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1 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee Anamnese e exame físico dos sistemas ➢ - Se apresentar como acadêmico de medicina que estará sendo acompanhado do professor cléber ➢ Peguntar do ambiente, se está confortável. Anamnese Identificação A. Nome completo: B. Data de nascimento: C. Idade: D. Sexo: E. Sexualidade F. Cor: G. Religião: H. Naturalidade: I. Endereço atual: J. Se tem plano de saúde: K. Nível acadêmico: L. Profissão: M. Estado civil: N. Telefone para contato: O. Nome do pai e idade: P. Nome da mãe e idade: Queixa principal - é a principal queixa que levou o paciente a procurar o médico. É a resposta da seguinte pergunta: “qual o problema que o (a) trouxe aqui? É necessário repetir as expressões utilizadas pelo paciente e incluir sempre a duração da queixa. História da moléstia atual (hma) ➢ Deve ser escrita como uma redação. a. Início da doença: b. Onde doi: c. Evolução da doença (duração e frequência): d. Intensidade da dor: escala numérica 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e. Irradia para algum lugar? f. Sintomas associados: g. O que melhora: 2 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee h. O que piora: i. Se fez uso de medicamentos/sua frequência e dose e se obteve melhora: j. Tipo da dor: pontada( ) aguda ( ) difusa ( ) crônica ( ) cólica ( ) facada ( ) queimação ( ) k. Interfere nas atividades cotidinas? l. Já passou por esse quadro em algum momento? m. Outras manifestações: vômito( ) – se sim informar a cor ( ) claro ( ) escuro febre( )- perguntar quanto que deu diarreia ( ) Cefaleia ( ) lesão cutânea ( ) Perda/Ganho de peso ( ) irritabilidade ( ) atrapalha o sono ( ) Vômito * Pergunte a respeito de qualquer vômito ou material regurgitado e inspecione-o, caso possível. • Qual é a cor? : • Qual é o cheiro do vômito?: • Qual é o volume?: Você pode ajudar o paciente a definir o volume: uma colher de chá? Duas colheres de chá? Uma xícara cheia? Pergunte sobre a duração. • Vômitos: podem ser consequentes à dor ou devido à própria doença abdominal. • obstrução proximal do delgado: muitos vômitos e pouca distensão. • vômitos claros: obstrução antes da ampola de vater. • vômitos biliosos: obstrução depois da ampola de vater. • obstrução de cólon: vômitos raros, podem ser fecalóides. Diarreia * A diarreia aguda dura até 2 semanas. A diarreia crônica é definida como persistente durante 4 semanas ou mais indague sobre as características da diarreia, • Volume: • Frequência: • Consistência: As fezes são gordurosas ou oleosas? Espumosas? Com odor fétido? Flutuam na superfície da água do vaso sanitário em função de gases em excesso? Possui sangue? ➢ Classificação: • Alta: poucas dejeções ao dia, fezes volumosas, presença de restos alimentares e ausência de muco. Geralmente acompanhada de cólicas abdominais. • Baixa: múltiplas dejeções ao dia, pouco volumosas, sem restos alimentares e com presença de muco, pus e pode conter sangue. Geralmente acompanhadas de urgência e tenesmo (quando a pessoa tem vontade de evacuar, mas não consegue). • Não-inflamatória: fezes aquosas, volumosas, sem sangue muco ou pus, geralmente sem febre. • Inflamatória: evacuações frequentes, pequeno volume, com muco ou pus, algumas com sangue. É comum febre, toxemia, dor abdominal intensa, tenesmo e leucocitose associada. ➢ Se houver alguma mancha ou lesão: 3 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee a) Tamanho: b) Localização: c) Se tem pus: d) Como se parece: Historia patológica pregressa ( HPP) ➢ Dados sobre internações e doenças ocorridas anteriormente a. Doenças próprias da infância: b. Possui alguma doença crônica: c. Doença infecciosa: d. Cirurgias, se sim qual: e. Alergias: f. Se faz uso de medicamento: g. Internações: h. Se fez algum exame recentemente: i. Infecção reicidente: j. Se já fez trasfusão sanguínea: k. Traumatismo: l. Acidentes : ➢ História pessoal fisiológica a) Puberdade- época de seu início: b) Menarca- época do aparecimento: c) Características do ciclo menstrual: • Duração do ciclo: • Intensidade do fluxo menstrual: • Alteração na quantidade (menorragia): d) Data da última menstruação: e) História obstétrica - número de gestação e partos (normais? Cirúrgicos?): f) Peso dos filhos ao nascer: g) Consultas ginecológicas/ data da ultima consulta: h) Sexualidade e vida reprodutiva: • Época do primeiro contato sexual: • número de parceiros (as): • frequência das relações sexuais: • Uso de preservativo (camisinha): • libido: i) Climatério: • Idade da menopausa (natural ou cirúrgica): • sintomas de insuficiência estrogênica (fogachos- ondas de calor, sensação de ressecamento vaginal): Interrogatório sintomatológico sobre diversos aparelhos e sistemas (isdas) • Posição para dormir: ( ) de bruços ( ) de barriga pra cima ( ) de lado ( ) outro: _____________ • Tegumento: ( ) ardência ( ) palidez ( )cianose ( )icterícia ( )equimose • Cabeça e pescoço: ( ) alteração do cabelo ( ) alteração do movimento ( ) pulsação anormal ( ) tumoração • Olhos: ( ) secreção ( ) hiperemia- área mais avermelhada ( )xantopsia- ver as coisas amareladas ( )iantopsia- ver as coisas mais violetas ( )fotofobia • Ouvidos: ( ) acuidade auditiva ( )otalgia- dor de ouvido ( )otorragia- sangramento do ouvido • Respiratório: ( ) espirros ( ) obstrução nasal ( ) tosse ( ) halitose ( )dor de garganta ( )expectoração • Digestório: ( )vômito ( ) cólica ( ) constipação ( ) diarreia ( ) distensão • Fezes: freqüência __________________aspecto ___________________________________ 4 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee • Geniturinário: ( )oligura ( )poliuria ( )anuria ( )disuria ( )hematúria • Urina: freqüência__________________ aspecto____________________________________ • Cardiovascular: ( )alteração do ritmo: __________ ( )cianose ( )dispneia • Nervoso: ( )desmaio ( )convulsão ( )tremor ( )distúrbio da fala ( ) distúrbio da marcha • Psicoemocional: ( )atenção ( ) hiperatividade ( )sensopercepção • Ap. locomotor: ( )membros simétricos ( )comprimentos simétricos a. Diurese e aspecto da urina: • sente dificuldade para urinar?: sim ( ) não ( ) • Com que frequência você urina?: • Precisa levantar à noite para urinar? Com que frequência?: sim ( ) não ( ) • Qual é o volume de urina eliminado durante a noite? • Sente dor ou ardência?: sim ( ) não ( ) • Alguma vez já teve dificuldade em chegar a tempo no banheiro?: sim ( ) não ( ) • Já houve extravasamento de urina?: sim ( ) não ( ) • Já urinou de forma involuntária?: sim ( ) não ( ) • Percebe quando a bexiga está cheia e quando a micção ocorre”?: sim ( ) não ( ) b.Hábito intestinal e controle de esfíncteres História familiar (HF) a. Perguntar sobre doenças na família: b. Se possui alguma doença transmissível: c. Se tem irmãos e qual a idade: d. Se os pais estão vivos: e. Idade dos pais: f. Se alguns dos pais ou irmaõs tiverem morrido, qual a causa da morte?: g. Se tem histórico familiar de enxaqueca, dm, tuberculose, hipertensão arterial sistêmica, câncer, doenças alérgicas, doença arterial coronária (iam, angina), avc, dislipidemia, úlcera péptica, colelitíase e varizes, doença de caráter hereditário: hemofilia, rins policísticos etc.: História alimentar ( HA) a. Como é a alimentação?: b. Como é a ingestão de agua?: c. Qual a quantidade?: d. Come nos horários certos?: e. Como é o apetite?: f. Como é o consumo de carboidratos e gorduras ? g. Possui alguma alergia ou restrição alimentar?: h.Toma alguma vitamina?: i. Faz uso de suplemento?: História vacinal (HV) a. Ver se a carteira de vacinas está em dia: b. Perguntar sobre reações as vacinas: Historia social e hábitos A. Habitação: • Anote o tipo de casa (atual e anterior): • Número de moradores e número de cômodos da casa: • Se há saneamento básico (esgoto, fossa séptica, água encanada, tratamento da água consumida): sim ( ) não ( ) • Qual o destino do lixo (lixo acumulado na área peri domiciliar ou submetido a coleta pública). • Pergunte se o paciente já morou perto de fábricas ou de outros locais potencialmente prejudiciais à saúde. 5 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee sim ( ) não ( ) * A falta de condições sanitárias mínimas, tais como a ausência de fossa e uso de poço ou ribeirão propicia uma estreita correlação entre a elevada incidência de parasitoses intestinais e as péssimas condições habitacionais. B. Ocupações anteriores e ocupação atual: • Natureza do trabalho: • Características do meio ambiente, substâncias que entram em contato: • Grau de ajustamento ao trabalho: C. Atividades físicas: • Sedentarismo: ( ) • Atividades físicas moderadas: ( ) • Intensas e constantes: ( ) • Ocasionais: ( ) D. Padrão de sono: (número de horas/dia): E. Lazer: tipo e frequência: F.Tabagismo: • Tempo de duração, natureza e quantidade: • Unidade: anos/maço de cigarro: G. Consumo de álcool: • Abstêmios (não usam definitivamente qualquer tipo de bebida alcoólica): ( ) • Uso ocasional ( ) • Uso frequente ( ) • Uso diário ( ) • Tipo de bebida, volume e frequência de ingestão: Faz uso de esteroides ou anabolizantes? Viagens recentes ( local, período de estadia) * para reconhecimento dos pacientes que abusam de bebidas alcoólicas, está se tornando bastante difundido o seguinte questionário, de modo que duas respostas positivas identificam 75% dos alcoólatras com uma especificidade de 95%: (1) acha necessário diminuir o consumo de bebidas alcoólicas? (2) sente-se incomodado por críticas à bebida? (3) apresenta sensação de culpa ao beber? (4) necessita beber ao acordar para iniciar bem o dia; H. uso de drogas ilícitas: maconha, cocaína, anfetaminas, sedativos e estimulantes: sim ( ) não ( ) I.banhos de rios, açudes e lagoas (localidades, época): sim ( ) não ( ) J. contato com o triatomídeo/triatomíneo (“barbeiro”, “procotó”): sim ( ) não ( ) K. contato com animais domésticos, e são vacinados: (gato, cão, pássaro): sim ( ) não ( ) L. condições socioeconômicas: • Rendimento mensal: • Situação profissional: • Dependência econômica: M. condições culturais: nível cultural baixo, médio ou alto. Q. religião: * importante conhecer qual a religião do paciente e quais as práticas com as quais o paciente se envolve. Tais dados podem ser de fundamental importância para o estudo semiológico do caso. R. • vida conjugal e ajustamento familiar: investiga-se, de maneira sucinta, o relacionamento entre pais e filhos, entre irmãos e entre marido e mulher: bom ( ) ruim ( ) estável ( ) 6 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee Exame físico - Deve-se iniciar pela parte menos estressante e mais fácil. - Lavar as mãos antes de começar o exame. - Explicar o procedimento ao paciente; - Posição relaxada e confortável; - Decúbito dorsal, braços ao lado do corpo; - Exposição total da área examinada; - Esvaziar a bexiga; - Aquecer mãos e estetoscópios; - Unhas curtas; - Se posicionar ao lado direito do paciente; - Deixar o exame de áreas dolorosas para o final; Antropometria 1. Peso: 2. altura: 3. Imc(massa / (pelo quadrado da altura): 4. Medição do perímetro cefálico (saliência do osso frontal e occipital): 5. Perímetro torácico (na altura dos mamilos): 6. Perímetro abdominal (na altura da cicatriz umbilical): Sinais vitais 1. Temperatura (febre acima de 37,8º) 2. fc: 3. Fr: 4. Pulso: 5. Oximetria (no mínimo 89%): 6. Pa: 7 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee Ectoscopia 1. Avaliação do estado geral: ( )bom ( )regular ( )comprometido ( )ruim 2. Estado de consciência: normal: consciente, orientado no tempo e no espaço, colaborativo com o exame ( ) sonolento ( ) obnubilado ( ) torporoso ou estupor ( ) coma ( ) 3. Postura: posição adotada pelo paciente: postura ativa: é aquela assumida espontaneamente: boa postura ( ) má postura ( ) postura passiva: impossibilidade do paciente em mudar de posição sem auxílio de outra pessoa ( ) postura antálgica: adotada para alívio de dor ( ) 4. Higiene pessoal: hálito do paciente bom ( ) ruim ( ) odor de secreções sim ( ) não ( ) 5. Dependência: se veio à consulta sozinho ( ) acompanhado ( ) em cadeira de rodas ( ) de muletas ou bengalas ( ) 6. Fala e linguagem: avaliar a voz, avaliar a lógica do discurso, se há distúrbios de articulação das palavras, de troca de letras ou se fala o nome dos objetos corretamente: normal ( ) disfonia ou afonia ( ) dislalia ( ) disartria ( ) disfasia ( ) 7. Biotipo, peso e altura: brevilíneo: membros curtos, tórax alargado, estatura baixa ( ) longilíneo: tórax afilado e achatado, membros longos e musculatura delgada ( ) normolíneo: desenvolvimento do corpo, musculatura e do panículo adiposo harmônicos ( ) 8. Fácies: fácies normal ou atípica ( ) fácies anormais ou típicas (fácies leonina; mongolóide; hipocrática; etc.) ( ) 9. Atitude ( )ativo ( )hipoativo ( )posições características 10. Estado psíquico ( )irritado ( )postrado ( )sonolento 11. Estado de nutrição: bem nutrido ( ) mal nutrido ( ) 8 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee 12. Tegumento: pele e mucosas externas (conjuntiva, mucolabial, gengival e lingual) a) coloração (+/++++) normocoradas ( ) hipocoradas ( ) hiperemia de conjuntiva ( ) ictéricas ( ) anictéricas ( ) cianóticas ( ) acianóticas ( ) com ou sem bronzeamento: com ( ) sem ( ) 13. Hidratação: úmidas ( ) hidratadas, com saliva fluida ( )desidratado ( ) 14. Turgor cutâneo: normal ( ) diminuído ( ) * O turgor é a elasticidade da pele, ou seja, sua capacidade de mudar de forma e retornar à posição inicial. 15. textura da pele: pele áspera ( ) enrugada ( ) fina e lisa ( ) textura normal ( ) 16. perfusão capilar: preservada ( ) diminuída ( ) 17. Presença de lesões elementares: 1- modificações da cor sem relevo ou espessamento: manchas ou máculas A) relacionadas à melanina (ex: hiper, hipo e acrômica) B) deposição de pigmentos (ex: bilirrubina, caroteno) C) alterações vasculares (desaparecem à compressão - ex: eritema, telangiectasias) D) sufusões hemorrágicas (pigmento hemático) - petéquias (puntiformes) - víbices (forma linear) - equimoses (em placas) - hematomas (maiores que equimoses, em geral com abaulamento local e de origem traumática) 2- Lesões sólidas A) pápulas (elevações sólidas de até 0,5 cm / diâmetro, situados na derme) B) tubérculos (elevações sólidas > 0,5 cm / diâmetro, situados na derme) C) nódulo (pequenos, hipoderme); tumor ou nodosidade (>3cm/diâmetro, hipoderme); goma (nodosidades que amolecem e ulceram, hipoderme) > são mais perceptíveis à palpação D) urticariforme (elevações planas, achatadas, bordas irregulares, diversos formatos, coalescentes e pruriginosas) E) queratose ou ceratose (espessamento da epiderme, dura e geral// opaca e esbranquiçada) F) espessamento ou infiltração (consistência e espessura da pele, mas depressível)G) liquenificação (espessamento da pele, com estrias > quadriculado em rede) H) vegetações (elevações filiformes ou de ―couve-flor‖) I) esclerose (aumento da consistência e aderência aos planos profundos, não móvel) 3- Lesões de conteúdo líquido A) vesícula (até 0,5 cm, líquido seroso) 9 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee b) bolha ou flictena (> 0,5 cm, líquido seroso) c) pústula (vesícula ou bolha com conteúdo purulento) d) abcesso (coleção purulenta, flutuante, dermo-hipodérmicas) 4- Soluções de continuidade (descontinuidade tegumentar, perdas teciduais) A) escoriação (perda da epiderme) b) úlcera/ulceração (perda chega a atingir a derme) c) fissura (perda de substância linear, superficial ou profunda) d) fístula (condutos cutâneos com eliminação de líquidos, lesões secretantes) 5- Lesões caducas A) escamas (lâmina epidérmica seca que se desprende da pele -> furfuráceas - em farelos; laminares ou foliáceas – em tiras) b) crosta (ressecamento de secreções sobre uma lesão cutânea) c) escara (tecido cutâneo necrosado) 6- Sequelas A) atrofia (adelgaçamento da pele, que fica fina, lisa, transparente – ex: estrias – atrofias lineares em regiões de tração mecânica da pele) b) cicatriz (reposição de perda tecidual por tecido fibroso – ex: quelóide – cicatriz saliente) *Observação: é frequente a associação de lesões – exemplo: lesão eritematobolhosa ou eritematopapular ou eritematovesicular, etc… 18. fâneros a) pêlos: distribuição quantidade cor, brilho: b) unhas: forma, espessura, consistência, brilho, coloração: 19. tecido subcutâneo distribuição varia com idade quantidade edema (localização, consistência, intensidade) Exame físico segmentar Cadeias ganglionares • Faz-se a palpação das cadeias dos linfonodos • Avaliar tamanho, localização, consistência, mobilidade, sensibilidade, calor e hiperemia • Grupos: occipitais, pré-auriculares, retroauriculares, submandibulares, submentonianos, cervicais anteriores (superficiais e profundos) e posteriores, supra claviculares, infraclaviculares, trocleares, axilares inguinais, poplíteos, tonsila palatina. 10 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee Avaliação dos linfonodos e tireoide o Na região da cabeça e do pescoço, os grupos ganglionares avaliados são: ▪ Linfonodos occipitais e auriculares posteriores, que recebem a linfa do couro cabeludo, pavilhão da orelha e orelha interna; ▪ Linfonodos submaxilares, amigdalianos e submentonianos, que recebem a linfa da orofaringe, língua, lábios, dentes e glândulas salivares; ▪ Linfonodos cervicais profundos e supraclaviculares, que recebem a linfa dos órgãos intratorácicos e intra- abdominais. ➢ CABEÇA • Observar anormalidades • Abaulamentos • Retrações e malformações cranianas. • Observar se há desvio da posição da cabeça (ex: torcicolo) ou movimentos anormais. • Fazer a inspeção e palpação da cabeça e couro cabeludo. • Palpar e avaliar cavalgamento de suturas cranianas. • Observar linha de implantação das orelhas *O crânio é composto de quatro suturas primárias (metópica, sagital, coronal e lambdoide), três suturas secundárias (frontonasal, escamosa temporal e frontoesfenoidal) e quatro ossos principais (temporal, frontal, parietal e occipital). A sutura metópica separa os ossos frontais uns dos outros, a sutura sagital separa os ossos parietais, a sutura coronal separa os ossos parietal e frontal e a sutura lambdoide separa os ossos parietal e occipital. Além dos ossos e das suturas, um espaço mole e membranoso, denominado fontanela, que separa os ossos do crânio, é de grande importância e tem a fontanela anterior ou bregmática (delimitada pelos ossos frontal e parietal) e a fontanela posterior ou lambdoide (delimitada pelos ossos occipital e parietal). ➢ OLHOS • Pálpebras: verificar se há edema, retração palpebral, epicanto, xantelasma e outras alterações. * É o deslocamento da pálpebra superior para cima e da pálpebra inferior para baixo, de modo que o olho fique mais aberto dando a impressão de “olhos arregalados”. *Xantelasma é um pequeno depósito de gordura e colesterol que ocorre logo abaixo da superfície da pele, especialmente ao redor dos olhos. É relativamente comum e afeta principalmente adultos • Globos Oculares: Verificar a presença de exoftalmia, enoftalmia, desvios (estrabismos), movimentos involuntários. • Conjuntivas: Normalmente são róseas, vendo-se a rede vascular levemente desenhada. Poder estar pálidas ou hipocoradas (anemia), amareladas (icterícia) e hiperemiada (conjuntivites, traumatismos). 11 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee • Esclera: Normalmente branca, pode estar amarelada (icterícia >> diferenciar da coloração amarelada das pessoas de pele negra, quando ocorre em placas, manchas e/ou ausente em regiões sem exposição à luz). • Cristalino: nas cataratas que tornam o cristalino opaco, observa-se áreas brancas no interior das pupilas (visível a olho nu). • Córnea: Pterígio >> espessamento triangular da conjuntiva que cresce atingindo a superfície externa da córnea. • Pupilas: Características: a) forma: normalmente arredondadas ou levemente ovaladas; b) localização: centrais; c) tamanho: variável de acordo com a claridade do ambiente. d) reflexos: solicitar ao paciente para olhar um ponto fixo à frente. Incidir um feixe de luz em uma pupila de cada vez e avaliar: - Fotomotor (contração pupilar à luz) - Consensual (contração pupilar de um lado pela estimulação luminosa no outro olho) - Acomodação (contração das pupilas e convergência dos lobos oculares à medida que se aproxima do nariz um foco luminoso) • Registro do exame normal: pupilas isocóricas e fotorreativas. • Em resumo, as pupilas isocóricas são aquelas que possuem o mesmo diâmetro e reagem igualmente à luz. Essa é a condição considerada normal das pupilas em questões clínicas. ➢ OROSCOPIA - BOCA • visualizam-se os lábios, os dentes, as gengivas, a face interna das bochechas, a língua, o assoalho da boca e os óstios das glândulas salivares e a orofaringe. • A seguir solicita-se a protusão da língua pelo paciente, acompanhada da fonação de ―AHHH‖. Se necessário, faz-se a depressão da língua nos seus dois terços anteriores com a língua relaxada para evitar o reflexo nauseoso. - Visualizam-se então os pilares amigdalianos, o palato mole e sua motilidade, a loja da amígdala palatina e seu conteúdo, a base da língua e a parede posterior da faringe. O examinador deve ficar atento às características das mucosas, normalmente rosadas e de coloração uniforme, brilhantes e úmidas ➢ OTOSCOPIA • Anomalias, posição, secreção, sensibilidade, otoscopia ( conduto auditivo), membrana auditiva- triângulo luminoso, hiperemia, retração, abaulamento, mastoide, audição ( função vestibular ) *O processo mastoide é uma divisão do osso temporal que forma parte da lateral e base do crânio que se conecta com o ouvido médio pelo chamado aditus ad antrum, que é uma conexão estreita entre essas duas estruturas 12 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee • Presença de apêndices pre-auriculares (papilomas) ➢ RINOSCOPIA • Forma, batimento das asas do nariz, aspecto da mucosa, secreções, epistaxe, septo nasal, pólipos, tumores, seios paranasais. *Sangramento do nariz, espontâneo ou induzido por rinotilexomania ou trauma físico. *Os pólipos nasais são formações carnosas da membrana mucosa nasal. Existe maior probabilidade de desenvolvimento de pólipos nasais em pessoas que têm alergia ou asma. Alguns dos sintomas causados por pólipos são congestão e obstrução nasal *Os seios paranasais são cavidades aéreas que ajudam nacirculação do ar que é inspirado e expirado pelo sistema respiratório. Eles estão situados ao redor da cavidade nasal, e são todos pareados e algumas vezes simétricos, sendo sempre bilaterais. ➢ PESCOÇO • Na traqueia (avaliando se a mesma está pérvia e identificando a presença de corpos estranhos) e da tireoide se tem alguma alteração como presença de bócio • A ausculta do pescoço irá envolver o exame da carótida (avaliar a presença de sopros) ➢ TÓRAX Inspeção Inspeção estática: • Condições da pele e distribuição dos pelos • Forma e contorno do tórax: simétrico, formato elíptico normal, tonel (barril), funil (pectus excavatum), peito de pombo (pectus carinatum), cifoescoliose; anormalidades assimétricas do tórax. • Verificar relação entre diâmetro anteroposterior e transverso. Anteroposterior deve ser < transverso. • Abaulamentos e retrações *inspecionar as faces anterior, posterior e laterais com o mesmo rigor descritivo. Inspeção dinâmica: • Tipo de respiração: • Frequência respiratória: • Sinais de esforço respiratório ( tiragem): Tipo respiratório • Em condições normais, observam-se dois tipos de respiração: costal superior e toracoabdominal • A respiração costal superior, observada principalmente no sexo feminino, deve-se ao predomínio da ação dos músculos escaleno e esternocleidomastóideos • Na respiração toracoabdominal, predominante no sexo masculino, a musculatura diafragmática apresenta grande importância Ritmo respiratório 13 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee • Dispneia: sucessão regular de movimentos respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis para o paciente. Surge na insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar, bronquite, pneumonias, atelectasia, pneumotórax, derrame pleural e anemias graves • Platipneia: é a dificuldade para respirar em posição ereta, que se alivia na posição deitada • Ortopneia: é a dificuldade para respirar mesmo na posição deitada • Trepopneia: é a condição na qual o paciente se sente mais confortável para respirar em decúbito lateral. Pode ocorrer na insuficiência cardíaca congestiva e no derrame pleural Respiração de Cheyne-Stokes • também chamada dispneia periódica, uma vez que o paciente apresenta, de modo cíclico, incursões respiratórias que vão se tornando cada vez mais profundas até atingirem uma amplitude máxima; neste momento, os movimentos começam a diminuir gradativamente, podendo ocorrer apneia; se isso acontece, o paciente permanece sem respirar alguns segundos, ao fim dos quais repete-se a mesma sequência • A respiração periódica pode ser observada em recém-nascidos saudáveis. Nestes casos, indica apenas falta de maturação do centro respiratório. Em condições patológicas, surge na insuficiência cardíaca grave, nos acidentes vasculares cerebrais, nos traumatismos cranioencefálicos, nas intoxicações por morfina ou barbitúricos Respiração de Biot • Caracteriza-se fundamentalmente pela ocorrência de períodos de apneia que interrompem a sequência das incursões respiratórias. H á também nítidas variações na amplitude dos movimentos torácicos, observando- se uma verdadeira arritmia respiratória. A respiração de Biot é comum na meningite, em processos expansivos (neoplasias) e hematoma extradural, traduzindo sempre lesão no centro respiratório, no estado comatoso e nas afecções em que há grave comprometimento do encéfalo. Respiração de Kussmaul • A principal característica deste ritmo respiratório são as amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia após as quais ocorrem expirações profundas e ruidosas, que, por sua vez, são sucedidas por pequenas pausas de apneia • É observada em casos de cetoacidose diabética, insuficiência renal com uremia e outras acidoses Respiração suspirosa • É aquela na qual, vez por outra, interrompendo a sequência regular das incursões respiratórias, surge uma inspiração mais profunda seguida de uma expiração mais demorada • A respiração suspirosa faz parte do quadro do transtorno de ansiedade Percussão: • Técnica de avaliação digito-digital dos sons produzidos pelo contato da mão com a parede torácica nos espaços intercostais. • Som do tecido pulmonar normal: claro pulmonar ou ressonante. • Alterações: hipersonoro, timpânico, maciço e submaciço. • Condensação pulmonar derrames pleurais pneumotórax tumores. • Timpanismo: pneumotórax • Macicez: consolidação ou derrame pleural Palpação: 14 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee • Traqueia quanto a mobilidade, simetria: (exame do pescoço). - estrutura da parede torácica avaliar presença de crepitações, dor, tônus muscular, massas, edema e outras alterações na pele. • Expansibilidade torácica avaliar assimetria: ápices (posicionar polegares c7) e bases (t9 ou t10). • Frêmito toracovocal avaliar vibração e simetria: frêmito aumentado ou diminuído. • Aumentado : consolidações ou congestão • Diminuido: derrame pleural ou pneumotórax Ausculta: • Paciente sentado, com o tórax descoberto, respirando com a boca entreaberta, sem fazer ruído; avaliar o fluxo de ar através da árvore traqueobrônquica, os movimentos respiratórios devem ser regulares e de igual amplitude; comparar regiões simétricas, metodicamente, do ápice até as bases pulmonares. • Som normal (brônquico, murmúrio vesicular e broncovesicular) • Som bronquial (audível sobre a área de projeção da traquéia, colocando-se o estetoscópio sobre a região supra-esternal.) • Som broncovesicular (audível nas regiões infra- e supraclaviculares e nas regiões supraescapulares); • murmúrio vesicular (é audível, normalmente, no restante do tórax.) • Alterações(ruídos adventícios): sibilos; atrito pleural; estertores finos – creptações; creptações grossas - estertores grossos – bolhosos; ronco. Sons anormais ➢ Descontínuos • Sons ou ruídos anormais descontínuos (estertores). Os estertores finos ocorrem no final da inspiração, têm frequência alta - ou seja, são agudos - e duração curta; não se modificam com a tosse e podem ser comparados ao ruído produzido pelo atrito de um punhado de cabelos junto ao ouvido ▪ Atualmente, aceita - se que os estertores finos são produzidos pela abertura sequencial de vias respiratórias anteriormente fechadas em razão da pressão exercida pela presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar ou por alteração no tecido de suporte das paredes brônquicas. • O primeiro mecanismo explicaria a presença de estertores finos na pneumonia e na congestão pulmonar da insuficiência ventricular esquerda, enquanto o segundo seria observado nas doenças intersticiais pulmonares. • O Os estertores grossos têm frequência menor e duração maior que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse e podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. • Diferentemente dos estertores finos, que só ocorrem do meio para o final da inspiração, os estertores grossos são audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração. • Os estertores grossos parecem ter origem na abertura e no fechamento de vias respiratórias que contêm secreção viscosa e espessa, bem como pelo afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas. São comuns nas bronquites e nas bronquiectasias. • Atrito pleural- Em condições normais, os folhetos visceral e parietal da pleura deslizam um sobre o outro durante os movimentos respiratórios sem produzir qualquer ruído. • Nos casos de pleurite, por se recobrirem de exsudato, passam a produzir um ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, com frequência comparado ao ranger de couro atritado. • A sede mais comum do atrito pleural são as regiões axilares inferiores, em que os pulmões realizam movimentação mais ampla. • Suacausa principal é a pleurite seca • Aparece tanto na expiração como na inspiração e se assemelha a um ranger de couro sendo friccionado. Som vocal 15 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee ➢ Contínuos- quando se tem um ponto de obstrução na via aérea • Roncos e sibilos (vias aéreas inferiores) - Os roncos são constituídos por sons graves, portanto, de baixa frequência, e os sibilas por sons agudos de alta frequência. ▪ Os roncos originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento desses duetos, seja por espasmo ou edema da parede ou presença de secreção aderida a ela, como ocorre na asma brônquica, nas bronquites, nas bronquiectasias e nas obstruções localizadas. • Ocorrem tanto na inspiração quanto na expiração, na qual predominam. • São fugazes, mutáveis, surgindo e desaparecendo em curto período de tempo. • O Os sibilos também se originam de vibrações das paredes bronquiolares e de seu conteúdo gasoso, ocorrendo na inspiração e na expiração. • São múltiplos e disseminados por todo o tórax quando provocados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica toda, como acontece na asma e na bronquite. • Quando os sibilos são localizados em uma determinada região, indicam a presença de uma obstrução por neoplasia ou corpo estranho • Estridor (via aérea superior) - É um ruído basicamente inspiratório produzido pela obstrução da laringe ou da traqueia, fato que pode ser provocado por difteria, laringite aguda, câncer da laringe e estenose da traqueia. Som intenso e agudo e aparece em qualquer fase da respiração. • Quando a respiração é calma e pouco profunda, a intensidade do estridor é pequena, mas, na respiração forçada, o aumento do fluxo de ar provoca significativa intensificação deste som. ➢ SISTEMA CARDIOVASCULAR Inspeção: • Deve-se inicialmente observar o tórax do paciente, averiguando se o ictus é visível a sua posição habitual se dá, geralmente, no quinto espaço intercostal, na linha hemiclavicular esquerda. Ao buscá-lo, deve-se procurar uma pulsação da pele na região citada e em suas proximidades. • A) veias jugulares - paciente em decúbito dorsal com a cabeça e pescoço levemente elevados. - visualização da jugular externa: sim/não. S • Sinal de Kussmaul consiste em uma pulsação jugular visualizada na região do pescoço quando o paciente realiza inspiração respiratória. • Presença ou ausência de ingurgitamento bilateral (estase de jugular) - a estase de jugular deve ser examinada com o paciente posicionado em decúbito de 45°. • B) artérias carótidas: - visualização da artéria: sim/não. - visualização de pulsações: sim/não. 16 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee • Palpação: • Palpe todo o precórdio (o ápice, a borda esternal e a base, buscando pulsações). • Localização do ictus cordis/impulso apical: 4° ou 5° espaço interscostal na linha hemiclavicular esquerda. O decúbito lateral esquerdo pode facilitar a avaliação. • Tamanho do ictus cordis em cm (pode ser medido por meio das polpas digitais): normal 1x2 cm. • Duração e amplitude do ictus cordis: curta e suave. • Frêmitos (deve ser realizada com a mão espalmada sobre o precórdio ou com a face palmar dos quatro dedos): presente/ausente. • Levantamento sistólico do precórdio: presentes/ausentes, intensidade. -pulsações epigástricas: presentes/ausentes, intensidade. • Palpação da artéria carótida - palpar com os dedos indicador e médio da mesma mão cada carótida medialmente ao músculo esternocleidomastoideo, uma de cada vez para evitar o comprometimento do fluxo sanguíneo para o encéfalo. • Evitar pressão excessiva, pois o excesso de estimulação vagal pode reduzir a frequência cardíaca. - contorno do pulso: suave. - amplitude do pulso: fraco/filiforme (1+); normal (2+); cheio/forte (3+). Ausculta: • Todo o precórdio, bem como regiões circunvizinhas, como a região axilar esquerda, dorso e pescoço. Depois auscultar nos focos cardíacos • 1º foco aórtico: 2º espaço intercostal direito junto ao esterno; • 2º foco pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno; • 3º foco tricúspede: 5º espaço intercostal borda esternal esquerda – base do apêndice xifóide; • 4º foco mitral: cruzamento do 5º espaço intercostal esquerdo (ictus cordis) com a linha hemiclavicular esquerda. • Obs: primeiro auscultar com o diafragma buscando identificar a fc, o ritmo cardíaco e os sons cardíacos normais e depois com a campânula do diafragma a fim de investigar sons cardíacos extras. • ausculta-se: - fc (bpm): bradicardia ( ) normocardia ( ) taquicardia. ( ) • Ritmo cardíaco: regular ou irregular • bulhas cardíacas: b1 (identificar e avaliar): normal/hiperfonese/hipofonese • b2 (identificar e avaliar): normal/hiperfonese/hipofonese • Sons cardíacos extras (b3 e b4): presente/ausente • sopros (localização): presente/ausente • Tempo (sístole/diástole); tom (alto, médio, baixo); padrão (crescendo/decrescendo); qualidade (musical, sibilante, áspero, ronco). • Exemplo: ritmo cardíaco regular em 2 tempos, com fc de 70/min, bulhas normofonéticas e ausência de sopros. 17 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee • • B1 (valvas atrioventriculares), TUM, grave e longa, sístole, maior intensidade no ápice. Mitral e Tricúspide • B2 (valvas semilunares), TÁ, aguda, curta, diástole, todo precórdio, maior intensidade na base. Aórtico e Pulmonar. • Bulhas podem ser hiperfonética, hipofonética e normofonética. • Desdobramento de B2: fisiológico (apenas na inspiração) ou fixo • Desdobramento de B1: • B3: enchimento rápido ventricular, sobrecarga de volume (insuficiência do VE), grave de baixa frequência, mitral em decúbito lateral esquerdo. TUM TARA • B4: pré-sistólico, contração atrial, rápida desaceleração do fluxo sanguíneo que vai dos átrios para ventrículos, sobrecarga de pressão (HA sistêmica, estenose aórtica). Grava e baixa intensidade. Melhor audível na ponta. TUM TU TÁ • DIFERENCIAR DESDOBRAMENTO DE B2 E B3: • • Ausculte o paciente em pé: B3 costuma sumir. • B2 desdobrada costuma ser mais audível nos 2 e 3o espaços intercostais enquanto B3 é mais facilmente identificada no ápice. • B2 desdobrada é uma bulha de alta frequência (mais evidente quando auscultada com o diafragma) e B3 é uma bulha de baixa frequência (mais clara com a campânula) • SOPRO: ruídos pela alteração do fluxo sanguíneo • • - Situação no ciclo cardíaco (sístole ou diastole) • Sopros sistólicos de ejeção: são causadas por estenose (estreitamento/ reduz o fluxo) da valva aórtica ou pulmonar. Sopro em crescendodescrescendo. • Sopros sistólicos de regurgitação: Ocupa todo o período sistólico com a mesma intensidade. Ocorre na insuficiência mitral ou tricúspide ou CIV. • Sopros diastólicos: ocorrem nas estenoses atrioventriculares e insuficiência das valvas aórtica e pulmonar. • Sopro da estenose mitral ou tricúspide: ocupa a parte média da diástole – baixa frequência e tonalidade grave; • Sopros da insuficiência aórtica e pulmonar: Inicio após a 2ª bulha( proto, meso e telediastólicos). São de alta frequência, decrescendo, tonalidade aguda. • • - Localização š 18 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee • - Irradiação š • - Intensidade š • - Timbre e tonalidade (suave, rude, musical)š • - Modificação com a fase da respiração, com a posição do paciente e com exercício físico. • Manobra de Rivero-Carvalho para distinguir sopro da insuficiência tricúspide do da insuficiência mitral • Posição do paciente: os sopros da base do coração ( ex: insuficiência aórtica)tornam-se mais nítidos com o paciente na posição sentada) • Com o exercíciofísico: Na estenose mitral é possível tornar mais forte um ruflar com o exercício físico. • • Sopros orgânicos e funcionais: Orgânicos são determinados por modificações estruturais, enquanto funcionais não dependem de lesões. • Sopros inocentes: sopro devidamente examinado e não traduz alteração estrutural do coração. São sistólicos de baixa intensidade (+,++), suaves, sem irradiação, mais audíveis na área pulmonar, não são acompanhadas de alterações das bulhas e são mais frequentes em crianças. • • ESTENOSE (ESTREITA = ACELERAÇÃO E TURBILHAMENTO) INSUFICIÊNCIA (REGURGITAÇÃO) SISTOLE DIÁSTOLE Insuficiência mitral Estenose mitral Insuficiência tricúspide Estenose tricúspide Estenose aórtica Insuficiência aórtica Estenose pulmonar Insuficiência pulmonar ➢ ABDÔMEN Inspeção Coloração da pele circulação venosa colateral ( ) presença de estrias ( ) cicatrizes ( ) veias superficiais ( ) manchas hemorrágicas ( ) distribuição dos pelos movimentos peristálticos visíveis/ respiratórios ( ) hérnias ( ) erupções ( ) fístulas abaulamentos ( ) depressões ( ) cicatriz umbilical - intrusa( ) profusa ( ) diastase ( ) equimoses ( ) Simetria: sim ( ) não ( ) Manobra de valsalva: manobra de Valsalva é uma técnica em que se prende a respiração, segurando o nariz com os dedos e, em seguida, é necessário forçar a saída de ar, fazendo pressão. Serve para identificar hérnias Formas do abdome: plano ( ) escavado ( ) globoso ( ) em avental ( ) bariátrico ( ) pendular ( ) . • Abdome atípico ou normal: simetria e ser levemente abaulado. • Globoso ou protuberante: globalmente aumentado, predomínio do diâmetro anteroposterior em relação ao transversal. Pode ser observada em ascite, obesidade, obstrução intestinal. • Batráquio ou ventre: paciente em decúbito dorsal, predomínio do diâmetro transversal sobre o anteroposterior. Pode ser observado em casos de ascite. • Pendular ou ptótico: paciente em pé, vísceras pressionam a parte inferior da parede abdominal produzindo nesse local uma protrusão. • Abdome em avental pessoas com obesidade em alto grau, acúmulo de gordura na parede abdominal. • Escavado: parede abdominal retraída. Próprio de pessoas emagrecidas. 19 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee Ausculta Ausculte o abdome antes de efetuar a percussão ou a palpação, porque essas manobras modificam a frequência dos sons intestinais. • Ouvir por pelo menos 2-5 minutos; • Aumento: diarreia /fase inicial da obstruc ̧ão; • Diminuído: íleo paralitico, peritonite; • Borborigmos: roncar do estômago com liquido; • ``peristalse de luta`` períodos de silêncio intercalados com hiperatividade peristáltica • Presença de ruídos hidroaéreos ( ) • Presença de borborigmos ( ) • Sopros vasculares ( ) • Pulsações ( ) • atritos- ausculte sobre o fígado e o baço ( ) Percussão: Decúbito dorsal; Bexiga vazia objetivos: • quantidade e distribuição de gazes • possíveis massas solidas ou liquido; • dimensões do fígado e baço; • timpanismo\ macicez; • hipertimpanismo: obstrução intestinal, meteorismo, volvo, Pneumoperitoneo; • submaciço: menor quantidade de ar ou superposição de uma Víscera maciça sobre uma alça intestinal; 20 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee ➢ Hepatimetria • limite superior do fígado: • percute-se o htx d desde sua Origem na clavícula até o 4º ou 5º eic; • em condições normais, na altura Do 5 ou 6ºeic, observa-se o som Submaciço - limite superior do Figado. Determinação da área de macicez hepática: • limite inferior do figado: inicie em um Nível abaixo do umbigo no qid, na linha Hemiclavicular em direção superior. Percurtir em direção ao fígado até que o som mude de timpânico ( abdominal normal) para maciço, indicando a margem inferior do fígado • hepatimetria normal: 12cm – linha Hemiclavicular • ausência da macicez: atrofia hepática, Interposição de alça, pneumoperitôneo (sinal deJobert); *Sinal de Jobert é um sinal clínico que refere-se ao desaparecimento da macicez e aparecimento de hipertimpanismo na região hepática. É um sinal observado nos grandes pneumoperitônios ➢ Pesquisa de ascite: Piparote • O sinal de Piparote, também chamado de teste da onda líquida, é uma manobra realizada durante o exame físico do abdômen do paciente. • O sinal de Piparote é realizado com o paciente deitado de costas e auxilia no diagnóstico de ascites. Pede ao paciente para que apoie a borda da mão na barriga, exercendo uma pressão na linha média da barriga. No exame, o examinador coloca sua mão esquerda no flanco esquerdo enquanto a mão direita realiza o movimento de piparote ( peteleco) no flanco direito. Caso a mão esquerda sinta as vibrações ocasionadas pela percussão da mão direita, dizemos que o sinal é positivo . • Grande volume: abdome globoso, 1,5l, aumento da Resistência da parede, cicatriz umbilical plana ou Protusa ➢ Semicirculo de skoda • Semi-círculo de Skoda: com o paciente em decúbito dorsal percute-se a regiçao periumbilical do meio para as extremidades. Em casos de ascite, observa-se alteração do timpanismo. • médio volume • piparote negativo ➢ Macicez móvel • Macicez móvel: ocorre em casos de ascite de médio volume. Quando o paciente está em decúbito dorsal o líquido acumula-se na região lateral do abdome, revelando timpanismo na região anterior, quando o paciente posiciona-se em decúbito lateral, o líquido desloca-se para o mesmo lado, onde fica maciço e a região acima fica timpânica. 21 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee • pequeno volume: < 500ml • piparote com paciente em ortostatismo, bexiga vazia ➢ Percussão dos rins: • sinal de giordano (punho percussão) Pode indicar: • pielonefrite • nefrolitiase musculoesqueletica. • Sinal de giordano coloque a mão espalmada sobre o ângulo costovertebral e, a seguir, desfeche um golpe com a superfície ulnar de seu punho. Use apenas força suficiente para produzir abalo/vibração perceptível, porém indolor. Dor à compressão ou à punhopercussão sugere pielonefrite, mas também pode ter uma causa musculoesquelética. Calculose renal ou lombalgia mecânica aguda. ➢ Percussão do baço: • 2 técnicas: • percussão da região inferior esquerda da parede torácica anterior (espaço de traube); • pesquisa do sinal de percussão esplênica; 22 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee O espaço de traube fica entre a área de atimpanismo pulmonar e o rebordo costal abaixo, e ao percurtir esse espaço deve se ouvir som timpânico, indicando que não há visceromegalia, ou seja que o espaço de traube está livre. Palpação A palpação deve ser iniciada com a pessoa em decúbito dorsal, tocando o abdome suavemente, para avaliar sensibilidade dolorosa. Iniciar pelo quadrante inferior direito, seguindo para os demais, em sentido horário, concluindo na região umbilical. Realizar a palpação superficial e a profunda, com atenção especial para fígado e baço. ➢ A palpação superficial vai até cerca de 2 cm de profundidade. (sempre perguntar o lugar da dor) • sensibilidade • resistência • continuidade da parede • hérnias • pulsações • reflexo cutâneo abdominal superficial ➢ Palpação profunda- usar as duas mãos • Massas palpáveis, alterações de sensibilidade • Delimitar órgãos e massas abdominais • (localização, forma, tamanho, consistência, sensibilidade, Pulsações, mobilidade) Lemos torres: A pessoa encontra-se em decúbito dorsal, e o avaliador deve colocar sua mão esquerda, espalmada, sob a região lombar direita, enquantoa direita fica sob a parede anterior do abdome, paralela e lateral ao reto abdominal. A mão esquerda elevará o fígado anteriormente, empurrando-o para cima, enquanto a direita procura palpar a borda inferior. Se o fígado for palpável, a borda hepática normal é macia, bem delimitada e regular, com superfície lisa. Fígado de consistência firme ou endurecida, com borda romba ou arredondada e de contorno irregular, sugere anormalidade hepática. 23 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee Manobra de Mathieu- útil em pacientes obesos Utilizar as mãos em garra, com a pessoa em decúbito dorsal, posicionada à altura do ombro do avaliador. Com as mãos colocadas paralelas ao hipocôndrio direito, palpar a borda inferior do fígado durante a inspiração forçada. Manobra de Mathieu- BAÇO • Quando o baço está aumentado, ele começa a ser palpado abaixo do rebordo costal. O baço fica acoplado no diafragma, na altura da 9a, 10a e 11a costelas, ocupando grande parte da região posterior à linha axilar média esquerda. Porém, em alguns adultos é possível palpar a ponta do baço normal abaixo do rebordo costal esquerdo. • A técnica para palpar o baço é semelhante à técnica habitual de palpação do fígado: o médico deve segurar o paciente com a mão esquerda, apoiando e comprimindo para frente a região inferior da caixa torácica e dos tecidos moles adjacentes; com a mão direita, por baixo do rebordo costal esquerdo, faz-se pressão para dentro,na direção do baço. • Então, inicia-se a palpação em um nível baixo suficiente que seja capaz de detectar um possível aumento, e nesse momento deve se solicitar ao paciente que inspire profundamente; quando o baço descer de encontro aos dedos do examinador, este deve palpar a margem ou ponta do baço, pesquisar sensibilidade ao toque e avaliar o contorno esplênico e a distância entre o ponto mais baixo do baço e o rebordo costal esquerdo. • Após isso, deve-se repetir a mesma manobra com o paciente em decúbito lateral direito (ou seja, de frente para o examinador), pois nessa posição, a gravidade desloca o baço para um local mais acessível para palpação. Essa posição também é chamada de posição de Schust. • Paciente na posição de schuster: perna esquerda dobrada, braço esquerdo na cabeça e braço direito paralelo ao corpo. Entre o 9° e o 10° ei. Palpação indica esplenomegalia. ➢ Rim Habitualmente não palpável. 24 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee • Método de devoto: posição supina. Colocar a mão espalmada oposta ao rim a ser examinado no ângulo lombocostal, elevando o flanco, e a outra mão espalmada abaixo do rebordo costal. Comprimir ambas as mãos ao mesmo tempo, procurando sentir e pinçar o pólo inferior do rim na sua descida inspiratória. • Método de Israel: decúbito lateral oposto ao lado do rim a ser palpado; a perna superior deve permanecer fletida e a inferior em extensão. Seguir a mesma técnica. • As causas de aumento renal incluem hidronefrose, cistos e tumores. O aumento bilateral sugere doença renal policística. Palpação bexiga: • normalmente não é palpada; • exceção: distendida- ultrapassa a sínfise pubiana • vol : 400-600ml Palpação aorta: • comprima firme e profundamente a região superior do Abdome- um pouco a esquerda da linha média; • massa pulsátil > 3cm- aaa 25 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee Pontos dolorosos Sinais 26 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee ➢ Sinal de carnett : • Útil para diferenciar a dor abdominal de origem visceral da dor da parede abdominal. • O teste é realizado ao definir-se a área de maior dor à palpação. Em seguida, o paciente flete a parede abdominal e o ponto é palpado de novo. • A dor que é menos intensa à palpação com o abdome fletido tem alta probabilidade de ser visceral. E se a dor Permanecer igual ou piorar com essa manobra, provavelmente é proveniente da parede abdominal (teste positivo) ou de causa não orgânica. ➢ Sinal de psoas: • Pede-se ao paciente que se deite sobre o lado não afetado e estenda sua outra perna contra a resistência da mão do examinador. • Quando positivo (dor durante a manobra), sugere processo inflamatório adjacente ao músculo psoas ➢ Sinal do obturador: investigar apendicite • Com o paciente em decúbito dorsal, o examinador flexiona a coxa dele com os joelhos fletidos e rota a perna, interna e externamente. 27 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee • Quando positivo (dor hipogástrica durante a manobra), sugere processo inflamatório adjacente ao músculo obturador. ➢ Sinal de murphy: • Cessação abrupta do esforço inspiratório do paciente durante a palpação profunda do quadrante superior direito é sugestiva de colecistite aguda. ➢ Sinal de blumberg: • Dor à descompressão súbita. Sugere irritação peritoneal. • Dor no ponto de mcburney à descompressão súbita. sugere irritação Peritoneal secundária à apendicite aguda. ➢ Sinal de rovsing: • Caracteriza-se pelo aparecimento de dor no quadrante inferior direito durante a compressão exercida no lado esquerdo. Sugere irritação peritoneal,como na apendicite aguda e na pelveperitonite. ➢ Sinal de Corvoisier-Terrier: vesícula biliar palpável. Pode ser indicativo de neoplasia 28 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee ➢ Sinal de Cullen • Corresponde à coloração azulada ao redor do umbigo, sugestivo de hemorragia retroperitoneal. Pancreatite aguda ➢ Sinal de Grey Turner • É referente à equimoses não traumáticas nos flancos, que pode indicar pancreatite hemorrágica, estrangulamento intestinal ou abcessos com extravasamento de sangue. 29 Anamnese e exame físico dos sistemas/ Emili mariane- MED 3° semestre emeee Toque retal Faz parte do exame físico. • indicado em quadro de abdome agudo. • indicado na hematoquezia. • precede a anuscopia. Exame bimanual da pelve: • faz parte do exame físico. • permite observar: - massas uterinas. - peritonite localizada na pelve. - abscesso pélvico.
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