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Contexto histórico da ética

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Jéssica A. 
Legisla o e tica 
em Psicologia 
 
 
 
 → Cada sociedade naturaliza a moral. 
→ A ética surge para se refletir sobre os valores, 
estando interessada em compreender e questionar o 
que são os costumes, de onde eles surgem e o seu 
valor diante daquela sociedade. 
 
 Filosofia Moral: Ética para Sócrates 
→ Sócrates coloca o homem como centro de sua 
reflexão. 
→ Segundo Sócrates, a filosofia teria esta função de 
levar o homem e a sociedade a se questionar sobre os 
seus valores. 
↪ Ex.: porque temos que buscar a felicidade? 
** o homem grego na época, tinha como principal 
valor a felicidade. 
 
→ Sócrates estava interessado em explicitar a 
confusão que existia entre os valores e os fatos, pois 
as pessoas assumiam determinados comportamentos, 
mas agiam de forma diferente. 
↪ Falar uma coisa e fazer outra. 
 
→ Ele denunciava as falsas virtudes e despertou no 
indivíduo a consciência da moral. 
→ “Conhece a ti mesmo”. O sujeito deve se conhecer 
primeiro, e a partir do autoconhecimento ele vai 
saber conhecer o próximo. 
 Ética para Platão 
→ Platão (427-347 a.C.) foi discípulo de Sócrates e 
além de divulgar as ideias de seu mestre, propôs a 
existência de um mundo ideal (mundo das ideias) 
diferente do plano real. 
↪ Todas as virtudes e valores surgem a 
partir de uma cópia de valores e virtudes 
que existem no mundo ideal. 
→ “Da mesma forma que ele subordina o mundo 
sensível ao das ideias, também o faz com o bem moral 
ao supramoral.” (Passos, 2012, p.33) 
→ Praticar as três principais virtudes: prudência, 
fortaleza, temperança. Cada indivíduo poderia ter um 
determinado temperamento, ligado à alma. 
→ Relacionava as virtudes com a política. 
↪ Os mais virtuosos tinham capacidade 
de gerir a sociedade > os políticos. 
 
 Ética para Aristóteles 
→ Aristóteles (384-322 a.C.) discípulo de Platão, 
contribui para os estudos sobre a moral a partir da 
distinção entre o saber teorético e o saber prático. 
 
→ Sua ética era finalista (visava um fim). 
↪ Aristóteles visava uma ética prática, 
não apenas teórica. 
→ Na práxis ética, somos aquilo que fazemos e o que 
fazemos é a finalidade boa ou virtuosa. Ao contrário, 
na técnica, diz Aristóteles, o agente, a ação e a 
finalidade da ação são diferentes e estão separados, 
sendo independentes uns dos outros. (CHAUÌ, 2000, 
p.312) 
→ O que define o campo das ações éticas é a escolha 
do que nós fazemos. 
→ Segundo Aristóteles a prudência seria a nossa 
virtude principal. 
→ Aristóteles preocupou-se bastante com a forma que 
as pessoas viviam em sociedade, tentando adaptar a 
ética a vida prática. 
Jéssica A. 
→ Seriam três os princípios da vida moral: 
 Seres humanos aspiram ao bem e a felicidade. 
 A virtude é uma excelência alcançada pelo 
caráter. 
 A conduta ética é aquela em que o agente 
sabe o que está, ou não está, em seu poder 
realizar. 
→ A ética baseia-se no racionalismo, naturalismo e na 
relação com a política. 
 
→ Época conturbada por epidemias, obscurantismo e 
a forte influência da Igreja em todas as áreas. 
→ Cristianismo além das fronteiras de um estado e de 
um povo. A fé em um único Deus. 
→ O que define o cristão é a sua crença e a sua 
relação com Deus. (valorizar a interioridade) 
→ Visão da ética diferente dos gregos. Ponto 
fundamental não é a nossa vontade, mas sim a virtude 
que é definida pela nossa crença. 
→ Virtudes morais = FÉ – CARIDADE – ESPERANÇA 
→ O homem é livre, mas é fraco e incapaz de realizar o 
bem sozinho. 
→ MORAL = DEVER 
↪ Seguir a moral cristã. Não praticar os sete 
pecados capitais. 
→ O sujeito era julgado não só dos atos, mas também 
das intenções. 
 Santo Agostinho (354-430) 
→ Fim do mundo grego e início da idade média. 
→ “Para ele, o ser humano era a sede de Deus e o 
mundo exterior. Só fazia sentido porque tinha Deus, 
em si.” (Passos, 2012) 
↪ O foco da ética é a busca de Deus. 
→ A graça, dom divino, era um instrumento 
necessário por ser o único capaz de resgatar o ser 
humano dos pecados do mundo. Por outro lado, por 
ser um instrumento de correção, ela poderia conviver 
com o livre arbítrio, sem afetá-lo (Passos, 2012, p. 39). 
 
 
 Tomas de Aquino: (1225-1274) 
→ Considera a filosofia menos importante que a fé. 
→ “Ele, como de resto todos os grandes medievais, 
fundamentou sua concepção de mundo e sua 
consequente concepção moral, também, em um fim 
último, em uma verdade transcendental, em Deus.” 
(Passos, 2012, p. 39) 
→ O fim último é Deus, e a felicidade encontra-se 
Nele. 
→ Para se atingir a felicidade utiliza a contemplação 
de Deus. 
 
→ A modernidade, estabelecida entre os séculos XVI e 
XIX, difere da anterior em todos os aspectos: 
econômico, político, social e espiritual. 
→ Centrada em relações econômicas capitalistas e no 
desenvolvimento científico, há o fortalecimento da 
burguesia, que postula impor-se politicamente; criam-
se estados modernos centralizados e a Igreja Católica 
perde a hegemonia que até então desfrutava”. 
(Passos, 2012, p.40) 
→ O mercantilismo, a criação dos Estados nacionais, o 
capitalismo, a valorização do homem (principalmente 
através das artes) e o desenvolvimento das ciências e 
do método científico. 
 René Descartes (1596-1659) 
→ Postula a separação do corpo e mente (alma, 
espírito), e que o corpo desprovido do espírito seria 
apenas uma máquina. 
→ Separação razão e fé 
→ Surgimento do sujeito (valor em si mesmo) 
→ A Ética sai do foco da felicidade e começa a pensar 
em outro aspecto (ser humano). 
→ Liberdade de Escolha 
→ “A ética que surge e vigora nesse período é de 
tendência antropocêntrica, em que o ser humano é 
seu fim e fundamento, apesar de ainda consistir na 
ideia de um ser universal e possuidor de uma natureza 
instável. Assim mesmo, ele aparece como o centro de 
tudo: da ciência, da política, da arte e da moral” 
(Passos, 2012, p.40). 
 
Jéssica A. 
 
 Rousseau (Séc. XVIII) 
→ Diz que nascemos com uma consciência moral inata 
(puros e bons) e que é a sociedade que nos corrompe 
nos tornando egoístas, mentirosos e destrutivos. 
→ Dever= recuperar a nossa “essência” (sermos bons). 
 Immanuel Kant (1724-1804) 
→ “No primeiro aspecto, demonstrou que não era o 
sujeito a girar em torno do objeto, ao contrário, o que 
ele conhecia era produto de sua consciência.” (Passos, 
2012, p. 40) 
→ Kant buscava algo que pudesse ser considerado 
como ética universal. 
→ Sua filosofia era vista como transcendental, pois 
focava na nossa razão. 
→ A nossa lei moral era apresentada pela nossa 
consciência. 
→ Não existe bondade natural e precisamos do dever 
para nos tornar seres morais. 
→ Uma moral da pura razão, e do puro dever. A 
prática moral devia basear-se apenas nas orientações 
da razão, deixando totalmente de lado o mundo 
empírico. 
→ Ele construiu uma moral desinteressada, 
desprovida de qualquer finalidade e de qualquer 
motivação, que não fosse o “cumprimento do dever 
pelo dever”. 
→ A natureza vai nos moldando. 
→ O dever é um imperativo categórico que ordena 
incondicionalmente, que nos orienta e nos diz 
exatamente como devemos agir. 
 Friedrich Hegel (1770-1831) 
→ Foi um filósofo alemão. Um dos criadores do 
sistema filosófico chamado idealismo absoluto. 
→ Foi precursor da filosofia continental e do 
marxismo. 
→ Segundo Hegel a relação entre o indivíduo, a 
cultura e a história explicam a moral e a vida ética. 
→ Moralidade construída pelas instituições (família, 
religião, política, dentre outras). 
→ Crise ética: contestação dos valores naquela 
sociedade. Após uma crise ética surgiam novos 
valores. 
 
 Henri Bergson (SÉC. XX) 
→ Mudanças na relação entre o dever e a história, e o 
dever e a cultura. 
→ Duas morais: 
 Moral fechada é aquela repetitiva e habitual e 
respeitada por todos, continuando e 
permanecendo. 
 Moral aberta: rompimento com a moral 
fechada a partir da construção de novos 
valores e novas condutas. 
**Só surgea moral aberta quando a fechada está em 
crise. 
→ Comprovação de um determinante histórico nos 
valores morais. 
 
 Baruch de Espinosa (1632- 1677) 
→ É considerado um dos pensadores filósofos da linha 
racionalista, da qual faziam parte Leibniz e Descartes. 
→ A importância de uma vida ética na qual as paixões 
são naturais. 
→ Somos afetados e afetamos ao outro. 
→ Três paixões básicas : alegria, tristeza e desejo. 
→ Vida ética = aumentar as paixões. 
→ Bom: aquilo que é útil para o crescimento de nosso 
ser. 
→ Mau: o que nos impede.

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