise parcial (forma-se ao redor da colônia um halo esverdeado) o Beta hemólise: hemólise total (forma-se ao redor da colônia um halo transparente) o Delta hemólise: ausência de hemólise. Ágar brolacin (CLED): o Meio não seletivo e diferencial, utilizado na urocultura o Componentes: lactose, L-cisteína, azul de bromotimol o Fermentadores de lactose: colônias amarelas e meio amarelo o Não fermentadores de lactose: colônias azuis e meio azulado INCUBAÇÃO: o Incubar as placas a 35-370C durante 24 horas o Após 24 horas, observar o crescimento, contar as colônias (se houver) e calcular (multiplicar pelo fator de diluição) CRITÉRIOS INTERPRETATIVOS: o Até 10.000 UFC/ML = contaminação o 10.000 a 90.000UFC/ML = suspeita de infecção o Mais de 100.000 UFC/ML = indício de infecção MÉTODOS ENZIMÁTICOS: Consistem na determinação de: a) Nitrato redutase – a presença de nitrito em amostra de urina é decorrente da ação indireta de bactérias redutoras de nitrato a nitrito, o que inclui todas as enterobactérias e a maioria das bactérias não fermentadoras e alguns cocos gram (+) b) Leucócito esterase: o A esterase é encontrada nos grânulos azurófilos dos leucócitos granulócitos que incluem os eosinófilos e neutrófilos. o Leucócitos na urina sugere infecção urinária, mas pode estar presente em várias outras situações, como traumas, uso de substâncias irritantes ou qualquer outra inflamação não causada por um agente infeccioso. C) Meios cromogênicos: o Permitem a identificação direta dos principais uropatógenos (escherichia coli, proteus mirabilis e enterococcus spp.) em 24 horas após incubação. o A identificação presuntiva é baseada nas diferentes colorações das colonicas bacterianas. UROCULTURA Infecção urinária: Infecção do trato urinário pode ocorrer nas condições: Bacteriúria de baixa contagem: A baixa contagem pode também refletir: Síndrome uretral ou síndrome piúria: Fatores responsáveis pela incidência no idoso: Possibilidades de um microorganismo atingir o trato urinário: Bactérias isoladas: Cultura de urina: Transporte: Punção suprabúcica: Cateterismo vesical: Meios de cultura: Incubação: Critérios interpretativos: Métodos enzimáticos:
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