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1 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet Patologias do sistema reprodutor feminino Desordens do desenvolvimento sexual 1- Hemafroditismo verdadeiro - Acontece mais em suínos. - Pode ter 1 testículo e 1 ovário ou um ovotestis ( uma gônada com tecido testicular e ovariano) - A genitália interna e externa da foto é de uma fêmea. - Mesmo com o desenvolvimento de um tecido testicular ele não é normal Genitália externa compatível com fêmeas. Clitóris hipertrofiado. No cão se manifesta mais hermafroditismo macho. Dois órgãos semelhantes a testículos e um corno uterino. Animais com iintersexualidade não tem a descida do testículo, ele geralmente fica na cavidade abdominal. São submetidos a uma temperatura mais alta que a bolsa escrotal, e pré-dispõe a neoplasias testicular. Sertolioma e uma gentália tubular interna feminina -> útero Em bovinos não é comum, mas ocorre em freemartiinismo. 2 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet Quando há dois embriões desenvolvidos de sexo genético diferente, ocorre anastomose dos vasos corioalontóides. Gera uma única circulação para ambos embriões/fetos, ocorre intercâmbios de células de um feto x e do feto y. Quirelismo. Fêmea freemartin: genitália interna feminina, mas mal desenvolvida. A genitália externa é feminina, mas pobremente desenvolvida. Se houver glândulas vesiculares podem indicar Vagina curta, tufos de pelo na região da vulva e na genitália interna se vê as glândulas vesiculares. Lesões sem significado clínico Melanose caruncular Manchas de melanina presentes na carúncula de animais. 3 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet Placas de tamanho irregular, amareladas, branco amareladas. Hipomane - Visto mais em equinos, bovinos e na região da placenta. - Pode ser mais firme ou não, ou dura se caso se mineralizar. - Células de descamação se acumulam no alontóide e podem se mineralizar. ´~´~~ Cicatriz em forma de estrela na placenta. Na região da placenta não há interação-materna fetal e ocorre modificação do revestimento epitelial do local. Ovários Hipoplasia ovariana - Transmitido por um gene, que causa hipoplasia em machos ou fêmeas - Desenvolvimento incompleto do ovário, com alteração nos folículos. Não há folículos primordiais (células da linhagem germinativa). - Podem ser unilateral ou bilateral. 4 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet - Unilateral parcial ; bilateral parcial ; unilateral total -> animal sub-fértil e a característica passa para o rebanho. Os ovários são diminuídos de volume. - Parte do ovário que não tem folículo é mais estreita/pequena. Duplicação de ovário - Ovário acessório -> tecido gonadal extra ligado a gônada normal - Ovário supra numerário -> outra gônada separada da outra. Nódulo adrenocortical ectópico Ovário de égua, com um nódulo amarelo, bem delimitado. Tecido cortical da adrenal. Distúrbios circulatório de ovário Hemorragia ovariana. Causa: Ruptura do folículo ovulatório, o espaço que é preenchido por liquido folicular passa a ser preenchido por um coágulo sanguíneo após a ovulação. Na égua, o folículo pré-ovulatóro pode chegar até 7cm de diâmetro e acontece na fossa de ovulação. 1- Hematoma ovariano - Causado por hemorragias que formam coágulos Causa: Quando há um quadro de sepse ou de CID durante o período de estro, não ocorre ovulação e gera-se um folículo hemorrágico anovulatório. A cavidade folicular fica preenchida pro coágulo sanguíneo formando um hematoma ovariano. - Enucleação manual do corpo lúteo também causa hemorragia e até hipovolemia. 5 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet - Trabécuals fibrosas de tecido conjuntivo, são espessas. - Sangramento intenso de ovário pode produz aderências periovarianas que podem comprometer a fertilidade porque a superfície do ovário precisa estar livre e eles impede a captação do oócito pelo infundíbulo da tuba uterina. Cistos ovarianos patológicos 1- Cistos parovarianos - Estrutura cística no ovário, derivada de resquícios embrionários dos ductos mesonéfricos. Cresce pouco, e não interfere na atividade ovariana. Túbulos mesonéfricos (estruturas embrionárias que dariam origem à genitália interna masculina no macho). - Alguns folículos crescem, mas não ovulam. Estruturas císticas podem ser patológicas. 2- Cistos de rede ovariana – Rete ovarii - Cistos por acúmulo de secreção de seu epitélio. Material amarelado (queratina) - Crescem pouco mas cresce mais em gatas, causa compreensão do tecido ovariano e impedir captação mecânica do oócito no momento da ovulação. - Em vacas zebuínas pode ocorrer metaplasia escamosa (conversão do epitélio simples de revestimento para o epitélio escamoso semelhante ao da pele que produz queratina). Isso faz com que ocorra o acúmulo de material ceratiniziado no lúmen dos túbulos da rete ovarii -> gerando estruturas císticas com material ceratinizado. 4- Cisto de inclusão germinal - Os cistos se formam da invaginação do epitélio germinativo (reveste o ovário externamente) para dentro do córtex ovariano. 6 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet - A égua apresenta inversão da cortical e medular e apenas o córtex tem contato com a fossa de ovulação, onde é o local em que o ovário possui epitélio germinativo e onde ocorre as ovulações. - Ocorre acúmulo de secreção do ovário na égua e fazer interferência mecânica de ovulação. - Pode causar subfertilidade se for unilateral ou infertilidade se for bilateral. 5- Cisto folicular - Folículo ovariano maduro que não ovula e permanece no ovário produzindo hormônios que interferem no eixo hipotálamo-hipófise- ovário (exposição inadequada ao LH) - Pode causar alteração comportamental • Ninfomania • Virilismo • Anestro - O comportamento clínico depende do tipo de hormônio produzido. • Estrógenos – ninfomania / ginecomastia • Andrógenos -> virilismo • Progesterona - O predomínio do tipo de hormônio depende da constituição da parede do cisto. • Células da granulosa ativa -> estrógeno • Células da granulosa inviáveis, em pouca quantidade ou necrótica -> andrógenos • Se houver luteinização –> anestro. - Ninfomania é comum em cisto folicular nas vacas e também a ginecomastia. Há também hiperplasia cística do endométrio, onde as glândulas endometriais produzem secreção que pode formar cistos gerando hidrometra/mucometra . O animal pode eliminar secreção pela vagina nesses casos. Em porcas: - A maior parte são múltiplas, são pequenos ou maiores. 7 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet - Cistos menores (estrogênicos) e maiores (progesteroncos) interferem na atividade ovariana da porca. - O estresse pode interferir no eixo hipotálamo-hipófise e não haver a exposição adequada ao pico de LH e não levar a evolução. • Intervalo entre cios maior • Eficiência reprodutiva comprometida • Intervalo entre partos maior • Taxa de concepção da leitegada menor. Cisto luteínico - Variante do cisto folicular. É o cisto folicular que sofreu luteinização da parede. - Áreas da parede do cisto mais amarelada e espessa -> indica luteinização Corpo lúteo cístico - Não é cisto folicular - O animal ovulou, formou o corpo lúteo mas apareceu um cisto no meio do corpo lúteo. - Tem tendência de involuir em 40 a 50 dias. Inflamaçãoovariana - Não é comum, mas eventualmente acontece - Ovário coberto por pus - Pode ocorrer organização fibrosa. Bactérias podem chegar no ovário por: • Via ascendente -> infecção do útero, tuba uterina • Infecção por microrganismos piogênicos pode causar abcessos. 8 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet Abcesso ovariano aberto, ovário recoberto por bus. Se o animal não morrer de sepse, o local da inflamação pode ter fibrose e aderências ovarianas/periovarianas comprometendo a função reprodutiva (subfértil ou fértil). - Lado direito do ovário recoberto por fibrose devido a um processo inflamatório que se desenvolveu para cronicidade gerando aderências fibrosas. - Perioforíte ocorre ao redor do ovário. Neoplasias ovarianas 1. Tumor de células granulosa - Na maior parte dos casos são benignos, unilateral e não metastáticos - Pode ser maligno e bilateral (raro) - Mesmo sendo benigno causa interferência na reprodução. Ocorre alterações comportamentais produzindo hormônios esteróidais (estrógeneos e testosterona). Isso ocasiona comportamento de ninfomania ou virilismo. ->semelhante ao cisto folicular. Macroscopia: Superfície lisa ou irregular. Pode ser firme com estrutura sólida ou pode ser cístico ou policístico. Pode ser amarelado/brancacento e com focos mais vermelhos escuros que condiz com necrose ou hemorragia. Palpação transretal ajuda no diagnóstico. Ovário de equino, arquitetura distorcida, há várias estruturas císticas. 9 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet 2. Teratoma - Tem origem de células germinativas, que podem gerar tecidos de 3 folhetos embrionários. • Pode haver pelo, cabelo e dente. - Pode não interferir a função reprodutiva se não substituir o tecido ovariano normal. - É benigno. Tubas uterinas 1. Aplasia seguimentar - Uma parte da tuba uterina não se desenvolveu por falha do desenvolvimento dos ductos paramesonéfricos. Ductos paramesonéfricos dão origem a tuba uterina e a genitália interna de forma geral. - É raro - O animal não ovula. É subfértil se for aplasia unilateral e infértil se for bilateral. - Na parte de fundo cego que não há continuidade pode haver acúmulo de secreções na tuba uterina. Gerando hidrosalpinge. Hidrosalpinge: acúmulo de secreção no lúmen da tuba uterina. 2. Cisto de origem mesonéfrica. - Pode haver resquícios de ductos mesonéfricos e originar cistos adjacentes a tuba uterinas. - Se estiverem localizados próximo ao infundíbulo da tuba uterina e crescerem muito podem comprimir o infundíbulo interferindo na captação do ovócito no momento da ovulação. Salpingite - Inflamação da tuba uterina - Ocorre por via ascedente. - São geralmente purulentas ou supurativas. - Vacas com quadro de tuberculose podem ter. 10 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet Tuba uterina. Nodulações na região periférica, algumas pequenas e outras maiores. Na microscopia corresponde a granuloma. - O acúmulo de exsudato na tuba uterina pode criar um ambiente inóspito para a fecundação. - Pode evoluir para cronicidade gerando fibrose, gerando aderências e estenose no lúmen da tuba uterina impedindo o transporte de gametas e zigoto. Útero 1. Aplasia seguimentar de útero Aplasia total de um dos cornos uterinos. Útero unicorno. - Não desenvolvimento de porções do útero. - Unilateral mas pode ser bilateral. - Pode ser parcial ou total ( corno inteiro fica faltando) - O animal tem fertilidade reduzida porque ainda há um corno uterino normal. - Em bovinos há persistência do corpo lúteo. * Bovino ovulou e formou corpo lúteo . Para o corpo lúteo lisar precisa da PGF2 alfa que é produzida no mesmo lado onde foi gerado o corpo lúteo. Se no bovino houver um corno ausente e nesse lado tiver a formação de corpo lúteo ele vai persistir e a vaca não cicla novamente. Corpo uterino com fundo cego. Animal subfértil. - O endométrio produz secreção e a secreção é drenada para o corpo do útero, cérvix... e nesse caso não há drenagem causando hidrometra/mucometra. A porção do corno uterino se dilata, há compreensão da parede e atrofia comprometendo o processo de implantação. Útero duplo - Frequência em coelhas 11 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet - Duplicação do útero, há dois cornos uterinos e cada um com sua cérvix. Hemorragia endometrial de metaestro - Pode haver hiperemia e edema na mucosa do útero/vagina/vulva em período de estro;proestro/metaestro. A vulva fica maior, sangra... É fisiológico. - Edema e hiperemia patológico acontece em casos de inflamação. -> METRORRAGIA - Cadelas com piometra pode ter metrorragia. Torção uterina - Geralmente em vacas. Elas possuem ligamentos intercornuais muito desenvolvidos. Quando a vaca está gestante, o útero cresce e transcende a cavidade pélvica para a abdominal. O corno aumentado e outro normal pode causar rotação do útero e causar uma torção uterina. - Mucometra e hidrometra pode aumentar o volume do útero e faze-lo pender da cavidade pélvica para abdominal favorecendo a torção uterina. - Torções provocam torção de vasos, gerando congestão e hiperemia passiva. Leva a necrose, infarto da parede e também inflamação (indicando fibrina). - A desvitalização do tecido poderia causar ruptura e levando ao choque hipovolêmico. Prolapso uterino Eversão da mucosa uterina, sendo exposta externamente. - Mais comum em vacas em parto distórcico. - A mucosa exposta é susceptível a inflamação, pode ressecar e inflamar. Hérnia inguinal - Cadela não tem anel inguinal aberto. - A hérnia causa aumento de volume na região inguinal. Geralmente unilateral - Alça intestinal e corno uterino podem passar. 12 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet - Se ocorrer a implantação no corno uterino fora do local habitual pode haver distorcia. Ruptura uterina - Pode haver por traumas - Mais comum em animais de grande porte, quando há distorcia e manobras obstetras. - Ruptura uterina mais extensa pode causar choque hipovolêmico Hidrometra Égua. Cornos uterinos distendidos e repletos de conteúdo, parede uterina delgada. Acúmulo persistente de liquido pode haver atrofia compreensiva da parede do útero, a parede fica delgada e comprometer para sempre a parede uterina do animal. (implantação) - Glândulas endometriais produzem secreção uterina. Pode haver hiperprodução de secreção gerando essa patologia - Mais liquido - Podem acompanhar cisto folicular, tumor de células da granulosa, aplasia seguimentar de corno uterino. - Se romper pode causar hemorragia difusa. - Liquido mais viscoso, opaco e cremoso. - Endométrio com elevações císticas. (glândulas endometriais hiperplásicas). Liquido mais viscoco. 13 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet - Animais com mucometra/hidrometra podem ter hiperplasia cística do endométrio. - Se houver acúmulo dos líquidos por muito tempo pode gerar concreção -> cálculos que pdoem se mineralizar. São chamados de esterólitos. Na área do esterólito o endométrio está liso por conta da compressão do cálculo. A área não é viável para implantação. Cisto uterinos de origem linfática. - Tem origem linfática - Relação com processo inflamatório crônico e fibrose. A fibrose causa estreitamento e estenose das glândulas endometriais e vasos linfáticos dando origem a cistos uterinos linfáticos. Inflamação uterina - Causas mais comuns de subfertilidades e infertilidades.Endometrite – inflamação do endométrio Perimetrite -> perimétrio Miometrite -> miométrio Metrite – os 3 afetados - Na vaca a inflamação uterina acontece no pós-parto. Nesse caso ocorre retenção da placenta que vira meio de cultura e retarda involução uterina. Os patógenos podem se proliferar e gerar inflamação -> endometrite. - A secreção vulvar geralmente é purulenta. Endometrite - Aguda ou crônica. - Mais frequente em égua no periodo pós coito ou pós inseminação. 14 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet Edema, hiperemia, exsudato purulento no lúmen purulento. - Há éguas que tem corno uterino menor e expulsam menos o exsudato produtivo e o processo demora de se resolver. - Cornos uterinos com hiperemia, intensamente vermelho, edemaciado e exsudato purulento. Subinvolução dos sítios de inserção placentária. - Cadela pode ter retenção de placenta. - Metrorragia pós parto na cadela está associado com subinvolução Alterações inflamatórias Piometra - Inflamação uterina com ácumulo de grande exsudato purulento na luz uterina. Cornos uterinos bem distendidos, serosa bem vermelha, isquemia da parede. - Processos inflamatórios uterinos como Endometrite podem evoluir para piometra. - Patogênese semelhante na gata e cadela mas é mais frequente em cadelas • Independente da fecundação sempre ocorre diestro. Na fase de diestro (progesterônica) há corpo lúteo viável produzindo progesterona. (por uns 3 meses) • A progesterona e estrógeno tem efeito antagônico sobre o útero. • A progesterona inibe as defesas uterinas, diminui contratilidade e 15 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet favorece o acúmulo de secreções uterinas. • Intenso estímulo estrogênico o útero se torna mais hábil a se defender de infecções, aumenta contratilidade para expulsar eventuais secreções e estimula função leucocitária. - A piometra na cadela não é de um dia para o outro, primeiro ela tem um distúrbio endócrino primário chamado de Hiperplasia endometrial cística. Em seguida vem a inflamação secundária (piometra) - Endométrio com a presença de cistos, espessado e superfície recoberta por múltiplos cistos de tamanhos variados, fazem saliência para dentro do lúmen uterino. É a lesão previa que ocorre antes da cadela ter piometra. - A hiperplasia pode ser induzida tanto por estímulo estrogênico ou progesterônico. - Durante a fase de diestro o ambiente uterino se torna favorável a infecções. As bactérias vem da via ascendente da região perianal (E.coli, Proteus, Streptococcus...). Quando chegam no ambiente uterino encontram um endométrio com cistos e secreção -> meio de cultura. Ocorre processo inflamatório com grande produção de exsudato purulento. - Sintomas: febre, letargia, apatia, anorexia, aumento de volume abdominal se a piometra for de cérvix fechada. Tipos de piometra: - Aberta -> evolui mais lentamente porque elimina mais secreção. - Fechada: não elimina exsudato, tem evolução mais rápida, distenção abdominal, cornos uterinos distendidos acumulando secreção. Pode matar por sepse. - Às vezes o pus não é amarelo, pode se misturar com sangue e ter cor chocolate. - Piometra de grau 4, muito exsudato na luz uterina. Distensão abdominal. Em vacas -> endometrite que evolui para piometrite sem desenvolver um distúrbio endócrino. É inflamação primária - A Vaca faz lise de corpo lúteo a partir da produção endometrial de Pgf2alfa. Vaca com com piometra há destruição da parede endometrial, prejudicando impulsos da prostaglandina causando persistência de corpo lúteo e deixa o animal por estímulo de progesterona. - Na vaca-> Piometra primerio e secundariamente o distúrbio endócrino. 16 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet - Administrar progesterona para impedir cio está submetendo o útero a estímulo progesteronico e a piometra. Cadela com mucometra. Exsudato mais viscoso. Se houver uma infecção uterina as bactérias podem encontrar esse exsudato por ser um meio de cultura evoluindo para piometra. Alterações não neoplásicas Hiperplasia do endométrio - Raro - Ocorre por estimulo hormonal na cadela ou gata e leva ao crescimento do endométrio. - Pode levar a formação de pólipos (nódulos que se projetam para dentro do lúmen). - Os pólipos não interferem na função uterina. Leiomioma uterino - Principal neoplasia de trato genital interno na cadela. - Nódulos ou massas circunscritas, branco amarelada, consistência firme e as vezes encapsulados. - É benigno - É hormônio dependente Útero gestante Placentação adventícia - A placentação dos bovinos ocorre nas áreas dos cotilédones. A fusão do cotilédone com a carúncula uterina forma o placentoma - Animais podem ter poucos placentomas e em casos de insuficiência placentária pode haver placentação fora das áreas cotiledonárias. 17 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet - Áreas amareladas parecendo grumos fora do local habitual. - Insuficiência placentária pode causar morte embrinária ou fetal. Aborto - Eliminação de feto inviável de feto antes do término do período normal de gestação. ( aborto de 7 – 8 meses em uma vaca com gestação de 9) - Pode ser por causa infecciosa ou não infeciosa. - Equino é mais comum por causa não infeciosa. - Em bovinos as causas infeciosas são importantes. Pode ter aborto em épocas diferentes. - Importante investigar todo o aparelho, mas com cuidado porque há doenças que são zoonoses. Natimorto - Feto com tempo normal de gestação, mas nasceu morto. - Parto distórcico pode levar a natimortalidade. Mumificação fetal - Feto não foi expulso, não abortou, mas ficou retido no útero com a ausência de infecção. Ele desidrata progressivamente e tem aspecto mumificado. Maceração - Presença de contaminação bacteriana. - Bactérias produzem enzimas, atrai inflamação e provoca liquefação dos tecidos moles. - Ocorre quadros de inflamação uterina e se encontra apenas ossos no útero. 18 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet Feto enfisematoso - Animal morto durante o trabalho de parto e o animal não é expulso prontamente após a morte. - Com a cérvix aberta ocorre colonização microbiana do feto e produção de enzimas e gases microbianos causando aumento de volume do feto. Placentite ascendente. - Lesão sem significado clínico - Égua gestante no final da gestação -> patógenos (principalmente da região perineal) podem colonizar o ambiente vaginal e chegar no ambiente uterino (principalmente S.equi). - Eles chegam pela via ascendente e causa placentite. - Pode provocar morte, aborto e nascimento de potros fracos. Placenta de coloração marrom, mais áspera, opaca e filamentos de fibrina. - Vagina e vulva Glândula mamária ectópica - Glândula mamária funcional mas fora do local errado gerando aumento de volume da regiao perineal - Poe haver involução da glandula mamária quando finalizar a lactação. - Quando houver lactação, a glandula mamária também irá trabalhar Edema de mucosa vaginal 19 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet - Mucosa vaginal espessada, demarcada, está edemaciado, hiperemico e pregueamento visível da mucosa. - Causa: Proestro e estro -> estímulo estrogênico causa edema da mucosa vaginal e uterina. - Todo trato genital interno é influenciado por estímulo hormonal - Isso ocorre fisiologicamente - Alguns animais podem desenvolver hiperestrogenismo causandoedema acentuado na vagina - Cisto folicular e tumor das células da granulosa podem induzir hiperestrogenismo - Edema acentuado de vulva e vagina. Muito pregueamento, mais marcado. Prolapso vaginal - Mucosa edemaciada - Na gestação tem estimulo estrogênico forte causando edema na região vaginal e favorecendo prolapso. - Pode ter distúrbio circulatório, necrose e o tecido fica ressecado. Vaginite - Causas: infecciosas ou microrganismos oportunistas inespecíficos. Normalmente patógenos que ficam perto da região perineal - Pode haver hiperemia da mucosa, edema, hemorragia e acúmulo de secreção. - Herpesvírus bovino e equino. O bovino causa vulvovaginite pustular e possui transmissão venérea. - A lesão da vulvovaginite tem erosão/ulceração, hiperemia na mucosa e material recobrindo a mucosa erodida/ulcerada (fibrina) 20 PATOLOGIA ESPECIAL| Medicina Veterinária| Andreza Araújo| @focusmedvet Alterações proliferativas de vulva e vagina Leiomioma vaginal - Mais importante na cadela - São hormônios dependentes - Podem ser únicos, solitários, alguns pedunculados, grandes ou pequeno, brancacentos, firmes e podem sagrar. TVT (Tumor venéreo transmissível) - Neoplasia de células redondas e acomete mais o trato genital. - Forma massas, com aspecto de couve-flor e sangra muito. - Existe a possibilidade de metástase, mas não é comum - Pode ter involução espontânea Melanoma - Nódulos ou massas bem pigmentadas, multilobular, grandes, na região de períneo e vulva. - Comum na região perineal na égua. - Maligno - Prognóstico desfavorável ou reservado.
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