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Estágio de Clínica Médica – Neurologia EPILEPSIA ✓ Epilepsia ● Desregulação de neurotransmissores (entre mecanismos excitatórios e inibitórios cerebrais) ● Bloqueio da inibição GABA (neurotransmissor inibitório) ● Gerando potenciais de ação descontrolados e despropositados ✓ Epilepsia – Conceitos e classificação ● Evento “elétrico” ● Origem cerebral (geralmente no córtex) ● Neurotransmissores (desbalanço entre neurotransmissores inibitórios e excitatórios) ● Lesão/dano cerebral o Leva à perda do balanço harmônico → evento eletroclínico = crise epiléptica. o Pode ser alteração estrutural (evidente em exame de neuroimagem), alteração de neurotransmissores, alteração de canais iônicos. ✓ Diagnósticos diferenciais de eventos transitórios/paroxísticos potencialmente neurológicos ● Crise epiléptica o Depende do local, do tipo de crise, da síndrome envolvida. o Locais variados o Pode ou não ter comprometimento do nível de consciência, pode ou não ter manifestação motora o Olhos habitualmente abertos, pode haver manifestação de liberação esfincteriana (bexiga: incontinência urinária), pode morder a língua o Estado pós-ictal: paciente tem um evento e não recobra a consciência imediatamente, demora alguns minutos para o paciente voltar ao normal. ▪ Sugere fortemente o quadro de crise epiléptica. ● Síncope o Evento de origem não neurológica, mas sim cardiovascular 9arritmia cardíaca, hipotensão postural, etc.) o Pródromo: paciente sente que vai passar mal, escurecimento da visão, sensação de desmaio iminente, palpitação, taquicardia, palidez, sudorese, perda da consciência o Perda da consciência o Habitualmente de olhos fechados, fica mais “flácido” no chão o Pode ter pequenos “tremores” o Retorno rápido ao nível de consciência ● AIT o Manifestação negativa: paciente não tem abalo, mas sim tem perda de função (hemiparesia, alteração de fala) o Geralmente consciente (paciente lembra do que aconteceu e consegue te falar) o Alteração motora (hemiparesias) e de linguagem (afasias) ● Migrânea (Enxaqueca) o Aura variada ▪ É uma manifestação transitória o Alteração visual e sensitiva ▪ Espectro de fortificação ▪ Mancha na visão, dormência o Geralmente a aura precede a cefaleia, e dura < 60 mins por definição. ● AGT (Amnésia Global Transitória) o Alteração de memória o > 50 anos o Evento transitório puramente associado a uma dificuldade de memória recente. o Repetitivo, altamente desorientado o Dura algumas horas e depois volta ao normal. ✓ Epilepsia – Conceitos e classificação ● Crise epiléptica o É o evento clínico visualizado o Pode ser único ou múltiplos o Se o indivíduo tem uma crise epiléptica apenas e nunca mais volta a apresentar, significa que ele não tem doença crônica (epilepsia) ● Epilepsia o 2 eventos (2 crises epilépticas) separadas por > 24h. o Doença cuja característica é o alto risco de recorrência das crises epilépticas. o É possível considerá-la em indivíduos que tenham uma crise única, caso tenha uma chance > 60% de recorrência. ▪ Existem parâmetros clínicos que indicam isso: crise durante o sono, alteração de neuroimagem, sinal neurológico focal, alteração de EEG (eletroencefalograma). o Tratamento adequado com os cuidados adequados direcionados para essa condição. ● 2 grandes grupos de epilepsias: o Generalizadas X Focais/Parciais ▪ Se refere ao início eletroclínico da crise. o Maioria das crises são de início focal (em um lugar específico do SNC, que foi danificado) ▪ É o tipo mais comum de crise epiléptica ▪ É o padrão nos adultos (de forma geral) o Crises generalizadas são as que têm início em locais difusos do SNC ▪ Crianças particularmente podem apresentá-las. ● Crises Generalizadas: o Crise convulsiva tônico-clônica generalizada ▪ É o protótipo das crises generalizadas ▪ Geralmente há perda de consciência rápida, sem pródromo ◊ Paciente pode soltar um “grito” antes do acontecimento. ▪ Fase tônica: paciente fica muito rígido (tonificado) ▪ Depois segue-se pela fase clônica: revira o olho, olho aberto, liberação esfincteriana, mordedura de língua. o Início de crise focal/parcial e evolução secundária para crise generalizada: ▪ O evento elétrico se espalha pelo córtex. ▪ Importante tirar na história como foi o início da crise. o Crise de ausência ▪ Não tem um fenômeno motor ▪ É mais da infância (geralmente) ▪ Paciente estava conversando, para, é como se viajasse um pouco, e depois volta. ▪ É rápida o Crises mioclônicas (mioclonias) ▪ Paciente refere um “choque” ▪ Em geral é pela manhã (mioclonia epiléptica) ◊ OBS.: mioclonia a noite é fisiológico ● Crises Focais/Parciais: o Simples: não há alteração do nível de consciência o Complexas: há alteração do nível de consciência o As manifestações clínicas dependem do local onde se inicia e ocorre a crise ▪ Mais frequente é que se inicie no lobo temporal ◊ Paciente tem um pródromo/aura de sensação epigástrica ascendente ruim, pode ter sensações cognitivas complexas (deja vu: sente que já viveu aquele momento; ou já me vu: sente que nunca viveu aquele momento), pode escutar vozes, ver coisas esquisitas, pode ter sensação de não pertencimento ◊ Depois o paciente geralmente entra em um estado de parada comportamental: olhar fixo, automatismos orais, manifestação distônica na mão. ◊ Poucos fenômenos motores quando comparado a uma crise tônico- clônica generalizada. ◊ Demora a voltar ao nível de consciência ◊ Pode ter dificuldade de memória e confusão mental depois (pós-ictal mais prolongado) ▪ Crise frontal ◊ Protótipo = evento motor isolado ◊ Ex. contração no braço que logo depois para. ◊ Eventos motores paroxísticos lateralizados. ◊ Depende do local do lobo frontal (e muito extenso) → crises podem ter um padrão esquisito/bizarro, tem predominância noturna, parece um evento não epiléptico (parece eventos funcionais), crise hipermotora. ▪ Lobo parietal é mais rara ◊ Pode ser manifestação sensitiva contralateral à crise. ◊ Hemi hipoestesia transitória sensitiva. ▪ Crise occipital também é rara ◊ Pode acontecer manifestação visual diversa. ✓ Epilepsia ● Convulsivas ou não-convulsivas ● Convulsão: de forma geral, é quando há manifestação motora o Mas nem toda crise epiléptica tem manifestação motora abundante. ✓ Epilepsia – Etiologia e Investigação ● Lembrar que a crise epiléptica é um SINTOMA! ● Anamnese + Exame Neurológico o Buscar sinal focal que sugira lesão estrutural ● + Avaliação Laboratorial extensa o Eventualmente infecções sistêmicas, transtornos hidroeletrolíticos → podem dar crises convulsivas. ● + Neuroimagem o Avaliação de presença ou não de lesão estrutural o RM é melhor, particularmente com contraste. o Na emergência muitas vezes pede TC inicialmente → mas lembrar que ela pode não flagrar todas as lesões que a RM flagra. ▪ Principalmente quadros mais discretos! ● + Eletroencefalograma o Pode mostrar o biomarcador da crise epiléptica (atividade epiléptica ou paroxismo epiléptico no EEG) o Não necessariamente é sempre alterado o Sensibilidade relativamente baixa o Especificidade alta quando bem feito. o Seriar o exame: ▪ Alta probabilidade clínica, porém EEG negativo → repetir 1, 2, 3x → aumenta a possibilidade de flagrar uma anormalidade. ● Existe uma possibilidade de os exames estarem normais frente a uma crise epiléptica → porque é um evento transitório, exame pode ter sido não sensível o suficiente para detectar aquelas alterações ● Líquor (coleta de LCR) o Considerar em alguns casos (não todos) o Principalmente se é instalação nova, febre associada, possibilidade de meningoencefalite ou doença inflamatória (encefalite imunomediada). ✓ Epilepsia – Etiologia e Investigação ● Causaso Divididas em 2 grandes grupos: neurológicas e não neurológicas. o Qualquer lesão estrutural pode deflagrar uma crise epiléptica! ▪ Mas não apenas estrutural o Dentre as causas sistêmicas, lembrar da hepatopatia! o OBS.: Crise sintomática aguda ▪ Ex. Paciente que não tem epilepsia (não tem doença de base), mas que teve uma hiponatremia muito importante e evoluiu com crise → depois de corrigir o Na+ o paciente não apresentou mais crise. ▪ Muito cuidado na hora de rotular muito precocemente os pacientes. ✓ Síndromes Epilépticas ● São quadros peculiares, caracterizados por um conjunto de sinais e sintomas, e que habitualmente há um contexto eletrográfico peculiar associado a eles. o Pode ter um tratamento direcionado em alguns casos. ● Ausência da Infância o Várias causas diferentes o Geralmente benigna o Pode melhorar na fase adulta o Generalizada o Crises de ausência muito rápidas (10 segundos) o Criança saudável o Relativamente comum na infância o Hiperventilação precipita ▪ Pode ser precipitada por ventilação rápida ▪ É um fator que sugere o dx. o EEG: padrão típico de descarga generalizada de 3Hz (espícula-onda) ▪ Padrão lento ▪ Descarga acontece em todos os locais de avaliação → é generalizada! ● Epilepsia Mioclônica Juvenil (EMJ) o Início em pacientes jovens/adolescentes o É generalizada (lembrar que a mioclonia é um fenômeno generalizado) o Marca da doença = mioclonia ▪ Choquinho pela manhã o Geralmente o paciente não se incomoda e vai tendo mioclonias pela manhã ao longo do dia, até que evolui para crise tipo tônico-clônica generalizada (CTCG). o Pode ter crise de ausência associada. o EEG: paroxismo 4-6Hz (poliespícula predomínio frontal) ▪ Atividade generalizada, com padrão um pouco mais rápido. ● Epilepsia do Lobo Temporal o É a epilepsia focal mais comum o Esclerose Mesial Temporal (EMT) ▪ Causa importante de epilepsia refratária ▪ Afeta a porção medial do lobo temporal, mais próximo do hipocampo. o Aura (déjà vu, epigastralgia) o Parada comportamental o Automatismos motores (na boca, nas mãos) o Generalização secundária o EEG: paroxismo temporal ▪ Atividade elétrica paroxística na região temporal. ▪ Na maioria das vezes é unilateral. o RM: atrofia e hipersinal no hipocampo ▪ Ou próxima ao hipocampo. ▪ Na imagem: Hipocampo mais atrofiado do lado esquerdo. ● Convulsão febril o Relativamente frequente na infância o Criança com febre pode desenvolver evento epiléptico (pode ser único, e na maioria das vezes não evolui para epilepsia) o Fator de risco maior: entre 6 meses a 5 anos o Quadro clínico comum o Fatores de risco: ▪ Febre mais alta (tendência a fazer antitérmicos) ▪ Infecção viral recente ▪ Vacina recente ▪ História familiar o A maioria acontece no primeiro dia da doença (início precoce) o Aumenta risco de epilepsia futura ▪ Mas não quer dizer que a criança vai ter epilepsia porque teve uma convulsão febril o Cuidado com meningoencefalite! ▪ Atenção para alteração do nível de consciência. o Convulsão Febril Simples: menos de 15 min (curta), não é focal, única em 24h. o Convulsões Febris Complexas: parâmetros diferentes dos achados acima ▪ Mais prolongadas, podem ser focais, e múltiplas em 24h. o Tratamento de urgência ▪ Particularmente para crises mais prolongadas → entram em estado de mal epiléptico (EME) ▪ Hospital > 5 mins: Benzodiazepínico + Fenitoína ◊ Antiepiléptico com fármaco anticrise o Profilaxia ▪ Individualizado (complexas) ▪ Possibilidade de efeitos colaterais de medicações anticrises nessa faixa etária ● Rolândica (Descargas centrotemporais) o Rolando = região do sulco central do cérebro o Origem das crises na região centortemporal o Comum: até 20% das epilepsias infantis o História familiar frequente associada o Espectro etário: idade 3 a 13 anos o Mais comum a noite o O que chama atenção: envolvimento da face → relação anatômica da face com a região central do cérebro. o Crise focal motora simples na face ▪ Pode envolver face e braço (ipsilateral) e pode generalizar o É uma forma benigna o Exames complementares ▪ Podem corroborar a topografia suspeita ▪ EEG: ondas agudas centrotemporais o Tratamento: geralmente não trata ▪ Em geral não precisa de fármaco anticrise de longa data, por ser benigna. o Prognóstico bom e favorável. ● Síndrome de Lennox-Gastaut o Pode ser potencialmente grave nas crianças o Grave o Crianças um pouco mais velhas podem desenvolver (< 8 anos). o Múltiplas causas: genéticas, malformações, estruturais o Múltiplas crises: tônica, ausência, atônica, mioclônica ▪ Atonia = perda do tônus de forma súbita ◊ Criança cai do nada o Comprometimento cognitivo → possibilidade de retardo mental associado na criança o Exames complementares: ▪ EEG: padrão lento de espícula onda (< 2,5 Hz) ▪ RM de crânio para etiologia ▪ Exames genéticos para investigação etiológica. o Tratamento: ▪ Difícil manejo, muitas vezes refratário. ▪ Mortalidade alta ▪ Pode associar medicações: Valproato, Clobazam (é um benzodiazepínico) ▪ Canabidiol: pode-se considerar em casos refratários ◊ Porém evidência ainda é baixa ▪ Dieta cetogênica ● Síndrome de West (espasmos infantis) o Se manifesta na infância precoce (3 a 6 meses) ▪ Cérebro do bebê é tão imaturo nessa fase que a manifestação da crise epiléptica é mais um espasmo (sustenta e solta). o Muitas esporádicas o Causas diversas: esclerose tuberosa, malformações, etiologias genéticas. o Espasmos = marca dessa condição o Retardo mental → quadro cognitivo significativo o Exames complementares: ▪ EEG: padrão de hipsarritmia ▪ RM de crânio e exames genéticos para investigar etiologia. o Tratamento: ▪ Refratariedade a antiepilépticos ▪ Mortalidade elevada ▪ Resposta a terapia hormonal → 1ª linha: ACTH ◊ 2ª linha: Vigabatrina (antiepiléptico) ● Síndrome de Dravet o Muito grave na infância o Rara, início precoce < 1 ano o Alteração no canal de sódio (SCN1a) ▪ Alteração específica genética nos canais de sódio, que pode levar ao desbalanço de neurotransmissores. o Precipitada por febre ▪ Contexto parecido com convulsão febril o Pode ter crises prolongadas e recorrentes o Pode evoluir com estado de mal epiléptico o Comprometimento cognitivo → retardo mental após crise o Quadro progressivo, podendo estar associada a mau prognóstico. o Há a possibilidade de refratariedade o Exames complementares: ▪ EEG: lentificação, descargar focais e generalizadas. o Tratamento: ▪ 1ª linha: Valproato e Clobazam ▪ Canabidiol tem aprovação (considerar em casos refratários) ▪ Risco de morte súbita Epilepsia – Tratamento ✓ Várias medicações com mecanismo de ação variado ● Reduzem a possibilidade de ocorrer uma crise – fármacos anti-crise que previne escapes de crise ● Neurotransmissores (ex. GABA) ● Canais iônicos (sódio, potássio, cálcio) ✓ Orientações e cuidados multidisciplinares ● Direção veicular o O paciente precisa ficar de 1 a 2 anos sem dirigir realizando acompanhamento médico ● Atividades de risco o Trabalho em altura, mar, piloto de avião ● Interações com outras medicações o Particularmente danosas para os pacientes ● Comorbidades o Potencial prejuízo do tratamento ● Risco de osteoporose o Pacientes em uso de fármacos mais antigos ● Mulher o Faixa etária pediátrica o Cuidados adicionais ● Nível sérico o Medido o Não precisa ser dosado de rotina ✓ Quando iniciar droga antiepiléptica na primeira crise? ● Nem todos precisam iniciar a medicação anti-crise após a primeira crise ● Somente iniciar frente a uma 1 crise se tiver um fator de risco grande para recorrência ● Fatores de risco: o História clínica de crise após o sono o Exame neurológico com sinal focal o Eletroencefalogramacom paroxismo ou atividade epileptiforme o Neuroimagem com lesão estrutural óbvia ● Outra indicação: mais de uma crise ✓ Fármacos anti-crise ● Curto espectro: funcionam geralmente para crises focais ● Amplo espectro: funcionam para crises focais e generalizadas ● Antigos: eficácia semelhante aos novos, maior interação com outros fármacos, mais efeitos colaterais ● Novos: eficácia semelhante aos antigos, menor interação com outros fármacos, menos efeitos colaterais ● OBS.: o (Na): age em canal de sódio o (GABA): age no neurotransmissor GABA o (Ca): age em canais de cálcio ● Particularidades: o Carbamazepina: padrão para tratamentos focais, mas pode piorar crises generalizadas, tem que estar preparado para iniciar medicamento de amplo espectro o Gabapentina: pouco usada o Fenitoína: problema de hipertrofia gengival o Fenobarbital: problema no quadro cognitivo o Lamotrigina: precisa iniciar paulatinamente, pelo risco de complicações cutâneas o Levetiracetam: cada vez mais usado na prática clínica, perdeu a patente o Lacosamida: medicação cara ● Peculiaridades o Malformação fetal (ex: fenda palatina): valproato ▪ Evitar em mulheres em idade fértil o Antigos: interações, diminui a eficácia do ACOH (anticoncepcional oral), osteoporose o Enxaqueca: valproato (melhora a enxaqueca e é estabilizador de humor) o Psiquiátricos: melhora dos transtornos com valproato, carbamazepina (CBZ), lamotrigina ▪ Podem ser usados como estabilizadores do humor. o Piora cognitiva: uso de fenobarbital de longo prazo o Hipertrofia gengival: fenitoína ✓ Refratariedade ● Reavaliar diagnóstico (VEEG) o Paciente em uso de dois fármacos anti-crise em doses otimizadas e mesmo assim está tendo escape de crises o Investigar: síncope ou evento não epiléptico o VEEG: EEG prolongado com monitorização de vídeo, para melhor avaliação do quadro. ● Combinação de antiepilépticos o Com mecanismos de ação diferentes podem ser utilizados ● Cirurgia ressectiva (EMT e focais) o Principalmente se o paciente tem uma epilepsia focal como uma esclerose mesial temporal (EMT) ou displasias corticais focais ● Estimulação vagal ● Dieta cetogênica ● Cannabis na infância ✓ Mulher ● Anticoncepcional o Interações com DAEs antigos o DIU, lamotrigina, levetiracetam ▪ Interagem menos com os ACOs ▪ Considerar mudar os métodos anticoncepcionais. ● Malformação o Valproato ● Pré-concepção o Ácido fólico/ DAE dose mínima (menor dose que controle a epilepsia) o Não é contraindicado engravidar ● Nível sérico o Pode cair na gestação o Dosar mensal o Realizar ajustes de doses ▪ Às vezes, necessário aumentar transitoriamente na gestação ● Monoterapia o Preferir na gestação ● Gestação o Lamotrigina, levetiracetam, CBZ → menor risco de malformação o Geralmente não mudar a droga (VPA) ▪ Risco maior de má-formação nas primeiras semanas ▪ Decisão em conjunto com a paciente o Pode precisar aumentar a dose o Abordagem semelhante ▪ Em crises e escapes de crises o Pensar em casos de crises e escapes de crises em diagnósticos diferenciais de eclampsia e trombose venosa cerebral o Ressonância é segura em qualquer estágio da gestação o Levetiracetam é excelente opção (caro) o Lamotrigina é segura, mas demora o Carbamazepina é alternativa para crises focais ▪ Custo mais acessível ● Via de parto o Indicação obstétrica o Nunca para o antiepilético no momento do parto o Se tiver crise na hora do parto → benzodiazepínico ✓ Resumindo ● Novos antiepiléticos o Lamotrigina, Levetiracetam, Lacosamida o Menor interação (anticoagulantes ou anticoncepcionais) o Eficácia semelhante Estado de Mal Epiléptico ✓ Emergência! ✓ Dificuldade nos mecanismos de encerrar a crise ✓ Não completamente compreendido ✓ Ineficácia da ação inibitória GABA ✓ Definição ● Diferencia do escape da crise pela duração o Escape é de segundos a minutos e se encerra de maneira automática, não precisa de intervenção médica ● Estado de mal: maior duração, não se encerra o Tem deterioração neurológica com o maior tempo e pode culminar em óbito ● > 5 minutos o Ou crises menores, porém reentrantes, sem recuperação ● Emergência ● Chega no plantão convulsionando sem parar (há > 5 mins) ● Conduta o Sala de emergência o Monitorização o Glicemia (dextro) o Acesso venoso o Prioridade em um plantão (P1) o Benzodiazepínico ▪ Droga inicial ▪ Mais rápida ação e eficácia ▪ Via parenteral ▪ Diazepam IV (primeira escolha) ◊ 10 mg ▪ Midazolam IM (alternativa: mais fácil administração) ▪ Bloqueia o ciclo vicioso da crise epiléptica o Antiepiléptico ▪ Após o BZD ▪ Fenitoína IV (+ comum) ◊ 15mg/kg diluído em SF ◊ Hidantalização ◊ Demora para administrar – infusão lenta – paciente precisa ser monitorizado – pode ter reação a infusão, arritmia cardíaca ◊ Infusão de 30 a 40 minutos ▪ Alternativas ◊ Valproato IV ◊ Levetiracetam IV ◊ Fenobarbital IV (2ªlinha) o Exames/UTI ▪ Laboratório (avaliar a causa da crise/escape de crises e repercussões) ◊ Ex: hiponatremia grave, infecção sistêmica ▪ Neuroimagem ◊ Sangramento encefálico ▪ EEG ◊ Preferencialmente de forma contínua ◊ Ajuda na conduta ◊ Pouco acessível ▪ LCR ◊ Suspeita de doença infecciosa do sistema nervoso central o EME Refratário ▪ Conduta mais intervencionista ▪ Coma induzido ◊ IOT e VM ◊ + sedação contínua em BIC ▪ Midazolam em BIC ▪ EEG contínuo ▪ Alternativas: ◊ Propofol ◊ Tiopental ▪ Vai titulando a dose com ajuda do EEG
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