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Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� __________________________________________________________________________________________________________________ Tópicos abordados: 1. Cic�� ��lu���; 2. Pro���s� �e ��c��êne�� � �íve� ��l��a�; 3. O qu� é ne����si�; 4. Exa�� ��to����lógi�� � a c����s�o���; 5. Car����rís�i��s �� �ec��� �or��� d� �o�� d� úte��; 6. Cat����i�s de al����ções mo���lógi��� (ti��� ce����re�) do ex��� ci����to�ógi�� (c�a�s�fi��ção de Bet���d� - Ne�p���i� In��a�p��e���l Cer����l - NI�); 7. Fis���a��l��i� e fa����s de ri��� do H�� e su� infl�ên�i� no de���v���im���� do �ân�e� d� ���o d� úte��; 8. Me��s de co��ági�/p�e��nção (im���tân�i� da va����), si���� e si���m��, di���ós�i��, t�a��m���o d� H��; 9. Man��� e re����n�ações a� pa����te co� H�� na re�� de at��ção à saúde. mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� 1. Cic�� ��lu���; ➔ Visão Geral do Ciclo Celular A função mais básica do ciclo celular é duplicar de maneira acurada a grande quantidade de DNA nos cromossomos e então segregar o DNA para as células-filhas geneticamente idênticas, de modo que cada célula receba uma cópia completa de todo o genoma. Na maioria dos casos, a célula também duplica suas outras macromoléculas e organelas e duplica seu tamanho antes de se dividir; caso contrário, a cada vez que a célula se dividisse ela ficaria cada vez menor. Assim, para manter o seu tamanho, as células em divisão coordenam o seu crescimento com a sua divisão. A duração do ciclo celular varia muito de um tipo de célula para outro. ➔ Ciclo Celular Eucariótico: O ciclo celular eucariótico normalmente inclui quatro fases. Visto sob um microscópio, os dois eventos mais marcantes no ciclo celular são quando o núcleo se divide, um processo chamado de mitose, e quando a célula se divide em duas, um processo chamado de citocinese. Esses dois processos juntos constituem a fase M do ciclo. Em uma célula de mamífero típica, toda a fase M dura cerca de uma hora, que é apenas uma pequena fração do tempo total do ciclo celular. O período entre uma fase M e a próxima fase é chamado de interfase. Sob o microscópio, parece, ilusoriamente, um intervalo sem ocorrências especiais durante o qual a célula simplesmente aumenta em tamanho. Entretanto, a interfase é um momento muito atarefado para uma célula proliferativa e compreende as três fases restantes do ciclo celular. Durante a fase S (S = síntese), a célula replica seu DNA. A fase S é precedida e sucedida por duas fases de intervalo – G1 e G2 (do inglês gap) – durante as quais a célula continua a crescer. Durante as fases de intervalo, a célula monitora tanto seu estado interno como o meio externo. Esse monitoramento assegura que as condições estejam adequadas para reprodução e que os preparativos estejam completos antes de a célula se comprometer com a principal revolução da fase S (após G1) e a mitose (depois de G2 ). Em determinados pontos em G1 e G2, a célula decide se vai prosseguir para a próxima fase ou interromper o processo para permitir mais tempo para se preparar. Durante toda a interfase, uma célula em geral continua a transcrever genes, sintetizar proteínas e aumentar a massa. Junto com a fase S, G1 e G2 fornecem o tempo necessário para a célula crescer e duplicar suas organelas citoplasmáticas. Se a interfase durasse apenas o tempo suficiente para a replicação do DNA, a célula não teria tempo para duplicar sua massa antes de se dividir e consequentemente iria encolher a cada divisão celular. mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� ➔ Um sistema de controle do ciclo celular aciona os principais processos do ciclo celular Para assegurar que replicarão todo o seu DNA e organelas e se dividirão de maneira ordenada, as células eucarióticas possuem uma rede complexa de proteínas reguladoras conhecidas como sistema de controle do ciclo celular. Esse sistema garante que os eventos do ciclo celular – replicação do DNA, mitose e assim por diante – ocorram na sequência estabelecida e que cada processo tenha sido completado antes que o próximo se inicie. Para realizar isso, o próprio sistema de controle é regulado em determinados pontos críticos do ciclo mediante retroalimentação a partir dos processos que estão sendo realizados. Sem essa retroalimentação, uma interrupção ou um atraso em qualquer dos processos poderia ser desastroso. Todo o DNA nuclear, por exemplo, deve ser replicado antes que o núcleo comece a se dividir, ou seja, uma fase S completa deve preceder à fase M. Se a síntese de DNA é desacelerada ou interrompida, a mitose e a divisão celular também devem ser atrasadas. De maneira semelhante, se o DNA é danificado, o ciclo deve interromper em G1 , S ou G2, de modo que a célula possa reparar o dano B antes que a replicação do DNA tenha sido iniciada ou completada, ou antes que a célula entre na fase M. O sistema de controle do ciclo celular consegue tudo isso empregando mecanismos moleculares, muitas vezes chamados de pontos de verificação, para pausar o ciclo em determinados pontos de transição. Assim, o sistema de controle não aciona a próxima etapa no ciclo, a não ser que a célula esteja preparada apropriadamente. O sistema de controle do ciclo celular regula a progressão pelo ciclo celular em três pontos principais. Na transição de G1 para a fase S, o sistema de controle confirma que o meio é favorável para a proliferação antes de prosseguir para a replicação do DNA. A proliferação celular em animais requer tanto nutrientes suficientes quanto moléculas-sinal específicas no meio extracelular; caso tais condições extracelulares sejam desfavoráveis, as células podem atrasar seu progresso por G1 repouso conhecido como G0 e até mesmo entrar em um estado especializado de repouso conhecido como G0 e até mesmo entrar em um estado especializado de (G zero). Na transição de G2 , S, G2 e mitose. Qual é a fase mais para a fase M, o sistema de controle confirma que o DNA não apresenta danos e está totalmente replicado, assegurando que a célula não entre em mitose, a menos que o seu DNA esteja intacto. Por fim, durante a mitose, a maquinaria de controle do ciclo celular assegura que os cromossomos duplicados estão apropriadamente ligados a uma máquina citoesquelética, chamada de fuso mitótico, antes que o fuso separe os cromossomos e os segregue para as duas células-filhas. Nos animais, a transição de G1 para a fase S é especialmente importante como um ponto no ciclo celular onde o sistema de controle é regulado. Sinais oriundos de outras células estimulam a proliferação celular quando mais células são necessárias – e bloqueiam quando não o são. Dessa forma, o sistema de controle do ciclo celular possui um papel central na regulação do número de células nos tecidos do corpo. Caso o sistema de controle não funcione de maneira correta de modo que a divisão celular seja excessiva, pode ocorrer câncer. Referências: Bruce, A. Fundamentos da Biologia Celular. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. 9788582714065. Disponível em: mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714065/cfi/633!/4/ 4@0.00:0.00. Acesso em: 28 de fev de 2021. 2. Pro���s� �e O�c��êne�� � �íve� ��l��a�; • O dano genético não letal está no âmago da carcinogênese. Tal dano genético (ou mutação) pode ser adquirido pela ação de agentes ambientais, como substâncias químicas, radiação ou vírus, ou pode ser herdada na linhagem germinativa. A hipótese genética do câncer sugere que uma massa tumoral resulte de expansão clonal de uma só célula progenitora que sofreu dano genético (isto é, os tumores são monoclonais). • Quatro classes de genes reguladores normais — proto-oncogenes promotores de crescimento, genes supressores de tumor inibidores do crescimento, genes que regulam a morte celular programada (isto é, apoptose) e genes envolvidosno reparo do DNA — são os principais alvos do dano genético. Coletivamente, as alterações genéticas em células tumorais conferem as vantagens de crescimento e sobrevivência em relação às células normais, como se evidenciará na discussão a seguir. • Oncogenes são genes que induzem um fenótipo transformado quando expresso em células. Uma importante descoberta sobre o câncer foi a percepção de que os oncogenes, em sua maioria, são versões mutadas ou superexpressas de genes celulares normais, os quais são chamados de proto-oncogenes. Grande parte dos genes conhecidos codifica fatores de transcrição, proteínas reguladoras do crescimento ou proteínas envolvidas na sobrevivência celular e interações célula-célula e célula-matriz. Eles são considerados dominantes pois a mutação de um único alelo pode levar à transformação celular. • Os genes supressores de tumor são genes que normalmente impedem o crescimento descontrolado e, quando sofrem mutação ou se perdem de uma célula, permitem o desenvolvimento de fenótipo transformado. Em geral, para ocorrer transformação, ambos os alelos normais dos genes supressores tumorais devem ser danificados. Entretanto, um estudo recente demonstrou claramente que, em alguns casos, a perda de um só alelo de um gene supressor tumoral pode promover transformação (haploinsuficiência). • Os genes supressores de tumor normalmente são colocados em dois grupos gerais, “governantes” e “guardiões”. Os “governantes” são os genes supressores de tumor clássicos, como os RB, quando a mutação do gene leva à transformação pela remoção de um importante freio à proliferação celular. Os genes “guardiões” são responsáveis pelo sensoriamento do dano genômico. Alguns desses genes iniciam e coreografam uma complexa “resposta de controle do dano”. Essa resposta leva à cessação da proliferação ou, se o dano for muito grande para ser reparado, à indução de apoptose. O TP53, chamado de “guardião do genoma”, é um gene supressor tumoral prototípico desse tipo. Outros genes guardiões estão diretamente envolvidos no reconhecimento e no reparo de tipos específicos de dano ao DNA; eles são os genes que sofreram mutação nas síndromes autossômicas recessivas do reparo do DNA. A mutação de TP53 ou de outros sensores de dano genômico não transforma diretamente as células, uma vez que a perda da função de guardião não tem efeito direto sobre a proliferação celular ou apoptose. Em vez disso, a perda dos genes guardiões permite e acelera a aquisição de mutações em oncogenes e genes supressores de tumor que podem levar ao desenvolvimento do câncer. Esse aumento da taxa de mutação quase sempre é referido como fenótipo mutante. • Os genes que regulam a apoptose e o reparo do DNA podem agir como proto-oncogenes (a perda de uma cópia é suficiente) ou genes supressores de tumor (perda de ambas as cópias). Vários tipos de mailto:Resumosacademicos21@gmail.com https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714065/cfi/633!/4/4@0.00:0.00 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714065/cfi/633!/4/4@0.00:0.00 Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� alterações podem afetar os genes causadores de câncer e levam à transformação celular. ➔ Lesões genéticas no Câncer As alterações genéticas que caracterizam as mutações associadas ao câncer podem ser sutis (p. ex., mutações pontuais ou inserções e deleções) ou grandes o bastante para produzir alterações cariotípicas. As mutações pontuais podem ativar ou inativar os resultantes produtos de proteína. Por exemplo, as mutações pontuais nos proto-oncogenes, como RAS ou EGFR, resultam com frequência em superatividade da proteína, normalmente pela alteração de um aminoácido regulador interno e produção de uma proteína ativa. Entretanto, mutações pontuais nos supressores tumorais, como as que afetam os genes RB ou TP53, reduzem ou incapacitam a função da proteína codificada. ➔ Alterações Cariotípicas nos Tumores A lesão genética que ativa oncogenes ou inativa os genes supressores de tumor pode ser sutil (como foi descrito anteriormente) ou grande o suficiente para ser detectada no cariótipo. Alguns cânceres têm praticamente cariótipo normal, enquanto outros são acentuadamente aneuplóides, com perda e ganho de muitos cromossomos inteiros ou braços de cromossomos. Em certas neoplasias, anormalidades cariotípicas são não aleatórias e comuns ou até características de determinado tumor. Anormalidades específicas são identificadas na maioria das leucemias e linfomas, e em número crescente de tumores não hematopoéticos. Os tipos comuns de anormalidades estruturais não aleatórias em células tumorais são (1) translocações equilibradas, (2) deleções e (3) manifestações citogenéticas de amplificação do gene. Referências: Robbins, patologia básica / Vinay Kumar... [et al] ; [tradução de Claudia Coana... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2013. 928 p. : il. ; 28 cm. (Capítulo 5) 3. O qu� é ne����si�; Neoplasia literalmente significa “novo crescimento”. Diz-se que células neoplásicas são transformadas porque continuam a se replicar, aparentemente “desatentas” às influências regulatórias que controlam o crescimento celular normal. As neoplasias, portanto, desfrutam de certo grau de autonomia e tendem a aumentar de tamanho independentemente de seu ambiente local. Sua autonomia, porém, não é absolutamente completa. Algumas neoplasias requerem suporte endócrino, e tais dependências algumas vezes podem ser exploradas terapeuticamente. Todas as neoplasias dependem do hospedeiro para sua nutrição e suprimento sanguíneo. No uso médico comum, geralmente uma neoplasia é referida como tumor, e o estudo dos tumores é chamado de oncologia (de oncos, “tumor”, e logos, “estudo de”). Entre os tumores, a divisão de neoplasias em categorias benigna e maligna baseia-se no julgamento do comportamento clínico potencial de um tumor. • Diz-se que um tumor é benigno quando suas características micro e macroscópicas são consideradas relativamente inocentes, indicando que permanecerá localizado, e é tratável com a remoção cirúrgica; geralmente o paciente sobrevive. Note-se, porém, que os tumores benignos podem produzir mais do que massas localizadas e, algumas vezes, são responsáveis por doença grave. • Os tumores malignos são coletivamente referidos como cânceres, termo derivado da palavra em latim “caranguejo” — ou seja, eles aderem a qualquer parte onde se agarram e de maneira obstinada, semelhante ao comportamento do caranguejo. O termo maligno aplica-se a uma neoplasia indicando que a lesão pode invadir e destruir estruturas adjacentes e disseminar-se para locais distantes (metástases) para mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� causar morte. Nem todos os cânceres prosseguem em um curso tão mortal. Os mais agressivos também são alguns dos mais curáveis, mas a designação maligno constitui uma bandeira vermelha. Todos os tumores, benignos e malignos, têm dois componentes básicos: (1) o parênquima, constituído por células neoplásicas ou transformadas, e (2) o estroma, constituído por tecido conectivo, vasos sanguíneos e células inflamatórias derivadas do hospedeiro. O parênquima da neoplasia determina principalmente o seu comportamento biológico, e é desse componente que deriva o seu nome. O estroma é crucial para o crescimento da neoplasia, uma vez que contém o suprimento sanguíneo e dá suporte ao crescimento das células parenquimatosas. Embora o comportamento biológico dos tumores reflita principalmente o comportamento das células parenquimatosas, existe uma percepção crescente de que as células estromais e as neoplásicas mantêm uma “conversação” em mão dupla que influencia o crescimento do tumor. ➔ Nomenclatura: Tumores Benignos Em geral, a designação dos tumores benignos é feita acrescentando-se o sufixo -oma ao tipo celular do qual eles surgem. Um tumor benigno que surge em tecido fibroso é um fibroma; um tumor benigno cartilaginoso é um condroma. A nomenclatura dos tumores epiteliaisbenignos é mais complexa. Eles são classificados, algumas vezes, com base em seu padrão microscópico e, em outras ocasiões, com base em seu padrão macroscópico. Outros são classificados por suas células de origem. Por exemplo, o termo adenoma é aplicado geralmente a neoplasias benignas epiteliais, que produzem padrões glandulares, e a neoplasias derivadas de glândulas, mas que não mostram necessariamente padrões glandulares. Uma neoplasia epitelial benigna que surge das células tubulares renais e cresce em padrões do tipo glandular é denominada adenoma, como também é uma massa de células epiteliais benignas que não produz padrões glandulares, mas tem sua origem no córtex suprarrenal. Os papilomas são neoplasias epiteliais benignas, que crescem em qualquer superfície, produzem frondes micro ou macroscópicas semelhantes a dedos. Um pólipo é uma massa que se projeta acima de uma superfície mucosa, como no intestino, para formar uma estrutura macroscopicamente visível. Embora seja um termo usado com frequência para tumores benignos, alguns tumores malignos também podem crescer como pólipos, enquanto outros pólipos (como os pólipos nasais) não são neoplásicos, mas têm origem inflamatória. Cistadenomas são massas císticas ocas que surgem tipicamente no ovário. Tumores Malignos A nomenclatura dos tumores malignos segue essencialmente a dos tumores benignos, com certos acréscimos e exceções. • Neoplasias malignas que surgem em tecidos mesenquimais “sólidos” ou seus derivados são chamadas de sarcomas, enquanto aquelas surgidas de células mesenquimais sanguíneas são chamadas de leucemias ou linfomas. Os sarcomas são designados pelo tipo celular de que são compostos, que é presumivelmente sua célula de origem. Assim, um câncer com origem no tecido fibroso é um fibrossarcoma, enquanto uma neoplasia maligna composta por condrócitos é um condrossarcoma. • Embora os epitélios do corpo derivem das três camadas germinativas, as neoplasias malignas das células epiteliais são chamadas de carcinomas, independentemente do tecido de origem. Assim, uma neoplasia maligna que surge no epitélio tubular renal (mesoderma) é um carcinoma, como o são os cânceres que surgem na pele (ectoderma) e no epitélio do revestimento intestinal (endoderma). Além disso, o mesoderma pode dar origem a carcinomas (epiteliais), sarcomas (mesenquimais) e tumores hematolinfoides (leucemias e linfomas). • Os carcinomas são ainda mais subdivididos. Os Carcinomas que crescem em padrão glandular são chamados de adenocarcinomas, enquanto aqueles que produzem células escamosas são chamados de carcinomas de células escamosas. Algumas vezes, mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� pode-se identificar o tecido ou órgão de origem, como na designação adenocarcinoma de células renais. Outras vezes, o tumor mostra pouca ou nenhuma diferenciação e deve ser chamado de carcinoma mal diferenciado ou indiferenciado. As células transformadas em uma neoplasia, seja benigna ou maligna, quase sempre são assemelhadas, como se todas tivessem derivado de uma única progenitora, compatível com a origem monoclonal dos tumores. Em alguns casos incomuns, porém, as células tumorais sofrem diferenciação divergente, criando os chamados tumores mistos. O melhor exemplo é o tumor misto de glândula salivar. Esses tumores têm componentes epiteliais óbvios dispersos pelo estroma fibromixóide, algumas vezes ancorando ilhas de cartilagem ou osso. Acredita-se que todos esses elementos diversos derivem de células epiteliais ou mioepiteliais, ou de ambas, e a designação preferida para essas neoplasias é adenoma pleomórfico. O fibroadenoma da mama feminina é outro tumor misto comum. Esse tumor benigno contém uma mistura de elementos ductais proliferativos (adenoma) incrustados em um tecido fibroso frouxo (fibroma). Embora somente o componente fibroso seja neoplásico, o termo fibroadenoma continua em uso comum. Teratoma é um tipo especial de tumor misto que contém células maduras ou imaturas reconhecíveis ou tecidos representativos de mais de uma camada de células germinativas e, algumas vezes, de três. Os teratomas originam-se de células germinativas totipotentes, como aquelas anormalmente presentes em restos embrionários sequestrados da linha média. As células germinativas têm capacidade de se diferenciar em quaisquer tipos celulares no corpo adulto; portanto, não surpreende que possam dar origem a neoplasias que simulam, de maneira confusa, porções de osso, epitélio, músculo, gordura, nervo e outros tecidos. Pode-se notar algumas inconsistências flagrantes. Por exemplo, são usados os termos linfoma, mesotelioma, melanoma e seminoma para neoplasias malignas. Há outros casos de terminologia confusa: • Hamartoma é uma massa de tecido desorganizado nativo de um local específico. O exame histopatológico pode mostrar uma massa de células hepáticas maduras, mas desorganizadas, vasos sanguíneos e, possivelmente, ductos biliares dentro do fígado ou um nódulo no pulmão contendo ilhas de cartilagem, brônquios e vasos sanguíneos. Os hamartomas são tradicionalmente considerados malformações desenvolvimentares, mas alguns estudos genéticos mostraram a presença de translocações adquiridas, sugerindo origem neoplásica. Coristoma é uma anomalia congênita que consiste em um resto heterotópico de células. Por exemplo, um pequeno nódulo de tecido pancreático normalmente organizado pode ser encontrado na submucosa do estômago, duodeno ou intestino delgado. Esse resto heterotópico pode estar repleto de ilhotas de Langerhans e glândulas exócrinas. A designação -oma, conotando neoplasia, confere ao resto heterotópico uma gravidade além de sua usual pouca significância. Embora a terminologia das neoplasias lamentavelmente não seja simples, uma firme compreensão da nomenclatura é importante por ser a linguagem pela qual a natureza e a significância dos tumores são categorizadas. há quatro características fundamentais pelas quais se podem distinguir tumores benignos e malignos: diferenciação e anaplasia, velocidade de crescimento, invasão local e metástase. • Neoplasias benignas são compostas por células bem diferenciadas que se assemelham estreitamente a suas contrapartes normais. Um lipoma é constituído por células adiposas maduras carregadas com mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� vacúolos lipídicos, e um condroma é constituído por células de cartilagem maduras que sintetizam sua matriz cartilaginosa — evidência de diferenciação funcional e morfológica. Em tumores benignos bem diferenciados, normalmente as mitoses são raras e sua configuração é normal. • Neoplasias malignas caracterizam-se por ampla gama de diferenciações celulares parenquimatosas, desde as bem diferenciadas até as completamente indiferenciadas. Por exemplo, adenocarcinomas bem diferenciados da tireoide podem conter folículos com aparência normal. Algumas vezes pode ser difícil distinguir esses tumores das proliferações benignas. Entre os dois extremos situam-se os tumores livremente referidos como moderadamente bem diferenciados. O estroma que contém o suprimento sanguíneo é crucial para o crescimento de tumores, mas não ajuda na separação dos tumores benignos dos malignos. A quantidade de tecido conjuntivo estromal determina, porém, a consistência da neoplasia. Certos cânceres induzem um estroma fibroso abundante (desmoplasia), tornando-os duros, os chamados tumores cirrosos. • Diz-se que as neoplasias malignas compostas por células indiferenciadas são anaplásicas. A falta de diferenciação, ou anaplasia, é considerada uma característica de malignidade. O termo anaplasia significa literalmente “formação retrógrada” — sugerindo desdiferenciação ou perda de diferenciação estrutural e funcional das células normais. Taxa de Crescimento Muitos tumores benignos crescem lentamente, e a maioria dos cânceres cresce muito mais depressa, eventualmente disseminando-se localmente e para sítios distantes (por metástase)e causando morte. Mas há muitas exceções a essa generalização, e alguns tumores benignos crescem com mais facilidade do que alguns cânceres. Por exemplo, a taxa de crescimento dos leiomiomas (tumores benignos da musculatura lisa) do útero é influenciada pelos níveis circulantes de estrógenos. Eles podem aumentar rapidamente de tamanho durante a gravidez e então cessar o crescimento, tornando-se em grande parte fibrocalcificados após a menopausa. Outras influências, como a adequação de suprimento sanguíneo ou restrições de pressão, também podem afetar a taxa de crescimento dos tumores benignos. Observa-se que os adenomas da hipófise encerrados na sela túrcica encolhem-se subitamente. Presumivelmente, eles sofrem uma onda de necrose, à medida que o aumento progressivo comprime seu suprimento sanguíneo. Apesar dessas advertências e da variação na taxa de crescimento de uma neoplasia para outra, geralmente é verdadeiro que muitos tumores benignos aumentam de tamanho lentamente no período de meses a anos. A taxa de crescimento dos tumores malignos normalmente correlaciona-se inversamente com o seu nível de diferenciação. Em outras palavras, tumores mal diferenciados tendem a crescer mais rapidamente do que os tumores bem diferenciados. Entretanto, há ampla variação na taxa de crescimento. Alguns crescem lentamente durante anos e então entram em fase de crescimento rápido, significando a emergência de um subclone agressivo de células transformadas. Outros crescem de forma relativamente lenta e uniforme; em casos excepcionais, o crescimento pode chegar quase a parar. De forma ainda mais excepcional, alguns tumores primários (particularmente coriocarcinomas) podem se tornar totalmente necróticos, deixando apenas implantes metastáticos secundários. Apesar dessas raridades, a maioria dos cânceres aumenta progressivamente de tamanho com o tempo, alguns lentamente, outros rapidamente, mas a noção de que eles “são completamente inesperados” não é verdadeira. Muitas linhas de evidência experimentais e clínicas documentam que a maioria dos cânceres, se não todos, leva anos e às vezes décadas para evoluir em lesões clinicamente manifestas. Isso é verdadeiro mesmo nas leucemias “agudas” da infância, que muitas vezes começam durante o desenvolvimento fetal, apesar de se manifestarem anos depois. Os tumores malignos de crescimento rápido geralmente contêm áreas centrais de necrose isquêmica, porque o suprimento sanguíneo tumoral, derivado do hospedeiro, falha em manter o mesmo ritmo para atender às necessidades de oxigênio da massa celular em expansão. mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� Invasão Local Uma neoplasia benigna permanece localizada em seu sítio de origem. Não tem capacidade de se infiltrar, invadir ou metastatizar-se para locais distantes, como as neoplasias malignas. Metástase As metástases são implantes secundários de um tumor, as quais são descontínuas com o tumor primário e localizadas em tecidos remotos. Mais do que qualquer outro atributo, a propriedade da metástase identifica uma neoplasia como maligna. As neoplasias malignas disseminam-se por uma de três vias: (1) semeadura nas cavidades corporais, (2) disseminação linfática ou (3) disseminação hematogênica. A disseminação por semeadura ocorre quando as neoplasias invadem uma cavidade corporal natural. Esse modo de disseminação é particularmente característico dos cânceres de ovário, que muitas vezes cobrem amplamente as superfícies peritoneais. Literalmente, os implantes podem comprometer todas as superfícies peritoneais e, ainda assim, não invadir os tecidos subjacentes. Há aqui uma situação em que a capacidade de se reimplantar em outra parte parece ser distinta da capacidade de invadir. As neoplasias do sistema nervoso central, como o meduloblastoma ou o ependimoma, podem penetrar nos ventrículos cerebrais e ser transportadas pelo líquido cefalorraquidiano para se reimplantar nas superfícies meníngeas, dentro do cérebro ou na medula espinhal. A disseminação linfática é mais típica dos carcinomas, enquanto a disseminação hematogênica é favorecida pelos sarcomas. Há numerosas interconexões, contudo, entre os sistemas linfático e vascular; assim, todas as formas de câncer podem se disseminar através de um ou ambos os sistemas. O padrão de envolvimento do linfonodo depende principalmente do local da neoplasia primária e das vias naturais de drenagem linfática local. Os carcinomas pulmonares que surgem nas passagens respiratórias metastatizam-se primeiro para os linfonodos bronquiais regionais e depois para os linfonodos traqueobronquiais e hilares. O carcinoma da mama surge normalmente no quadrante externo superior e dissemina-se primeiramente para os linfonodos axilares. Entretanto, as lesões mamárias mediais podem drenar através da parede torácica para os nodos ao longo da artéria mamária interna. Em seguida, em ambos os casos, os linfonodos supraclaviculares e infraclaviculares podem ser semeados. Em alguns casos, as células cancerosas parecem atravessar os canais linfáticos dentro dos linfonodos imediatamente próximos para serem capturadas em linfonodos subsequentes, produzindo as chamadas metástases saltadas. As células podem atravessar todos os linfonodos, alcançando finalmente o compartimento vascular por meio do ducto torácico. Um “linfonodo-sentinela” é o primeiro linfonodo regional que recebe o fluxo linfático de um tumor primário. Pode ser identificado por injeção de corantes azuis ou radiotraçadores próximos do tumor. A biópsia do linfonodo-sentinela permite a determinação da extensão da disseminação do tumor e pode ser usada para planejar o tratamento. Note-se que, embora o aumento de tamanho dos linfonodos próximos de uma neoplasia primária deva causar preocupações quanto à disseminação metastática, nem sempre implica envolvimento canceroso. Os produtos necróticos da neoplasia e os antígenos tumorais com frequência evocam respostas imunológicas nos linfonodos, como a hiperplasia dos folículos (linfadenite) e a proliferação de macrófagos nos seios subcapsulares (histiocitose sinusal). Assim, é necessária a verificação histopatológica do tumor dentro de um linfonodo aumentado de tamanho. A disseminação hematogênica é a via favorecida para os sarcomas, mas os carcinomas também a utilizam. Como seria de esperar, as artérias são penetradas menos prontamente que as veias. Com a invasão venosa, as células sanguíneas seguem o fluxo venoso drenando o local da neoplasia, com as células tumorais frequentemente parando no primeiro leito capilar que encontram. Como a drenagem de toda a área portal flui para o fígado e todos os fluxos sanguíneos cavais fluem para os pulmões, o fígado e os pulmões são os locais secundários envolvidos com mais frequência na disseminação hematogênica. Os cânceres que surgem próximos da coluna vertebral quase sempre embolizam-se mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� através do plexo paravertebral; essa via provavelmente está envolvida nas frequentes metástases vertebrais dos carcinomas da tireoide e da próstata. Certos carcinomas têm propensão a crescer dentro das veias. O carcinoma de células renais muitas vezes invade a veia renal para crescer de maneira serpenteante até a veia cava inferior, alcançando algumas vezes o lado direito do coração. Os carcinomas hepatocelulares geralmente penetram radículas portais e hepáticas para crescer dentro delas nos principais canais venosos. Notavelmente, tal crescimento intravenoso pode não ser acompanhado por disseminação ampla. Muitas observações sugerem que a localização anatômica de uma neoplasia e sua drenagem venosa não podem explicar totalmente as distribuições sistêmicas das metástases. Por exemplo, os carcinomas broncogênicos tendem a envolver as suprarrenais e o cérebro, e os neuroblastomas disseminam-se para o fígado e para os ossos. Por outro lado, músculos esqueléticos, embora ricos em capilares, raramente são o local dedepósitos secundários. A base molecular de tal residência tecido-específica das células tumorais é discutida posteriormente. Portanto, numerosas características dos tumores, normalmente permitem a diferenciação entre neoplasias benignas e malignas. Referências: Robbins, patologia básica / Vinay Kumar... [et al] ; [tradução de Claudia Coana... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2013. 928 p. : il. ; 28 cm. (Capítulo 5) 4. Exa�� C��op����ógi�� � Col���c��i�; EXAME CITOPATOLÓGICO (PAPANICOLAU) O primeiro passo é o adequado preenchimento do formulário de requisição do exame citopatológico com letra legível e com todas as informações referentes aos dados pessoais e da Unidade de Saúde corretos. O procedimento de coleta propriamente dito deve ser realizado na ectocérvice e na endocérvice, usando a espátula de Ayres e a escovinha tipo Campos da Paz. Após a coleta, a fixação deste material na lâmina deve ser imediata. É fundamental não esquecer que esta lâmina e a caixa ( ou frasco) devem estar corretamente identificados, da mesma forma que o formulário de requisição de exames já preenchidos, todos a lápis grafite. No caso de mulheres histerectomizadas, recomenda-se verificar se o colo foi mantido. Havendo colo, o exame deve ser procedido regularmente. No caso de pacientes grávidas, a coleta não é contra-indicada, mas deve ser realizada de maneira cuidadosa podendo seguir-se de um pequeno sangramento. Por que preencher adequadamente todos os dados da ficha de requisição? Eles são essenciais para uma correta interpretação do material coletado e para a busca das mulheres com alterações citopatológicas que não compareceram para apanhar o seu resultado de exame ou faltarem em alguma etapa de seu tratamento. Muitas mulheres não retornam à Unidade de Saúde para conhecer o resultado de seu exame. Por isso, marque uma data para retorno e a busca de seu resultado e lembre-as, no momento da coleta de seu exame, desta necessidade. Quando a amostra não é satisfatória? A amostra colhida, ao ser examinada no laboratório, será classificada em: • amostra insatisfatória; • amostra satisfatória, mas limitada; • amostra satisfatória. Uma amostra será considerada insatisfatória quando há: • ausência de identificação na lâmina ou na requisição; • lâmina quebrada ou com material mal fixado; • células escamosas bem preservadas cobrindo menos de 10% de superfície da lâmina; mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� • obscurecimento por sangue, inflamação, áreas espessas, má fixação, dessecamento etc., que impeçam a interpretação de mais de 75% das células epiteliais. Nestes casos não é possível se dar algum diagnóstico e por isso o exame deve ser repetido. Uma amostra será considerada satisfatória mas limitada quando há: • falta de informações clínicas pertinentes; •ausência ou escassez de células endocervicais ou metaplásicas representativas da junção escamo-colunar (JEC) ou da zona de transformação; • esfregaço purulento, obscurecido por sangue, áreas espessas, dessecamento etc., que impeçam a interpretação de aproximadamente 50 a 70% das células epiteliais. O que fazer com os resultados considerados dentro dos limites da normalidade? Recomenda-se que um novo exame seja realizado pelo menos a cada 3 anos. Isto não exclui a necessidade de retorno anual à Unidade de Saúde para outras consultas, tais como exame clínico das mamas. Como proceder se o resultado do exame citopatológico repetido após 6 meses continuar alterado? Espera-se a regressão espontânea das lesões (ASCUS, AGUS, NIC I e efeito citopático compatível com HPV) em torno de 80% dos casos. Caso o resultado continue alterado, a mulher deve ser encaminhada para a colposcopia. COLPOSCOPIA A colposcopia, junto à citologia e à histologia, constitui o tripé no qual se baseia o diagnóstico das lesões intraepiteliais e invasoras do trato genital inferior. A colposcopia e a citologia outorgam um diagnóstico de suspeita, sendo ambas métodos de detecção. A histologia das lesões detectadas colposcopicamente ou por meio de curetagem endocervical certificam o diagnóstico. A colposcopia consiste na visualização magnificada do colo do útero e áreas adjacentes antes e depois da aplicação de ácido acético e solução de Lugol; ela permite identificar áreas anormais ou suspeitas, para seu estudo histológico. ➔ Fundamento da Colposcopia O colposcópio emite um feixe de luz que reflete o estroma produzindo uma coloração rosa quando se observa o epitélio escamoso plano poliestratificado não queratinizado, o qual constitui uma membrana translúcida que permite refletir parte da luz incidente; a coloração rosa é produzida pela vascularização do estroma. O epitélio cilíndrico, de uma só camada celular, constitui uma membrana transparente e produz uma coloração mais avermelhada que o epitélio escamoso, poliestratificado. A cor refletida, que é o aspecto fundamental da imagem colposcópica, relaciona-se com a vascularização e a configuração do estroma e com a espessura do epitélio, que atua como um filtro para a passagem da luz. Por isso, as imagens colposcópicas são determinadas pelas características dos epitélios, examinados sem preparação e depois da aplicação de reativos, e sua relação com o estroma subjacente. ➔ Indicações para Colposcopia Prevenção secundária do câncer cervical. a) Programas de rastreamento: os meios para diagnóstico pré-clínico são, em primeira instância, a citologia, sendo a colposcopia uma técnica de segundo nível que identifica a lesão para seu estudo histológico e permite, de acordo com a necessidade, que se defina uma terapêutica adequada. b) Exame sistemático na consulta ginecológica: colposcopia simultânea à citologia, em primeiro plano. Avaliação de citologias com atipias. A indicação mais frequente para referir mulheres para colposcopia é a citologia cervical anormal, geralmente descoberta como resultado do rastreamento citológico. Na avaliação de citologias positivas, nas quais não se acha lesão cervical, é fundamental realizar uma vaginoscopia em busca de lesões vaginais primárias mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� Diagnóstico de pacientes sintomáticas Em pacientes que consultam por apresentar sinusorragia, spotting ou metrorragias, é obrigatória uma colposcopia para excluir patologia cervical, qualquer que seja o resultado do Pap, já que os da citologia. Estudo de doenças e/ou lesões benignas A colposcopia permite detectar patologias associadas como infecções, doenças de transmissão sexual, pólipos, granulomas inflamatórios, fístulas, malformações, endometriose, rompimentos e traumatismos. Controle das lesões intraepiteliais durante a gravidez. Em pacientes com lesões intraepiteliais de alto grau diagnosticadas durante a gravidez, deve-se realizar seguimento estrito, citocolposcópico, da paciente a cada dois meses até o término da gravidez, realizando nova biópsia ante suspeita de progressão da lesão e reavaliação em torno de 6-8 semanas pós-parto para ter uma decisão terapêutica. Localização das regiões para biópsia. O achado colposcópico de imagens anormais no colo do útero permite estabelecer compatibilidade diagnóstica; em todos os casos, o diagnóstico de certeza será proporcionado pela histologia. Por isso, é função importante do colposcopista saber interpretar as imagens encontradas para decidir o local de biópsia, devendo coletar a quantidade de biópsias que considerar necessárias. Estudo topográfico das lesões O tamanho, o comprometimento endocervical, a progressão para a vagina e a multicentricidade das lesões devem ser avaliadas com precisão mediante a colposcopia para selecionar a técnica terapêutica. Genitoscopia. A técnica colposcópica inclui o exame da vagina e da vulva para excluir lesões primárias ou multicêntricas do trato genital inferior. Seguimento das lesões tratadas. As pacientes submetidas a tratamentos destrutivos locais ou excisionais devem ser seguidas com citologia e colposcopiapara detectar persistência (lesões presentes dentro dos 12 meses de realização do tratamento) e recidiva (lesões presentes depois de 12 meses de realização do tratamento). Referências: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual técnico. Prevenção do Câncer de colo de útero. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/manual_profissionaisdesaude .pdf. Acesso em: 28 de fev de 2021. TATTI, Silvio Alejandro. Colposcopia e Patologias do Trato Genital Inferior. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2010. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536323268/cfi/115!/4/ 4@0.00:0.00. Acesso em: 26 de fev de 2021. 5. Car����rís�i��s �� �ec��� �or��� d� �o�� d� úte��; A cérvice é a porção cilíndrica, mais baixa do útero. A estrutura histológica dessa porção difere do restante do útero. A mucosa é revestida por um epitélio simples colunar secretor de muco. A cérvice tem poucas fibras de músculo liso e consiste principalmente (85%} de tecido conjuntivo denso. A extremidade externa da cérvice, que provoca saliência no lúmen da vagina, é revestida por epitélio estratificado pavimentoso. A mucosa da cérvice contém as glândulas mucosas cervicais, que se ramificam intensamente. Esta mucosa não sofre mudanças notáveis durante o ciclo menstrual e não descama durante a menstruação. Durante a gravidez, as células das glândulas mucosas cervicais proliferam e secretam um líquido mucoso mais abundante e mais viscoso. As secreções cervicais têm um papel importante na fertilização. Na época da ovulação, as secreções mailto:Resumosacademicos21@gmail.com http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/manual_profissionaisdesaude.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/manual_profissionaisdesaude.pdf https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536323268/cfi/115!/4/4@0.00:0.00 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536323268/cfi/115!/4/4@0.00:0.00 Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� mucosas são mais fluidas e facilitam a penetração do esperma no útero. Na fase luteal ou na gravidez, os níveis de progesterona alteram as secreções mucosas de forma que elas tornam-se mais viscosas e previnem a passagem de esperma e de microrganismos para o interior do útero. A dilatação da cérvice que precede o parto se deve a intensa colagenólise, que promove o amolecimento de sua parede. Referências: Junqueira, Luiz Carlos Uchoa, 1920-2006 Histologia básica I L.C.Junqueira e José Carneiro. - [12. ed]. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. (462) 6. Cat����i�s de al����ções mo���lógi��� (ti��� ce����re�) do ex��� ci����to�ógi�� (c�a�s�fi��ção de Bet���d� - Ne�p���i� In���ep����i�l C���ic�� - NI�) O que é NIC? A Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) não é câncer e sim uma lesão precursora, que dependendo de sua gravidade, poderá ou não evoluir para câncer. NIC I é a alteração celular que acomete as camadas mais basais do epitélio estratificado do colo do útero (displasia leve). Cerca de 80% das mulheres com esse tipo de lesão apresentarão regressão espontânea. NIC II é a existência de desarranjo celular em até três quartos da espessura do epitélio, preservando as camadas mais superficiais (displasia moderada). NIC III é a observação do desarranjo em todas as camadas do epitélio (displasia acentuada e carcinoma in situ), sem invasão do tecido conjuntivo subjacente. As lesões precursoras de alto grau (NIC II e III) são encontradas com maior frequência na faixa etária de 35 a 49 anos, especialmente entre as mulheres que nunca realizaram o exame citopatológico (Papanicolaou). No resultado compatível com NIC I recomenda-se a repetição do exame citopatológico após 6 meses. Não se esqueça de agendar esta próxima consulta. Nos resultados compatíveis com NIC II ou NIC III recomenda-se o encaminhamento imediato para a colposcopia, para confirmação histopatológica de que não há invasão do tecido conjuntivo. O que é efeito citopático compatível com o HPV? O exame citopatológico não diagnostica a infecção pelo HPV e nem o seu tipo, mas existem alterações celulares que sugerem a presença deste vírus, tais como células paraceratóticas, escamas anucleadas, coilocitose, cariorrexis ou núcleos hipertróficos com cromatina grosseira. Neste caso, recomenda-se a repetição do exame citopatológico (Papanicolau) após 6 meses. Resultados que podem ser encontrados no exame citopatológico e conduta a ser adotada O que são ASCUS e AGUS? Estes termos foram introduzidos na nomenclatura citopatológica nacional em 1993 e correspondem às atipias de significado indeterminado em células escamosas (ASCUS) e em células glandulares (AGUS). Sob esses diagnósticos estão incluídos os casos com ausência de alterações celulares que possam ser classificadas como Neoplasia Intraepitelial Cervical, porém com alterações citopatológicas que merecem uma melhor investigação e acompanhamento. Recomenda-se a repetição do exame citopatológico (Papanicolaou) após 6 meses. O que são carcinoma e adenocarcinoma? mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� Carcinoma escamoso invasivo e Adenocarcinoma invasivo – ocorrem quando as alterações celulares se tornam mais intensas e o grau de desarranjo é tal que as células invadem o tecido conjuntivo do colo do útero abaixo do epitélio. O exame histopatológico irá determinar o grau da invasão, o que é necessário para o correto tratamento. Recomenda-se que as mulheres com este diagnóstico sejam encaminhadas imediatamente para a colposcopia. SISTEMA DE BETHESDA Tradicionalmente, as alterações celulares causadas pelo HPV eram consideradas separadamente dos verdadeiros precursores do câncer de colo uterino, que eram divididos em quatro categorias (displasia leve, moderada, severa e CIS) ou em três (NIC 1, NIC 2 e NIC 3), segundo as diferentes classificações. Essas categorias refletiam o que se percebia como um contínuo biológico das lesões cervicais. Em compensação, as modificações realizadas pelo SB 2001 refletem o conceito atual: que estas lesões cervicais não configuram um continuum lesional. Foi comprovado que são duas condições completamente diferentes. Por um lado, a infecção viral causada pelo HPV, lesão escamosa intraepitelial de baixo grau e, por outro, um precursor do câncer cervical induzido pelo HPV, a lesão intraepitelial de alto grau. As contribuições mais importantes do SB são: 1) a categorização geral do esfregaço; 2) a dupla classificação das lesões escamosas cervicais; e 3) a inclusão da qualidade dos esfregaços nos laudos citológicos. As categorias do SB são três: 1) negativo para lesão intraepitelial ou malignidade; 2) anomalias nas células epiteliais; e 3) outros. Consideram-se negativas para LIE ou malignidade as alterações reativas, por radiação, as alterações por DIU e as infecções causadas por microorganismos específicos (cândida, vaginose bacteriana e herpes simples). A classificação das lesões intraepiteliais em dois tipos de baixo grau LIEBG e de alto grau LIEAG, ao reduzir o número de categorias, melhora a variabilidade interobservador e a reprodutibilidade intra-observador e, por outro lado, reflete a diferença no acompanhamento clínico destas lesões. Nos anos 1980 e 1990, o manejo clínico das lesões cervicais estava intimamente ligado à identificação de todos os casos de LIE; toda lesão escamosa intraepitelial representava precursores que exigiam colposcopia e tratamento. Atualmente, reconhece-se que as lesões de baixo grau representam infecções autolimitadas de HPV e que a ênfase do manejo clínico deve ser aplicada ao diagnóstico e tratamento das lesões de alto grau. A inclusão da qualidade do esfregaço no laudo citológico é considerada por muitos autores como o fator de controle de qualidade mais importante, uma vez que as causas de erro em citologia cervical são, em 70 a 80% dos casos, defeitos de amostragem. O SB 2001 recomenda incluir em todos os laudos a informação sobre o esfregaço ser satisfatório ou insatisfatório para avaliação, incluindo também osindicadores de qualidade, tais como presença de componente endocervical e da zona de transformação, escurecimento do esfregaço por sangue ou inflamação, entre outros. A presença de componente endocervical não é necessária para que a amostra seja considerada satisfatória. Contudo, é necessário informar se está presente ou não. Para considerar um esfregaço insatisfatório, é necessária uma avaliação exaustiva da amostra. Em caso de estar inadequadamente preservada, com fraturas ou defeitos de fixação, deve ser considerada insatisfatória e é preciso esclarecer no laudo que não foi processada, indicando as causas. Em esfregaços processados e insatisfatórios, o laudo também deve assinalar isso e incluir os fatores limitadores. Considera-se que um esfregaço é insatisfatório quando 75% das células escamosas estão escurecidas por inflamação ou glóbulos vermelhos. Considera-se suficiente quando há mais de 8 a 12 mil células escamosas bem preservadas em esfregaços convencionais e 5 mil nos esfregaços em base líquida. Na presença de atipia celular, ou de qualquer anomalia citológica, os esfregaços não devem ser informados como insatisfatórios. O SB 2001 subclassifica as células escamosas atípicas (ASC), enfatizando as diferenças entre probabilidade de ser uma lesão de alto ou mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� baixo grau. Recomenda subdividir a ASC em duas categorias: 1) ASC-US, células escamosas atípicas de significado indeterminado, que são alterações sugestivas de LIE quantitativa e qualitativamente insuficientes para um diagnóstico definitivo; e 2) ASC-H, que são células escamosas atípicas que não permitem excluir LIEAG. Os ASC-US são anomalias sugestivas tanto de uma lesão de baixo grau quanto de grau indeterminado. Apesar de que a maioria das mulheres com ASC-US apresenta um LSIL no acompanhamento, é possível ver LIEAG em 10 a 20% dos casos. Em qualquer laboratório, a maioria dos esfregaços atípicos deve ser ASC-US; em compensação, espera-se que apenas 10% deles sejam ASC-H. Os esfregaços ASC-H estão associados a uma porcentagem maior de LIEAG. O SB 2001 também incorpora modificações no laudo das anomalias das células glandulares (AGC). Os achados glandulares atípicos devem ser informados segundo o tipo celular de origem, endocervical ou endometrial, enquanto for possível, e a atipia glandular deve ser informada como NOS ou como provavelmente maligna. Referências: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual técnico. Prevenção do Câncer de colo de útero. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/manual_profissionaisdesaude .pdf. Acesso em: 28 de fev de 2021. MERCEDES, G.; (EDS.), M.E.F. Manual de Citopatologia Diagnóstica. [Digite o Local da Editora]: Editora Manole, 2013. 9788520436066. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520436066/cfi/91!/4/4 @0.00:29.5. Acesso em: 28 de fev de 2021. 7. fisi����ol���a e fa����s de ri��� do H�� e su� infl�ên�i� no ����n�o�v����to �� �ân�e� d� ���o d� úte��; O HPV, agente causador da neoplasia cervical, tem tropismo para as células escamosas imaturas da zona de transformação. A maioria das infecções por HPV é transitória e eliminada em poucos meses por uma resposta inflamatória aguda e crônica. No entanto, um subconjunto de infecções persiste, e algumas delas progridem para neoplasia intraepitelial cervical (NIC), uma lesão precursora a partir da qual mais carcinomas invasivos do colo do útero se desenvolvem. O HPV é detectável por métodos moleculares em quase todos os casos de NIC e carcinoma cervical. Embora a infecção por HPV ocorra nas células escamosas mais imaturas da camada basal, a replicação do DNA de HPV ocorre em células escamosas sobrejacentes mais diferenciadas. Células escamosas nessa mailto:Resumosacademicos21@gmail.com http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/manual_profissionaisdesaude.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/manual_profissionaisdesaude.pdf https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520436066/cfi/91!/4/4@0.00:29.5 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520436066/cfi/91!/4/4@0.00:29.5 Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� fase de maturação normalmente não replicam o DNA, mas as células escamosas infectadas por HPV, sim, como consequência da expressão de duas oncoproteínas potentes codificadas no genoma do HPV, chamadas E6 e E7. As proteínas E6 e E7 ligam e inativam dois supressores tumorais críticos, o p53 e o Rb, respectivamente e, ao fazê-lo, promovem o crescimento e o aumento da suscetibilidade a mutações adicionais que podem, eventualmente, levar à carcinogênese. Os sorotipos reconhecidos de HPV podem ser classificados como tipos de alto ou baixo risco com base em sua propensão para induzir carcinogênese. A infecção de alto risco por HPV é o fator de risco mais importante para o desenvolvimento de NIC e carcinoma. Duas cepas de alto risco de HPV, os tipos 16 e 18, são responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de NiC e carcinoma cervical. Em geral, infecções com sorotipos de alto risco de HPV são mais propensos a persistir, o que é um fator de risco para a progressão para o carcinoma. Esses subtipos de HPV também apresentam propensão a integrar o genoma da célula hospedeira, um evento que está ligado à progressão. Cepas de baixo risco de HPV (p. ex., dos tipos 6 e 11), por outro lado, estão associadas ao desenvolvimento de condilomas do trato genital inferior e não se integram ao genoma do hospedeiro, permanecendo como DNA viral livre epissômico. Apesar da forte associação da infecção pelo HPV com o câncer do colo do útero, o HPV não é suficiente para conduzir o processo neoplásico. Como mencionado adiante, várias lesões precursoras de alto grau de infecção por HPV não progridem para câncer invasivo. A progressão de displasias cervicais para câncer do colo do útero tem sido atribuída a diversos fatores, como estado imune e hormonal ou coinfecção com outros agentes sexualmente transmissíveis. Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) A carcinogênese relacionada com o HPV começa com a alteração pré-cancerosa epitelial denominada NIC, que geralmente precede o desenvolvimento de um câncer evidente por muitos anos, por vezes décadas. Em consonância com essa ideia, a incidência de NIC atinge o ponto máximo por volta dos 30 anos de idade, enquanto o carcinoma invasivo atinge o ponto máximo por volta dos 45 anos de idade. A NIC normalmente começa com displasia de baixo grau (NIC I) e progride para displasia moderada (NIC II) e, então, displasia grave (NIC III) ao longo do tempo; entretanto, exceções foram relatadas, e alguns pacientes já têm NIC III quando a condição é diagnosticada pela primeira vez. De modo geral, quanto maior o grau de NIC, maior a probabilidade de progressão; é importante destacar, no entanto, que em muitos casos até mesmo lesões de alto grau não evoluem para o câncer, e podem até regredir. Como as decisões sobre o manejo do paciente são de dois níveis (ou seja, observação versus tratamento cirúrgico), esse sistema de classificação de três níveis foi recentemente simplificado para um sistema de dois níveis, com NIC I renomeado para lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LiEBG) e NIC II e NIC III combinados em uma categoria denominada lesão intraepitelial escamosa de alto grau (LiEAG). Referências: Robbins, patologia básica / Vinay Kumar... [et al] ; [tradução de Claudia Coana... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2013. 928 p. : il. ; 28 cm. (Capítulo 5) 8. Me��s de co��ági�, p�e��nção, si���� e si���m��, di���ós�i�� � t�a��m���o d� H��; Além de aspectos relacionados à própria infecção pelo HPV (tipo e carga viral, infecção única ou múltipla), outros fatores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual parecem influenciar os mecanismos ainda incertos que determinam a regressão ou a persistência da infecção e também a progressão para lesões precursoras ou câncer. A idade também interfere nesse processo, sendoque a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que acima dessa idade a persistência é mais frequente. mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� EPIDEMIOLOGIA: O HPV pode acometer pessoas de qualquer idade, mas é mais frequente na faixa compreendida entre 20 e 40 anos, período de maior atividade sexual. Podemos dizer que ela é ENDÊMICA entre os indivíduos sexualmente ativos. Pelo menos 50 das mulheres sexualmente ativas são ou já foram portadoras aos 50 anos de idade. É a infecção sexualmente transmitida mais comum do trato genital feminino. No Brasil, os dados estatísticos são escassos e não traduzem, certamente, a verdadeira magnitude da infecção induzida pelo HPV. No entanto, confirmam a tendência mundial de avanço da virose. CLÍNICA: Após a exposição, o vírus coloniza todo o epitélio do trato genital inferior. Pode, então, existir uma ampla variação individual de manifestações clínicas, que, provavelmente, são reguladas pela resposta imunológica local ou sistêmica do hospedeiro, além da presença ou ausência de cofatores. A infecção pelo HPV pode ter diferentes evoluções: • Cura espontânea, com desaparecimento do vírus; • Persistência do vírus associada à citologia normal ou a alterações citopáticas discretas; • Alterações celulares transitórias que desaparecem espontaneamente; • Alterações celulares que, apesar de persistentes, não progridem; • Alterações celulares que evoluem para carcinoma in situ ou invasivo. A lesão mais evidente é o condiloma acuminado, que acomete a vulva e a pele do períneo e, menos frequentemente, o colo uterino. Os tipos virais mais comumente associados a estas lesões são o 6 e o 11. DIAGNÓSTICO: As lesões exofíticas hiperplásicas são facilmente identificadas à inspeção, porém recomenda-se a confirmação histológica. As lesões do epitélio escamoso da ectocérvice são menos óbvias, e são, em geral, surpreendidas em colpocitologia de rotina. Uma vez identificadas, na dependência do tipo de lesão, está indicado o acompanhamento citológico ou a realização de colposcopia com biópsia da área alterada. No caso de condiloma acuminado do colo uterino, por mais típica que possa parecer a lesão, a confirmação histopatológica é recomendável. Além do exame colposcópico e histológico, é possível a realização de testes para identificação do subtipo viral a partir do seu DNA, na tentativa de estabelecer um prognóstico. No entanto, ainda não está claro o valor da tipagem viral na prática clínica TRATAMENTO: Quanto ao tratamento do HPV, é importante salientar que o objetivo principal do tratamento não é a erradicação do vírus, pois ainda não temos drogas ou métodos capazes de conseguir este objetivo, mas sim destruir a lesão que está causando. Na verdade quem destrói o vírus é o sistema imunológico da paciente. É notório que a simples presença do vírus, sem ocasionar nenhuma lesão, não necessita de tratamento, além do que, boa parte das lesões, principalmente condilomas pequenos e lesões de baixo grau, tem grande potencial de regressão espontânea. No entanto, deve-se pensar em tratamento do HPV por vários motivos: (a) Erradicar condilomas acuminados por questões estéticas, para evitar infecções secundárias e para prevenção de possível malignidade, pois, apesar de os condilomas viróticos estarem associados principalmente a vírus de baixo risco (HPV 6 e 11), em 5% dos casos podemos encontrar também vírus de alto risco; (b) Prevenir a evolução para malignidade, pois as lesões cervicais intraepiteliais de alto grau e as lesões vulvares de alto grau podem progredir para um carcinoma invasor; mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� (c) Prevenção da transmissão vertical, principalmente em condilomatose durante a gravidez, que aumenta significativamente a possibilidade de transmissão durante a passagem do canal de parto, que pode ocasionar a papilomatose juvenil recorrente, além de diminuira possibilidade de formação de condilomas gigante, o que poderia obstruir um parto via vaginal; (d) Prevenção da transmissão horizontal, pois a infecção pelo HPV é uma DST e a destruição das lesões clínicas e subclínicas diminui a possibilidade de transmissão a outros contatos. Como em toda infecção, estão indicadas medidas geraiscomo higiene; recomendação do uso de preservativo na relações sexuais; encaminhamento do parceiro para investigação e orientação; e tratamento das infecções secundárias. VACINAS: Duas vacinas estão aprovadas no Brasil: a vacina quadrivalente (HPV 6, 11, 16, 18) da Merck Sharp & Dohme (MSD) e a vacina bivalente (HPV 16, 18) da Glaxo Smith Kline (GSK). Ambas as vacinas compõem-se de VLP (em inglês, Virus Like Particle ou VLP) ou partículas semelhantes ao vírus. Estas partículas ocas não contêm o DNA infectante do vírus, mas sim seu capsídeo viral, a proteína L1 do HPV sem poder infectante. Essas VLPs são produzidas em um fungo (Saccharo yces cerevisiae). Cada tipo viral tem uma VLP correspondente para uso como vacina. Assim, uma vacina bivalente tem duas VLP (16,18). Já uma vacina quadrivalente tem quatro VLP (6, 11, 16, 18). A via de administração de ambas as vacinas é intramuscular (0,5 ml). A vacina quadrivalente é administrada em três doses. Inicialmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina quadrivalente para uso em meninas e mulheres com 9 a 26 anos de idade. A Anvisa aprovou também a vacina bivalente para administração em meninas e mulheres na faixa etária de 10 a 25 anos. Atualmente, ambas as vacinas podem ser administradas até os 45 anos. Após a administração de dose de vacina contra HPV por via intramuscular, acontece uma enorme produção de anticorpos circulantes no sangue periférico, que se mantém em níveis elevados durante anos. Atualmente, sabe-se que a proteção, após esquema vacinal completo (três doses),possui duração de mais de cinco anos. Ainda não está definido se haverá necessidade de uma quarta dose de reforço. Já existe um estudo em andamento, mas será necessário aguardar seus resultados para uma resposta definitiva. No entanto, é preciso aguardar mais evidências para não tirar conclusões precipitadas. A maioria dos especialistas recomenda que uma mulher que queira engravidar em seguida à administração das doses de vacina contra HPV espere, pelo menos, um mês após a aplicação da terceira dose. Caso ocorra gravidez entre os intervalos das doses, o médico deve ser avisado. É importante salientar que, em virtude do alto custo das vacinas e quanto ao impacto na saúde pública, elas não substituirão a citologia. Como as vacinas não protegem contra todos os subtipos do HPV, a colpocitologia deverá ser coletada, mesmo em mulheres vacinadas. FATORES DE RISCO: Fatores de risco importantes para o desenvolvimento de NIC e carcinoma invasivo; portanto, estão diretamente relacionados com a exposição ao HPV e incluem: - Idade precoce na primeira relação sexual (antes dos 16 anos) (deve ser desestimulada nos dois primeiros anos após a menarca) - Múltiplos parceiros sexuais - Parceiro masculino commúltiplos parceiros sexuais anteriores - Infecção persistente porcepas de alto risco de vírus do papiloma. Parceiro Sexual: Há um risco quatro a cinco vezes maior de câncer de colo em mulheres que tiveram parceiros com câncer de pênis. Além disso, mailto:Resumosacademicos21@gmail.com Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� parceiros com início precoce da atividade sexual, com vários episódios prévios de DST, com visitas frequentes a profissionais do sexo, e tabagistas aumentam a chance da parceira apresentar câncer cervical. Outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST): A presença de outras doenças sexualmente transmissíveis, como herpes, gonorreia, sífilis ou clamídia, aumenta o risco de câncer de colo uterino. Uso de Anticoncepcional Oral (ACO): São necessários estudos adicionais para desvendar qual a real participaçãodestes medicamentos na etiopatogenia do câncer de colo uterino. Provavelmente, a relação com o câncer de colo uterino não se deve só aos efeitos da pílula, mas possivelmente ao comportamento sexual deste grupo de mulheres, que se expõem mais a doenças sexualmente transmissíveis ao não utilizarem preservativos rotineiramente. Deficiências vitamínicas: No colo do útero, a vitamina A parece ser um importante fator na manutenção da integridade do epitélio escamoso. A carência desta vitamina está associadaao aumento da incidência do câncer de colo, e os níveis séricos de vitaminas A e C tendem a ser progressivamente mais baixos à medida que a doença se torna mais avançada. Tabagismo: É um importante fator na gênese do câncer de colo. Está diretamente relacionado com a carga tabágica (tempo de consumo e número de cigarros). O mecanismo de ação está relacionado com o efeito carcinogênico direto da nicotina e cotinina no muco cervical e com a redução da resposta imune a partir da menor atividade das células natural killer e da redução de IgG e IgA. Imunidade: Pacientes HIV positivas, lúpicas, diabéticas, transplantadas em uso de corticoterapia ou quimioterapia e/ou radioterapia apresentam comprometimento da sua imunidade e estão sob maior risco de desenvolver câncer de colo uterino. Cabe aqui a lembrança de que o carcinoma invasor do colo uterino em paciente HIV positiva é considerado neoplasia definidora de caso de AIDS. Deficiências de Alfa-1-antitripsina: A deficiência de alfa-1-antitripsina é rara e é a única alteração genética associada ao câncer de colo uterino. É mais comum na raça negra. Baixo nível socioeconômico: Todos os fatores de risco são mais prevalentes em mulheres de nível socioeconômico mais baixo, o que, somado às dificuldades de acesso aos meios de diagnóstico e tratamento precoce, confere a esta população uma alta incidência da doença. Referências: medgrupo (ginecologia) TATTI, Silvio Alejandro. Colposcopia e Patologias do Trato Genital Inferior. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2010. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536323268/cfi/80!/4/4 @0.00:0.00. Acesso em: 28 de fev de 2021. 9. Man��� e re����n�ações a� pa����te co� H�� na re�� de ����ção à Saúde; Não existe tratamento com comprovação científica de eficácia para a infecção pelo HPV quando não há lesão precursora ou verrugas. Nesta situação, fazemos o esclarecimento e recomendamos que a mulher mailto:Resumosacademicos21@gmail.com https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536323268/cfi/80!/4/4@0.00:0.00 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536323268/cfi/80!/4/4@0.00:0.00 Res����ac����ic��21@g�a��.co� Ne�p���i�s � Cân�e� d� C��o �� úte�� mantenha seu exame preventivo em dia, como recomendado acima. Caso surja uma verruga ou seu preventivo apresente alguma suspeita de lesão precursora, o que não é o mais frequente, ela deverá seguir a orientação de seu médico. O tratamento das verrugas é variado e deve ser escolhido conforme a vontade da mulher e experiência do médico. Estes podem ser a aplicação de uma substância ácida no próprio consultório, aplicação de medicamentos sob a forma de creme pela própria paciente ou até a retirada cirúrgica ou cauterização elétrica, em casos especiais (múltiplas e extensas lesões). Já as lesões precursoras podem ser tratadas destrutivamente (por várias formas) ou retiradas cirurgicamente. A maioria dessas lesões em mulheres jovens (até 40 anos) é retirada sob anestesia local durante a colposcopia. Em algumas situações, mais comuns em mulheres mais maduras, pode ser necessária uma cirurgia um pouco mais profunda, que deve ser feita em centro cirúrgico: a conização do colo do útero. Ambas são realizadas pela vagina e com baixo risco de complicações. A infecção pelo HPV é de difícil prevenção, pois depende do contato de pele doente com pela sadia e não depende da ejaculação. Assim, a camisinha deve ser usada durante toda a relação sexual. Ter um número reduzido de parceiros sexuais também pode contribuir para a redução do risco dessa infecção. Já a prevenção do câncer de colo deve ser feita pela realização regular do preventivo Referências: FIOCRUZ. Prevenção e tratamento do HPV. 2018. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/prevencao-e-tratamento-do-hpv. Acesso em: 02 de mar de 2021. mailto:Resumosacademicos21@gmail.com https://portal.fiocruz.br/noticia/prevencao-e-tratamento-do-hpv
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