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SOCIOLOGIA PRÉ-VESTIBULAR 73PROENEM.COM.BR RELAÇÕES DE SEGREGAÇÃO, IDENTIDADES, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO10 IDENTIDADE E CULTURA Identidade cultural é a relação que se estabelece entre “semelhantes”, ou seja, os símbolos que constituem uma cultura quando são partilhados por um grupo acabam criando uma identidade cultural, que por vezes acaba dando sentido a uma nação — esse conceito de Nação passa a ganhar força a partir do século XVI, quando são constituídos os Estados Nacionais Modernos. A ideia de identidade é criada e está presente mesmo em organizações muito primitivas, e podemos encontrá-la até em organizações tribais. Existem muitos traços culturais presentes na identidade cultural de alguém que permitem identificar, por exemplo, sua origem. Imagine que uma mulher sambE muito bem em uma festividade em Nova York. Quando as pessoas olharem para ela, qual nacionalidade normalmente virá na mente daquelas pessoas? Brasileira, com certeza, já que o samba faz parte da nossa identidade cultural. É a identidade cultural que desenvolve nos indivíduos o sentimento de pertencimento a uma comunidade, sociedade e nação. A identidade aparece, portanto, na relação que se estabelece com a diferença, na medida em que esse sistema de representações só pertence a um dado grupo ou nação e reflete a ideia de que “tudo aquilo que está fora” desse contexto não pertence à mesma identidade, ao mesmo grupo e àquela nação. https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/db/Sri_Mariamman_Temple_ Singapore_3_amk.jpg https://pixabay.com/pt/photos/templo-santu%C3%A1rio-buda-budismo- %C3%A1sia-629754/ Exemplos de representações culturais religiosas. IDENTIDADE E ALTERIDADE A identidade é criada no exercício da determinação da diferença. Ou seja, quando estabeleço quem eu sou? Quando delimito quem eu não sou. Esta relação entre identidade e diferença ocorre, então, quando o grupo cria símbolos e partilha dessas mesmas normas de comportamento, valores, costumes, religiosidade, ritos, e enxerga o outro — o que não partilha como “o diferente”. O princípio de alteridade aparece no exercício da formação da identidade, e “o outro é o não eu”. Pois o “outro” é aquele que nega os meus símbolos, podendo compartilhá-los comigo. Em alguns momentos, o conceito de Raça esteve presente como forma de justificar a criação de uma identidade. A origem do conceito era a designação das espécies diferentes e a classificação das mesmas na Zoologia e na Botânica. Na Idade Moderna, esse conceito passou a ser utilizado pela sociedade, designando e determinando os diferentes tipos de esferas sociais. Graduando, conseguiram criar caminhos para o racismo ou “racialismo”, o que nos leva ao exercício da intolerância ao outro e a identificação não por símbolos, mas essencialmente por características físicas (cor de pele etc.). Essa identidade é que forma o conceito de ação moderna, como vimos anteriormente. Assim, a nação expressa não somente a formação de uma identidade única, mas também a territorialidade, a língua e outros símbolos materiais como bandeira e hino, que formam o que é nacional: ao serem compartilhados enquanto símbolos, os indivíduos passam a ter uma consciência coletiva de que fazem parte de um todo. NACIONALISMO Benedict Anderson em seu livro “Comunidades Imaginadas” propõe uma definição instrumental do conceito de nação: “Uma comunidade política imaginada – e imaginada como sendo intrinsecamente limitada e, ao mesmo tempo, soberana”. A palavra imaginada vira o cerne da explicação de Anderson para a construção de uma nação, o adjetivo provém da tentativa de se demonstrar que as nações não são criadas, o uso do termo “imaginada” se contrapõe ao termo “criada” ou “inventada”, a ideia de invenção ou criação pode dar a ideia de que existam comunidades verdadeiras. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR74 SOCIOLOGIA 10 RELAÇÕES DE SEGREGAÇÃO, IDENTIDADES, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO Anderson diz que: “as comunidades se distinguem não por sua falsidade/autenticidade, mas pelo estilo em que são imaginadas”, mesmo não se conhecendo todos os indivíduos presentes em sua nação, existe um sentimento intrínseco de comunhão entre eles. É interessante também observar a utilização do termo “limitada” devido à existência de fronteiras territoriais em cada nação. O adjetivo comunidade se refere à existência de uma “camaradagem” entre os membros de determinada nação e o adjetivo soberana vem da possibilidade de pluralidade e liberdade de cada nação. A identidade cultural é cobrada no Enem apresentando elementos que produzem um sentimento de pertencimento. A identidade cultural nacional é enfatizada e patrimônios material e imaterial, festas e comidas típicas são elementos priorizados para se trabalhar esse conceito, normalmente com interdisciplinaridade com História (identidade ao longo do tempo) e com Geografia (identidades em lugares em lugares diversos). • O conceito de “raça” não envolve: • características físicas e genéticas; • afinidades linguísticas e cultura; • cor da pele, tipo de cabelo e gênero; • a classificação de grupos sociais em superior e inferior; • o desejo de um povo dominar outro povo. PROEXPLICA PROTREINO EXERCÍCIOS 01. Defina Identidade. 02. Defina Identidade Cultural. 03. Defina Alteridade. 04. O que é nação? 05. Defina “sentimento de pertencimento”, segundo a Sociologia. PROPOSTOS EXERCÍCIOS 01. (UEL) No dia 16 de junho de 2010, o Senado brasileiro aprovou o Estatuto da Igualdade Racial. Os senadores [...] suprimiram do texto o termo “fortalecer a identidade negra”, sob o argumento de que não existe no país uma identidade negra [...]. “O que existe é uma identidade brasileira. Apesar de existentes, o preconceito e a discriminação não serviram para impedir a formação de uma sociedade plural, diversa e miscigenada”, defende o relatório de Demóstenes Torres. (Folha.com. Cotidiano, 16 jun. 2010. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ cotidiano/751897-sem-cotas-estatuto-da-igualdaderacial-e-aprovado-na-ccj-do- senado.shtml>. Acesso em: 16 jun. 2010.) Com base no texto e nos conhecimentos atuais sobre a questão da identidade, é correto afirmar: a) A identidade nacional brasileira é fruto de um processo histórico de realização da harmonia das relações sociais entre diferentes raças/etnias, por meio da miscigenação. b) A ideia de identidade nacional é um recurso discursivo desenraizado do terreno da cultura e da política, sendo sua base de preocupação a realização de interesses individuais e privados. c) Lutas identitárias são problemas típicos de países coloniais e de tradição escravista, motivo da sua ausência em países desenvolvidos como a Alemanha e a França. d) Embora pautadas na ação coletiva, as lutas identitárias, a exemplo dos partidos políticos, colocam em segundo plano o indivíduo e suas demandas imediatas. e) As identidades nacionais são construídas socialmente, com base nas relações de força desenvolvidas entre os grupos, com a tendência comum de eleger, como universais, as características dos dominantes. 02. (ENEM) Parecer CNE/CP nº 3/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da população afrodescendente, no sentido de políticas de ações afirmativas. Propõe a divulgação e a produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial — descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos — para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: www.semesp.org.br. Acesso em: 21 nov. 2013 (adaptado). A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma política pública e associao princípio da inclusão social a a) práticas de valorização identitária. b) medidas de compensação econômica. c) dispositivos de liberdade de expressão. d) estratégias de qualificação profissional. e) instrumentos de modernização jurídica. 03. (UNIOESTE) Quando falamos em identidade, logo pensamos em quem somos. A construção de identidades como: “ser brasileiro”, “ser português”, “ser cigano”, “ser gremista”, “ser homem”, “ser mulher” é um processo sociocultural pelo qual se marca as fronteiras de pertencimento social e/ou cultural. Tendo por base o anúncio transcrito acima, é correto afirmar que a) as identidades são estáticas, é algo natural, ela nos acompanha por toda a vida. b) as identidades são construídas nas relações sociais, são situacionais, relacionais e constroem-se na relação entre o “nós” e os “outros”, cria um nós coletivo. c) identidades surgem através de um determinismo geográfico que molda o nosso modo de ser e agir. d) identidades são produtos de marketing e geram vínculos entre os indivíduos. e) identidades são heranças genéticas. 04. (ENEM) No Brasil, a origem do funk e do hip-hop remonta aos anos 1970, quando da proliferação dos chamados “bailes black” nas periferias dos grandes centros urbanos. Embalados pela black music americana, milhares de jovens encontravam nos bailes de final de semana uma alternativa de lazer antes inexistente. Em cidades como o Rio de Janeiro ou São Paulo, formavam-se equipes de som que promoviam bailes onde foi se disseminando um estilo que buscava a valorização da cultura negra, tanto na música como nas roupas e nos penteados. No Rio de Janeiro ficou conhecido como “Black Rio”. A indústria fonográfica descobriu o filão e, lançando discos de “equipe” com as músicas de sucesso nos bailes, difundia a moda pelo restante do país. DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG, 2005. PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 10 RELAÇÕES DE SEGREGAÇÃO, IDENTIDADES, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO 75 SOCIOLOGIA A presença da cultura hip-hop no Brasil caracteriza-se como uma forma de a) lazer gerada pela diversidade de práticas artísticas nas periferias urbanas. b) entretenimento inventada pela indústria fonográfica nacional. c) subversão de sua proposta original já nos primeiros bailes. d) afirmação de identidade dos jovens que a praticam. e) reprodução da cultura musical norte-americana. 05. (UEL) “Enunciado de maneira menos formal, etnocentrismo é o hábito de cada grupo de tomar como certa a superioridade de sua cultura”. “Todas as sociedades conhecidas são etnocêntricas”. “A maioria dos grupos, senão todos, dentro de uma sociedade, também é etnocêntrica”. “Embora o etnocentrismo seja parcialmente uma questão de hábito é também um produto de cultivo deliberado e inconsciente. A tal ponto somos treinados para sermos etnocêntricos que dificilmente qualquer pessoa consegue deixar de sê-lo”. Fonte: HORTON, P. B. & HUNT, C. L. Sociologia. Tradução de Auriphebo Berrance Simões. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982. p. 46-47. Com base nessas informações e nos conhecimentos sobre o tema, considera-se etnocêntrica a seguinte alternativa: a) O crescimento do PIB argentino tem sido muito superior ao do brasileiro nos últimos quatro anos. b) A raça ariana é superior. c) A produtividade da mão de obra haitiana é inferior à da chilena. d) Não gosto de música sertaneja. e) Acredito em minha religião. 06. (ENEM) Na sociedade contemporânea, onde as relações sociais tendem a reger-se por imagens midiáticas, a imagem de um indivíduo, principalmente na indústria do espetáculo, pode agregar valor econômico na medida de seu incremento técnico: amplitude do espelhamento e da atenção pública. Aparecer é então mais do que ser; o sujeito é famoso porque é falado. Nesse âmbito, a lógica circulatória do mercado, ao mesmo tempo que acena democraticamente para as massas com os supostos “ganhos distributivos” (a informação ilimitada, a quebra das supostas hierarquias culturais), afeta a velha cultura disseminada na esfera pública. A participação nas redes sociais, a obsessão dos selfies, tanto falar e ser falado quanto ser visto são índices do desejo de “espelhamento”. SODRÉ, M. Disponível em: http://alias.estadao.com.br. Acesso em: 9 fev. 2015 (adaptado). A crítica contida no texto sobre a sociedade contemporânea enfatiza a) a prática identitária autorreferente. b) a dinâmica política democratizante. c) a produção instantânea de notícias. d) os processos difusores de informações. e) os mecanismos de convergência tecnológica. 07. (UEG - adaptada) “Não quero que a minha casa seja cercada de muros por todos os lados, nem que minhas janelas sejam tapadas. Quero que as culturas de todas as terras sejam sopradas para dentro de minha casa, o mais livremente possível. Mas recuso-me a ser desapossado da minha por qualquer outra.” GANDHI, M. Relatório do desenvolvimento humano 2004. In: TERRA, Lygia; COELHO, Marcos de A. Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2005. p.137. Considerando-se as ideias pressupostas, o texto a) afirma que a globalização aumentou, de modo sem precedente, os contatos e a união entre os povos e seus valores, reforçando o respeito às diferenças socioculturais. b) critica a intolerância com relação a outras culturas, gerando assim os conflitos comuns neste novo século. c) indica o reconhecimento à diversidade cultural, além das necessidades de afirmação e de identidade, seja étnica, seja cultural, seja religiosa. d) nega a existência da exclusão cultural e ressalta a homogeneização mundial e a superação/eliminação de fronteiras culturais. e) nega a existência de uma diversidade cultural válida em nossa sociedade 08. (Enem (Libras) 2017) Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é importante promover e proteger monumentos, sítios históricos e paisagens culturais. Mas não só de aspectos físicos se constitui a cultura de um povo. As tradições, o folclore, os saberes, as línguas, as festas e diversos outros aspectos e manifestações devem ser levados em consideração. Os afro-brasileiros contribuíram e ainda contribuem fortemente na formação do patrimônio imaterial do Brasil, que concentra o segundo contingente de população negra do mundo, ficando atrás apenas da Nigéria. MENEZES, S. A força da cultura negra: Iphan reconhece manifestações como patrimônio imaterial. Disponível em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 29 set. 2015. Considerando a abordagem do texto, os bens imateriais enfatizam a importância das representações culturais para a a) construção da identidade nacional. b) elaboração do sentimento religioso. c) dicotomia do conhecimento prático. d) reprodução do trabalho coletivo. e) reprodução do saber tradicional. 09. Leia. Cerimônias de encerramento de Olimpíadas sempre reservam um espacinho para que a cidade que sediará a próxima edição dos Jogos se anuncie. No caso do Rio na cerimônia de encerramento dos Jogos de Londres quem abriu nossa participação foi um gari da Comlurb, a empresa de limpeza urbana da cidade do Rio de Janeiro. Pois bem, os tempos mudaram, e o Brasil se mostrou ao mundo, nesta cerimônia de Londres, pela figura de um homem negro, pobre e trabalhador, que abre os braços e um sorriso largo àquele que lhe é diferente. Assim como os EUA – Estado Unidos – se idealizam para si e para o mundo como a pátria da liberdade, nós nos idealizamos como o país da convivência pacífica entre os diferentes. O que, pelo menos no nosso caso, a realidade todos os dias se encarrega de questionar e tantas vezes desmentir. IGLECIAS, Wagner. Um gari brasileiro em Londres. In: Maria Frô. 12 ago. 2012. Adaptado. Disponível em: <http://mariafro.com/2012/08/13/um-gari-brasileiro-em-londres-e-os- caboclos-incomodados-que-queriam-ser-ingleses/>. Acesso em 13 ago. 2012. Tendo em consideração o texto acima, assinale a alternativa correta. a) Aidentidade brasileira baseia-se na miscigenação. Todo brasileiro é um pouco negro, branco e indígena. b) O Brasil não é somente o país do futebol, mas também o país da Democracia Racial. c) Todo país precisa construir uma imagem de si. Desta forma, é natural que o Brasil seja o país do futebol e do carnaval, já que essas são as coisas mais bonitas em nosso país. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR76 SOCIOLOGIA 10 RELAÇÕES DE SEGREGAÇÃO, IDENTIDADES, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO d) O Brasil não possui identidade. O carnaval e o futebol são, somente, tentativas de fazer com que os brasileiros sejam mais patriotas. e) A identidade nacional é socialmente construída a partir da imagem que determinada nação faz de si mesma. O grande problema é que, na maioria das vezes, essa imagem é distorcida. 10. (ENEM) TEXTO I É notório que o universo do futebol caracteriza-se por ser, desde sua origem, um espaço eminentemente masculino; como esse espaço não é apenas esportivo, mas sociocultural, os valores nele embutidos e dele derivados estabelecem limites que, embora nem sempre tão claros, devem ser observados para a perfeita manutenção da “ordem”, ou da “lógica’” que se atribui ao jogo e que nele se espera ver confirmada. A entrada das mulheres em campo subverteria tal ordem, e as reações daí decorrentes expressam muito bem as relações presentes em cada sociedade: quanto mais machista, ou sexista, ela for, mais exacerbadas as suas réplicas. FRANZINI, F. Futebol é “coisa pra macho”? Pequeno esboço para uma história das mulheres no país do futebol. Revista Brasileira de História, v. 25, n. 50, jul.-dez. 2005 (adaptado). TEXTO II Com o Estado Novo, a circularidade de uma prática cultural nascida na elite e transformada por sua aceitação popular completou o ciclo ao ser apropriada pelo Estado como parte do discurso oficial sobre a nacionalidade. A partir daí, o Estado profissionalizou o futebol e passou a ser o grande promotor do esporte, descrito como uma expressão da nacionalidade. O futebol brasileiro refletiria as qualidades e os defeitos da nação. SANTOS, L. C. V. G. O dia em que adiaram o carnaval: política externa e a construção do Brasil. São Paulo: EdUNESP, 2010. Os dois aspectos ressaltados pelos textos sobre a história do futebol na sociedade brasileira são respectivamente: a) Simbolismo político — poder manipulador. b) Caráter coletivo — ligação com as demandas populares. c) Potencial de divertimento — contribuição para a alienação popular. d) Manifestação de relações de gênero — papel identitário. e) Dimensão folclórica — exercício da dominação de classes. 11. (UEMA 2016) (...) Uma opinião diversa da minha, um modo de se comportar oposto ao meu, obriga-me a refletir. Eu me questiono, o que enriquece minha maneira de ver, de pensar e de agir. Enfim, o outro me faz progredir e ajuda-me na construção de minha personalidade. Não se trata de aceitar, sem refletir, os modismos ou de ser um cata-vento girando aos quatro ventos. Trata-se, somente, de se abrir ao mundo exterior, de ficar atento aos outros; ou seja, de estar pronto a compreender, reagir, construir. O racismo somente será vencido quando nós soubermos dizer ao outro um “muito obrigado”, tanto maior quanto maiores forem as diferenças entre nós. JACQUARD, Albert. Todos semelhantes, todos diferentes. São Paulo: Augustos, 1993. Os seres humanos se percebem na relação social com o outro e esse outro, dentro de um possível, nos leva a refletir sobre o nosso modo de ser, de pensar e de agir. Na relação do eu – outro constrói-se a) idiolatricidade. b) identidade. c) igualdade. d) idealidade. e) idealismo. 12. (UEMA) A partir das transformações na sociedade contemporânea, percebe-se a necessidade de compreensão da dinâmica das relações sociais analisadas por vários sociólogos. Algumas dessas mudanças de comportamento aparecem na composição Pais e filhos, de Dado Villa Lobos, Renato Russo e Marcelo Bonfá. ... Me diz, por que que o céu é azul Explica a grande fúria do mundo São meus filhos que tomam conta de mim. Eu moro com a minha mãe Mas, meu pai vem me visitar Eu moro na rua não tenho ninguém Eu moro em qualquer lugar. Já morei em tanta casa Que nem me lembro mais. Eu moro com meus pais É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã Porque se você parar pra pensar, na verdade não há... Dado Villa Lobos, Renato Russo e Marcelo Bonfá. “Pais e filhos”. In: Álbum Quatro Estações. EMI, 1989. Sob a perspectiva sociológica, as causas sobredeterminantes dos problemas expostos no trecho da música podem ser identificadas como a) tradição, assimilação, conscientização, competição. b) individualismo, sociabilidade, fluidez, alienação, incerteza. c) identidade, solidariedade, cooperação, conflito, secularização. d) adaptação, cooperação, solidarismo, altruísmo, coesão social. e) homogeneização, singularidade, certeza, aculturação, alteridade. 13. (ENEM) Muitos países se caracterizam por terem populações multiétnicas. Com frequência, evoluíram desse modo ao longo de séculos. Outras sociedades se tornaram multiétnicas mais rapidamente, como resultado de políticas incentivando a migração, ou por conta de legados coloniais e imperiais. GIDDENS. A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012 (adaptado). Do ponto de vista do funcionamento das democracias contemporâneas, o modelo de sociedade descrito demanda, simultaneamente, a) defesa do patriotismo e rejeição ao hibridismo. b) universalização de direitos e respeito à diversidade. c) segregação do território e estímulo ao autogoverno. d) políticas de compensação e homogeneização do idioma. e) padronização da cultura e repressão aos particularismos. 14. (UEMA 2015) Leia o fragmento abaixo. Identificar as culturas imigrantes com suas ‘culturas de origem‘ é um erro baseado em uma série de confusões. Inicialmente confunde-se ‘cultura de origem‘ com cultura nacional. Raciocina- se como se a cultura do país de origem fosse única, ao passo que as nações de hoje não são culturalmente homogêneas. Fonte: CUCHE, Denys. A noção de cultura nas Ciências Sociais. Bauru: EDUSC, 2002. A partir da ideia central do fragmento, pode-se afirmar a respeito da cultura de um povo que a) o imigrante possui uma cultura própria irrelevante. b) a nação é composta por culturas superiores e inferiores. c) os países contemporâneos são compostos por múltiplas culturas. d) as nações são formadas por culturas tradicionais imutáveis. e) a genética determina a cultura de origem dos imigrantes. 15. (UNESP) TEXTO I A ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros (PT), acusa a polícia e os frequentadores de shoppings de discriminar jovens negros nos “rolezinhos”. “As manifestações são pacíficas. Os problemas são derivados da reação de pessoas brancas que frequentam esses lugares e se assustam com a presença dos jovens.” Para ela, a liminar que autorizou os shoppings a barrar clientes “consagra a segregação racial” e dá respaldo ao que a PM “faz cotidianamente”: associar negros ao crime. (Medo de “rolezinho” é reação de brancos, diz ministra. Folha de S.Paulo, 16.01.2014.) PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 10 RELAÇÕES DE SEGREGAÇÃO, IDENTIDADES, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO 77 SOCIOLOGIA TEXTO II Não se percebia, originalmente, nenhuma motivação de classe ou de “raça” nos rolezinhos. Agora, sim, grupos de esquerda, os tais “movimentos sociais” e os petistas estão tentando tomar as rédeas do que pretendem transformar em protesto de caráter político. Se há, hoje, espaços de fato públicos, são os shoppings. As praças de alimentação, por exemplo, são verdadeiras ágoras da boa e saudável democratização do consumo e dos serviços. Lá estão pobres, ricos, remediados, brancos, pretos, pardos, jovens, velhos, crianças... (Reinaldo Azevedo. “Rolezinho e mistificações baratas”. Folha de S. Paulo, 17.01.2014. Adaptado.) O confronto dos dois textos permite afirmar que a) o texto 1 elogia o caráter democrático da sociedade brasileira, enquantoo texto 2 assume uma posição elitista. b) ambos criticam a manipulação do desejo exercida pela publicidade e pelo marketing na sociedade de consumo. c) o texto 1 aborda o tema pelo viés da segregação racial, enquanto o texto 2 critica a manipulação da opinião pública. d) ambos tratam os “rolezinhos” como resultado histórico e material da luta de classes na sociedade brasileira. e) ambos tratam as manifestações como protestos de natureza ideológica contra os processos de exclusão social. 16. (UEM 2010 - ADAPTADA) “A feijoada, o mais conhecido dos chamados ‘pratos nacionais’, tem como base a comida do cotidiano. Mas, nesse caso, a dupla feijão com arroz, acompanhada pela farinha de mandioca, sofre uma transformação não apenas no conjunto dos ingredientes, mas sobretudo em seu significado, transformada em um prato emblemático – possuidor de um sentido unificador e marcador de identidade – ou ‘típico’.” (MACIEL, Maria E. “Uma cozinha brasileira”. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 33, jan-jun de 2004, p.33) Considerando a alimentação humana como um processo social e cultural, assinale a alternativa que for correta. a) Por ser algo que não possui uma combinação de práticas, padrões, e símbolos, a culinária de um povo não é entendida como parte de sua cultura. b) Definir a feijoada como prato tipicamente brasileiro implica considerá-la como uma combinação de símbolos e classificações que representariam o “modo de ser” desta nacionalidade. c) A combinação arroz e feijão atende às necessidades nutricionais típicas da raça brasileira e das deficiências biológicas oriundas da miscigenação entre brancos, negros e indígenas. d) As restrições e proibições alimentares de fundo religioso baseiam-se em interdições nutricionais cientificamente comprovadas como maléficas ao sustento físico do indivíduo. e) Assim como os chamados pratos típicos de cada região, o fast-food configura-se num tipo de alimentação identificada com o processo de globalização da cultura. 17. (UEM-PAS - ADAPTADA) A identidade e a diferença se traduzem em declarações sobre quem pertence e sobre quem não pertence, sobre quem está incluído e quem está excluído. “Afirmar a identidade significa demarcar fronteiras, significa fazer distinções entre o que fica dentro e o que fica fora. A identidade está sempre ligada a uma forte separação entre ‘nós’ e ‘eles’. Essa demarcação de fronteiras, essa separação e distinção, supõem e, ao mesmo tempo, afirmam e reafirmam relações de poder.” (SILVA, T. “A produção social da identidade e da diferença”. In: SILVA, T. (org.) Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 82). Considerando o trecho citado e os estudos sociológicos sobre cultura, assinale a alternativa que for correta. a) Dividir o mundo entre “nós” e “eles”, “iguais” e “diferentes”, “incluídos” e “excluídos” etc., significa classificar culturalmente as relações sociais a partir de sistemas de significação. b) A identidade é um fenômeno individual e autônomo no mundo moderno, pois as instituições sociais, ao longo do século XX, deixaram de exercer qualquer pressão sobre as pessoas. c) Assim como a nacionalidade, a etnia e a classe social, as identidades de gênero também são determinadas naturalmente no nascimento dos indivíduos, sendo impossível modificá-las. d) Eleger arbitrariamente uma identidade como o parâmetro para se avaliarem outras identidades não gera uma hierarquização das diferenças culturais, promovendo uma visão igualitária. e) A afirmação da identidade ou da diferença não traz consigo declarações sobre quem pertence e sobre quem não pertence a determinado grupo, sobre quem está incluído e quem está excluído dele. 18. (UEL 2014) Leia o texto a seguir. Por Nossa Senhora, meu sertão querido Vivo arrependido por ter te deixado Esta nova vida aqui na cidade De tanta saudades, eu tenho chorado Aqui tem alguém, diz que me quer bem Mas não me convém, eu tenho pensado Eu fico com pena, mas essa morena Não sabe o sistema que eu fui criado Tô aqui cantando, de longe escutando Alguém está chorando com o rádio ligado (Adaptado de: Belmonte e Goiá. Saudades da Minha Terra.) Com base no texto e nos conhecimentos socioantropológicos acerca das identidades culturais, considere as afirmativas a seguir. I. Por serem construções individuais, as identidades se dissolvem e desaparecem em contextos socioespaciais diferentes. II. A resistência do homem do campo à cidade está ligada às dificuldades que enfrenta para conviver em espaços onde existem instituições a serem seguidas. III. A dinâmica social da cidade é mais fluida, sendo, contudo, insuficiente para suprimir a memória coletiva do migrante. IV. O deslocamento do homem rural para as cidades exige a reelaboração de normas e valores de comportamento. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 19. (UFPA 2013) O Pará é o estado brasileiro que apresenta o maior número de terras quilombolas reconhecidas pelo Estado. Em 1995, no município de Oriximiná, a comunidade de Boa Vista foi a pioneira no país a receber título coletivo de suas terras. Para a concretização deste direito, uma comunidade quilombola precisa comprovar que a) dispõe de registros arqueológicos pelos quais se confirme que a comunidade vive em terras que eram, anteriormente, um quilombo de escravos negros fugidos da servidão. b) sua identidade étnica como remanescente de quilombo é resultado de processos de resistência em relação aos grupos sociais hegemônicos. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR78 SOCIOLOGIA 10 RELAÇÕES DE SEGREGAÇÃO, IDENTIDADES, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO c) tem origem biológica negra em toda a sua população. d) sempre viveu isolada de outras comunidades por longos períodos de tempo, o que possibilitou a identificação de seus membros pela cor da pele. e) sua população mantém vivas as tradições religiosas dos primeiros escravos africanos que habitaram o território brasileiro. 20. (UEL 2006) Analise a imagem a seguir O quadro pretende mostrar os habitantes do continente americano e seus costumes, contudo os ameríndios aparecem com feições apolíneas e cabelos anelados. Nesta representação, como em muitas outras, os personagens mais se assemelham aos europeus do que propriamente aos povos da América. O quadro, assim, acaba nos dizendo mais sobre o olhar do próprio europeu do que sobre aqueles que procurava retratar. A identidade dos grupos humanos é uma característica fundamental para a criação de um “nós coletivo” que, ao mesmo tempo, identifica e diferencia os grupos entre si. Sobre a identidade, considere as afirmativas a seguir. I. A identidade possui natureza estática, daí perpassar as gerações e os subgrupos que se originam a partir de um tronco comum. II. Como em um jogo de espelhos, a identidade é construída a partir das representações que os grupos fazem dos outros, o que permite que enxerguem a si mesmos. III. A herança genética dos diferentes grupos humanos impede transformações de identidade, posto que delimita a abrangência das respectivas culturas. IV. A identidade supõe um processo de ressignificação das diferenças entre os grupos sociais em função de um determinado contexto. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 05. APROFUNDAMENTO EXERCÍCIOS DE 01. Dois conceitos apresentam uma disputa de legitimidade para categorizar a diversidade humana: o conceito de “raça” e o conceito de “etnia”. No debate sociológico contemporâneo, tem-se priorizado a utilização do conceito de “etnia”. Qual a razão dessa preferência? 02. [...] a contraposição entre cultura e natureza é, em grande parte, fictícia. O homem “civil” se auto-representa forada natureza, mas a própria natureza se torna, na experiência histórica, um modelo cultural consciente, uma escolha intelectual alternativa à da cultura. MONTANARI, M. Comida como cultura. São Paulo: Editora Senac, São Paulo, 2008, p.31. O texto acima faz referência à oposição entre natureza e cultura. Considerando as suas aulas de sociologia, comente sobre a construção daquilo que é natural e daquilo que é cultural. É possível pensar o natural sem o cultural ou o cultural sem o natural? 03. (UFU) O respeito à diversidade cultural tornou-se consenso entre os cientistas sociais a partir dos estudos realizados em diferentes sociedades. Posteriormente tal atitude foi incorporada como um princípio por órgãos internacionais como a ONU (Organização das Nações Unidas). Porém, os mesmos pesquisadores concluíram também que o respeito à diferença cultural não é a forma comum de os indivíduos atuarem no cotidiano. O etnocentrismo e o racismo são atitudes recorrentes em muitas sociedades. a) Qual a diferença conceitual entre racismo e etnocentrismo? b) Por que os cientistas sociais e órgãos internacionais entendem que tais práticas são inaceitáveis? 04. A questão da identidade e da diferença está, hoje, no centro da teoria social e da prática política. Está em desenvolvimento, no chamado “cenário pós-moderno”, uma nítida “política da identidade”. As antigas fontes de ancoragem da identidade (a família, o trabalho, a igreja, entre outras) estão em uma evidente crise. Novos grupos culturais se tornam visíveis na cena social, buscando afirmar suas identidades, ao mesmo tempo que questionam a posição privilegiada das identidades até então hegemônicas. SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. A partir do texto acima, pense e cite um grupo cultural que atualmente questiona “a posição privilegiada das identidades até então hegemônicas”. Qual tipo de crítica esse grupo está fazendo? 05. (UFPR) Segundo Roque de Barros Laraia (Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2008, pág. 21), “o determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural”. A partir de 1920, antropólogos procuraram demonstrar que existe uma limitação na influência geográfica sobre os fatores culturais. Utilizando exemplos, explique como a Antropologia compreende as relações entre os fatores culturais e o ambiente físico. GABARITO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01. E 02. A 03. B 04. D 05. B 06. A 07. C 08. A 09. E 10. D 11. B 12. B 13. B 14. C 15. C 16. B 17. A 18. C 19. B 20. C EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO 01. O conceito de raça faz referência a uma teoria defendida por médicos e biólogos evolucionistas do século XIX e começo do século XX. Por essa perspectiva, haveria diferenças biológicas marcantes entre pessoas de raças diferentes. Durante o século XX, esse termo caiu em desuso devido à falta de evidências de que existissem, de fato, essas diferenças biológicas. Percebeu-se, então, que as principais diferenças entre os seres humanos são de tipo cultural, e não biológicas. É por isso que o termo “etnia” tem sido mais utilizado, em oposição ao de “raça”, que adquiriu cunho etnocêntrico e preconceituoso. 02. O homem possui a especificidade de possuir cultura. Sendo assim, não existe ser humano sem cultura. Isso faz com que seja muito difícil definir o que é cultural e o que é natural ao ser humano. Observando os diferentes povos, percebemos que atos tidos como naturais (tais como comer, andar e rir) variam de uma cultura para outra. Podemos dizer que essa oposição natureza-cultura é também desenvolvida culturalmente. Na nossa sociedade, o que define o que é natural é a biologia. Sendo assim, todos os processos biológicos do nosso corpo são tidos como naturais, enquanto a cultura aparece a partir da capacidade humana de comunicação e de criação de significados. 03. a. O racismo constitui-se no preconceito que existe mediante o conceito de raça. Assim, existe uma classificação entre raças superiores e inferiores. O etnocentrismo, em contrapartida, tem como base o conceito de cultura. Assim, a diferença é entre culturas superiores e culturas inferiores. b. Ambas as atitudes são preconceituosas. No caso do racismo, a própria noção de raça é imprópria para “classificar” a diversidade entre os homens. Os estudos de genética e de biologia demonstram que qualquer classificação humana a partir da ideia de raça é imprópria cientificamente. Já o etnocentrismo é também inaceitável porque parte de outro pressuposto errôneo: o de que existem culturas superiores e inferiores. Vale ressaltar que ambas as atitudes (racista e etnocêntrica) geram intolerância e violência. PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 10 RELAÇÕES DE SEGREGAÇÃO, IDENTIDADES, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO 79 SOCIOLOGIA 04. Diversos grupos culturais questionam as identidades até então hegemônicas. Podemos citar diversos grupos de movimentos sociais, como os homossexuais. Estes questionam a família tradicional (heterossexual e procriativa), considerando que as uniões afetivas seguem padrões e normas sociais, que podem se alterar historicamente. Por essa perspectiva, outras formas de uniões (como as homoafetivas, por exemplo), podem ser consideradas legítimas. Outro grupo social é o das mulheres. Estas, sobretudo no movimento feminista, criticam o modelo familiar patriarcal, as relações de gênero e as relações de trabalho, reivindicando maior espaço na vida pública e o reconhecimento de sua autonomia, liberdade e direitos. 05. Para a antropologia, o ambiente físico interfere, mas não condiciona a cultura. Por exemplo, em reuniões de negócios, é comum os homens estarem vestidos de terno e gravata, ainda que seja verão. Isso é um sinal de formalidade. Se o ambiente determinasse a cultura, os sinais de formalidade seriam outros, que não uma vestimenta claramente inadequada à estação do ano. No entanto, os fatores culturais e físicos não são absolutamente independentes. Festas, em geral, acompanham as estações do ano, e os hábitos alimentares das pessoas seguem a oferta de alimentos da região em que elas vivem. ANOTAÇÕES PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR80 SOCIOLOGIA 10 RELAÇÕES DE SEGREGAÇÃO, IDENTIDADES, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO
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