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Universidade Federal de Uberlândia - UFU Assistente em Administração Língua Portuguesa Será avaliada a capacidade de o candidato: Ler, compreender e interpretar textos diversos de diferentes gêneros discursivos, redigidos em Língua Portuguesa e produzidos em situações diferentes e sobre temas diferentes. ............................................................................................................................................................................. 1 Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-argumentos em textos argumentativos. ................................................................................................................................................ 6 Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e seus efeitos de sentido. .......................................................................................................................................................................... 10 Apreender informações não explicitadas, apoiando-se em deduções. Identificar elementos que permitam extrair conclusões não explicitadas no texto. Integrar e sistematizar informações. ........................................... 13 Identificar elementos que permitam relacionar o texto lido a outro texto ou a outra parte do mesmo texto. Identificar informações pontuais no texto. .................................................................................................................. 17 Inferir o sentido de palavras a partir do contexto. ..................................................................................................... 20 Identificar objetivos discursivos do texto (informar ou defender uma opinião, estabelecer contato, promover polêmica, humor, etc.). Identificar as diferentes partes constitutivas de um texto. ............................................. 26 Reconhecer e identificar a estrutura dos gêneros discursivos. ............................................................................... 33 Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática, tais como retomadas anafóricas, catáforas, uso de organizadores textuais, de coesivos, etc. Estabelecer relações entre os diversos segmentos do próprio texto e entre textos diferentes. ................................................................................................................................................... 44 Estabelecer articulação entre informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e inferências (semânticas, pragmáticas) autorizadas pelo texto, para dar conta de ambiguidades, ironias e opiniões do autor. ............................................................................................................................................................. 48 Identificar efeitos de sentido decorrentes do emprego de marcas linguísticas necessárias à compreensão do texto (mecanismos anafóricos e dêiticos, operadores lógicos e argumentativos, marcadores de sequenciação do texto, marcadores temporais, formas de indeterminação do agente). .............................................................. 54 Identificar, em textos dados, as classes de palavras como mecanismos de coesão e coerência textual. Identificar os recursos linguísticos que concorrem para o emprego da língua em diferentes funções, especialmente no que se refere ao uso dos pronomes, dos modos e tempos verbais e ao uso das vozes verbais. Identificar a importância da organização gráfica e diagramação para a coesão e coerência de um texto. ............................. 55 Identificar recursos linguísticos próprios da língua escrita formal: pontuação, ortografia, concordância nominal e verbal, regência nominal e verbal, colocação pronominal, estruturação de orações e períodos. .... 76 Noções de Informática MS-Windows 7: controle de acesso e autenticação de usuários, painel de controle, central de ações, área de trabalho, manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, ferramentas de diagnóstico, manutenção e restauração. .......................................................................................................................................................................... 1 MS-Word 2007: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, rodapés, parágrafos, fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto, mala direta, correspondências, envelopes e etiquetas, correção ortográfica. ................................................................ 12 Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) MS-Excel 2007: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação e filtragem de dados. ........................................................................................................................................................... 18 MS-Power Point 2007: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, slide mestre, modos de exibição, anotações, régua, guias, cabeçalhos e rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação, animação e transição entre slides. ..................... 24 Correio Eletrônico: uso do aplicativo de correio eletrônico Mozilla Thunderbird, protocolos, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. .......................................................................................................................... 35 Internet: Navegação Internet (Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome), conceitos de URL, proxy, links/apontadores, sites/sítios Web, sites/sítios de pesquisa (expressões para pesquisa de conteúdos/sites (Google)). ........................................................................................................................................................................... 42 Noções de Segurança e Proteção: Vírus, Cavalos de Tróia, Worms, Spyware, Phishing, Pharming, Spam e derivados. .......................................................................................................................................................................... 59 Legislação Regime jurídico dos servidores públicos civis da União. Lei 8.112 de 1990 e suas alterações. ............................ 1 Código de Ética Profissional no Serviço Público. Decreto 1.171 de 22 de junho de 1994. .................................. 23 Lei da Improbidade Administrativa. Lei nº 8.429/1992. .......................................................................................... 29 Processo Administrativo. Lei nº 9.784/1999. ............................................................................................................. 34 Conhecimentos Específicos 1. Noções em Administração ............................................................................................................................................. 1 1. Administração: conceitos, teorias e tendências. ........................................................................................................ 8 1. Planejamento: objetivos e formulação estratégica. ................................................................................................ 21 1. Organização: modelos, poder e estruturas organizacionais. ................................................................................24 1. Motivação, liderança e comunicação nas organizações. ........................................................................................ 35 1. Controle: processos, sistemas e instrumentos de controle do desempenho organizacional. ........................ 49 1. Gestão de tempo, recursos e informações. ............................................................................................................... 55 2. Redação Oficial 2. Características Fundamentais da Redação Oficial. 2. Emprego dos Pronomes de Tratamento. 2. Gêneros da Redação Oficial. 1. Aviso. 2. Declaração. 3. E-mail. 4. Memorando. 5. Ofício. 2. Sintaxe e Semântica da Redação Oficial. ..................................................................................................................................... 63 3. Noções de Arquivologia 3. Conceitos Fundamentais de Arquivologia. 3. Gestão de Documentos. 3. Instrumentos de Gestão de Documentos. 3. Protocolo. 3. Legislação Arquivística. 3. Documentos Arquivísticos Digitais................................................................................................................................................................................. 73 Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina, assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira pública. O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites governamentais. Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos gratuitamente o conteúdo na versão digital para nossos clientes. 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Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) LÍNGUA PORTUGUESA Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 1 COMPREENSÃO DO TEXTO Há duas operações diferentes no entendimento de um texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa operação de compreensão. E assim teremos: Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de reconhecimento. A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha adequada. Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor. Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão do texto. A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e resumida. Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto. Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a compressão da coesão e coerência. Coesão É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais elementos de coesão são os conectivos e vocábulos gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras que formam a oração e as orações que formam o período e, finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num texto coeso. Coerência A coerência está diretamente ligada à possibilidade de estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações e motivações. Tipos de Composição Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos característicos, de pormenores individualizantes. Requer observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se o uso de palavras específicas, exatas. Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários. São seus elementos constitutivos: personagens, circunstâncias,ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A narração envolve: - Quem? Personagem; - Quê? Fatos, enredo; - Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; - Onde? O lugar da ocorrência; - Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos; - Por quê? A causa dos acontecimentos; Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante será o desempenho. Sentidos Próprio e Figurado Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: “parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o Será avaliada a capacidade de o candidato: Ler, compreender e interpretar textos diversos de diferentes gêneros discursivos, redigidos em Língua Portuguesa e produzidos em situações diferentes e sobre temas diferentes. Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 2 mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. O sentido tradicionalmente dito próprio sempre corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o sentido preferencial, o que comumente ocorre. O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem que se obtém pela decifração da metáfora. O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, mas nunca mais que esporadicamente. Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e estetização e até a geração de categorias se ressente disso. Essa tendência para atribuir status às categorias é uma constante do pensamento antigo, cuja índole era hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas teorias modernas. Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos retóricos a serviço de sua concepção estética. Sentido Imediato Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura ingênua ou leitura de máquina de ler. Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência de uma série de premissas que restringem a decodificação tais como: - As frases seguem modelos completos de oração da língua. - O discurso é lógico. - Se a forma usada no discurso é a mesma usada para estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, respectivamente, identidade lógica e atribuição. - Os significados são os encontrados no dicionário. - Existe concordância entre termos sintáticos. - Abstrai-se a conotação. - Supõe-se que não há anomalias linguísticas. - Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto modificadores do código linguístico. - Supõe-se pertinência ao contexto. - Abstrai-se iconias. - Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. - Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. - Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai- se o uso expressivo, cerimonial. Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias, alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, editoriais, etc. Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica perplexo diante de um oximoro. Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são anteriores a ele. Sentido Preferencial Para compreender o sentido preferencial é preciso conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma palavra no dicionário, dizemos que ela está descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o resultado médio, o que não impede que pela necessidade momentânea consideremos o significado preferencial para dado indivíduo. Algumas regularidades podem ser observadas nos significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos, alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o “primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido mais usado se impor sobre o menos usado. Para certos termos é difícil estabelecer o sentido preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de manga? O de fruto ou de uma parte da roupa? Questões 01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar - MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete: “Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha também estão bem preparadas.” faz parte deum recurso de: (A) Adequação vocabular. (B) Falta de coesão. (C) Incoerência. (D) Coesão. (E) Coerência. 02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase: Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada, continuará inalterado, em: Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 3 (A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. (B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. (C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. (D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. (E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. 03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária - VUNESP) No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são ocupadas por países pobres. O estudo de Robert Levine associa a administração do tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte público? (Veja, 2009.) Há emprego do sentido figurado das palavras em: (A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados... (B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. (C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações sociais... (D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo... (E) ... não se pode confiar no serviço público? 04. (UNESP - Assistente Administrativo - VUNESP/2016) O gavião Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata pombas. O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros (qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com que a pomba come seu grão de milho. Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das pombas e também o lance magnífico em que o gavião se despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint- Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador. Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro homem. (Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999) O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro homem. –, é empregado com sentido: (A) próprio, equivalendo a inspiração. (B) próprio, equivalendo a conquistador. (C) figurado, equivalendo a ave de rapina. (D) figurado, equivalendo a alimento. (E) figurado, equivalendo a predador. Gabarito 01.D / 02.E / 03.D / 04.E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender, primeiro, algumas definições importantes: Texto O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de televisão também são formas textuais. Interlocutor É a pessoa a quem o texto se dirige. Texto-modelo “Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…) É normal você querer o máximo de atenção do seu namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante da sua vida.” (Revista Capricho) Modelo de Perguntas 1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem é o seu interlocutor preferencial? Um leitor jovem. 2) Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem a você identificar o interlocutor preferencial do texto? Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes. Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 4 A linguagem informal típica dos adolescentes. 09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura; 03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes; 04) Inferir; 05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 09) O autor defende ideias e você deve percebê-las; Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para- melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas/ Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo moderno cobra de nós inúmeras competências, uma delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de entender aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de textos, elaboramos algumasdicas para você seguir e tirar suas dúvidas. Uma interpretação de texto competente depende de inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes que não foram observados anteriormente. Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos. Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos! Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa- interpretacao-texto.html Questões O uso da bicicleta no Brasil A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de transporte, um dos que oferecem mais vantagens. A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e prioridade sobre os automotores. Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, nos impostos. No Brasil, está sendo implantado o sistema de compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos estratégicos. A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. (Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de locomoção nas metrópoles brasileiras (A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra devido à falta de regulamentação. (B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido incentivado em várias cidades. (C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela maioria dos moradores. (D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os demais meios de transporte. Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 5 (E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade arriscada e pouco salutar. 02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos objetivos centrais do texto é (A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do ciclista. (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é mais seguro do que dirigir um carro. (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta no Brasil. (D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de locomoção se consolidou no Brasil. (E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve dar prioridade ao pedestre. 03. Considere o cartum de Evandro Alves. Afogado no Trânsito (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é (A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. (B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. (C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. (D) o número excessivo de automóveis nas ruas. (E) o uso de novas tecnologias no transporte público. 04. Considere o cartum de Douglas Vieira. Televisão (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado) É correto concluir que, de acordo com o cartum , (A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou pela TV são equivalentes. (B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação mais ativa. (C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém que não sabe se distrair. (D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir a um programa de televisão. (E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo idêntico, embora ler seja mais prazeroso. Leia o texto para responder às questões: Propensão à ira de trânsito Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas não são apenas maus motoristas, sem condiçõesde dirigir, mas também se engajam num comportamento de risco – algumas até agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir que este chegue onde precisa. Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um motorista a tomar decisões irracionais. Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no momento. Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de dirigir. Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças aprendem que as regras normais em relação ao comportamento e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino. Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um incidente em uma violenta briga. Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está predisposta a apresentar um comportamento irracional quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver tentado a agir só com a emoção. (Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia-no- transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) 05. Tomando por base as informações contidas no texto, é correto afirmar que (A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes. (B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto comunitário do ato de dirigir. (C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção agressiva. (D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 6 experiências e atividades não só individuais como também sociais. (E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das emoções positivas por parte dos motoristas. Gabarito 1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D) FATO E OPINIÃO Muitas vezes nos encontramos com pessoas dialogando sobre qualquer que seja o tópico em questão, porém no meio do diálogo ouvimos “o fato é que...”, “mas na minha opinião...” E será que todos nós sabemos distinguir o que é FATO e o que é OPINIÃO? Então vejamos: - Fato: é algo que é de conhecimento de todos. Sendo um fato, ele pode ser provado através de documentos, ou de outras formas de registros. Ex.: O crescimento acelerado dos grandes centros econômicos mundiais, aumenta os problemas sociais. /O aumento dos estudantes estrangeiros nas universidades brasileiras. - Opinião: é a maneira particular de olhar um fato. A opinião vai divergir de acordo com inúmeros fatores socioculturais. Ex.: Se meu amigo não fosse tão baixinho, ele poderia jogar futebol. / Homens que assistem novelas são bons maridos. Quando é Importante Saber a Diferença Várias são as oportunidades de usar a diferença com propriedade, mas duas delas são principais. a) Quando nos engajamos em um debate de algum tema polêmico; b) Quando somos testados e devemos escrever um texto dissertativo. Variantes Dissertativas 1. Expositiva: quando as ideias do texto estão claramente vinculadas a alguma reportagem ou notícia de jornais, revistas impressas ou eletrônicas, cujo conteúdo é conhecido por todos através do rádio ou da televisão, sendo, por sua vez, inquestionável. A dissertação expositiva tem como objetivo expor o fato, ficando em segundo plano a discussão sobre ele. 2. Argumentativa: a dissertação argumentativa é aquela que exige de nós maior reflexão ao escrever sobre certos temas, mas que possui por objetivo a exposição do ponto de vista pessoal. Quem disserta, através de sua opinião bem embasada, faz com que os fatos ali apresentados e discutidos tenham uma conclusão. Esta é uma das maneiras mais difíceis de dissertar por apresentar juízos de valores que endossam a análise crítica de quem escreve. 1 http://pt.slideshare.net/ElieteFarneda/diferena-entre-fato-e-opinio//lingua- agem.blogspot.com.br/2011/06/fato-algo-cuja-existencia-independe-de.html 3- Mista: esta é uma forma de dissertação que tem inseridos nela os elementos dos dois outros tipos dissertativos. Nela podemos expor os fatos como forma de exemplo, ou mesmo como argumento de autoridade para dar força às opiniões, juízos e análise crítica a serem feitos sobre o tópico ou tópicos discutidos.1 Questões 01. Leia o texto e responda à pergunta. Um pouco da história de Cecília Meireles Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Ela nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e eu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles. Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes do seu nascimento). Foi criada pela avó dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias. Estudiosos de sua obra dizem que seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Qual frase apresenta uma opinião sobre Cecília Meireles? (A) Foi criada pela avó Dona Jacinta (B) Nasceu no dia 7 de novembro de 1901. (C) Perdeu a sua mãe com apenas três anos de idade. (D) Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. 02. Leia o fragmento do texto O outro príncipe sapo de Jon Scieszka e responda o que se pede: Era uma vez um sapo. Certo dia, quando estava sentado na sua vitória-régia, viu uma linda princesa descansando à beira do lago. O sapo pulou dentro da água, foi nadando até ela e mostrou a cabeça por cima das plantas aquáticas. “Perdão, ó linda princesa”, disse ele com sua voz mais triste e patética... Qual é a opinião do autor a respeito da voz do sapo: (A) voz mansa e suave (B) estridente e aguda (C) triste e melancólica (D) triste e patética Gabarito 01.D / 02.D INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS E EXPLÍCITAS Para que seja possível compreender o que vem a ser informação explícita2 em um texto, é preciso compreender que a linguagem verbal é polissêmica: um mesmo enunciado pode assumir diferentes sentidos em diferentes contextos e diferentes leitores podem atribuir sentidos distintos a um texto, segundo Kátia Lomba Bräkling. Vejamos a interação a seguir: Aluno: [levantando a mão] Professora, você pode me dizer que horas são? Professora: [olha no relógio e responde]Podem guardar o material, pessoal! Aluno: Êba! [rapidamente, guarda o material, seguido por outros colegas] Podemos observar que o aluno não perguntou se poderia 2http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do-texto/implicitos-e- pressupostos.html (Adaptado) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamen tos explícitos e implícitos, argumentos e contra- argumentos em textos argumentativos Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 7 guardar o material. No entanto, pela reação dele era o que queria saber. A professora, interpretando a sua intenção, autorizou a guarda do material, encerrando a aula. Nesse caso, o sentido dos enunciados foi definido por fatores externos ao texto, autorizados pelas características da situação comunicativa e pelo conhecimento mútuo dos interlocutores sobre si mesmos e sobre as regras de convivência colocadas. Se o texto tivesse sido compreendido no sentido literal – ou seja, se tivessem sido consideradas as suas informações explícitas– a resposta da professora teria que ser outra- como, por exemplo, “São cinco para as 11”. Nesse caso, as autorizações não teriam sido dadas e os alunos continuariam executando as tarefas. Podemos dizer, então, que o sentido de um texto é constituído tanto por informações que são apresentadas explicitamente na superfície ou linearidade do texto, quanto por outras, que se encontram implícitas. As primeiras são facilmente localizáveis no texto, pois se encontram escritas com todas as letras. Já as segundas são dependentes do repertório prévio dos interlocutores e das características da situação comunicativa. A capacidade de localizar informações explícitas no texto é fundamental para a constituição da proficiência leitora e deve ser objeto de ensino, desde os primeiros anos de escolarização, já no processo de alfabetização. Muitos consideram essa capacidade a mais simples de todas. No entanto, é preciso considerar que nenhuma capacidade de leitura é mobilizada no vazio, mas sempre em função da materialidade textual. Assim, se o texto for mais complexo ou extenso, o processo de localização da informação solicitada – e a decorrente atribuição de sentido - poderá ser igualmente mais complexo. Informações Implícitas Muitos candidatos ao ENEM se perguntam como melhorar sua capacidade de interpretação dos textos. Primeiramente, é preciso ter em mente que um texto é formado por informações explícitas e implícitas. As informações explícitas são aquelas manifestadas pelo autor no próprio texto. As informações implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas podem ser subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma leitura eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler nas entrelinhas. Por exemplo, observe este enunciado: - Patrícia parou de tomar refrigerante. A informação explícita é “Patrícia parou de tomar refrigerante”. A informação implícita é “Patrícia tomava refrigerante antes”. Agora, veja este outro exemplo: - Felizmente, Patrícia parou de tomar refrigerante. A informação explícita é “Patrícia parou de tomar refrigerante”. A palavra “felizmente” indica que o falante tem uma opinião positiva sobre o fato – essa é a informação implícita. Com esses exemplos, mostramos como podemos inferir informações a partir de um texto. Fazer uma inferência significa concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida. Nos vestibulares, fazer inferências é uma habilidade fundamental para a interpretação adequada dos textos e dos enunciados. A seguir, veremos dois tipos de informações que podem ser inferidas: as pressupostas e as subentendidas. Pressupostos Uma informação é considerada pressuposta quando um enunciado depende dela para fazer sentido. Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando Patrícia voltará para casa?”. Esse enunciado só faz sentido se considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos temporariamente – essa é a informação pressuposta. Caso Patrícia se encontre em casa, o pressuposto não é válido, o que torna o enunciado sem sentido. Repare que as informações pressupostas estão marcadas através de palavras e expressões presentes no próprio enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no enunciado “Patrícia ainda não voltou para casa”, a palavra “ainda” indica que a volta de Patrícia para casa é dada como certa pelo falante. Subentendidos Ao contrário das informações pressupostas, as informações subentendidas não são marcadas no próprio enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser entendidas como insinuações. O uso de subentendidos faz com que o enunciador se esconda atrás de uma afirmação, pois não quer se comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos são de responsabilidade do receptor, enquanto os pressupostos são partilhados por enunciadores e receptores. Em nosso cotidiano, somos cercados por informações subentendidas. A publicidade, por exemplo, parte de hábitos e pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a anedota é um gênero textual cuja interpretação depende a quebra de subentendidos. Questão 01. Texto I (Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem) Texto II Conexão Sem Fio no Brasil Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar publicações para o Kindle. (Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem) A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um anúncio sobre o lançamento do livro digital no Brasil. Já o texto II traz informações referentes à abrangência de acessibilidade das tecnologias de comunicação e informação nas diferentes regiões do país. A partir da leitura dos dois textos, infere-se que o advento do livro digital no Brasil (A) possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às informações antes restritas, uma vez que eliminará as Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 8 distâncias, por meio da distribuição virtual. (B) criará a expectativa de viabilizar a democratização da leitura, porém esbarra na insuficiência do acesso à internet por telefonia celular, ainda deficiente no país. (C) fará com que os livros impressos tornem-se obsoletos, em razão da diminuição dos gastos com os produtos digitais gratuitamente distribuídos pela internet. (D) garantirá a democratização dos usos da tecnologia no país, levando em consideração as características de cada região no que se refere aos hábitos de leitura e acesso à informação. (E) impulsionará o crescimento da qualidade da leitura dos brasileiros, uma vez que as características do produto permitem que a leitura aconteça a despeito das adversidades geopolíticas. Gabarito 01.B ARGUMENTAÇÃO Argumentar3 é a capacidade de relacionar fatos, teses, estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de embasar determinado pensamento ou ideia. Um texto argumentativo sempre é feito visando um destinatário. O objetivo desse tipo de texto é convencer, persuadir, levar o leitor a seguir uma linha de raciocínio e a concordar com ela. Para que a argumentação seja convincente é necessário levar o leitor a um “beco sem saída”, onde ele seja obrigado a concordar com os argumentos expostos. No caso da redação, por ser um texto pequeno, há uma obrigatoriedade em ser conciso e preciso, para que o leitor possa ser levado direto ao ponto chave. Para isso é necessário que se exponha a questão ou proposta a ser discutida logo no início do texto, e a partir dela se tome uma posição, sempre de forma impessoal. O envolvimento de opiniões pessoais, além de ser terminantemente proibido em textos que serão analisados em concursos, pode comprometer a veracidade dos fatos e o poder de convencimento dos argumentos utilizadosPor exemplo, é muito mais aceitável uma afirmação de um autor renomado ou de um livro conhecido do que o simples posicionamento do redator a respeito de determinado assunto. Uma boa argumentação só é feita a partir de pequenas regras as quais facilmente são encontradas em textos do dia a dia, já que durante a nossa vida levamos um longo tempo tentando convencer as outras pessoas de que estamos certos. Os argumentos devem ter um embasamento, nunca deve- se afirmar algo que não venha de estudos ou informações previamente adquiridas. Os exemplos dados devem ser coerentes com a realidade, ou seja, podem até ser fictícios, mas não podem ser inverossímeis. Caso haja citações de pessoas ou trechos de textos os mesmos devem ser razoavelmente confiáveis, não se pode citar qualquer pessoa. 3http://www.infoescola.com/redacao/argumentacao/ http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto- argumentativo/argumentacao.html Experiências que comprovem os argumentos devem ser também coerentes com a realidade. Há de se imaginar sempre os questionamentos, dúvidas e pensamentos contrários dos leitores quanto à sua argumentação, para que a partir deles se possa construir melhores argumentos, fundamentados em mais estudo e pesquisa. Quanto a estrutura do texto, este deve apresentar uma lógica de pensamentos. Os raciocínios devem ter uma relação entre si, e um deve continuar o que o outro afirmava. No início do texto deve-se apresentar o assunto e a problemática que o envolve, sempre tomando cuidado para não se contradizer. Ao decorrer do texto vão sendo apresentados os argumentos propriamente ditos, junto com exemplificações e citações (se existirem). No final do texto as ideias devem ser arrematadas com uma tese (a conclusão). Essa conclusão deve vir sendo prevista pelo leitor durante todo o texto, à medida que ele vai lendo e se direcionando para concordar com ela. A argumentação não trabalha com fatos claros e evidentes, mas sim investiga fatos que geram opiniões diversas, sempre em busca de encontrar fundamentos para localizar a opinião mais coerente. Não se pode, em uma argumentação, afirmar a verdade ou negar a verdade afirmada por outra pessoa. O objetivo é fazer com que o leitor concorde e não com que ele feche os olhos para possíveis contra-argumentos. Caso seja necessário se pode também fazer uma comparação entre vários ângulos de visão a respeito do assunto, isso poderá ajudar no processo de convencimento do leitor, pois não dará margens para contra-argumentos. Porém deve-se tomar muito cuidado para não se contradizer e para ser claro. Para isso é necessário um bom domínio do assunto. Organização Textual O ser humano se comunica por meio de textos. Desde uma simples e passageira interjeição como “Olá” até uma mensagem muitíssimo extensa. Em princípio, esses textos eram apenas orais. Hoje, são também escritos. Nesse processo, os textos ganharam formas de organização distintas, com propósitos nitidamente distintos também. As principais formas de organização textual registradas na humanidade são, assim: - Narrativa: aquela que compreende textos que contam uma história, relatam um acontecimento. - Argumentativa: a que visa ao convencimento do interlocutor. - Descritiva: cuja finalidade é apresentar concreta ou metaforicamente uma dada descrição. Cada uma dessas formas de organização textual desdobra- se em inúmeros gêneros textuais distintos, que nada mais são do que cada concretizável possível a cada um dos objetivos textuais. Assim, por exemplo, a diferentes formas e formatos para se narrar: fábula, conto de fadas, romance, conto, notícia, fofoca, etc. Texto Argumentativo Esse tipo de texto, que é aplicado nas redações do Enem, inclui diferentes gêneros, tais quais, dissertação, artigo de opinião, carta argumentativa, editorial, resenha argumentativa, dentre outros. Todo e qualquer texto argumentativo, como já dito, visa ao convencimento de seu ouvinte/leitor. Por isso, ele sempre se baseia em uma tese, ou seja, o ponto de vista central que se pretende veicular e a respeito do qual se pretende convencer http://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-argumentacao.htm Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 9 esse interlocutor. Nos gêneros argumentativos escritos, sobretudo, convém que essa tese seja apresentada, de maneira clara, logo de início e que, depois, através de uma argumentação objetiva e de diversidade lexical seja sustentada/defendida, com vistas ao mencionado convencimento. A estrutura geral de um texto argumentativo consiste de introdução, desenvolvimento e conclusão, nesta ordem. Cada uma dessas partes, por sua vez tem função distinta dentro da composição do texto: Introdução: é a parte do texto argumentativo em que apresentamos o assunto de que trataremos e a tese a ser desenvolvida a respeito desse assunto. Desenvolvimento: é a argumentação propriamente dita, correspondendo aos desdobramentos da tese apresentada. Esse é o coração do texto, por isso, comumente se desdobra em mais de um parágrafo. De modo geral, cada argumentação em defesa da tese geral do texto corresponde a um parágrafo. Conclusão: a parte final do texto em que retomamos a tese central, agora já respaldada pelos argumentos desenvolvidos ao longo do texto. Relação entre Tese e Argumento De modo geral, a relação entre tese e argumento pode ser compreendida de duas maneiras principais: Argumento, portanto, Tese (A→ pt→T) ou Tese porque Argumento (T→ pq→A): (A→ pt→T) “O governo gasta, todos os anos, bilhões de reais no tratamento das mais diversas doenças relacionadas ao tabagismo; os ganhos com os impostos nem de longe compensam o dinheiro gasto com essas doenças. Além disso (Ainda, e, também, relação de adição → quando se enumeram argumentos a favor de sua tese), as empresas têm grandes prejuízos por causa de afastamentos de trabalhadores devido aos males causados pelo fumo. Portanto (logo, por conseguinte, por isso, então → observem a relação semântica de conclusão, típica de um silogismo), é mister que sejam proibidas quaisquer propagandas de cigarros em todos os meios de comunicação.” (T→ pq→A) O governo deve imediatamente proibir toda e qualquer forma de propaganda de cigarro, porque (uma vez que, já que, dado que, pois → relação de causalidade) ele gasta, todos os anos, bilhões de reais no tratamento das mais diversas doenças relacionadas ao tabagismo; e, muito embora (ainda que, não obstante, mesmo que → relação de oposição: usam- se as concessivas para refutar o argumento oposto) os ganhos com os impostos sejam vultosos, nem de longe eles compensam o dinheiro gasto com essas doenças. Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa consolida o texto. - Argumentação por citação: sempre que queremos defender uma ideia, procuramos pessoas ‘consagradas’, que pensam como nós acerca do tema em evidência. Apresentamos no corpo de nosso texto a menção de uma informação extraída de outra fonte. A citação pode ser apresentada assim: Para Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras” (Piaget, 1994, p.11). A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade intelectual de compreender que a regra expressa uma racionalidade em si mesma equilibrada. O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto, assim, tal estratégia poderá funcionar bem. - Argumentação por comprovação: a sustentação da argumentação se dará a partir das informações apresentadas (dados, estatísticas, percentuais) que a acompanham. Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um ponto de vista equivocado. Veja: O ministro da Educação, Cristovam Buarque,lança hoje o Mapa da Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a partir de dados do IBGE e do Censo Educacional do Ministério da Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos que estão fora das escolas em cada Estado. Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5 % da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a qual o ensino é obrigatório, não frequentam as salas de aula. O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do Estado, ou 92,8 mil, estão fora da escola. O melhor, o Distrito Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças excluídas, seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, com 3,2% (168,7 mil). (Mônica Bergamo. Folha de S. Paulo, 3.12.2003) Nesse tipo de citação o autor precisa de dados que demonstrem sua tese. - Argumentação por raciocínio lógico: a criação de relações de causa e efeito é um recurso utilizado para demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é necessária, e não fruto de uma interpretação pessoal que pode ser contestada. Veja: “O fumo é o mais grave problema de saúde pública no Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de maconha, crack ou heroína façam propaganda para os nossos filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro deveriam ser proibidas terminantemente. Para os desobedientes, cadeia.” (VARELLA, Drauzio. In: Folha de S. Paulo, 20 de maio de 2000.) Para a construção de um bom texto argumentativo faz-se necessário o conhecimento sobre a questão proposta, fundamentação para que seja realizado com sucesso. Questão 01. Identifique o sentido argumentativo dos seguintes textos, e separe, por meio de barras, a tese e o(s) argumento(s). (A) “Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o que preciso. É econômico, nunca dá defeito e tem espaço suficiente para transportar toda a minha família.” (B) “Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais; além disso, todo ano batemos recordes de produção agrícola. Sem contar que nosso parque industrial é um dos mais modernos do mundo, definitivamente, somos o país do futuro.” (C) “Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo para dar errado: nossa diferença de idade é grande e nossos gostos são quase que opostos. Além disso, a família dela é terrível.” (D) “Como o Brasil é um país muito injusto, toda política social por aqui implementada é vista como demagogia, paternalismo.” Gabarito a) O sentido aí presente é (T→ pq→A), uma vez que, após uma constatação, se seguem as motivações que a fundamentam. Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o que preciso (TESE)./ É econômico (argumento 1), /nunca dá defeito (argumento 2)/ e tem espaço suficiente para transportar toda a minha família (argumento 3). b) Nesse exemplo, já encontramos a orientação (A→ pt→T), Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 10 uma vez que se parte de exemplificações para, a partir delas, enunciar uma proposição. Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais (argumento 1);/ além disso, todo ano batemos recordes de produção agrícola (argumento 2)./ Sem contar que nosso parque industrial é um dos mais modernos do mundo (argumento 3)./ Definitivamente, somos o país do futuro. (TESE). c) Aqui, o sentido é (T→ pq→A), em que de uma afirmação inicial se desdobram exemplos que a justificam. Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo para dar errado (TESE):/ nossa diferença de idade é grande (argumento 1) e nossos gostos são quase que opostos (argumento 2). Além disso, a família dela é terrível (argumento 3). d) Nesse exemplo, o movimento é (A→ pt→T), já que se parte de uma causa que funciona como justificativa a uma enunciação que, por sua vez, é a consequência constatada. Como o Brasil é um país muito injusto (argumento),/ toda política social por aqui implementada é vista como demagogia, paternalismo (TESE). Artigos Relacionados Redação Enem 2014: apostas para o tema Faça uma boa redação no Enem: dicas para prova de 2014. TEMA E TÍTULO Segundo Vânia Duarte, tecer um bom texto é uma tarefa que requer competência por parte de quem a pratica, pois a construção textual não pode ser vista como um emaranhado de frases soltas e ideias desconexas. Pelo contrário, elas devem estar organizadas e justapostas entre si, denotando clareza de sentido em relação à mensagem que se deseja transmitir. Como sabemos, a redação é um dos elementos mais requisitados em processos seletivos de uma forma geral. Por essa razão, devemos estar aptos para desenvolvê-la de forma plausível e, consequentemente, alcançarmos o sucesso almejado. Geralmente, a proposta é acompanhada de uma coletânea de textos, que deve ser lida de forma atenta para percebermos qual é o tema abordado em questão. Diante disso, é essencial que entendamos a diferença existente entre estes dois elementos: Título e Tema. Para tal, aprofundaremos mais nossos conhecimentos sobre o assunto. Consideremos o exposto abaixo: Tema: crescente dinamismo que permeia a sociedade, aliado à inovação tecnológica, requer um aperfeiçoamento profissional constante. Título: a importância da capacitação profissional no mundo contemporâneo. Como podemos perceber, o tema é algo mais abrangente e consiste no assunto que deve ser explorado ao longo do texto. Já o título é algo mais sintético, é como se fosse afunilando o assunto que será posteriormente discutido. O importante é sabermos que: do tema é que se extrai o título, haja vista que o tema é um elemento-base, fonte norteadora para os demais passos. Existem certos temas que não revelam uma nítida objetividade, como o exposto anteriormente. É o caso de fragmentos literários, trechos musicais, frases de efeito, entre outros. Nesse caso, exige-se mais do leitor quanto à questão da interpretação, para daí chegar à ideia central, como podemos identificar por meio deste exemplo: “As ideias são apenas pedras postas a atravessar a corrente de um rio, se estão ali é para que possamos chegar à outra margem, a outra margem é o que importa”. (José Saramago) Essa linguagem, quando analisada, leva-nos a inferir o seguinte, que este poderia ser o tema. Fazendo parte também dessa composição estão os temas apoiados em imagens, como é o caso de gráficos, histórias em quadrinhos, charges e pinturas. Tal ocorrência requer o mesmo procedimento por parte do leitor, ou seja, que ele desenvolva seu conhecimento de mundo e sua capacidade de interpretação para desenvolver um bom texto. O concurso ou o vestibular pode dar tanto o tema quanto o título, de acordo com Gustavo Atallah Haun. Cabe ao redator saber manejar as duas formas. Caso seja dado o título, este se tornará obrigatório no início da prova, centralizado, na primeira linha (se não houver um lugar específico para ele!). Podem daí surgir duas possibilidades, o tema estar inserido nos textos de apoio que acompanham o enunciado da questão ou do título você terá que tirar o tema. Se for dado o tema em destaque, durante ou após o enunciado da redação, você terá que falar especificamente dele, independente do assunto tratado nos textos de apoio. Muitas bancas examinadoras não exigem o título. Na maioria das vezes ele é opcional. Porém, quando for obrigatório vai ter sempre na instrução da prova: “Dê um título ao seu texto” ou “Seu texto deve ter título” e similares. Portanto, leia com atenção as instruções da sua prova de produção textual. Principais Diferenças entre Tema X Título Fique atento e não cometa esse erro! Tema Delimitado ou Não O tema pode vir amplo, genérico, ou já delimitado. Atenção máxima quanto a isso. No primeiro caso, pode-se pedir para escrever sobre “Violência”, por exemplo, e dentro desse tema tão universal, você ter que especificar, delimitá-lo: “A violênciadoméstica está crescendo no Brasil em pleno século XXI”. Pronto, agora é só começar a escrever. Tema Objetivo ou Subjetivo Outro aspecto importante que se tem que ficar atento é se o tema é de âmbito objetivo ou subjetivo. Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e seus efeitos de sentido. Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 11 Para entender a diferença entre um tema objetivo e um tema subjetivo, faz-se necessário, antes, relembrar que há mais de uma forma de usar as palavras: no sentido real ou no sentido figurado. Essa diferenciação não se faz apenas no uso da linguagem escrita ou falada, mas também ao se fazer uso de outras linguagens. Explico: quando se assiste a um filme, é possível associar seu enredo a outros significados que não apenas aquele aparente; você assistiu a “Matrix”, por exemplo? Será que aquela história de se viver um mundo falso, que alguém programa para nós, não é uma grande metáfora? Vemos tudo o que existe? O que existe é real ou nossos sentidos nos enganam? O verde que você vê é o verde que eu vejo? Como saber? Você poderá pensar desta forma também ao admirar uma pintura, uma escultura, um grafite na rua, e se perguntar: o que será que se quis dizer com essa representação? Enfim, consegue perceber a possibilidade de mais de uma leitura nas diferentes linguagens? Os examinadores esperam que você seja analítico, que faça associações, que entenda não ser mundo algo estático sócio-econômico-política e culturalmente. Então, guarde esses conceitos: - Denotação: palavra usada em sentido literal: objetividade: Ex.: Meu coração está batendo acelerado. - Conotação: palavra usada em sentido figurado: subjetividade. Ex.: Meu coração galopa quando te vê... Lembre-se: Denotação Conotação Palavra com significação restrita Palavra com significação ampla Palavra com sentido comum ao dicionário Palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum Palavra usada de modo automatizado Palavra usada de modo criativo Linguagem comum Linguagem rica e expressiva Construindo Um Texto a Partir de Um Tema Objetivo e Um Subjetivo Vimos anteriormente que, o tema é a proposta para a redação. Você irá delimitar o assunto e a partir dessa delimitação irá formular sua tese (a afirmação central sobre o assunto, que será desenvolvida e comprovada no texto). Observe que há uma tendência de os vestibulares apresentarem o tema e uma coletânea de textos, de todos os tipos: fragmentos filosóficos, excertos literários; poemas; reportagens ou notícias de jornais e revistas; cartuns ou pinturas. Normalmente, o avaliador não deseja um texto com visão limitada sobre o assunto. Caso tenha pela frente um tema subjetivo, haverá a necessidade de se interpretar a proposta. Observe os seguintes modelos: Modelo com Tema Subjetivo 1º. Tema subjetivo: “Tudo o que é sólido desmancha no ar.” (Karl Marx) 2º. Delimitação do Assunto: - A observação de como a história elimina estruturas aparentemente eternas. - Trata-se de uma referência às instituições, comportamentos, modelos econômicos, que se modificam no tempo. 3º. Tese: Nosso cotidiano parece cercado por estruturas fixas, imutáveis, sejam instituições, relações de poder, formas 4 https://www.algosobre.com.br/redacao/a-unidade-basica-do-texto-estrutura- do-paragrafo.html de vida. Mas, se dermos um passo atrás e olhamos a história, o que encontramos é uma sucessão de transformações, em que estas estruturas, que pareciam eternas, são criadas e destruídas. Esse foi um exemplo com tema subjetivo. Vejamos um exemplo de tema objetivo. Lê-se o tema e imediatamente se reconhece sobre o que se pode falar no texto. Modelo com Tema Objetivo 1º. Tema: Desenvolvimento e Meio Ambiente. 2º. Delimitação do Assunto: - Como conciliar desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente? - Estar o meio ambiente em estado de degradação é sinal de evolução da sociedade capitalista ou “involução”? 3º. Tese: Depois de as grandes potências econômicas passarem pelo período de exploração da maior parte dos recursos naturais existentes, e pelo completo descuido com o meio ambiente, surge a preocupação em se controlar esse processo, antes desordenado, para que se possa falar em gerações futuras. ESTRUTURAÇÃO DOS TEXTOS E DOS PARÁGRAFOS Os elementos essenciais para a composição de um texto são: introdução, desenvolvimento e conclusão4. Analisemos cada uma das partes separadamente: Introdução: apresentação direta e objetiva da ideia central do texto. Caracteriza-se por ser o parágrafo inicial. Desenvolvimento: estruturalmente, é a maior parte contida no texto. O desenvolvimento estabelece uma relação entre a introdução e a conclusão, pois é nesta etapa que as ideias, argumentos e posicionamento do autor vão sendo formados e desenvolvidos com o intuito de dirigir a atenção do leitor para a conclusão. Em um bom desenvolvimento as ideias devem ser claras e capazes de fazer com que o leitor anteceda a conclusão. Os três principais erros cometidos durante a elaboração do desenvolvimento são: 1. Distanciamento do texto em relação à discussão inicial. 2. Concentrar-se em apenas um tópico do tema e esquecer os demais. 3. Tecer muitas ideias ou informações e não conseguir organizá-las ou relacioná-las, dificultando, assim, a linha de entendimento do leitor. Conclusão: é o ponto de chegada de todas as argumentações elencadas no desenvolvimento, ou seja, é o fechamento do texto e dos questionamentos propostos pelo autor. Na elaboração da conclusão deve-se evitar as construções padrões como: “Portanto, como já dissemos antes...”, “Concluindo...”, “Em conclusão, ...”. Parágrafo Esteticamente, o parágrafo se caracteriza como um sutil recuo em relação à margem esquerda da folha; conceitualmente, o parágrafo completo deve dispor de introdução, desenvolvimento e conclusão. Apostila Digital Licenciada para isabela liberali de oliveira - isaliberalii@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 12 - Introdução - também denominada de tópico frasal, constitui-se pela apresentação da ideia principal, feita de maneira sintética de acordo com os objetivos do autor... - Desenvolvimento - fundamenta-se na ampliação do tópico frasal, atribuído pelas ideias secundárias, com vistas a reforçar e conferir credibilidade na discussão. - Conclusão - caracteriza-se pela retomada da ideia central associando-a aos pressupostos mencionados no desenvolvimento, procurando arrematá-los. Exemplo de um parágrafo bem estruturado (com introdução, desenvolvimento e conclusão): (Ideia-núcleo) A poluição que se verifica principalmente nas capitais do país é um problema relevante, para cuja solução é necessária uma ação conjunta de toda a sociedade. (Ideia secundária) O governo, por exemplo, deve rever sua legislação de proteção ao meio ambiente, ou fazer valer as leis em vigor; o empresário pode dar sua contribuição, instalando filtro de controle dos gases e líquidos expelidos, e a população, utilizando menos o transporte individual e aderindo aos programas de rodízio de automóveis e caminhões, como já ocorre em São Paulo. (Conclusão) Medidas que venham a excluir qualquer um desses três setores da sociedade tendem a ser inócuas no combate à poluição e apenas onerar as contas públicas. Questões 01. (TRE/PA - Analista Judiciário - IADES) Segundo Reale (1965, p.9), “o direito é realidade universal. Onde quer que exista o homem, aí existe o direito como expressão de vida e de convivência”. No trecho apresentado,
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