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Mentes perigosas: a compreensão da investigação psicológica criminal de assassinos em série.

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Prévia do material em texto

GRUPO SER EDUCACIONAL 
FACULDADE UNINASSAU - PARNAÍBA 
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA 
 
 
 
LORRANE MARIA SILVA NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
MENTES PERIGOSAS: a compreensão da investigação psicológica criminal 
de assassinos em série 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARNAÍBA-PI 
DEZEMBRO – 2020 
 
LORRANE MARIA SILVA NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MENTES PERIGOSAS: a compreensão da investigação psicológica criminal 
de assassinos em série 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC II 
apresentado como requisito para obtenção do 
título de Bacharel em Psicologia, sob a 
orientação da professora Waleska Maria de 
Souza Barros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARNAÍBA-PI 
DEZEMBRO – 2020 
 
LORRANE MARIA SILVA NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
MENTES PERIGOSAS: a compreensão da investigação psicológica criminal de assassinos 
em série 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC II 
apresentado como requisito para obtenção do 
título de Bacharel em Psicologia sob a 
orientação da professora Waleska Maria de 
Souza Barros. 
 
 
Aprovado em ______/______/______ 
Banca: 
 
 
Waleska Maria de Souza Barros 
Mestre em Psicologia Organizacional 
 
Ana Catarina Correia Mesquita 
Especialista em Psicologia Jurídica 
 
Andréa Nara Lopes Henriques de Sousa 
Mestre em Teologia 
 
 
PARNAÍBA - PI 
DEZEMBRO – 2020 
 
MENTES PERIGOSAS: a compreensão da investigação psicológica criminal de assassinos 
em série 
 
Lorrane Maria Silva Nascimento1 
Waleska Maria de Souza Barros2 
 
RESUMO: 
 
A temática da psicopatia é ainda pouco trabalhada na sociedade em geral, o que acarreta num 
despreparo em lidar com esses sujeitos. Logo, a Psicologia Criminal contribui para a elaboração 
de perfil criminológico, caracterizando-se ao abranger o estudo do comportamento e da 
personalidade do autor da infração. Nesse contexto, o presente artigo tem como objetivo geral: 
compreender de que maneira a psicologia criminal contribui para caracterizar perfis de 
assassinos em série. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, sistemática integrativa, básica, 
descritiva que teve caráter qualitativo, no qual foi desenvolvida através de artigos científicos e 
livros. A coleta de dados foi realizada através de artigos científicos encontrados na base de 
dados do PePsic, Scielo, livros, dissertações de mestrado, monografias, artefatos culturais e 
sites compreendendo os anos de 2015 a 2020. De acordo com a análise dos estudos, observamos 
que a totalidade dos artigos confirmou que os assassinos em série, em sua maioria, sofrem com 
algum transtorno psicológico. No entanto, apesar do que perdura no imaginário coletivo, não é 
regra que os assassinos em série sofram de algum quadro psicopático. Ainda nesse ínterim, 
identificamos a importância da criminologia clínica e da psicologia nesse contexto, tendo em 
vista que atuam na esfera psicopatológica envolvida nos casos que envolvem assassinos em 
série, buscando identificar as motivações destes. Ressalta-se a importância da psicologia na 
identificação dos fatores de prevenção, sendo cada vez mais utilizados na esfera criminal com 
o intuito de reeducar e ressocializar, quando possível, esses indivíduos. 
 
Palavras chave: Psicologia Criminal; Psicologia Investigativa; Assassinos em Série. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
________________________________ 
1 Acadêmica de Psicologia pela Faculdade Uninassau, Parnaíba- PI. 
² Mestre em Psicologia, professora da Faculdade Uninassau, Parnaíba PI. 
 
 
 
ABSTRACT: 
 
The theme of psychopathy is still poorly addressed in society in general, which leads to 
unpreparedness in dealing with these subjects. Therefore, Criminal Psychology contributes to 
the elaboration of a criminological profile, being characterized by encompassing the study of 
the behavior and of the offender’s personality. In this context, the present article has the general 
objective: to understand how criminal psychology contributes to characterize profiles of serial 
killers. It is a bibliographic, systematic, integrative, basic, descriptive research that had a 
qualitative character, in which it was developed through scientific articles and books. Data 
collection was carried out through scientific articles found in the PePsic, Scielo database, books, 
master's dissertations, monographs, cultural artifacts and websites covering the years from 2015 
to 2020. According to the analysis of the studies, we observed that all articles confirmed that 
most serial killers suffer from some psychological disorder. However, despite what lingers in 
the collective imagination, it is not a rule that serial killers suffer from some psychopathic 
condition. Still in the meantime, we identified the importance of clinical criminology and 
psychology in this context, given that they act in the psychopathological sphere involved in 
cases involving serial killers, seeking to identify their motivations. The importance of 
psychology is highlighted in the identification of prevention factors, being increasingly used in 
the criminal sphere in order to re-educate and re-socialize, when possible, these individuals. 
 
Keywords: Criminal Psychology; Investigative Psychology; Serial killers. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 6 
2 MÉTODO 8 
3 MARCO TEÓRICO 9 
3.1 QUEM SÃO ESSAS MENTES PERIGOSAS 9 
3.2 PSICOLOGIA CRIMINAL 10 
3.3 SERIAL KILLERS: MENTES PERIGOSAS 13 
4 RESULTADOS 15 
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 20 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 23 
REFERÊNCIAS 27 
ANEXOS 32 
ANEXO I 33 
ANEXOS II 34 
ANEXOS III 35 
ANEXOS IV 36 
 
 
 
6 
1 INTRODUÇÃO 
 
As mentes perigosas, também chamadas de mentes monstruosas ou psicopatas foram 
um termo popularizado por Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do livro “Mentes Perigosas: O 
psicopata mora ao lado” (2014), onde sugere que esses indivíduos, que carregam consigo traços 
de psicopatia, estão muito mais próximos do que podemos imaginar. A temática da psicopatia, 
comparado com outras condições psicopatológicas, é, ainda, pouco trabalhada na sociedade em 
geral, o que acarreta num despreparo em lidar com esses sujeitos. 
Sobre isso, Mello e Gonzales (2019) referem que as mentes perigosas não se consideram 
indivíduos com alguma psicopatologia, sendo assim, é mais comum vermos suas vítimas 
procurarem os serviços de apoio psicológico que os próprios, buscando auxílio para lidarem 
com a destruição causada por essas mentes psicopatas. Reforça-se que as principais 
características das mentes perigosas são a dissimulação e a manipulação, o que os torna um 
desafio para os profissionais envolvidos no manejo destes. 
Ainda, de acordo com os autores supracitados, além dessas características, as mentes 
monstruosas são dotadas de traços de anti socialidade, intratabilidade, não demostram culpa ou 
remorso, o que os torna um desafio para pesquisadores e profissionais. Além disso, Castro e 
Campos (2011) complementam que a principal dificuldade no manejo desses sujeitos é a falta 
de tratamento específico eficaz, gerando uma sensação de impotência nos envolvidos nesse 
manejo. 
Nesse contexto, a Psicologia Criminal contribui para a elaboração de perfilcriminológico, caracterizando-se ao abranger o estudo do comportamento e da personalidade 
do autor da infração. De acordo com Júnior (2012), esta área apresenta foco na fase 
investigativa através da observação de características dos delitos, assim como prováveis 
condutas dos culpados vistos na cena do crime por testemunhas ou segundo relatos das vítimas. 
Podendo auxiliar, portanto, na identificação desse indivíduo, a fim de amparar as investigações, 
especialmente as de prática agressiva. 
As áreas de desenvolvimento desta profissão abrangem muitas outras esferas do 
conhecimento e formas de atuação, podendo ser utilizada para outros fins, como no caso da 
Autopsia Psicológica, e de Técnicas de Entrevista. Seu foco sempre será identificar as 
características do autor do crime, principalmente, os mais violentos como homicídios, estupros 
e assassinatos em série (VERAS, 2018). Geralmente, ao falarmos sobre assassinos em série, é 
comum vir a mente alguns famosos como: Ted Bundy, Jeffrey Dahmer e Charles Manson. 
7 
Assassinos em série podem ser definidos como um tipo de criminoso específico que 
comete crimes com uma determinada frequência, geralmente os executando da mesma maneira 
e seguindo procedimentos como se fossem códigos. Um psicopata, não tem sentimento de 
compaixão por ninguém, pois lhe interessam unicamente os seus objetivos. Para esse assassino, 
chega a ser um desafio prazeroso cometer o crime e ludibriar a ação do Estado, com vistas a 
obter a total impunidade (CALHAU apud FREIRE, 2012). 
Os assassinos em séries costumam sentir prazer através de seus atos praticados a cada 
uma de suas vítimas. De acordo com Santos (2019), a necessidade de sair em busca da vítima, 
a excitação sentida durante o sequestro, no momento da tortura, do estupro, propicia prazer 
ao assassino, de forma que o óbito da vítima é o instante que este experimenta a sensação de 
alivio e liberação da tensão. As ações cometidas giram em torno da crueldade, onde há sempre 
uma necessidade de estar no controle. Para assumir tal posição fazem uso da submissão e 
humilhação constante a suas vítimas, se utilizando na maioria das vezes da tortura e sexo 
doloroso (SANTOS, op. cit). 
Além disso, os serial killers costumam ser cruéis ao atentar contra a vida de suas 
vítimas e por esse motivo, especialistas criminais se preocupam em analisar e traçar o perfil 
desses indivíduos. Correia, Lucas e Lamia (2007) afirmam que a psicologia criminal 
apresenta como principais objetivos, orientar as investigações, com o auxílio das ciências 
humanas e das ciências criminais, ligar os casos, identificar delitos com as mesmas 
características, ajustar as estratégias ao perfil do criminoso e emitir recomendações em vários 
domínios da criminologia. Desta forma, a psicologia criminal caracteriza-se como a área mais 
indicada para esse trabalho por constituir-se de instrumentos capazes de perfilar e auxiliar na 
investigação desses assassinos (CORREIA; LUCA; LAMIA, op. cit) 
Diante do exposto, o problema de pesquisa do presente estudo refere-se a: de que 
maneira a psicologia criminal contribui para caracterizar perfis de assassinos em série? 
Como forma de responder a esse problema postulam-se as seguintes hipóteses: (1) 
Acredita-se que a partir da técnica Criminal Profiling é possível traçar perfis de criminosos 
com a análise de fatores externos; (2) Verifica-se a psicologia criminal como importante área 
de atuação em investigações por conseguir compreender acerca dos transtornos envolvendo os 
seriais killers; (3) Tem-se a psicologia criminal como profissão atuante na investigação e 
prevenção de crimes. 
O presente artigo tem como objetivo geral: compreender de que maneira a psicologia 
criminal contribui para caracterizar perfis de assassinos em série. Tendo em vista o panorama 
a ser estudado, postulam-se os seguintes objetivos específicos: identificar como a psicologia 
8 
criminal conceitua os perfis assassinos e compreender as técnicas psicológicas utilizadas na 
identificação dos assassinos. Para dá conta desse universo tão complexo o trabalho utilizou 
como método uma pesquisa bibliográfica, sistemática e de cunho qualitativo. 
Justifica-se o estudo do assunto devido ao aumento nos casos de assassinatos em série, 
o que nos leva a identificar a primordialidade de compreender os fatores psicológicos de 
assassinos. Desta forma, o presente trabalho irá auxiliar na concepção acerca da investigação 
psicológica criminal desses indivíduos, a fim de abranger como a psicologia criminal auxilia 
na captura desses infratores, sendo importante também ao ressaltar a maior demanda da 
atuação desse profissional principalmente quando se trata de perfilar criminosos e auxiliar em 
investigações. 
Rodrigues (2010) salienta que a psicologia criminal faz uso de técnicas para 
investigação da cena de delitos, utilizada para analisar padrões de comportamento que melhor 
definem um crime violento ou uma série deles que podem estar associados, com o propósito de 
identificar as características do presumível ofensor. Diante do exposto, esse estudo torna-se 
relevante para auxiliar no conhecimento sobre as técnicas investigativas utilizadas para 
encontrar ou capturar assassinos em série. Em seguida será avaliado o método desse estudo. 
 
2 MÉTODO 
 
O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, sistemática integrativa, básica, 
descritiva que teve caráter qualitativo, no qual foi desenvolvida através de artigos científicos e 
livros. Segundo Gil (2008), a pesquisa tem sua principal meta desenvolver, esclarecer 
elementos e desta forma modificar conceitos e ideias. 
Para Gunther (2006), a pesquisa qualitativa é uma forma de explorar determinado 
assunto, a partir da interpretação de textos, sendo coletadas informações a fim de aprofundar 
mais sobre o tema escolhido, buscando compreender os dados obtidos com a teoria utilizada. 
Apresenta natureza aplicada e objetivo descritivo. A coleta de dados para a elaboração 
da revisão de literatura foi realizada através de artigos científicos encontrados na base de dados 
do PePsic, Scielo, monografias, artefatos culturais e sites que sejam de cunho verdadeiro e 
confiável para a pesquisa compreendendo os anos de 2015 a 2020. Há obstáculos e diferenças 
nos processos de buscas nas bases de dados bibliográficas, por isso, optou-se pela busca 
utilizando vocabulário controlado (descritores), tais como: Psicologia criminal, serial killers, 
psicologia jurídica, psicologia e crime, psicologia forense, criminal profiling e psicologia 
investigativa, assassinos em série e investigações. 
9 
Delinear o avanço da pesquisa teórica e a averiguação sobre a prática da investigação 
psicológica criminal de assassinos em série possibilitou atingir o objetivo proposto deste 
trabalho, através de uma minuciosa leitura de cada artigo e demais materiais selecionados. Para 
tanto, na seleção dos artigos e dissertação, utilizou-se como critério de inclusão o ano de 
publicação, a língua portuguesa e a presença de um dos descritores no título do trabalho, e como 
preceito de exclusão o fato dos artigos abordarem a temática a partir de outra perspectiva, o ano 
e a língua de origem. Após essa exposição do método de trabalho, será evidenciado em seguida 
o marco teórico desse estudo. 
 
3 MARCO TEÓRICO 
3.1 QUEM SÃO ESSAS MENTES PERIGOSAS? 
 
A conceituação dessas mentes perigosas é de grande complexidade e perpassou várias 
concepções e momentos históricos em saúde mental, tendo sido alvo de pesquisa e teorização 
de vários pesquisadores ao longo dos anos. Um dos primeiros teóricos a falar sobre a psicopatia 
foi Philippe Pinel (1745-1826), que determinou que tal psicopatologia estivesse associada com 
uma criação deficiente, formulando as concepções iniciais de “loucura moral” e focando a 
terapêutica desses casos na suposta etiologia externa destas (CASTRO; CAMPOS, 2011). 
O termo “psicopata”é tão antigo quanto a história da psiquiatria, sendo, inicialmente, 
considerada uma doença mental, posteriormente definida como um fenômeno psicopatológico 
multicausal. A versão mais atual do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 
(DSM-V) classifica a psicopatia como um “Transtorno da Personalidade Antissocial” (F60.2). 
O diagnóstico de psicopatia deve ser realizado no indivíduo com idade mínima de 18 anos que 
apresenta transtornos de conduta, iniciados antes dos 15 anos de idade e que o acompanham até 
a vida adulta (APA, 2013). 
O Manual considera como transtornos de conduta irritabilidade, agressividade, ataques 
com violência e crueldade em pessoas e animais, ausência de arrependimento, uso de nomes 
falsos, fraudes e furtos para ganho e prazer pessoal, impulsividade e fracasso com os 
planejamentos, desrespeito às normas, entre outros. Além disso, não devem ser considerados 
para psicopatia os transtornos de conduta, que ocorrem durante as crises de esquizofrenia e 
bipolaridade (DSM V, 2013). 
Ainda sobre a conceituação do termo, a Organização Mundial de Saúde, em sua 
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde 
(CID-10) conceituam a psicopatia como “Transtorno de Personalidade Dissocial”, definindo 
10 
como características definidoras a indiferença para com obrigações sociais e a falta de empatia 
para com os outros. Além destas, o CID-10 reforça que o psicopata apresenta um desvio de 
conduta segundo as normas sociais, baixa tolerância à frustração, agressividade com baixo 
limiar de descarga e tendência a culpar outros ou racionalizar comportamentos socialmente 
conflituosos (OMS, 1993). 
Nesse ínterim, Freud (1942) usa o termo psicopatia em sua obra “Tipos Psicopáticos no 
Palco” (1905 ou 1906), onde o autor utiliza a peça Hamlet de Shakespeare para exemplificar o 
comportamento psicopático, visto que o personagem principal, para o autor, torna-se um 
psicopata à medida que os acontecimentos da peça se desenrolam. Para o autor, Hamlet passa 
por diversos conflitos inconscientes durante a peça que o levam-no à loucura, à psicopatia em 
si. 
Pesquisadores mais atuais, como Freitas e Rangel (2011) definem a psicopatia como um 
“Transtorno de Personalidade Antissocial”, uma vez que o indivíduo apresenta uma disposição 
constante para a agressividade, crueldade e maldade. Para os autores, o psicopata sofre de uma 
perversão social e uma predisposição a causar danos aos outros indivíduos. Além disso, 
pontuam que a perversão social surge como uma possível saída complexo de Édipo, ocupando 
uma posição na presença da ameaça de castração. 
Sobre isso, Silva (2015) discorda dessa sinonímia e aponta que os transtornos de 
personalidade social englobam um espectro mais abrangente, dentre eles os transtornos 
relacionados com a perversão. Para o autor é de fundamental importância que esses quadros 
semelhantes possam ser diferenciados, com o intuito de realizar um diagnóstico acertado. 
 
3.2 PSICOLOGIA CRIMINAL 
 
No início do século XIX, os juízes com o intuito de desvendar alguns crimes contavam 
com a ajuda de médicos que tratavam pacientes diagnosticados como loucos, contudo, estas 
infrações não eram motivadas por lucros financeiros ou paixões. Estes delitos pareciam possuir 
outra estrutura, pois diziam respeito à subversão escandalosa e representavam à carência de 
valores básicos, como o amor filial, materno, ou a piedade frente à dor e ao sofrimento humano, 
surgindo, assim, as primeiras indagações a respeito de algo que pudesse estudá-los (LEAL, 
2008). 
Para tal contexto houve a ligação entre a Psicologia e o direito, que conforme o 
criminólogo e socialista holandês, Bonger (1943), teve início a partir da publicação do livro 
Psychologie Naturelle do médico francês Despine em 1868. De acordo com Boger (1943), o 
11 
autor teve como foco em sua investigação os fatores desencadeantes dos crimes e as 
particularidades psicológicas de cada pessoa. Já Correia (2019), nos traz que em muitos casos 
era inexistente doenças físicas ou mentais. Significando que a consciência moral, a conduta, a 
personalidade, entre outros fatores psicológicos e psiquiátricos deveriam ser examinados para 
compreensão de um crime. Portanto, surge a Psicologia Criminal tendo Despiner como 
fundador e suas práticas relacionadas ao estudo dos aspectos psicológicos do criminoso. 
Desta forma entra em ação a criminologia, pelo qual é caracterizada como a 
aproximação entre a psicologia e o direito, sendo responsável pelo estudo do envolvimento 
entre o crime e o criminoso (RIBEIRO, 2017). A palavra criminologia deriva do latim 
"crimino" (crime) e do grego "logos" (tratado ou estudo). Tratando-se então do estudo do 
crime (CABETTE, 2012). Foi utilizada, pela primeira vez, em 1885, pelo italiano Rafael 
Garófalo (designando-a como a “ciência do crime”), apesar de já ter sido muito estudada, mas 
com outra denominação pelos igualmente italianos Cesare Lombroso e Enrico Ferri 
(PISSUTTO, 2015). De acordo com Bandeira e Portugal (2017), foi ao final do século XIX que 
esta área se tonou conhecida como ciência autônoma, como objeto específico de estudo, pois, 
antes era vista como uma fase pré-científica da criminologia que se fundamentava através de 
questionamentos superficiais. 
Penteado Filho (2012, apud PIETRO JÚNIOR, 2020), ainda, relata que a criminologia 
é uma “ciência empírica (baseada na observação e na experiência) e interdisciplinar que tem 
por objeto de análise o crime, a personalidade do autor do comportamento delitivo, da vítima e 
o controle social das condutas criminosas”. Em complementação, Goes Júnior (2012) revela 
que a criminologia “trata-se da ciência que estuda o crime, a vítima, o criminoso e as formas de 
controle social, analisando as causas e consequências do crime para a sociedade”. 
Segundo Bemfica (2002), todo sujeito que comete um delito possui um motivo, e 
normalmente é de ordem psicológica, no esquema psicológico, os elementos do mecanismo 
interno psíquico da conduta humana são: a ideia, o motivo, a vontade e a finalidade, enquanto 
os elementos externos, objetivamente, são: a preparação, a execução e a consumação. O autor 
ainda evidência que, em todos os motivos há um recurso psíquico. Para toda a conduta humana 
há um motivo, seja ele consciente ou não, compreensível ou não. 
Ademais, a psicologia criminal encontra-se entreposta entre a Psicologia Forense e a 
Criminologia. Desta forma Goes Júnior (2012), salienta a importância em capacitar 
profissionais da segurança pública, policiais, investigadores, psicólogos, delegados, detetives, 
psiquiatras, entre outros, a fim de aperfeiçoar os conhecimentos que já possuem para que 
estejam preparados para observar as condições psíquicas do delinquente e a conduta que ele 
https://gipissutto.jusbrasil.com.br/
12 
manifesta na ação criminosa. Os especialistas devem estar atentos tanto no que determina a 
Legislação Penal como a Psicologia Criminal, buscando identificar o que motiva determinado 
comportamento criminoso; a sua assinatura; o modus operandi; seu comportamento no local do 
crime, assim será possível construir um perfil comportamental mais exato do sujeito, havendo 
assim grande probabilidade de prevenir um futuro delito. 
Acerca da psicologia criminal, Rocha (2017) defende que é uma ciência que tem como 
propósito descrever como um comportamento é adquirido, aprendido, recordado, mantido e 
modificado pelas consequências. São, também, examinadas e avaliadas a prevenção, a 
intervenção e suas estratégias direcionadas a reduzir o comportamento criminoso e o transtorno 
da personalidade antissocial. Para Sá (2007), os crimes podem ser prevenidos a partir de 
algumas estratégias que promovam de forma saudável a reinserção social dos presos. De acordo 
com Travnik (2015), prevenção criminal é o conjunto de ações que visam evitar a 
ocorrência/reincidênciado delito. 
Na Criminologia Moderna estas ações podem ser divididas em três tipos: prevenção 
primária; prevenção secundária; e prevenção terciária. Bandeira e Portugal [2017 apud 
CALHAU, 2009] considera a prevenção primária por ser a mais genuína, ou seja, em um 
contexto geral é voltada para toda a população, é uma prevenção mais demorada e que gera 
altos custos. Os programas de prevenção primária procuram neutralizar os crimes, antes que 
estes se manifestem e tornem-se maiores, procurando uma socialização proveitosa e de acordo 
com os objetivos sociais. 
A prevenção secundária atua no momento posterior ao crime, destacando-se as ações 
policiais, programas de apoio e políticas penais. Seus esforços não são direcionados ao 
indivíduo em si, mas sim a um grupo de pessoas específicas consideradas mais suscetíveis a 
praticar ou sofrer crimes (TRAVNIK, 2015). Calhau (2009) traz como exemplos de prevenção 
secundária, os programas que são utilizados por policiais, o controle das formas de 
comunicação entre os criminosos e o estudo do território e as estruturas que são usadas como 
proteção para os policiais em certas operações. Nesse caso, a principal função da prevenção 
secundária é agir sobre os indivíduos que estão em risco, a fim de melhorar suas capacidades. 
A prevenção terciária caracteriza-se por ter como foco a população carcerária e a busca para 
evitar a reincidência desses indivíduos (CALHAU, 2009). 
Tendo em vista os tipos de prevenção citado a cima, a Psicologia Criminal caracteriza-
se como uma área importante, principalmente, quanto a sua contribuição na elaboração de perfis 
criminais de delinquentes. Esse trabalho é feito a partir da observação de características dos 
delitos, assim como prováveis comportamentos dos criminosos vistos na cena do crime por 
https://jus.com.br/1074564-wieland-puntigam-travnik/publicacoes
https://jus.com.br/tudo/criminologia
https://jus.com.br/1074564-wieland-puntigam-travnik/publicacoes
13 
testemunhas ou segundo relatos das vítimas. Vale ressaltar que, perfilar esses indivíduos ajuda 
também na prevenção de novos possíveis delitos, tendo como base outros crimes que já 
ocorreram (GOES JÚNIOR, 2012), como é o caso de muitos assassinatos em série onde através 
do perfil comportamental é possível prever os próximos passos e possíveis tipos de vítimas 
desses algozes. 
 
3.3 SERIAL KILLERS: MENTES PERIGOSAS 
 
O termo Serial Killer, traduzido para o português como assassino em série, passou a ser 
utilizado na década de 1970 por Robert K. Ressler, um agente do FBI. Até então para definir 
esses tipos de criminosos era utilizado o termo Stranger Killer (Assassino Desconhecido), pois 
se acreditava que ele não conhecia suas vítimas. Ressler em seus estudos observou que em 
alguns casos o assassino tinha algum tipo de contato com a vítima e começou a usar o novo 
termo “assassinos em série” (SANTORO, 2018). 
O assassinato serial foi, durante um longo período, considerado simplesmente uma 
forma de assassinato em massa. De acordo com Schechter (2013), isso aconteceu pois, na maior 
parte do século XX a expressão não tinha sido inventada, ainda. Naquela época, o tipo de crime 
que hoje é definido como assassinato em série era simplesmente considerado sob categoria geral 
de “homicídio em massa”. Embora ambos pareçam ter a uma mesma finalidade, diferem muito 
um do outro, principalmente quanto à motivação para o crime e a finalidade a ser alcançada. 
Enquanto o serial killer comete vários assassinatos com um determinado intervalo de 
tempo podendo variar entre alguns dias ou anos, o assassino em massa comete vários 
assassinatos em questão de horas, sem que seja necessário o transcurso desse lapso de tempo. 
Os assassinos em massa costumam usar desse método para descarregar suas tensões, 
agressividade e raiva de uma só vez. Um exemplo são os atiradores que procuram lugares 
movimentados, com muitas pessoas e desferem o máximo de tiros para atingir o maior número 
de indivíduos possíveis (FERNANDES, 2018). 
De acordo com Ballone e Moura (2008, apud Barroso e Cruz, 2019) no caso dos serial 
killers, suas vítimas são escolhidas meticulosamente, onde, na maior parte das vezes, 
consistem em pessoas do mesmo tipo e com características semelhantes. Dessa forma, vale 
destacar que um dos principais elementos para o diagnóstico de um serial killer é o 
estabelecimento de um padrão. Encontra-se na literatura algumas características em comum nos 
assassinos em série, como uma infância traumática decorrente de maus-tratos, tanto físicos 
como psíquicos, e que, geralmente, é apontada como a principal razão pelo comportamento 
14 
isolado da sociedade, bem como pelo constante desejo de vingança. (BARROSO E CRUZ, 
2019). Entre os mais sádicos dos serial killers, existem vários que experimentaram grande 
violência e humilhação nas mãos de um ou de ambos os pais (MORANA; STONE; ABDALLA-
FILHO, 2006). 
Segundo Ilana Casoy (2004), existem três teorias, a freudiana, que considera que as 
agressões feitas pelo serial killer, nascem de conflitos internos do indivíduo. E a teoria da escola 
clássica, que se fundamenta na ideia de que pessoas cometem certas ações ou crimes, fazendo 
uso do livre arbítrio, ou seja, quando comete um delito, ela tem noção do que fez e das 
consequências que essa prática pode gerar e decide se respaldar em uma análise de custo versus 
benefícios, dessa forma, se a recompensa é maior do que o risco, vale apena corrê-lo. A teoria 
da Escola Positivista considera que os indivíduos não têm controle sobre suas ações, elas são 
determinadas por fatores genéticos, classe social, meio ambiente, e influência de semelhantes, 
entre outros. Não seria a punição que diminuiria a criminalidade, e sim reformas sociais entre 
outras medidas para recuperar o indivíduo. 
A partir dessa definição a respeito dos serial killers, alguns especialistas sobre o assunto 
reconheceram Locusta, a Envenenadora, como sendo a primeira documentada. Seus crimes 
eram praticados em Roma, durante o primeiro século a.C., e foi contratada pela mãe de Nero 
para envenenar qualquer pessoa que ameaçasse o reinado de seu filho. Sendo, ainda, suspeita 
da morte de outras pessoas que morreram de mal súbito ou infarto (CORDEIRO, 2017). 
Ao longo dos anos esses crimes passaram a crescer cada vez mais, até que durante três 
décadas na segunda metade do século 20, houve na América do Norte um aumento no número 
de homicídios em série – crimes parecidos entre si e cometidos pelas mesmas pessoas, os 
chamados serial killers (assassinos em série). O aumento começou nos anos 1960 e disparou 
nos anos 1980, década em que atingiu um pico (MURPHY, 2018). 
Como forma de investigar tais situações, a Psicologia Criminal tem contribuído com 
suas técnicas para a apreensão desses indivíduos. Conforme Cordeiro e Muribeca (2017), os 
crimes realizados pelos assassinos em série apresentam um roteiro, de acordo com a natureza 
de cada um deles, já que nem todos atuam da mesma forma, porém, todos querem o mesmo 
fim: matar. A explicação psicológica para que um assassino em série repita o ciclo é de que ao 
cometer o crime, ele ritualiza e fantasia a vítima como se fosse a representação de alguém que 
o humilhou no passado, a ausência do pai, um abuso sofrido na infância. Mas, após matar a 
vítima, o passado, que durante a realização do crime estava sendo “vingado”, continua o mesmo 
após a morte da vítima (GUIMARÃES, 2017). 
https://www.bbc.com/portuguese/topics/bd7b89a7-78bd-4c60-a78c-9983a479f70f
15 
Para Marta e Mazzoni (2010), por esta razão sua forma de matar pode ser de contato 
direto com a vítima: utiliza armas brancas, estrangula ou golpeia, arma de fogo chega a ser 
exceção. Seus crimes seguem a uma espécie de ritual onde são misturadas fantasias pessoais 
com a morte. A análise do desenvolvimento da personalidade desses assassinos seriais 
geralmente denuncia alguma anormalidade importante.Por isso é de suma relevância que a cena do crime seja conservada, pois toda evidência 
existente ao ser levada para análise possibilita a reconstrução dos atos do assassinato, bem 
como, a identificação da vítima e o agressor. Rocha (1998 apud MATEUS, 2019) valida essa 
afirmação, pois segundo o autor preservar um local de crime significa garantir a sua 
integridade, para a colheita de vestígios que fornecerão os primeiros elementos à investigação. 
Em cenas de crimes praticados por Serial Killer é importante extrair a organização do 
crime, modus operandi e assinatura. A organização do serial killer é um reflexo da sua 
personalidade, por isso ao se trabalhar sobre a cena do crime, pode-se traçar que tipo de pessoa 
está envolvida no evento. Um assassino em série organizado, normalmente, possui as seguintes 
características: tenta esconder o corpo da vítima, limpa a cena do crime, segue as notícias 
relativas ao crime que cometeu e consegue estabelecer relações sociais aparentes e sabe ser 
simpático. 
O modus operandi nada mais é do que o padrão usado pelo assassino no cometimento 
dos seus delitos. É a escolha do método por ele utilizado para consumar o crime: como ele 
escolhe a vítima, a sequestra, subjuga, tortura, mata, esconde o corpo. A assinatura refere-se a 
uma característica do homicídio, que reproduza alguma característica psicológica do assassino 
em série (GUIMARÃES, 2017). 
Portanto, através do exposto é possível identificar a importância da Psicologia Criminal 
nas investigações de assassinatos em série para a elaboração de perfis comportamentais que vão 
colaborar com a polícia na prevenção de futuros crimes e ajudar na captura desses indivíduos. 
O estudo segue apresentando em seguida os resultados e análise dos dados encontrados na 
revisão sistemática integrativa desse artigo. 
 
4 RESULTADOS 
 
O quadro a seguir remete aos aspectos mais relevantes das discussões dos trabalhos que 
foram selecionados para a construção desse estudo, classificando-os quanto ao título, autores, 
ano, objetivo e principais desfechos. 
 
16 
Quadro 1 – Classificação do Acervo Selecionado de Acordo com Título, Autores, Ano, 
Objetivos e Principais Desfechos 
 
TÍTULO 
AUTOR(ES) 
/ ANO 
OBJETIVO PRINCIPAIS DESFECHOS 
Psicologia forense: um 
diálogo entre Criminal 
Minds e Psicologia. 
SCHERER, 
A. L.; 
SOUZA, F. 
M. S. / 2016 
Abordar as principais 
características psicopáticas do 
personagem, levantando-se os 
importantes pontos sobre a 
vida e história do personagem 
Travis e os traços que 
permitem o conhecimento 
sobre esta temática. 
Foi possível verificar que na maioria dos 
casos de assassinos em série, tanto em séries 
e filmes de televisão, como na vida real, 
estes indivíduos possuem algum tipo de 
transtorno mental ou alteração de 
pensamento. Os assassinos em série que 
possuem algum tipo de perturbação 
normalmente matam por algum motivo 
específico, não só por diversão ou prazer. 
Eles adquirem experiência e aperfeiçoam 
seus métodos conforme o aumento do 
número de vítimas. Alguns assassinos em 
série criam um padrão de vítimas, 
escolhendo a dedo as que lhe interessam, 
outros atacam pelas circunstâncias e outros, 
aleatoriamente, sem padrão e motivo. A 
classificação diagnóstica de assassinos em 
série se torna trabalhosa pelo fato de muitos 
deles possuírem mais de uma psicopatologia 
evidente, também pelo fato de o profissional 
não ter livre acesso ao criminoso. Muitas 
vezes, não é possível diagnosticar com 
eficiência, pois os indivíduos são 
manipuladores e tentam de todos as maneiras 
burlar os testes psicológicos. 
O perfil criminológico 
dos assassinos em série. 
SILVA, A. 
M. / 2017 
Realizar uma análise dos 
homicidas em série em sua 
esfera psicológica, estudando 
suas motivações 
comportamentos e as 
maneiras como ele pratica o 
crime. 
O assassinato em série é uma realidade que 
precisa ser estudada profundamente para 
poder se combatê-lo. As dificuldades 
jurídicas atuais são decorrentes do próprio 
sistema jurídico atual, que não tipifica o 
psicopata em série como sendo pessoas que 
precisam de tratamento psicológico, mas sim 
como um criminoso que deve misturar-se 
com outros tipos de criminosos, gerando 
muitas vezes uma adequação equivocada do 
crime. Foi percebida uma escassez de 
material sobre o assunto. Apesar dos muitos 
fatores, que devem ser estudados que 
influenciam o crime, como: fator social, 
econômico e psicológico, ainda assim, o 
estudo acaba necessitando de inovações. É 
extremamente necessário que seja discutido 
rotineiramente o delito em questão, 
atribuindo novas teorias, perspectivas e 
formas de lidar com este crime na sociedade. 
A análise realizada acerca do comportamento 
do assassino em série e seu fator psíquico, 
poderá ajudar na compreensão do crime, na 
sua adequação jurídica e como o autor do 
crime deve ser tratado 
Desconstruindo a relação 
entre psicopatas e 
assassinos em série. 
DALBOSCO, 
C. Z.; 
SANTOS, E. 
Q. / 2018 
Desconstruir a relação 
imediata que estes dois termos 
possuem, pois, o senso 
comum acredita que todo 
assassino em série é um 
psicopata e todo psicopata é 
um assassino em série, 
demonstrando que estes 
Em relação aos assassinos em série não 
existe nada que comprove que todos eles são 
psicopatas, inclusive ficou observado que 
existem alguns que sofrem de delírios e estes 
podem ser considerados psicóticos, mas deve 
ficar claro que cada caso, merece uma 
análise específica e nunca deve ser feito uma 
generalização, afirmando que todo assassino 
17 
transtornos existem 
independentes um do outro. 
em série é psicopata ou esquizofrênico. 
Quanto a isso, percebeu-se uma tendência da 
sociedade em, além de criminalizar todas as 
situações, justificar as ações de pessoas, que 
são consideradas normais, com alguma 
explicação patológica, da ordem da loucura, 
para poder diminuir a culpa da pessoa que 
cometeu o crime e de certa forma, de 
diminuir a culpa da sociedade, que é a 
principal causadora dessas situações. 
Durante a pesquisa, em vários momentos 
ficou claro que os fatores sociais, históricos e 
culturais deram origem a indivíduos 
psicopatas e assassinos em série. Pois, as 
explicações que surgem, para a pessoa se 
tornar psicopata, são questões como 
abandono da criança, situações de violência 
na infância, vontade de ser ‘eternizado’, por 
meio da mídia, para que todas as pessoas o 
conheçam. 
Criminologia: estudo dos 
assassinos em série. 
SANCHES, 
V. S. / 2018 
Abordar a questão da 
psicopatia manifestada em 
assassinos em série, 
conhecidos também como 
serial killers. 
Muitas podem ser as causas determinantes 
que leva um indivíduo a tomar uma postura 
fria e indiferente à moral e à sociedade. 
Nenhum estudo chegou a um fator 
conclusivo ainda, dada as particularidades de 
cada caso. Um psicopata ou sociopata, 
independente do termo empregado, não é 
apenas aquele que chega ao ponto extremo 
de matar. Trata-se daqueles que infringem 
valores morais, ludibriando pessoas, 
subjugando-as psicologicamente, 
aproveitando-se da bondade alheia para 
conseguir proveito próprio, etc. É importante 
descobrirmos o fator desencadeante do 
comportamento psicopata, como forma de 
buscarmos soluções para amenizar ou coibir 
tais atos. É preciso estudarmos a causa, para 
buscarmos o remédio. Entendendo a 
motivação, seremos mais capazes de traçar 
um perfil, e como o papel da sociedade, ou 
tratamentos médicos podem vir a neutralizar 
o problema. Isso serve de respaldo para 
definir punições e mesmo tentativas de 
ressocializar o indivíduo. 
O monstro que há nela - 
breve análise 
biopsicossocial do perfil 
de assassinas em série do 
sexo feminino. 
QUEVEDO, 
J. V. / 2018 
Realizar uma breve análise de 
como e porque se forma, sob 
os aspectos biológicos, 
psicológicos e sociais, uma 
serial killer. 
Em que pese não haja estudos clínicosque 
tenham analisado a constituição bioquímica e 
estrutural do cérebro destas mulheres, bem 
como são ausentes estudos aprofundados 
sobre sua vida e motivações, é de se 
considerar que as mesmas alterações que 
influenciam o cometimento de crimes em 
indivíduos do sexo masculino podem ter 
efeitos similares nas mulheres. Ainda, restou 
demonstrado que, psicologicamente e sob 
uma ótica social, criminosos de ambos os 
sexos foram, em sua maioria, submetidos a 
infâncias problemáticas, repletas de abusos e 
negligências, o que por certo reflete nos atos 
cometidos na vida adulta. No viés 
sociológico, buscou-se analisar se a falácia 
de não haver assassinas em série poderia 
influenciar de algum modo em sua atuação. 
Por certo, a ideia que permeia o imaginário 
comum acerca do sexo feminino não 
comporta o cometimento de tamanhas 
perversidades. É possível que tal pensamento 
favoreça as criminosas em seu tempo de 
18 
atuação e letalidade, uma vez que sua 
imagem dificilmente instigaria suspeitas 
acerca de sua índole. 
Psicologia criminal: 
perfil psicológico para 
auxiliar investigações 
criminais. 
BERTOLDO, 
J. M. / 2019 
Identificar possíveis 
contribuições da Psicologia 
Criminal para construir um 
perfil psicológico provável do 
criminoso. 
Portanto, a importância do trabalho da 
psicologia nos casos criminais é o de 
entender os motivos que levaram o indivíduo 
a cometer tais atos, podendo compreender o 
que se passou durante a vida deste, para que 
assim seja sentenciado de forma justa, pois 
como mencionado ao longo da pesquisa, 
atualmente os sujeitos são condenados pelos 
crimes que cometeram e não pelos motivos 
que os levou a tais comportamentos. 
Levando em consideração a importância da 
psicologia, através dela é possível identificar 
fatores de prevenção para estes criminosos, 
como uma reeducação e ressocialização 
destes na sociedade, e que a reincidência não 
é uma regra, todos os seres humanos podem 
errar e se arrepender, por isso, estaremos 
perdendo lugar para a criminalidade, ao 
deixar estes sujeitos à mercê da delinquência. 
Infelizmente, a violência está cada vez pior, 
o que é evidenciado através das notícias e, 
por este motivo, a psicologia também cresce 
dentro da área criminal, o que é visto como 
um fator positivo, além de uma porta para o 
mercado de trabalho. 
Vitimologia forense: as 
vítimas dos assassinos 
em série. 
LINO, D.; 
LOBATO, A. 
/ 2019 
Traçar o perfil vitimológico 
de uma amostra de assassinos 
em série brasileiros. 
Na presente pesquisa foi verificado que o 
perfil das vítimas de assassinos em série não 
é tão diferente quanto se imagina ao 
comparar com vítimas de assassinos comuns, 
pois eles matam, estatisticamente falando, o 
mesmo grupo populacional e pelos mesmos 
motivos que os demais assassinos de acordo 
com os dados de vitimização por homicídio 
no Brasil. Entretanto, os achados desta 
pesquisa apontam uma enorme diferença 
com relação aos perfis vitimológicos 
internacionais, onde os assassinos em série 
de outros países focam mulheres e crianças, 
desconhecidas, principalmente por 
motivação sádica-sexual. Tendo isto em 
vista, percebemos que os assassinos em série 
brasileiros estão intrinsecamente envolvidos 
com drogas, portanto torna-se mais evidente 
a necessidade de desenvolver estratégias de 
combate ao uso e tráfico de drogas (serviços 
de inteligência, campanhas, atividades 
policiais e comunitárias) para que, dessa 
forma, possamos diminuir também os casos 
de assassinatos em série. Por outro lado, 
devido à proximidade dos perfis de vítimas 
de assassinos comuns e vítimas de assassinos 
em série, se faz necessária a utilização de 
outros métodos de investigação para que seja 
possível a identificação de qual tipo de 
criminoso está sendo investigado, comum ou 
em série. 
A personalidade do 
psicopata que comete 
assassinatos em série. 
DE PAULA, 
J. T.; 
SARDINHA, 
L. S.; 
LEMOS, V. 
A. / 2019 
Descrever e discutir sobre o 
perfil dos psicopatas que 
cometem assassinatos em 
série. 
Com base nos resultados do presente estudo 
pode-se concluir que o homem nasce com o 
instinto agressivo e não violento, mas o meio 
que ele está inserido pode ou não ser algo 
influenciador para as atitudes que são 
tomadas. Sabendo que a personalidade de um 
indivíduo tido como normal é a junção de 
diversos fatores, sejam eles, ambientais, 
19 
sociais e psicológicos, pode-se compreender 
que o perfil de personalidade do psicopata 
que comete assassinatos em série, acaba 
sendo específico, pois suas características 
específicas se referem à um indivíduo, frio, 
calculista e excitado pelo crime, indivíduo 
este denominado como serial killer. O serial 
killer apresenta um aspecto peculiar em sua 
atuação, que é humilhar suas vítimas e fazê-
las sofrerem, reforçando seu pensamento de 
estar no comando e deque ele é o detentor da 
situação, desta forma, o prazer do psicopata 
que comete crimes de assassinatos está no 
apogeu do constrangimento e desespero de 
sua vítima. Sabendo-se que o instinto 
agressivo, leva o indivíduo a cometer ações 
violentas, o mesmo, acaba por se basear em 
atitudes para poder controlar a sua vítima e o 
ambiente ao seu redor, o que lhe permite 
grande sensação de prazer. 
Assassinos em série: 
Patologia e conduta 
criminosa. 
SILVA, C. D. 
/ 2019 
Estudar a figura do assassino 
em série e suas 
peculiaridades. 
Com base em tudo que foi apresentado 
percebemos que embora a terminologia 
assassinos em série seja um tanto quanto 
nova, esses criminosos já haviam aparecido 
ao longo dos anos, não se pode afirmar 
quando de fato esses criminosos começaram 
a surgir. Embora, as vítimas dos assassinos 
em série sejam escolhidas ao acaso, 
normalmente esses indivíduos escolhem 
pessoas com características semelhantes, 
tornando-se um círculo vicioso e só chegará 
ao fim quando esse criminoso for capturado, 
enquanto isso não ocorrer, ele irá atrás de 
outras vítimas. Em que pese tratarmos de 
assassinos em série, notamos que a principal 
diferença entre assassinos em série e 
assassinos em massa é que um assassino em 
série mata duas ou mais pessoas em contexto 
fático diferente, já o assassino em massa 
comete quatro ou mais assassinatos no 
mesmo contexto fático. Muitos acreditam na 
raridade de ter entre nós assassinos em massa 
e assassinos em série, acreditando que 
somente em outros países que tenham esse 
tipo de criminoso. 
Criminologia clínica: um 
estudo acerca da 
penalização dos 
assassinos em série. 
MACHADO, 
E. K. M.; et 
al. / 2020 
Estudar os aspectos 
psicológicos que explicam 
essa conduta, e como sistema 
penal se comporta diante 
dessa problemática. 
Em virtude dos fatos elencados nesse artigo, 
foi feita uma análise em torno da 
criminologia clínica e a sua utilidade frente 
ao enquadramento do crime, tratamento e 
penalização, estendendo-se assim para a 
especificidade do estudo, que são os 
assassinos em série, conceito, aspectos 
psicológicos, a alta periculosidade para a 
sociedade e suas características marcantes e 
pôr fim a competência do direito penal 
brasileiro em punir os assassinos em série, o 
qual não tem um conceito formado sobre tal 
indivíduo e a resolução específica acerca de 
suas práticas cruéis e contínuas. Uma das 
áreas que a criminologia clinica busca 
explicar gira em torno dos aspectos 
psicológicos do assassino em série, os 
motivos pelo o qual o sujeito comete crimes 
cruéis, de modo semelhante e contínuo sem 
demonstrar arrependimento ou sentimento de 
tristeza por tal ação. 
Fonte: Bases de Dados Pepsic e Scielo (2020). 
20 
 
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
De acordo com a análise dos estudos selecionados para comporem a amostra, 
observamos que a totalidade dos artigos confirmou que os assassinos em série, em sua maioria, 
sofrem com algum transtorno psicológico. No entanto, apesardo que perdura no imaginário 
coletivo, não é regra que os assassinos em série sofram de algum quadro psicopático, conforme 
citado por alguns dos autores elencados. 
Sobre isso, Scherer e Souza (2016) complementam que a maioria desses serial killers 
sofrem de algum transtorno psicológico ou alteração de pensamento, o que é amplamente 
divulgado pela teledramaturgia brasileira estrangeira. No entanto, conforme explicitado 
anteriormente e corroborado pelo estudo de Dalbosco e Santos (2018), não há comprovação 
científica de que a patologia predominante nesses indivíduos seja a psicopatia, reforçando a 
necessidade de uma análise e investigação criteriosa que possibilite determinar as causas 
psicológicas que influenciaram em seus comportamentos. 
Outro fator evidenciado por meio da análise da amostra selecionada diz respeito à 
dificuldade de diagnosticar esses assassinos seriais, uma vez que esse diagnóstico implicaria 
uma série de ações, utilização de técnicas e oferta de tempo hábil para que seja realizado com 
fidedignidade. Sobre isso, Silva (2017) pontua que uma das explicações para essa dificuldade 
de diagnóstico reside no fato de que esses indivíduos, geralmente, são analisado sob o viés 
legal, ou seja, dos crimes cometidos por eles, e quase nunca pelo viés psicológico, que auxiliaria 
a entender as motivações por trás dos comportamentos criminosos. 
O autor supracitado complementa que o sistema judiciário atual não enquadra esses 
indivíduos como sujeitos que necessitam de assistência psiquiátrica e psicológica, mas como 
criminosos que devem ser enquadrados e tipificados de acordo com o crime cometido e mantido 
em cárcere juntamente com os demais criminosos. Nesse sentido, esse enquadramento 
puramente jurídico acaba por não resolver a problemática, uma vez que a raiz do problema não 
foi atacada (SILVA, 2017). 
Ainda nesse ínterim, Scherer e Souza (2016) complementam que outros fatores 
influenciam nesse dificuldade de diagnóstico dos serial killers, citando como exemplos disso a 
dificuldade que os profissionais de saúde mental tem de acessar o sujeito, até por questões de 
segurança, o fato de que esses indivíduos apresentam múltiplas psicopatologias que se 
emaranham e dificultam a identificação e as características manipulatórias dos assassinos em 
série, utilizadas para burlar os testes psicológicos necessários para o fechamento do diagnóstico. 
21 
Ainda sobre a temática, Dalbosco e Santos (2018) corroboram essa dificuldade de 
diagnóstico dos assassinos seriais e pontuam que a sociedade moderna vem adotando a 
tendência de “criminalizar a loucura”, uma vez que se utilizam dos diagnósticos 
psicopatológicos para justificarem ações e comportamento considerados criminosos. Para o 
autor, essa tendência visa diminuir a culpa dos sujeitos por meio da crença de que a presença 
de alguma psicopatologia explicaria os comportamentos adotados, isentando os indivíduos de 
qualquer culpa relacionada a isso. 
Outro ponto evidenciado pelos estudos selecionados diz respeito à caracterização desses 
Serial Killers, que são descritos como indivíduos frios, calculistas, excitados pelos crimes 
praticados, manipuladores e aproveitadores. Nesse sentido, Scherer e Souza (2016) reforçam 
que essas características variam de indivíduo a indivíduo conforme a motivação que os levou a 
praticarem os crimes. Para os autores, o que fica explícito é o processo de aperfeiçoamento dos 
métodos utilizados, o padrão das vítimas e a motivação específica de cada um deles. 
Quanto à padronização das vítimas, Lino e Lobato (2019) corroboram esse achado por 
meio da análise do perfil das vítimas e evidenciam que os assassinos seriais tem preferência por 
um mesmo grupo populacional e por motivações análogas a de outros assassinos. Outro estudo, 
de Silva (2019), complementa que apesar dos indivíduos assassinados serem escolhidos ao 
acaso, há uma uniformidade nas características apresentadas pelas vítimas, gerando um ciclo 
vicioso nesse assassino serial que só cessará com a sua captura. 
Ainda sobre a caracterização dos Serial Killers, Sanches (2018) complementam que são 
sujeitos manipuladores e aproveitadores que se utilizam da bondade alheia para conseguirem 
aquilo que almejam. Para o autor, uma das características marcantes desses indivíduos é o 
completo descaso com os valores morais, uma vez que os assassinos seriais não se prendem à 
norma moral, guiando suas ações pelo desejo e por motivações pessoais unicamente. 
Ainda nesse contexto, De Paula, Sardinha e Lemos (2019) referem, em seu estudo, que 
os assassinos seriais apresentam nenhum grau de empatia para com o sofrimento de outrem, 
remorso pelos comportamentos criminosos tomados, além de sentir necessidade de continuar 
praticando os atos que o trazem prazer. Para os autores, esse prazer reside na possibilidade que 
o Serial Killer encontra em suas vítimas de controlar o que acontece com elas e com o ambiente 
que as cerca, dando a eles uma sensação de comando imensamente prazerosa. 
Outras particularidades observadas nos estudos quanto a caracterização dos assassinos 
seriais são explicitadas nos estudos de Quevedo (2018), que aponta mulheres como as 
criminosas, explicitando que o imaginário coletivo de que as mulheres seriam menos propensas 
a cometer barbáries não impede que estas venham a dotar comportamento criminosos típicos 
22 
de Serial Killers, e os de Lino e Lobato (2019) que perceberam, em seu estudo, diferenciações 
culturais nos comportamentos dos assassinos seriais. 
Outro ponto interessante levantado diz respeito aos achados no estudo de Silva (2019), 
que se debruça sobre a questão com o intuito, também, de diferenciar os assassinos em série 
dos assassinos em massa. Para o autor, essa diferenciação é numérica, uma vez que os 
assassinos seriais matam duas ou mais pessoas em ocasiões diferentes, enquanto os assassinos 
em massa matam quatro ou mais pessoas em uma só ocasião, reforçando que é extremamente 
raro acharmos indivíduos que se encaixem nos dois perfis. 
Ainda quanto aos achados relevantes evidenciados na amostra selecionada, 
identificamos um grande número de estudos que versavam sobre os fatores relacionados com o 
desenvolvimento de comportamentos criminosos que caracterizam os assassinos seriais, que 
englobariam fatores econômicos, sociais, psicológicos, históricos e culturais e dariam origem 
aos Serial Killers. Sobre isso, Silva (2017) refere que os principais fatores envolvidos nessa 
gênese são os sociais, econômicos e psicológicos, reforçando que maiores estudos precisam ser 
realizados para elucidar essa relação com maior clareza. 
Já para Dalbosco e Santos (2018), os fatores envolvidos na gênese dos assassinos seriais 
seriam sociais, históricos e culturais, ressaltando que frequentemente há um histórico de 
abandono e violência infantil, além da vontade urgente de ser eternizado como alguém relevante 
na grande mídia. Com relação ao histórico de abuso, violência e abandono infantil como fator 
desencadeante, os estudos de Silva (2019) e Quevedo (2018) corroboram essa relação e 
complementam que esse sofrimento psíquico sofrido na infância contribui grandemente para a 
formação desse criminoso em idade adulta. 
Ainda nesse ínterim, De Paula, Sardinha e Lemos (2019) complementam que nenhum 
indivíduo nasce com o instinto agressivo e violento, no entanto, o meio no qual está inserido 
influencia na adoção de comportamentos criminosos. Para Sanches (2018), os fatores e causas 
determinantes que contribuem para a gênese de um assassino em série são diversos, ressaltando 
que ainda não existem estudos conclusivos a esse respeito. 
Por fim, dentre os achados relevantes para a pesquisa evidenciados pela amostra 
selecionada, ressaltamos os estudos que versavam sobre o manejo desses indivíduos com 
características criminosas. Evidenciamos que o manejo está embasado na importância de 
entender como se deu o fenômeno degênese desse Serial Killer, para que possamos planejar 
estratégias e adotar as melhoras medidas possíveis. 
Sobre isso, ressaltamos os achados no estudo de Bertoldo (2019), que pontua a 
importância de compreender o histórico de vida desses indivíduos e como a ocorrência de 
23 
eventos traumáticos influenciou na adoção dos comportamentos criminosos. Para o autor, é 
vital que entendamos as repercussões dos fatores anteriormente mencionados na psique desses 
indivíduos e como esse processo os levou a cometer crimes em série. 
Complementar a isso, Sanches (2018), em seu estudo, complementa que essa 
identificação das causas dos transtornos psicopatológicos que influenciaram esse Serial Killers 
possibilitará, aos profissionais de saúde mental, a realização de um perfil desses indivíduos e o 
papel da sociedade nesse processo psicopatológico. Nesse sentido, as terapêuticas adotadas, 
assim como as punições jurídicas e tentativas de ressocialização, devem ser pautados nesse 
processo de identificação de causas que se torna imprescindível no manejo desses indivíduos. 
Outros estudos, como o de Lino e Lobato (2019) e o de Machado et al. (2020) ressaltam 
o papel da criminologia no manejo desses Serial Killers, ressaltando sua utilidade tanto no 
manejo psicopatológico, quanto no jurídico e penal. Para os autores, a criminologia tem 
utilidade no tratamento, penalização e enquadramento do crime, além de possibilitar a 
investigação psicológica dos assassinos seriais e o desenvolvimento de novos métodos 
investigativos que poderão ser utilizados no futuro. 
Ainda nesse ínterim, Machado et al. (2020) complementam que a criminologia clínica 
atua na esfera psicopatológica envolvida nos casos que envolvem assassinos em série, buscando 
identificar as motivações destes. Sobre isso, Bertoldo (2019) ressalta a importância da 
psicologia na identificação dos fatores de prevenção, sendo cada vez mais utilizados na esfera 
criminal com o intuito de reeducar e ressocializar, quando possível, esses indivíduos. 
Vale ressaltar que, alguns dos autores selecionados se debruçaram sobre a questão com 
o intuito de realizar um apanhado histórico sobre a questão dos assassinos em série, 
evidenciando que essa definição é antiga e explicada de maneiras diversas pela literatura. Sobre 
isso, Silva (2019) refere que apesar da terminologia “serial killers” ser recente, há relatos 
antigos de indivíduos que apresentavam as mesmas características atribuídas aos assassinos em 
série, ressaltando que não temos como precisar historicamente quando esse tipo de 
comportamento criminoso surgiu. 
Nesse contexto, Dalbosco e Santos (2018) apresentam a tese de que os assassinos em 
série sempre existiram, mas se tornaram mais recorrentes com o advento da Revolução 
Industrial. Para os autores, a ida dos indivíduos do campo para a cidade e a consequente 
frustração quando não conseguiam se encaixar na vida urbana podem ter sido o fator 
desencadeador do aumento da incidência desse tipo de comportamento criminoso. 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
24 
 
Podemos considerar que o presente estudo atingiu os objetivos propostos que visavam 
compreender de que maneira a psicologia criminal contribui para caracterizar perfis de 
assassinos em série. Além deste, buscamos identificar como a psicologia criminal conceitua os 
perfis assassinos e compreender as técnicas psicológicas utilizadas na identificação dos 
assassinos. Para dá conta desse universo tão complexo o trabalho utilizou como método uma 
pesquisa bibliográfica, sistemática e de cunho qualitativo. 
De acordo com a análise dos estudos selecionados para comporem a amostra, 
observamos que a totalidade dos artigos confirmou que os assassinos em série, em sua maioria, 
sofrem com algum transtorno psicológico. No entanto, apesar do que perdura no imaginário 
coletivo, não é regra que os assassinos em série sofram de algum quadro psicopático, conforme 
citado por alguns dos autores elencados. 
Outro fator evidenciado por meio da análise da amostra selecionada diz respeito à 
dificuldade de diagnosticar esses assassinos seriais, uma vez que esse diagnóstico implicaria 
uma série de ações, utilização de técnicas e oferta de tempo hábil para que seja realizado com 
fidedignidade. Além disso, os estudos selecionados buscaram caracterizar esses Serial Killers, 
que são descritos como indivíduos frios, calculistas, excitados pelos crimes praticados, 
manipuladores e aproveitadores. 
Ainda, quanto aos achados relevantes evidenciados na amostra selecionada, 
identificamos um grande número de estudos que versavam sobre os fatores relacionados com o 
desenvolvimento de comportamentos criminosos que caracterizam os assassinos seriais, que 
englobariam fatores econômicos, sociais, psicológicos, históricos e culturais e dariam origem 
aos Serial Killers. 
Por fim, dentre os achados relevantes para a pesquisa evidenciados pela amostra 
selecionada, ressaltamos os estudos que versavam sobre o manejo desses indivíduos com 
características criminosas. Evidenciamos que o manejo está embasado na importância de 
entender como se deu o fenômeno de gênese desse Serial Killer para que possamos planejar 
estratégias e adotar as melhoras medidas possíveis. 
Ainda nesse ínterim, identificamos a importância da criminologia clínica e da psicologia 
nesse contexto, tendo em vista que atuam na esfera psicopatológica envolvida nos casos que 
envolvem assassinos em série, buscando identificar as motivações destes. Ressalta-se a 
importância da psicologia na identificação dos fatores de prevenção, sendo cada vez mais 
utilizados na esfera criminal com o intuito de reeducar e ressocializar, quando possível, esses 
indivíduos. 
25 
 
 
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ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO I: DECLARAÇÃO CORREÇÃO GRAMATICAL 
 
 
 
 
 
 
ANEXO II: DIPLOMA DA CORRETORA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO III: DECLARAÇÃO TRADUÇÃO 
 
 
 
 
 
ANEXO IV: DIPLOMA DO TRADUTOR

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