Buscar

Prova Lesão Medular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Federal de Minas Gerais
Departamento de Fisioterapia
Disciplina: Fisioterapia Neurológica II
Período: 1º semestre/2021
01-) Lesões da medula espinhal ocorrem como resultado de defeitos congênitos,
doenças ou trauma. As manifestações clínicas da lesão podem variar de acordo com a
extensão e localização da lesão. Descreva a Síndrome de Hemissecção da Medula
(Brown-Sequard) (definição, causas, apresentação clínica). (10 pontos)
Definição:
A Síndrome de Brown-Séquard (SBS) é uma condição neurológica rara que se
caracteriza pela hemissecção da medula espinhal, e foi descrita pela primeira vez por
Charles-Édouard Brown-Séquard em 1849.
A SBS corresponde a aproximadamente 3% de todas as lesões medulares traumáticas.
Causas:
A causa mais frequente é por ferimento de arma branca, todavia, outras causas
também podem levar ao trauma e, consequentemente, à essa síndrome, como por
exemplo ferimentos por arma de fogo, acidentes automobilísticos, quedas de altura e
acidentes por mergulhos em águas rasas.
Doenças como a hérnia de disco vertebral, cistos e tumores, assim como infecções
bacterianas ou virais, como a tuberculose, mielite transversa e meningite também
podem causar a SBS.
Apresentação Clínica:
Clicamente apresenta-se com:
- Acometimento da motricidade voluntária ipsilateral à lesão devido ao
rompimento das fibras do trato corticoespinhal.
- Perda da sensibilidade térmica, dolorosa, pressórica e do tato protopático
contralateral à lesão devido ao rompimento das fibras dos tratos
espinotalâmicos.
- Comprometimento da sensibilidade protopática, vibratória e do tato epicrítico
ipsilateral à lesão devido ao rompimento das fibras dos tratos dos fascículos
grácil e cuneiforme.
02-) Elabore um protocolo de treinamento de atividades funcionais (mobilidade no
leito e transferências) para um paciente com lesão medular completa, nível
neurológico C7. Enumere e explique as estratégias de tratamento direcionadas para
déficits de estrutura e função corporal e para o treino de atividades. (20 pontos)
1. Alongamentos, exercícios passivos e mobilizações articulares: Com o objetivo
de prevenir encurtamentos e contraturas nos segmentos afetados, além de
manter a ADM e adequar o tônus da musculatura afetada , já que
aproximadamente 80% das pessoas com lesão medular desenvolvem
espasticidade, à qual pode associar-se a dor e contraturas.
Alongamentos: Manter na posição de alongamento durante 10-30 segundos e
totalizando 60 segundos por músculo, por no mínimo 2x por semana. (Exercise &
Sports Science Australia)
Exercícios passivos e mobilizações articulares: Devem ser realizados diariamente, não
só pelo fisioterapeuta , mas também pelo próprio paciente e/ou familiares.
2. Treino de força dos músculos preservados: Com o objetivo de auxiliar nas
transferências e AVDs
Serão trabalhados os músculos estabilizadores de ombro e escápula, flexores e
extensores de cotovelo e extensores de punho, bilateralmente.
Uma atenção especial aos músculos tríceps braquial e extensor radial do carpo, já que
são fundamentais para a independência nas transferências e nas atividades de
preensão de objetos por meio da tenodese.
Exercícios resistidos: Intensidade moderada (60-70% de 1RM), 3x de 8-12 repetições
com 2-3 minutos de descanso entre as séries, realizado 2x na semana.
3. Treino cardiorrespiratório: Com o objetivo de melhorar a função
cardiorrespiratória.
Exercícios aeróbicos: 30 minutos com intensidade moderada, 5 ou mais vezes por
semana; pode-se utilizar a propulsão da cadeira de rodas, cicloergômetros de membros
superiores e as handbikes.
4. Preensão por tenodese: realizar a flexão passiva dos dedos através da extensão
ativa do punho, garantindo a preensão e independência para o paciente.
5. Treino de atividades
- Push-up (elevação da pelve, na postura sentada, com apoio de membros
superiores e extensão de cotovelos): Aumentar a força e resistência muscular,
auxiliar no desempenho em tarefas, como o alívio de pressão na postura
sentada e nas transferências;
- Transição de posturas: Como rolar de prono para supino, de supino para prono
e adoção dos decúbitos laterais, como prevenção de úlceras de pressão e
encurtamentos;
- Treino orientado às tarefas: Realizadas no leito e com outras possíveis
adaptações (ex: treino de vestir-se e higiene oral), a fim de aumentar a
independência na execução das AVDs.
- Treino de controle de tronco: Para o paciente conhecer seus limites para
adquirir uma maior independência na realização das tarefas de alcance.
- Transferências: Realizar o treino de transferência do leito para a cadeira de
rodas, da cadeira de rodas para outras superfícies, como sofá, carro, chão e
vice-versa.
6. Ortostatismo progressivo
Mobilização para a posição ortostática o mais precoce possível, a fim de aumentar a
tolerância às alterações de pressão sanguínea e promover descarga de peso nos
membros inferiores para se evitar reabsorção óssea. No caso em questão,
considerando que o paciente tem controle do tronco, será necessário o uso de cintas
somente na altura da cintura e na altura dos joelhos. O treino de ortostatismo terá
tempo inicial de 3 horas, buscando-se uma evolução no tempo e angulação da maca. O
treino deverá sempre respeitar a tolerância do paciente.

Continue navegando