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Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato HEMOSTASIA E COAGULAÇÃO HEMOSTASIA É composta por uma sequência de eventos integrados que englobam vasos sanguíneos, plaquetas, fatores de coagulação, anticoagulantes naturais, proteínas da fibrinólise e seus inibidores. -Objetivo= interromper sangramentos provenientes de lesão vascular. -Funcionamento= lesão vascular→hemostasia primária→forma trombo plaquetário com efeito transitório→ativa fatores de coagulação que gera trombina e fibrina para estabilizar o trombo | Anticoagulantes controlam a ação de fatores de coagulação para não gerar fibrina e trombina em excesso→fibrinólise. CÉLULAS ENDOTELIAIS ESTRUTURA= Constituem a superfície interna dos vasos e estão em contato com o subendotélio, que é uma matriz extracelular composta por proteínas de adesão, como colágeno, laminina, fibronectina, vitronectina e trombospondina. contêm estruturas intracelulares específicas denominadas corpúsculos de Weibel-Palade→ organelas que armazenam proteínas, contendo o Fator de Von Willebrand (FVW) e a P-selectina. FUNÇÃO= regulam o tônus vascular e garantem uma superfície antitrombótica para o fluxo sanguíneo. PORÉM expressão atividade procoagulante qnd há lesão ou citocinas inflamatórias. Para fazer esse papel ele libera substâncias que atuam no tônus e ativa plaquetas: NO e Prostaciclina = vasodilatador e inibidor da função plaquetária; Fator de ativação plaquetária= vasoconstrição e a adesão de leucócitos no endotélio. Endotelina= promove a elevação do cálcio intracelular, aumento do tônus da musculatura lisa, resultando em vasoconstrição. Propriedades anticoagulantes: Glicosaminoglicanos= são Heparan sulfato e Dermatan sulfato→ potencializam a atividade de inibidores de serino proteases, como antitrombina e cofator II da heparina. A antitrombina inibe a trombina e o fator Xa. Componentes da via da proteína C= células endoteliais sintetizam e expressam componentes essenciais para ativação e função da proteína C, um anticoagulante natural sintetizado no fígado. Por exemplo, a Trombomodulina (TM) que junto com a trombina ativa a ptn C→ ativada, promove a proteólise dos cofatores Va e VIIIa, inativando-os e, inibindo a formação de trombina. A proteína S, sintetizada pelo fígado e também pelas células endoteliais, exerce a função de cofator da proteína C na inativação dos cofatores Va e VIIIa | A célula endotelial expressa o receptor endotelial da proteína C→ ao se ligar na proteína C, potencializa a ativação da mesma pelo complexo trombina-TM. Inibidor da via do fator tecidual= interage com o fator X→ inibe a ativação da coagulação dependente do fator tecidual. Propriedades procoagulantes= Em circunstâncias normais, as plaquetas circulantes não interagem com o endotélio vascular. Se houver lesão→ elementos da matriz subendotelial e o fator tecidual são expostos ao sangue circulante, iniciando a formação de um trombo na parede do vaso→ plaquetas aderem- se ao subendotélio, são ativadas e agregam- -se umas às outras, através de proteínas de adesão, como o FVW e o fibrinogênio→ O fator tecidual ao ser expresso inicia a ativação da coagulação por meio da formação de um complexo com o fator VIIa, culminando na geração de trombina e de fibrina. Fibrinólise= células endoteliais sintetizam componentes do sistema fibrinolítico, como o ativador tecidual do plasminogênio e o inibidor do mesmo→o primeiro forma um complexo com o plasminogênio na superfície do coágulo de fibrina, ativando o plasminogênio em plasmina, que então degrada a rede fibrina. PLAQUETAS São fragmentos de megacariócitos anucleados, com forma discoide e volume de cerca de 8,0 fl.6 Em condições normais estão entre 140 mil a 400 mil/µL no sangue periférico. Seu período de vida na circulação é de 8 a 12 dias, sendo que baço, fígado e medula óssea são os principais locais de remoção das plaquetas da circulação. ESTRUTURA= Sua membrana é rica em glicoproteínas e fosfolipideos (forma neutra Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato externamente a membrana e forma negativa dentro)→ Quando as plaquetas são ativadas, os fosfolípides carregados negativamente são expostos → geração de trombina e de fibrina. Seu citoesqueleto mantém sua forma discoide por microtúbulos e microfilamentos de actina e miosina. O citoplasma tem mitocôndrias, lisossomos e grânulos, denominados corpúsculos densos e grânulos-α, o corpúsculo denso tem Adenosina Difosfato (ADP), Adenosina Trifosfato (ATP), serotonina, pirofosfato e cálcio. Os grânulos alfa contém proteínas presentes no plasma e que não são necessariamente sintetizadas pelos megacariócitos. Isto porque as plaquetas são capazes de incorporar proteínas plasmáticas de adesão (trombospondina, FVW, fibrinogênio, fibronectina, vitronectina e P-selectina), receptores de membrana (glicoproteína IIb/IIIa), fatores de coagulação (V, XI e XIII), inibidores da fibrinólise (PAI-1 e α2 -antiplasmina), anticoagulantes naturais (antitrombina e proteína S), quimiocinas, albumina, imunoglobulinas, fatores de crescimento e inibidores da angiogênese. FUNÇÃO= Frente à lesão vascular, elementos da matriz extracelular que compõem o subendotélio são expostos. As plaquetas irão aderir ao subendotélio e serão ativadas e agregadas umas às outras→formação de um trombo na parede do vaso. A adesão será mediada pela interação do colágeno e FvW com glicoproteínas expressas nas plaquetas. A adesão desencadeia a ativação plaquetária, com o recrutamento de mais plaquetas para o local da lesão vascular. Uma vez ativadas, as plaquetas passam a expressar em sua superfície a GPIIb/IIIa→ o FVW e o fibrinogênio formam pontes entre plaquetas adjacentes através da ligação com a GPIIb/IIIa e forma um trombo. Papel do cálcio= ativação do sistema contrátil actina- -miosina, que resulta na mudança da forma discoide para esférica e liberação do conteúdo dos grânulos plaquetários + contribui para a ativação da fosfolipase A2 , liberando o ácido araquidônico da membrana fosfolipídica que formarar pela cox o tromboxane A2. Trombina= A trombina é um dos mais potentes agonistas da função plaquetária e ativa a plaqueta através da ligação e clivagem dos chamados receptores ativáveis por proteases PAR-1 E PAR-4. COAGULAÇÃO CONCEITOS INICIAIS Coagulação refere-se ao processo que leva à formação de fibrina. Hemostasia refere-se à coagulação fisiológica que ocorre em resposta ao dano vascular. Trombose é o processo de coagulação patológica com formação de um coágulo localizado, que pode chegar a ocluir o vaso. Fibrinólise refere-se ao processo de dissolução do coágulo e atua sobre a fibrina formada. COMPONENTES QUE PARTICIPAM DO PROCESSO DE COAGULAÇÃO= proteínas plasmáticas (zimogênios de serinoproteases e cofatores), células (plaquetas, endotélio e outras células sanguíneas) e íons (cálcio). Serinoproteases= similares as proteases digestivas (tripsina e quimiotripsina) do ponto de vista funcional e estrutural, que necessitam ser convertidas de sua forma inativa (zimogênio) para sua forma enzimaticamente ativa através de proteólise parcial. Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato o processo da coagulação tem a potencialidade de amplificar um pequeno estímulo inicial em um tampão hemostático, composto por fibrina e plaquetas ativadas. Esse processo é dinâmico e envolve três etapas: iniciação, amplificação e propagação. Regulação da coagulação= ocorre em diferentes níveis, e envolve três vias: da Proteína C (PC), da Antitrombina (AT) e do Inibidor da Via do Fator Tecidual (IVFT). ETAPAS DA COAGULAÇÃO • Iniciação ocorre em resposta ao dano vascular, que expõe o subendotélio ao sangue que provoca adesão plaquetária. Adesão= O fator de von Willebrand (FvW), quenormalmente circula no plasma, pode ligar-se ao colágeno exposto da matriz extracelular e à Glicoproteína (Gp) Ib, presente na superfície plaquetária. Uma vez próximas ao subendotélio, as plaquetas se ligam ao colágeno pela GpVI→ativação das integrinas plaquetárias, que mediam a ligação das plaquetas com o subendotélio (adesão plaquetária). Junto a isso= o Fator Tecidual (FT), presente no subendotélio, é exposto e se liga ao FVII circulante no plasma. FT (glicoproteína transmembrana com altos níveis de expressão no coração, cérebro, pulmão, testículos, placenta e rins que atua como receptor e cofator para o FVII→ FT + FVII→ FVIIativado→ FT + FVIIa→ativa o FIX e FX→ FXa se liga a FVa (advindo dos grânulos alfa) e converte protrombina em trombina→ é insuficiente para a formação do coágulo, mas é suficiente para retroalimentar a coagulação através da ativação dos fatores V, VIII e XI e de receptores da superfície plaquetária. • Amplificação inicia-se a partir do efeito de pequenas quantidades de trombina gerada na etapa de iniciação sobre os receptores plaquetários e fatores da coagulação. Trombina liga-se a GpIB→ trombina sofre uma alteração conformacional, que permite a clivagem dos receptores Ativadores de Protease Plaquetária (PAR) pela trombina (ptns transmembrana presentes nas plaquetas)→trombina + PAR1 leva a ativação plaquetária→muda a forma da plaqueta + aumenta a expressão de fosfatildiserina na superfície externa da plaqueta que leva a formação dos complexos de amplificação da coagulação, tenase e protrombinase + desgranulação plaquetária com liberação dos conteúdos dos grânulos α e denso (ADP- promove mais ativação plaquetária e FV que por ação da trombina e do FXa fica ativado. Trombina ativa FVIII → promove sua dissociação do FvW // e ativa tb o FV→ a etapa de amplificação resulta na geração de plaquetas ativadas que possuem os cofatores Va e VIIIa ligados em sua superfície. • Propagação As plaquetas ativadas juntamente com os cofatores Va e VIIIa ligados em sua superfície funcionam como plataforma para o ancoramento de proteínas e formação dos complexos tenase e protrombinase na superfície plaquetária. FIXa formado durante a etapa de iniciação, liga- se às plaquetas ativadas de duas formas: dependente e independente do FVIIIa. Na dependente ocorre a formação do complexo tenase (FIXa/FVIIIa)→ativa o fator X→FXa se liga a FVa (complexo protrombinase capaz de converter protrombina em trombina). Trombina cliva o fibrinogênio em fibrina e ativa o FXIII que estabiliza a fibrina e deixa o coágulo estável. Trombina ativa o FXI→ FXIa ativa o FIX→gerando mais FXa→ a trombina pode clivar PAR-4, contribuindo, assim, para mudanças na forma da plaqueta e maior estabilização do coágulo. -O fator XIII ativado (fator XIIIa) estabiliza e reticula a sobreposição de suportes de fibrina. O fator XIIIa Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato (junto com o fibrinogênio) também controla o volume de glóbulos vermelhos (RBCs) retidos dentro de um trombo, que por sua vez controla o tamanho do coágulo. Fibrinólise É o processo de lise do coágulo→sistema fibrinolítico age sobre a fibrina formada através de enzimas: Plasminogenio inativo + seus ativadores= o ativador do plasminogênio tecidual (t-PA) e o ativador de Plasminogênio urocinase (u-PA). Inibidores da ativação do plasminogênio= Inibidor do Ativador de Plasminogênio-1 (PAI-1) e o Inibidor do Ativador de Plasminogênio-2 (PAI2); Inibidores da plasmina= α2 -antiplasmina (α2 -AP) e a α2-Macroglobulina (α2-MG). Inibidor do sistema fibrinolítico= o inibidor Fibrinolítico Ativado pela Trombina (TAFI) PROCESSO= plasminogênio circulante adere ao coágulo e é convertido em plasmina pelo tPA liberado do endotélio vascular/ fibrina atua como cofator da ativação do Pg em Plasmina→ plasmina quebra a molécula de fibrina. REGULAÇÃO= ação do PAI-1, da α2-AP e do TAFI: O PAI-1 é produzido pelo endotélio vascular e plaquetas e inibe o t-PA e u-PA. α2-AP inibe a ação da plasmina o TAFI, que é ativado pela trombina, inibe a fibrinólise através da modificação do substrato da fibrina. Assim, o TAFIa elimina os resíduos C- terminais de arginina e lisina da fibrina parcialmente degradada, resultando em menor ligação e ativação do Pg em sua superfície. REGULAÇÃO DA COAGULAÇÃO 1. Via IVFT regula a fase inicial da etapa de iniciação da coagulação. O IVFT se liga e inibe o FXa que se encontra ligado ao complexo FT-FVIIa→FXa sera produzido somente pela via complexo FIXa/VIIIa. os níveis e a atividade do TFPI aumentam acentuadamente em dois distúrbios hemorrágicos herdados que envolvem mutações no fator V 2. AT É o inibidor primário da trombina, assim como de várias outras proteases ativadas (fatores Xa, IXa, XIa, XIIa e calicreína), especialmente quando essas proteínas não estão ligadas aos seus respectivos cofatores. é um inibidor fraco da maioria das proteases, mas sua ação é acelerada pela heparina ou substâncias similares, presentes na superfície das células endoteliais. 3. PC é um zimogênio dependente da vitamina K, que tem como receptor uma proteína transmembrana, a TM, que também interage com a trombina→inibe os fatores Va e VIIIa. À medida que a formação do coágulo progride, a trombina se liga à trombomodulina (TM)→ativa a ptn C A Proteína S (PS), outra proteína dependente da vitamina K, atua como cofator da PCa, acelerando a inativação dos cofatores Va e VIIIa. Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato A PS livre pode, ainda, inibir o complexo tenase e protrombinase independentemente da PC. • a Proteína Z (PZ Esta é um zimogênio dependente da vitamina K, que atua como cofator para o inibidor de protease dependente da PZ (IPZ), que é um inibidor específico do fator Xa COAGULOGRAMA O coagulograma é uma avaliação composta por 5 itens: o Tempo de Protrombina (TP), o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa), a Contagem de Plaquetas, Teste de Agregação Plaquetária. → O objetivo da avaliação laboratorial da coagulação é identificar as causas e definir a intensidade do defeito da hemostasia responsável tanto por doenças hemorrágicas como trombóticas, além de ser útil na monitorização de terapêutica antitrombótica. - É importante que se oriente o diagnóstico, evitando-se solicitar “coagulograma completo”, mas escolhendo sim os testes para avaliar com precisão o tipo de doença hemorrágica ou trombótica que o paciente apresenta. - Os testes usados na avaliação da hemostasia podem ser classificados em funcionais ou imunológicos. Os funcionais levam em conta a atividade da proteína a ser testada, enquanto os imunológicos detectam sua presença com base em anticorpos específicos, independentemente de sua função. HEMOSTASIA PRIMÁRIA Envolve a interação das plaquetas com componentes do endotélio vascular e com proteínas plasmáticas como o fator de von Willebrand. Os testes relacionados à hemostasia primária são: tempo de sangramento, contagem de plaquetas e avaliação da função plaquetária Contagem de plaquetas= feita em sangue total anticoagulado com EDTA, usando-se contadores automáticos de células. Tempo de sangramento= medida da função plaquetária in vivo. Consiste na realização de uma perfuração com cerca de 1 mm de profundidade, de modo a lesar apenas pequenos vasos, onde atuam os processos envolvidos na hemostasia primária. O tempo de sangramento de Duke é realizado preferencialmente no lóbulo da orelha, pois a polpa digital é mais sujeita a variações determinadas pelo tônus vascular. É pouco sensível, sendo prolongado em alterações importantes da função plaquetária ou em Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato trombocitopenias graves. O de Ivy aumenta a sensibilidade. O tempo de sangramentoestará prolongado em casos de trombocitopenia. Habitualmente esse prolongamento é proporcional à redução do número de plaqueta. É um teste usado no screening pré-operatório em muitos centros. Normalmente, o sangramento cessa em 3 a 8 minutos. - não é um exame confiável para detectar função anormal de plaquetas, tem baixa sensibilidade e muito baixa reprodutibilidade. Ele foi usado para avaliar defeitos de função plaquetária, incluindo a deficiência de VWF, mas não é mais usado na rotina clínica, foi substituído por testes de agregação plaquetária, testes de adesa ̃o plaquetária e pelo teste “PFA-100”. AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA= útil na avaliação da função das plaquetas. O método é baseado na medida da formação de agregados de plaquetas após sua exposição a um agente agregante (o colágeno, o ADP, a adrenalina, o ácido araquidônico e a trombina. A ristocetina não é agente agregante plaquetário, pois produz apenas aglutinação das plaquetas na presença de fator de von Willebrand e da glicoproteína Ib da membrana plaquetária, sendo útil na investigação da doença de von Willebrand e na púrpura de Bernard-Soulier. - Nesse teste iremos analisar se, independente do número de plaquetas, sua função para hemostase está preservada. -RESULTADO= curva agregante e curva não agregante→ Uma curva é agregante o esperado como normal. Caso nosso achado seja de uma curva não agregante, já identificamos onde está o problema do nosso paciente, na agregação plaquetária. COAGULAÇÃO Os métodos coagulométricos são: Tempo de Protrombina (TP), tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA), Tempo de Trombina (TT), pesquisa de anticoagulante circulante, dosagem de fibrinogênio e dosagem de fatores. TP= consiste na determinação do tempo de formação do coágulo de fibrina após a adição de tromboplastina tecidual (fator III) e de cálcio, o que promove a ativação do fator VII, seguida da ativação do fator X, iniciando a via comum da coagulação. o TP mede os fatores envolvidos na via extrínseca e na via comum, sendo independente da via intrínseca. O TP depende do nível dos fatores vitamina K dependentes (II, VII e X), sendo o teste usado no controle de pacientes em uso de anticoagulantes orais. - avalia os fatores VII, X, V, protrombina (II) e fibrinogênio→via extrínseca da coagulação. O exame observa quanto tempo (em segundos) leva para a formação de um coágulo. O tempo normal para coagulação é de 10 a 14 segundos. No problema tava 14s. - Sabemos que o TP está analisando a coagulação a partir da via extrínseca, logo, tudo que interferir desta via até a via comum poderá dar alterações no valor do exame→ O alargamento do TP pode ocorrer por: -Deficiência de fatores da via extrínseca, protrombina ou fibrinogênio= pode ser uma alteração na sua produção ou na sua circulação→As alterações na produção ocorrem principalmente por doença hepática, uma vez que o fígado é o responsável pela produção desses fatores. Um problema na circulação, podemos seguir 2 linhas: presença de inibidores dos fatores ou falta algo para o funcionamento dos fatores (no 1º seria um aumento exagerado de proteína C, a proteína S e a antitrombina; já no 2º seria uma deficiencia de VitK. -Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD)= ocorre no paciente a formação de diversos coágulos pela circulação. Quando isso ocorre, é como se o sistema de coagulação fosse consumido pela coagulação intensa! Ou seja, os fatores estão tão envolvidos nessa coagulação disseminada, que a cascata de coagulação normal não tem “material” pra funcionar, logo o tempo até a formação do trombo é maior e o TP fica alargado. -Uso de Varfarina= anticoagulante oral que atua justamente na via extrínseca da coagulação ou heparina. ENCURTAMENTO DE TP -Suplementação de vitamina K; -Transfusão de plasma fresco congelado= tá repleto de fatores de coagulação e todos os demais componentes do nosso plasma. -Trombofilias. USO Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato Acompanhar pacientes que estejam em uso de anticoagulante oral (varfarina), uma vez que ela atua na via extrínseca da coagulação. RNI= Relação Normatizada Internacional→ é feita através dos valores do TP, da média do valor normal de um TP (que foi definida pela média de 20 valores normais de TP avaliada em um laboratório padronizado específico) e o índice internacional de sensibilidade (IIS), que é específico para cada reagente usado. O valor normal é ate 1,3 e quanto maior o RNI maior é o risco de sangramento TTPA= consiste na determinação do tempo de coagulação do plasma após adição de um ativador da fase de contato da coagulação e de cefalina, que substitui o fosfolipídeo da membrana plaquetária. é sensível ao nível dos fatores da via intrínseca e da via comum. Ele é bastante sensível à presença de heparina, sendo o teste de escolha para a sua monitorização. - avalia os fatores VIII, IX, XI e XII, além dos fatores X, V, protrombina e fibrinogênio. nos permite a avaliação do funcionamento da via intrínseca da coagulação. O tempo normal para coagulação e ́ de 30 a 40 segundos ou 25-30seg, se acima de 70s→sang espontâneos. ALARGAMENTO -Deficiência de fatores da via intrínseca, protrombina ou fibrinogênio; -Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD); -Doença de Von Willebrand= é a principal causa hereditária de desordens hematológicas. De forma prática, ela consiste na deficiência do fator de Von Willebrand, mediador da adesão plaquetária e também transportador do fator VIII→ Sua ausência faz com que não ocorra uma adesão adequada das plaquetas ao local da lesão e também não permite o desenvolvimento da via intrínseca, já que o fator VIII faz parte dela. -Uso de Heparina= A heparina é um inibidor indireto da trombina que se complexa com a antitrombina (AT), convertendo o AT de um inativador lento e rápido de trombina (fator IIa), fator Xa e, em menor grau, fatores IXa, XIa e XIIa. -Doença hepática= Quando a doença hepática é leve, apenas o TP pode ser prolongado devido a um efeito predominante no fator VII. No entanto, na doença hepática grave e / ou crônica, o TP e o aPTT podem ser prolongados ●Hemofilia A ou B - causam prolongamento do aPTT em indivíduos com deficiências graves ou moderadas de fatores (por exemplo, ≤15% de atividade). ENCURTAMENTO -Câncer avançado= e ovário, pâncreas e cólon, estágios avançados induzem a formação de substâncias pró-trombóticas que afetam a via intrínseca. Dessa forma, a formação de coágulos por essa via ocorre de forma mais rápida. -Trombofilias. TTPa e o TP são exames que se complementam, não é? Assim, quando estivermos fazendo uma investigação diagnóstica, sempre que pedirmos um, pediremos o outro. É importante ter os dois valores para podermos localizar em que parte da cascata está ocorrendo alteração→SE AMBOS ALTERADOS HÁ UMA ALTERAÇÃO NA VIA COMUM TT= obtido após adição de trombina em baixa concentração ao plasma puro. É sensível à deficiência de fibrinogênio ou à inibiça ̃o da trombina→prolongado se os níveis de fibrinogênio estiverem baixos ou se um anticoagulante que inibe a trombina estiver presente na amostra. -mede a etapa final da coagulação, a conversão do fibrinogênio em fibrina. Normal= 14 a 19 segundos. -não é utilizado como teste inicial de triagem para anormalidades hemostáticas. -TT prolongado= heparina, deficiência de fibrinogênio, hipoalbuminemia, doença hepática, CIVD. FIBRINOGÊNIO= é o precursor da fibrina, o principal componente de um coágulo de fibrina. Níveis anormalmente baixos de fibrinogênio (tipicamente, <50 a 100 mg / dL) podem resultar em diminuição da formação de coágulos e aumento do risco de sangramento. DOSAGEM DE FATORES Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato SISTEMAS REGULADORESDA COAGULAÇÃO A dosagem das proteínas envolvidas nos sistemas de inibidores que regulam a ativação da coagulação, a saber, antitrombina, proteína C e proteína S, é útil na avaliação de pacientes com quadro de trombose venosa para identificação de trombofilia ANTITROMBINA= O nível está reduzido em pacientes em uso de heparina, de modo que o diagnóstico de deficiência congênita não pode ser firmado nessa situação. PC= prolonga o TTPA por inativar os fatores Va e VIIIa. PS= circula no plasma livre ou formando um complexo com a proteína carregadora da fração C4 do sistema complemento (C4bp), e é a forma livre que funciona como cofator da proteína C ativada. RESISTENCIA A PROTEINA C ATIVADA= é causada pela presença de uma molécula anormal do fator V, com a substituição da arginina pela glutamina na posição 506, que está associada a trombose. A quase totalidade de pacientes com resistência à proteína C ativada apresenta a mutação do fator V SISTEMA FIBRINOLITICO AVALIAÇÃO PREVENTIVA P PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS No preparo pré-operatório de alguns pacientes, é preciso avaliar se o sistema de coagulação está em equilíbrio. Para esses casos, só precisaremos do TP, do TTPa e da contagem de plaquetas. INVESTIGAÇÃO CLÍNICA DE DISTÚRBIOS HEMORRÁGICOS se apresentar com queixa de hematomas/equimoses desproporcionais ao trauma ou espontâneos, assim como tempo prolongado de sangramento ou hemorragias espontâneas→faz coagulograma completo. HEMOFILIAS São doenças hemorrágicas hereditárias, decorrentes de deficiências quantitativas ou qualitativas dos fatores VIII (hemofilia A clássica) e IX (hemofilia B- doença e Christmas). são herdadas como condições recessivas ligadas ao cromossomo X, acometendo quase que exclusivamente indivíduos do sexo masculino. HEMOFILIA C - deficiência herdada do fator XI (fator 11); também chamado síndrome de Rosenthal; um distúrbio autossômico recessivo. Raramente, os heterozigotos podem ter sangramento (isto é, transmissão autossômica dominante, devido à ligação ao heterodímero). A hemofilia C é especialmente comum em judeus asquenazes (judeus da Europa Oriental). fator XI circula na forma inativa (como um zimogênio) e é ativado para o fator XIa, uma serina protease. Os ativadores do fator XI incluem trombina (fator IIa), fator XIIa e ele próprio. - é rara, com uma prevalência de aproximadamente 1 em 1 milhão -QC= sangramento altamente variável em localização e gravidade. não apresenta sangramento espontâneo, hemartrose (sangramento articular) ou hematomas musculares→ porque os passos iniciais na hemostasia (por exemplo, plaquetas iniciais e geração inicial de trombina em resposta à exposição ao fator tecidual) ocorrem, e apenas a amplificação subsequente da resposta trombina e resistência da trombina. coágulo para fibrinólise são afetados. Quando o sangramento ocorre, geralmente ocorre em trauma ou cirurgia, principalmente em tecidos com alta atividade fibrinolítica Mulheres com deficiência de fator XI são mais propensas a ter sangramento menstrual intenso, mas a gravidez geralmente é bem tolerada. -Suspeita diagnóstica= HF principalmente se judeu + sangramento excessivo cuja avaliação inicial mostra um tempo de tromboplastina parcial ativado prolongado isolado (aPTT), nenhuma evidência de um inibidor (por exemplo, sem heparina; correção em um estudo de mistura de aPTT) e níveis normais de fator VIII e IX. Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato Como o sangramento geralmente ocorre apenas durante desafios hemostáticos, como trauma, cirurgia ou parto, muitos indivíduos com deficiência de fator XI não são diagnosticados até o final da infância ou idade adulta. Sangramento menstrual intenso pode ser a manifestação inicial em mulheres. Apenas causa TTPA alongada, →não causa outros achados anormais nos testes de coagulação, como TP prolongado, tempo prolongado de trombina (TT) ou anormalidades plaquetárias. EPIDEMIO Hemofilia A= 80% dos casos e sua prevalência é de cerca de 1/5.000 nascimentos do sexo masculino. A prevalência na população é de 30 a 100 por 1 milhão. Hemofilia B= 1/30.000 nascimentos do sexo masculino. GENÉTICA Doenças de transmissão recessiva ligada ao cromossomo X, sendo transmitidas a indivíduos do sexo masculino através de mães portadoras da mutação. Em 1/3 ou 30 % dos casos, a doença origina-se a partir de uma mutação de novo na mãe ou no feto. Os genes que codificam os fatores VIII e IX estão localizados no braço longo do cromossomo X→ defeitos genéticos da hemofilia A compreendem deleções, inserções e mutações por todo o gene do fator VIII e 40% dos casos são causados pela inversão do intron 22 do gene do fator VIII. Já na hemofilia B o gene do fator IX tem aproximadamente um terço do tamanho do fator VIII, suas mutações genéticas são mais facilmente identificáveis, não havendo relatado nenhuma mutação recorrente. Homem sem alelo normal do X apresenta-se como hemofilia, mas não transmite para os filhos homens pq o Y é normal. Já as filhas mulheres todas serão portadoras do alelo alterado pq herdam um X paterno e 1 materno. A maioria dessas mulheres será clinicamente normal por causa da presença do alelo normal materno. A portadora pode transmitir a doença para 50% de seus filhos e o estado de portadora para 50% de suas filhas. Mulheres portadoras são assintomáticas e podem ter níveis plasmáticos subnormais do fator VIII ou normais, através dos métodos usuais, sugere fortemente a presença do estado de portadora, mas os valores normais não excluem a condição. Mulheres hemofílicas: a forma mais comum é a observada numa minoria de mulheres heterozigotas, onde a “lyonização” é extrema, resultando na inativação do alelo normal na maioria das células e, consequentemente, em valores extremamente baixos do fator VIII coagulante; resultado da união de um hemofílico com uma mulher portadora, o que é um evento pouco frequente. presença de um alelo mutante em uma mulher com somente um cromossomo X, como no mosaicismo para a síndrome de Turner. raros casos de hemofilia A transmitida como doença autossômica dominante, decorrente de uma nova mutação, devendo a hemofilia A ser diferenciada da doença de von Willebrand subtipo 2N. DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO A confirmação se da pela quantificação da atividade coagulante dos fatores VIII e IX, respectivamente. A suspeita diagnóstica baseia- se na história clínica hemorrágica e/ou antecedente familiar. ❖ EXAMES LABORATORIAIS os fatores VIII e IX fazem parte do mecanismo intrínseco da coagulação, os testes que avaliam essa via estarão anormais, e contagem plaquetária, do tempo de sangramento e do Tempo de Protrombina (TP) estarão normais. TTPA= a intensidade do prolongamento do Tempo de Tromboplastina Parcial ativado (TTPa) irá depender da gravidade da hemofilia e do reagente utilizado→ se o paciente tem mais de 20% do fator VIII, o TTPa está discretamente prolongado ou no limite superior da normalidade. Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato - O prolongamento do TTPa é normalizado ao se adicionar igual volume de plasma normal→ mas Na presença de inibidor para fator VIII, ou mais raramente para fator IX, a mistura do plasma normal ao plasma teste pode não normalizar o TTPa. ❖ CLASSIFICAÇÃO A gravidade da doença é diretamente proporcional a deficiência do fator. Será classificada em leve, moderada e grave. Grave= terá história de hemorragias desde a infância, com o aparecimento posterior de sangramentos intra-articulares, hematomas musculares pós-traumáticos e mesmo espontâneos. A presença de sangramentos pós- exodontias e procedimentos cirúrgicos, principalmente amidalectomia. são mais propensos a ter sangramento espontâneo, sangramentograve e idade mais precoce do primeiro episódio de sangramento, que pode começar logo no nascimento; Sangramento imediato e tardio após trauma é comum; pode ser maciço ou persistir como escoamento contínuo por dias ou semanas. Por outro lado, o sangramento de pequenos cortes é incomum Leve= é de diagnóstico difícil, principalmente se o pct nunca foi submetido a cirurgia. Moderada= costumam sangrar em resposta a pequenas lesões intercorrentes e procedimentos invasivos. O sangramento é menos frequente do que na hemofilia grave e geralmente ocorre de quatro a seis vezes por ano. No entanto, sangramentos mais frequentes podem ocorrer se uma articulação alvo se desenvolve → A história de manifestações hemorrágicas nos indivíduos do sexo masculino da família materna é importante para a orientação diagnóstica e para a avaliação da gravidade da doença. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL As hemofilias A e B exigem diferenciação específica entre elas para o tratamento adequado→feita através da dosagem de fatores VIII e IX. -Doença de Von Willebrand= é feito através do estudo da atividade antigênica e funcional do fator von Willebrand. -Outras deficiências da via extrínseca que causam prolongamento de TTPA= A deficiência do fator XI acomete homens e mulheres, apresentando diátese hemorrágica mais leve do que as hemofilias; As deficiências dos fatores XII, precalicreína e cininogênio de alto peso molecular, embora apresentem prolongamento do TTPa, não cursam com manifestações hemorrágicas. -Deficiência combinada de fator V e VIII= prolongamento do TTPa há prolongamento do TP e redução dos níveis dos fatores VIII e V (ao redor de 15- 20%), não associados à doença hepática. -Deficiência de vit.K= A hemofilia B é diferenciada da deficiência de vitamina K através da normalidade das concentrações plasmáticas dos fatores II, VII e X. QUADRO CLÍNICO As manifestações hemorrágicas de hemofilia A e B são semelhantes não sendo possível diferenciá-las clinicamente. - caracterizam-se clinicamente pelo aparecimento de sangramentos, que ocorrem após traumatismos de intensidade mínima. - as hemartroses e os sangramentos musculares, muitas vezes acontecem sem associação com traumas evidentes. - Uma vez que a função plaquetária é normal, não há sangramentos após pequenos ferimentos cortantes. - A expressão clínica do defeito genético da hemofilia A varia de família para família, porém, numa mesma família, a gravidade das manifestações clínicas e das alterações laboratoriais são relativamente constantes Classificação Paciente grave= manifestações hemorrágicas de repetição e hemartroses graves que se não tratadas podem evoluir para artropatias crônicas e incapacitantes e estão sujeitos a hemorragias graves que podem comprometer órgãos vitais. Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato Moderada= os hematomas e hemartroses nem sempre estão associados a traumatismos evidentes. As manifestações são menos intensas do que na grave, mas se não tratadas adequadamente poderão evoluir com instabilidade articular, resultando em sangramentos importantes e frequentes, fazendo com que a doença se expresse de maneira mais grave do que poderia indicar o nível plasmático do fator deficiente. Leve= os sangramentos somente ocorrem após traumas ou cirurgias, porém podem apresentar hemartroses espontâneas, especialmente em articulações onde previamente ocorreu hemorragia pós-traumática não tratada corretamente. Geralmente é diagnosticada somente na idade adulta. Quando o nível plasmático do fator deficiente é superior a 40% não há manifestações hemorrágicas. Infância Período neonatal= somente surgem sangramentos se o recém-nascido é submetido a traumatismos ou cirurgias (postectomias). Desenv. Motor= quando a criança começa a engatinhar surgem as manifestações hemorrágicas→ os sangramentos orais são frequentes, originados da mordedura da língua e dos lábios, tendendo a ser intermitentes e podendo persistir por semanas. Quando a criança começa a andar, surgem as hemorragias articulares e musculares, além das equimoses pós- traumáticas. Os locais comuns de sangramento em recém-nascidos incluem o sistema nervoso central, locais extracranianos, como cefaloematoma, e locais de intervenções médicas, incluindo circuncisão, bastões de calcanhar e punções venosas Adultos= articulações, músculos, sistema nervoso central e trato oral ou gastrointestinal. Hemartroses as manifestações hemorrágicas mais comuns dos hemofílicos, principalmente na forma grave. As articulações mais acometidas são os joelhos, cotovelos, tornozelos, ombros, coxofemorais e punhos. São geralmente espontâneas. Em pacientes graves as hemartroses usualmente começam aos 2 ou 3 anos de idade. Muitos pacientes irão apresentar uma articulação com sangramentos mais frequentes, por causa das alterações crônicas que resultam na artropatia hemofílica. O sangramento na cavidade articular é originado nos vasos sinoviais. os joelhos e tornozelos, que são as principais articulações de sustentação de peso. A hemartrose é dolorosa e pode ser fisicamente debilitante, pois a distensão do espaço sinovial e o espasmo muscular associado levam a um aumento acentuado da pressão intrassinovial. Manifestações= em babys- irritabilidade e diminuição do uso do membro afetado | Em crianças mais velhas e adultos- manifesta por rigidez prodrômica e, em alguns pacientes, por uma sensação de calor característica, seguida de dor e inchaço agudos. Diagnóstico= QC+ O ultrassom é uma modalidade emergente útil para localizar o local da hemorragia e avaliar as estruturas circundantes porque é não invasivo, não requer sedação e é menos demorado e relativamente mais barato Hematomas Os musculares constituem a segunda causa mais comum de sangramento em pacientes hemofílicos graves, podendo ocorrer espontaneamente ou após pequenos traumatismos. Autolimitados: Quando pequenos e superficiais e não apresentam grande significado clínico, apenas o desconforto local. Expansivos: ocorre em graves, podem aumentar progressivamente e dissecar em todas as direções, acarretando consequências muito sérias, devido à compressão de estruturas nobres→ Hematomas de faringe e de retrofaringe podem ser secundários a faringites virais. Hematomas musculares no antebraço podem causar paralisia dos nervos mediano ou ulnar ou a contratura isquêmica da mão (Síndrome de Volkmann). Sangramentos na panturrilha podem levar à paralisia do nervo fibular, ou outros nervos, ou a deformidade fixa em equinovaro do tornozelo. No músculo íleo-psoas pode comprimir o nervo femoral→ mesmo hematomas de pequeno volume causam dor, de intensidade variável, no quadrante inferior do abdômen, acompanhada de flexão da coxa + O comprometimento do nervo femoral causa dor na face anterior da coxa e, com o aumento da pressão sobre o nervo, parestesia, hiperestesia, diminuição da força Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato muscular do quadríceps e, eventualmente, paralisia dos músculos flexores da coxa→pode causar fibrose devido a morte celular que chama leucócitos polimorfonucleares, células mononucleares fagocíticas e células imaturas do tecido conectivo quando não tratados adequadamente, podem resultar em organização fibrosa, com contratura muscular→formação de um pseudotumor com hematoma cercado por uma membrana fibrosa. A ressonância magnética pode ser útil para diagnóstico e tomada de decisão terapêutica.Hemorragia recorrente é comum. Hemorragias retroperitoniais e intraperitoniais também são comuns. -Partes moles= Sangramentos espontâneos ou pós-traumáticos da língua, da musculatura ou de partes moles do pescoço ou da garganta podem levar à rápida obstrução das vias aéreas superiores→ exige tratamentorápido e adequado. Hematúria é uma manifestação comum, ocorrendo em 2/3 dos hemofílicos, em geral após os 12 anos de idade. É de intensidade variável→ desde leve alteração da coloração urinária à hematúria franca, com eliminação de coágulos. Em geral, não se associa a alterações do sistema geniturinário, mas, se é persistente e, principalmente, pós-traumática, ou se um episódio em particular estiver associado à dor ou febre ou se não responder à intervenção terapêutica→ deve ser investigada é autolimitada, podendo persistir por dias a semanas, independentemente do tratamento de substituição com concentrado de fator. a presença de hematúria de repetição não leva à alteração significante da função renal, a longo prazo. Sangramento no TGI Ocorre na forma de hematêmese ou melena. Na maioria dos casos em que o sangramento é persistente, ou recorrente, existe uma lesão anatômica, mais comumente gastrite ou úlcera péptica, que é 10 vezes mais frequente na população hemofílica. Investigar varizes esofágicas devido a hepatite C. Sangramento em SNC O sangramento intracraniano é o evento hemorrágico mais perigoso para o paciente hemofílico, ocorrendo após traumatismos ou espontaneamente. Pode ocorrem em qualquer idade com picos mais altos em RN e após 50 anos→ HIC 3-4% ao nascimento Os sintomas comumente surgem logo após o evento traumático, mas às vezes podem aparecer depois de dias ou semanas, principalmente nos hematomas subdurais. Todo hemofílico com cefaleia não habitual, especialmente se intensa ou com duração superior a 4 horas, deve ser investigado quanto à presença de sangramento intracraniano e, na sua suspeita, deve ser imediatamente tratado com reposição de fator seguido de avaliação com TC Outros sangramentos Ferimentos superficiais, geralmente, não apresentam sangramento anormal. Os ferimentos mais extensos e profundos podem, inicialmente, não sangrar, visto que a hemostasia primária é normal. Porém, tendem a apresentar sangramento tardio, se não há tratamento de reposição adequado. As punções venosas, feitas cuidadosamente, não apresentam perigo; quando traumáticas, podem- se evitar complicações posteriores exercendo-se pressão no local puncionado. Devem ser evitadas as injeções intramusculares de grandes volumes. TRATAMENTO É realizado em centros de tratamento com equipe multiprofissional capacitada e com treinamento no manejo desses pacientes. Tem abordagem complexa→ terapia de reposição de concentrado do fator deficiente, tratamento adjuvante, preventivo e o tratamento das complicações associadas à hemofilia. A reposição com concentrados de fator da coagulação é o componente mais importante da terapia. A terapia de substituição envolve a educação e treinamento de técnicas de autoinfusão de concentrado de fator ao paciente e à sua família, o pilar do tratamento domiciliar. Objetivo= prevenção das hemartroses, uma vez que a artropatia hemofílica é a maior causa de morbidade nesses pacientes. Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato O tratamento pode ser feito sob demanda ou de maneira profilática= sob demanda deve ser instituído na presença das primeiras evidências de uma hemorragia, enquanto a profilaxia é feita visando evitar um quadro hemorrágico→ pode ser feita antes de um procedimento, que pode resultar em hemorragia; como uma medida temporária, de curta duração, para reduzir uma tendência hemorrágica aumentada, ou, por período prolongado, permanente, a fim de serem evitadas as hemartroses e o desenvolvimento das artropatias. Profilaxia primária= consiste na reposição contínua, regular e prolongada de fator, em crianças com menos de dois anos de idade, iniciada depois da primeira hemartrose ou mesmo antes de qualquer sangramento articular clinicamente evidente, e pode ser iniciada após um sangramento grave em alguns casos. Sua desvantagem é ter alto custo e ser difícil um acesso venoso. ❖ Terapia de substituição As manifestações hemorrágicas dos pacientes hemofílicos devem ser tratadas com a infusão do fator deficiente→ concentrados liofilizados comerciais de fator VIII ou IX são disponíveis obtidos a partir de plasma humano, os quais são submetidos a processos para inativação viral, ou obtido por tecnologia recombinante. Ao se planejar o tratamento de um paciente hemofílico A ou B com concentrado de fator VIII e IX, deve-se considerar que o nível hemostático do fator a ser alcançado varia com o tipo e a localização do sangramento ou com o procedimento a ser realizado. a infusão de 1 U fator VIII/kg de peso corpóreo resulta em incremento plasmático de 2 U/dL ou 2%, e a meia-vida do fator VIII é de 8 a 12 horas. A infusão de 1 U fator IX/kg de peso resulta num incremento plasmático de 1 U/ dL ou 1% e a meia- vida do fator IX é de 18 a 24 horas. A reposição dos concentrados de fatores pode ser realizada através da infusão intermitente (em bolus) ou através da infusão contínua ❖ Outras DESMOPRESSINA= (DDAVP) pode ser utilizada como modalidade terapêutica nos pacientes com hemofilia A leve e moderada, na mesma dose utilizada para doença de von Willebrand (0,3 g/kg de peso. ANTIFIBRINOLÍTICOS= usadas como terapia adjuvante nos sangramentos de mucosas, sendo muito úteis nos procedimentos odontológicos. A dose usual do ácido tranexâmico é de 10 mg/kg/dose EV, e 20 mg/kg/dose, por via oral, três vezes ao dia.// O ácido épsilon amicocaproico é usado na dose inicial de 50 a 60 mg/kg, cada 4 horas por via intravenosa, seguida da mesma dosagem por via oral. NA PRESENÇA DE HEMATÚRIA ESSAS DROGAS SÃO CONTRAINDICADAS. Medicamentos contendo ácido acetilsalicílico devem ser evitados por causa da ação antiplaquetária. Como analgésico, pode ser empregado o paracetamol, em algumas ocasiões, associado à codeína. Para os adultos, com dor mais intensa, o dextropropoxifeno pode ser utilizado. Os inibidores da COX-2, por não interferirem com a função plaquetária, representam outra opção terapêutica. • UP TO DATE -Para um paciente com hemofilia com sangramento grave com risco de vida, incluindo sangramento intracraniano ou traumatismo craniano, o concentrado de fator deve ser administrado com a maior urgência possível para atingir um nível de atividade fatorial de 80 a 100% •Para a hemofilia A, dê 50 unidades / kg de fator VIII (fator 8) •Para a hemofilia B, dê 100 a 120 unidades / kg de fator IX (fator 9) - administrar rapidamente o fator (dentro de duas horas da identificação do sangramento) ao primeiro sinal de sangramento articular, com um nível de atividade do fator alvo de aproximadamente 50% (para a hemofilia A, dê 25 unidades / kg de fator VIII; para a hemofilia B , dê 50 a 60 unidades / kg de fator IX). COMPLICAÇÕES as decorrentes dos sangramentos, como a artropatia hemofílica, e decorrentes do tratamento, como as doenças transmissíveis por transfusões sanguíneas (ex. hepatites B e C e HIV) e o desenvolvimento de aloanticorpos (inibidores) contra o fator deficiente. Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato ARTROPATIA HEMOFÍLICA CRÔNICA é a sequela mais frequente e incapacitante em pacientes hemofílicos, e acomete principalmente os joelhos, tornozelos, cotovelos e coxofemorais. A artropatia geralmente se desenvolve ao longo do tempo com hemartroses recorrentes, com artropatia mais avançada geralmente se desenvolvendo no final da adolescência. Na idade adulta, a artropatia pode representar uma das principais causas de morbidade e interferir em inúmeras atividades e qualidade de vida. O mecanismo da artropatia hemofílica é multifatorial e inclui sinovite crônica ou episódica, com perda de cartilagem, formação de cisto subcondral, cistos ósseos, erosão e estreitamento do espaço articular. A deposição de ferro pode contribuir paraa inflamação sinovial e a fibrose densa da articulação pode levar a contraturas, dor e limitação de movimento As hemartroses recorrentes causam danos articulares que ocorrem na membrana sinovial (hiperplasia e hiperemia) e causam instabilidade articular, resultante da hipo/ atrofia da musculatura periarticular. O sangramento intra-articular tenha origem nos vasos sinoviais, espontaneamente ou após traumatismos não evidentes ou triviais, com a hemorragia dirigindo-se para a cavidade articular ou para dentro da diáfise/ epífise óssea. A presença do sangue na região intra-articular, associada ao espasmo muscular, faz com que ocorra aumento da pressão no espaço sinovial. Após um primeiro episódio de hemartrose, a articulação pode retornar ao estado funcional normal porém, mais comumente, não há absorção completa do sangue, o qual induz alterações inflamatórias crônicas e proliferativas da membrana sinovial, fazendo com que a articulação permaneça edemaciada e dolorosa por período prolongado, mesmo na ausência de novas hemorragias (sinovite). Com a recorrência dos sangramentos, a membrana sinovial torna-se progressivamente mais espessada e mais vascularizada, formando- se dobras e vilosidades, as quais predispõem a novas hemorragias, secundárias aos mínimos traumatismos→ Esse ciclo vicioso de ressangramentos estabelece uma articulação- alvo→ A proliferação da membrana sinovial, frequentemente, preenche e distende a articulação, que permanece edemaciada e aumentada de volume, mesmo na ausência de sangramento e de dor (sinovite proliferativa crônica). Por causa da adesão entre vilosidades adjacentes há redução do volume da cavidade articular e diminuição da sua mobilidade. Esses processos, associados ao enfraquecimento das estruturas periarticulares, aumentam a susceptibilidade a novos episódios hemorrágicos, resultando na perda progressiva da cartilagem hialina, principalmente, nas margens articulares. A cartilagem articular evolui com focos de degeneração fibrilar, erosões, crescimento irregular e alteração da forma óssea. O osso adjacente à articulação pode apresentar áreas de rarefação ou cistos, decorrentes de degeneração cartilaginosa ou óssea ou, então, de hemorragias intraósseas. É fundamental que se avalie a progressão clínica da doença articular em seus estágios precoces, através da ultrassonografia e da ressonância nuclear magnética, uma vez que as alterações iniciais não são visualizadas nas radiografias. A gravidade dessas alterações degenerativas é, não raro, proporcional ao número de hemartroses ocorridas, mas, ocasionalmente, um único sangramento intra-articular, grave, pode resultar em intensa lesão da articulação. PSEUDOTUMOR HEMOFÍLICO OU CISTOS HEMORRÁGICOS é uma complicação pouco frequente, porém grave. ocorre quando o volume de sangue em um hematoma muscular é grande e a sua reabsorção é incompleta, de modo que o hematoma persiste como uma lesão cística encapsulada, contendo fluido serossanguíneo ou material viscoso. Nos adultos os pseudotumores, geralmente, localizam- se na pelve, fêmur e tíbia, enquanto nas crianças, embora sejam eventos mais raros, ocorrem, predominantemente, nos pequenos ossos das mãos e dos pés.2 Os pseudotumores são indolores e tendem a aumentar de tamanho durante um período de anos, causando compressão e destruição dos músculos adjacentes, nervos e ossos. Seu tratamento inicialmente se baseia na reposição intensa com o fator deficiente e, caso não regrida, deverá ser removido cirurgicamente. INIBIDORES CONTRA FATOR VIII OU FATOR IX a principal complicação decorrente do tratamento da hemofilia. O risco cumulativo de inibidores varia de 20 a 30% entre os pacientes com hemofilia A e de 1 a 5% entre pacientes com hemofilia B. Alguns pacientes com inibidor contra Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato o fator IX desenvolvem anafilaxia e/ou síndrome nefrótica quando são expostos ao fator IX. São aloanticorpos que bloqueiam a atividade do fator relevante Os anticorpos neutralizadores resultam de uma resposta imune complexa, multifatorial, envolvendo tanto fatores de risco genéticos quanto ambientais. Os genéticos são história familiar positiva para inibidor, defeito molecular de alto risco (inversões – em especial a do intron 22 do gene do fator VIII, mutações nonsense e grandes deleções), etnia (raça negra) e polimorfismos em genes do sistema imune (IL-10, TNF-α). Os ambientais são: tipo de concentrado de fator, idade à primeira exposição, intensidade do tratamento, dentre outros. O período de maior risco de desenvolvimento de inibidor encontra-se nos primeiros 50 dias de exposição ao fator, estando bastante reduzido após 150 dias de tratamento. os pacientes são classificados como tendo alta ou baixa resposta anamnéstica (altos e baixos respondedores, respectivamente). Títulos > 5 UB/mL (unidades Bethesda) são definidos como alto título. Os de baixa resposta mantém títulos < 5 UB/mL apesar do estímulo constante com infusão do fator deficiente. Inibidores de alta resposta são aqueles com um título > 5 UB/mL em qualquer ocasião e caracteristicamente apresentam uma resposta anamnéstica após estimulação antigênica. O tratamento do paciente hemofílico com inibidor é mais difícil. Por serem resistentes ao tratamento habitual, esses pacientes estão sujeitos a maiores complicações, com subsequente aumento da morbidade e piora na qualidade de vida. Os dois componentes do tratamento são o controle do sangramento e a erradicação do inibidor. Na hemorragia= podem ser tratados com concentrados de fator em altas doses (pacientes com inibidores de baixo título), ou produtos bypass, como o concentrado de Complexo Protrombínico ativado (CPPa), e o fator VII ativado recombinante (FVIIa-r). As doses habitualmente utilizadas para o tratamento com CCPa são de 75 a 100 U/kg a cada 8 a 24 horas, respeitando a dose máxima de 200U/kg, enquanto a dose do FVIIar é de 90 a 120 µg/ kg a cada 2 a 3 horas. A Terapia de Indução de Imunotolerância (ITI) é o único tratamento capaz de erradicar o inibidor e se baseia na administração regular, contínua e prolongada do fator deficiente a fim de induzir uma tolerância do sistema imunológico. INFECÇÕES POR PRODUTOS DERIVADOS DO PLASMA HIV, HCV, Parvovírus B19→diminuiu nos últimos anos devido a procedimentos que são submetidos os produtos com fatores de coagulação. DOENÇA DE VON WILLEBRAND é uma doença hemorrágica, causada por defeitos hereditários na concentração, estrutura ou função do fator von Willebrand. Os pacientes com essa alteração hemostática representam um grupo heterogêneo, já que as expressões fenotípicas da doença podem variar em intensidade e oscilar com o tempo. EPIDEMIO É a mais comum das doenças hemorrágicas. Frequencia= Suécia- 125 casos para 1 milhão de indivíduos; Itália- prevalência de 0,82%; global 1- 3% e destes apenas 10% são sintomáticos. -Dos indivíduos diagnosticados com DVW, a grande maioria possui o tipo 1 (75 a 85 %), seguido pelo tipo 2A (10 a 15 %) e tipo 2B (5 %). Outros tipos são menos comuns ou raros a transmissão VWD é autossômica. Assim, a VWD é igualmente comum em pacientes masculinos e femininos, e a gravidade da doença é semelhante em ambos os sexos. Diferente da hemofilia que é ligada ao X. Padrão de hereditariedade= tipos 1, 2A e 2B ele é, usualmente, autossômico dominante. Nos tipos 2N e 3 é autossômico recessivo. Deve- -se ainda considerar as situações de heterozigose composta, a qual, aparentemente, é mais comum do que anteriormente suposto, e a penetrância variável da doença tipo 1. O FVW - é uma grande glicoproteína multimérica, com várias e importantes atividades biológicas dependentes dos seus distintos domínios funcionais: a) a glicoproteínaIb plaquetária interage com o domínio A1 do FVW; Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato b) a integrina aIIb b3 interage com o domínio C1, através da sequência Arg-Gly-Asp; c) o colágeno fibrilar interage principalmente com o domínio A3 d) o colágeno tipo VI liga-se ao domínio A1; e) o fator VIII coagulante liga-se à região N-terminal D’D3. Defeitos no fator von Willebrand podem causar manifestações hemorrágicas com características típicas de anormalidades plaquetárias ou de hemofilia leve a moderadamente grave. No plasma, o fator von Willebrand e o fator VIII coagulante circulam formando um complexo, mantido por ligações não covalentes→99% de FVW e 1% de fator VIII coagulante. O gene que codifica o FvW se localiza no braço curto do cromossomo 12. O RNAm expresso pelas células endoteliais e megacariócitos, codifica a síntese de um precursor com 2.813 aminoácidos, que é o pré-pró-fator von Willebrand→ contém quatro tipos de domínios diferentes (A a D), que se repetem de duas a cinco vezes e que definem domínios moleculares estruturalmente importantes e justificam as atividades funcionais do fator von Willebrand→ ligação ao fator VIII coagulante, ligação à glicoproteína Ib das plaquetas, ligação à matriz subendotelial (colágeno) e ligação ao complexo glicoproteico IIb/IIIa plaquetário. A organização multimérica fornece o potencial para múltiplos locais de contato com as plaquetas e estruturas subendoteliais. O FVW é depurado do sangue com meia-vida de 12-20 horas. QC + EXAME FÍSICO A avaliação clínica inicial de uma pessoa investigada para doença de von Willebrand deveria enfatizar a história de manifestações hemorrágicas pessoais e em qualquer familiar→ incluindo a presença de sangramentos espontâneos ou pós-traumáticos, sua intensidade, os locais das hemorragias, a duração e a facilidade com que são interrompidos. -Os sintomas de sangramento no VWD ocorrem quando o fator de von Willebrand no plasma (VWF) é suficientemente reduzido para afetar a hemostasia ou quando um defeito qualitativo no VWF prejudica uma de suas funções hemostáticas. Sangramentos + relatados= epistaxe, menorragia, hemorragia pós-exodontia, equimose, sangramento após pequenos ferimentos, gengivorragia, sangramento pós-operatório, sangramento gastrintestinal e hemartrose. trabalhos relatam prevalência elevada de menorragia em mulheres com doença de von Willebrand. 3 importantes sinais que indicariam sangramento menstrual acima de 80 mL são: a) coágulos com diâmetro superior a 2,5 cm; b) baixas concentrações de ferritina sérica e c) necessidade de troca de mais de um absorvente externo ou interno por hora sangramento menstrual aumentado + sangramento pós-parto ate 15 dias após o partp devido as quedas do FVW DvW tipo 3= hemorragias graves + hemartrose; DvW tipo 1= quadro leve + hemorragias mucocutâneas Manifestações hemorrágicas podem ser modificadas pela presença de comorbidades e pelo uso de medicamentos, como aspirina, AINES, contraceptivos orais e antidepressivos. Os sintomas de sangramento geralmente ocorrem se a doença for mais grave e / ou se houver um desafio significativo ao sangramento, como cirurgia, trauma ou parto. Em pacientes com DVW leve, a ingestão de aspirina , AINEs ou outros medicamentos antiplaquetários pode precipitar sangramentos que podem não ter ocorrido de outra forma OBS.: sangramento das articulações e dos tecidos moles não é típico da DVW. Sendo observado apenas com os tipos de VWD incomuns e raros 2N e 3 que são caracterizados por baixos níveis de fator VIII (por exemplo, <10%). Exame físico= avaliar a manifestação hemorrágica quanto a sua localização, distribuição e tamanho. E pesquisar condições mórbidas associadas→ pode fornecer evidências que sugiram outras causas para as manifestações hemorrágicas. A doença de von Willebrand adquirida pode ocorrer espontaneamente ou em associação com outras doenças como gamopatias monoclonais, mieloma múltiplo, doenças linfoproliferativas, doenças mieloproliferativas, doenças autoimunes, cardiopatias congênitas, valvopatias cardíacas, determinados tumores e hipotireoidismo. As manifestações hemorrágicas são semelhantes, porém com ausência de história pessoal prévia e familiar de sangramentos. https://www.uptodate.com/contents/aspirin-drug-information?search=doen%C3%A7a+de+von+willebrand&topicRef=1307&source=see_link Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato Hematomas e sangramento mucocutâneo são manifestações comuns da DVV; isso ocorre porque há uma redução na ligação normal normal das plaquetas dependentes do VWF aos locais de lesão vascular (isto é, hemostasia primária)→ contusões fáceis ●hemorragia cutânea ●Sangramento prolongado das superfícies mucosas DIAGNÓSTICO Não existe teste laboratorial de triagem disponível sensível para a detecção da maioria dos tipos de doença de von Willebrand. TS e TTPA= são bons para diagnosticar doença grave (DVW tipo 3), mas em doença leve ficam normais. Nos pacientes com história evidente de sangramentos cutâneos e mucosos, devem ser realizados os testes iniciais para doença de von Willebrand→quantificações do fator VIII coagulante (FVIII), do Antígeno do Fator Von Willebrand (FVW:Ag) e da atividade de cofator de ristocetina do Fator Von Willebrand (FVW:RCo). Outros relação FVW:RCo/FVW:Ag= auxiliar no diagnóstico dos subtipos 2A, 2B e 2M, possibilitando diferenciá- los da doença de VW tipo 1→ Valores inferiores a 0,5 ou 0,7 têm sido empregados como critério para a presença de FVW com função anormal, ou seja, doença de VW tipo 2. Agregação/Aglutinação Plaquetária Induzida pela Ristocetina (RIPA)= A maioria dos tipos e subtipos apresenta hipoaglutinação induzida pela ristocetina, porém os pacientes com o subtipo 2B e com doença de von Willebrand tipo plaquetário são caracterizados por resposta exacerbada induzida pela ristocetina, decorrente da maior afinidade do fator von Willebrand pelo complexo GPIb/IX/V ou do complexo GPIb/IX/V pelo fator von Willebrand, respectivamente. É UM TESTE DE BAIXA SENSIBILIDADE. capacidade de ligação do Fator Von Willebrand ao Colágeno (FVW:CB)= avalia a ligação do domínio A3 do FVW ao colágeno fibrilar; é um teste dependente do tamanho do multímero do FVW, com aqueles de maior tamanho ligando-se mais do que os de tamanho menor. quantificação da afinidade do fator von Willebrand pelo fator VIII coagulante= fazer o diagnóstico do subtipo 2N da doença de VWdistinguindo-a da hemofilia A leve ou moderad análise do padrão multimérico do fator von Willebrand= é um exame realizado após a confirmação da doença de von Willebrand, pelos testes iniciais. FATORES QUE INFLUENCIAM O FVW, FVIII E FIBRINOGÊNIO= são proteínas marcadoras de fase aguda e podem estar elevados por ação do estresse, exercícios, gestação e contraceptivos contendo estrogênios. Considerando-se a influência hormonal sobre o antígeno do fator von Willebrand e a sua atividade de cofator de ristocetina, o que pode dificultar o diagnóstico das formas leves da doença de von Willebrand tipo 1 nas mulheres, preconiza-se que a coleta das amostras seja feita durante a fase folicular, ou seja, entre o 4o e o 7o dia do ciclo menstrual. indivíduos com tipo sanguíneo O apresentam níveis plasmáticos do FVW menores do que os indivíduos com tipo sanguíneo não O. hemograma e testes de coagulação A maioria dos indivíduos com DVW tem um hemograma completo normal (hemograma completo) e estudos de coagulação normal: -aPTT prolongado - indivíduos com todos os tipos de VWD podem ter um aPTT prolongado se o nível do fator VIII for significativamente reduzido. -Trombocitopenia - Indivíduos com VWD tipo 2B podem ter trombocitopenia leve devido ao aumento da ligação entre o VWF e as plaquetas→aumento da depuração ou sequestro de plaquetas (100.000 a 140.000 / microL) -Anemia microcítica= perda excessiva de sangue podem desenvolver microcitose ou anemia microcítica devido à perda de sangue e subsequente deficiência de ferro. CLASSIFICAÇÃO Fenotipicamente, é dividida em dois grandes grupos: os defeitos quantitativos e os defeitos qualitativos do fator von Willebrand: Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato A doença de von Willebrand tipo 1 inclui as deficiências quantitativas parciais do fator von Willebrand; doença de von Willebrand tipo 3 a deficiência virtualmente completa A doença de von Willebrand tipo 2 engloba os defeitos qualitativos do fator von Willebrand, sendo subdividida de acordo com defeitos funcionais e estruturais específicos que prejudicam a adesão plaquetária ou a ligação ao fator VIII. DVW TIPO 1 corresponde às deficiências parciais do fator von Willebrand, sendo as manifestações hemorrágicas decorrentes das menores concentrações plasmáticas do FVW. é a forma mais comum, compreendendo 70 a 80% dos casos + padrão de transmissão autossômico dominante, com penetrância incompleta (60%). Laboratório= caracteriza-se pela proporcionalidade entre as atividades funcionais e as concentrações plasmáticas do Fator Von Willebrand (FVW:RCo/FVW:Ag). Causas= redução da secreção de fator von Willebrand funcionalmente normal, com distribuição multimérica praticamente normal, ou por depuração aumentada do fator von Willebrand. DVW TIPO 2 caracteriza-se por apresentar alterações da molécula do fator von Willebrand, sem alterar sua atividade antigênica, de modo que não há paralelismo entre os valores da atividade de cofator de ristocetina e do antígeno do fator von Willebrand. Subtipo 2 A= corresponde a variantes qualitativas com redução da adesão plaquetária dependente do fator von Willebrand e deficiência seletiva dos multímeros de elevado peso molecular, que está associada à redução desproporcional da interação do Fator von Willebrand com as plaquetas (FVW:RCo) ou com o tecido conetivo (FVW:CB) em relação à concentração plasmática do fator von Willebrand. parece ser transmitida como característica autossômica dominante, embora em alguns casos seja recessiva. Subtipo 2B= inclui as variantes qualitativas que apresentam maior afinidade pela glicoproteína Ib das plaquetas e se expressa laboratorialmente por aumento da agregação plaquetária induzida por baixas concentrações de ristocetina. Pacientes apresentam trombocitopenia variável, que pode ser exacerbada pelo estresse ou pela administração de desmopressina. Subtipo 2M= variantes com redução da adesão plaquetária dependente do fator von Willebrand sem associação com deficiência seletiva dos multímeros de alto peso molecular→ A formação e a secreção dos grandes multímeros são aproximadamente normais, mas ocorrem mutações que tornam anormal a ligação do fator von Willebrand às plaquetas ou ao subendotélio. Há uma relação desproporcionalmente baixa entre a atividade de cofator de ristocetina e a concentração do FVW plasmático. 2N= variantes com mutações homozigóticas ou heterozigóticas que reduzem a capacidade de ligação do fator von Willebrand ao fator VIII. A concentração plasmática do FVIII encontra-se desproporcionalmente reduzida em relação ao fator von Willebrand e o diagnóstico é realizado através da quantificação da ligação do Fator von Willebrand ao fator VIII (FVW:FVIIIB). pode ser confundida com hemofilia A leve, especialmente em pacientes do gênero masculino que não apresentam evidências de hereditariedade ligadas ao cromossomo X. DVW TIPO 3 é decorrente de uma intensa redução da síntese do fator von Willebrand, resultando em níveis plasmáticos muito baixos do fator von Willebrand (< 5 UI/dL), da capacidade de ligação ao colágeno (< 5 UI/dL) e de fator VIII coagulante (10 UI/dL).1 os pacientes apresentam manifestações hemorrágicas graves, com sangramentos cutâneos e mucosos, além de hemorragias musculares e intra-articulares.Sua transmissão é autossômica recessiva, sendo os pais, heterozigotos, oligossintomáticos ou assintomáticos. Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato TRATAMENTO Abordagem geral 3 estratégias= a) aumentar as concentrações plasmáticas de fator von Willebrand através da secreção de estoques endógenos por estimulação das células endoteliais pela vasopressina; b) reposição do fator von Willebrand através da infusão de concentrados de fator von Willebrand; e c) uso de agentes que promovem a hemostasia e a cicatrização tecidual, sem alterar substancialmente as concentrações plasmáticas do fator von Willebrand. Essas alternativas serão utilizadas de acordo com o tipo e gravidade da doença de von Willebrand, gravidade da manifestação hemorrágica e a natureza do sangramento atual ou em potencial. Contudo, de acordo com a situação, mais de uma dessas opções terapêuticas poderá ser usada em conjunto. ❖ Desmopressina - é um análogo sintético da vasopressina que causa o aumento das concentrações plasmáticas do fator VIII coagulante e do fator von Willebrand, quando administrado em voluntários normais ou em pacientes com hemofilia A leve e doença de von Willebrand. -Mecanismp= o DDAVP atua ao promover a liberação do fator von Willebrand, especialmente os multímeros de alto peso molecular, dos corpúsculos de Weibel-Palade do endotélio vascular, através de mecanismo mediado pela adenosina-monofosfato cíclica (AMPc), além da liberação do fator VIII coagulante das células dos sinusoides hepáticos, e ao melhorar a interação entre as plaquetas e o subendotélio mediada pelos monócitos e por outro agente agregante, independente do fator von Willebrand. -Dose= 0,3 microgramas/kg, administrada por via subcutânea ou intravenosa, diluída em 30 a 50 mL de solução salina infundida em 15-30 min. Após 15 a 30 minutos do término da infusão, as concentrações plasmáticas do fator VIII coagulante e do fator von Willebrand podem apresentar incrementos de 3 a 5 vezes os valores basais, mantendo altos níveis por 4 a 8 horas. Via subcutânea= Ao empregar-se, em cada local de aplicação pode ser injetado no máximo 1,5 mL, o que implica em várias punções, quando é utilizado, para o tratamento, o produto que apresenta concentração de 4 microgramas/mL. Intranasal= a dose administrada deve ser 10 vezes superior à que seria aplicada por via intravenosa ou subcutânea Avaliação de resposta= Antes do início da infusão e após 30 minutos, 1 hora, 2 horas e 4 horas após a administração da desmopressina são quantificados o FVIII, FVW:Ag e FVW:RCo; a contagem plaquetária é realizada pelo menos antes da infusão e após 2 horas. São considerados responsivos os pacientes que após duas horas da infusão mostram aumento de pelo menos três vezes os valores basais de FVIII e FVW:RCo, com níveis mínimos de 30 UI/dL e TS igual ou inferior a 12 minutos, quando prolongado. De acordo com o tipo e a gravidade das manifestações hemorrágicas, a aplicação da desmopressina pode ser repetida a cada 12-24 horas. Efeitos colaterais= são leves e transitórios, consistindo de rubor, cefaleia e taquicardia, que cedem com a redução da velocidade da infusão intravenosa. Além de, hipotensão arterial, fadiga, náusea e dor abdominal. deve ser usado com muito cuidado em pacientes idosos com doença aterosclerótica devido a relatos de acidente vascular isquêmico e infarto agudo do miocárdio em pacientes urêmicos ou com hemofilia A tratados com o DDAVP. Tem efeito antidiurético que pode causar crises convulsivas, principalmente em crianças <2 anos. As melhores respostas ao uso do DDAVP ocorrem nos pacientes com doença de von Willebrand tipo 1. - mostra eficácia somente para uma minoria dos pacientes com subtipos2A e 2M, o que exige monitorização do FVW:RCo. - no subtipo 2B o DDAVP seja contraindicado, por causa do risco de acentuação da plaquetopenia. ❖ Tratamento de substituição para elevação das concentrações do FVW é indicada para os pacientes que não respondem ao DDAVP ou que apresentam alguma contraindicação para seu uso. O tratamento com concentrados comerciais contendo fator VIII-fator von Willebrand segue as mesmas regras empregadas no uso dos concentrados de fator VIII utilizados na hemofilia A. Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato são obtidas altas concentrações plasmáticas desses fatores após as infusões. Observa-se que o aumento do fator VIII é maior do que o calculado pelas doses infundidas, por causa da estabilização do fator VIII endógeno, que é produzido normalmente, pelo fator von Willebrand administrado de maneira exógena. Altas concentrações plasmáticas de FVIII→ aumentar o risco de tromboembolismo venoso, principalmente em pcts com idade avançada, trombose prévia, obesidade, cirurgia, imobilização, uso de estrogênios e de antifibrinolíticos. nessas situações recomenda-se a quantificação diária do fator VIII, a fim de serem evitados valores superiores a 100%, além da implementação de profilaxia antitrombótica farmacológica, particularmente quando o tratamento de reposição é realizado para procedimentos cirúrgicos maiores e na presença de fatores de risco de tromboembolismo venoso. ❖ Drogas antifibrinolíticas são drogas que ligam-se, reversivelmente, ao plasminogênio, bloqueando a sua ligação à fibrina, sua ativação e transformação à plasmina→ a sua eficácia decorra da inibição da fibrinólise tecidual e consequente estabilização do coágulo -Fármacos= o ácido aminocaproico (ácido 6- amino-hexanoico) e o ácido tranexâmico que é dez vezes mais potente do que o 1º. Não há evidências de que o uso do ácido tranexâmico possa causar eventos trombóticos ou reações colaterais irreversíveis, e por isso pode ser utilizado cronicamente. Seus efeitos colaterais são: náuseas, vômitos e, às vezes, diarreia. A injeção intravenosa rápida pode causar tontura ou hipotensão Contraindicação= a presença de hematúria originada das vias urinárias altas, devido ao risco de formação de coágulos no ureter e consequente hidronefrose. Dose= (ácido tranexâmico é de 10 mg/kg, por via intravenosa, e 20 mg/kg, por via oral, repetidas cada 6 a 8 horas); ácido aminocaproico, sua dose é de 50 a 60 mg/kg, repetida cada 4 horas, por via oral. O melhor efeito do ácido tranexâmico é obtido quando ele é empregado para hemorragias de mucosas, sendo muito utilizado para o tratamento de menorragia Os antifibrinolíticos também podem ser utilizados localmente ou topicamente em lesões hemorrágicas. O uso de soluções de ácido tranexâmico a 5%, na forma de bochechos suaves, por 2 minutos, repetidos a cada 6 horas, mostra-se eficaz quando de sangramentos orais ou após exodontias. ❖ Estrógenos aumentam as concentrações plasmáticas do fator von Willebrand, aparentemente, por estimulação direta da célula endotelial, porém de modo variável. O uso continuado de anticoncepcionais orais contendo estrogênios poderá ser eficaz contra a menorragia em situações em que os antifibrinolíticos foram ineficientes. ❖ Prednisona na hematúria, tanto os antifibrinolíticos como os concentrados de fator aumentam o risco da formação de coágulos com consequente cólica renal. Nos pacientes com doença do tipo 3, em que o DDAVP é ineficaz, a prednisona, na dose de 0,5 mg/kg/dia, por 5 dias, e 0,25 mg/kg/dia, nos 5 dias subsequentes, pode ser útil no tratamento da hematúria de intensidade moderada. Aparentemente, atua nos capilares renais e não propicia a formação de coágulos maiores. ❖ Hemostasia local so local de selantes de fibrina é indicado nas exodontias e nas postectomias. TTO NA GESTAÇÃO E PARTO O FVW aumenta na gestação. começa a aumentar entre a 6a e a 11a semanas gestacionais e no terceiro trimestre pode ter aumentado 3 a 4 vezes, de modo que muitas pacientes com doença de von Willebrand tipo 1 atingem valores dentro da normalidade. Nas mulheres com doença de von Willebrand subtipo 2B o incremento do fator von Willebrand anormal pode causar plaquetopenia, mas usualmente sem necessidade de intervenção. Nas pacientes com doença do tipo 3, não são observadas alterações significantes do fator VIII e fator von Willebrand. Laryssa Barros – P6 – Med – Hemato as pacientes devem ser acompanhadas durante toda a gravidez e por várias semanas após o parto, quando as concentrações desses fatores podem cair abruptamente, podendo ocorrer sangramento anormal entre o 4o e o 5o dia pós- parto DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS ●Distúrbios hereditários de plaqueta= podem causar sintomas clínicos de sangramento. Como a hemofilia, alguns deles podem estar associados à contagem normal de plaquetas. Ao contrário da hemofilia, os distúrbios hereditários das plaquetas devem realizar testes normais de coagulação, e a maioria desses distúrbios é autossômica e não ligada ao X. podem ser caracterizados por trombocitopenia e / ou morfologia anormal das plaquetas . Deficiência do fator XIII= o fator XIII está envolvido na estabilização do coágulo de fibrina e na proteção da fibrinólise. A deficiência do fator XIII é um distúrbio hemorrágico hereditário que pode produzir sangramento grave em homozigotos ou heterozigotos compostos e sangramento mais leve em heterozigotos. Assim como a hemofilia, a deficiência do fator XIII pode se apresentar com hemorragia intracraniana na época do nascimento ou sangramento associado à separação do cordão umbilical. Ao contrário da hemofilia, a apresentação típica é o sangramento tardio após a hemostasia inicial; é caracterizada por aPTT e PT normais e níveis normais de atividade dos fatores VIII, IX e XI deficiências do fator XII, pré-calicreína ou cininogênio de alto peso molecular= podem causar um aPTT prolongado. Diferentemente da hemofilia, essas deficiências não estão associadas ao sangramento clínico. Distúrbios do fibrinogênio= O fibrinogênio circula no plasma a uma concentração de aproximadamente 200 a 400 mg / dL e aumenta como reagente de fase aguda. Durante a coagulação, o fibrinogênio é convertido em fibrina, que polimeriza e contribui com o principal componente estrutural do coágulo. Distúrbios congênitos do fibrinogênio podem ser causados por mutações nos genes do fibrinogênio FGA , FGB ou FGG; esses distúrbios são raros. Eles incluem defeitos quantitativos (afibrinogenemia e hipofibrinogenemia), defeitos qualitativos (disfibrinogenemia) e defeitos combinados (hipodisfibrinogenemia) é geralmente caracterizada pelo prolongamento do tempo de protrombina (PT), tempo parcial de tromboplastina ativado (aPTT) e / ou tempo de trombina (TT), juntamente com níveis e / ou função anormalmente baixos de fibrinogênio no plasma.
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