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Psiquiatria - Pensamento e delírio

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PENSAMENTO
Introdução
Definições
✓ Substantivo masculino
✓ Ato de pensar, de tomar consciência, de refletir ou meditar
✓ Reunião das ideias ou dos conceitos que vigoraram ou
fazem parte de uma determinada época, povo ou etnia
➢ Pensamento medieval
Sinônimos
✓ Juízo, raciocínio, preocupação, ideia, inteligência
✓ Ponto de vista
Introdução
Pensar
✓ Vem do verbo latim pendere
✓ Ficar em suspenso, examinar, pesar, ponderar
O pensar está relacionado à antecipação de 
acontecimentos, à construção de modelos da realidade e 
simulação do seu funcionamento
Atributos Intelectivos Fundamentais
Compreensão intelectual → apercepção
Ideação
Imaginação
Associação de representações
Ideias
Atividades Fundamentais do Pensamento
Conceito
✓ Elemento puramente cognitivo estrutural do pensamento
Juízo
✓ Relações significativas entre conceitos
Raciocínio
✓ Relação de juízos
Lógico → Conclusão
Modalidades de Pensamento
Pensamento lógico-formal → Aristotélico
✓ Princípio da identidade ou da não contradição
✓ Princípio da causalidade
✓ Princípio da relação da parte com o todo
Modelo dialético de Hegel → dialética hegeliana
Pensamento mágico-arcaico
Alterações do Pensamento
Quantitativas
✓ Curso
➢ Aceleração, alentecimento, interrupção
Qualitativas
✓ Forma
➢ Fuga de ideias, desagregação, prolixidade,
minuciosidade, perseveração
✓ Conteúdo
➢ Concretismo, ideias delirantes, deliróides e
sobrevaloradas
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS
ACELERAÇÃO DO CURSO
Fala mais rápido;
Maior produtividade ideativa;
Maior velocidade do processo associativo;
Quando ocorre: Na mania, intoxicação por cocaína ou anfetamina e estados de ansiedade e 
agitação psicomotora.
ALENTECIMENTO DO CURSO
Fala mais devagar;
Redução no número de ideias e representações;
Inibição do processo associativo;
Quando ocorre: Depressão, demência e estupor do delirium ou da esquizofrenia catatônica.
INTERRUPÇÃO DO CURSO
O paciente interrompe a sua fala, abruptamente, deixando de completar uma ideia;
Após um intervalo, o paciente pode completar o pensamento interrompido, ou inicia outro 
ciclo de pensamento;
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS
FUGA DE IDEIAS
Caracteriza-se pela rápida e incessante de 
tema
Com preservação da coerência do 
relato e da lógica na associação de 
ideias;
A tendência dominante do pensamento 
está enfraquecida e, consequentemente, 
há um progresso afastamento da ideia-
alvo
Pensamento facilmente desviado por 
estímulos externos;
Quase sempre associada a logorreia e 
aceleração do curso de pensamento
Fonte: Google Imagens
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS
DESAGREGAÇÃO DO PENSAMENTO
Caracteriza-se por uma perda do sentido lógico 
na associação de ideias;
Formação de associações novas, 
incompreensíveis, irracionais e extravagantes;
Altera-se sintaxe do discurso, que se torna 
incoerente, fragmentado e ininteligível;
PROLIXIDADE:
Discurso tedioso repleto de detalhes 
irrelevantes; em que a ideia-alvo jamais é 
alcançada ou só é tardiamente.
Decorre de uma incapacidade de síntese.
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS
MINUCIOSIDADE
Discurso com número excessivo de detalhes
Encontrada no transtorno obsessivo-compulsivo e no transtorno da
personalidade obsessiva
PERSEVERAÇÃO
Recorrência em um tema ou dificuldade de abandoná-lo
Ocorre na demência, retardo mental, delirium, epilepsia, esquizofrenia
Ideias obsessivas são, para os pacientes, ideias absurdas, irracionais, sem
sentido, repulsivas, desagradáveis ou ansiogênicas:
A. Que o indivíduo reconhece como próprias
B. Que são repetitivas ou persistentes
C. Que se impõem à sua consciência contra a sua vontade
D. Que levam a violenta luta interna, isto é, o indivíduo se esforça
para afastá-las de sua mente ou realiza cerimoniais preventivos
ou expiatórios
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS
CONCRETISMO
Caracteriza-se por um discurso pobre em conceitos abstratos, em
metáforas e analogias
Intensa adesão ao nível sensorial e imediato da experiência
Ocorre na demência, delirium, retardo mental e na esquizofrenia
Reificação: utilização de expressões como algo concreto
EXAME DO PENSAMENTO
Examinar o pensamento por meio da fala do paciente
O PENSAMENTO NOS PRINCIPAIS TRANSTORNOS 
MENTAIS
ESQUIZOFRENIA:
O curso do pensamento é interrompido
O pensamento é desagregado, pode ser ainda prolixo ou
perseverante relacionado com a fusão.
MANIA: Pensamento acelerado com fuga de ideias.
DEPRESSÃO: Pensamento, em geral, alentificado.
DEMÊNCIA E RETARDO MENTAL:
Tem déficit intelectivo
Pensamento prolixo ou perseverante e concreto
Déficit mnêmico: repete assuntos já ditos por não se recordar
DELIRIUM: pensamento acelerado ou alentecido, desagregado e
concreto
TOC: pensamento minucioso com ideias obsessivas
CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE
MODALIDADES DO PENSAMENTO
1. Pensamento do processo secundário:
Consciente, basicamente verbal e obedece às leis da sintaxe e à lógica
Ego maduro e vigília
Modificação do pensamento do processo primário
Relacionado ao princípio da realidade
2. Pensamento do processo primário:
Basicamente não verbal, apresentando deslocamento e condensação
Característico da primeira infância e do sonho
Relacionado ao princípio do prazer e à energia psíquica livre, 
deslocamento e condensação
CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE
REIFICAÇÃO NA ESQUIZOFRENIA:
Existem dois momentos, um de retirada de energia dos 
objetos e outro reinveste essa energia nos objetos.
Significante assume o lugar do significado
IDEIAS OBSESSIVAS:
Regressão para a fase anal-sádica
Intensificação de conflitos intrapsíquicos
Ambivalência em relação a um mesmo objeto
Pensamento mágico: “pensar faz acontecer”
Superego rígido e punitivo
CONTRIBUIÇÕES DAS NEUROCIÊNCIAS
OBJETOS MENTAIS: Imagem perceptiva, representativa.
PENSAMENTO:
Processo em paralelo, simultâneo e sem consciência
Lida com classes gerais e não com elementos individuais de objetos 
mentais
Precede a ação
CÓRTEX PRÉ-FRONTAL: Planejamento da ação e elaboração do pensamento.
ÁREA DE WERNICKE:
Relacionada à compreensão da linguagem;
Local de junção das sensações interpretativas - inteligência;
Estimulações induzidas na área lembranças da infância e alucinações;
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO(TOC): Pode estar relacionado a 
hipoatividade serotoninérgica 
DELÍRIO
DELÍRIO
Karl Jaspers (1987), ideias delirantes (ou delírios) são juízos patologicamente
falsos, que:
• Acompanham-se de uma convicção extraordinária
• Não são susceptíveis à influência 
• Possuem um conteúdo impossível
DELÍRIO COMO UM JUÍZO FALSO
• Alteração relacionada à formação de juízo; 
• Juízo de realidade: distingue o que é real do que é fruto de nossa imaginação
• Nem todo falso juízo é patológico – erro x delírio: o erro origina-se na 
ignorância, julgamento apressado, falsas premissas, é passível de correção 
• Juízo pode ser considerado delirante mesmo não sendo falso: incoerência 
entre a crença e as evidências apresentadas para justificá-la
CONVICÇÃO EXTRAORDINÁRIA E A NÃO 
SUSCEPTIBILIDADE À INFLUÊNCIA
● DEFINIÇÃO CLÁRISSA: uma certeza subjetiva absoluta, por uma firmeza 
irremovível da convicção, é incorrigível;
● NA PRÁTICA CLÍNICA: intensidade da crença delirante pode flutuar, e que certos 
pacientes expressam dúvida em relação à sua veracidade.
IMPOSSIBILIDADE DO CONTEÚDO
• Considera-se a maior parte dos delírios um conteúdo possível, embora
improvável; mas em alguns casos o conteúdo é coincidentemente verdadeiro;
• Juízo falso: impossível e irracional quando
seu raciocínio subverte os princípios lógicos;
relaciona-se com erro gnoseológico;
• Juízo falso: possível e improvável quando
existe um erro gnoseológico mas uma possibilidade real;
OUTRAS CARACTERÍSTICAS DO DELÍRIO
Constitui uma vivência individual, idiossincrática;
Todo delírio é autorreferente, ou seja, seu conteúdo está direta
ou indiretamente relacionado ao enfermo;
Se torna o eixo que passa a girar a vida do indivíduo;
O delirante não sente a necessidade de comprovara veracidade
do seu juízo e pode não achar importante convencer outras
pessoas de que está certo;
Muitas vezes há uma discrepância entre delírio e a conduta do
paciente (ou não há mudança de comportamento ou ele se
comporta de maneira inesperada);
Delírios são experimentados mais de saber do que de acreditar,
DELÍRIO PRIMÁRIO
Classicamente, exclusivo da Esquizofrenia;
Não deriva de nenhuma outra manifestação psíquica patológica, sendo 
incompreensível, ou seja, não é possível rastrear até a sua origem;
PERCEPÇÃO DELIRANTE: consiste na atribuição de um significado novo 
(anormal) a uma percepção normal, que se da de forma simultânea ao ato 
perceptivo e não tem conexão lógica direta com o mesmo;
REPRESENTAÇÃO DELIRANTE: um significado anormal é dado a uma 
recordação normal;
COGNIÇÃO DOMINANTE: convicção patológica intuitiva, uma certeza 
súbita, que prescinde por completo de conexões significativas com 
quaisquer dados perceptivos ou representativos.
DELÍRIO SECUNDÁRI0
Também chamado de ideia deliróide;
Se origina de forma compreensível psicologicamente de outras 
manifestações psíquicas patológicas, tais como alterações de 
humor, as sensopercepção e da consciência.
Exemplos:
➢ ideias de culpa na depressão – tristeza vital;
➢ ideias de grandeza – mania;
➢ ideias de influência – alucinações cenestésicas;
➢ ideia e perseguição – delirium tremens.
CLASSIFICAÇÃO
DELÍRIOS SISTEMATIZADOS E NÃO SISTEMATIZADOS
MECANISMOS FORMADORES (OU SUBSTÂNCIA 
PRIMORDIAL) DO DELÍRIO
DELÍRIO INTUITIVO
DELÍRIO IMAGINATIVO
DELÍRIO CATATÍMICO
DELÍRIO INTERPRETATIVO
DELÍRIO SENSORIAL
DELÍRIO ONÍRICO
DELÍRIO MNÊMICO
DELÍRIO SISTEMATIZADOS E NÃO 
SISTEMATIZADOS
DELÍRIO SISTEMATIZADO
Maior coerência interna entre as ideias, maior organização;
Argumentação lógica e compreensível;
TRANSTORNO DELIRANTE: Ideias de perseguição -> quem o persegue, como e 
por quê.
DELÍRIO NÃO SISTEMATIZADO
Fragmentários, caóticos, desarticulados e sem concatenação;
ESQUIZOFRENIA: afirma ideia de perseguição, mas não sabe nenhum detalhe 
a respeito.
MARCADORES FORMADORES DO DELÍRIO
DELÍRIO INTUITIVO
Cognição delirante;
Fenômeno primário característico da esquizofrenia.
DELÍRIO IMAGINATIVO
Secundário a uma atividade imaginativa patologicamente aumentada - exacerbação da atividade imaginativa
Típico da parafrenia
DELÍRIO CATATÍMICO
Secundário a um distúrbio básico do humor;
Síndrome maníaca e depressiva;
DELÍRIO INTERPRETATIVO
Secundário a alterações patológicas da personalidade;
Lógica preservada, conteúdo verossímil;
Transtorno Delirante;
Indivíduo assume que as pessoas ao seu redor “tramam” contra ele.
MARCADORES FORMADORES DE DELÍRIO
DELÍRIO SENSORIAL 
Secundário a ilusões e alucinações; 
Ocorre na esquizofrenia, na alucinose alcoólica ; 
DELÍRIO ONÍRICO 
Secundário às alterações sensoperceptivas e do pensamento; 
Quadros de delirium (cursam com rebaixamento do nível de consciência)
DELÍRIO MNÉMICO 
Secundário à atividade fabulatória de pacientes amnésticos ou demenciados 
Indivíduo tem a falsa lembrança de ter sido ameaçado por seu vizinho, e passa a acreditar que ele planeja 
matá-lo.
CLASSIFICAÇÃO POR TEMA
DELÍRIO DE PERSEGUIÇÃO
O mais comum;
O paciente acredita que o estão vigiando, querem prejudicá-lo ou mesmo matá-lo.
DELÍRIO DE PREJUÍZO 
Forma atenuada de delírio persecutório
O indivíduo pensa que as outras pessoas são hostis em relação a ele, zombam dele ou o menosprezam.
DELÍRIO DE REIVINDICAÇÃO (QUERELANTE)
Subtipo de delírio persecutório, comum no transtorno delirante
O indivíduo se julga vítima de injustiças e discriminações e em função disso envolve-se em disputas legais . 
DELÍRIO DE INFLUÊNCIA 
Subtipo de delírio persecutório e ocorre muito na esquizofrenia.
O paciente acredita que alguém ou alguma força externa controla sua mente e o seu corpo . 
CLASSIFICAÇÃO POR TEMA
DELÍRIO DE GRANDEZA
Típico na mania primária ou secundária e na esquizofrenia.
A pessoa acredita ser muito rica e poderosa ou possuir habilidades.
Possui subtipos: Delírio Genealógico , de Invenção ou de Descoberta, de Reforma
DELÍRIO DE CIÚMES 
Muito associado ao alcoolismo crônico e ao transtorno delirante.
O paciente acredita veemente na infidelidade do seu parceiro. 
DELÍRIO EROTOMANÍACO
Caracteriza-se por uma pessoa que acredita ser amada por outra (mais velha e de 
melhor condição socioeconômica) à distância.
Geralmente, a outra pessoa tende a ser alguém famoso e não se aproxima por 
malevolência de terceiros.
Esse tipo de delírio é mais comum no sexo feminino e pode ocorrer no transtorno 
delirante.
CLASSIFICAÇÃO POR TEMA
DELÍRIO DE AUTORREFERÊNCIA:
O delirante atribui a fatos fortuitos ou acidentais do cotidiano uma
relação direta com sua pessoa;
Ex1: Ao ver dois desconhecidos conversando acredita que estão falando
sobre ele.
DELÍRIO DE RUÍNA:
É comum na depressão;
O delirante acredita ter uma vida cheia de fracassos, sofrimentos, 
perdas e desgraças;
Pode apresentar subtipos como: delírio somático, de culpa e de 
negação.
DELÍRIO SOMÁTICO:
Também chamado de delírio hipocondríaco;
Paciente acredita ter uma doença grave ou ter o corpo terrivelmente 
deformado;
Uma forma é o delírio de infestação (ou síndrome de Ekbom).
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
CLASSIFICAÇÃO POR TEMA
DELÍRIO DE CULPA:
Também chamado de delírio de autoacusação;
Paciente crê que cometeu pecados ou crimes terríveis
em seu passado, e que merece ser punido;
Ele supervaloriza pequenas falhas que cometeu, ou pensa 
ter influenciado o acontecimento de grandes catástrofes.
DELÍRIO DE NEGAÇÃO:
• Também chamado de delírio niilista;
• O paciente afirma que já morreu, e que seus órgãos 
não funcionam mais, ou que o mundo acabou;
• Pode ocorrer na depressão e esquizofrenia;
• Quando associado a ideias de imortalidade e de 
enormidade, é chamado de síndrome de Cotard.
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
CLASSIFICAÇÃO POR TEMA
DELÍRIO MÍSTICO:
Envolve temas religiosos, espíritos etc.
O indivíduo diz que é Jesus Cristo, que pode fazer 
milagres, que Deus lhe deu uma missão, ou que vai 
fundar uma nova religião.
Uma subcategoria é o delírio de possessão:
➢ O doente julga que um espírito entrou em seu corpo e 
assumiu o controle de seus atos.
DELÍRIO FANTÁSTICO:
• Envolve temas extraordinários, ou de extrema 
grandiosidade.
• Exemplo: paciente que afirma ter parido todas as 
pessoas que existem no mundo.
• Esse delírio é típico da antiga parafrenia.
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
CLASSIFICAÇÃO POR TEMA
DELÍRIOS DE IDENTIFICAÇÃO:
Seus principais exemplos são as síndromes 
de Capgras e de Fregoli;
Síndrome de Capgras:
➢ O paciente julga que uma pessoa familiar foi 
substituída por um sósia, sendo apenas fisicamente 
iguais, mas psicologicamente diferentes.
Síndrome de Fregoli:
➢ O paciente identifica uma pessoa familiar em um 
estranho;
➢ Este é fisicamente diferente da pessoa familiar, 
mas psicologicamente idêntico.
➢ O paciente reconhece que a fisionomia é diferente;
Esses delírios ocorrem mais na esquizofrenia 
e nos transtornos do humor.
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
O EXAME DO DELÍRIO
Os delírios, constituindo uma alteração do conteúdo 
do pensamento, são, por conseguinte, detectados no 
discurso do paciente;
Todavia, com frequência, o paciente irá dissimular sua 
atividade delirante ou não terá interesse ou 
possibilidade (nos casos de estupor, por exemplo) de 
verbalizá-la;
Fonte: Google Imagens
Na ESQUIZOFRENIA, tipicamente o delírio
é bizarro, tem um conteúdo impossível e é
pouco sistematizado;
Pode ser primário ou secundário;
Hoje se acredita que o delírio primário, e
mesmo os sintomas de primeira ordem de
K. Schneider, não seja exclusivo da
esquizofrenia, podendo ser observado nas
psicoses afetivas, epilépticas, etc;
O DELÍRIO NOS PRINCIPAIS TRANSTORNOS 
MENTAIS
O DELÍRIO NOS PRINCIPAIS TRANSTORNOS 
MENTAIS
O transtorno DELIRANTE (a antiga
paranoia) tem muitas vezescomo a
única alteração o delírio;
Segundo Nobre de Melo (1981), a
paranoia pode ser processual (delírio
primário), ou então uma reação ou
desenvolvimento (delírio secundário);
Em 1918, Ernst Kretschmer delimitou
um subgrupo de paranoia, chamado
por ele de delírio sensitivo de relação;
Fonte: Google Imagens
O DELÍRIO NOS PRINCIPAIS TRANSTORNOS 
MENTAIS
A categoria diagnóstica PARAFRENIA 
foi excluída das classificações atuais.
➢ Enquadrar-se-ia em transtorno 
delirante, na CID-10, ou em 
esquizofrenia paranoide, no DSM-5;
O delírio típico da parafrenia tinha um 
caráter fantástico e tornava-se 
encapsulado, ou seja, atingia apenas 
algumas poucas áreas da vida do 
indivíduo; 
Fonte: Google Imagens
O DELÍRIO NOS PRINCIPAIS 
TRANSTORNOS MENTAIS
TRANSTORNOS DO HUMOR:
Casos de depressão (maioria) - não há sintomas 
psicóticos 
Nas depressões psicóticas- Temas delirantes mais 
comuns são ruína, culpa, hipocondria e negação.
Mania psicótica - os delírios são tipicamente de 
grandeza. 
Em ambos os casos observa-se Delírios 
persecutórios e outros incongruentes com o 
humor.
(Não podem ser considerados secundários)
Fonte: Google imagens
O DELÍRIO NOS PRINCIPAIS 
TRANSTORNOS MENTAIS
PSICOSES “ORGÂNICAS”:
Quadros como delirium, demência, 
epilepsia (especialmente do lobo 
temporal), neurossífilis cerebral, 
intoxicação por cocaína ou anfetamina.
Esses casos cursam com intensa atividade 
delirante.
PSICOSES EPILÉPTICAS:
Os estados crepusculares da epilepsia do 
lobo temporal podem cursar com sintomas 
de primeira ordem. 
Comuns: os delírios místicos ( servem 
como autoexplicação nas alterações de 
consciência e outras experiências 
incomuns).
Fonte: Google imagens
O DELÍRIO NOS PRINCIPAIS 
TRANSTORNOS MENTAIS
TRANSTORNO DELIRANTE INDUZIDO:
Foi descrito por Lasègue e Falret em 1877. 
Indivíduo altamente influencialvel, que tem uma relação muito próxima com um 
doente psicótico, incorpora uma crença delirante deste 
O primeiro tende a abandonar o delírio quando a dupla se separa. 
Fonte: Google imagens

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