Seminário - 9ª semana de gestação ao nascimento; Placenta e Membranas Fetais

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Principais eventos da 9ª semana de gestação ao nascimento
Placenta
Membranas fetais
9ª semana de gestação
A cabeça do feto já se encontra mais arredondada e os primeiros dentinhos começam a se formar dentro da gengiva
Desenvolvimento marcado pelo desaparecimento da cauda embrionária e início da formação de órgãos como o pâncreas e o fígado
Início do 3° mês
Mudanças no corpo da mulher
Azia
Comer refeições menores durante o dia e evitar grandes refeições à noite, alimentos picantes ou gordurosos
Vontade freqüente de urinar
Caso sentir queimação na hora de urinar comunicar ao médico pois pode ser indicativo de infecção urinária
Coceira nos seios
Aplicação de cremes ou óleos específicos indicados pelo médico.
Enjôos matinais
- Remédios para enjôo receitados pelo médico
- Comer pequenas refeições com freqüência durante o dia.
Cólicas leves
Repouso.
- No caso de cólicas fortes e intensas deve-se comunicar ao médico imediatamente.
Cansaço excessivo
Descansar durante o dia e ir para cama mais cedo à noite.
Fim do primeiro trimestre. 
Já é possível ver os primeiros traços do bebê. 
Os órgãos do bebê que já estão formados começam a funcionar.
3° mês da gestação: 9ª semana a 13ª semana
A pele do feto é transparente, o cabelo começa a crescer e a maioria dos sistemas e órgãos já estão desenvolvidos e começam a desempenhar suas funções.
- Exame de translucência nucal.
A medula óssea do bebê já produz células sanguíneas – como glóbulos brancos e vermelhos – e a glândula hipófise no cérebro começa a produzir os hormônios responsáveis por regular outras glândulas do corpo do bebê.
Produção e eliminação de urina.
Reflexos de sucção.
A placenta já está formada e o cordão umbilical começa a crescer, tornando-se mais fino e alongado.
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2° trimestre.
Amniocentese.
Sistema nervoso central do bebê está completo.
O desenvolvimento do ouvido interno do bebê está completo.
Papilas gustativas do bebê formadas
4° mês da gestação: 14ª semana a 18ª semana
Formação de tecido gorduroso.
Sistema respiratório formado.
Mielina.
Cordão umbilical transporta alimento e sangue rico em oxigênio para o bebê, além de levar resíduos de sangue pobre em oxigênio para a placenta. No final do 4° mês, o cordão umbilical leva nutrientes para o feto e a placenta se expande aumentando a circulação para fornecer mais nutrientes e oxigênio para o bebê.
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Vernix caseosa
Todos os órgãos estão formados.
Produção de enzimas digestivas pelo pâncreas.
5° mês da gestação: 19ª semana a 22ª semana
Intestino já absorve os nutrientes do líquido amniótico ingerido pelo bebê e armazena mecônio.
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Produção de insulina pelo pâncreas.
Ossos do bebê ficam mais fortes, pois o esqueleto, que antes era formado por cartilagem, vai se transformando em tecido ósseo.
Surfactante pulmonar
6° mês da gestação: 23ª semana a 27ª semana
Glândulas supra-renais desenvolvidas liberam cortisol.
Medula óssea é o principal local de produção de células sanguíneas do bebê – antes eram também produzidas pelo fígado.
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3° trimestre
O feto já consegue respirar pelas narinas, dessa forma, o feto que nasce no 7° mês tem boas chances de sobreviver.
7° mês da gestação: 28ª semana a 31ª semana
A produção de surfactante nos pulmões impede que as paredes dos alvéolos pulmonares fiquem coladas.
Contrações de Braxton Hicks.
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Ouvidos são a principal ligação do feto com o mundo exterior. 
As enzimas digestivas já estão presentes.
A pele do útero começa a ficar mais fina.
8° mês da gestação: 32ª semana a 36ª semana
Bebê começa a se preparar para o parto. Ele já possui uma camada maior de gordura que ajudará a regular a temperatura do corpo fora do útero.
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Pulmões completamente formados.
Todos os órgãos e sistemas estão devidamente formados.
Desenvolvimento do feto está completo.
9° mês da gestação: 37ª semana a 42ª semana
Após a 42ª semana a placenta estará envelhecida, não podendo suprir todas as necessidades do bebê.
Se na 41ª semana o bebê ainda não nasceu é provável que o médico aconselhe a indução do parto.
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Anexos Fetais
Placenta
- Órgão formado por tecido materno e fetal.
- As principais funções da placenta são:
Fornecer nutrientes e oxigênio para o bebê;
Estimular a produção de hormônios essenciais para a gestação;
Fornecer proteção imunológica para o bebê;
Proteger o bebê contra impactos na barriga da mãe;
Eliminar resíduos produzidos pelo bebê, como a urina.
- Tem sua origem ao mesmo tempo que o embrião.
- Responsável pelas trocas de O2 e CO2 e nutrientes entre mãe e bebê.
- Fixada na parte posterior, no fundo do corpo do útero.
- A face fetal da placenta é cinza, maior, azulada e lisa.
- A face materna está aderida ao útero e tem cor vinhosa.
- Cordão umbilical está inserido nela.
- Secreta hormônio progesterona.
As vilosidades da placenta tem função de absorção.
A placenta libera progesterona, estrógeno, HCG e PL.
Problemas mais comuns da placenta
Placenta prévia ou placenta baixa
 Acontece quando a placenta se desenvolve parcial ou totalmente na região inferior do útero, podendo impedir o parto normal.
Pode interferir no desenvolvimento do bebê.
É uma condição mais freqüente em mulheres que estão grávidas de gêmeos, que possuem cicatrizes uterinas, que possuem 35 anos ou mais ou que já tiveram placenta prévia anteriormente.
Pode ser percebida por meio de sangramento vaginal
Tipos de placenta prévia:
 Placenta prévia total: a placenta cobre totalmente a abertura interna do colo do útero;
Placenta prévia parcial: a placenta cobre parcialmente a abertura interna do colo do útero;
Placenta prévia marginal ou lateral: a placenta atinge abertura interna do colo do útero, mas não a cobre;
Placenta prévia de implantação baixa: a placenta fica localizada na parte inferior do útero, mas não alcança a abertura interna do colo do útero.
O principal risco da placenta prévia é provocar parto prematuro e hemorragia, prejudicando a saúde da mãe e do bebê. Pode causa, também, acretismo placentário e, em casos mais graves, pode causar até mesmo a remoção total do útero.
Problemas mais comuns da placenta
Acretismo placentário
 Acontece quando a placenta fica presa à parede do útero, dificultando sua saída na hora do parto.
Tipos de acretismo placentário:
 Placenta acreta: quando a placenta está presa à parede do útero de maneira mais leve;
Placenta increta: a placenta está presa mais profundamente que na placenta acreta;
Placenta percreta: é o caso mais grave, quando a placenta está presa de forma mais forte e profunda no útero.
Problemas mais comuns da placenta
Descolamento da placenta
 Situação em que a placenta é separada da parede do útero, havendo sangramento vaginal e cólica abdominal muito forte.
Há diminuição na quantidade de nutrientes e oxigênio enviados para o bebê, interferindo no seu desenvolvimento.
 Descolamento ovular – antes da 20ª semana.
Chamado de hematoma subcoriônico ou retrocoriônico.
 Caracterizado pelo acúmulo de sangue entre a placenta e o útero devido ao deslocamento do óvulo fecundado da parede do útero.
O hematoma desaparece naturalmente até o 2° trimestre, sendo absorvido pelo organismo da grávida, porém quanto maior o hematoma, maior o risco de aborto espontâneo, parto prematuro e descolamento da placenta.
O que causa o descolamento da placenta:
Esforço físico intenso; pancada nas costas ou barriga;
Uso de drogas e tabagismo;
Rotura da bolsa antes do tempo previsto;
Pouco líquido amniótico na bolsa;
Infecções, pressão alta e doenças que alteram a coagulação do sangue.
Problemas mais comuns da placenta
Placenta calcificada ou envelhecida
Processo normal que está relacionado com o grau de desenvolvimento da placenta.
Só é um problema se a placenta for classificada de grau III antes da 36ª semana.
Graus de maturação da placenta
Grau 0 (dura geralmente até à 18ª semana): caracteriza-se por ser uma placenta homogênea e sem calcificação;
Grau 1 (ocorre entrea 18ª e a 29ª semana): caracteriza-se por ser uma placenta com presença de pequenas calcificações intra placentárias;
Grau 2 (presente entre a 30ª e a 38ª semana): caracteriza-se por ser uma placenta com presença de calcificações na placa basal;
Grau 3 (presente já no final da gravidez por volta da 39ª semana): sinal de maturação dos pulmões. A placenta de grau 3 já apresenta calcificações da placa basal à coriônica.
Problemas mais comuns da placenta
Infarto da placenta ou trombose placentária
Ocorre quando há um entupimento de algum vaso sanguíneo da placenta, o que caracteriza uma trombose e resulta na diminuição da quantidade de sangue que vai para o bebê.
O coágulo pode se formar também nas veias e artérias do cordão umbilical.
Provoca a diminuição dos movimentos fetais.
Graus de maturação da placenta
Tratamento geralmente inclui o uso de remédios anticoagulantes, como varfarina.
Problemas mais comuns da placenta
Rotura uterina
 Rompimento da musculatura uterina durante a gravidez ou o parto.
Pode causar parto prematuro ou morte materna ou fetal.
Complicação rara, tratada com cirurgia durante o parto, e seus sintomas são de dor intensa, sangramento vaginal e diminuição dos batimentos cardíacos do feto.
Mais comum em mulheres que apresentam cicatrizes uterinas
Pode acontecer como conseqüência da placenta acreta
O tratamento consiste na adoção de medidas que promovam a diminuição do sangramento. Pode ser indicada a realização de histerectomia, que é um procedimento cirúrgico em que é feita a remoção do útero.
Formado por duas artérias, que carregam sangue venoso e retiram detritos metabólicos do feto, e uma veia, que carrega sangue arterial oxigenado e substâncias nutritivas da placenta e CO2.
Revestido pela Geléia de Wharton.
Cordão Umbilical
Formam a bolsa d’água e revestem o feto.
Córion – externa em relação ao feto
Âmnio – interna em relação ao feto
Membranas fetais
Formados pela ectoderme e pela mesoderme parietal.
O âmnion é a membrana que envolve o embrião, delimitando a cavidade amniótica que separa o embrião do meio circulante.
O córion envolve todos os outros anexos embrionários (âmnio, saco vitelínico e alantoide) e participa da formação da placenta.
O córion em parceria com o alantoide auxilia no processo de trocas gasosas entre o embrião e o ambiente.
Córion e Âmnion
O saco vitelínico é uma bolsa constituída de vitelo. Ligado ao intestino embrionário e ao embrião por meio de ductos, auxiliando nos processos de alimentação do bebê.
O alantóide é formado a partir de uma expansão caudal do saco vitelínico. Ele auxilia na formação dos vasos sanguíneos da placenta.
Saco vitelínico e alantóide
Funções:
Protege o feto contra traumas externos, distribuindo o impacto em toda a cavidade uterina;
Evita a compressão do cordão umbilical;
Permite o crescimento simétrico do feto;
Protege contra bactérias;
Confere estabilidade térmica;
Permite a movimentação fetal, auxiliando no desenvolvimento muscular;
Auxilia o desenvolvimento pulmonar;
É capaz de nutrir o feto;
Auxilia na maturação do trato gastrointestinal;
Auxilia o desenvolvimento e maturação pulmonar;
Transudato de plasma materno através da placenta e membranas fetais.
Via transmembranosa e via intramembranosa.
Formado de 98% de água.
Poilidrâmnios – aumento do líquido amniótico.
Oligoâmnio – diminuição do líquido amniótico.
Líquido amniótico
Bibliografia: Sociedade Brasileira de Pediatria (“Filhos: da gravidez aos 2 anos de idade”), 
MOURA, Matheus. Período Fetal - Da Nona Semana ao Nascimento | Idade Fetal | Data do Parto (Embriologia Humana). Youtube, 3 mai. 2020. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=4PnmnpRUHcI&t=1s >Acesso em: 15 mai. 2021.
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DUTRA, Márcio. Membranas fetais e placenta. Youtube, 7 dez. 2020. Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=8DN2DXTQwS4&t=1s >Acesso em: 15 mai. 2021.
PEDROSO, Leticia. Anexos fetais. [s.d.]Disponível em < https://irp-cdn.multiscreensite.com/64d4fda7/files/uploaded/TE%2017-18%20Materno%20Aula%203%20-%20Anexos%20Fetais.pdf > . Acesso em: 15 mai. 2021.
Fontes