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1 Parque de diversões O problemas envolve o rotor em MCU: Como ocorre MCU, não existe componente tangencial da força (e portanto da aceleração), Assim, a aceleração só possui componente centŕıpeta (na direção radial. A direção y não é nem radial, nem tangencial; é perpendicular ao plano do movimento. ~FR = ~P + ~N + ~FAt Fc = mac Fy = may Ft = mat Fc = Pc +Nc + FcAt 1 Fy = Py +Ny + FyAt Ft = Pt +Nt + FyAt A figura mostra que Pc = FcAt = 0 Ny = 0 Pt = Nt = FyAt = 0 Logo Fc = Nc = + | ~N | Fy = FyAt− | ~P |= 0 Ft = 0 As equações relevantes | ~N |= mv 2 R = mRω2 FyAt =| ~P | A última é válida em qualquer situação! Enquanto o objeto (nesse caso a pessoa) estiver em repouso na vertical, a segunda será satisfeita, ou seja, a força de atrito simplesmente equilibra o peso. Na situação limite, em que a pessoa está na iminência de começar a escorregar, a força de atrito é dada por uma lei espećıfica, em termos de um parâmetro determinado experimentalmente e chamado Coeficiente de Atrito Estático µe: | ~FAt |= µe | ~N | | ~P | µe =| ~N | O uso do µe é que garante que essa fórmula não é escrita para qualquer situação, mas está diretamente relacionada com a sitiação limite em que o rapaz está preste a começar a escorregar ao longo da vertical. Usando na primeira equação: mg µe = mRω2l ωl = √ g µeR g = 9, 81m/s 2 ; µe = 0, 5; R = 2m ω = √ 9, 81 ≈ 3, 13s−1 s−1 = rad/s 2 Escrevendo em rotações por minuto: 1rotação=2πrad logo 1rad = 1 2π rot 1s = 1 60 min ωl ≈ 3, 13rad/s = 3, 13× 12π 1 60 rot/min = 3, 13× 60 2π ≈ 29, 9rot/min=29,9rpm 2 Carro em uma curva ~FR = ~P + ~N + ~FAt 3 Fc = mac Fy = may Ft = mat Fc = Pc +Nc + FcAt Fy = Py +Ny + FyAt Ft = Pt +Nt + FyAt E portanto ~FR = ~P + ~N + ~FAt Fc = FcAt Fy = Py +Ny = 0 Ft = 0 Fica | ~N |= mg FcAt = m | ~v |2 R Quanto maior a velocidade, maior será a força de atrito necessária para manter carro na curva, sem sair na direção tangencial. Assim, existte uma velocidade máxima para a qual o carro permanece na curva (sem movimento na direção radial e, portanto, mantendo a distância R do centro da trajetória circular). Essa velocidade máxima está relacionada com a máxima força de atrito capaz de mantê-lo na curva sem movimento para fora ou para dentro: FcAt = +µe | ~N | Note o sinal positivo. É o uso do coeficiente de atrito estático que garante que estamos na situação limite, ou seja, na máxima força de atrito capaz de manter o carro na curva. µemgR = mv 2 Usando µe = 0, 6, R = 30m e g = 9, 81m/s 2 v = √ µegRm/s = √ µegR× 11000 1 3600 km/h ≈ 47, 8km/h 4 3 Elevação de um trilho O problema envolve um trem que faz uma curva. Deve-se determinar a que altura a parte externa do trilho deve ser elevada de modo a minimizar a força que o trem exerce sobre o trilho (a parte externa) quando o trem faz a curva. A situação está esquematizada na figura 3. O trilho está representado em ver- melho. É claro que sem a elevação, toda a força que mantém o trem na curva e produzida pelo contato do trilho no trem. O raio da curva é R = 100 m, a velocidade do trem na curva é 30 km/h e a distância entre os trilhos é de 1 m A situação que minimiza a presão sobre os trilhos na curva certamente é aquela em que a contribuição centŕıpeta vem TODA da força normal, ou seja, praticamente não existe orça sobre o trilho, ~F = 0. Assim, trabalhando nessa condição ~FR = ~P + ~N Considerando que o trem realiza a curva em MCU, vamos ignorar as compo- 5 nentes tangenciais, uma vez que são todas nulas da mesma forma que nos casos anteriores (também de MCU). Pc +Nc = mac Py +Ny = may = 0 Temos Pc = 0. Usando a direção radial como “eixo x” e usando o que vimos anteriormente Py = −mg Nc =| ~N | cos(90o − θ) =| ~N | sin θ Ny =| ~N | sin(90o − θ) =| ~N | cos θ 6 Portanto | ~N | sin θ = m | ~v | 2 R | ~N | cos θ = mg mg tan θ = m | ~v |2 R tan θ = | ~v |2 gR h d = | ~v |2 gR h = d | ~v |2 gR h ≈ 0, 07d A distância d é o comprimento da base do triângulo retângulo da figura 3. Como a inclinação é muito pequena, então d é praticamente a distãncia entre os trilhos, ou seja, d ≈ 1m. Segue que a elevação deve ser de aproximadamente h ≈ 0, 07m = 7 cm. 4 Cinemática do movimento circular: uma aplicação simples Nesse problema será considerada uma centŕıfuga que gira a 500 rpm. (No tipler o rpm é denominado revoluções por minuto; é a mesma coisa que rotações por minuto). O braço da centŕıfuga, onde pode-se prender um tubo de ensaio, por exemplo, mede 15 cm. Outro dado conhecido é que tal centŕıguga leva 1min e 15 s para atingir sua máxima rotação. A méxima rotação corresponde a rotações por minutos, ou seja, uma veloci- dade angular máxima: ωmax = 500 rpm A aceleração centŕıpeta máxima posśıvel pode ser calculada diretamente da velocidade angular máxima: acMax = Rω 2 que desejamos expressar em m/s2 . Assim, as devidas conversões devem ser implementadas: ωmax = 500 rotação minuto = 500× 2πrad 60 s ≈ 16, 7πm/s R = 15 cm = 0, 15 m 7 Com a velocidade e o raio em unidades do SI, a aceleração centŕıpeta pode ser calculada, e expressa em m/s2: acMax = 0, 15× (16, 7π)2 ≈ 412, 9m/s2 Quando ligada, a centŕıfuga parte do repouso, obviamente, e não chega in- stantaneamente à velocidade angular máxima dada acima. O movimento cir- cular da centŕıfuga fica cada vez mais rápido, o que significa que, além da aceleração centŕıpeta, existe uma componente tangencial da aceleração. Essa componente tangencial pode ser calculada, uma vez que sabemos quanto tempo leva para que a centŕıpeta passe do repouso até a velocidade angular máxima. Supondo que a aceleração tangencial seja constante, sabemos que a velocidade deve mudar de acordo com vt = v0t + at (t− t0) que é a equação para aceleração constante, já utilizada anteriormente. Supondo que t0 = 0 e sabendo que v0 = 0 vt = att Note que já expressamos essa equação em componentes. Os sinais são ajustados de acordo com o sistema de coordenadas. Como já dissemos em aula, é comum adotar com positiva a direção tangencial no sentido do movimento de rotação. Como o movimento fica cada vez mais rápido após ligar a centŕıfuga, a veloci- dade e a aceleração possuem o mesmo sinal, que será + com a convenção de sentido tangencial positivo adotado. É interessante notar que para obter as grandezas angulares, velocidades angulares e acelerações angulares, basta multiplicar as equações envolvendo a grandezas tangenciais pelo raio. Assim, em termos de velocidade angular e aceleração angular vt = v0t + at (t− t0) fica ω(t) = ω0 + α (t− t0) em que vt = Rω at = Rα válidas para o movimento com aceleração tangencial constante. No MCU α = 0 uma vez que at = 0. 5 Ponteiros do relógio Nesse problema será calculada a velocidade angular dos três ponteiros de um relógio. Primeira hipótese é de que os ponteiros desenvolvem um movimento 8 com velocidade (praticamente) constante. IUsso equivale a calcular a velocidade média dos ponteiros. Nese problema, convém lembrar um conceito associado ao MCU, o peŕıodo. Essa é um tempo caracteŕıstico do MCU, a saber, o que corresponde a uma volta completa em um ćırculo de raio R. Assim, a admitindo velocidade tangencial constante, nesse tempo vt = distância percorrida tempo do percursso = 2πR T em que T é o peŕıodo. Note que o sinal é positivo pela convenção que estamos adotando: no movimento circular a velocidade tangencial sempre é positiva! A distância percorrida no tempo T (o peŕıodo) corresponde, por definição, a 2πR. Como já falamos, a grandeza angular correspondente à velocidade tangencial é a velocidade angular, obtida de vt = Rω. Ou seja: ω = vt R = 2π T . Portanto, para calcular a velocidade angular precisamos do peŕıodo associado ao movimento de cada ponteiro. • ponteiro das horas: copleta uma voltaa cada 12 horas. Esse é o peŕıodo: Thoras = 12 h = 12× 3600 s = 43200 s. ωhoras = 2π 43200 ≈ 4, 6× 10−5π s−1 = 1, 45× 10−4π rad/s • ponteiro dos minutos: completa uma volta a cada 1h = 3600 s: Tminutos = 3600 s ωhoras = 2π 3600 ≈ 1, 74× 10−3 rad/s Faça par os segundos! Note que a grandeza angular deve ser expressa em radi- anos quando usamos a Rω = vt, ω = 2π T , Rα = at. Aqui façamos um parênteses para enfatizar que os ângulos devem estar em radianos para utilizar as equações acima. Suponha em que um ćırculo de raio R = 1 m um objeto consiga varrer um ângulo de 450 em 1 s. Para calcular a velocidade tangencial devemos utilizar vt = Rω em que é comum o seguinte ERRO: calcula-se a velocidade angular como ω = 45 1 = 45 graus/s, 9 o que está correto e com a unidade correta. Mas o ERRO ocorre ao calcular a velocidade tangencial como vt = Rω = 1× 45 = 45 m/s!!!!!!!!!! ERRADO Lembre sempre: ao utilizar essa fórmula, ângulos são expressos em RADI- ANOS!!!! Assim, a forma CORRETA de fazer esse cálculo é expressando ângulos em radianos. Assim, convém desde o ińıcio calcular a velocidade angular com o ângulo em RADIANOS: 450 = π 4 rad, ou seja, ω = π 4 rad s O resultado CORRETO é vt = Rω = π 4 m/s, que é muito diferente dos 45 m/s (!!!!!!!) obtidos anteriormente. 6 Carro de corrida Nesse problema um carro de corrida percorre uma trajetória circular com 1 km de diâmetro, e portanto com um raio de 500 m. Quando o carro passa pela extremidade sul da trajetória, seu veloćımetro marca 60 km/h. Dáı, o piloto acelera uniformemente (ou seja, aceleração constante) e atinge 240 km/h em 10 s. Essas são os dados conhecidos. Primeiramente, vamos calcular a distância percorrida pelo carro no primeiro segundo após começar a acelerar. Adotando t0 = 0 como sendo o instante em que começa a acelerar a partir de 60 km/h e como a aceleração que faz aumentar a rapidez (aceleração tangencial) é constante, valem as equações x(t) = x0 + vt0t+ at 2 t2 vt(t) = vt0 + att mas a coordenada x(t) deve ser interpretada com cuidado, uma vez que na trajetória circular o objeto voltará ao mesmo ponto após uma volta, ou seja, após percorrer a distância de 2πR. A conta que permite obter x(t) acima não leva isso em consideração. Assim, para saber a quantas rotações x(t) equivale deve-se dividir esse valor por 2πR: x(t) 2πR = número de rotações adotando a posição inicial x0 = 0 em t0 = 0. Assim, para esse movimento podemos escrever x(t) = vt0t+ at 2 t2 10 vt(t) = vt0 + att com vt0 = 60 km/h = 60× 1000 3600 m/s ≈ 16, 7 m/s. Após 10 s a velocidade tangencial será vt(10) = 240 km/h = 240× 1000 3600 m/s ≈ 66, 7 m/s. Veja que os sinais sempre são positivos para velocidade tangencial devido nossa convenção: o sentido do movimento sempre é positivo. Com essas informações calcula-se a aceleração tangencial at = vt(10)− vt0 10 ≈ 66, 7− 16, 7 10 = 5, 0 m/s 2 Com essa aceleração pode-se calcular a coordenada x(t) equivalente a x(t)2πR voltas no instante 10 s, que é dada por x(t) ≈ 16, 7× 10 + 5 2 × 102 = 167 + 250 = 417 m que corresponde 4171000×π = 0, 13 volta, ou seja, não completou uma volta nesse tempo. A distância percorrida será dada pelo valor de x(t), ou seja, 417 m. MAs qual o valor da aceleração em 10 s? Como já vimos, como o movimento fica cada vez mais rápido, a aceleração possui as componentes tangencial (cal- culada acima) e centŕıpeta. A aceleração tangencial associada com o aumento da velocidade ao longo do percurso (aumento da velocidade tangencial) é at = 5, 0 m/s 2 . A aceleração centŕıpeta nesse instante é dada em termos da velocidade tangen- cial nesse instante, uma vez que ac = v2t R ou seja, ac = v2t (10) R = 66, 72 500 ≈ 8, 9 m/s2. Aqui ainda não estamos fazendo as devidas aproximações para respeitar a pre- cisão de instrumentos de medida. O módulo (ou valor) da aceleração será dada em t = 10 s por | ~a(10) |= √ a2t + a 2 c = √ 52 + 8, 92 ≈ 10, 21 m/s2 Para calcular a aceleração média ~am = ~v(10)−~v(0) 10 . ~v(10) =| ~v(10) | cos θî+ || ~v(10) | sin θĵ 11 ∆~v = [| ~v(10) | cos θ − vt(0)] î+ (| ~v(10) | sin θ) ĵ O módulo será | ∆~v |2= [| ~v(10) | cos θ − vt(0)]2 + (| ~v(10) | sin θ)2 | ∆~v |2=| ~v(10) |2 cos2 θ + v2t (0)− 2 | ~v(10) | vt cos θ+ | ~v(10) |2 sin2 θ | ∆~v |2=| ~v(10) |2 +v2t (0)− 2 | ~v(10) | vt cos θ como vt(0) = 16, 7 m/s | ~v(10) |= 66, 7 m/s 7 Atrito em uma rampa 12 Quando ao bloco está em repouso ~FR = 0 ~N + ~P + ~FAt = 0 e em particular na situação limite em que o bloco está preste a começar a mover- se (mas ainda em repouso) a intensidade (módulo) da força de atrito é expressa em termos do coeficiente de atrito estático | ~FAt |= µe | ~N | . Temos duas direções envolvidas no sistema do coordenadas adotado (figura acima). Assim, a equação vetorial equivale a duas equações, uma para cada coordenada: Nx + Px + FAtx = 0 Ny + Py + FAty = 0. Próximo passo, introduzimos os sinais de acordo com o sistema de coordenadas adotado: Nx = 0 Px =| ~P | cos(90− θMax) = mg sin θMax FAtx = − | ~FAt |= −µe | ~N | veja que estamos utilizando o coeficiente de atrito estático, e portanto a equaão é válida na situação limite em que o bloco está prestes a iniciar um movimento na direção x, chamaremos o ângulo θ = θMax, para chamar a atenção de que corresponde a um ângulo limite. As componentes y: Ny = + | ~N | Py = − | ~P | sin(90− θMax) = −mg cos θMax Usando essa cmponentes x e y temos mg sin θMax − µe | ~N |= 0 | ~N | −mg cos θMax = 0 Substituindo | ~N | da segunda na primeira: mg sin θMax − µemg cos θMax = 0 µe = tan θMax = sin θMax√ 1− sin2 θMax ≈ 0, 6 em que usou-se sin θMax = 1, 03 2 = 0, 515 13 O coeficiente de atrito cinético está associado com a lei de força do atrito quando existe movimento relativo entre as superf́ıcies, ou seja, nesse caso quando o bloco está descendo a rampa. Uma informação dada no problema, é que o bloco leva 2,2 s para percorrer toda a extensão da rama, ou seja, os 2 m. Podemos então calcular a aceleração, uma vez que será constante (supondo que a força de atrito cinética é constante): ~N + ~P + ~FAt = m~a mas agora a lei de força de atrito é | ~FAt |= µc | ~N | que é uma boa aproximação quando a velocidade relativa entre as superf́ıcies envolvidas é suficientemente baixa - lembre que essa é uma relação obtida ex- perimentalmente. As equações em x e y são análogas, somente substituindo a força de atrito estático pela cinética e levando em conta a aceleração | ~N |= mg cos θMax mg sin θMax − µc | ~N |= max g (sin θMax − µc cos θMax) = ax −µc cos θMax + sin θMax = ax g −µc + µe = ax cos θMaxg µc = µe − ax cos θMaxg O valor da aceleração é x(t) = ax 2 t2 2 = ax 2 2, 22 ax ≈ 0, 83 m/s2 ax cos θMaxg = 0, 83 9, 81× √ 1− 0, 5152 ≈ 0, 1 ou seja µc ≈ 0, 5 14
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