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J. A. Legisla o e tica em Psicologia → Nos anos 80 e 90 a Bioética se organiza como uma nova área de estudos e o Relatório Belmont pode ser tomado como um marco histórico para este processo. ↪ Responsabilidade dos pesquisadores sobre o processo da pesquisa → Segundo o trabalho da Comissão deveriam existir 3 princípios éticos: Respeito pelas pessoas Beneficência Justiça → A Bioética complexa utiliza-se de quatro referenciais teóricos para justificar suas ações: Os princípios: Os direitos As virtudes A alteridade → A bioética dos princípios diz respeito aos quatro princípios fundamentais para se desenvolver qualquer tipo de pesquisa com seres humanos. Princípio da Beneficência ↪ Qualquer tipo de pesquisa que envolva seres humanos deve gerar benefícios aos sujeitos. Princípio da não maleficência ↪ Não causar maleficio aos indivíduos. Princípio da Justiça ↪ Igualdade e equidade. Princípio da Autonomia ↪ Qualquer pessoa tem o direito de escolher participar da pesquisa ou não. → A bioética relacionada aos Direitos Humanos estabelece uma caracterização dos direitos, garantias individuais, coletivas e transpessoais, tem sido utilizado na elaboração de legislações, como a Constituição brasileira de 1988, e de documentos internacionais na área da Bioética, especialmente por parte da UNESCO, como a Declaração Universal de Bioética e Direitos Humanos. ↪ Direitos individuais incluem a vida, a privacidade, a liberdade e a não discriminação, entre outros. ↪ Direitos coletivos se referem à saúde, à educação e à assistência social como garantias. ↪ Direitos transpessoais se referem às questões ambientais e à solidariedade. → Ética das Virtudes. As Virtudes devem ser entendidas como a busca da excelência das ações humanas, é a busca do auto aprimoramento. Devido à perspectiva ideal e individual das Virtudes pouco a pouco ela foi sendo deixada de lado como elemento de justificação e argumentação, talvez pela pouca interação desse referencial com os conhecimentos advindos da Psicologia. ↪ Vem sendo utilizada desde a Grécia. Platão e especialmente, Aristóteles já utilizavam esse referencial. → Alteridade é considerada um referencial fundamental e fundante para a Bioética. Reconhecer que o olhar do Outro é que me legitima (“eu não consigo existir sem o outro”.), me ressegnifica enquanto existente, é a marca da Alteridade. Entender que esta efetiva interação nos torna pessoas corresponsáveis, estabelecendo uma copresença ética, em que não há lugar para a neutralidade, é compreender o significado e a importância da Alteridade para a Bioética (GOLDIM, 2009, p.14). J. A. → Duas tradições da bioética: Ecológico: se preocupa com o meio ambiente e nossa sobrevivência e o desenvolvimento das biotecnologias. Clínica: voltada para os problemas do cotidiano médico, psicólogo, etc. → A primeira vertente da bioética assumiu a forma de crítica cultural das consequências do uso de biotecnologias sobre o entorno natural e social. Por isso, a bioética definiu-se como ciência da sobrevivência. → A segunda vertente da bioética desenvolveu-se como busca de soluções práticas aos problemas enfrentados pelos profissionais na prática clínica e pelos cientistas nas pesquisas envolvendo seres humanos. → A bioética inclui uma série de elementos provenientes da Psicologia como: A capacidade para a tomada de decisão; Desenvolvimento psicológico-moral; O reconhecimento da importância dos sistemas de crenças e valores; Estabelecimento de vínculos; Da relação entre interesses e alternativas e dos desejos com as consequências; → Desafios éticos: Por que falamos em humanizar as práticas de cuidado? Práticas desumanas? → Os profissionais que atuam explicitam posições sociais carregadas de significados. → A psicologia tem estabelecido um diálogo com a ética a partir de várias possibilidades. Na área de saúde, pode influenciar os profissionais que atuam a partir de um novo olhar sobre o sujeito e seus processos de adoecimento e cura. → Valorização do social e da subjetividade nas práticas de cuidado. → Crítica à medicalização da saúde. → Profissionais enquanto agentes de mudança → Distanciamento entre trabalhadores da saúde e os usuários dos serviços. ↪ mecanismos de defesa → Atendimento as necessidades sociais da população. → Nova forma de se olhar a subjetividade. Referências CHAUÍ, M. A existência ética. Em: Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. GUARESCHI, P. Ética. In: JACQUES, M. da G. C. (org.) et al. Psicologia Social Contemporânea. 12ª ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 2009. PASSOS, E. Ética e Psicologia: Teoria e Prática. São Paulo: Vetor Editora, 2007. PASSOS, E. Ética nas organizações. – 1. ed. – 8. reimpr. – São Paulo: Atlas, 2012.
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