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CARDIOMIOPATIA DILATADA

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Leticia Martinussi 
SITUAÇÃO PROBLEMA 3: CARDIOMIOPATIA DILATADA 
FISIOPATOLOGIA DA CARDIOMIOPATIA DILATADA 
 
É caracterizada pela dilatação cardíaca progressiva 
e disfunção contrátil (sistólica), geralmente com 
hipertrofia concomitante. 
Morfologia: na MCD (miocardiopatia dilatada) o 
coração geralmente tem o peso de duas as três 
vezes o normal, é flácido devido a dilatação das 
câmaras. 
Patogenia: a maioria dos pacientes com MCD tem 
a forma familiar (genética), porém a MCD também 
pode resultar de lesões miocárdicas adquiridas ou 
interações genéticas e ambientais. Elas incluem: 
• Miocardite: desordem inflamatória que 
precede o desenvolvimento de 
miocardiopatia em alguns casos e é 
provocada por infecções virais 
• Intoxicação: o abuso de álcool está 
fortemente ligado a MCD, aumentando a 
possibilidade de que a intoxicação por 
etanol ou um distúrbio nutricional 
secundário seja a causa da lesão 
miocárdica. Além disso, a MCD também 
pode ser causada por agentes 
quimioterápicos como doxorrubicina. 
• Gravidez: uma forma diferente de MCD 
chamada de “miocardiopatia periparto”, 
pode ocorrer no final da gravidez e 
também após o parto 
Influências genéticas: 20 a 50% dos casos são 
causados por anormalidades genéticas herdadas. 
As anormalidades genéticas identificadas como 
causadoras de MCD familiar afetam em grande 
parte proteínas do citoesqueleto que são 
expressos pelos miócitos. 
Aspectos clínicos: Pode ocorrer em qualquer 
idade, mas afeta com mais frequência pessoas 
entre 20 e 50 anos. Se manifesta por sintomas 
progressivos de insuficiência cardíaca, tais como 
folego curto, cansaço fácil e fadiga aos esforços. É 
comum o encontro de regurgitação mitral 
secundária e de ritmos cardíacos anormais. Em 
geral, a morte é atribuída à insuficiência cardíaca 
progressiva ou arritmia e pode ocorrer de modo 
súbito. A embolia pode estar presente como 
consequência do desprendimento de um trombo 
intracardíaco. 
Exames para diagnóstico: 
• Raio X de tórax 
• Eletrocardiograma 
• Exame de Holter 
• Ecocardiograma 
• Teste ergométrico 
• Tomografia computadorizada 
• Ressonância magnética 
• Cateterismo ou biópsia cardíaca 
 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
A insuficiência cardíaca, frequentemente chamada 
de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é uma 
condição geralmente progressiva e comum com 
prognostico ruim. 
A ICC ocorre quando o coração é incapaz de 
bombear o sangue em uma taxa proporcional às 
necessidades metabólicas. 
Ela pode aparecer durante o estágio final de 
muitas formas de cardiopatias crônicas. 
Entretanto, os estresses hemodinâmicos agudos, 
tais como sobrecarga liquida, disfunção valvular 
aguda ou infarto agudo do miocárdio, podem 
provocar o súbito aparecimento da ICC. 
Quando a função cardíaca esta prejudicada ou a 
carga de trabalho aumenta, vários mecanismos 
fisiológicos mantêm a pressão arterial e perfusão 
dos órgãos vitais. Os mais importantes são: 
• Mecanismo de Frank-Starling: o aumento 
do volume dilata o coração e aumenta a 
formação de pontes transversais 
funcionais dentro dos sarcômeros, 
aumentando a contratilidade. 
• Adaptações miocárdias, incluindo 
hipertrofia com ou sem dilatação das 
câmaras cardíacas: as alterações 
moleculares, celulares e estruturais 
ocorrem em resposta a lesão ou alterações 
nas condições de carga, são chamadas de 
remodelagem ventricular. Essas alterações 
frequentemente são adaptativas e podem 
levar a uma função cardíaca prejudicada. 
Em muitos estados patológicos, a 
insuficiência cardíaca é precedida por 
hipertrofia cardíaca, que é a resposta 
compensatória do miocárdio ao maior 
trabalho mecânico. 
• Ativação dos sistemas neuro-humorais: 
liberação do neurotransmissor 
norepinefrina pelos nervos cardíacos do 
sistema nervoso autônomo; ativação do 
SRAA; liberação do peptídeo natriurético 
atrial. 
 
ALTERAÇÕES RADIOLÓGICAS NA MCD 
A ressonância magnética cardíaca (RMC) avalia 
diversas doenças cardiovasculares, incluindo a 
MCD. 
• As imagens por ressonância magnética são 
obtidas com a colocação do paciente 
dentro de um campo magnético potente, 
estático e uniforme. 
• A RMC tem se destacado como exame 
coadjuvante no diagnóstico de MCD 
• A RMC em MCD IDIOPÁTICA pode 
demonstrar: realce tardio, áreas de 
fibrose, diminuição da contratilidade 
miocárdica, redução da perfusão e sinais 
de isquemia. 
DOENÇAS NEGLIGÊNCIADAS 
As doenças negligenciadas são aquelas causadas 
por agentes infecciosos ou parasitas e são 
consideradas endêmicas em populações de baixa 
renda. Essas enfermidades também apresentam 
indicadores inaceitáveis e investimentos 
reduzidos em pesquisas, produção de 
medicamentos e em seu controle. 
As doenças negligenciadas são um grupo de 
doenças tropicais endêmicas, especialmente entre 
as populações pobres da África, Ásia e América 
Latina. Juntas, causam entre 500 mil e 1 milhão de 
óbitos anualmente. As medidas preventivas e o 
tratamento para algumas dessas moléstias são 
conhecidos, mas não são disponíveis 
universalmente nas áreas mais pobres do mundo. 
Em alguns casos, o tratamento é relativamente 
barato. Em comparação às doenças 
negligenciadas, as três grandes enfermidades 
(Aids, tuberculose e malária), geralmente recebem 
mais recursos, inclusive para pesquisa. As doenças 
negligenciadas podem também tornar a Aids e a 
tuberculose mais letais. 
• Dengue 
• Doença de chagas 
• Esquistossomose 
• Hanseníase 
• Malária 
• Tuberculose 
• Doença do sono (tripanossomíase humana 
africana) 
• Leishmaniose visceral 
• Filariose linfática 
REFERÊNCIAS: 
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abeel K.; FAUSTO, Nelson. 
Robbins e Cotran - Patologia: bases patológicas das 
doenças. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 
VITORINO, Rodrigo Roger; NACIF, Marcelo Souto. 
Ressonância magnética cardíaca na cardiomiopatia 
dilatada: Atualidades. Rev. Bras Clin Med, São Paulo, v. 
9, n. 3, p. 225-33, maio 2011. 
Doenças negligenciadas: estratégias do Ministério da 
Saúde. Revista de Saúde Pública [online]. 2010, v. 44, 
n. 1

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