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Anestesiologia 1 Maria Eduarda de Sá Farias AVALIAÇÃO DAS VIAS AÉREAS Avaliação Pré-anestésica História clinica Prevenir- antecipação aos eventos adversos ANAMNESE Objetivo: detectar fatores médicos, cirúrgicos e anestésicos que possam indicar a presença de uma via aérea difícil Atenção a faixa etária do paciente Formato da epiglote é diferente: apresenta uma conformação em “U” (corniculada) na criança até 2 anos de idade; e em “V” (vermiculada) no adulto Exame Físico: 1. Pescoço: comprimento, hipertrofia muscular, cicatrizes 2. Avaliação da morbidade: em condições normais, a flexão do mento ao esterno é de 45º, e a extensão de 55º, com redução de 20% em indivíduos com mais de 70 anos 3. Mento: hipoplasia de mandíbula (menos de 6 cm entre o bordo da mandíbula e o osso hioide) 4. Distância esternomentoniana: com o paciente sentado, pescoço em máxima extensão, boca fechada, mede-se a distância entre o bordo superior do esterno (manúbrio) e o queixo (mento). Uma distância igual ou menor que 12,5 cm é considerada sugestiva de uma intubação difícil. Distância entre o mento e a proeminência laríngea menor que 6,5 cm também impõe dificuldades à técnica 5. Cavidade oral: macroglossia, avaliação de Mallampatti (exames complementares), capacidade de movimentação da língua. 6. Dentes: ausência, protrusões, sépticos, doença periodontal, próteses. Uma arcada dentária incompleta fornece dificuldades técnicas no processo da intubação. A fratura ou quebra de dentes também dificulta o procedimento e pode complicar caso o dente acesse a via aérea. 7. Mobilidade mandibular: na presença da osteoartrite da articulação temporomandibular (ATM), há risco se a abertura da boca seja menor que 60 mm ou três dedos 8. Face anterior do pescoço (laringe): desvios, hematomas, tumores (móveis ou fixos à palpação?) 9. Pregas vocais: cornagem, edema, paralisia, disfonia 10. Nariz: hipertrofia de cornetos, desvio de septo VENTILAÇÃO Inicialmente mais importante que a intubação Dispositivos: Ambu: sem a fonte de O2, consegue ofertar 20% de O2. Mas se estiver conectado a uma fonte de O2, consegue oferecer 100%; dispositivo auto- expansivo Bolsa-válvula-máscara (KT5): necessita-se de uma fonte de O2, se não ela murcha e não consegue oferecer O2 Quando se deseja que o paciente se mantenha vivo e estável, pode- se manter a vida só com a ventilação Fez medicação, paciente não consegue respirar entrou apneia, pode-se passar até o momento do paciente recuperar a ventilação espontânea, ventilando o mesmo Anestesiologia 2 Maria Eduarda de Sá Farias Chin Lift X Jaw Thrust: Chin Lift: elevação do mento Jaw Thrust: indicado para suspeita de lesão cervical; protrusão da mandíbula DISPOSITIVOS VENTILATÓRIOS Mesmo fazendo as duas manobras citadas, deve-se usar dispositivos ventilatórios Cânula orofaringea ou nasofaringea Canal aberto para passagem do ar Orofaringea: lóbulo da orelha à comissura labial Nasofaringea: ângulo da mandíbula à narina Melhor tolerada na vítima consciente, menos propensa a induzir vômitos Contraindicada em fratura de base de crânio As cânulas mais utilizadas são as orofaríngeas, também conhecidas como Guedel. Estão contraindicadas em pacientes com estômago cheio, pois podem provocar reflexos de tosse e vômito, aumentando a chance de broncoaspiração Contraindicado para pacientes poli traumatizados INTUBAÇÃO Intubação difícil: mais de 3 tentativas ou mais de 10min Ventilação difícil x Intubação difícil Via aérea dificil (difícil ventilação e difícil intubação) IOT difícil: distância tireomento <6cm, abertura bucal <=3cm, mobilidade atlanto occipital reduzida, incisivos longos, retrognatismo, pescoço curto/largo TESTE DE MALLAMPATI Paciente sentado, pescoço neutro, abertura total da boca, língua em protusão máxima e sem fonação. Observador sentado com os olhos à mesma altura dos olhos do paciente Avalia-se o tamanho da língua em relação à orofaringe Anestesiologia 3 Maria Eduarda de Sá Farias CUIDADOS PRÉ IOT Além de todo o checklist de medicações, monitores, dispositivos de via aérea, laringoscópio, tubo oro traqueal, mascara, bolsa ventilatória Posicionamento: Posição olfativa/ cheirador Eixo oral- verde; eixo faríngeo- amarelo; eixo laríngeo- vermelho Quando se coloca coxins, para fazer uma elevação da cabeça, começa a ter um alinhamento desses eixos LARINGOSCOÓPIO Cabo com fonte de luz portátil (baterias ou filhas) e lâminas removíveis Miller; Macintosh e McCoy Cuff Insufla ar no balonete, que é a parte do tubo que fica na traqueia, com a função de fazer a vedação do ar Não se deve retirar o tubo da traqueia sem antes desinflar o balonete INTUBAÇÃO TRAQUEAL Anestesiologia 4 Maria Eduarda de Sá Farias CORMACK-LEHANE Corresponde à avaliação do grau de avaliação da glote à laringoscopia 1=Maior parte das pregas vocais 2A= parte posterior das pregas vocais 2B= somente as aritenoides 3A= epiglote visivel e passivel de elevaçao 3B= epiglote aderida à faringe 4= nenhuma estrutura visível CONFIRMAÇ ÃO IOT Ausência de ruídos epigástricos Ausculta pulmonar bilateral Elevação simétrica do tórax Capnografia/ capnometria Oximetria de pulso CUIDADO PÓS IOT CONTRAINDICAÇÕES COMPLICAÇ ÕES IOT NA PRÁTICA
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