Sistema de condução cardíaco

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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina - UNIFACS Turma XV 
O complexo estimulante do coração é formado por nós 
intrínsecos especializados geradores de estímulos 
rítmicos e por feixes de músculo cardíaco modificado 
que conduzem os impulsos. → o resultado é a 
contração coordenada dos átrios e ventrículos. 
O complexo estimulante consiste em tecido nodal, que 
inicia os batimentos cardíacos e coordena contrações 
das quatro câmaras e fibras condutoras especializadas 
para conduzi-los rapidamente para as diferentes áreas 
do coração. 
O coração tem dois tipos de células: 
• Células miocárdicas ou funcionais, que quando 
estimuladas eletricamente são capazes de se 
contrair → especializadas em conduzir impulso 
elétrico, possibilitam a propagação do estímulo de 
uma célula para outra 
• Células marcapasso, responsáveis pela geração e 
condução dos estímulos elétricos. →. geram o 
potencial de ação (PA) cardíaco e, em conjunto, são 
chamadas de marcapasso cardíaco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Nódulo Sinoatrial 
2. Feixe de Bachmann 
3. Feixe internodal 
anterior 
4. Feixe internodal medial 
5. Feixe internodal 
posterior 
6. Nódulo atrioventricular 
7. Feixe de His 
 
8. Ramo direito do feixe de 
His 
9. Ramo esquerdo do feixe 
de His 
10. Fascículo anterior 
esquerdo 
11. Fascículo posterior 
esquerdo 
12. fibras de Purkinje 
 
 
O sincício atrial (conjunto de células especializadas em 
conduzir impulso elétrico) e o sistema His-
Purkinje permitem a condução do estímulo elétrico 
gerado pelo Potencial de ação cardíaco, o que 
garante ritmo, periodicidade e cronologia ao ciclo 
cardíaco. 
Nos átrios encontram-se as fibras intermodais, ou vias 
preferencias. Logo depois, encontra-se o nó AV e 
o feixe de His, que é sua continuação, percorrendo o 
septo interventricular, 
que se divide em ramo 
direito e esquerdo - este 
subdivide-se em dois 
fascículos, o anterior e o 
posterior - terminando 
nas fibras de Purkinje. 
 
As fibras de Purkinje 
dão responsáveis 
pela despolarização 
dos ventrículos, 
transmitindo a ativação 
elétrica que se originou no nó sinusal. São compostas 
por células especializadas em condução e garantem a 
despolarização simultânea do ventrículo direito e do 
ventrículo esquerdo. 
Os impulsos são propagados pelas células musculares 
estriadas cardíacas, de forma que haja contração 
simultânea das paredes das câmaras. 
O controle da atividade cardíaca é feito sistema 
nervoso simpático e parassimpático, que inervam de 
forma abundante o coração; 
Os tecidos especializados que geram e conduzem 
impulsos elétricos através do coração, são o nó 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina - UNIFACS Turma XV 
sinoatrial (nó SA), nó atrioventricular (nó AV), feixe de 
His e fibras de Purkinje. 
• O nó sinoatrial (AS) está localizado na parede 
posterior do átrio direito, onde a veia cava chega ao 
coração. 
• O nó atrioventricular (AV) está na porção inferior 
do septo interatrial. 
• O feixe de His está no topo do septo 
interventricular, esse feixe se divide no interior da 
parede dos ventrículos denominando-se fibras de 
Purkinje, causando a contração simultânea dos 
ventrículos. 
A Sístole é a contração da câmara cardíaca para ejeção 
do sangue presente em seu interior. 
A Diástole é o relaxamento da câmara cardíaca para 
um novo preenchimento de sangue em seu interior. 
A média de batimentos cardíacos em um adulto 
saudável fica em torno de 70 batimentos por minuto 
(bpm), variando conforme as necessidades do corpo, 
como exercícios físicos, situações de estresse e 
repouso. 
A regulação da ritmicidade do coração ocorre no nó 
Sinoatrial ou marcapasso do coração. 
Esta ritmicidade ocorre porque as membranas das 
fibras do nó SA são muito permeáveis ao sódio, que 
passa para o interior das fibras, fazendo com que o 
potencial da membrana em repouso passe para o valor 
positivo até atingir seu limiar transformando em 
potencial de ação. 
O impulso é propagado pelos átrios através do sistema 
de Purkinje provocando sua contração. Centésimos de 
segundos depois, o impulso atinge o nó AV, que retarda 
o impulso para que os átrios forcem a passagem de 
sangue para os ventrículos. Após esse retardo, o 
impulso é propagado pelo sistema de Purkinje aos 
ventrículos, contraindo-os. 
Obs. O nó AV tem funções importantes, como retardar 
o impulso elétrico (o que separa a sístole atrial e a 
ventricular) e limitar a quantidade de estímulos que 
chegam aos ventrículos. Desse modo, ele evita que 
arritmias atriais (ex. fibrilação atrial, taquicardia 
supraventricular) sejam transmitidas totalmente aos 
ventrículos, diminuindo as chances de degenerar para 
uma arritmia ventricular ou do paciente apresentar 
sintomas de baixo débito cardíaco por dificuldade de 
enchimento das cavidades cardíacas. 
Os impulsos elétricos que passam pelo complexo 
estimulante do coração podem ser registrados pelo 
eletrocardiograma (ECG). 
• A Onda P é a despolarização das fibras atriais do nó 
AS 
• O complexo QRS é a despolarização dos ventrículos 
• A Onda T é a repolarização dos ventrículos, 
iniciando assim um novo ciclo cardíaco