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Universidade Federal 
de Uberlândia - UFU 
 
Assistente em Administração 
 
 
 
Língua Portuguesa 
Será avaliada a capacidade de o candidato: Ler, compreender e interpretar textos diversos de diferentes 
gêneros discursivos, redigidos em Língua Portuguesa e produzidos em situações diferentes e sobre temas 
diferentes. ............................................................................................................................................................................. 1 
Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-argumentos 
em textos argumentativos. ................................................................................................................................................ 6 
Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, 
escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e seus efeitos 
de sentido. .......................................................................................................................................................................... 10 
Apreender informações não explicitadas, apoiando-se em deduções. Identificar elementos que permitam 
extrair conclusões não explicitadas no texto. Integrar e sistematizar informações. ........................................... 13 
Identificar elementos que permitam relacionar o texto lido a outro texto ou a outra parte do mesmo texto. 
Identificar informações pontuais no texto. .................................................................................................................. 17 
Inferir o sentido de palavras a partir do contexto. ..................................................................................................... 20 
Identificar objetivos discursivos do texto (informar ou defender uma opinião, estabelecer contato, promover 
polêmica, humor, etc.). Identificar as diferentes partes constitutivas de um texto. ............................................. 26 
Reconhecer e identificar a estrutura dos gêneros discursivos. ............................................................................... 33 
Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática, tais como retomadas anafóricas, catáforas, uso de 
organizadores textuais, de coesivos, etc. Estabelecer relações entre os diversos segmentos do próprio texto e 
entre textos diferentes. ................................................................................................................................................... 44 
Estabelecer articulação entre informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e 
inferências (semânticas, pragmáticas) autorizadas pelo texto, para dar conta de ambiguidades, ironias e 
opiniões do autor. ............................................................................................................................................................. 48 
Identificar efeitos de sentido decorrentes do emprego de marcas linguísticas necessárias à compreensão do 
texto (mecanismos anafóricos e dêiticos, operadores lógicos e argumentativos, marcadores de sequenciação 
do texto, marcadores temporais, formas de indeterminação do agente). .............................................................. 54 
Identificar, em textos dados, as classes de palavras como mecanismos de coesão e coerência textual. Identificar 
os recursos linguísticos que concorrem para o emprego da língua em diferentes funções, especialmente no 
que se refere ao uso dos pronomes, dos modos e tempos verbais e ao uso das vozes verbais. Identificar a 
importância da organização gráfica e diagramação para a coesão e coerência de um texto. ............................. 55 
Identificar recursos linguísticos próprios da língua escrita formal: pontuação, ortografia, concordância 
nominal e verbal, regência nominal e verbal, colocação pronominal, estruturação de orações e períodos. .... 76 
 
 
Noções de Informática 
MS-Windows 7: controle de acesso e autenticação de usuários, painel de controle, central de ações, área de 
trabalho, manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, ferramentas de diagnóstico, manutenção e 
restauração. .......................................................................................................................................................................... 1 
MS-Word 2007: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, rodapés, 
parágrafos, fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e 
numeração de páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto, mala 
direta, correspondências, envelopes e etiquetas, correção ortográfica. ................................................................ 12 
Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda)
MS-Excel 2007: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, 
elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos 
predefinidos, controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação e 
filtragem de dados. ........................................................................................................................................................... 18 
MS-Power Point 2007: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, slide mestre, modos de 
exibição, anotações, régua, guias, cabeçalhos e rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, 
inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação, animação e transição entre slides. ..................... 24 
Correio Eletrônico: uso do aplicativo de correio eletrônico Mozilla Thunderbird, protocolos, preparo e envio 
de mensagens, anexação de arquivos. .......................................................................................................................... 35 
Internet: Navegação Internet (Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome), conceitos de URL, proxy, 
links/apontadores, sites/sítios Web, sites/sítios de pesquisa (expressões para pesquisa de conteúdos/sites 
(Google)). ........................................................................................................................................................................... 42 
Noções de Segurança e Proteção: Vírus, Cavalos de Tróia, Worms, Spyware, Phishing, Pharming, Spam e 
derivados. .......................................................................................................................................................................... 59 
 
 
Legislação 
Regime jurídico dos servidores públicos civis da União. Lei 8.112 de 1990 e suas alterações. ............................ 1 
Código de Ética Profissional no Serviço Público. Decreto 1.171 de 22 de junho de 1994. .................................. 23 
Lei da Improbidade Administrativa. Lei nº 8.429/1992. .......................................................................................... 29 
Processo Administrativo. Lei nº 9.784/1999. ............................................................................................................. 34 
 
 
Conhecimentos Específicos 
1. Noções em Administração ............................................................................................................................................. 1 
1. Administração: conceitos, teorias e tendências. ........................................................................................................ 8 
1. Planejamento: objetivos e formulação estratégica. ................................................................................................ 21 
1. Organização: modelos, poder e estruturas organizacionais. ................................................................................24 
1. Motivação, liderança e comunicação nas organizações. ........................................................................................ 35 
1. Controle: processos, sistemas e instrumentos de controle do desempenho organizacional. ........................ 49 
1. Gestão de tempo, recursos e informações. ............................................................................................................... 55 
2. Redação Oficial 2. Características Fundamentais da Redação Oficial. 2. Emprego dos Pronomes de 
Tratamento. 2. Gêneros da Redação Oficial. 1. Aviso. 2. Declaração. 3. E-mail. 4. Memorando. 5. Ofício. 2. Sintaxe 
e Semântica da Redação Oficial. ..................................................................................................................................... 63 
3. Noções de Arquivologia 3. Conceitos Fundamentais de Arquivologia. 3. Gestão de Documentos. 3. 
Instrumentos de Gestão de Documentos. 3. Protocolo. 3. Legislação Arquivística. 3. Documentos Arquivísticos 
Digitais................................................................................................................................................................................. 73 
 
Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda)
 
 
 
 
 
A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina, 
assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira 
pública. 
 
O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, 
porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios 
que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. 
 
Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da 
apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites 
governamentais. 
 
Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos 
concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista 
que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos 
em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos 
gratuitamente o conteúdo na versão digital para nossos clientes. 
 
Caso haja dúvidas quanto ao conteúdo desta apostila, o adquirente deve acessar o site 
www.apostilasopcao.com.br, e enviar sua dúvida, que será respondida o mais breve possível, assim como 
para consultar alterações legislativas e possíveis erratas. 
 
Também ficam à disposição do adquirente o telefone (11) 2856-6066, dentro do horário comercial, 
para eventuais consultas. 
 
Eventuais reclamações deverão ser encaminhadas por escrito, respeitando os prazos instituídos no 
Código de Defesa do Consumidor. 
 
É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código 
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Apostilas Opção, a opção certa para a sua realização. 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
 
COMPREENSÃO DO TEXTO 
 
Há duas operações diferentes no entendimento de um texto. 
A primeira é a apreensão, que é a captação das relações que 
cada parte mantém com as outras no interior do texto. No 
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. 
Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas 
não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o 
significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto 
dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior 
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo 
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa 
operação de compreensão. 
E assim teremos: 
 
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto 
 
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis 
de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de 
reconhecimento. 
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o 
primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se 
preparando para a leitura interpretativa. Durante a 
interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; 
tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. 
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas 
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, 
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha 
adequada. 
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. 
Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global 
proposto pelo autor. 
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias 
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto 
pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a 
conclusão do texto. 
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos 
menores, tendo em vista os diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da 
mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. 
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico 
frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e 
resumida. 
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, 
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do 
texto. 
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um 
tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que 
o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a 
compressão da coesão e coerência. 
Coesão 
 
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais 
elementos de coesão são os conectivos e vocábulos 
gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou 
partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos 
adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, 
evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta 
de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, 
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras 
que formam a oração e as orações que formam o período e, 
finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um 
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num 
texto coeso. 
 
Coerência 
 
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de 
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com 
que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da 
coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto 
dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os 
argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles 
conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada 
sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações 
e motivações. 
 
Tipos de Composição 
 
Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma 
pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos 
característicos, de pormenores individualizantes. Requer 
observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito 
um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série 
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir 
uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é 
muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se 
o uso de palavras específicas, exatas. 
 
Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais 
ou imaginários. São seus elementos constitutivos: 
personagens, circunstâncias,ação; o seu núcleo é o incidente, 
o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de 
personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A 
narração envolve: 
- Quem? Personagem; 
- Quê? Fatos, enredo; 
- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; 
- Onde? O lugar da ocorrência; 
- Como? O modo como se desenvolveram os 
acontecimentos; 
- Por quê? A causa dos acontecimentos; 
 
Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer 
um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é 
estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, 
narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O 
raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e 
quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante 
será o desempenho. 
 
Sentidos Próprio e Figurado 
 
Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso 
têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os 
exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria 
é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um 
sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: 
“parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o 
Será avaliada a capacidade 
de o candidato: Ler, 
compreender e interpretar 
textos diversos de diferentes 
gêneros discursivos, redigidos 
em Língua Portuguesa e 
produzidos em situações 
diferentes e sobre temas 
diferentes. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 2 
mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na 
acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. 
O sentido tradicionalmente dito próprio sempre 
corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do 
enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o 
sentido preferencial, o que comumente ocorre. 
O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a 
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem 
que se obtém pela decifração da metáfora. 
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência 
da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, 
mas nunca mais que esporadicamente. 
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de 
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho 
de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de 
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das 
categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma 
conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. 
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, 
poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido 
figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta 
interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o 
sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que 
não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? 
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de 
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está 
impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido 
figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele 
carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. 
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e 
estetização e até a geração de categorias se ressente disso. 
Essa tendência para atribuir status às categorias é uma 
constante do pensamento antigo, cuja índole era 
hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal 
para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas 
teorias modernas. 
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao 
conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo 
atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações 
totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha 
para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se 
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, 
tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da 
normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos 
retóricos a serviço de sua concepção estética. 
 
Sentido Imediato 
 
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata 
que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura 
ingênua ou leitura de máquina de ler. 
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência 
de uma série de premissas que restringem a decodificação tais 
como: 
- As frases seguem modelos completos de oração da língua. 
- O discurso é lógico. 
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para 
estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, 
respectivamente, identidade lógica e atribuição. 
- Os significados são os encontrados no dicionário. 
- Existe concordância entre termos sintáticos. 
- Abstrai-se a conotação. 
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas. 
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto 
modificadores do código linguístico. 
- Supõe-se pertinência ao contexto. 
- Abstrai-se iconias. 
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. 
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. 
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-
se o uso expressivo, cerimonial. 
 
Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, 
ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele 
surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias, 
alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as 
conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, 
editoriais, etc. 
Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que 
se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito 
de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O 
que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de 
uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido 
literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica 
perplexo diante de um oximoro. 
Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de 
grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais 
primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é 
apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são 
anteriores a ele. 
 
Sentido Preferencial 
Para compreender o sentido preferencial é preciso 
conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de 
dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto 
muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma 
palavra no dicionário, dizemos que ela está 
descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o 
que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o 
sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser 
o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o 
resultado médio, o que não impede que pela necessidade 
momentânea consideremos o significado preferencial para 
dado indivíduo. 
Algumas regularidades podem ser observadas nos 
significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial 
da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para 
abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras 
palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se 
impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos, 
alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos 
o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido 
preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão 
carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com 
cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o 
que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o 
“primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido 
mais usado se impor sobre o menos usado. 
Para certos termos é difícil estabelecer o sentido 
preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de 
manga? O de fruto ou de uma parte da roupa? 
 
Questões 
 
01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar - 
MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete: 
“Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha 
também estão bem preparadas.” faz parte deum recurso de: 
 
(A) Adequação vocabular. 
(B) Falta de coesão. 
(C) Incoerência. 
(D) Coesão. 
(E) Coerência. 
 
02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase: 
Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história 
e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada, 
continuará inalterado, em: 
Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 3 
 
(A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa 
história e de nossa realidade. 
(B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos 
de nossa história e de nossa realidade. 
(C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos 
sujeitos de nossa história e de nossa realidade. 
(D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
(E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
 
03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária - 
VUNESP) 
 
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira 
que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um 
levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir 
como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A 
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais 
atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do 
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas 
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o 
número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos 
correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois 
primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o 
primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o 
povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são 
ocupadas por países pobres. 
O estudo de Robert Levine associa a administração do 
tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, 
por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor 
cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância 
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz 
o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por 
exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um 
convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a 
uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os 
brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários 
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o 
trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte 
público? 
(Veja, 2009.) 
 
Há emprego do sentido figurado das palavras em: 
(A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados... 
(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. 
(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações 
sociais... 
(D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo... 
(E) ... não se pode confiar no serviço público? 
 
04. (UNESP - Assistente Administrativo - 
VUNESP/2016) 
 
O gavião 
 
Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco 
voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a 
lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais 
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata 
pombas. 
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à 
contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das 
pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros 
(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar 
o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na 
verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com 
que a pomba come seu grão de milho. 
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das 
pombas e também o lance magnífico em que o gavião se 
despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-
Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar 
com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador. 
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente 
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, 
pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro 
homem. 
 (Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999) 
 
O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no texto 
– … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro 
homem. –, é empregado com sentido: 
 
(A) próprio, equivalendo a inspiração. 
(B) próprio, equivalendo a conquistador. 
(C) figurado, equivalendo a ave de rapina. 
(D) figurado, equivalendo a alimento. 
(E) figurado, equivalendo a predador. 
 
Gabarito 
01.D / 02.E / 03.D / 04.E 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao 
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não 
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é 
dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de 
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, 
narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam 
infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte 
de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para 
isso, devemos entender, primeiro, algumas definições 
importantes: 
 
Texto 
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de 
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações 
de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, 
um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma 
novela de televisão também são formas textuais. 
 
Interlocutor 
É a pessoa a quem o texto se dirige. 
 
Texto-modelo 
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, 
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. 
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. 
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado 
com outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? 
(…) 
É normal você querer o máximo de atenção do seu 
namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte 
mais importante da sua vida.” 
(Revista Capricho) 
 
Modelo de Perguntas 
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar 
quem é o seu interlocutor preferencial? 
Um leitor jovem. 
 
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que 
permitem a você identificar o interlocutor preferencial do 
texto? 
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor 
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser 
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista 
Capricho tem como público-alvo preferencial: meninas 
adolescentes. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 4 
A linguagem informal típica dos adolescentes. 
 
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS 
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 
a leitura; 
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos duas vezes; 
04) Inferir; 
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor; 
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão; 
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão; 
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-
melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas/ 
 
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar 
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento 
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O 
mundo moderno cobra de nós inúmeras competências, uma 
delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a 
uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de 
entender aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional 
está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas 
do código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura 
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e 
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise 
de textos, elaboramos algumasdicas para você seguir e tirar 
suas dúvidas. 
Uma interpretação de texto competente depende de 
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar 
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas 
vezes, apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes 
em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz 
suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência 
e, por isso, sempre releia, pois uma segunda leitura pode 
apresentar aspectos surpreendentes que não foram 
observados anteriormente. Para auxiliar na busca de sentidos 
do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais 
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os 
parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom 
texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é 
porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação 
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias 
supracitadas ou apresentando novos conceitos. 
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram 
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não 
costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, 
supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às 
ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso 
na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à 
revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com 
cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um 
analfabeto funcional e ler com atenção é um exercício que deve 
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de 
nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece 
nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos! 
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa-
interpretacao-texto.html 
 
Questões 
 
O uso da bicicleta no Brasil 
 
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e 
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na 
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
prioridade sobre os automotores. 
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à 
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, 
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não 
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de 
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos 
congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que 
atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento 
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a 
economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, 
nos impostos. 
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por 
exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da 
Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, 
com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São 
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país 
aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o 
projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do 
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em 
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O 
valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, 
podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 
22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já 
aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos 
estratégicos. 
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não 
está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem 
que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou 
desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um 
trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas 
vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é 
tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e 
deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e 
nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. 
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 
 
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras 
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação. 
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades. 
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores. 
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 5 
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar. 
 
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é 
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista. 
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro. 
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil. 
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio 
de locomoção se consolidou no Brasil. 
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista 
deve dar prioridade ao pedestre. 
 
03. Considere o cartum de Evandro Alves. 
 
Afogado no Trânsito 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) 
 
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum 
é 
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. 
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. 
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. 
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas. 
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público. 
 
04. Considere o cartum de Douglas Vieira. 
 
Televisão 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado) 
 
É correto concluir que, de acordo com o cartum , 
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro 
ou pela TV são equivalentes. 
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma 
imaginação mais ativa. 
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém 
que não sabe se distrair. 
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto 
assistir a um programa de televisão. 
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo 
idêntico, embora ler seja mais prazeroso. 
 
Leia o texto para responder às questões: 
 
Propensão à ira de trânsito 
 
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como 
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condiçõesde dirigir, mas 
também se engajam num comportamento de risco – algumas 
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou 
impedir que este chegue onde precisa. 
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter 
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um 
motorista a tomar decisões irracionais. 
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. 
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa 
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. 
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas 
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de 
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no 
momento. 
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que 
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros 
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao 
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um 
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos 
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. 
James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são 
os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim 
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças 
aprendem que as regras normais em relação ao 
comportamento e à civilidade não se aplicam quando 
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em 
comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa 
continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com 
pressa para chegar ao destino. 
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era 
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a 
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma 
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode 
transformar um incidente em uma violenta briga. 
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas 
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está 
predisposta a apresentar um comportamento irracional 
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior 
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando 
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente 
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo 
quando estiver tentado a agir só com a emoção. 
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia-no-
transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) 
 
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é 
correto afirmar que 
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à 
medida que os motoristas se envolvem em decisões 
conscientes. 
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas 
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o 
principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção 
agressiva. 
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 6 
experiências e atividades não só individuais como também 
sociais. 
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das 
emoções positivas por parte dos motoristas. 
 
Gabarito 
 
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D) 
 
 
 
FATO E OPINIÃO 
 
Muitas vezes nos encontramos com pessoas dialogando 
sobre qualquer que seja o tópico em questão, porém no meio 
do diálogo ouvimos “o fato é que...”, “mas na minha opinião...” 
E será que todos nós sabemos distinguir o que é FATO e o 
que é OPINIÃO? 
Então vejamos: 
- Fato: é algo que é de conhecimento de todos. Sendo um 
fato, ele pode ser provado através de documentos, ou de outras 
formas de registros. 
Ex.: O crescimento acelerado dos grandes centros 
econômicos mundiais, aumenta os problemas sociais. /O 
aumento dos estudantes estrangeiros nas universidades 
brasileiras. 
- Opinião: é a maneira particular de olhar um fato. A 
opinião vai divergir de acordo com inúmeros fatores 
socioculturais. 
Ex.: Se meu amigo não fosse tão baixinho, ele poderia jogar 
futebol. / Homens que assistem novelas são bons maridos. 
 
Quando é Importante Saber a Diferença 
 
Várias são as oportunidades de usar a diferença com 
propriedade, mas duas delas são principais. 
a) Quando nos engajamos em um debate de algum tema 
polêmico; 
b) Quando somos testados e devemos escrever um texto 
dissertativo. 
 
Variantes Dissertativas 
1. Expositiva: quando as ideias do texto estão claramente 
vinculadas a alguma reportagem ou notícia de jornais, revistas 
impressas ou eletrônicas, cujo conteúdo é conhecido por todos 
através do rádio ou da televisão, sendo, por sua vez, 
inquestionável. A dissertação expositiva tem como objetivo 
expor o fato, ficando em segundo plano a discussão sobre ele. 
 
2. Argumentativa: a dissertação argumentativa é aquela 
que exige de nós maior reflexão ao escrever sobre certos 
temas, mas que possui por objetivo a exposição do ponto de 
vista pessoal. Quem disserta, através de sua opinião bem 
embasada, faz com que os fatos ali apresentados e discutidos 
tenham uma conclusão. Esta é uma das maneiras mais difíceis 
de dissertar por apresentar juízos de valores que endossam a 
análise crítica de quem escreve. 
 
1 http://pt.slideshare.net/ElieteFarneda/diferena-entre-fato-e-opinio//lingua-
agem.blogspot.com.br/2011/06/fato-algo-cuja-existencia-independe-de.html 
 
3- Mista: esta é uma forma de dissertação que tem 
inseridos nela os elementos dos dois outros tipos 
dissertativos. Nela podemos expor os fatos como forma de 
exemplo, ou mesmo como argumento de autoridade para dar 
força às opiniões, juízos e análise crítica a serem feitos sobre o 
tópico ou tópicos discutidos.1 
 
Questões 
 
01. Leia o texto e responda à pergunta. 
 
Um pouco da história de Cecília Meireles 
 
Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura 
brasileira. Ela nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade 
do Rio de Janeiro e eu nome completo era Cecília Benevides de 
Carvalho Meireles. Sua infância foi marcada pela dor e solidão, 
pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não 
chegou a conhecer (morreu antes do seu nascimento). Foi 
criada pela avó dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, 
Cecília começou a escrever suas primeiras poesias. Estudiosos 
de sua obra dizem que seus poemas encantam os leitores de 
todas as idades. 
 
Qual frase apresenta uma opinião sobre Cecília Meireles? 
(A) Foi criada pela avó Dona Jacinta 
(B) Nasceu no dia 7 de novembro de 1901. 
(C) Perdeu a sua mãe com apenas três anos de idade. 
(D) Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. 
 
02. Leia o fragmento do texto O outro príncipe sapo de Jon 
Scieszka e responda o que se pede: 
 
Era uma vez um sapo. 
 
Certo dia, quando estava sentado na sua vitória-régia, viu 
uma linda princesa descansando à beira do lago. O sapo pulou 
dentro da água, foi nadando até ela e mostrou a cabeça por 
cima das plantas aquáticas. “Perdão, ó linda princesa”, disse ele 
com sua voz mais triste e patética... 
Qual é a opinião do autor a respeito da voz do sapo: 
(A) voz mansa e suave 
(B) estridente e aguda 
(C) triste e melancólica 
(D) triste e patética 
 
Gabarito 
01.D / 02.D 
 
INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS E EXPLÍCITAS 
 
Para que seja possível compreender o que vem a ser 
informação explícita2 em um texto, é preciso compreender que 
a linguagem verbal é polissêmica: um mesmo enunciado pode 
assumir diferentes sentidos em diferentes contextos e 
diferentes leitores podem atribuir sentidos distintos a um 
texto, segundo Kátia Lomba Bräkling. Vejamos a interação a 
seguir: 
 
Aluno: [levantando a mão] Professora, você pode me dizer 
que horas são? 
Professora: [olha no relógio e responde]Podem guardar o 
material, pessoal! 
Aluno: Êba! [rapidamente, guarda o material, seguido por 
outros colegas] 
 
Podemos observar que o aluno não perguntou se poderia 
2http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do-texto/implicitos-e-
pressupostos.html (Adaptado) 
 
Identificar e avaliar 
teses/opiniões/posicionamen
tos explícitos e implícitos, 
argumentos e contra-
argumentos em textos 
argumentativos 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 7 
guardar o material. No entanto, pela reação dele era o que 
queria saber. A professora, interpretando a sua intenção, 
autorizou a guarda do material, encerrando a aula. Nesse caso, 
o sentido dos enunciados foi definido por fatores externos ao 
texto, autorizados pelas características da situação 
comunicativa e pelo conhecimento mútuo dos interlocutores 
sobre si mesmos e sobre as regras de convivência colocadas. 
Se o texto tivesse sido compreendido no sentido literal – 
ou seja, se tivessem sido consideradas as suas informações 
explícitas– a resposta da professora teria que ser outra- como, 
por exemplo, “São cinco para as 11”. Nesse caso, as 
autorizações não teriam sido dadas e os alunos continuariam 
executando as tarefas. 
Podemos dizer, então, que o sentido de um texto é 
constituído tanto por informações que são apresentadas 
explicitamente na superfície ou linearidade do texto, quanto 
por outras, que se encontram implícitas. As primeiras são 
facilmente localizáveis no texto, pois se encontram escritas 
com todas as letras. Já as segundas são dependentes do 
repertório prévio dos interlocutores e das características da 
situação comunicativa. 
A capacidade de localizar informações explícitas no texto é 
fundamental para a constituição da proficiência leitora e deve 
ser objeto de ensino, desde os primeiros anos de escolarização, 
já no processo de alfabetização. 
Muitos consideram essa capacidade a mais simples de 
todas. No entanto, é preciso considerar que nenhuma 
capacidade de leitura é mobilizada no vazio, mas sempre em 
função da materialidade textual. Assim, se o texto for mais 
complexo ou extenso, o processo de localização da informação 
solicitada – e a decorrente atribuição de sentido - poderá ser 
igualmente mais complexo. 
 
Informações Implícitas 
 
Muitos candidatos ao ENEM se perguntam como melhorar 
sua capacidade de interpretação dos textos. Primeiramente, é 
preciso ter em mente que um texto é formado por informações 
explícitas e implícitas. As informações explícitas são aquelas 
manifestadas pelo autor no próprio texto. As informações 
implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas 
podem ser subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma 
leitura eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler 
nas entrelinhas. 
Por exemplo, observe este enunciado: 
 
- Patrícia parou de tomar refrigerante. 
A informação explícita é “Patrícia parou de tomar 
refrigerante”. A informação implícita é “Patrícia tomava 
refrigerante antes”. 
Agora, veja este outro exemplo: 
- Felizmente, Patrícia parou de tomar refrigerante. 
A informação explícita é “Patrícia parou de tomar 
refrigerante”. A palavra “felizmente” indica que o falante tem 
uma opinião positiva sobre o fato – essa é a informação 
implícita. 
Com esses exemplos, mostramos como podemos inferir 
informações a partir de um texto. Fazer uma inferência 
significa concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida. 
Nos vestibulares, fazer inferências é uma habilidade 
fundamental para a interpretação adequada dos textos e dos 
enunciados. 
A seguir, veremos dois tipos de informações que podem ser 
inferidas: as pressupostas e as subentendidas. 
 
Pressupostos 
Uma informação é considerada pressuposta quando um 
enunciado depende dela para fazer sentido. 
Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando 
Patrícia voltará para casa?”. Esse enunciado só faz sentido se 
considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos 
temporariamente – essa é a informação pressuposta. Caso 
Patrícia se encontre em casa, o pressuposto não é válido, o que 
torna o enunciado sem sentido. 
Repare que as informações pressupostas estão marcadas 
através de palavras e expressões presentes no próprio 
enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no 
enunciado “Patrícia ainda não voltou para casa”, a palavra 
“ainda” indica que a volta de Patrícia para casa é dada como 
certa pelo falante. 
 
Subentendidos 
Ao contrário das informações pressupostas, as 
informações subentendidas não são marcadas no próprio 
enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser 
entendidas como insinuações. 
O uso de subentendidos faz com que o enunciador se 
esconda atrás de uma afirmação, pois não quer se 
comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos 
são de responsabilidade do receptor, enquanto os 
pressupostos são partilhados por enunciadores e receptores. 
Em nosso cotidiano, somos cercados por informações 
subentendidas. A publicidade, por exemplo, parte de hábitos e 
pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a 
anedota é um gênero textual cuja interpretação depende a 
quebra de subentendidos. 
 
 
Questão 
 
01. Texto I 
 
(Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem) 
 
Texto II 
Conexão Sem Fio no Brasil 
Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar 
publicações para o Kindle. 
 
 
(Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem) 
 
A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um 
anúncio sobre o lançamento do livro digital no Brasil. Já o texto 
II traz informações referentes à abrangência de acessibilidade 
das tecnologias de comunicação e informação nas diferentes 
regiões do país. A partir da leitura dos dois textos, infere-se 
que o advento do livro digital no Brasil 
(A) possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às 
informações antes restritas, uma vez que eliminará as 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 8 
distâncias, por meio da distribuição virtual. 
(B) criará a expectativa de viabilizar a democratização da 
leitura, porém esbarra na insuficiência do acesso à internet por 
telefonia celular, ainda deficiente no país. 
(C) fará com que os livros impressos tornem-se obsoletos, 
em razão da diminuição dos gastos com os produtos digitais 
gratuitamente distribuídos pela internet. 
(D) garantirá a democratização dos usos da tecnologia no 
país, levando em consideração as características de cada 
região no que se refere aos hábitos de leitura e acesso à 
informação. 
(E) impulsionará o crescimento da qualidade da leitura dos 
brasileiros, uma vez que as características do produto 
permitem que a leitura aconteça a despeito das adversidades 
geopolíticas. 
 
Gabarito 
01.B 
 
ARGUMENTAÇÃO 
 
Argumentar3 é a capacidade de relacionar fatos, teses, 
estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de 
embasar determinado pensamento ou ideia. 
Um texto argumentativo sempre é feito visando um 
destinatário. O objetivo desse tipo de texto é convencer, 
persuadir, levar o leitor a seguir uma linha de raciocínio e a 
concordar com ela. 
Para que a argumentação seja convincente é necessário 
levar o leitor a um “beco sem saída”, onde ele seja obrigado a 
concordar com os argumentos expostos. 
No caso da redação, por ser um texto pequeno, há uma 
obrigatoriedade em ser conciso e preciso, para que o leitor 
possa ser levado direto ao ponto chave. Para isso é necessário 
que se exponha a questão ou proposta a ser discutida logo no 
início do texto, e a partir dela se tome uma posição, sempre de 
forma impessoal. O envolvimento de opiniões pessoais, além 
de ser terminantemente proibido em textos que serão 
analisados em concursos, pode comprometer a veracidade dos 
fatos e o poder de convencimento dos argumentos utilizadosPor exemplo, é muito mais aceitável uma afirmação de um 
autor renomado ou de um livro conhecido do que o simples 
posicionamento do redator a respeito de determinado 
assunto. 
Uma boa argumentação só é feita a partir de pequenas 
regras as quais facilmente são encontradas em textos do dia a 
dia, já que durante a nossa vida levamos um longo tempo 
tentando convencer as outras pessoas de que estamos certos. 
 
 
 
Os argumentos devem ter um embasamento, nunca deve-
se afirmar algo que não venha de estudos ou informações 
previamente adquiridas. 
Os exemplos dados devem ser coerentes com a realidade, 
ou seja, podem até ser fictícios, mas não podem ser 
inverossímeis. 
Caso haja citações de pessoas ou trechos de textos os 
mesmos devem ser razoavelmente confiáveis, não se pode 
citar qualquer pessoa. 
 
3http://www.infoescola.com/redacao/argumentacao/ 
http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto-
argumentativo/argumentacao.html 
Experiências que comprovem os argumentos devem ser 
também coerentes com a realidade. 
Há de se imaginar sempre os questionamentos, dúvidas e 
pensamentos contrários dos leitores quanto à sua 
argumentação, para que a partir deles se possa construir 
melhores argumentos, fundamentados em mais estudo e 
pesquisa. 
Quanto a estrutura do texto, este deve apresentar uma 
lógica de pensamentos. Os raciocínios devem ter uma relação 
entre si, e um deve continuar o que o outro afirmava. 
No início do texto deve-se apresentar o assunto e a 
problemática que o envolve, sempre tomando cuidado para 
não se contradizer. 
Ao decorrer do texto vão sendo apresentados os 
argumentos propriamente ditos, junto com exemplificações e 
citações (se existirem). 
No final do texto as ideias devem ser arrematadas com uma 
tese (a conclusão). Essa conclusão deve vir sendo prevista pelo 
leitor durante todo o texto, à medida que ele vai lendo e se 
direcionando para concordar com ela. 
A argumentação não trabalha com fatos claros e evidentes, 
mas sim investiga fatos que geram opiniões diversas, sempre 
em busca de encontrar fundamentos para localizar a opinião 
mais coerente. 
Não se pode, em uma argumentação, afirmar a verdade ou 
negar a verdade afirmada por outra pessoa. O objetivo é fazer 
com que o leitor concorde e não com que ele feche os olhos 
para possíveis contra-argumentos. 
Caso seja necessário se pode também fazer uma 
comparação entre vários ângulos de visão a respeito do 
assunto, isso poderá ajudar no processo de convencimento do 
leitor, pois não dará margens para contra-argumentos. Porém 
deve-se tomar muito cuidado para não se contradizer e para 
ser claro. Para isso é necessário um bom domínio do assunto. 
 
Organização Textual 
 
O ser humano se comunica por meio de textos. Desde uma 
simples e passageira interjeição como “Olá” até uma 
mensagem muitíssimo extensa. Em princípio, esses textos 
eram apenas orais. Hoje, são também escritos. Nesse processo, 
os textos ganharam formas de organização distintas, com 
propósitos nitidamente distintos também. As principais 
formas de organização textual registradas na humanidade são, 
assim: 
- Narrativa: aquela que compreende textos que contam 
uma história, relatam um acontecimento. 
- Argumentativa: a que visa ao convencimento do 
interlocutor. 
- Descritiva: cuja finalidade é apresentar concreta ou 
metaforicamente uma dada descrição. 
Cada uma dessas formas de organização textual desdobra-
se em inúmeros gêneros textuais distintos, que nada mais são 
do que cada concretizável possível a cada um dos objetivos 
textuais. Assim, por exemplo, a diferentes formas e formatos 
para se narrar: fábula, conto de fadas, romance, conto, notícia, 
fofoca, etc. 
 
Texto Argumentativo 
Esse tipo de texto, que é aplicado nas redações do Enem, 
inclui diferentes gêneros, tais quais, dissertação, artigo de 
opinião, carta argumentativa, editorial, resenha 
argumentativa, dentre outros. 
Todo e qualquer texto argumentativo, como já dito, visa ao 
convencimento de seu ouvinte/leitor. Por isso, ele sempre se 
baseia em uma tese, ou seja, o ponto de vista central que se 
pretende veicular e a respeito do qual se pretende convencer 
http://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-argumentacao.htm 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 9 
esse interlocutor. Nos gêneros argumentativos escritos, 
sobretudo, convém que essa tese seja apresentada, de maneira 
clara, logo de início e que, depois, através de uma 
argumentação objetiva e de diversidade lexical seja 
sustentada/defendida, com vistas ao mencionado 
convencimento. 
A estrutura geral de um texto argumentativo consiste de 
introdução, desenvolvimento e conclusão, nesta ordem. Cada 
uma dessas partes, por sua vez tem função distinta dentro da 
composição do texto: 
 
Introdução: é a parte do texto argumentativo em que 
apresentamos o assunto de que trataremos e a tese a ser 
desenvolvida a respeito desse assunto. 
Desenvolvimento: é a argumentação propriamente dita, 
correspondendo aos desdobramentos da tese apresentada. 
Esse é o coração do texto, por isso, comumente se desdobra em 
mais de um parágrafo. De modo geral, cada argumentação em 
defesa da tese geral do texto corresponde a um parágrafo. 
Conclusão: a parte final do texto em que retomamos a tese 
central, agora já respaldada pelos argumentos desenvolvidos 
ao longo do texto. 
 
Relação entre Tese e Argumento 
De modo geral, a relação entre tese e argumento pode ser 
compreendida de duas maneiras principais: 
Argumento, portanto, Tese (A→ pt→T) ou Tese porque 
Argumento (T→ pq→A): 
 
(A→ pt→T) 
“O governo gasta, todos os anos, bilhões de reais no 
tratamento das mais diversas doenças relacionadas ao 
tabagismo; os ganhos com os impostos nem de longe 
compensam o dinheiro gasto com essas doenças. Além disso 
(Ainda, e, também, relação de adição → quando se enumeram 
argumentos a favor de sua tese), as empresas têm grandes 
prejuízos por causa de afastamentos de trabalhadores devido 
aos males causados pelo fumo. Portanto (logo, por 
conseguinte, por isso, então → observem a relação semântica 
de conclusão, típica de um silogismo), é mister que sejam 
proibidas quaisquer propagandas de cigarros em todos os 
meios de comunicação.” 
 
(T→ pq→A) 
O governo deve imediatamente proibir toda e qualquer 
forma de propaganda de cigarro, porque (uma vez que, já que, 
dado que, pois → relação de causalidade) ele gasta, todos os 
anos, bilhões de reais no tratamento das mais diversas 
doenças relacionadas ao tabagismo; e, muito embora (ainda 
que, não obstante, mesmo que → relação de oposição: usam-
se as concessivas para refutar o argumento oposto) os ganhos 
com os impostos sejam vultosos, nem de longe eles 
compensam o dinheiro gasto com essas doenças. 
 
Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa 
consolida o texto. 
- Argumentação por citação: sempre que queremos 
defender uma ideia, procuramos pessoas ‘consagradas’, que 
pensam como nós acerca do tema em evidência. 
Apresentamos no corpo de nosso texto a menção de uma 
informação extraída de outra fonte. A citação pode ser 
apresentada assim: 
Para Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a 
essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que 
o indivíduo adquire por essas regras” (Piaget, 1994, p.11). 
A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade 
intelectual de compreender que a regra expressa uma 
racionalidade em si mesma equilibrada. 
O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto, 
assim, tal estratégia poderá funcionar bem. 
- Argumentação por comprovação: a sustentação da 
argumentação se dará a partir das informações apresentadas 
(dados, estatísticas, percentuais) que a acompanham. 
Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um 
ponto de vista equivocado. Veja: 
O ministro da Educação, Cristovam Buarque,lança hoje o 
Mapa da Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a partir 
de dados do IBGE e do Censo Educacional do Ministério da 
Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos 
que estão fora das escolas em cada Estado. 
Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5 
% da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a 
qual o ensino é obrigatório, não frequentam as salas de aula. 
O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do 
Estado, ou 92,8 mil, estão fora da escola. O melhor, o Distrito 
Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças excluídas, 
seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, 
com 3,2% (168,7 mil). 
(Mônica Bergamo. Folha de S. Paulo, 3.12.2003) 
 
Nesse tipo de citação o autor precisa de dados que 
demonstrem sua tese. 
 
- Argumentação por raciocínio lógico: a criação de 
relações de causa e efeito é um recurso utilizado para 
demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é 
necessária, e não fruto de uma interpretação pessoal que pode 
ser contestada. Veja: 
“O fumo é o mais grave problema de saúde pública no 
Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de 
maconha, crack ou heroína façam propaganda para os nossos 
filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro 
deveriam ser proibidas terminantemente. Para os 
desobedientes, cadeia.” 
(VARELLA, Drauzio. In: Folha de S. Paulo, 20 de maio de 2000.) 
 
Para a construção de um bom texto argumentativo faz-se 
necessário o conhecimento sobre a questão proposta, 
fundamentação para que seja realizado com sucesso. 
 
Questão 
 
01. Identifique o sentido argumentativo dos seguintes 
textos, e separe, por meio de barras, a tese e o(s) 
argumento(s). 
(A) “Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o 
que preciso. É econômico, nunca dá defeito e tem espaço 
suficiente para transportar toda a minha família.” 
(B) “Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais; 
além disso, todo ano batemos recordes de produção agrícola. 
Sem contar que nosso parque industrial é um dos mais 
modernos do mundo, definitivamente, somos o país do futuro.” 
(C) “Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo 
para dar errado: nossa diferença de idade é grande e nossos 
gostos são quase que opostos. Além disso, a família dela é 
terrível.” 
(D) “Como o Brasil é um país muito injusto, toda política 
social por aqui implementada é vista como demagogia, 
paternalismo.” 
 
Gabarito 
 
a) O sentido aí presente é (T→ pq→A), uma vez que, após 
uma constatação, se seguem as motivações que a 
fundamentam. 
Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o que 
preciso (TESE)./ É econômico (argumento 1), /nunca dá 
defeito (argumento 2)/ e tem espaço suficiente para 
transportar toda a minha família (argumento 3). 
 
b) Nesse exemplo, já encontramos a orientação (A→ pt→T), 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 10 
uma vez que se parte de exemplificações para, a partir delas, 
enunciar uma proposição. 
Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais 
(argumento 1);/ além disso, todo ano batemos recordes de 
produção agrícola (argumento 2)./ Sem contar que nosso 
parque industrial é um dos mais modernos do mundo 
(argumento 3)./ Definitivamente, somos o país do futuro. 
(TESE). 
 
c) Aqui, o sentido é (T→ pq→A), em que de uma afirmação 
inicial se desdobram exemplos que a justificam. 
Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo para 
dar errado (TESE):/ nossa diferença de idade é grande 
(argumento 1) e nossos gostos são quase que opostos 
(argumento 2). Além disso, a família dela é terrível (argumento 
3). 
 
d) Nesse exemplo, o movimento é (A→ pt→T), já que se 
parte de uma causa que funciona como justificativa a uma 
enunciação que, por sua vez, é a consequência constatada. 
Como o Brasil é um país muito injusto (argumento),/ toda 
política social por aqui implementada é vista como demagogia, 
paternalismo (TESE). 
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TEMA E TÍTULO 
 
Segundo Vânia Duarte, tecer um bom texto é uma tarefa 
que requer competência por parte de quem a pratica, pois a 
construção textual não pode ser vista como um emaranhado 
de frases soltas e ideias desconexas. Pelo contrário, elas devem 
estar organizadas e justapostas entre si, denotando clareza de 
sentido em relação à mensagem que se deseja transmitir. 
Como sabemos, a redação é um dos elementos mais 
requisitados em processos seletivos de uma forma geral. Por 
essa razão, devemos estar aptos para desenvolvê-la de forma 
plausível e, consequentemente, alcançarmos o sucesso 
almejado. Geralmente, a proposta é acompanhada de uma 
coletânea de textos, que deve ser lida de forma atenta para 
percebermos qual é o tema abordado em questão. 
Diante disso, é essencial que entendamos a diferença 
existente entre estes dois elementos: Título e Tema. Para tal, 
aprofundaremos mais nossos conhecimentos sobre o assunto. 
Consideremos o exposto abaixo: 
 
Tema: crescente dinamismo que permeia a sociedade, 
aliado à inovação tecnológica, requer um aperfeiçoamento 
profissional constante. 
 
Título: a importância da capacitação profissional no 
mundo contemporâneo. 
 
Como podemos perceber, o tema é algo mais abrangente e 
consiste no assunto que deve ser explorado ao longo do texto. 
Já o título é algo mais sintético, é como se fosse afunilando 
o assunto que será posteriormente discutido. 
O importante é sabermos que: do tema é que se extrai o 
título, haja vista que o tema é um elemento-base, fonte 
norteadora para os demais passos. 
Existem certos temas que não revelam uma nítida 
objetividade, como o exposto anteriormente. É o caso de 
fragmentos literários, trechos musicais, frases de efeito, entre 
outros. 
Nesse caso, exige-se mais do leitor quanto à questão da 
interpretação, para daí chegar à ideia central, como podemos 
identificar por meio deste exemplo: 
 
“As ideias são apenas pedras postas a atravessar a corrente 
de um rio, se estão ali é para que possamos chegar à outra 
margem, a outra margem é o que importa”. (José Saramago) 
Essa linguagem, quando analisada, leva-nos a inferir o 
seguinte, que este poderia ser o tema. 
 
Fazendo parte também dessa composição estão os temas 
apoiados em imagens, como é o caso de gráficos, histórias em 
quadrinhos, charges e pinturas. Tal ocorrência requer o 
mesmo procedimento por parte do leitor, ou seja, que ele 
desenvolva seu conhecimento de mundo e sua capacidade de 
interpretação para desenvolver um bom texto. 
O concurso ou o vestibular pode dar tanto o tema quanto o 
título, de acordo com Gustavo Atallah Haun. Cabe ao redator 
saber manejar as duas formas. 
Caso seja dado o título, este se tornará obrigatório no início 
da prova, centralizado, na primeira linha (se não houver um 
lugar específico para ele!). Podem daí surgir duas 
possibilidades, o tema estar inserido nos textos de apoio que 
acompanham o enunciado da questão ou do título você terá 
que tirar o tema. 
Se for dado o tema em destaque, durante ou após o 
enunciado da redação, você terá que falar especificamente 
dele, independente do assunto tratado nos textos de apoio. 
Muitas bancas examinadoras não exigem o título. Na 
maioria das vezes ele é opcional. Porém, quando for 
obrigatório vai ter sempre na instrução da prova: “Dê um título 
ao seu texto” ou “Seu texto deve ter título” e similares. 
Portanto, leia com atenção as instruções da sua prova de 
produção textual. 
 
Principais Diferenças entre Tema X Título 
 
Fique atento e não cometa esse erro! 
 
Tema Delimitado ou Não 
 
O tema pode vir amplo, genérico, ou já delimitado. Atenção 
máxima quanto a isso. No primeiro caso, pode-se pedir para 
escrever sobre “Violência”, por exemplo, e dentro desse tema 
tão universal, você ter que especificar, delimitá-lo: “A violênciadoméstica está crescendo no Brasil em pleno século XXI”. 
Pronto, agora é só começar a escrever. 
 
Tema Objetivo ou Subjetivo 
 
Outro aspecto importante que se tem que ficar atento é se 
o tema é de âmbito objetivo ou subjetivo. 
Analisar o uso de recursos 
persuasivos em textos 
argumentativos diversos 
(como a elaboração do título, 
escolhas lexicais, construções 
metafóricas, a explicitação ou 
a ocultação de fontes de 
informação) e seus efeitos de 
sentido. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 11 
Para entender a diferença entre um tema objetivo e um 
tema subjetivo, faz-se necessário, antes, relembrar que há mais 
de uma forma de usar as palavras: no sentido real ou no 
sentido figurado. Essa diferenciação não se faz apenas no uso 
da linguagem escrita ou falada, mas também ao se fazer uso de 
outras linguagens. Explico: quando se assiste a um filme, é 
possível associar seu enredo a outros significados que não 
apenas aquele aparente; você assistiu a “Matrix”, por exemplo? 
Será que aquela história de se viver um mundo falso, que 
alguém programa para nós, não é uma grande metáfora? 
Vemos tudo o que existe? O que existe é real ou nossos 
sentidos nos enganam? O verde que você vê é o verde que eu 
vejo? Como saber? 
Você poderá pensar desta forma também ao admirar uma 
pintura, uma escultura, um grafite na rua, e se perguntar: o que 
será que se quis dizer com essa representação? Enfim, 
consegue perceber a possibilidade de mais de uma leitura nas 
diferentes linguagens? Os examinadores esperam que você 
seja analítico, que faça associações, que entenda não ser 
mundo algo estático sócio-econômico-política e 
culturalmente. Então, guarde esses conceitos: 
 
- Denotação: palavra usada em sentido literal: 
objetividade: Ex.: Meu coração está batendo acelerado. 
- Conotação: palavra usada em sentido figurado: 
subjetividade. Ex.: Meu coração galopa quando te vê... 
 
Lembre-se: 
Denotação Conotação 
Palavra com significação 
restrita 
Palavra com significação 
ampla 
Palavra com sentido 
comum ao dicionário 
Palavra cujos sentidos 
extrapolam o sentido comum 
Palavra usada de modo 
automatizado 
Palavra usada de modo 
criativo 
Linguagem comum Linguagem rica e expressiva 
 
 
Construindo Um Texto a Partir de Um Tema Objetivo e 
Um Subjetivo 
 
Vimos anteriormente que, o tema é a proposta para a 
redação. Você irá delimitar o assunto e a partir dessa 
delimitação irá formular sua tese (a afirmação central sobre o 
assunto, que será desenvolvida e comprovada no texto). 
Observe que há uma tendência de os vestibulares 
apresentarem o tema e uma coletânea de textos, de todos os 
tipos: fragmentos filosóficos, excertos literários; poemas; 
reportagens ou notícias de jornais e revistas; cartuns ou 
pinturas. Normalmente, o avaliador não deseja um texto com 
visão limitada sobre o assunto. Caso tenha pela frente um tema 
subjetivo, haverá a necessidade de se interpretar a proposta. 
Observe os seguintes modelos: 
 
Modelo com Tema Subjetivo 
1º. Tema subjetivo: “Tudo o que é sólido desmancha no ar.” 
(Karl Marx) 
 
2º. Delimitação do Assunto: 
- A observação de como a história elimina estruturas 
aparentemente eternas. 
- Trata-se de uma referência às instituições, 
comportamentos, modelos econômicos, que se modificam no 
tempo. 
 
3º. Tese: Nosso cotidiano parece cercado por estruturas 
fixas, imutáveis, sejam instituições, relações de poder, formas 
 
4 https://www.algosobre.com.br/redacao/a-unidade-basica-do-texto-estrutura-
do-paragrafo.html 
de vida. Mas, se dermos um passo atrás e olhamos a história, o 
que encontramos é uma sucessão de transformações, em que 
estas estruturas, que pareciam eternas, são criadas e 
destruídas. 
 
Esse foi um exemplo com tema subjetivo. Vejamos um 
exemplo de tema objetivo. Lê-se o tema e imediatamente se 
reconhece sobre o que se pode falar no texto. 
 
Modelo com Tema Objetivo 
1º. Tema: Desenvolvimento e Meio Ambiente. 
 
2º. Delimitação do Assunto: 
- Como conciliar desenvolvimento econômico e 
preservação do meio ambiente? 
- Estar o meio ambiente em estado de degradação é sinal 
de evolução da sociedade capitalista ou “involução”? 
 
3º. Tese: Depois de as grandes potências econômicas 
passarem pelo período de exploração da maior parte dos 
recursos naturais existentes, e pelo completo descuido com o 
meio ambiente, surge a preocupação em se controlar esse 
processo, antes desordenado, para que se possa falar em 
gerações futuras. 
 
ESTRUTURAÇÃO DOS TEXTOS E DOS PARÁGRAFOS 
 
Os elementos essenciais para a composição de um texto 
são: introdução, desenvolvimento e conclusão4. 
Analisemos cada uma das partes separadamente: 
 
Introdução: apresentação direta e objetiva da ideia 
central do texto. 
Caracteriza-se por ser o parágrafo inicial. 
 
Desenvolvimento: estruturalmente, é a maior parte 
contida no texto. O desenvolvimento estabelece uma relação 
entre a introdução e a conclusão, pois é nesta etapa que as 
ideias, argumentos e posicionamento do autor vão sendo 
formados e desenvolvidos com o intuito de dirigir a atenção do 
leitor para a conclusão. 
Em um bom desenvolvimento as ideias devem ser claras e 
capazes de fazer com que o leitor anteceda a conclusão. 
 
Os três principais erros cometidos durante a elaboração do 
desenvolvimento são: 
1. Distanciamento do texto em relação à discussão inicial. 
2. Concentrar-se em apenas um tópico do tema e esquecer 
os demais. 
3. Tecer muitas ideias ou informações e não conseguir 
organizá-las ou relacioná-las, dificultando, assim, a linha de 
entendimento do leitor. 
 
Conclusão: é o ponto de chegada de todas as 
argumentações elencadas no desenvolvimento, ou seja, é o 
fechamento do texto e dos questionamentos propostos pelo 
autor. 
Na elaboração da conclusão deve-se evitar as construções 
padrões como: “Portanto, como já dissemos antes...”, 
“Concluindo...”, “Em conclusão, ...”. 
 
Parágrafo 
 
Esteticamente, o parágrafo se caracteriza como um sutil 
recuo em relação à margem esquerda da folha; 
conceitualmente, o parágrafo completo deve dispor de 
introdução, desenvolvimento e conclusão. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 12 
- Introdução - também denominada de tópico frasal, 
constitui-se pela apresentação da ideia principal, feita de 
maneira sintética de acordo com os objetivos do autor... 
- Desenvolvimento - fundamenta-se na ampliação do 
tópico frasal, atribuído pelas ideias secundárias, com vistas a 
reforçar e conferir credibilidade na discussão. 
- Conclusão - caracteriza-se pela retomada da ideia central 
associando-a aos pressupostos mencionados no 
desenvolvimento, procurando arrematá-los. 
 
Exemplo de um parágrafo bem estruturado (com 
introdução, desenvolvimento e conclusão): 
 
(Ideia-núcleo) A poluição que se verifica principalmente 
nas capitais do país é um problema relevante, para cuja 
solução é necessária uma ação conjunta de toda a sociedade. 
 
(Ideia secundária) O governo, por exemplo, deve rever sua 
legislação de proteção ao meio ambiente, ou fazer valer as leis 
em vigor; o empresário pode dar sua contribuição, instalando 
filtro de controle dos gases e líquidos expelidos, e a população, 
utilizando menos o transporte individual e aderindo aos 
programas de rodízio de automóveis e caminhões, como já 
ocorre em São Paulo. 
(Conclusão) Medidas que venham a excluir qualquer um 
desses três setores da sociedade tendem a ser inócuas no 
combate à poluição e apenas onerar as contas públicas. 
 
Questões 
 
01. (TRE/PA - Analista Judiciário - IADES) Segundo 
Reale (1965, p.9), “o direito é realidade universal. Onde quer 
que exista o homem, aí existe o direito como expressão de vida 
e de convivência”. No trecho apresentado,

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