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Lorena Bianchi Lembrance Paciente sentado (a beira do leito), decúbito, de pé e caminhando; É o que aparenta o paciente. BEG (Bom Estado Geral) REG (Regular Estado Geral) MEG (Mal Estado Geral) Estado de vigília: percepção consciente do mundo exterior e de sí mesmo. Obnubilação: nível de consciência pouco comprometido, estado de alerta diminuído. Sonolência: paciente facilmente despertado, não responde de forma tão apropriada, volta a dormir rapidamente. Confusão mental: perda de atenção, pensamento não claro, respostas lentas, sem percepção temporoespacial normal. Torpor ou estupor: alteração da consciência mais evidente. Paciente ainda pode ser despertado. Coma: quando o paciente não pode ser despertado por estímulos e não tem movimentos espontâneos. Coma: Estado de inconsciência. Falência das funções encefálicas, podendo ser determinado por lesões estruturais de parênquima encefálico, disfunções metabólicas e intoxicações exógenas repercutidas no SNC. Escala de coma de Glasgow (abertura ocular, resposta verbal e resposta motora). 15 pontos caracterizam normalidade, 8 pontos caracterizam estado de coma e 3 pontos caracterizam coma grave. Perceptividade: Resposta a uma ordem simples; orientação no tempo e espaço; execução de cálculo simples; nomear seis flores; Reatividade: reação de orientação e de alerta; reação de piscamento à ameaça de atingir os olhos; reação a dor; Atenção à linguagem do paciente, na fala. Fala compreende: órgão fonador, laringe, Mms. da fonação e elaboração cerebral. Disfonia/afonia: alteração no timbre da voz, por alteração no órgão fonador, tornando a voz rouca, fanhosa ou bitonal. Dislalia: alterações menores na fala, como trocas de letra, comum em crianças. Disritmolalia, com distúrbios no ritmo da fala, como a guagueira e taquilalia; Disartria: alterações nos mms. da fonação, incoordenação cerebral, como na voz arrastada, hipertonia no parkinsonismo, voz baixa, monótona e lenta, perda do controle piramidal (paralisia pseudobulbar); Disfasia: total normalidade do órgão fonador e dos Mms. da fonação, com distúrbio na elaboração cortical da fala. Outros distúrbios incluem: retardo no desenvolvimento da fala na criança, disgrafia (perda na capacidade de escrever) e dislexia (perda da capacidade de ler). Conjunto de informações que a face do paciente demonstra, como expressão do olhar, posição da boca etc. Fácies normal/atípica: possível identificar tristeza, ansiedade, medo, indiferença e apreensão. Fácies hipocrática (morimbundo): olhos fundos, parados e inexpressivos. Nariz afilado. Lábios adelgaçados; batimentos das asas do nariz são observados; rosto coberto de suor; palidez cutânea; cianose labial discreta; doença grave; Fácies renal: edema predominante ao redor dos olhos, palidez cutânea. Observada em Síndrome nefrótica, Glomerulonefrite aguda; Fácies leonina: Produzida por lesões de Hansieníase; Pele espessa, com lepromas de tamanhos variados e confluentes, em maior número na fronte; Supercílios caem, nariz se espessa e se alarga; Lábios mais grossos e proeminentes; Bochechas e o mento se deformam pelo aparecimento de nódulos. Barba escasseia ou desaparece. Fácies adenoidiana: nariz pequeno e afilado, boca entreaberta; presente em indivíduos com hipertrofia das adenoides; Fácies parkinsoniana: cabeça inclina-se para frente e permanece imóvel nessa posição. Olhar fixo, supercílios elevados e fronte enrugada, expressão de espanto. Síndrome ou doença de Parkinson. Fácies basedowiana: traço característico nos olhos e olhar. Olhos salientes (exoftalmia) e brilhantes → rosto magro; Expressão de vivacidade, com leve aspecto de espanto e ansiedade. Presença de bócio. Indica hipertireoidismo. Fácies mixedematosa: rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessada, com acentuação em seus sulcos. Pálpebras infiltradas e enrugadas. Supercílios escassos, cabelos secos e sem brilho; Desânimo, apatia. Comum no hipotireoidismo/mixedema; Fácies acromegálica: saliência das arcadas supraorbitais, proeminência das maçãs do rosto e maior desenvolvimento do maxilar inferior, como aumento do tamanho do nariz, lábios e orelhas. Olhos parecem pequenos. Fácies Cushingoide/Lua cheia: arredondamento do rosto, atenuação dos traços faciais. Aparecimento de acne, secundário. Síndrome de Cushing. Associada a pacientes com corticosteroides; Fácies mongoloide: Prega cutânea no epicanto da fenda palpebral, tornando os olhos oblíquos, distantes um do outro (como nos chineses). Rosto redondo, boca quase sempre entreaberta; mongolismo, trissomia do 21/síndrome de Down; Fácies de depressão: Rosto cabisbaixo, olhos com pouco brilho e fixos num ponto distante. Olhar normalmente voltado ao chão, sulco nasolabial acentuado, canto da boca rebaixado. Denota-se tristeza, indiferença e sofrimento emocional. Transtornos depressivos; Fácies pseudobulbar: súbitas crises de choro ou riso, involuntários, conscientes e o paciente tenta conte-los. Fácies parece espasmódica. Presente em paralisias pseudobulbares. Fácies de paralisia facial periférica: assimetria da face, impossibilidade de fechar as pálpebras, repuxamento da boca para o lado saudável e apagamento do sulco nasolabial; Fácies miastênica/fácies de Hutchinson: ptose palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. Miastenia grave, miopatias com comprometimento dos músculos da pálpebra superior. Fácies de deficiência mental: traços faciais apagados, grosseiros, boca constantemente entreaberta, com salivação, por vezes. Apresentam Hipertelorismo e estrabismo, às vezes. Olhar sem objetivo, alheamento ao meio ambiente, lábios em meio sorriso, sem motivação. Fácies etílica: olhos avermelhados e ruborização da face. Hálito etílico, voz pastosa e sorriso meio indefinido. Fácies esclerodérmica/fácies de múmia: imobilidade facial, repuxamento dos lábios, afinamento do nariz e imobilização palpebral. Fisionomia inexpressiva, parada e imutável. Conjunto de características morfológicas do indivíduo; Brevilíneo: Pescoço curto e grosso; Tórax alargado e volumoso; Membros curtos em relação ao tronco; Ângulo de Charpy maior que 90°; Mediolíneo: Intermediário; Equilíbrio entre membros e tronco; Desenvolvimento harmônico da musculatura e panículo adiposo; Ângulo de Charpy em torno de 90°; Longilíneo: pescoço longo e delgado; Tórax afilado e chato; Membros alongados com predomínio sobre o tronco; Musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido; Tendencia para estatura elevada; Ângulo de Charpy < 90°; Avaliar a postura e a posição do pé no leito e quando o paciente se põe de pé; A postura é classificada: Boa Postura: Cabeça ereta ou ligeiramente inclinada para frente; Peito erguido, adiantando essa região do corpo. Abdome inferior achatado ou levemente retraído; Postura Sofrível: Cabeça levemente inclinada para diante; Peito achatado; Abdome algo protruso, mais saliente no corpo; Curvas posteriores exageradas; Má Postura: cabeça acentuadamente inclinada para diante; Peito deprimido; Abdome saliente e relaxado; Curvas posteriores exageradas; ** As posturas guardam relação com o biotipo da pessoa. ** Atitude: posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou alívio. Posições podem ser: voluntárias ou involuntárias; Atitudes Voluntárias: Paciente as adota por sua própria vontade, são: • Ortopneica: Posição para aliviar falta de ar por IC, asma brônquica ou ascite volumosa; • Genupeitoral: Facilita o enchimento do coração em casos de derrame pericárdico; • Posiçãode Cócoras: Observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica. Proporciona certo alivio de hipóxia generalizada; • Postura Parkinsoniana: Em pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores. Ao caminhar, aparenta correr atrás de seu próprio eixo de gravidade; • Decúbitos: são as posições em que o paciente se encontra deitado; 1. Decúbito Lateral: pode ser direito ou esquerdo. Geralmente indica dor de origem pleurítica, se deita do lado da dor; 2. Decúbito dorsal: pernas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia. Processos inflamatórios pélvico peritoneais. 3. Decúbito ventral: deita-se de bruços, com travesseiro embaixo do ventre (geralmente). Ex.: cólica intestinal; Atitudes Involuntárias: São independentes da vontade do paciente; • Passiva: paciente fica exatamente como colocado no leito. Normalmente em inconscientes ou comatosos; • Ortótono: Tronco e membros estão rígidos. • Opistótono: Contratura da musculatura lombar, observados no tétano e meningite, • Emprostótono: Observado no tétano, meningite e raiva; contrário do opistótono. • Pleurostótono: Observado no tétano, meningite e raiva; Corpo se curva lateralmente; • Posição em gatilho: Encontrada em irritação meníngea; Hiperextensão de cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco com concavidade para diante; • Torcicolo e mão pêndula da paralisia radial: atitudes involuntárias, restritas a determinados segmentos do corpo; PESO Soma de todos os componentes de composição corporal: água + tecido adiposo + tecido muscular + tecido ósseo; Monitora estado nutricional e reserva de energia. Peso atual: Encontrado no momento da pesagem; Peso Usual/Habitual: Peso mantido por maior período; Peso ideal: Calculado levando em consideração fatores, como: idade, biótipo, sexo e altura; Peso ideal = altura² x IMC médio Peso Ajustado: Peso estimado a partir do atual (PA) e do ideal (PI); Peso estimado: Peso obtido a partir do uso de tabelas, usa-se a circunferência do braço ou do joelho. Peso Seco: peso descontado de edema e ascite; Peso Corrigido: utilizado em pacientes amputados; Pc = Pantes amputação x 100/100%-% de amputação ALTURA/ESTATURA : Mede o crescimento linear; Semiotécnica para a medição: ➢ Na criança, mede-se em posição deitada, com fita métrica ou régua graduada; ➢ Em pacientes em posição ortostática, usa- se balança com estadiômetro, ou fita métrica inextensível com precisão de 0,1cm, fixa em superfície lisa, vertical e sem rodapé; ➢ 5 pontos anatômicos, em posição ortostática, devem ficar próximos a parede, ou ao estadiômetro. Os pontos são: calcanhares, panturrilhas, glúteos, escápulas e ombros; ➢ Pode se perguntar a altura referida, caso não tenha condições de ser medida em momento. ➢ Em pacientes acamados, estima-se a altura a partir de segmentos corporais como: altura do joelho, envergadura e semienvergadura; Altura do Joelho: paciente sentado, com os pés no chão. Quando não puder ficar sentado, posiciona-o no leito em “posição supina” com a perna posicionada perpendicularmente ao colchão. A medida é feita, com referência abaixo da rótula (cabeça da tíbia), na parte interna da perna, até a superfície do chão/colchão. Após isso, usa-se a Equação de Chumlea para mensurar a altura; Altura Recumbente (paciente acamado): Pode superestimar a altura, mas é usada em opções de pacientes acamados. O paciente é colocado em posição supina. No leito ele fica totalmente na horizontal, com a cabeça em posição reta, as medidas então são realizadas pela direita do corpo do paciente, demarcando-se no lençol a altura do topo da cabeça e a base do pé (pode ser em triangulo). Por fim, mede-se o comprimento entre as duas demarcações com fita métrica inextensível. ENVERGADURA : Distância pubovértice e puboplantar; O paciente não pode estar vestido com roupas que dificultem a extensão total do braço. Deve estar de frente ao avaliador, em posição ereta e recostado na parede, o tronco deve estar reto, ombros nivelados, braços abertos e em abdução de 90°. Mede-se a envergadura com uma fita métrica inextensível em posição paralela à clavícula. Verifica-se a distância entre o ponto médio do esterno e a falange distal do terceiro quirodáctilo. A semienvergadura (SE) x 2 → estatura do paciente. Fórmula de Rabito; Altura (cm) = 63,525 – (3,237x sexo [1- masculino e 2-feminino]) – (0,06904 x idade) + (1,293 x SE); Envergadura: extensão de uma ponta a outra da falange distal; caracteriza-se como a altura real. Distância puboplantar: medida entre a sínfise pubiana e a planta dos pés; Distância pubovertice: medida entre o ponto mais alto da cabeça e a região pubiana; As medidas pubovertice, puboplantar, altura e envergadura são usadas para caracterizar distúrbios do desenvolvimento físico. IMC ( Í NDI CE DE MASSA CORPORAL ) : IMC = Peso atual(kg)/altura² (m) Indicador do estado nutricional. Não distingue massa gordurosa de massa magra. C I RCUNFERÊNCIA DA C I NT URA (CC) E C I RCUNFERÊNCI A ABDOMINAL (CA) : CC → Fita métrica inextensível é posicionada no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca, no plano horizontal. CC reflete conteúdo de gordura visceral; DESENVOLVI MENT O F Í S I CO : Leva-se em conta a idade, sexo, altura e estrutura somática; Compara-se a altura com as tabelas de valores normais. O desenvolvimento pode ser classificado como: Desenvolvimento normal; Hiperdesenvolvimento: sinônimo de gigantismo. Hipodesenvolvimento: confundido com nanismo; Infantilismo: persistência anormal das características infantis na idade adulta. Gigantismo; Valores normais de altura variam conforme a etnia e de acordo com outros fatores. No Brasil, considera-se altura máxima normal: 1,90m para o sexo masculino e 1,80 para o sexo feminino. Para ambos os sexos, a altura mínima é de 1,50m. Principais distúrbios do desenvolvimento: gigantismo acromegálico, gigantismo infantil, nanismo, nanismo acondroplásico, cretinismo, nanismo hipofisário, nanismo de raquitismo; Pode ser avaliado pelos parâmetros: ➢ Peso ➢ Musculatura ➢ Panículo adiposo; ➢ Desenvolvimento físico; ➢ Estado geral; ➢ Pele, pelos e olhos; O estado de nutrição normal compreende os elementos em limites normais; Excesso de peso: peso acima do normal, panículo adiposo ultrapassa os limites da normalidade e o desenvolvimento físico está acima dos valores máximos considerados em relação a etnia, sexo e a idade. Obesidade e sobrepeso: excesso de peso por acúmulo de gordura; Hiponutrição/desnutrição: peso está abaixo dos valores normais mínimos, musculatura é hipotrófica e o panículo adiposo é escasso; A pele torna-se seca e rugosa ao tato, adquirindo aspecto de papel de lixa. Desnutrição faz com que cabelos e pelos mudem de cor, se tornem finos, secos e quebradiços. Olhos com sequidão da conjuntiva bulbar, perda de reflexo à luz, falta ou diminuição de lágrimas e fotofobia. Além de Xeroftalmia (deficiência de vit. A); Desnutrição de grau 1: déficit de peso superior a 10%; Desnutrição de grau 2: déficit de peso superior a 25%; Desnutrição de grau 3: déficit de peso superior a 40%; A nutrição adequada por dia é de 2300 calorias, sendo 3000 calorias a ideal e 65g de proteína por dia. Sobrepeso e obesidade são definidos por acúmulo excessivo de gordura corporal em extensão tal que acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos. Favorece o surgimento de dislipidemias, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. Magreza e Caquexia: sendo a magreza o peso abaixo domínimo normal, com relação a idade, sexo e considerando IMC < 18,5. A Caquexia é o estado de magreza extrema, acompanhado por alterações metabólicas, com grave comprometimento do estado geral. Avalia-se levando em conta os parâmetros: ➢ Alteração abrupta de peso; ➢ Alterações de pele quanto a umidade, elasticidade e turgor; ➢ Alterações das mucosas quanto a umidade; ➢ Fontanelas (crianças). Quando rebaixadas há indício de desidratação; ➢ Alterações oculares; ➢ Estado geral; Em hidratação normal, pessoas de cor branca apresentam pele rósea com boa elasticidade e leve grau de umidade. Em crianças, fontanelas são planas e normotensas, peso em curva ascendente. Desidratação: diminuição de água e eletrólitos totais do organismo. Caracteriza-se por: ➢ Sede; ➢ Diminuição abrupta de peso; ➢ Pele seca, elasticidade e turgor diminuídos; ➢ Mucosas secas; ➢ Olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos. ➢ Fontanelas deprimidas em crianças; ➢ Estado geral comprometido; ➢ Excitação psíquica e abatimento; ➢ Oligúria; A desidratação pode ser classificada de acordo com a intensidade e a osmolaridade. Intensidade: baseada na perda de peso: • Leve ou de 1° grau: perda de peso até 5%. • Moderada ou de 2° grau: perda de 5- 10%. • Grave ou de 3° grau: perda de peso acima de 10%; Osmolaridade, guia-se pelo nível sanguíneo de sódio: • Isotônica: sódio em limites normais, 130-150mEq/l; • Hipotônica: sódio está baixo (<130mEq/l); • Hipertônica: sódio acima dos limites normais >150mEq; Deve-se avaliar coloração, continuidade da integridade, umidade, textura, espessura, temperatura, elasticidade, mobilidade, turgor, sensibilidade e lesões elementares; EDEMA : Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células. Na anamnese, perguntar tempo de duração, localização e evolução. No exame físico: ➢ Localização e distribuição; Pode ser localizado ou generalizado. Aparecem, na maioria dos casos, nas regiões inferiores, embora quando na face, observar as regiões subpalpebrais, além de observar a região pré-sacra, obrigatória nos pacientes acamados, recém-natos e lactentes. ➢ Intensidade: Profundidade da fóvea é graduada pelo sistema de cruzes ( +, ++, +++, ++++). Usa-se a polpa do polegar ou indicador e realiza-se compressão, de encontro a uma estrutura rígida ao lado da área do exame. Se houver edema, ocorre uma depressão no local, a fóvea. Pesa-se o paciente todos os dias, uma vez por dia, pela manhã ou a noite, para avaliar perda ou retenção de água. ➢ Consistência: Pode ser mole ou duro. Edema mole é facilmente depressível, retenção hídrica com duração não muito longa. Edema duro apresenta maior resistência para se obter a fóvea, existência de proliferação fibroblástica, ocorre em edemas de longa duração. ➢ Elasticidade: Pode ser elástico ou inelástico. Elástico: a pele retorna imediatamente à sua situação normal, típico em edema inflamatório. Inelástico: pele comprimida demora a voltar na posição inicial. ➢ Temperatura da pele circunjacente: se quente, traduz edema inflamatório e se frio, traduz comprometimento da irrigação da área. ➢ Sensibilidade da pele circunjacente: Doloroso (indica processo inflamatório) ou indolor. ➢ Outras alterações da pele adjacente: palidez, cianose ou vermelhidão; Figura 1 fisiopatologia do edema; Principais causas do edema: Síndrome Nefrítica; Desnutrição Proteica Síndrome Nefrótica; gravidez; Pielonefrite; toxemia gravídica IC obesidade Cirrose hepática. hipotireoidismo Hepatite Crônica Medicamentos (corticosteroides, anti- inflamatórios, antagonistas de cálcio); Fenômenos angioneuróticos (edema alérgico); Edema localizado, causas: Varizes; Flebites e trombose venosa; Processos inflamatórios; Afecções dos vasos linfáticos; Postura; ENFI SEMA SUBCUTÂNEO : Bolhas de ar abaixo da pele; utiliza-se a palpação para reconhecê-lo. Pneumotórax: ar proveniente do tórax; Gangrenas gasosas; Constituído de capilares venosos, vênulas e veias de pequeno, médio e grande porte. C I RCULAÇÃO COLAT ERAL : Presença de circuito venoso anormal visível ao exame de pele. Rede venosa facilmente vista, em pessoas brancas, no tronco ou nos membros. Indica dificuldade ou impedimento do fluxo venoso através dos troncos venosos principais (V. cava inferior, V. cava superior, tronco venoso braquicefálico, ilíacas primitivas). Assim, com o obstáculo, o sangue se desvia para as colaterais previamente existentes, assumindo novo percurso, contornando o local ocluído. Deve ser analisada pela: • Localização; • Direção do fluxo sanguíneo; • Existência de frêmito ou sopro; Localização: Tórax, abdome, raiz dos membros superiores e segmento cefálico, normalmente. É necessário conhecer a direção do fluxo sanguíneo. Direção do fluxo sanguíneo: 1°: Com as polpas dos dois indicadores, comprimir rentes um ao outro, o segmento da veia a ser analisado. 2° afastar os dois indicadores lentamente, mantendo a pressão. 3° Separados 5-10 cm, assegura-se o trecho sem sangue na veia. 4° veia vazia, retira-se um dos dedos e deixa a outra ponta comprimida. 5° observar se há preenchimento venoso naquele local. 6° caso ocorra enchimento, significa que o sangue está fluindo no sentido do dedo que permanece comprimido. 7° caso permaneça a veia colabada, repete-se a manobra com o outro dedo. Repetindo a observância de enchimento da veia. 8° a manobra deve ser repetida de 2-3 vezes para não haver dúvidas. O sangue pode correr nos sentidos: • Fluxo venoso abdome-tórax • Fluxo venoso ombro-tórax • Fluxo venoso pelve-abdome EXI ST ÊNCI A DE FRÊMIT O OU SOPRO : Frêmito: perceptível pelo tato; Sopro: perceptível pela ausculta; Síndrome de Cruveillier-Baumgarten, quando há recanalização da veia umbilical. A circulação colateral pode ser: • Braquicefálica: aparecimento de veias superficiais, ingurgitadas, em ambos os lados da parte superior e face anterior do tórax; sangue flui de fora pra dentro, direcionando-se para as veias mamárias, toracoaxilares e jugulares anteriores; • Cava Superior: a rede colateral vai se dispor na região da metade superior da face anterior do tórax, sendo possível na parte posterior como braços e pescoço; Podem surgir sintomas como: estase jugular bilateral não pulsátil, cianose, edema localizado na porção superior do tronco, pescoço e face; • Tipo porta: obstáculo pode estar nas veias supra-hepáticas, fígado e veia porta; localiza-se nas regiões periumbilical, epigástrica e na face anterior do tórax; direção do fluxo: debaixo para cima. • Cava inferior: obstáculo situa-se na veia cava inferior e a circulação colateral vai se localizar na parte inferior do abdome, região umbilical, flancos e na face anterior do tórax. O sangue fluirá no sentido abdome-tórax, procurando a veia cava superior. Inspeção e palpação; Inspeção: avalia-se com o olhar, paciente em repouso. Observa-se o relevo das massas musculares. Palpação: palpa-se o M. ou grupo muscular em estado de repouso, em seguida o paciente deve fazer leve contração do segmento, para averiguar a capacidade de contração. Pela palpação, observa-se a: Troficidade: massa do musculo; Normal; hipertrófico; hipotrófico; tônus normal; hipertonicidade; hipotonicidade; Tonicidade: estado de semicontração própria do músculo; A temperatura do corpo permanece quase constante, variando só 0,6°C → aparelho termorregulador. A temperatura costuma abaixar 24-36hrs antes do início da menstruação e permanece durante. Na ovulação, a temperatura se eleva mantendo-se até 1ou 2 dias antes da menstruação seguinte. A regulação é feita pela irradiação, condução e evaporação. FEBRE Temperatura corporal acima da faixa de normalidade. O início pode ser súbito ou gradual; Síndrome Febril: astenia, inapetência, cefaleia, taquicardia, taquipneia, taquisfigmia, oligúria, dor no corpo, calafrios, sudorese, náuseas, vômitos, delírio, confusão mental e convulsões. A intensidade pode variar de leve/febrícula (até 37,5°), moderada (37,6-38,5°) e alta a elevada (acima de 38,6°C). Duração: prolongada, quando a febre persiste por mais de uma semana, sendo ou não contínua. Algumas doenças têm febre prolongada como característica: tuberculose, septicemia, malária, endocardite infecciosa, febre tifoide, colagenoses, linfomas, pielonefrite, brucelose e esquistossomose. Evolução: Pode ser continua, irregular ou séptica, remitente, intermitente; O término da febre pode ser em crise, súbito, ou em lise, gradualmente. Quando o paciente entra em contato com o médico, se inicia a inspeção, para avaliar a presença de movimentos involuntários. É muito importante saber definir se os movimentos são voluntários ou involuntários. Podem ser hipocinéticos: pobreza e lentidão dos movimentos, característica da doença de Parkinson idiopática. Podem ser hipercinéticos, quando há excesso de movimentos, sendo estes não associados a fraqueza muscular. São exemplos: TREMORES : Movimentos alternantes, mais ou menos rápidos e regulares, de pequena ou média amplitude. afetam a as partes distais dos membros. COREI A Movimentos coreicos são movimentos involuntários, ambos desordenados, de ocorrência inesperada e arrítmicos multiformes, sem finalidade. Localizados na face, membros superiores e inferiores. AT ET OSE Movimentos involuntários tia corre nas extremidades, sendo lentos e estereotipados. BAL ISMO Movimentos abruptos violentos, de grande amplitude e rápidos, geralmente limitados a uma metade do corpo. MI OCLONI AS Contra ações musculares breves, rítmicas ou arrítmicas, localizadas ou difusas, que acometem o músculo ou grupo muscular. M I OQUINI AS Contra ações fibrilares tipo ondulatório, que surgem em músculos íntegros, como o orbicular da pálpebra. ASTERI X Movimentos rápidos, amplitude variável e que ocorre nos segmentos distais. CONVUL SÕES Movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e paroxísticos. Maneira generalizada, em apenas um segmento do corpo. Podem ser tônicas, clônicas e tônico-clônicas. T ETANI A Crises exclusivamente tônicas localizadas, em geral, nas mãos e pés. FASCI CULAÇÕES Contrações breves, arrítmicas e limitadas. DI SCI NES IAS OROFACIA I S Movimentos rítmicos repetitivos e bizarros, comprometem a face a boca a mandíbula e a língua. Solicitar ao paciente que caminhe acima de 5m de distância, descalço, com calção, com olhos abertos e fechados, indo e voltando. Podem ser anormais, como: Marcha de pequenos passos, diminuição do comprimento da passada. Causas: Senilidade ou doença de Alzheimer. Marcha ceifante ou hemiplégica: incapacidade de aumentar a velocidade ou de se adaptar as irregularidades do subsolo. Causa: AVE. Marcha Atáxica: controle postural afetado, coordenação dos movimentos também. Causas: Esclerose múltipla, afaxia de fredeich, polineuropatia periférica, lesões cerebelares. Marcha propulsiva: postura rígida, com cabeça e pescoço encurvados para frente, braços estendidos e imobilizados. Causa: Doença de Parkinson ou Esclerose múltipla. Marcha tabética ou talonante: base alongada e olhar fixo ao chão, perda de noção da proximidade do solo com os pés. Causas: Neurosifilis, polineuropatia periférica. Marcha espástica ou em tesoura: uma das pernas fica esticada com flexão plantar do pé, enquanto um dos braços fica esticado imóvel e ao lado do corpo. Causas: Esclerose múltipla, encefalopatia crônica da infância. Marcha Anserina: paciente dá um passo e o quadril, do lado oposto ao passo, cai. Causa: distrofia muscular. Marcha claudicante: para aliviar o peso em um dos membros inferiores, o paciente modifica a marcha. Causas: afecções articulares, musculares ou ósseas, acompanhadas de dor.
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