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Audição e via auditiva

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Audição e via auditiva
Autora: Larissa Dantas da Silva
Objetivos de aprendizagem: 
1. Entender as estruturas relacionadas à audição e equilíbrio;
· Orelha externa:
· Pavilhão auricular: este é somente a parte do ouvido que não está contida no interior da cabeça. Ele consiste de cartilagem elástica recoberta por pele, e é suportada por ligamentos, bem como pelos músculos extrínsecos e intrínsecos do ouvido externo (orelha externa). Sua principal função é conduzir as ondas sonoras para o meato acústico externo.
· Meato acústico externo: é o canal que se estende do pavilhão auricular até a membrana timpânica, com 2 ou 3 cm de extensão. Seu terço lateral (externo) é cartilaginoso e possui as glândulas ceruminosas, que produzem a cera do ouvido, enquanto os seus dois terços mediais (internos) são constituídos de osso e são consideravelmente menores.
· Membrana timpânica: localizada na extremidade medial do meato acústico externo, a membrana timpânica é uma fina membrana que vibra em resposta às ondas sonoras. Ela transmite as ondas sonoras para o ouvido médio (orelha média).
· Orelha média:
· Cavidade timpânica: é uma cavidade preenchida por ar, situada no interior da parte petrosa do osso temporal. 
· Tuba de Eustáquio ou tuba auditiva: cavidade que conecta a orelha média a faringe. Normalmente está colapsada, isolando a orelha média, mas se abre temporariamente durante a mastigação, o bocejo e a deglutição, a fim de permitir que a pressão da orelha média se equilibre com a pressão atmosférica. 
· Ossículos auditivos (martelo, bigorna e estribo): conduzem o som do meio externo para a orelha interna. Os três ossos estão conectados um ao outro por estruturas semelhantes a dobradiças. Uma das extremidades do martelo está fixada à membrana timpânica, e a base do estribo se prende a uma fina membrana, que separa a orelha média da orelha interna.
· Músculos dos ossículos (tensor do tímpano e estapédio): o músculo tensor do tímpano, que é inervado pelo ramo mandibular do nervo trigêmeo (V), limita o movimento e aumenta a tensão da membrana timpânica, evitando danos à orelha interna por causa de barulhos muito altos. O músculo estapédio, que é inervado pelo nervo facial (NC VII) é o menor músculo esquelético do corpo humano. Ao evitar grandes vibrações no estribo decorrentes de sons altos, ele protege a janela do vestíbulo (oval), mas também diminui a sensibilidade auditiva.
· Orelha interna:
A orelha interna também é chamada de labirinto por causa de sua série complicada de canais. Estruturalmente, ela é formada por duas divisões principais: um labirinto ósseo externo que encapsula um labirinto membranáceo interno. 
· Labirinto ósseo: é revestido por periósteo e contém a perilinfa. 
· Vestíbulo: é a parte central oval do labirinto ósseo. Contém o utrículo, sáculo e os canais semicirculares. 
· Canais semicirculares: projetando-se superior e posteriormente ao vestíbulo encontram-se três canais semicirculares ósseos, cada um deles localizado em ângulos aproximadamente retos um em relação aos outros dois. Com base em suas posições, eles são nomeados como canais semicirculares anterior, posterior e lateral. Em uma das extremidades de cada canal há uma câmara alargada, a ampola, a qual contém uma estrutura sensorial, chamada de crista. A crista é constituída de células pilosas e uma massa gelatinosa, a cúpula, que se estende da base ao teto da ampola, fechando-a. Os cílios das células pilosas são embebidos pela cúpula.
· Cóclea: possui os receptores sensoriais da audição. Em uma vista externa, a cóclea é um tubo membranoso que se enrola como uma concha de caracol dentro da cavidade óssea. Dois discos membranosos, a janela do vestíbulo ou janela oval (à qual o estribo se fixa) e a janela da cóclea ou janela redonda, separam o líquido que preenche a cóclea do ar que preenche a orelha média. O canal acima do ducto coclear é a rampa do vestíbulo, que termina na janela do vestíbulo (oval). O canal abaixo é a rampa do tímpano, que termina na janela da cóclea (redonda). A rampa do vestíbulo e a rampa do tímpano são separadas completamente pelo ducto coclear, exceto por uma abertura no ápice da cóclea, o helicotrema. 
· Labirinto membranoso: é o sistema interno de ductos e sacos preenchidos por endolinfa. 
· Ducto coclear: é uma continuação do labirinto membranáceo em direção à cóclea. Contém o órgão de Corti ou espiral o qual é uma lâmina espiral de células epiteliais, incluindo células epiteliais de sustentação e cerca de 16.000 células ciliadas, que são os receptores da audição. Existem dois grupos de células ciliadas: as células ciliadas internas estão organizadas em uma única fileira, enquanto as células ciliadas externas estão organizadas em três fileiras. Na porção apical de cada célula ciliada encontram-se entre 40 e 80 estereocílios, que se estendem para a endolinfa do ducto coclear. A membrana tectória é uma membrana gelatinosa flexível que cobre as células ciliadas do órgão espiral. Na realidade, as extremidades dos estereocílios das células ciliadas estão em contato com a membrana tectória enquanto os corpos das células ciliadas se encontram sobre a lâmina basilar. 
· Ductos semicirculares: estruturas que se conectam ao utrículo do vestíbulo e que fornecem informações sobre os movimentos da cabeça. 
· Utrículo e sáculo: são sacos responsáveis por fornecer informações sobre a posição da cabeça. As paredes tanto do utrículo quanto do sáculo contêm uma região pequena e espessa chamada de mácula. As duas máculas, que são perpendiculares uma à outra, são os receptores do equilíbrio estático. Elas fornecem informação sensorial a respeito da posição da cabeça no espaço e são essenciais para a manutenção da postura e do equilíbrio adequados. As máculas também detectam aceleração e desaceleração lineares. As máculas são formadas por dois tipos de células: as células ciliadas, que são os receptores sensitivos, e as células de sustentação. As células ciliadas possuem em sua superfície entre 40 e 80 estereocílios (que são na realidade microvilosidades) de altura gradual, além de um cinocílio, um cílio convencional ancorado firmemente em seu corpo basal e que se estende além do estereocílio mais longo. Assim como na cóclea, os estereocílios estão conectados pelas ligações de extremidade. Coletivamente, os estereocílios e os cinocílios são chamados de feixe piloso. Espalhadas entre as células ciliadas encontram-se as células de sustentação colunares que provavelmente secretam a camada espessa e gelatinosa de glicoproteínas, chamada de membrana dos estatocônios, que se encontra sobre as células ciliadas. As máculas compreendem células pilosas, uma massa gelatinosa, conhecida como membrana otolítica, e partículas de proteínas e carbonato de cálcio, chamadas de otólitos. 
Referência:
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana, uma abordagem integrada. 7ª ed. São Paulo, Artmed Ed., 2017.
2. Identificar as vias auditiva e vestibular;
AUDIÇÃO 
· As ondas sonoras que chegam à orelha externa são direcionadas para dentro do meato acústico externo e atingem a membrana timpânica, onde provocam vibrações na membrana (primeira transdução). 
· As vibrações da membrana timpânica são transferidas ao martelo, à bigorna e ao estribo, nesta ordem.
· Quando o estribo vibra, ele empurra e puxa a fina membrana da janela oval à qual está conectado. As vibrações da janela oval geram ondas nos canais cheios de líquido da cóclea (segunda transdução). 
· À medida que as ondas se movem pela cóclea, elas empurram as membranas flexíveis do ducto coclear, curvando as células ciliadas sensoriais, que estão dentro do ducto. 
· A energia da onda se dissipa de volta para o ar da orelha média na janela redonda. 
· O movimento do ducto coclear abre ou fecha canais iônicos na membrana das células ciliadas, gerando sinais elétricos (terceira transdução). 
· Esses sinais elétricos alteram a liberação do neurotransmissor (quarta transdução).
· A ligação do neurotransmissor aos neurônios sensoriais auditivos inicia potenciaisde ação (quinta transdução), que transmitem a informação codificada sobre o som pelo ramo coclear do nervo vestibulococlear (nervo craniano VIII) até o encéfalo. 
· Quando as células pilosas se movem em resposta às ondas sonoras, seus estereocílios se curvam, primeiro em uma direção, depois na outra. 
· Os estereocílios estão ligados uns aos outros por pontes proteicas, chamadas de filamentos de ligação. Os filamentos de ligação atuam como pequenas molas conectadas a comportas (portões) que abrem e fecham canais iônicos na membrana dos estereocílios.
· Quando as células pilosas e seus estereocílios estão na posição de repouso, cerca de 10% dos canais iônicos estão abertos, e existe uma baixa liberação tônica do neurotransmissor no neurônio sensorial primário. 
· Quando as ondas provocam uma deflexão na membrana tectória, de modo que os cílios se curvam em direção aos membros mais altos do feixe, os filamentos de ligação abrem um número maior de canais iônicos, e entram cátions (K e Ca2+) na célula, que, então, despolariza.
· Os canais de Ca2+ dependentes de voltagem se abrem, a liberação de neurotransmissor aumenta, e os neurônios sensoriais aumentam sua frequência de disparo. 
· Quando a membrana tectória empurra os estereocílios para longe dos membros mais altos, a tensão nas molas elásticas relaxa, e todos os canais iônicos se fecham. O influxo de cátions diminui, a membrana hiperpolariza, e menos neurotransmissor é liberado, reduzindo os potenciais de ação no neurônio sensorial.
Após a cóclea transformar as ondas sonoras em sinais elétricos, os neurônios sensoriais transferem essa informação para o encéfalo. 
· O nervo coclear (auditivo - axônios dos neurônios sensitivos) é um ramo do nervo craniano VIII, o nervo vestibulococlear. 
· Os axônios formam sinapses com neurônios nos núcleos cocleares no bulbo no mesmo lado. 
· Do bulbo, os neurônios sensoriais secundários projetam-se para dois núcleos superiores, um ipsilateral (no mesmo lado do corpo) e outro contralateral (no lado oposto)
· Os que se projetam para o núcleo contralateral ascendem em um trato chamado de lemnisco lateral e terminam no colículo inferior do mesencéfalo.
· Os que se projetam para o núcleo ipsilateral terminam no núcleo olivar superior em cada lado da ponte. Axônios dos núcleos olivares superiores também ascendem no lemnisco lateral em ambos os lados e terminam nos colículos inferiores. 
· Diferenças sutis no tempo que demora para que os impulsos nervosos provenientes das duas orelhas cheguem nos núcleos olivares superiores permitem a localização da fonte do som.
· A partir de cada colículo inferior, os impulsos nervosos são transmitidos para o núcleo geniculado medial no tálamo e, finalmente, para a área auditiva primária do córtex cerebral no lobo temporal do cérebro.
· Como muitos axônios auditivos cruzam o bulbo, trocando de lado, enquanto outros permanecem no mesmo lado, as áreas auditivas primárias direita e esquerda recebem impulsos nervosos de ambas as orelhas. 
EQUILÍBRIO 
· Canais semicirculares: Quando sua cabeça gira, o crânio ósseo e as paredes membranosas do labirinto se movem, porém, o líquido dentro do labirinto não consegue acompanhar, devido à sua inércia . Nas ampolas, a endolinfa inclina a cúpula e suas células pilosas na direção oposta àquela para a qual a cabeça está girando.
· Utrículo e sáculo: Se a gravidade ou a aceleração faz os otólitos deslizarem para a frente ou para trás, a membrana otolítica gelatinosa desliza com eles, curvando os cílios das células pilosas e produzindo um sinal. A mácula do utrículo detecta a aceleração para a frente ou a desaceleração, bem como quando a cabeça se inclina. A mácula do sáculo está orientada verticalmente quando a cabeça está ereta, o que a torna sensível às forças verticais, como quando um elevador está descendo. O cérebro analisa o padrão das células pilosas despolarizadas e hiperpolarizadas para calcular a posição da cabeça e a direção do movimento.
· A curvatura dos feixes pilosos das células ciliadas nos ductos semicirculares, no utrículo ou no sáculo promove a liberação de um neurotransmissor (provavelmente glutamato), gerando impulsos nervosos nos neurônios sensitivos que inervam as células ciliadas. 
· Impulsos nervosos são transportados pelos axônios desses neurônios, que formam a parte vestibular do nervo vestibulococlear (VIII). 
· A maior parte desses axônios formam sinapses com os neurônios sensitivos nos núcleos vestibulares, os principais centros de integração com o equilíbrio, localizados no bulbo e na ponte.
· Os núcleos vestibulares também recebem informações dos olhos e dos proprioceptores, especialmente os localizados nos músculos do pescoço e dos membros, que indicam a posição da cabeça e dos membros.
· Os axônios restantes entram no cerebelo através dos pedúnculos cerebelares inferiores. Vias bidirecionais conectam o cerebelo e os núcleos vestibulares. 
· Os núcleos vestibulares integram informações provenientes dos receptores vestibulares, visuais e somáticos e enviam comandos para (1) os núcleos dos nervos cranianos – oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI) – que controlam os movimentos coordenados dos olhos e da cabeça, ajudando a manter o foco no campo visual; (2) os núcleos dos nervos acessórios (XI), que ajudam a controlar os movimentos da cabeça e do pescoço para a manutenção do equilíbrio; (3) o trato vestibulospinal, que transmite impulsos para a medula espinal para a manutenção do tônus muscular nos músculos esqueléticos, ajudando a manter o equilíbrio; e (4) o núcleo ventral posterior do tálamo e, então, para a área vestibular no lobo parietal do córtex cerebral que nos fornece a percepção consciente da posição e dos movimentos da cabeça e dos membros.
Referências:
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2017.
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana, uma abordagem integrada. 7ª ed. São Paulo, Artmed Ed., 2017. 
3. Conhecer as principais causas de perda auditiva;
Existem três formas de perda auditiva: a condutiva, a central e a sensório-neural. 
· Perda auditiva condutiva: o som não pode ser transmitido a partir da orelha externa ou da orelha média. As causas da perda auditiva condutiva variam desde uma obstrução do canal auditivo com cera (cerume), ou líquido na orelha média devido a uma infecção, a doenças ou traumas que impedem a vibração do martelo, da bigorna ou do estribo. A correção da perda auditiva condutiva inclui técnicas microcirúrgicas, nas quais os ossos da orelha média podem ser reconstruídos.
· Perda auditiva central: resulta de dano nas vias neurais entre a orelha e o córtex cerebral ou de danos no próprio córtex, como poderia ocorrer em um acidente vascular encefálico. Essa forma de perda auditiva é relativamente incomum.
· Perda auditiva sensório-neural: origina-se de lesões em estruturas da orelha interna, incluindo morte de células pilosas, como resultado de exposição a sons altos e principalmente do envelhecimento.
· Perda auditiva por ruídos: A exposição aos ruídos altos pode causar perda auditiva neurosensorial súbita ou gradual. Um ruído extremo, como um tiro ou uma explosão, pode causar a surdez repentina, chamada de trauma acústico. A perda da audição causada por trauma acústico se resolve em até 24 horas, exceto quando há danos no tímpano ou no ouvido médio. Já a exposição prolongada aos sons altos (acima de 85 dB), pode causar perda auditiva permanente. Este problema ocorre, principalmente, pelo uso inadequado de fones de ouvido ou ao frequentar locais ruidosos por um longo período, como em shows e eventos recreativos. 
· Perda auditiva por perfuração do tímpano: O tímpano é uma membrana vulnerável à perfuração em caso de infecções ou se algo for empurrado para dentro do canal auditivo. É por isso que existem inúmeros avisos para evitar o uso de cotonetes nos ouvidos. Além disso, um golpe no lado da cabeça, especialmente nas orelhas, pode causar o rompimento da membrana timpânica. Um tímpano perfuradopode causar zumbido no ouvido, bem como perda auditiva temporária ou permanente se o problema não for tratado.
· Perda auditiva por fatores hereditários: Algumas pessoas são mais propensas a desenvolver perda auditiva do que outras. Isso acontece porque os fatores genéticos também contribuem para causar perda da audição neurossensorial, condutiva ou mista. Embora a maioria dos casos de perda auditiva hereditária seja de surdez congênita (presente desde o nascimento), algumas condições podem se desenvolver ao longo do tempo. 
Referência:
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana, uma abordagem integrada. 7ª ed. São Paulo, Artmed Ed., 2017. 
 
4. Entender os mecanismos envolvidos com a perda de equilíbrio;
Vertigem e tontura são consideradas sinônimos no dicionário Aurélio,no entanto, do ponto de vista médico estes termos podem ser utilizados com o seguinte significado: (1) “vertigem rotatória”: define a sensação de que tudo roda ao redor de si mesmo ou que se está girando, freqüentemente associada a náuseas, vômitos e desequilíbrio. Esta queixa está presente quando há acometimento vestibular unilateral (periférico ou central); (2) “vertigem oscilatória”: refere-se à sensação de balanços ou de perda de equilíbrio,raramente associada a náuseas ou vômitos, e pode ser devida a distúrbios vestibulares ou não vestibulares; (3) “tontura”: é considerada como mal-estar, escurecimento visual,fraqueza,sintomas muitas vezes vagos sem ter a sensação de rotação ou desequilíbrio, e tem causa não neurológica, como exemplo: hipotensão postural, ataque vasovagal, arritmia cardíaca, hipoglicemia, e outras causas. 
As vestibulopatias são doenças que alteram o equilíbrio do corpo, causando tontura e vertigem, resultantes do comprometimento do sistema vestibular periférico (órgão e do nervo vestibular até a sua entrada no tronco encefálico) ou central (sistema nervoso central).
A perda de equilíbrio é um dos sintomas mais recorrentes das vestibulopatias, sendo acompanhada de zumbido, pressão no ouvido, sudorese fria e náuseas. Isso porque o distúrbio atinge o labirinto e o nervo vestibular, grandes responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal. Nesse sentido, quando há alguma alteração por conta das vestibulopatias, o labirinto não faz a identificação dos movimentos corretamente. Com isso, há a transmissão errada das informações ao cérebro, causando a perda de equilíbrio.
As vestibulopatias são erroneamente confundidas com a labirintite. Isso porque quando há a infecção da estrutura interna do ouvido, os sintomas costumam ser bem parecidos, com a perda de audição e equilíbrio.
Por esse motivo, para saber se a perda de equilíbrio está associado ao ouvido interno, note se além da tontura, você também está ouvindo sons chiados ou está com dificuldade para ouvir. Em muitos casos, um simples exame pode detectar anormalidades e o tratamento pode ser feito com o uso de aparelhos auditivos ou medicamentos.
Referências:
https://clinicaotoplus.com.br/perda-de-equilibrio-causas-e-tratamentos/#:~:text=Tanto%20o%20tratamento%20quanto%20o,press%C3%A3o%20(CP)%20do%20paciente.
KANASHIRO, Aline Mizuta Kozoroski; PEREIRA, Cristiana Borges; MELO, Antonio Carlos de Paiva; et al. Diagnóstico e tratamento das principais síndromes vestibulares. *Arquivos de Neuropsiquiatria*, v. 63, n. 1, p. 140–144, 2005. Disponível em: [https://www.scielo.br/pdf/anp/v63n1/23613.pdf](https://www.scielo.br/pdf/anp/v63n1/23613.pdf). Acesso em: 15 out. 2020. 
5. Estudar as principais formas de diagnosticar a perda auditiva e de equilíbrio, bem como a região do sistema nervoso central responsável por elas;
· Perda auditiva
Para fazer um diagnóstico da surdez, o otorrinolaringologista analisa diversos pontos, como a história do paciente e o histórico familiar dele, e faz alguns testes para identificar se realmente a perda auditiva existe. Exames com equipamento especial podem ser necessários para avaliar a audição, sendo a audiometria o mais importante. Quando a tontura está associada, por exemplo, investiga-se o labirinto e o sistema nervoso central. Já a ressonância magnética pode ser necessária quando há suspeita de tumor no ouvido. Existem basicamente dois tipos de audiometria. 
Uma delas é a audiometria tonal. Este é um exame com duração de aproximadamente 30 minutos, que não causa nenhum incômodo e normalmente é feito por um fonoaudiólogo. Seu objetivo é avaliar a função auditiva do paciente, sendo possível detectar informações como: tipo e grau da perda auditiva. Para que a avaliação seja feita com sucesso, diversos sons são apresentados através de um fone e um vibrador ósseo, e então o paciente aperta um botão cada vez que perceber o som. 
Já a audiometria vocal avalia a capacidade de compreensão da voz humana. Durante o teste, o paciente demonstrará sua percepção e compreensão da voz humana emitida pelo especialista. A audiometria vocal determina a compreensão da linguagem (inteligibilidade) e a discriminação (capacidade de discernir os fonemas), testando os sistemas periférico (cóclea) e central (via e centros auditivos). Este exame desempenha um papel fundamental no diagnóstico de determinadas patologias retrococleares (Tumores do acústico, neuropatia/dessincronia auditiva) e na indicação de próteses auditivas.
O teste de Weber permite a comparação das vias ósseas. Para a realização do teste, o fonoaudiólogo deve vibrar o diapasão (batendo-o na mão, cotovelo ou joelho) e colocar na linha média do crânio. Após, deve perguntar ao paciente se ele percebe o som igualmente nas duas orelhas ou se é mais forte em uma delas. 
Perceber o som igualmente nas duas orelhas indica que a audição das mesmas é simétrica, ou seja, ou o paciente tem limiares auditivos normais em ambos os lados ou apresenta perdas auditivas simétricas, de mesmo tipo e mesmo grau. 
Quando o som é percebido mais forte em uma das orelhas, indica que existe assimetria entre os limiares auditivos. Pode indicar um dos seguintes resultados:
· perda auditiva neurossensorial unilateral – percepção do som no lado melhor (não afetado). Com efeito, como o estímulo parte do centro do crânio chega ao mesmo tempo às duas cócleas. A cóclea com melhor limiar auditivo fará com que a perceção seja lateralizada para o seu lado. A cóclea com piores limiares não proporcionará sensação auditiva.
· Perda auditiva neurossensorial bilateral assimétrica – percepção do som no lado melhor.
· Perda auditiva condutiva unilateral – percepção do som no lado pior (afetado). O som "não escapa" pela cadeia ossicular, resultando num falso efeito amplificador no ouvido afetado comparativamente ao ouvido contralateral saudável.
O teste de Rinne permite que se compare a percepção do som por via aérea e via óssea. Coloca-se o pé do diapasão sobre a mastóide do ouvido a testar (localizada atrás da orelha) e posteriormente a alguns centímetros do canal auditivo externo. O sujeito diz em qual das localizações ouviu o som com maior intensidade.
· No caso de uma surdez condutiva o som é audível com maior intensidade sobre a mastóide do ouvido afetado (CO) que por condução aérea pois a cadeia tímpano-ossicular perdeu o seu efeito amplificador.
· No caso de audição normal ou de surdez de percepção (neurossensorial) a CA é melhor que a CO pois a cadeia tímpano-ossicular mantém a sua função amplificadora.
A Imitanciometria ou Impedanciometria é o exame que avalia as condições da orelha média, verificando o funcionamento do tímpano, da cadeia de ossículos e da tuba auditiva. Também é a realizada a pesquisa do reflexo estapediano. O reflexo estapediano é uma contração do músculo estapédio, localizado na orelha média, induzido por um som intenso. É um exame que faz parte da avaliação audiológica básica, complementando a audiometria. Utilizado para identificação de doenças do ouvido, como otite média e otosclerose, entre outros.
O PEATE é a sigla para Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico. É um exame que avalia a integridade da via auditiva desde o nervo auditivo até o tronco encefálico. A informaçãosonora recebida pelo ouvido é encaminhada ao cérebro pelo nervo auditivo e tronco cerebral, o PEATE mede os sinais elétricos desse caminho do som. Muito indicado para avaliar a capacidade auditiva, principalmente quando a audiometria não é possível ou apresenta resultado não conclusivo e verificar a integridade e funcionamento do nervo auditivo. É um exame objetivo, ou seja, não depende de ações do paciente para obtenção das respostas. Mas precisa que o paciente não se movimente durante a realização do exame, evitando até mesmo movimentar os olhos. Por isso é recomendado que crianças e bebês estejam dormindo para que o exame seja realizado, podendo em alguns casos ser necessária a utilização de sedação.
A destruição dos córtices auditivos primários, no ser humano, reduz bastante a sensibilidade auditiva. A destruição de um dos lados apenas reduz, discretamente, a audição no ouvido oposto; isso não causa surdez, devido às muitas conexões cruzadas, de lado a lado, na via neural auditiva. No entanto, afeta realmente a capacidade que se tem de localizar a fonte do som, porque são necessários sinais comparativos em ambos os córtices, para a função de localização. 
As lesões que afetam as áreas de associação auditivas, mas não o córtex auditivo primário, não diminuem a capacidade da pessoa de ouvir e diferenciar tons sonoros ou até de interpretar pelo menos padrões simples de som. No entanto, a pessoa costuma ficar incapaz de interpretar o significado do som ouvido. 
Já uma lesão periférica que seria na cóclea causa a surdez. 
· Perda do equilíbrio:
O diagnóstico da perda de equilíbrio é feito através do aparelho de posturografia de Hórus, um sistema de alta tecnologia, que conta com uma plataforma de força portátil para a determinação do centro de pressão (CP) do paciente. O Sistema é composto por uma plataforma de força portátil com eletrônica de alta precisão, que determina o centro de pressão e um software de diagnóstico, capaz de quantificar os parâmetros relevantes no domínio do tempo e também no domínio da frequência, permitindo realizar a comparação inter paciente de forma quantitativa, objetiva e precisa. Permite a avaliação integral do equilíbrio, identificando as condições que desencadeiam os sintomas e desconfortos dos pacientes. O HÓRUS é capaz de auxiliar na avaliação objetiva da postura estática do paciente e também na realização dos exercícios de reabilitação.
Referências:
https://www.ufrgs.br/napead/projetos/avaliacao-audiologica/acumetria.html
http://www.cochlea.eu/po/exploracao-funcional/methodes-subjectives 
https://www.eauriz.com.br/principais-exames-que-avaliam-a-audicao/ 
https://www.meddicine.com.br/?pagina=posturografia 
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2017.
6. Estudar a contribuição do ruído ocupacional na perda auditiva;
O ruído é considerado como o agente físico nocivo à saúde mais frequente no ambiente de trabalho, sendo caracterizado como o fator de maior prevalência das origens de doenças ocupacionais. No ouvido, a exposição ocupacional ao ruído intenso lesa as células ciliares do órgão de Corti, causando perda progressiva e irreversível da audição, doença conhecida como perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR). Quando o ruído é intenso e a exposição a ele é continuada, em média 85 dB(A) por oito horas por dia, ocorrem alterações estruturais na orelha interna, que determinam a ocorrência da Pair. 
Ainda como manifestação auditiva, a exposição ocupacional ao ruído se associa ao zumbido, que também é chamado de acúfeno ou tinitus e pode ser definido como "uma ilusão auditiva, isto é, uma sensação sonora não relacionada com uma fonte externa de estimulação". Além da alteração na função auditiva devido à exposição ao ruído ocupacional, o ruído e a PAIR compromete a comunicação e a qualidade de vida dos trabalhadores. 
Quando se estudam as perdas auditivas de origem ocupacional, deve se levar em conta que há outros agentes causais que não somente podem gerar perdas auditivas, independentemente de exposição ao ruído, mas também, ao interagir com este, potencializar os seus efeitos sobre a audição. Entre outros, podem ser citados a exposição a certos produtos químicos, as vibrações e o uso de alguns medicamentos.
Referências:
https://www.scielosp.org/article/csp/2006.v22n1/63-68/pt/
http://arquivosdeorl.org.br/conteudo/pdfForl/588.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_perda_auditiva.pdf 
7. Conhecer a epidemiologia das doenças ligadas a surdez por questões ocupacionais;
O ruído é o agente físico nocivo mais comum encontrado no ambiente de trabalho. Pela alta prevalência da exposição a intensidades deletérias à audição ­ em torno de 15% dos trabalhadores de países desenvolvidos, segundo a Organização Mundial da Saúde ­ constitui-se em um importante agravo à saúde dos trabalhadores em todo o mundo.
A prevalência da PAINPSE (Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevado) nas indústrias brasileiras descrita na literatura é alta. Carcinelli (1988) verificou que 32,7% dos 150 trabalhadores estudados apresentaram quadro sugestivo de PAINPSE. No estudo longitudinal da audição de 80 trabalhadores metalúrgicos durante três anos, Fiorini (1994) verificou prevalência final de 63,75% de PAINPSE no decorrer dos três anos, 23,75% adquiriram a PAINPSE.
Os dados epidemiológicos sobre perda auditiva no Brasil são escassos e referem-se a determinados ramos de atividades e, portanto, não há registros epidemiológicos que caracterizem a real situação. Os dados disponíveis sobre as ocorrências dão uma idéia parcial da situação de risco relacionada à perda auditiva. Estima-se que 25% da população trabalhadora exposta (BERGSTRÖM; NYSTRÖM, 1986; CARNICELLI, 1988; MORATA, 1990; PRÓSPERO, 1999) seja portadora de Pair em algum grau. Apesar de ser o agravo mais freqüente à saúde dos trabalhadores, ainda são pouco conhecidos seus dados de prevalência no Brasil. Isso reforça a importância da notificação, que torna possível o conhecimento da realidade e o dimensionamento das ações de prevenção e assistência necessárias. 
Referências:
https://www.scielosp.org/article/csp/2006.v22n1/63-68/pt/
http://arquivosdeorl.org.br/conteudo/pdfForl/588.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_perda_auditiva.pdf
8. Conhecer os impactos biopsicossociais da perda auditiva.
Apesar de invisível a deficiência auditiva configura-se não apenas por limitar a capacidade de percepção, localização e discriminação dos sons. Pode ser uma doença importante que gera alterações emocionais e econômicas. A dificuldade sensorial pode influenciar nas relações interpessoais e de comunicação, causando privação nas pessoas e levando ao isolamento e ao comprometimento da qualidade de vida. (RIBAS et al., 2014).

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