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Microbiologia clínica resumo

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 Infecções nosocomiais IRAS (infecções 
relacionadas à assistência à saúde). 
 Antigamente eram chamadas de 
infecções hospitalares 
 São infecções adquiridas durnate a 
hospitalização e que não estava presente 
e nem em período de incubação quando 
o paciente foi admitido. 
 São geralmente diagnosticadas a partir de 
72 horas após a internação 
 Também consideram hospitalares as 
infecções que se manifestam antes de 72 
horas quando associadas a procedimentos 
diagnósticos ou terapêuticos realizados 
 
 Prevalência das Infecções hospitalares: 
 Infecção de sitio cirúrgico, infecção de 
vias aéreas, infecção de trato urinário 
 Ministério da Saúde : Qualquer tipo de 
infecção adquirida após a entrada do 
paciente em um hospital ou após a sua 
alta quando essa infecção estiver 
diretamente relacionada com a 
internação ou procedimento hospitalar 
 
 Fonte de infecções hospitalares 
 Infecção incubada em um paciente no 
momento da admissão não é IH 
 Fonte exógena: infecção cruzada ou a 
partir do ambiente; 
 Fonte endógena : auto infecção – a partir 
de outro sítio no mesmo paciente. 
 Infecções adquiridas na comunidade e 
disseminadas no ambiente nosocomial são 
IH para outros pacientes e para o staff do 
hospital 
 O tempo reduzido de internação no 
período pós-operatório pode diminuir a 
chance de IH. 
 Comissões de Controle de Infecção 
Hospitalar (CCIH): É um órgão de 
assessoria à autoridade maior das 
instituições de saúde, ele tem como 
finalidade elaboração, execução e 
avaliação das ações de prevenção e 
controle de infecção hospitalar, IRAS. 
 Superbactérias 
 Staphylococcus aureus, resistente à 
Meticilina, sendo denominada MRSA. 
 Klebsiella pneumoniae, produtora de 
carbapenemase, ou KPC, conseguem 
produzir uma enzima capaz de inibir a 
atividade de alguns antibióticos. 
 Acinetobacter baumannii, encontra : na 
água, solo e ambiente hospitalar, sendo 
algumas cepas resistentes aos 
aminoglicosídeos, fluoroquinolonas e beta-
lactâmicos, 
 Pseudomonas aeruginosa, um 
microrganismo oportunista causando 
infecção principalmente nas UTIs em 
pacientes como o sistema imunológico 
comprometido; 
 Enterococcus faecium, causa infecções 
do trato urinário e intestinal em pessoas 
que estão internadas; 
 Proteus sp., relacionada principalmente 
com infecções urinárias nas UTIs e que 
vêm adquirindo resistência a diversos 
antibióticos; 
 Neisseria gonorrhoeae, bactéria 
responsável pela gonorreia e algumas 
cepas já foram identificadas como 
multirresistente, apresentando maior 
resistência à Azitromicina, e, por isso, a 
doença causada por essas cepas é 
conhecida como supergonorreia. 
 
 Descontaminação e desinfecção 
 Descontaminação : remoção de materiais 
orgânicos como fezes , urina, vômito e 
secreções de uma superfície com auxílio 
de solução desinfetante 
 Desinfecção: processo que elimina 
formas vegetativas de microrganismos 
patogênicos das superfícies inanimadas. 
Deve ser realizada por meio de processo 
químicas , com o uso de soluções 
desinfetantes padronizados pela CCIH em 
superfícies previamente limpas 
 Biossegurança 
 Sistemas automatizados 
 A necessidade de automatizar a rotina de 
microbiologia em função: 
 Aumento do número de amostras 
recebidas diariamente nos laboratórios 
clínicos. 
 Necessidade de investigações 
epidemiológicas decorrente do aumento 
do número de micro-organismos 
multidroga resistentes 
 Surgimento de novos mecanismos de 
resistência, considerados desafios na 
rotina dos serviços de microbiologia. 
 A automação tem sido considerada uma 
solução: 
 fase pré-analítica até a pós-analítica. 
 uso de códigos de barra permite rastrear 
as amostras desde a recepção pelo 
laboratório até a liberação do resultado. 
 Cerca de 50 a 70% do tempo gasto pela 
equipe técnica pode ser substituído pelo 
uso da automação 
 Vantagens do sistema automatizado: 
Identificação precisa de numerosos 
micro-organismos, muitos dos quais 
impossíveis de serem identificados por 
métodos manuais. 
 O tempo necessário para a identificação 
final da maioria das bactérias ocorre entre 
4 e 18 horas de incubação e em até 18 
horas para leveduras, antecipando em até 
24 horas a liberação de resultados finais, 
quando comparado às metodologias 
convencionais. 
 Os testes de sensibilidade aos 
antimicrobianos (TSA) são realizados em 
paralelo com a identificação dos micro-
organismos e liberados nos mesmos 
prazos. 
 O TSA automatizado é liberado não só 
por categorias 
 Sensível, intermediário ou resistente, 
 Mas consta ainda com indicação da 
concentração inibitória mínima (CIM) de 
cada fármaco, permitindo a escolha de 
dosagens mais adequadas para o 
tratamento do paciente. 
 Os principais mecanismos de resistência 
bacteriana: 
 produção de enzimas tipo betalactamase 
de espectro ampliado (ESBL) em 
bactérias Gram-negativas, ou resistências 
a Meticilina e vancomicina em Gram-
positivos, são detectados e informados. 
 Desvantagens Alto custo quando 
comparado com a rotina convencional. 
 Impossibilidade em fornecer uma CIM 
exata, na maioria dos casos, pois os 
sistemas automatizados. 
 Disponibilizam poucas diluições dos 
antimicrobianos, 
 Não diluições seriadas como acontece 
com a metodologia de micro diluição em 
placa, 
 o gradiente de diluição em ágar, que 
fornecem uma CIM com maior exatidão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bactérias podem ser divididas em grupos 
de acordo com suas exigências nutritivas 
 Fototróficos: organismos que usam 
energia radiante como fonte de energia 
 Fotolitotróficas: utilizam o CO2 como 
principal fonte de carbono 
 Fotorganotróficas : bactérias que exigem 
um composto orgânico 
 Quimiotróficos: organismos incapazes de 
utilizar a energia radiante; dependem da 
oxidação de compostos químicos para a 
obtenção de energia. 
 bactérias que utilizam o CO2 como 
fonte de carbono e oxidam compostos 
inorgânicos ou elementos químicos para 
obtenção da fonte de energia, são 
chamadas quimiolitotróficas. 
 As que utilizam compostos orgânicos 
para obter energia, são chamadas 
quimiorganotróficas 
 As bactérias fotolitotróficas e 
quimiolitotróficas são conhecidas, 
comumente, como autotróficas 
 As espécies fotorganotróficas e 
quimiorganotróficas são designadas 
heterotróficas. (As bactérias heterotróficas 
apresentam exigências nutritivas mais 
simples.) 
 Podem crescer e se reproduzir numa 
mistura de compostos químicos simples 
devido a grande capacidade de síntese. 
 Neste grupo se encontram todas as 
bactérias patogênicas para o homem, para 
outros animais e para os vegetais, assim 
como a maior parte da população 
microbiana do ambiente humano. 
 Bactérias heterotróficas podem ser: 
 Consumidoras: alimentando-se de outros 
organismos vivos; 
 Saprófitas: que se alimentam de matéria 
orgânica morta. 
 Simbiontes: mantém uma relação estreita 
com um organismo de espécie diferente. 
 Estas simbiontes podem ser: 
 comensais: que nem ajudam, nem 
prejudicam seu hospedeiro; 
 Parasitas: que causam dano ao hospedeiro 
(caso das bactérias patogênicas). 
 Meio da cultura 
 Conjunto de substâncias nutritivas em que 
se cultivam os microrganismos em 
laboratório 
 Exigência: decorrentes do maior ou 
menor poder de síntese da espécie 
 Microrganismos que demonstram 
exigências de nutrientes específicos, 
como vitaminas e outras substâncias 
estimulantes são chamados de 
heterotróficos fastidiosos, e necessitam 
de meios especiais para seu cultivo, 
isolamento e reconhecimento 
 Ágar é um solidificante ideal ( devido a não 
ser metabolizado pelas bactérias de 
interesse clinico ) 
 Permite distribuição em tubos e placas 
 Natureza polissacarídica (D-galactose e L-
galactose) 
 Uma vez solidificado só se liquefaz se 
aquecidoa 100ºC 
 Uma vez liquefeito se solidifica a 45ºC 
 Gelatina :Obtida da osseína (proteína rica 
em aminoácidos) 
 Desvantagem: Hidrolisada por algumas 
bactérias, com o que perde sua qualidade 
de gel 
 Temperatura de 36ºC ela apresenta-se 
líquida 
 Sílica-gel :Obtida pela reação de HCl sobre 
o silicato de sódio, formando ácido silícico 
 Vantagem: Apresentar composição 
química definida, não possuir nenhum 
elemento nutritivo, ideal para solidificar os 
meios sintéticos. 
 Classificação dos meios de Cultura 
Quanto à Procedência 
 Naturais ou Complexos: Ingredientes com 
composição química definida, tais como 
extratos de vegetais (malte, tomate, 
amido, peptona de soja), de animais (carne, 
cérebro, fígado, caseína) e de 
microrganismos (levedura). 
 Artificiais (sintéticos ou quimicamente 
definidos) composição química é 
conhecida e os seus componentes 
servem para suprir as exigências nutritivas 
dos microrganismos, em fontes de 
carbono, nitrogênio, vitaminas, energia, sais 
minerais. 
 Classificação dos meios de Cultura 
Quanto à Consistência 
 Sólidos: Contêm agentes solidificantes 
(ágar) na proporção de 1 a 2,0%. 
 Sólidos a temperatura ambiente. 
 Semi-sólidos: 
 Quantidade de ágar é de 0,075 a 0,5%. 
 Consistência intermediária. 
 Líquidos: 
 Sem agentes solidificantes 
 Apresentam-se como caldo 
 Classificação dos meios de Cultura 
Quanto à Composição 
 Meios básicos : permitem o crescimento 
bacteriano sem satisfazer nenhuma 
exigência especial 
 Meios complexos: cumprem exigências 
vitais de determinados microrganismos 
 Classificação dos meios de Cultura 
Quanto à Finalidade 
 Meio de enriquecimento: geralmente 
líquido, de composição química rica em 
nutrientes, com a finalidade de permitir 
que as bactérias contidas em uma amostra 
clínica aumentem em número. 
 Meio de Transporte: consiste em um 
meio isento de nutrientes, contendo um 
agente redutor (Tioglicolato ou cisteína). 
Geralmente mantém o pH favorável, 
previne a desidratação de secreções 
durante o transporte e evita a oxidação e 
auto-destruição enzimática dos patógenos 
presentes. 
 Meio Seletivo: a finalidade deste tipo de 
meio é selecionar as espécies que se 
deseja isolar e impedir o desenvolvimento 
de outros microrganismos (adição de 
corantes, antibióticos, sais biliares e outras 
substâncias com capacidade inibitória para 
alguns microrganismos). 
 Meio Diferencial: possibilita a distinção 
entre vários gêneros e espécies de 
microrganismos, por possuir substâncias 
que permitem uma diferenciação 
presuntiva, evidenciada na mudança de 
coloração ou na morfologia das colônias. 
 Meio Indicador: Utilizado no estudo das 
propriedades bioquímicas das bactérias, 
auxiliando, assim, sua identificação. 
 Caracterização Morfológica das colônias 
 
 Caracterização Morfológica das colônias 
 
 Em meio sólido, as células bacterianas se 
multiplicam formando colônias. 
 Conforme as bactérias consomem os 
nutrientes do meio de cultura, elas crescem 
e se multiplicam. 
 Suas células começam a se acumular, 
ficando visíveis a olho nu. 
 O conjunto dessas células são chamados de 
colônias bacterianas. 
 Hemólise : algumas bactérias produzem 
enzimas que lisam as hemácias presentes no 
meio ágar sangue.. Formam 3 tipos de 
hemólise : Beta- hemólise – lise completa das 
hemácias ( zona clara em torno no 
crescimento bacteriano). Alfa- hemólise – lise 
parcial das hemácias ( cor esverdeada 
próxima as colônias – presença de biliverdina) 
. Gama – hemólise – acontece quando o 
organismo não produz hemólise 
 Pigmentação: bactérias que possuem 
pigmentos quando crescem nos meios de 
cultura. 
 Tamanho : o tamanho pode variar muito mas 
geralmente : grande >1mm de diâmetro . 
Médias = 1mm . Pequenas < 1mm 
 Forma , elevação e margem : muito 
importante na interpretação do crescimento 
bacteriano 
 
 Densidade transparente (pode ver através da 
colônia )/ opaca ( não é possível ver através 
da colônia) / translucida ( pode ver através da 
colônia apenas com auxílio de luz) 
 Consistência observada quando toca a colônia 
com uma alça bacteriológica . EX: 
amanteigada , pegajosa, secas, mucoides e 
quebradiças 
 Superfície pode apresentar aspectos rugoso, 
granular, embaçado, cremoso ou brilhante 
 Odor o odor característico de algumas 
bacterias podem auxiliar na interpretação ( 
não é recomendável cheirar direto da placa) 
EX: uva( Pseudomonas aeruginosa) , queijo( 
staphylococcus aureus) 
 Técnicas de semeadura 
 Isolamento de um microrganismo: Consiste 
na obtenção de uma cultura pura (colônias 
isoladas de um único microrganismo, 
separando-os de outros que se encontram 
no mesmo material) Finalidade do isolamento: 
identificação do microrganismo 
 Repique: Consiste na transferência de um 
microrganismo de um meio de cultura para 
outro 
 Semeadura: Consiste na inoculação ou plantio 
de um microrganismo em um meio de 
cultura, a partir de um material contaminado 
qualquer 
 Semeadura em meio líquido: Uma alçada da 
colônia ou da bactéria é introduzida no meio 
líquido, com agitação da alça, para maior 
difusão dos microrganismos. (Objetivo: é um 
repique genérico para crescimento 
bacteriano em meio líquido.) 
 Semeadura em meio semi-sólido: Introduzir a 
agulha carregada de microrganismo no 
interior do tubo, utilizando-se uma agulha de 
platina. A inoculação deverá ter a 
profundidade de 2/3 do meio semi-sólido (ou 
até o fundo), ao qual se aplicará apenas uma 
picada. (Objetivo: verificar fermentação e 
motilidade bacteriana) 
 Semeadura em ágar sólido inclinado: Semear 
com agulha bacteriológica, fazendo uma linha 
reta, com cuidado de não ferir o ágar, 
partindo da base para a extremidade do bizel 
(superfície inclinada do meio). Na superfície 
inclinada semear em estrias (zig-zag). ( 
Objetivo: Obtenção de intensa massa de 
microrganismos, provas bioquímicas de 
identificação) 
 Semeadura por esgotamento: consiste em 
depositar o material coletado sobre uma 
parte da placa e depois espalhá-lo com a alça 
de platina em campos diferentes de modo a 
obter quantidades progressivamente 
menores do material 
 Semeadura por espalhamento Consiste em 
espalhar o material com o auxílio de um swab 
(para obtenção de tapete uniforme) ou alça 
de Drigalski (para obtenção de colônias 
isoladas após diluição), fazendo a 
semeadura por toda a superfície da placa 
de Petri a ser utilizada nesta técnica. 
 Deve-se ter o cuidado para que toda a 
superfície da placa seja semeada, evitando 
regiões sem semeadura. 
 Recomenda-se que faça o procedimento de 
semeadura com o swab em três direções 
distintas, com a alça em toda a superfície 
rodando a placa. 
 Semeadura “Pour-plate” 
(em profundidade ou incorporação): 
Transferir 1 ml da cultura para placa de Petri 
vazia, colocar 10 – 20 ml do meio fundido (e 
resfriado a cerca de 45 – 50°C) sobre a 
cultura e homogeneizar suavemente com 
movimentos circulares. Objetivo: quantificar 
microrganismos 
 Semeadura por “Spread-plate” ou distensão 
Transferir 0,1 ml da cultura para o meio sólido 
na placa e espalhar uniformemente com a 
própria ponta da pipeta, ou alça bacteriológica 
/ swab / alça Drigalsky. (Objetivo: obtenção 
de crescimento confluente, ou para 
contagem bacteriana. Esta técnica é muito 
utilizada na realização de antibiogramas.) 
 Semeadura com alça calibrada: Imergir a alça 
calibrada na amostra de forma vertical. 
Observar se preencheu todo o espaço do 
aro com a amostra. Observar se não ficou 
bolhas no líquido que preenche o aro. 
Semear fazendo-se, inicialmente, uma linha 
reta no centro da placa e completando-se o 
espalhamento com uma série de passagens 
em um ângulo de 90º, através da linha original. 
(Objetivo: Quantificar microrganismos em 
amostras líquidas. Isolar colônias de 
microrganismos permitindo assim a descriçãoda sua morfologia) 
 
 Por que controlar o crescimento microbiano? 
 Para prevenir a transmissão de doenças, 
evitar decomposição de alimentos, evitar 
contaminação da água e do ambiente. 
 Esse controle de microrganismos é possível 
pela ação de agentes físicos e químicos, que 
possuem propriedades de matar a célula 
microbiana, ou de impedir a sua reprodução 
 Esterilização: destruição de todas as formas 
de vida microbiana. (é o método indicado para 
uso em itens que de forma alguma podem 
ser usados quando houver qualquer tipo de 
contaminação, classificados como “críticos”. 
Que penetrarão em pele e mucosa, ou serão 
introduzidos diretamente na corrente 
sanguínea, sendo portanto de alto risco.) 
 Desinfecção: destruição de patógenos 
vegetativos 
 Anti-sepsia: destruição de patógenos 
vegetativos em tecido vivo. 
 Sanitização: tratamento destinado a reduzir 
as contagens microbianas nos utensílios 
alimentares até níveis seguros 
 Assepsia: Procedimentos que visam evitar o 
retorno da contaminação a um objeto, 
superfície ou local. 
 Métodos Físicos mais frequente 
 Temperatura 
 Calor: Úmido e Seco 
 Radiação ultravioleta 
 Radiação ionizantes 
 Filtração 
 Temperatura esterilização por calor 
 Melhor maneira de garantir a destruição de 
microrganismos presentes em instrumentos 
e equipamentos é mediante o uso do calor. 
 Estufa ou forno de Pasteur : é realizado a 
temperaturas de 140ºC a 180ºC, com tempo 
de exposição de 60 a 120 minutos em estufas 
elétricas equipadas com termostatos. 
 A utilização do calor seco leva mais tempo 
que o calor úmido, mas como existem 
materiais que não podem ser esterilizados no 
calor úmido, o calor seco é o preferido. 
 indicado para esterilizar vidrarias, 
instrumentos de corte ou de ponta, os quais 
podem oxidar na presença do vapor da 
autoclave, e materiais impermeáveis como 
ceras, pomadas e óleos. 
 Calor seco – Flambagem – Bico de Bunsen 
 Calor úmido pode ser utilizado para destruir 
microrganismos presentes em materiais 
através das formas de: vapor d’água, água 
fervente e água aquecida abaixo de seu 
ponto de ebulição. 
 Autoclave - O vapor d’água sob pressão é a 
mais prática e segura aplicação do calor 
úmido. A autoclavação é feita a 121º C com 
tempo de exposição de 15 a 30 minutos. A 
penetração do vapor no material garante 
maior nível de destruição dos 
microrganismos, e por este motivo é mais 
rápido.( processo mais eficiente para destruir 
os microrganismos e os esporos, que o calor 
seco.) 
 Controle da Esterilização- O controle deve 
ser realizado através de métodos químicos e 
bacteriológicos. Os métodos químicos utilizam 
uma fita especial que mostra, através da 
mudança de cor, se a temperatura desejada 
foi atingida. Métodos bacteriológicos utilizam a 
bactéria chamada Bacillus subtilis, que por ser 
produtora de esporos, é uma eficiente 
indicadora da qualidade do processo 
 Temperaturas Baixas: os microrganismos 
são mais resistentes ao frio do que ao calor. 
 a temperatura de geladeira (4°C) pode ser 
empregada para conservação de culturas. 
 congelamento lento promove a formação de 
cristais de gelo, que perfuram a membrana e 
a parede celular. 
 O congelamento brusco a temperaturas 
inferiores a -30°C seguido de dessecamento 
à vácuo – liofilização – é usada na 
conservação de microrganismos 
 Ultravioleta: luz UV danifica o DNA das células 
expostas. Inibem a replicação correta do DNA 
durante a reprodução celular. 
 radiação não é muito penetrante. 
 comprimentos de onda mais eficazes estão 
entre 240-280 nm. 
 usadas na desinfecção de ambientes e 
materiais cirúrgicos. 
 Radiações Ionizantes: raios gama, raios X, ou 
feixes de elétrons de alta energia. (muito mais 
penetrantes que as radiações UV.) 
 Usado para esterilizar produtos farmacêuticos 
e suprimentos médicos. 
 Filtração: A passagem de soluções ou gases 
através de filtros de poros suficientemente 
pequenos é usado para reter bactérias e 
fungos (não vírus). 
 utilizada na esterilização de materiais sensíveis 
ao calor, como meios de cultura, enzimas, 
vacinas e soluções antibióticos. 
 Podem ser de carvão, algodão, papel , lã de 
vidro e membrana poliméricas 
 Filtros de membrana- Apresentam poros de 
dimensões menores do que os 
microrganismos a serem retirados (0,2-0,45 
μm). 
 Agentes químicos: 
 Desinfecção de pisos e superfícies. Também 
são utilizados quando equipamentos de 
operações unitárias ou componentes de uma 
instalação industrial não admite esterilização 
pelo vapor de água saturado. 
 Desinfecção: Físico (Pasteurização) e 
Químico (desinfetantes) 
 Temos desinfecção de alto, intermediário ou 
de baixo nível, dependendo da quantidade de 
microrganismos inativados 
 Desinfecção de alto nível : Inativa todos os 
microrganismos, exceto esporos. Este tipo de 
desinfecção é indicado para itens classificados 
como “semi-críticos”, ou seja, que entram em 
contato com mucosas íntegras e pele não 
íntegra 
 Desinfecção de nível intermediário: É aquela 
que inativa bactérias na forma vegetativa (M. 
tuberculosis), fungos e a maioria dos vírus. É 
indicada para uso em itens classificados como 
“não-críticos”, ou seja, aqueles materiais que 
entram em contato apenas com a pele 
íntegra 
 Desinfecção de baixo nível: Inativa a maioria 
das bactérias na forma vegetativa, exceto M. 
tuberculosis, alguns fungos e vírus. É indicada 
também para itens de uso “não-crítico”. 
 Desinfecção por agentes físicos 
 Pasteurização: é o aquecimento lento a 
baixas temperaturas, suficiente para eliminar 
as células vegetativas de microrganismos, 
mas não os esporos, portanto, é um método 
de desinfecção de alto nível. É indicado o uso 
de temperatura de 77ºC por 30 minutos 
 Método de Desinfecção de alto nível: 
 Glutaraldeído: é indicado qualquer objeto 
sensível ao calor, e para rápida desinfecção 
de itens reutilizados. É utilizado em solução a 
2% com pH alcalino (7,5-8,5) por 30 minutos. 
Ação germicida: alteração do RNA, DNA e 
síntese protéica. 
 Formaldeído: Pode ser encontrado na forma 
sólida (pastilhas formalina) ou como solução 
aquosa 37-40% (diluído em álcool ou água). 
A solução deve ser usada por 30 minutos 
sendo a concentração de 8% em solução 
alcoólica e 10% em solução aquosa. Espectro 
de ação: bactericida, fungicida, viruscida. 
 Peróxido de Hidrogênio: Age em presença 
de matéria orgânica e deve-se fazer a 
imersão do material em solução com 
concentração de 3-6% por 15-30 minutos. 
Solução com menos de 6% deve ser 
desprezada. 
 Desnaturação protéica, ruptura da 
permeabilidade da membrana celular. 
 Compatibilidade com materiais: corrói zinco 
cobre e latão. 
 Ácido Peracético: A concentração de uso é 
variável para a desinfecção, sendo que o 
tempo de exposição deve ser no mínimo de 
20 minutos. 
 Método de Desinfecção de nível 
intermediário: 
 Compostos Clorados: Causam a inibição de 
reações enzimáticas intracelulares, 
desnaturação de proteínas, e inativação de 
ácidos nucléicos. 
 Apresentam atividade antimicrobiana de 
amplo espectro, tem baixo custo e ação 
rápida, entretanto seu uso é limitado, pois é 
irritante, instável por 24 horas, fotossensível 
e volátil, além de ser corrosivo para metais. 
 Seu uso é indicado para artigos de vidro e 
borracha, sendo contra-indicado para metais 
(é corrosivo). 
 Apresenta-se na forma líquida (ex: Hipoclorito 
de sódio) e na forma sólida (ex: Hipoclorito de 
Cálcio), e o tempo de exposição dos artigos 
a estes compostos é de aproximadamente 10 
minutos. 
 Álcoois(Etílicos e Isopropílicos): 
 Seu mecanismo de ação é através da 
desnaturação de proteínas e ruptura da 
membrana celular. 
 São usados em concentração de 70% peso 
por 10 minutos, para a desinfecção de 
superfícies. 
 O uso destas substâncias é contra-indicado 
para materiais médico-cirúrgicos, borracha, 
plásticos eacrílico. 
 Fenólicos: Seu mecanismo de ação é através 
do rompimento da parede celular, 
precipitando proteínas, quando usado em alta 
concentração, e alteração dos sistemas 
enzimáticos fundamentais, quando utilizado 
em baixa concentração. 
 Sua concentração para uso é de 0,4-5% 
sendo que o tempo de exposição deve ser 
menor ou igual a 10 minutos. 
 Seu uso é indicado para descontaminação de 
ambiente hospitalar, itens cirúrgicos e 
médicos não-críticos, sendo que devem ser 
consideradas as limitações devido a toxicidade 
(hiperbilirrubinemia – crianças – berçários), e 
ação residual em materiais porosos. 
 O cresol e o orto-fenilfenol são os compostos 
fenólicos mais utilizados como desinfetantes 
de superfícies 
 Espectro de ação: bactericida, viruscida, 
fungicida. 
 Iodóforos: Sua ação é através de seu alto 
poder de penetração na parede celular, 
levando a ruptura de proteínas. 
 São utilizados em concentração de 30 a 50 
ppm por um tempo menor ou igual a 10 
minutos. 
 O iodo está disponível como tintura de iodo, 
usado principalmente na desinfecção da pele 
e no tratamento das feridas. 
 Método de Desinfecção de baixo nível: 
 Álcoois 
 Compostos Clorados 
 Fenólicos: em concentração menor que 5% 
 Iodóforos: em concentração menor que 30 
ppm 
 Compostos de Amônio Quaternário: 
 Age através da inativação de enzimas, 
desnaturação de proteínas essenciais, 
ruptura da membrana celular. 
 Sua concentração para uso é de 0,4 a 0,6% 
por um tempo de no mínimo 10 minutos. 
 É indicado para a limpeza de ambiente 
hospitalar (pisos, paredes e superfícies). 
 Detergentes: São agentes tensoativos, com 
ação detergente, umectante e emulsionante. 
 Podem ser classificados como Catiônicos (p. 
ex. Quaternários de Amônio), Aniônicos (p. ex. 
sabões, detergentes sulfatados ou 
sulfonados), e Enzimáticos. Este último tem 
como princípio ativo enzimas proteinases, 
amilase e lípases, e, portanto, causam 
transformações em proteínas, 
polissacarídeos e gorduras (ex: Endozime) 
 COCOS GRAM POSITIVOS DE INTERESSE 
CLÍNICO 
 Staphylococcus 
 Espécies: S. aureus; S. epidermidis; S. 
saprophyticus 
 Streptococcus 
 Espécies: S. pyogenes; S. agalactiae; S. 
pneumoniae; Grupo Viridans; Grupo D 
 Enterococcus 
 Espécies: faecalis; faecium; bovis 
 Staphylococcus 
 Gram positivos 
 Aglomerados em cachos “ cachos de uva” 
 São imóveis ( n tem flagelos) 
 Produzem catalase 
 Anaeróbios facultativos 
 Família Micrococcaceae 
 Ubíquos : colonizam água, terra , produtos 
derivados de animais , pele 
 S. aureus, S. epidermidis, S saprophyticus ( 
mais importantes ) 
 Colonizam a pelo dos seres humanos : 
narinas, axilas, região inguinal e períneo 
 Principais fontes de contaminação : outros 
seres humanos, superfície e objetos 
contaminados , alimentos / infecções : cortes, 
picadas de insetos, queimaduras, higiene 
precária 
 Os Estafilococos são as bactérias não 
esporuladas que mais resistem no meio 
ambiente 
 Sensível a clorexidina 
 Crescimento em meio ágar sangue 
 S. aureus 
 Mais virulenta e patogênica 
 Possui pigmento caratenoide chamado de 
estafiloxantina – coloração amarelo- dourado 
para a colônia 
 Os fatores de virulência produzidos por S. 
aureus não são expressados a toda hora, são 
dependentes da fase de crescimento da 
bactéria. 
 Coagulase positiva ( enzima capaz de 
coagular o plasma do sangue ) 
 Hemólise de hemácias do tipo Beta , soltando 
um pouco de gordura 
 Causa doenças por meio da produção de 
toxinas e pela indução de inflamação 
piogênica ( feridas com pus ) 
 Podem estar divididos em três tipos: as 
infecções superficiais (abscessos cutâneos, 
infecções de ferida) infecções sistêmicas 
(bacteremia, endocardite, osteomielite, 
artrite, miosite, pneumonia) e os quadros 
tóxicos (síndrome do choque tóxico, 
síndrome da pele escaldada e intoxicação 
alimentar) 
 Piogênicas abscessos com pus , foliculite , 
síndrome da pele escaldada ( bebês ou 
idosos com pele parecendo queimada) , 
Impetigo ( pústulas no nariz e boca) 
 Conjuntivite bacteriana , intoxicação alimentar 
: É decorrente da ingestão de enterotoxinas 
pré-formadas no alimento contaminado pela 
bactéria. Os sintomas da intoxicação 
alimentar consistem em náuseas, vômitos, 
diarreia e dores abdominais. As enterotoxinas 
são termoestáveis, dessa forma a cocção 
dos alimentos não as destroem 
 Bacteremias Processo mais comum em 
pacientes internados. A infecção geralmente 
é adquirida quando do emprego de cateteres 
intravenosos. A bacteremia pode dar origem 
a diversas outras infecções e pode evoluir 
pra sepse com mortalidade elevada. 
 Endocardites A infecção é adquirida pelo uso 
de injeção intravenosa e a válvula mais 
comprometida é a tricúspide. Alta taxa de 
mortalidade. 
 Pneumonia e Empiema pneumonia pode ser 
devido a aspiração da secreção oral ou 
disseminação hematogênica a partir de um 
foco infeccioso. A pneumonia estafilocócica 
pode ser caracterizada de empiema (coleção 
de material purulento na pleura). 
 Osteomielite A bactéria pode alcançar os 
ossos por via hematogênica ou por extensão 
de infecções em tecidos contíguos. 
 Staphylococcus epidermidis 
 Segunda espécie mais importante do 
gênero Staphylococcus 
 Faz parte da flora normal da pele e da 
mucosa de seres humanos e animais 
superiores 
 Colônias brancas 
 Encontrada principalmente na pele 
 Profissionais hospitalares são mais propensas 
 Coagulase negativa / hemólise negativa 
 Infecções nosocomiais ( hospitalares) , 
endorcardite , doenças de pele 
 Staphylococcus epidermidis é um risco para 
pacientes imunocomprometidos e para 
usuários de drogas intravenosas, podendo 
causar endocardite e infecções generalizadas 
não-piogênicas. 
 Pode causar septicemia, endocardite, 
peritonite, ventriculite e infecções em locais 
com prótese. 
 Coloração branca; 
 Coagulase Negativa; 
 DNAse Negativa; 
 Catalase positiva 
 Fermentação do manitol negativa; 
 Novobiocina Sensível; 
 Habitante Normal da pele e mucosas; 
 Causa ocasionalmente sepses. 
 
 Staphylococcus saprophyticus 
 é de interesse clínico pois frequentemente 
causa infecção do trato urinário, 
especialmente em mulheres, podendo 
chegar a causar cistite, uretrite e pielonefrite, 
e em casos extremos bacteremia. 
 Encontrado na mucosa do trato genital 
feminino ( principalmente) 
 Colônias brancas 
 Coagulase negativa /hemólise negativa 
 Relacionada a infecções do trato urinário 
 Coloração branca; 
 Coagulase negativa; 
 Catalase positiva 
 DNAse negativa; 
 Fermentação do Manitol negativa; 
 Novobiocina resistente; 
 Causa Infecções genito-urinárias. 
 
 
 PROVAS BIOQUÍMICAS PARA IDENTIFICAÇÃO 
DOS Staphylococcus 
 Prova da Catalase: Com uma amostra 
gram+ , a determinação da família é feita 
pela prova da catalase. 
 prova da catalase consiste em colocar uma 
amostra de bactéria em contato com o 
peróxido de hidrogênio, e pesquisar a 
formação de bolhas de oxigênio. Com a alça 
bacteriológica ou com um palito coleta-se o 
centro de uma colônia suspeita e esfrega-
se em uma lamina de vidro. 
 Colocar sobre este esfregaço uma gota de 
água oxigenada a 3% e observar a 
formação de bolhas. 
 
 
 Prova da coagulase 
 é exclusiva ao Staphylococcus aureus 
 critério para a identificação de uma amostra 
como pertencente à espécie 
 coagulase em lâmina: A maioria das cepas 
de Staphylococcus aureus possui a 
coagulase ligada (ou fator aglutinante) 
“clumping factor” na superfície da parede 
celular, que reage com o fibrinogênio do 
plasma causando a coagulação do mesmo. 
 coagulase em tubo baseia-se na presença da 
coagulase livre que reage com um fator 
plasmático formando um complexo que atua 
sobre o fibrinogênio formando a fibrina. 
 Hemólise : α- parcial 
 β– total (S.aureus) 
 γ – sem hemólise (S. epidermidis) 
 CRESCIMENTO EM ÁGAR MANITOL: O 
Staphylococcus aureus tem a capacidade 
de fermentar o manitol em meio 
contendo 7,5 % de cloreto de sódio, 
denominado ágar manitol salgado ou Meio 
de Chapman. 
 O indicador de pH é o vermelho de 
fenol, que indica uma reação positiva 
quando o meio ao redor das colônias se 
torna amarelo, e negativa quando permanece 
avermelhado. 
 DNAse: inoculação de colônias em meio 
contendo DNA, (DNAse test agar) obtido 
comercialmente. 
 O meio adicionado com corante demonstra 
uma melhor facilidade na leitura, e permite o 
repique da amostra positiva para o teste de 
sensibilidade aos antimicrobianos, evitando 
que se retorne à placa original onde nem 
sempre as colônias estão bem isoladas 
 Positivos: formação de um halo transparente 
em torno do crescimento bacteriano ( 
HCL2% revelador de solução) 
 Resistência à Novobiocina A cepa é semeada 
de maneira semelhante ao antibiograma em 
placa de Muller Hinton acrescida de um disco 
teste de novobiocina contendo 5 µg. 
 As amostras resistentes mostram zonas de 
inibição de 6 a 12 mm, enquanto as 
susceptíveis apresentam halos de 16 mm ou 
mais. 
 As cepas de Staphylococcus aureus são 
sensíveis. 
 
 Streptococcus 
 Família - Streptococcaceae 
 Gênero – Streptococcus 
 Streptococcus - 20 espécies: 
 S. pneumoniae (ou pneumococo - principal 
agente de infecções trato respiratório - 
pneumonias bacterianas) 
 S. pyogenes – (coloniza garganta - faringites 
e amigdalites) 
 S. mutans – (microbiota cavidade oral - cárie 
dental) 
 estreptococos de importância médica são 
divididos em : estreptococos beta-hemolíticos 
(ou estreptococos piogênicos), 
pneumococos, estreptococos do grupo D e 
streptococcus viridans 
 a maioria dos streptococus faz parte da 
microbiota normal da garganta , pele e do 
intestino, só causando doença quando 
consegue acesso aos tecidos e ao sangue 
 Características : gram +,organizado em 
cadeias ou pares , catalase negativa, não 
possui flagelo, oxidase negativa, anaeróbios oi 
anaeróbios facultativos, presença de hemólise 
e o cultivo em ágar-sangue 
 Colônias Pequenas e Translúcidas 
 Padrão de hemólise: tipo de classificação 
 Alfa-hemólise: hemólise parcial com presença 
de zona esverdeada ao redor da colônia 
 Beta-hemólise: hemólise total ao redor da 
colônia, apresentando transparência do meio 
de cultura 
 Gama-hemólise: não acontece hemólise o 
meio permanece inalterado 
 Grupos de Lancefield 
 Classificados de acordo com a presença do 
carboidrato C (características antigênicas) na 
parede celular 
 Grupos A, B, C, D, F ,G ( de interesse clínico) 
 S. pneumoniae e S. viridians também são de 
interesse clinico, mas não são agrupáveis 
 S.treptococus Beta- hemolíticos : 
 presença do carboidrato C , presença da 
proteína M (responsável pela virulência das 
doenças) Estreptococos do grupo A sem 
proteína M não são virulentos. 
 Resistência a fagocitose (na ausência de Ac 
contra proteína M) 
 80 tipos diferentes de proteína M 
 GRUPO A (presença da proteína M) 
 S. pyogenes ( Mais importante , também 
conhecida como bactéria devoradora de 
carne) 
 Sensível à Bacitracina 
 O crescimento em ágar-sangue é inibido pelo 
antibiótico Bacitracina 
 Provocam Infecções nas Vias aéreas 
superiores e pele; Febre reumática, 
glomerulonefrite (natureza imunológica); 
 Possui várias toxinas e enzimas (hemolisinas): 
Virulência e patogenicidade 
 Doenças : 
 Faringite – infecção por bactéria na faringe 
As faringites são causadas por vírus e 
bactérias, sendo entre as bacterianas em 
torno de 90% são causadas pelo S.pyogenes. 
 A infecção é transmitida por gotículas 
infectadas provenientes de pacientes com o 
mesmo tipo de processo. 
 Se não tratada pode evoluir para uma sinusite 
ou meningite 
 Celulite: lesão purulenta 
 Piodermites : É uma infecção purulenta da 
derme que acomete principalmente crianças 
com hábitos higiênicos precários. A bactéria 
penetra na derme através de lesões da 
epiderme. 
 Em 50% dos casos a infecção é mista com 
a participação de staphylococcus aureus. 
 Erisipela infecção aguda da pele que se 
caracteriza por vermelhidão da área afetada, 
dor local, febre, calafrios 
 Faceite ( fascite) necrosante Infecção 
profunda do tecido conjuntivo subcutâneo, 
se caracteriza por destruição do tecido 
muscular e gorduroso e se dissemina ao 
longo do plano facial 
 Síndromes tóxicas mais comuns são a 
escarlatina e o choque tóxico 
 escarlatina é uma complicação das faringites 
causadas por amostras de S.pyogenes 
lisogenizadas por fagos 
 O choque tóxico caracteriza-se por febre, 
calafrios, mal-estar geral, náuseas, hipotensão, 
e choque, promovendo a falência múltipla de 
órgãos. 
 Febre Reumática Caracteriza-se por lesões 
inflamatórias não supurativas (acompanhadas 
por pus), envolvendo o coração, as 
articulações,os tecidos celular subcutâneo e 
sistema nervoso central. 
 Glomerulonefrite doença glomerular 
caracterizada por uma reação inflamatória, 
com infiltração leucocitária e proliferação 
celular dos glomérulos, ou que aparentam ser 
o resultado de uma lesão glomerular imune. 
 Grupo B S. agalactiae 
 São beta- hemolítcos 
 Infecções na via Genito-urinária 
 Resistente à Bacitracina 
 Hidrolisam hipurato 
 O S. agalactiae pode colonizar 
assintomaticamente a vagina de mulheres e 
causar infecções graves em recém-nascidos. 
 Em recém nascidos: Existem 2 tipos de 
síndromes. A síndrome tardia, e a síndrome 
precoce.( As infecções precoces ocorrem na 
primeira semana de vida, e as infecções 
tardias de 7 à 90 dias após o nascimento) 
 As manifestações clínicas precoces mais 
comuns incluem pneumonia, artrite séptica, 
sepse e meningite 
 A infecção tardia mais comum é a 
bacteremia associada a meningite. As fontes 
de infecção mais prováveis são a própria 
mãe, ou outras crianças doentes. 
 Em parturientes: Os estreptococcus do tipo 
B, estão relacionados a doenças que variam 
desde infecção urinária branda até quadros 
de sepse grave, trombofeblite séptica e 
meningite. 
 Em homens e mulheres não parturientes O 
trato gastrointestinal é um reservatório 
importante para essas bactérias e o trato 
genital masculino é também considerado uma 
fonte de pielonefrite (inflamação da pelve 
renal) e prostite (inflamação da próstata). 
 Grupo D Enterococos faecalis, faecium, bovis 
 Microbiota Intestinal 
 -Hemolíticos (Sem Hemólise), mas também 
pode apresentar padrões ,  ou -
Hemolíticos 
 Hidrolisam a Bile 
 Resistente a penicilina G ( enterococos) , uma 
combinação sinergística de penicilina e um 
aminoglicosídeo é necessário para matar os 
enterococos 
 Resistentes a vancominicina 
 S. bovis 
 Organismo menos resistente , estreptococos 
não enterocócios 
 Inibidos ao crescer em NaCl e mortos pela 
penicilina G 
 Endocardite 
 Streptococcus pneumoniae 
 Pneumococos 
 Pares em forma de chama de vela 
 Pneumonia bacteriana em 90% dos casos 
 Hemólise parcial / alfa- hemolíticos 
 Sensível Optoquina (5µg/mL 
 infecção pneumocócica tem início com a 
colonização da nasofaringe pelo 
microorganismo. 
 A partir da região inicialmente colonizada, os 
pneumococos podem alcançar o ouvido 
médio, e os pulmões através dos brônquios. 
Podem também entrar na corrente 
circulatória. 
 Doenças : 
 Pneumonia É uma infecção aguda, 
normalmente precedida de um estado gripal. 
 A pneumonia ocorre quando os 
microorganismos sobrevivem a fagocitose 
pelos macrófagos pulmonares e proliferam-
se nos alvéolos, onde sofrem autólise 
promovendo a liberação de substâncias que 
provocam inflamação. 
 Meningite O S.pneumoniae é um dos agentes 
mais comuns da meningite purulenta. 
 Pode resultar de bacteremias primáriasmais 
muitas vezes se instala em associação a 
otites, sinusites e pneumonias 
 Bacteremia 
 Otite 
 Sinusite 
 Endocardite 
 Artrite 
 Streptococcus Grupo Viridans 
 Microbiota normal da boca, mucosas, pele e 
Intestino 
 Streptococcus sanguis, salivarius, mitis, 
mutans 
 Ocasionalmente causam processos 
endocárdicos e caries dentarias 
 -Hemolíticos (Hemólise Parcial); 
 Resistentes à Optoquina (5µg/mL). 
 Viridians : microbiota normal da faringe 
humana 
 Sensível Optoquina (5µg/mL 
 Principais Provas de Identificação 
Laboratorial 
 Catalase ( negativa) 
 Hidrólise do Hipurato ( positivo fica roxo / 
azul escuro .Negativo fnão há mudança de 
cor) 
 Prova de CAMP; 
 Hidrólise da Esculina (usados para 
identificação presuntiva das espécies de 
Enterococcus e Streptococcus do grupo D 
(Streptococcus bovis). 
 Tolerância a Caldo Salgado (NaCl 6,5%); 
 Sensibilidade à Optoquina; (diferenciar o 
Streptococcus pneumoniae de 
Streptococcus viridans.) 
 Sensibilidade à Bacitracina.( para identificação 
presuntiva do Streptococcus grupo A 
(sensíveis) (Os grupos C,F,G, são sensíveis a 
bacitracina e a sulfametoxazol-trimetropim) 
 Prova de CAMP (identificação dos 
Streptococcus do grupo B) Resultado positivo 
(S. agalactiae – grupo B) = alargamento da 
zona de lise, forma de ponta de flecha 
 Hidrólise da Esculina Todos os estreptococos 
do grupo D de Lancefield apresentam a 
bile esculina positiva, seja Enterococcus sp 
ou Streptococcus do grupo D não 
enterococo (Streptococcus bovis). 
 PYR : Teste do Pyr (Hidrólise do L-
pyrrolidonyl-N-naftilamida). 
 identificação dos Streptococcus pyogenens 
do grupo A e espécies de Enterococos. 
 Pode substituir a bacitracina / sulfametoxazol 
– trimetropim e NaCl 6.5%. 
 
 Mycobacterium 
 Bacilos aeróbios, Imóveis, possuem a parede 
celular rica em lipídios 
 Crescimento lento / cerca de 70 espécies e 
a maioria associada a doenças humanas 
 Família : Micobacteriaceae 
 Mais importantes na área clínica: complexo 
M. avium, Complexo M. tuberculosis, 
Mycobacterium leprae, micobactérias não 
tuberculosas ( MNT) 
 Complexo M. avium: Infecções oportunistas 
em pacientes com AIDS 
 Micobactérias não tuberculosas - MNT: 
Infecções linfáticas, pulmonares, esqueléticas, 
cutâneas e disseminadas 
 
 Identificação das micobactérias 
 As micobactérias podem ser separadas 
em grupos de acordo com: utilização de 
algum substrato pela micobactéria, o tempo 
de crescimento, a temperatura ótima para 
que esse crescimento ocorra, a produção 
de pigmento quando exposta à luz e a 
morfologia da colônia das diferentes espécies. 
 Crescimento: tempo necessário para as 
colônias serem observadas a olho nú, em 
meio solido. Crescimento rápido < 7 dias / 
crescimento lento > 7 dias 
 Pigmentos : fotocromogênicas – produzem 
pigmento somente após exposição a luz/ 
scotocromogênicas – produzem pigmento 
tanto no escuro quanto no claro/ Não 
fotocromogênicas – não produzem 
pigmentos 
 Mycobacterium tuberculosis 
 Acidorresistente( devido ao elevado teor 
lipídico) – retém o corante carbolfucsina 
 Não são gram positivo e nem negativos 
 Coloração de Ziehl- Neelsen 
 Agente etiológico da tuberculose 
 Bacilos aeróbios obrigatório ( preferência por 
tecidos mais oxigenados) 
 bacilo de Koch 
 Crescimento lento e imóveis 
 Meio de Lowenstein- jansen (contem 
nutrientes complexos) os corantes inibem a 
microbiota normal indesejado presente na 
amostra 
 Parede celular é o fator de virulência mais 
importante nesta bactéria 
 Transmissão transmitido por aerossóis 
respiratórios (tosse de indivíduos com 
esfregaço positivo) ( o pulmão é o sitio de 
infecção inicial) 
 É parasita intracelular infecta macrófagos 
 Humanos são o reservatório natural 
 M. bovis pode ser encontrado em bovinos – 
pode ser encontrado em leite de vaca 
podendo causar tuberculose gastrintestinal 
 Não produz e não tem exotoxinas e 
endotoxinas 
 Infecção iniciada quando os bacilos atingem 
os alvéolos pulmonares 
 Tubérculo- granuloma circundado por tecido 
fibroso que sofreu necrose caseosa central 
 Tuberculose miliar quando ocorre a 
disseminação para outros órgãos e tecidos 
 Infecta qualquer órgão sendo mais comum: 
pulmão , cérebro/meninges, fígado , ossos e 
pele 
 Pode acometer vários órgãos ou tecidos, 
geralmente por disseminação hematogênica, 
a partir de um foco pulmonar primário. 
 Manifestações clínicas : 
 Tuberculose Pulmonar ( Infecção primária) : 
tosse com catarro por mais de 15 dias , febre 
ao entardecer , calafrios, sudorese noturna, 
falta de apetite, perda de peso , cansaço fácil 
, dificuldade de respiração,, infecção nos 
gângliso linfáticos ( Linfadenopatia do 
pescoço) , eritema nodoso 
 Tuberculose miliar : lesões disseminadas por 
múltiplas lesões disseminadas similares a 
grãos 
 Tuberculose do TGI: pode ser causada pela 
deglutição do escarro proveniente da lesão 
pulmonar 
 M.bovis ingerido a partir de produtos lácteos 
não pasteurizados 
 Sintomas gerais como febre e 
emagrecimento acompanhado de dor 
abdominal e diarreia 
 Tuberculose Orofaríngea : úlcera indolor 
 Tuberculose renal: disseminação através do 
sangue e é o 3 sítio mais afetado após os 
pulmões e linfonodos. Sintomas: disúrias, 
hematúria e dor de flanco . Urina contem 
leucócitos 
 Diagnóstico : 
 clínico, raio x e tomografia. 
 Teste cutâneo de tuberculina - mecanismo 
de reação de hipersensibilidade tardia 
 Teste de PPD: teste de tuberculina , suspeita 
ou investigação de contato com 
Mycobacterium tuberculosis,( Intradermica , 
mistura de proteínas de baixo peso 
molecular) 
 Lesão inflamatória ( Nódulo endurecido) 
positivo 
 Indica infecção previa pelo organismo, não 
necessariamente a doença ativa 
 A imunização com vacina BCG pode 
provocar um teste positivo , mas com 
reações de 5-10 mm que diminuem com o 
tempo . se for de 15mm ou mais considerado 
infecção mesmo tendo recebido a vacina 
BCG 
 Exame bacteriológico – Baciloscopia – 
pesquisa de BAAR: coloração 
acidorresistente do escarro ( ZIehl-Neelsen) 
 Permite descobrir a fonte de infecção, 
indicados para pacientes adultos com 
sintomas resp. e pacientes que apresentem 
alterações no RX . Positivo com a presença 
de bacilos corados em coloração 
avermelhada 
 Cultura- após tratamento com hidróxido de 
sódio e centrifugação é realizado o cultivo 
por até 8 semanas 
 Também podem ser usados meios líquidos 
como o BACTEC 
 Não cresce em ágar sangue 
 Tratamento com múltiplos fármacos na 
tentativa de reduzir cada vez mais que a 
bactéria desenvolva resistência a um 
determinado fármaco apenas e por ser um 
tratamento de longa duração ( 6-9 meses) 
 Isoniazida ( Base do tratamento) , rifampicina 
e pirazinamida 
 Etambutol acrescentado para paciente 
imunocomprometidos 
 O escarro torna-se não infeccioso no período 
de 2-3 semanas 
 
 Provas bioquímicas de identificação 
 Catalase : quase todas as micobactérias 
produzem catalase ( catalase positiva) 
 Uréia : capacidade ou não de hidrolisar a uréia. 
( positivo : rosa forte ou vermelho / negativo 
não ocorre mudança de cor) . Se ficar 
levemente rosado deve ser repetido o teste 
e persistir classificar como negativo 
 crescimento em MC sem cristal violeta : 
utilizado para diferenciar as diferentes 
espécies de micobactérias de crescimento 
rápido. 
 teste da arilsulfatase: verificar em que 
condições a enzima arisulfatase é produzida 
(geralmente é testado após 3 dias de cultura 
/ 2 semanas em meio arilsulfatase / 6 gotas 
de Na2CO3 2N ) Resultado é positivo com a 
coloração rosa pink 
 Telurito ( verificar redução de Telurito) 
positivo forma um precipitado preto no fundo 
do tubo / negativo não forma precipitado 
 utilização do ferro( verificarconversão do 
citrato de ferro amonical em óxido de ferro): 
negativo não há mudança de cor / positivo 
as colônias ficam escuras- oxidadas 
 hidrólise do Tween : hidrólise enzimática do 
tween . Positivo: meio fica pink ou vermelho 
 
 Mycobacterium leprae 
 Agente causador da lepra 
 Também conhecida como hanseníase 
(doença de Hansen) 
 Bactéria: intracelular obrigatória 
 Acidorresistente (devido ao elevado teor 
lipídico) – retém o corante carbolfucsina 
 Bacilos aeróbios 
 Não são gram positivo e nem negativos 
 ZIehl-Neelsen 
 Não consegue crescer em meio livre de 
células 
 Microscopia sensível apenas para a forma 
lepromatosa 
 Reprodução lenta ( 12-14dias) 
 Cresce preferencialmente na pele e em 
nervos superficiais (temp. ótima de 
crescimento 30 °C) 
 Não é cultivável em vitro (bacteriológico 
artificias e cultura). Cultivada em pastas de 
camundongos ou em tatus 
 Hanseníase se apresenta de 2 formas: 
Tuberculoide (neural) / Lepromatosa 
(progressiva) 
 Tuberculoide (neural): apresenta uma ou 
poucas lesões com pouca destruição tissular, 
ausência ou pequena quantidade de bacilo 
nas lesões, baixa probabilidade de 
transmissão, teste cutâneo de lepromina 
(positivo – presença de lesão endurecida 
após 48h ) , resposta mediada por células M. 
leprae ( presente) 
 Lepromatosa (progressiva): várias lesões, 
com marcante destruição tissular, grande 
quantidade de bacilos, alta probabilidade de 
transmissão, resposta mediada por células M. 
leprae( reduzida ou ausente), teste cutâneo 
de lepromina ( negativo- por causa da 
ausência de uma resposta imunológica eficaz) 
 Transmissão: adquirida por contato 
prolongado com pacientes que possuem 
hanseníase lepromatosa, que expelem 
grande n° de M. Leprae nas secreções nasais 
e a partir de lesões cutâneas 
 Humanos são os hospedeiros naturais, tatu 
pode corresponder a um reservatório para a 
infecção humana 
 Patogênese ( Tuberculoide) : sobrevive a 
fagocitose por macrófagos e invadem as 
células da bainha de mielina 
 Tuberculoide (neural) (Paubacilar ou 
paucibacilar) : crescimento limitado (resposta 
imune mediada por células), com 
pouquíssimos bacilos, formação de 
granuloma contendo células gigantes, no local 
da lesão há perda de sensibilidade (dano nos 
nervos) e alopécia 
 Manifestações clinicas: lesões 
despigmentadas assimétricas (sem forma 
específica) na pele, circundada por uma 
borda de pequenos nódulos e anestesia 
(diminuição da sensibilidade). Estável e 
benigna, recuperação algumas vezes ocorre 
de forma espontânea 
 Lepromatosa (progressiva) (multibacilar): 
células da pele são infectadas e nódulos 
desfigurantes se formam por todo o corpo. 
O mínimo de resposta imune celular, 
resposta humoral está efetiva (anticorpos 
não são protetores- não desenvolvem 
memoria imunológica), lesões histiócitos 
esponjosos 
 Manifestações clínicas: são observadas 
múltiplas lesões cutâneas nodulares (gerando 
a face leonina), desenvolvimento de eritema 
nodoso leprótico (enl) – sinal do 
restabelecimento da imunidade mediada por 
células (nódulos dolorosos ) 
 Anestesia cutânea resulta em queimaduras e 
outros traumas, reabsorção óssea leva a 
perda de características dos dedos e do nariz, 
pregueamento da pele 
 Diagnóstico laboratorial: coloração de Ziehl-
Neelsen 
 Lepromatosa- presença de bacilos que é 
facilmente demonstrada pela coloração das 
lesões da pele ou raspados 
 Tuberculoide – poucos organismos são 
observados e o aparecimento de granulomas 
típicos é o suficiente para o diagnostico 
 Nenhum teste sorológico é útil e as culturas 
são negativas (o organismo não cresce em 
meios artificiais) 
 Tratamento tem como base a dapsona 
(recomendando a terapia combinada) 
 Lepromatosa- dapsona, rifampicina e 
clofazimina 
 Tuberculoide – dapsona e rifampicina 
 Tratamento administrado por pelo menos 2 
anos ou até que as lesões estejam 
desprovidas de microrganismo 
 Prevenção: isolamento dos pacientes 
acometidos pela lepromatosa 
 Neisseria 
 Cocos gram ( -) aeróbios , dispostos em 
pares ( lembram grãos de café ) 
 São imóveis 
 Oxidase positiva 
 Maioria produz catalase 
 Oxidação de carboidratos produz ácido (mas 
não por fermentação). Não fermentam 
carboidratos, oxidam 
 Gonococos e meningococos causam apenas 
doenças em humanos 
 Neisseria gonorrheae 
 Homem é o único hospedeiro natural 
 Doença sexualmente transmissível / pelo 
parto 
 Bactéria aeróbias 
 Crescem melhor em meios de culturas 
complexos (ágar chocolate e ágar Thayer 
Martin) 
 Rapidamente são destruídos pelo 
ressecamento, luz solar, calor úmido e 
desinfetantes 
 Não possui capsula polissacarídica / apresenta 
múltiplos sorotipos ( mais de 100 tipos) 
 Acentuada antigênica das fimbrias dos 
genococos ( apresentam 3 proteinas na 
membrana externa) 
 A proteína 2 desempenha papel na adesão 
do organismo as células dos hospedeiros 
 Fatores de virulência: 
 Fimbrias ( pili) – aderência inicial as células 
humanas não ciliadas , interfere na morte dos 
fagócitos , variação antigênica ( classificação 
dos sorotipos) 
 Lipooligossacarídeo( endotoxina) – efeito 
tóxico – desencadeia intensa resposta 
inflamatória 
 IgA protease- cliva e inativa imunoglobulinas 
A de mucosas 
 B- lactamase – hidrolisa o anel B-lactâmico da 
penicilina 
 Proteínas de membrana externa: Proteína I 
(proteína por ) – porina promove a 
sobrevivência intracelular prevenindo a fusão 
fagolisossoma nos neutrófilos 
 Proteína II ( Opa) proteína de opacidade- 
garante a aderência firma as células 
eurcarioticas 
 Proteína III: ( Rmp) Proteína modificada por 
redução – protege ouros antígenos de 
superfície da ligação dos anticorpos 
bactericidas 
 Proteínas de ligação a transferrina- aquisição 
de ferro para o metabolismo bacteriano 
 Proteínas de ligação a lactoferrina – aquisição 
ferro para o metabolismo bacteriano 
 Proteínas de ligação a hemoglobina - 
aquisição ferro para o metabolismo 
bacteriano 
 Patogênese: 
 Geralmente é sintomática em homens, mas 
em geral assintomática em mulheres ( mas 
podem transmitir a doença para o parceiro e 
para o bebê durante o parto) 
 Fímbrias são um dos mais importantes 
fatores de virulência (por causa que 
controlam a adesão as superfícies das células 
e mucosas) 
 Gonococos com fímbrias são usualmente 
virulentos 
 Manifestações clínicas: infecções localizadas 
(geralmente no trato genital) e infecções 
disseminadas ( colonização de vários órgãos) 
 Em homens a gonorreia é caracterizada por 
uretrite acompanhada de disúria( dor ao 
urinar) de descarga purulenta. Epididimite 
pode ocorrer 
 Mulheres infecção localizada principalmente 
não endocérvix , provocando secreção 
vaginal purulenta e sangramento 
intermenstrual ( cervicite). Complicações 
infecção das tubas uterinas 
 Outros sítios de infecção – região anorretal , 
garganta e olhos 
 Infecções anorretais ocorrem mais em 
homens e mulheres homossexuais – 
frequentemente são assintomáticas 
 Garganta – ocorre faringite – 
frequentemente assintomática 
 Conjuntivite gonocócica em adultos ocorre 
como o resultado da transferência do 
organismo para os olhos 
 Infecções gonocóccica disseminada – casos 
raros – infecção generalizada – devido a 
bacteremia gonocóccica 
 Sintomas: febres, lesões cutâneas e 
poliartralgia ( dor articular) , podendo haver 
complicações como endocardite e meningite 
. Pode causar artrite séptica 
 Gonorreia na gravidez – a maioria não 
associa risco para a mãe 
 Pode gerar complicações para o feto , 
aumentando risco de aborto 
 Conjuntivite neonatal - Oftalmia neonatorum., 
podendo evoluir para um quadro de cegueira 
 Diagnóstico laboratorial: 
 Pacientes do sexo masculino : exame 
bacterioscópico – detecção de diplococos 
gram (-) no interior de PMNsde um 
espécime de secreção uretral - coloração 
de gram 
 Cultivo de secreção uretral após exame 
bacterioscópico negativo , com suspeita 
clinica persistindo 
 Pacientes do sexo feminino: exame 
bacterioscópico isoladamente pode ser de 
difícil interpretação 
 Cultura : secreção endocervical ( rotina), 
diagnósticos de faringite ou infecções 
anorretais suspeitas, oftalmia gonocóccica , 
cultura de sangue( infecções disseminadas) 
 Teste da catalase – Neisseria gonorrhoeae – 
catalase positiva 
 Prova da oxidação – avaliar capacidade da 
produção das enzimas oxidativas - Neisseria 
gonorrhoeae – oxidação positiva 
 Teste de diferenciação a partir de uma 
avaliação de uma prova bioquímica de 
fermentação de carboidratos- Neisseria 
gonorrhoeae- oxidação da glicose + 
 Ágar CTA – glicose , maltose , lactose e 
sacarose 
 Podem ser usados testes rápidos como o 
ELISA, Sondas genéticas, PCR, 
imunofluorescência com anticorpos 
monoclonais e imunológicos baseados com a 
reação da proteína I ( NÃO SUBSTITUEM A 
IDENTIFICÇÃO BACTERIOLÓGICA) 
 Tratamento: ceftriaxona + doxiciclina ( ou 
azitromicina) 
 Espectinomicina ou ciprofloxacina são 
utilizados em pacientes alérgicos a penicilinas 
 Cultura de acompanhamento deve ser feita 
após 1 semana da conclusão do tratamento 
 Prevenção : não há vacinas , prevenção 
envolve o uso de preservativos e o rápido 
tratamento dos pacientes sintomáticos e de 
seus parceiros 
 Unguento de eritromicina para prevenir a 
conjuntivite gonocóccica em recém-nascidos 
 Neisseria meningitides 
 Cocos gram – 
 Agrupam em pares 
 Encapsulada e imóveis 
 Aeróbios restritas 
 Fermentam o carboidrato 
 Crescem em ágar chocolate ou em Thayer 
Martin 
 Sensíveis ao calor e a umidade 
 Oxidase e catalase positiva 
 Colônias transparentes e sem pigmentação 
 Segunda causa mais comum de meningite 
em adultos ( meningite meningocócica) 
 Diferenciada da gonorrhoeae por causa da 
presença de uma capsula polissacarídica 
 Única bactéria capaz de provocar surtos e 
epidemias de meningite 
 Classificação antigênica: 
 sorogrupos ( através dos polissacarídeos 
capsulares) ( grupos A, B, C, Y , W135 – 
importantes) 
 sorotipos ou subtipos de acordo com os 
antígenos proteicos de parede externa do 
meningococo 
 imunotipos ( LOS) – 12 tipos ( L1 –L12) – 
Endotoxina – presente em todas as bactérias 
gram – ( principal é o LPS). Meningitidis – 
lipooligossacarídeo ( LOS) 
 Fatores de virulência 
 Fimbrias ( pili) – adesão bacteriana as células 
hospedeiras 
 Proteínas de membrana externa- 
colonização das células humanas 
(sorotipagem de antígenos) 
 Cápsula de polissacáridios – resistência a 
fagocitose por leucócitos 
 Endotoxina LOS – responsável pela 
manifestação clínica 
 IgA protease- adesão das bactérias ao trato 
respiratória 
 Epidemiologia 
 Humanos são os únicos hospedeiros naturais 
 Transmissão por gotículas transmitidas pelo 
ar (tosse ou espiro) 
 Portadores geralmente assintomáticos 
 Colonizam as membranas da nasofaringe 
 Atinge muito indivíduos que vivem em 
ambientes confinados – recruta militares , 
universitários residindo em alojamentos 
 Corresponde a segunda causa de meningite 
quando comparada a S. pneumoniae 
 Indivíduos de 2-18 anos são o público alvo 
 Meningococos do grupo A apresenta maior 
probabilidade de epidemias de meningite 
 Manifestações clínicas: 
 Apresenta 2 mais importantes 
 Meningite meningocócica – inflamação das 
membranas ( meninges) que revestem o 
SNC 
 Meningococcemia – caracterizada por 
estado séptico associado a manifestações 
hemorrágicas em pele e mucosas 
 Forma mais grave é a síndrome é a 
Waterhouse- Friderichsen – febre alta, 
choque, púrpura disseminada, coagulação 
intravascular disseminada, trombocitopenia e 
insuficiência adrenal 
 Patogênese 
 A partir da nasofaringe o organismo pode 
atingir a corrente sanguínea e disseminar-se 
a sítios específicos como as meninges (dura-
máter, aracnoide e pia-máter) ou 
articulações, ou para todo o corpo 
(meningococcemia) 
 Edema cerebral (inchaço do cérebro ) – 
hipertensão intracraniana ( sintomas : 
alteração dos níveis de consciência , edema 
do nervo óptico, dilatação da pupila – 
midríase, bradicardia , dispneia) / se não 
tratado pode evoluir para coma 
 Sintomatologia inicial 
 Mal-estar geral 
 Febre alta 
 Estado mental alterado 
 Cefaleia 
 Vômitos 
 Rigidez na nuca 
 Consequências – problemas de 
comportamento até danos cerebrais 
irreversíveis 
 Meningococcemia (disseminado por todo o 
corpo através do sangue) - taxa de letalidade 
entre 15-30%, elevado índice de sequelas – 
surdez, retardo mental e amputações, 
manifestações de efeito vascular como 
petéquias( manchas roxas em toda a pele) e 
erupções cutâneas 
 Liberação da LOS é o principal fator de 
virulência bacteriano em que o alvo principal 
é a microvasculatura 
 Diagnóstico laboratorial 
 Principais são o esfregaço e a cultura de 
sangue e fluido espinal 
 Elevado n° de PMNs ( polimorfos nucleares) 
+ diplococs gram – intra e extracelularmente 
 Cultura – ágar chocolate, sangue, Thayer 
Martim 
 Oxidase e catalase positiva 
 Reduzem nitrato a nitrito. 
 Resistente à vancomicina 
 Meio CTA – diferenciação de meningitidis e 
gonorrhoeae 
 Glicose e maltose – Positivo – formação da 
coloração amarelada que aparece na 
superfície dos meios 
 Imunofluorescência também pode ser 
utilizada – detecção de Ag polissacarídeos 
 Teste para verificar presença de anticorpos 
séricos 
 Teste de quelung – ac específicos para 
polissacaridios 
 Tratamento – penicilina G tratamento de 
escolha ( resistência são raras) 
 Resistência a sulfonamida é comum – 
 Quimioprofilaxia – rifampicina ou 
ciprofloxacina - utilizadas na profilaxia de 
indivíduos que tiveram contato próximo com 
doentes 
 Imunização – vacina meningocócica 
 Vacina conjugada ( menactra ) recomendado 
para crianças de 11-12 anos 
 Vacina não conjugada ( menomune) 
 Identificação de bacilos Gram negativos – 
Enterobactérias 
 A maioria das enterobactérias é encontrada 
no trato gastrointestinal ( muitos como 
microbiota normal) 
 Anaeróbios facultativos 
 Catalase positiva 
 Oxidase negativa 
 Fermentadoras de lactose: escherichia , 
klebsiella, enterobacter, serratia 
 Não fermentadoras de lactose : shigella, 
salmonela, proteus, providência, Morganella, 
yersínia 
 Considerados enteropatógenos por 
causarem preferencialmente infecções 
gastrointestinais. 
 São responsáveis por de cerca de 70% das 
infecções urinárias e 50% das septicemias. 
 Principais gêneros das enterobactérias 
(cerca de 99% dos isolamentos de 
enterobactérias de importância clínica): 
Escherichia coli, Klebsiella spp., Enterobacter 
spp., Proteus spp., Providencia spp., 
Morganella spp., Citrobacter spp., Salmonella 
spp., Shigella spp., Serratia spp. 
 Destacam-se na infecção da comunidade : 
Escherichia coli, Klebsiella spp., Proteus spp., 
Salmonella spp., Shigella spp. 
 
 Shigella 
 Patógeno principalmente do trato intestinal ( 
porque invadem as células da mucosa do íleo 
distal e colon) 
 Gram – 
 Não fermentam a lactose ( lactose negativa) 
 São imóveis , não produz H2S, não 
produzem gás a partir da fermentação da 
glicose ( fatores que diferenciam da 
salmonela) 
 Possuem o antígeno O – antígenos usados 
para dividir o gêneros em 4 grupos : A,B,C 
D 
 Causa a shigelose ou disenteria bacilar 
 Grupo A: Shigella dysenteriae (toxina Shiga),- 
12 sorotipos. Mais virulenta – responsável por 
surtos graves de disenteria bacilar que pode 
ser fatal 
 Grupo B : Shigella flexneri – 6 sorotipos – 
mais frequentemente isolada no Brasil 
 Grupo C Shigella boydii – 23 sorotipos – 
mais frequentemente isolada noBrasil 
 Grupo D: Shigella sonnei – 1 sorotipo - mais 
comumente isolado nos EUA 
 Doença 
 Causa Enterocolíte – disenteria bacilar 
 Disenteria – diarreia sanguinolenta 
 Shigelose é uma doença apenas de humanos 
 Shigelas – patógenos mais efetivos dentre as 
enterobactérias 
 São altamente contagiosas. 
 Ingestão de apenas 10 a 100 bactérias já 
causam a doença 
 Transmissão via – fecal oral 
 Principais fatores envolvidos são os dedos, 
moscas, os alimentos e as fezes 
 Surtos por alimentos superam os surtos pela 
água 
 Não há estado de portador prolongado 
associado a infecção por shigella 
 Inflamação local acompanhada de ulceração , 
mas os organismos raramente passam a 
parede ou atingem a corrente sanguínea ( 
diferente das salmonelas) 
 Toxinas shiga são codificadas por 
bacteriófagos lisogênicos 
 Manifestações clínicas: 
 1-4 dias de incubação 
 Febre e cólicas abdominais , seguidas por 
diarreias que inicialmente poder apenas 
aquosa e posteriormente conter sangue e 
muco 
 Diarreia frequentemente regride em 2 ou 3 
dias / casos severos antibióticos podem ser 
utilizados 
 Após a recuperação surgem anticorpos mas 
não são protetores pois o organismo não 
atinge o sangue 
 Varia de branda a severa -2 fatores que 
determinam – dependendo da espécie da 
shigella e da idade do paciente – idosos e 
crianças afetados de forma severa 
 Shigella dysenteriae- mais grave responsável 
pela disenteria bacilar 
 Shigella sonnei- doença mais branda 
 Diagnóstico laboratorial 
 Formam colônias não fermentadoras de 
lactose ( incolores) em ágar MacConkey ou 
BEM 
 Determinação de shigella e determinação do 
grupo são feitas pela aglutinação em lamina 
 Azul de metileno de uma amostra fecal 
visando encontrar neutrófilos é um 
importante coadjuvante no diagnostico 
 Tratamento 
 Reposição de fluidos e eletrólitos em casos 
brandos 
 Em casos severos também se faz uso de 
antibióticos fluoroquinolonas 
 Trimetoprim- sulfametoxazol é uma escolha 
alternativa 
 Fármacos antiperistálticos são 
contraindicados, pois prolongam a febre , 
diarreia e excreção do organismo 
 Não há vacina 
 Escherichia coli 
 Lactose positiva 
 Oxidase negativa 
 Gram – 
 Patógeno interno e externo ao trato intestinal 
 Mais abundante nas fezes e colon 
 Possui 3 antigenos – O,H,K 
 Motilidade positiva 
 Membro da microbiota intestinal normal do 
homem. 
 Doenças 
 Causa mais comum de infcção do trato 
urinário r sépsis associada a bacilos gram 
negativos 
 Agente causador da meningite neonatal 
 Agente causador da diarreia aquosa ( diarreia 
do viajante ) 
 Linhagens O127:H7 são enterro 
hemorrágicas e provocam disenteria ( 
principal reservatório é o gado bovino) 
 Reservatório de infecção : inclui humanos e 
animais 
 E. coli – infecção do trato urinário – própria 
microbiota colônica do paciente 
 E. coli – meningite neonatal – infecção 
adquirida durante o nascimento 
 E. coli – Diarreia viajante – ingestão de água 
, alimentos contaminados 
 Fatores de virulência : 
 Pili , cápsula, endotoxinas LPS 
 3 exotoxinas ( enterotoxinas) – 2 causam 
diarreia aquosa ( termolábil e toxina 
termoestável) 
 Verotoxina – diarreia sanguinolenta – 
também chamada de toxinas do tipo shiga 
 Patogênese 
 E. coli enterotoxigênica: infecção do trato 
intestinal : adesão das células no jejuno e íleo 
através da pili, após aderidas as bactérias 
produzem enterotoxinas( termolábil e 
termoestável) que atuam no nas células do 
íleo e do jejuno causando a diarreia ( aquosa) 
– levando ao efluxo de eletrólitos e liquido na 
luz do intestino 
 Não causa inflamação , não invadem a 
mucosa intestinal e causam diarreia aquosa , 
não a sanguinolenta 
 E. coli enterro-hemorrágica – causam diarreia 
sanguinolenta ( disenteria) por produzirem 
verotoxina. A toxina atravessa as membranas 
epiteliais intestinais e se disseminam através 
da circulação sanguínea , ligando –se ao 
receptor de glicosídeo e entra na célula 
sendo transportada em vesículas ligadas a 
membrana até o retículo endoplasmático , a 
toxina remove uma adenina do RNA 
interrompendo a síntese proteica – esse 
dano endotelial ativa a cascata de coagulação 
gerando os microtrombos , consumos de 
plaquetas ( trombocitopenias- n° reduzido de 
plaquetas – por causa que as plaquetas 
aderem a superfície endotelial danificada) e 
fragmentação de hemácias( há receptores 
para verotoxina na superfície do endotélio de 
pequenos vasos sanguíneos) e insuficiência 
renal ( há receptores para a verotoxina na 
superfície do eptelio renal e a morte das 
células epiteliais leva a insuficiência renal) – 
principais caract. Da síndrome hemolítica 
urêmica ( as hemácias que atravessam as 
áreas danificada tornam-se intensamente 
distorcidas ( esquistócitos) em seguida sofrem 
lise 
 Transmissão E. coli enterro-hemorrágica – 
associadas a ingestão de hambúrguer( a 
bacterias do interior que está malcozido 
sobrevivem) e frequentemente m 
restaurantes do tipo fast-food 
 Infecção sistêmica ( Sépsis) – cápsula e 
endotoxina ( responsável pela características 
da sépsis por gram negativo, como febre, 
hipotensão e coagulação intravascular) . 
Capsula interfere na fagocitose intensificando 
a capacidade de cuasar infecções em vários 
órgãos 
 Infecções do trato urinário – certos sorotipos 
O – causam preferencialmente infecções do 
trato urinário. – Denominadas de 
uropatogênicas – pili com proteínas que se 
ligam aos receptores do epitélio do trato 
urinário. 
 Principal causa de infecções urinário 
adquiridas na comunidade – ocorre 
principalmente em mulheres ( Uretra cura, 
proximidade entre uretra e o ânus e 
colonização da vagina por membros da 
microbiota fecal) 
 Causa frequente de infecções nosocomiais 
do trato urinário e são associados ao uso de 
cateteres urinários de longa duração 
 Infecção bexiga – cistite- dor ( disúria) e 
micção frequente / infecção estendida do 
sistema coletor até os rins – Pielonefrite- 
febre , calafrios e dor no flanco 
 Diagnóstico laboratorial: 
 Cultivados inicialmente em placa ágar sangue 
(meio diferencial) e seletivo -como ágar 
EAM ou ágar MacConkey 
 E. coli que fermenta a lactose gera colônias 
róseas 
 Em ágar EAM ( Azul de metileno) – as E. 
coli apresenta um brilho verde 
 E.coli uropatogênicas – urocultura 
 Tratamento – depende do sítio da doença e 
do perfil de resistência do microrganismo 
 Não complicada do trato urinário – 
trimetoprim-sulfametoxazol oral, ou ua 
penicilina oral 
 Sépsis- antibióticos parentais 
 Meningite neonatal – combinação de 
ampicilina e cefotaxima 
 Diarreia aquosa o tratamento com antibiótico 
não é recomendado , apenas reposição de 
líquidos 
 
 Salmonella 
 Não forma esporos 
 Bacilo gram – ( coloração mais rosada) 
 Anarobios facultativos 
 Possuem fimbrias 
 Fermentam a glicose 
 Reduzem o nitrato 
 Produz H2S 
 Lactose negativa 
 Catalase positiva 
 Oxidase negativa 
 Não faz parte da microbiota humana – os 
reservatórios animais 
 Até bem pouco tempo as salmonelas eram 
consideradas a causa mais comum de diarréia 
associada a alimentos no mundo ocidental. 
 Transmissão geralmente por alimentos 
contaminados, principalmente alimentos 
derivados de aves 
 Grupos de maior risco < 5 anos e > 60 anos 
e imunodeprimidos 
 Uso constante de omeprazol é um risco para 
adquirir salmonela pois ele aumenta o pH d 
estomago deixando ele mais alcalino / menos 
ácido 
 > 2500 sorotipos 
 Mais comum é a Salmonella entérica – causa 
gastroenterite 
 Incubação de 6-48h, com evolução 
autolimitada 2-7dias , diarreia aquosa não 
sanguinolenta com a presença de cólicas, 
febres , mialgia , vômitos e náusea 
 Diagnóstico – coprocultura e hemocultura 
 Bacteriologia e antibiograma Tratamento – fluoroquinolonas, ceftriaxonas, 
azitromicina 
 Salmonella typhi também é comum – causa 
a febre tifoide 
 Transmissão oral fecal – alimentos 
contaminados 
 Possui evolução grave 
 Sintomas – febre e sintomas gastrointestinais 
 Incubação 10-14 dias 
 Complicações como sepse e perfuração 
intestinal – alta letalidade 
 Ceftriaxona e fluoroquinolonas 
 Ampicilina – resistência antimicrobiana 
 Síndromes clínicas: 
 Gastroenteritis (S. choleraesuis, S. enteritidis) 
 Febre entérica ou tifóide (S. typhi) 
 Bacteremias (S. choleraesuis, S. typhi, S. 
paratyphi) 
 
 Klebsiella pneumoniae 
 Bacilo não esporulado 
 Anaeróbio facultativos 
 Fermentam a glicose 
 Catalase positiva 
 Oxidase negativo 
 Lactose positiva 
 H2S negativo 
 Reduzem o nitrato 
 Cápsula proeminente – fator de virulência 
 Colônias mucoides 
 Amplamente distribuídas na natureza e trato 
gastrointestinal de humanos e de animais 
 Maior risco para pessoas hospitalizadas e 
imunossuprimidos. Crianças e idosos 
 Causam infeções pulmonares em pacientes 
hospitalizados. Podem causar uma forma de 
pneumonia que tende a ser destrutiva com 
intensa necrose e hemorragia 
 KPC : multirresistência 
 Endotoxina LPS – responsável pela 
manifestação clínica 
 Sideróforos – capitação de ferro do 
ambiente para utilizar em seu metabolismo 
 Possui as B-lactamases – consegue degradar 
antibióticos – resistência aos antimicrobianos 
 Manifestações clínicas – Pneumonia, ITU ( 
infecções do trato urinário) , infecção de sítio 
cirúrgico infecções de vias biliares , infecção 
de dispositivos intravasculares , peritonite, 
meningite , infecções hospitalares graves 
 Diagnóstico – cultura principalmente em ágar 
sangue e Mac Conkey 
 Tratamento – depende do perfil de 
sensibilidade 
 Amoxicilina – clavulanato 
 Cefalosporinas,fluoroquinolonas, 
aminoglicosídeos, carbapenêmicos 
 Enterobacter aerogenes 
 Gram negativa 
 Anaeróbia facultativa 
 Bacilo / não forma esporos 
 residem no intestino de muitas pessoas 
saudáveis e raramente causam infecção 
nessas pessoas 
 Pode ser encontrado em vida livre ou no 
trato intestinal. 
 Provoca infecção das vias urinárias e sepse 
 Responsável por uma ampla gama de 
infecções hospitalares 
 Lactose positiva 
 Oxidase negativa 
 Catalase positiva 
 Citrato positiva 
 Diagnostico com provas de sensibilidade de 
antimicrobianos 
 Melhores meios de cultivo: ágar sangue, ágar 
MacConkey, azul de metileno, 
 Pode causar bacteremia , osteomielitis, 
artrites séptica, infecções do trato urinário , 
gastrointestinal , respiratório e na pele 
 Sintomas 
 Tratamento com B- lactâmicos , como as 
fluoroquinolonas 
 Serratia marcescens 
 Gênero Serratia apresenta 10 espécies 
reconhecidas 
 Serratia marcescens é a espécie mais 
importante e está associada a varias 
infecções , inclusive pneumonia e septicemia 
em pacientes com neoplasias 
reticuendoteliais 
 Oportunista hospitalar e causador de 
infeções urinárias 
 Dotado de propriedades invasores e com 
tendência a resistência a vários antibióticos 
 Em condições quentes e úmidas formam 
colónias vermelhas distintivas 
 Causa pneumonia, bacteremia e endocardite 
em viciados em narcóticos 
 Principais formas de diagnóstico para Serratia 
marcescens – Podem produzir pouco gás a 
partir da glicose (50%) 
 Lactose positiva (Fermentam lactose 
lentamente)e sacarose positiva 
 Indol negativas – Motilidade positiva – Lisina 
positiva 
 H2S negativo – Citrato positivo – Urease 
negativa – 
 A DNase é um teste fundamental para a 
identificação de Serratia, e recomenda-se a 
utilização rotineiramente. 
 Proteus spp 
 Gênero encontrado em solo, água e 
alimentos contaminados 
 P. mirabilis: espécie mais isolada em seres 
humanos 
 Agentes causadores de infeções no trato 
urinário e feridas 
 Promovem alcalinidade da urina propiciando a 
formação de cristais 
 P. vulgaris: hospedeiros imunossuprimidos 
 Provoca infecção em humanos apenas 
quando deixam o trato intestinal. 
 Provoca infecção urinária (ITU), bacteremia, 
pneumonia e lesões focais em pacientes 
debilitados ou que recebem infusões 
intravenosas. 
 P. mirabilis – Infecção urinária 
 P. vulgaris e Morganella morganii – infecções 
hospitalares 
 As espécies produtoras de urease quando 
provocam ITU favorecem a formação de 
cálculos. 
 Principais formas de diagnóstico para Proteus 
mirabilis – Produzem gás a partir da glicose. 
Não fermentadoras de lactose e sacarose. 
Indol negativo. 
 Proteus vulgaris: Indol positivo – Motilidade 
positivo – Lisina negativa – H2S positivo – 
Citrato positivo – Urease positivo 
 Providencia spp 
 São membros da microbiota intestinal normal. 
 Causam infecções das vias urinárias – 
principalmente em pacientes com sondas de 
espera ou quimaduras extensas 
 Gram negativas 
 São patógenos oportunistas em humanos 
 Algumas linhagens são sensíveis a ampicilina 
 Bacilos 
 Lactose negativa 
 Indol e citrato positivo 
 Oxidase negativo 
 Citrobacter 
 O gênero Citrobacter possui 11 espécies 
 Encontradas nas fezes de humanos e animais 
além de amostras ambientais como solo, 
água, alimentos e esgoto. 
 Complexo C. freundii é a espécie mais 
identificada em infeções gastrointestinais com 
quadros de diarreia, febre e distensão 
abdominal 
 Podem ocasionar infeções urinárias. 
 Espécie C. koseri é a mais frequente em 
casos de meningite esporádica e abcessos 
cerebrais em RN e lactentes. 
 Principais formas de diagnóstico para 
Citrobacter freundii. 
 Produzem gás a partir da glicose – Lactose, 
sacarose e manitol positivas 
 Podem apresentar prova de Indol positiva ou 
negativa 
 Motilidade positiva – Lisina negativas 
 H2S positivas – Citrato positivas – Hidrólise 
de uréia positivas/negativas 
 Yersinia spp. 
 Yersinia enterocolitica (alimentos) – 
gastroenterite 
 Pode atingir a circulação linfática e sanguínea 
– pulmões, fígado. 
 Mais comum, febre, dores abdominais 
semelhante à apendicite e diarreia. 
 Leite não pasteurizado, água não tratada, 
carne de porco contaminada, crua ou mal 
cozida. 
 Dose infectante: baixa (10 a 200 células) 
 Crianças através de contato com pessoas 
infetadas – alvo 
 Principais formas de diagnóstico para Yersinia 
enterocolitica : Não produz gás a partir da 
glicose 
 Sacarose positiva 
 Indol +/- – Móvel a 22ºC; 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ampicilina
 imóvel a 35ºC – Lisina negativa 
 Não produz H2S – Citrato negativa – Urease 
+/- 
 Yersinia pestis- Agente etiológico da peste 
bubônica/peste negra (bubônica, septicêmica 
e pneumônica) 
 Picada de pulgas de um reservatório roedor 
 ETAPAS DA IDENTIFICAÇÃO DE 
ENTEROBACTÉRIAS 
 A identificação de uma enterobactéria 
começa com a análise do material semeado. 
 Em geral temos os seguintes meios para 
interpretar: 
 Secreções: ágar sangue e Mac Conkey 
 Líquidos nobres e biópsias: Ágar Chocolate e 
Mac Conkey 
 Fezes: Mac Conkey e Salmonella-Shigella 
 Urina: CLED ou ágar sangue e Mac Conkey 
 Fezes: para melhor identificação da 
Salmonella: meio selenito e tetrationato 
 TSI - Diferenciar os diferentes gêneros 
das Enterobacteriaceae. Distinguir esta 
família de outros bacilos Gram negativos 
de origem intestinal. 
 Produção de H2S -Se a bactéria produzir a 
enzima tiossulfato redutase ela irá degradar o 
tiossulfato de sódio presente no meio 
produzindo H2S, este reage com o sulfato 
ferroso formando um precipitado preto de 
sulfeto ferroso. 
 Produção de Gás-Há bactérias que 
degradam o ácido fórmico proveniente da 
fermentação da glicose produzindo H2; CO2 
devido a ação da enzima formiase. 
 A produção de gás é evidenciada pela 
formação de bolhas e ou o meio pode rachar. 
 Se houver

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