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imunidade Inata

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Imunidade Inata 
Receptores de reconhecimento padrão 
associado a célula. 
Receptores lectina tipo C para 
carboidratos microbianos (CLRs): 
Receptores pertencentes a Lectina tipo C, 
denominada assim, pois se liga a 
carboidratos dependentes de Ca²+, na 
superfície de microrganismos, facilitando 
a fagocitose dos mesmos e a secreção de 
citocinas promotoras de inflamação e 
respostas imunes subsequentes. 
São proteínas integrais de membrana 
encontradas nos macrófagos, DCs 
e células teciduais (não todas). 
Reconhece carboidratos de superfície 
de membrana encontrados 
somente em paredes celulares de 
microrganismos. 
 Funções: fagocitose de 
microrganismos e sinalização para 
induzir respostas protetoras de 
células no hospedeiro. 
Exemplo de Lectina tipo C: RECEPTOR 
DE MANOSE.  o receptor de 
manose faz fagocitose de 
microrganismos. *reconhece 
açucares terminais de 
carboidratos que ficam nas 
superfícies microbianas, como o D-
manose, L-fucose, N-acetil-D-
glicosamina. * Esses açucares 
reconhecidos pelo receptor de 
manose, são considerados PAMPs. 
DECTINAS: Inclui vários CLRs diferentes, 
codificados pelo cromossomo 12 
humano. Esse cromossomo 12 
ainda codifica algumas NK. São 
expressas em DCS e macrófagos. 
Participam da imunidade 
antifúngica e respostas a outras 
bactérias. 
Dectina-1 (cd369)  β-glucana 
(componente celular importante 
de fungos – ex.: Candida, 
Aspergillus e Pneumocytis ; 
Dectina-2 e mincle, reconhecem 
oligossacarídeos ricos em manose, 
presentes como hifas em fungos e 
bactérias. 
 
 Componentes celulares do 
sistema imune inato: 
Barreiras epiteliais 
São as barreiras físicas presentes entre 
o epitélio dos microrganismos e 
hospedeiro. As células epiteliais 
produzem compostos 
antimicrobianos químicos para 
impedir a entrada de 
microrganismos. 
As principais vias de entrada são as 
superfícies das mucosas 
gastrintestinal, respiratória e 
geniturinária. As células epiteliais 
dessas camadas, previnem a 
entrada de microrganismos. A 
perda de integridade dessa 
camada, faz com que o 
hospedeiro seja susceptível a 
infecções. 
 
A barreira é, em grande parte, física, 
células epiteliais formam as zônulas 
de oclusão (tight junctions), umas 
com as outras. Isso produz um 
bloqueio de passagem de 
microrganismos entre as células. 
Queratina serve para bloquear a 
penetração microbiana nas 
camadas mais profundas da 
epiderme. 
Muco, rico em glicoproteínas – 
mucinas, também impede as 
invasões microbianas por 
mecanismo físico. 
Além das ações físicas muito 
importantes, células epiteliais e 
alguns leucócitos produzem 
peptídeos com propriedades 
antimicrobianas para ajudar com 
a proteção. Elas são: 
 Defensinas: peptídeos pequenos, 
com 3 ligações dissulfeto entre as 
cadeias. Divididas em α e β, 
determinadas pelas ligações 
dissulfeto, nos humanos. são 
produzidas pelas células epiteliais 
da mucosa. Também são 
produzidas por neutrófilos, NK e 
linfócitos t citotóxicos. α-defensinas 
são produzidas nas células de 
Paneth no intestino delgado – com 
função de limitar a quantidade de 
microrganismos luminais próximos 
a barreira epitelial. 
As ações das defensinas incluem: 
toxicidade direta aos 
microrganismos (bactérias, fungos 
e vírus envelopados) + ativação de 
células envolvidas na resposta 
inflamatória. 
Habilidosas em se inserir e desorganizar 
funções de membranas 
microbianas. 
 Catelicidina: produzida pelas 
células da barreira da pele, 
neutrófilos, trato gastrintestinal e 
trato respiratório. Estimulada por 
citocina inflamatória e produtos 
microbianos. Após ativadas, dão 
proteção contra infecções, agem 
com vários mecanismos como: 
toxicidade direta a uma ampla 
gama de microrganismos, 
ativação em várias respostas de 
leucócitos. Seu fragmento C-
terminal, pode se ligar e neutralizar 
LPS. 
Os epitélios de barreira contêm 
linfócitos, ex.: linfócitos T intraepiteliais 
(epiderme da pele e epitélio da 
mucosa), que reconhecem e 
respondem aos microrganismos 
comumente encontrados. 
Alguns linfócitos t intraepiteliais 
expressam αβ convencional de TCR, 
presentes na maioria de células t de 
linfoides e na circulação. 
As células T do epitélio possuem pouca 
diversidade de seus receptores 
antigênicos. Acreditando-se que eles 
reconhecem um pequeno número de 
estruturas microbianas, mas que são 
comumente encontradas. 
Fagócitos 
Podem ser macrófagos e neutrófilos. 
São a primeira linha de defesa 
contra microrganismos que 
passam pelas barreiras epiteliais. 
Alguns macrófagos estão sempre 
presentes no tecido e são 
conhecidos como sentinelas de 
infecção. Eles produzem citocinas 
que iniciam e regulam a 
inflamação, ingerem e destroem 
microrganismos, além de limpar 
tecidos mortos e dar inicio a 
reparação tecidual. 
Os macrófagos podem ser ativados 
por duas vias: clássica e 
alternativa. A via clássica é 
ativada pelos sinais imunológicos 
inatos (TLR, citocina IFN-У  
produzida nas respostas inatas ou 
adaptativas). Nessa via, os 
macrófagos também são 
chamados de M1, se envolvem na 
destruição de micróbios e ativam a 
inflamação. A via alternativa 
ocorre na ausência dos sinais de 
TLR, é induzida por citocinas IL-4 e 
IL-13. Esses macrófagos são 
chamados de M2, reparação 
tecidual e controle da inflamação. 
Outros fagócitos como monócitos e 
neutrófilos são recrutados para os 
tecidos infeccionados, em 
resposta aos microrganismos e aos 
sinais gerados pelas células 
sentinela. 
A produção de monócitos é 
estimulada pela citocinas CSF 
(fator estimulante de colônias), 
produzidas por muitos tipos de 
células em resposta a infecções. O 
CSF atua nas células-tronco 
hemotopoiéticas para induzir a 
proliferação e amadurecimento 
dos precursores de neutrófilos. 
Neutrófilos geralmente respondem 
as infecções fúngicas e 
bacterianas, e normalmente são 
as primeiras a participarem no 
combate, sendo encontradas na 
fase aguda da inflamação. 
Células dendríticas: 
As células dendríticas (DC), detectam 
de forma rápida e eficaz os 
microrganismos invasores, por 
conta da localização nos tecidos e 
expressão de muitos receptores de 
reconhecimento padrão para 
PAMPs e DAMPs. 
É o tipo celular que mais expressa TLRs. 
Secretam citocinas inflamatórias, em 
resposta aos microrganismos 
invasores, que promovem 
recrutamento de leucócitos 
adicionais do sangue. 
Subpopulação DCs plasmocitoides é a 
principal fonte de citocinas 
antivirais, interferons tipo 1, 
produzidas em resposta a 
infecções virais. Isso porque, 
expressam quantidades 
abundantes de TLRs endossômicos 
específicos para acido nucleico 
(TLRs 3,7,8,9). 
Ativam células T na resposta imune 
adaptativa. E dependendo da 
natureza do microrganismo indutor 
da resposta inata, uma DC fara 
diferenciação, de forma 
direcionada, de uma célula T 
naive, para uma célula efetora, 
como Th1 (produz interferon-У), ou 
Th17 (produzem Il-17). 
Células linfoides inatas 
produtoras de citocinas: 
Células linfoides inatas (ILCs), são 
derivadas da medula óssea, com 
morfologia de linfócitos. São 
produtoras de citocinas, como as 
células T, mas não possuem TCRs. 
NÃO EXPRESSAM RECEPTORES 
ANTIGÊNICOS DIVERSIFICADOS E 
CLONALMENTE DISTRIBUIDOS. (Por 
isso não são chamados de 
linfócitos). 
Possui 3 populações de células 
linfoides inatas: ILC1, ILC2 e ILC3. 
Elas produzem diferentes citocinas 
e geram diferentes fatores de 
transcrição. 
ILC1  INF-У e expressam fator de 
transcrição T-bet. Defesa contra 
microrganismos intracelulares. 
ILC2  IL-5, IL-9, IL-13, expressam fator 
de transcrição GATA-3. Defesa 
contra parasitas helmintos e 
contribuem nas doenças alérgicas. 
ILC3  IL-22 e IL-17, expressam fator de 
transcrição RORyt. Defesa contra 
fungos e bactérias extracelulares e 
manutenção de integridade das 
barreiras epiteliais. 
São células sempre presentes nas 
barreiras epiteliais e estão sempre 
preparadas para proteger os 
indivíduos contra essa barreira. 
Células Natural Killer(NK): 
São células citotóxicas com papeis 
importantes nas respostas imunes 
inatas, principalmente contra vírus 
e bactérias. 
Seu principal mecanismo é o killing de 
células infectadas. 
Essas células secretam IFN-У. 
Constituem 5-10% das células 
mononucleares presentes no baço 
e sangue. Raras em órgãos 
linfoides, mas muito abundantes 
em órgãos como fígado e 
placenta. As células NK no sangue 
feia parecem como linfócitos 
grandes contendo numerosas 
grânulos citoplasmáticos. Amor 
células NK usam receptores 
codificados por DNA de linhagem 
germinativa para distinguir as 
células infectadas por patógenos 
células sadias. São identificadas no 
sangue pela expressão de CD56. 
FUNÇÕES DAS CÉLULAS NK: 
Estás funções das células NK são matar 
células infectadas e produzir 
interferon gama, que induzem 
macrófagos a destruírem 
microrganismos fagocitados. 
As células NK possuem grânulos 
contendo proteínas que medeiam 
o killing nas células alvo. 
Quando as células NK são ativadas, a 
liberação dos grânulos solta essas 
proteínas perto das células alvo. 
Bom exemplo de proteína é a 
perforina, que facilita a entrada de 
outras proteínas contidas nos 
grânulos, como as granzimas, para 
o citosol das células alvo. 
As granzimas são enzimas proteolíticas 
que iniciam uma sequência de 
eventos de sinalização que 
causam a morte das células alvo 
por apoptose. Dessa forma, ao 
matar as células infectadas pelos 
patógenos, as células NK 
conseguem eliminar os 
reservatórios da infecção. 
 
 
O IFN-У derivados das células NK 
aumenta a capacidade dos 
macrófagos de matar bactérias 
fagocitadas. 
A interação célula NK-macrófago 
depende da IFN-У para controlar 
uma infecção por bactérias 
intracelulares, durante vários dias 
ou semanas, tempo necessário 
para a imunidade adaptativa se 
estabilizar. 
A deficiência das células NK leva ao 
aumento da susceptibilidade de 
infecção por vírus e algumas 
bactérias intracelulares. 
 
Receptores de ativação e 
inibição de NK: 
Células NK fazem a distinção de 
células infectadas e estressadas 
das células sadias. 
Função regulada pelo equilíbrio entre 
os sinais gerados pelos receptores 
de ativação e inibição de NK. Esses 
receptores reconhecem 
moléculas de superfície de outras 
células e geram sinais para NK. 
Receptores de ativação: Estimulam 
proteínas quinases  fosforilam 
substratos de sinalização 
(downstream). 
Reconhecem ligantes em células 
infectadas e lesadas. 
Esses receptores ativados promovem: 
killing de células NK  destruindo 
células estressadas ou infectadas. 
Reconhecem um grupo heterogêneo 
de ligantes, podendo ser expresso 
em células normais, ou em células 
que sofreram estresse, células 
infectadas por microrganismos e 
células neoplásicas. 
São chamados de receptores de 
célula killer do tipo imunoglobulina 
(ig). 
Outro grupo de receptores: lectinas 
tipo C, proteínas com propriedade 
de ligação ao carboidrato, 
similares aos CLRs. 
Outro importante ativador é o CD16, 
receptor de baixa intensidade 
para anticorpos IgG; CD16 se liga 
aos receptores FC  cd16 gera 
sinais de ativação  cels. NK 
matam células infectadas. 
(citotoxicidade celular 
dependente de anticorpo). 
 
Receptores de inibição: Estimulam 
fosfatases  contrapõem as 
quinases. 
Reconhecem ligantes em células 
sadias normais. 
Esses receptores ativados, desligam a 
atividade de NK, prevenindo a 
destruição de células sadias. 
Reconhecem moléculas de MHC, 
classe 1 (proteínas de superfície 
celular, normalmente expressas em 
todas as células nucleadas sadias 
do corpo). As moléculas de MHC 
de classe 1, tem papel importante, 
fora de NK, em exibir peptídeos 
derivados de proteínas citosólicas 
na superfície celular. Essa ação é 
importante para que os linfócitos T 
CD8+ possam reconhecer essas 
proteínas. 
Reconhecem células de MHC classe 1 
para inibir ativação de NK.  
importante, pois apenas células 
sadias expressam MHC, classe 1, 
evitando assim sua destruição, 
quando ao ataque de células 
estressadas. NK interpreta MHC 
classe 1, como marcadores do 
normal e sadio, sua ausência 
indica lesão, dano. 
Nk então recebe sinais de ativação 
pelas células danosas do 
organismo e tende a matá-las, ao 
mesmo tempo recebe sinais de 
inibição de células sadias, e tende 
a preserva-las. 
Reconhecimento do próprio ausente: 
NK é ativado por moléculas do 
hospedeiro que não possuem 
MHC, classe 1. 
 
O resultado de interação de uma 
célula NK com outra, é 
determinado pela integração de 
sinais gerados a partir de 
receptores de inibição e de 
ativação. Esses receptores são 
expressos por NK e interagem com 
os ligantes de outra célula. 
Sistema Complemento 
Consiste em várias proteínas plasmáticas 
unidas para promover opsonização 
(aumento da fagocitose de bactérias ao 
recobri-las) de microrganismos, 
recrutamento de fagócitos para o sitio de 
infecção e até destruição direta de 
microrganismos. 
A ativação consiste em cascatas 
proteolíticas. 
O sistema é ativado por microrganismos e 
por anticorpos que estão ligados a 
microrganismos e outros antígenos. 
A enzima precursora inativa, zimogênio, é 
modificada para se tornar protease ativa 
e induzir a atividade proteolítica da 
proteína seguinte na cascata. 
As cascatas enzimáticas resultam em uma 
amplificação da quantidade de produtos 
proteolíticos em cada etapa, isso ocorre 
porque cada molécula de enzima 
ativada em uma etapa pode gerar 
múltiplas moléculas nas etapas seguintes. 
Esses produtos geram as funções efetoras 
do sistema complemento. 
A primeira etapa de ativação do 
complemento consiste no 
reconhecimento de moléculas em 
superfícies microbianas, e isso acontece 
de 3 maneiras: 
 Via clássica 
 Via alternativa 
 Via da lectina 
Os subprodutos da ativação do 
complemento estimulam reações 
inflamatórias. 
A ativação do complemento é inibida por 
proteínas reguladoras que estão presentes 
nas células normais do hospedeiro, e que 
estão ausentes nos microrganismos, dessa 
forma, o complemento só é ativado nas 
células infectadas pelo microrganismo e 
não em células saudáveis do hospedeiro. 
 Via Clássica 
É chamada assim porque foi a primeira a 
ser descoberta. 
Desencadeada com mais frequência 
depois que anticorpos se ligam aos 
microrganismos, ou a antígenos. 
Proteína usada: Cq1. Para detectar 
anticorpos ligados a superfície de 
microrganismo, ou outra estrutura. 
Quando Cq1 se liga a Fc dos anticorpos, 
C1r e C1s (serinas proteases) são 
ativadas.  cascata proteolítica. 
Obs.: pentraxinas podem se ligar a C1q e 
iniciar a via clássica. 
Pentraxinas: São exemplos, as pentraxinas 
curtas, a proteína C reativa e a 
pentraxina longa, PTX3. A proteína c 
reativa (CRP), ligam-se a bactérias e 
fungos e reconhece ligantes 
moleculares como: fosforilcolina e 
fosfatidiletanolamina. Os níveis 
aumentados de CRP, são resultado da 
síntese hepática aumentada induzidas 
pelas citocinas IL-6 e IL-1, produzidas 
por fagócitos e células dendríticas. 
Essa proteína é chamada de proteína 
reagente de fase aguda, pois fica 
elevada no sangue durante a fase 
inflamatória aguda. 
Um dos principais mecanismos da resposta 
humoral na imunidade adaptativa. 
Via Alternativa 
Deflagrada quando C3 reconhece 
estruturas presentes na superfície 
microbiana (LPS bacteriano), na 
ausência de anticorpo. 
C3b pode se ligar a proteínas de 
células de microrganismos, pelo 
domínio tio éster, este reage com 
proteínas da superfície celular ou 
dos polissacarídeos para formar 
ligações amida ou éster. 
O c3 é ativo em solução, em níveis 
baixos, e se liga a superfícies 
celulares e então acaba sendo 
inibido por moléculas reguladoras 
de células de mamíferos. Obs.: 
microrganismos não tem essas 
células reguladoras, não 
desativam C3, e então a ativação 
espontânea é amplificada em sup. 
Microbianas. 
Essa via distingue o normal de 
microrganismos estranhos, com 
base na ausência ou presença de 
mecanismos reguladores.Via da lectina 
Iniciada através da lectina ligante de 
manose (MBL), esta reconhece 
resíduos de manose terminais em 
glicolipídios e glicoproteínas 
microbianas. 
MBL é membro das colectinas. 
Colectinas: atuam como moléculas 
efetoras solúveis do sistema imune 
inato, exemplo o ligante de 
manose (MBL) e as proteínas 
surfactantes pulmonares. 
Depois que MBL se liga aos 
microrganismos, dois zimogênios 
(MASP1 e MASP2), se ligam a MBL 
(como c1r e c1s), e iniciam as 
etapas proteolíticas downstream 
iguais as da via clássica. 
 
 
Após o reconhecimento de 
microrganismos, por qualquer uma 
das vias de complemento, há o 
recrutamento e montagem 
sequencial de proteínas adicionais 
do complemento em complexos 
protease. 
Um exemplo de complexo é o C3 
CONVERTASE, que cliva a proteína 
central do sistema complemento 
(C3), produzindo c3a e c3b. 
C3b (maior fragmento), se fixa a 
superfície microbiana, onde a via 
complemento foi ativada. 
A atividade sequencial das enzimas 
do complemento promove uma 
amplificação das moléculas de 
C3b, podendo ser depositado na 
superfície de um microrganismo de 
2-3min. 
C3b atua como opsonina para 
promover fagocitose de 
microrganismos. 
C3a é liberado e estimula a 
inflamação atuando como 
agente quimiotático para 
neutrófilos  desgranulação de 
mastócitos e aumentando a 
permeabilidade vascular  
permitindo o extravasamento de 
proteínas e fluido plasmático para 
os sítios de infecção. 
C3b se liga a outras proteínas para 
formar a protease c5 convertase, 
esta cliva c5 em c5a e em c5b 
(fragmento maior), que 
permanece unido a membrana. 
C5a faz os mesmos efeitos 
inflamatórios de c3a, porém mais 
potente. 
C5b inicia um processo de formação 
de complexo com C6,C7,C8,C9  
montados em um poro da 
membrana (complexo de ataque 
à membrana – MAC). 
MAC causa lise nas células onde o 
complemento é ativado. 
Obs.: sistema complemento é 
altamente necessário para a 
imunidade inata, pacientes com 
deficiência em C3 são susceptíveis 
a infecções recorrentes e que 
podem ser letais. 
Obs.: deficiências na MAC, aumentam 
a susceptibilidade para um 
numero limitado de 
microrganismos, ex.: bactéria 
NEISSERIA. 
Observações: 
A via alternativa e a via das lectinas 
representam mecanismos da 
imunidade inata. Já a via clássica, 
representa mecanismos da 
imunidade humoral adaptativa. 
O evento central da ativação do 
complemento é a ativação da 
proteína C3. Haja vista que C3 
gera produtos ativos. 
As etapas terminais de complemento 
incluem: as C5 convertase geradas 
pelas vias, iniciam a ativação dos 
componentes da via terminal do 
sistema, formando o complexo de 
ataque a membrana (MAC) 
citocida. 
As funções do complemento são: 
promover fagocitose de 
microrganismos onde o 
complemento é ativado, estimular 
a inflamação e induzir a lise nesses 
microrganismos. 
Os produtos do complemento 
também facilitam a ativação de 
linfócitos B e a produção de 
anticorpos. 
C5a,c4a e c3a do complemento 
induzem inflamação aguda, por 
ativar mastócitos, neutrófilos e 
células endoteliais, além da 
liberação de histamina, pela 
desgranulação de mastócitos 
provocadas pelos mesmos. 
As deficiências no sistema 
complemento incluem: 
A maior parte de deficiências está em 
C1q, C2 e C4 permitindo o maior 
desenvolvimento de lúpus 
eritematoso sistêmico. 
C3  infecções frequentes e graves 
por bactérias piogênicas. 
Deficiências nos componentes de via 
alternativa: susceptibilidade a 
infecções meningocócicas. 
C5,c6,c7,c8,c9  propensão a 
Neisseria, como a Neisseria 
meningitides e Neisseria 
gonorrhoeae. 
Resposta Inflamatória 
O principal artificio do sistema imune 
inato para lidar com as infecções 
ou lesão tecidual é estimular a 
inflamação aguda. 
O primeiro leucócito recrutado para o 
sitio de inflamação é o neutrófilo. 
Após isso, os monócitos  
macrófagos, podem se tornar a 
população mais circulante. 
As proteínas plasmáticas importantes 
na fase aguda são: proteínas de 
complemento, anticorpos e as 
reagentes de fase aguda (PCR). 
CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS DA 
IMUNIDADE INATA 
Elas são produzidas por macrófagos e 
células dendríticas teciduais. 
A maioria atua próximas as células de 
origem. 
Diferentes citocinas podem ter ações 
similares ou sobrepostas, além de 
poder estimular a produção de 
outras. 
As citocinas de imunidade inata 
exercem vários papeis: induzem 
inflamação, inibição da 
replicação viral, promove 
respostas as células T e limitam as 
respostas imunes inatas. 
Exemplos: TNF, IL-1, quimiocinas, IL-12, 
IFN-α E IFN-β, IL10, IL-15, IL-6 e etc. 
 
Fator de necrose tumoral: 
TNF é mediador de resposta 
inflamatória aguda de bactérias e 
outros microrganismos infecciosos. 
Produzido por macrófagos e DCs. 
São reconhecidos por dois receptores 
encontrados na maioria das 
células. 
A ligação a esses receptores leva ao 
recrutamento de proteínas que 
ativam caspases para gerar 
apoptoses. 
A produção de TNF por macrófagos é 
estimulada por PAMPs e DAMPs. 
NLRs, RLRs e CDSs podem induzir 
expressão genica de TNF. 
INTERLEUCINA-1 (IL-1) 
Mediador de resposta inflamatória 
aguda, com ações similares ao 
TNF. 
Sua principal fonte está nos fagócitos 
mononucleares ativados 
(macrófagos). 
Também é produzida por neutrófilos, 
células epiteliais (como 
queratinócitos) e células 
endoteliais. 
São apresentadas como IL-1α e IL-1β. 
A IL-1 é ativada por um sinal que ativa 
a transcrição de novos genes e 
outro que ativa o inflassomo a 
clivar proteoliticamente o 
precursor para gerar a proteína IL-
1β madura. IL-1β é induzida por via 
de sinalização de TLR e NLR  
ativando NF-kβ. 
Também ser originada pela 
estimulação que TNF exerce sobre 
os fagócitos. 
O receptor de membrana de IL-1 é o 
IL-1 tipo 1, expresso em células 
endoteliais, epiteliais e leucócitos. 
Interleucina-6 (IL-6) 
Importante nas respostas inflamatórias 
agudas e apresenta efeitos locais 
e sistêmicos. 
Induz a síntese de reagentes de fase 
aguda pelo fígado. 
Estimula produção de neutrófilos na 
medula óssea. 
Promove a diferenciação de células T 
auxiliares produtoras de IL-17. 
Sintetizada por: macrófagos, DCs, 
células endoteliais vasculares, 
fibroblastos e outras células, como 
resposta aos PAMPs e também a IL-
1 e TNF. 
É um dos principais contribuintes em 
inflamações de doenças 
humanas, por exemplo a artrite 
reumatoide. 
Outras citocinas de resposta inata: 
IL-12 secretada por DCs e macrófagos, 
estimula a produção de IF-У (bem 
como este também estimula 
produção de IL-12, por feedback 
positivo), pelas ILC1s, células NK e 
células T. 
Intensifica a citotoxicidade mediada 
pela célula NK e pelo CTL. 
É produzida em resposta a sinalização 
de TLR e de receptores lipoteicoico 
e de infecções virais. 
IL-12 secretada por DCs durante a 
apresentação de antígeno a 
células T CD4+ naive promove 
diferenciação dessas células na 
subpopulação Th1 de células T 
auxiliares, importantes para a 
defesa de infecções intracelulares. 
IL-18 intensifica funções de NK. 
IL-15 estimula o crescimento e funções 
de ILC1s, células NK e células T. 
 
RECRUTAMENTO DE LEUCÓCITOS PARA 
SITIOS DE INFECÇÃO 
O recrutamento de neutrófilos e 
monócitos do sangue para os 
tecidos ocorre como parte da 
resposta inflamatória aguda a 
infecções e lesão tecidual. 
TNF e IL-1 induzem as células 
endoteliais das vênulas pós-
capilares a expressarem E-
selectina e a aumentarem sua 
expressão de ligantes para 
integrinas leucocitárias  ativação 
de fatoreis de transcrição incluindo 
NF-kβ pelo TNF e IL-1. 
TNF e IL-1 estimulam várias células a 
secretarem quimiocinas, CXCL8 e 
CCL2 (neutrófilos e monócitos 
respectivamente). 
As quimiocinas aumentam a afinidade 
das integrinas leucocitárias por 
seus ligantes e estimulam o 
movimento direcionado de 
leucócitos. A união de integrina + 
quimiocina  aumento de adesão 
de neutrófilos e monócitos às 
células endoteliais.Os leucócitos se acumulam nos 
tecidos formando um infiltrado 
inflamatório. As ações do TNF sobre 
o endotélio e os leucócitos são 
decisivas para as respostas 
inflamatórias locais aos 
microrganismos. 
Pouco TNF, ou insuficiente  falha em 
conter a infecção. 
TNF, IL-1 e IL-6 podem entrar na 
corrente sanguínea e irem ate a 
medula óssea, intensificando a 
produção de neutrófilos a partir de 
progenitores existentes no local, 
atuando em conjunto com fatores 
estimuladores de colônia. 
INGESTÃO E KILLING DE MICRORGANISMOS 
POR FAGÓCITOS ATIVADOS. 
Neutrófilos e macrófagos recrutados 
para os sítios de infecção 
ingerem microrganismos que são 
contidos em vesículas pelo 
processo de fagocitose  os 
destroem. 
As vesículas fagocíticas se fundem aos 
lisossomos, onde a digestão das 
partículas ingeridas acontece. 
Os mecanismos de killing que 
poderiam lesar o fagocito são 
isolados do restante da célula. 
Os neutrófilos e macrófagos expressam 
receptores que reconhecem 
especificamente os 
microrganismos. A ligação de 
microrganismos aos receptores é a 
primeira etapa da fagocitose. 
Alguns receptores são denominados 
receptores de reconhecimento 
padrão, como lectinas tipo C e 
receptores scavenger. Esses só 
reconhecem microrganismos que 
expressam padrões moleculares 
particulares, como a manose para 
o receptor de manose. 
Fagócitos também tem alta afinidade 
para algumas opsoninas, como 
moléculas de anticorpo, proteínas 
do complemento e lectinas 
plasmáticas. Esses receptores são 
decisivos para a fagocitose de 
muitos microrganismos diferentes 
que estejam recobertos pelas 
opsoninas. 
Os fagócitos expressam fator Fc de 
alta afinidade específico para o 
anticorpo da IgG. Assim, caso um 
individuo responda a uma 
infecção produzindo IgG, estas se 
ligam aos antígenos e as 
extremidades FC se ligam ao fator 
de alta afinidade dos fagócitos.  
fagocitose eficiente de 
microrganismos. 
Anticorpos são um produto do sistema 
imune adaptativo (linf. B) que 
engajam células efetoras do 
sistema imune inato (fagócitos) 
para realizar suas funções 
protetoras. 
Neutrófilos e macrófagos ativados 
matam microrganismos 
fagocitados por meio de ação 
microbicida de moléculas, junto 
aos fagolisossomos. 
Neutrófilos também matam 
microrganismos por extrusão de 
DNA e dos conteúdos de seus 
grânulos. 
Outras funções de macrófagos: 
Favorecem funções microbicidas e 
pró-inflamatórias e fornece 
funções reparadoras e anti-
inflamatórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
consequências sistêmicas e 
patológicas da inflamação: 
TNF, IL-1 e IL-6 exercem efeitos 
sistêmicos que contribuem para a 
defesa do hospedeiro, 
responsáveis por manifestações 
clínicas da infecção e doença 
inflamatória. 
 TNF e IL-1 atuam no hipotálamo 
para induzir elevação na 
temperatura corporal (febre). 
Elas são chamadas de 
patógenos endógenos, 
distinguindo do LPS. O LPS 
produz febre por meio da 
estimulação de citocinas TNF e 
IL-1  aumentando a síntese 
de prostaglandinas nas células 
hipotalâmicas. A febre pode 
estar relacionada a funções 
metabólicas aumentadas nas 
células imunes, funções 
metabólicas comprometidas 
em microrganismos e 
alterações no individuo que 
diminuem o risco de piora de 
infecções e de lesão. 
OBS.: a aspirina por exemplo reduz 
a febre bloqueando a ação das 
citocinas. 
 IL-2 e IL-6 induzem hepatócitos 
na produção de reagentes de 
fase aguda, como PCR, SAP e 
fibrinogênio, que são 
secretados no sangue. Níveis 
plasmáticos elevados dessas 
proteínas são usados na clinica 
como sinais de infecção ou 
outros processos inflamatórios. 
PCR e SAP exercem papeis 
protetores nas infecções. O 
fibrinogênio contribui para 
hemostasia e reparo tecidual. 
 
 
 
 
Nas infecções graves, o TNF pode 
ser produzido em grandes 
quantidades e causar 
anormalidades patológicas e 
sistêmicas. Se a produção for muito 
forte, TNF pode ser levado pela 
corrente sanguínea a outros locais 
distantes, podendo causar: 
 Inibição da contratilidade 
cardíaca e do tônus muscular. 
 diminuindo a pressão arterial 
e até ao choque. 
 TNF causa trombose 
intravascular, por conta do 
comprometimento de 
propriedades anticoagulantes 
normais do endotélio. 
 A produção prolongada de 
TNF causa o desgaste das 
células musculares e adiposas, 
levando a caquexia, resultado 
da redução do apetite 
induzida pelo TNF e da síntese 
diminuída pela lipoproteína 
lipase. 
SEPSE: caracterizada por febre, 
aceleração de frequência cardíaca e 
respiratória, anormalidades metabólicas e 
perturbações mentais. A sepse bacteriana 
é iniciada pelo LPS ou pelo ácido 
lipeteicoico, ativando a sinalização de 
TLR. A sepse pode evoluir para o choque 
séptico, havendo colapso vascular 
decorrente de efeitos de altas doses de 
TNF. 
Resposta antiviral 
A principal forma que o sistema imune 
inato bloqueia infecções virais é a 
indução da expressão de 
interferons tipo I, que inibem a 
replicação viral. 
TLRs,NLRs,RLRs e células dendríticas 
estimulam a expressão de IFN-α e 
IFN-β, esses interferons do tipo I 
secretados pelas células atuam 
nas células vizinhas prevenindo a 
infecção viral. 
Os interferons tipo I constituem uma 
ampla família de citocinas 
relacionadas a resposta imune 
inata inicial as infecções virais. Eles 
interferem na infecção viral. 
Os DCs plasmacitoides são as 
principais fontes de IFN-α, mas 
também podem ser produzidos por 
macrófagos. 
Os estímulos para a síntese de 
interferon do tipo I são os ácidos 
nucleicos virais. 
Os interferons tipo I ativam a 
transcrição de vários genes que 
conferem as células uma 
resistência a infecção viral: estado 
antiviral. 
A ação parácrina (PKR bloqueia 
eventos de transcrição e tradução 
viral) diz respeito a célula 
infectada produzir interferon para 
atuar e proteger as células vizinhas 
ainda não infectadas. Pode 
realizar ação autócrina, inibindo a 
replicação viral na própria célula 
que o secreta. 
Interferon tipo I causa o sequestro de 
linfócito nos linfonodos, 
maximizando a oportunidade de 
encontrar os antígenos 
microbianos, por ação de CD69. 
IFN tipo I aumentam a citotoxicidade 
das células NK e CTLs CD8+, além 
de promoverem diferenciação de 
células t naive.  intensificando as 
imunidades contra infecções 
intracelulares como vírus e 
algumas bactérias. 
IFN regulam positivamente a 
expressão de moléculas de MHC 
de classe 1, aumentando a 
probabilidade de as células 
viralmente infectadas virem a ser 
reconhecidas e mortas pelos CTLs 
CD8+. 
A proteção contra vírus é, em parte, 
por conta das vias de morte 
apoptóticas intrínsecas nas células 
infectadas e à sensibilidade 
aumentada nos indutores 
extrínsecos de apoptose.

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