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Biologia celular - Infarto e choque

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Infarto 
Infarto é uma área de necrose coagulativa causada por uma 
isquemia. Podem acontecer em qualquer órgão ou tecido e ser causados 
por obstrução arterial ou de drenagem venosa. 
Em um caso de trombo nas artérias, o sangue arterial não vai 
chegar nas células a frente e em casos de obstrução nas veias, as 
células atrás da obstrução vão acabar acumulando os restos 
metabólicos por não conseguir se livrar deles. 
 
Bloqueio arterial 
A obstrução ocorre e o fígado sofre uma isquemia, chegando 
menos sangue e consequentemente gera uma hipóxia e futuramente 
uma necrose. Com a necrose, o tecido vai se cicatrizando, gerando a 
cirrose hepática. 
 
Bloqueio venoso 
Nesse caso, o fígado recebe o sangue arterial mas com o tempo, as 
células vão consumir todo o oxigênio presente e vai sobrar somente os 
restos metabólitos. 
 
Infarto branco 
Também chamado de anêmico, ele ocorre por obstrução de artéria, 
impedindo a chegada do sangue rico em oxigênio no órgão, 
principalmente em órgãos sólidos e de circulação simples, como o 
coração, baço e rins. 
 
 
Rim com infarto branco 
Baço com infarto branco 
Coração com infarto branco 
 
 
 
Infarto vermelho 
Também pode ser chamado de infarto hemorrágico, causado pela 
oclusão da via venosa, acontecendo principalmente em órgãos frouxos 
e circulação dupla como pulmões e fígados. 
 
 
Choque 
São conhecidos como as 5 portas da morte, pois é a partir dele que 
o animal morre. É importante na patologia porque, no relatório de 
necropsia, na causa mortis é sempre colocado um dos tipos de choque. 
EX: Um animal que morreu por conta de queimadura, no diagnóstico é 
colocado lesões por queimadura, mas na causa mortis sempre será um 
choque. 
O colapso circulatório vai envolver o débito cardíaco (DC), resistência 
periférica (RP) e volume de sangue. Estão diretamente relacionados a 
uma parada cardiorrespiratória. Existem 5 tipos: Cardiogênico, 
hipovolêmico, anafilático, neurogênico e séptico. 
A pressão arterial é medida da seguinte maneira: PA = DC x RP. O 
débito cardíaco é medido por meio do: DC = FC x Vol.Sis., onde FC é 
frequência cardíaca. A queda abrupta da pressão gera um choque que 
leva a morte do animal, geralmente ocorre durante uma cirurgia. Em 
todo choque, vai acorrer a queda da pressão, do volume de sangue e da 
oxigenação. 
• Cardiogênico 
Cardio: coração e gênico: onde se forma. É uma falência 
cardíaca que dificulta a bombeamento do sangue. Há uma queda no 
débito cardíaco, queda na pressão arterial, hipotensão, 
hipoperfusão e hipóxia. Causas: infarto cardíaco, arritmia cardíaca, 
dilatação cardíaca (Ex: infecções), ICC e hemopericárdio. 
Coração com infarto 
branco, provavelmente 
causado por estes vermes 
encontrados na necropsia 
 
 
• Hipovolêmico 
 
Hipo: pouco e volêmico: sangue. É uma queda de volume do 
sangue circulante, caracterizado por uma perda maior que 15% 
de sangue. Nesse choque, há uma queda no débito cardíaco, queda 
da resistência periférica e pressão arterial. É causado por: 
hemorragias, desidratação e queimaduras. 
• Anafilático 
Ocorre por conta de uma reação alérgica intensa. Há a 
liberação de mediadores químicos da inflamação como a histamina. 
Gera uma queda de resistência periférica e pressão arterial. As 
principais causas são: picadas de insetos, pólen e fármacos. 
• Neurogênico 
É associado a um sado no sistema nervoso central. Ocorre a 
perda do controle da frequência cardíaca, queda no débito 
cardíaco e na pressão arterial. As causas são: lesões cerebrais, 
anestésicos exagerados, eletrocussão, tumores, hemorragias e 
estresse. 
• Séptico 
Nada mais é do que uma infecção generalizada, chamada de 
septicemia ou sepse. As toxinas ou agentes infecciosos faz com 
que o hospedeiro libere mediadores químicos. Ocorre uma queda 
de resistência periférica e Pressão arterial. As causas são: 
Infecções bacterianas negativas, infecções bacterianas positivas 
e fungos. 
 
 
Mecanismos compensatórios 
Todo organismo tem mecanismos que tentam compensar perdas 
que ocorrem diariamente. 
Os receptores de pressão são sinalizadores dentro dos vasos que 
detectam a pressão no arco aórtico e subclávia. Em casos de queda de 
pressão, o receptor indica para o SNC que vai enviar informação aos 
tecidos para que eles liberem ADH (Hormônio antidiurético) e ACTH 
(Hormônio adrenocorticotrófico). 
A liberação de ADH faz com que não ocorra a diurese, ou seja, faz 
com que haja a vasoconstrição da artéria renal, diminuindo a filtração 
glomerular, impedindo a perda de líquidos na urina e aumentando a 
volemia. 
 O ACTH é um hormônio que estimula a parte cortical da adrenal. A 
liberação da aldosterona faz com que haja retenção de sódio e água no 
rim. A retenção fará com que ocorra um aumento da volemia. 
Outro tipo de mecanismo são os receptores de hipóxia, que 
percebem a baixa do oxigênio, diretamente relacionado a baixa da 
pressão, que gera hipoperfusão que faz com que menos sangue 
oxigenado chegue até os órgãos. O receptor de hipóxia envia 
mensagem ao SNC que vai ativar o sistema nervoso simpático. O SNS 
vai aumentar a frequência cardíaca, consequentemente aumentando o 
débito cardíaco, pressão e resistência periférica. 
Tudo isso por conta da vasoconstrição. O baço também é estimulado 
para que ocorra a contração esplênica, liberando sangue e aumentando 
a volemia. 
 Além disso, os receptores de hipóxia no rim, ativavam o aparelho 
justagromerular (AJG), que ativa a liberação de renina. A renina provoca 
a liberação de angiotensina (angio: vaso, tensina: tenção, faz a 
vasoconstrição) e eritropoeitina (eritro: célula vermelha, poeitina: 
produção). A liberação de angiotensina gera o aumento da resistência 
periférica e da pressão arterial. A liberação da proteína eritropoeitina, 
estimula a produção de células vermelhas pelo rim. 
 
Fases do choque 
A primeira é a fase não progressiva, ou seja, tem o estimulo para a 
queda, mas os mecanismos compensatórios estão ativados, 
compensando toda a perda ocorrida. Nesta fase, não existem sinais 
clínicos no animal. 
Tem outra fase, chamada de progressiva, onde as compensações 
causam lesões, mas é reversível. 
Existe também a fase irreversível, onde ocorre a disfunção de 
múltiplos órgãos, como: pulmões, fígado, rins e coração. Nesse caso, 
ocorre a coagulação intravascular disseminada (CID), muito comum na 
grande maioria dos choques, por conta dos órgãos estarem tentando 
compensar a perda. Por exemplo: choque hemorrágico, onde os 
mecanismos começam a consumir todos os fatores de coagulação para 
que a hemorragia sesse.

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