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UC2 - SP1 PROF. ÂNGELO https://pebmed.com.br/atls-10-confi ra-novidades-sobre-choque-e-repo sicao-volemica/ https://www.google.com/url?q=https://pebmed.com.br/atls-10-confira-novidades-sobre-choque-e-reposicao-volemica/&sa=D&source=editors&ust=1622036591430000&usg=AOvVaw33Hj4oTwaIajBItiNktDdO https://www.google.com/url?q=https://pebmed.com.br/atls-10-confira-novidades-sobre-choque-e-reposicao-volemica/&sa=D&source=editors&ust=1622036591430000&usg=AOvVaw33Hj4oTwaIajBItiNktDdO https://www.google.com/url?q=https://pebmed.com.br/atls-10-confira-novidades-sobre-choque-e-reposicao-volemica/&sa=D&source=editors&ust=1622036591431000&usg=AOvVaw3lTYaJ6erQh8FUuR8Jh7v1 OBJETIVOS DE ESTUDO 1- Classificar os tipos de traumas (aberto e fechado) e conceituar hemorragia. 2- Definir e classificar choques, com ênfase em choque hemorrágico. 3- Caracterizar e classificar o choque hemorrágico quanto a sua epidemiologia, fisiopatologia, dando ênfase às manifestações decorrentes de fenômenos circulatórios compensatórios e a sua relação com a reposição volêmica. 4- Descrever o tratamento de choque hemorrágico. 5- Definir o que é hemocomponente e como ele é empregado na clínica (concentrado de hemácias, plasma fresco congelado e plaquetas). 6- Caracterizar o Politraumatismo secundário a acidentes de trânsito quanto ao protocolo dedicado a guiar o primeiro atendimento na sala de estabilização. 7- Definir os custos para a sociedade, a relação dos mesmos com os familiares, sequelas e responsabilidades no trânsito, de acordo com as normas de trânsito. TERMOS DESCONHECIDOS RINGER COM LACTATO A solução de Ringer com Lactato é composta de cloreto de sódio, cloreto de cálcio, cloreto de potássio e lactato de sódio, diluídos em água para injeção. Exceto pela presença de lactato e pela ausência de bicarbonato, a composição dessa solução aproxima-se muito da composição dos líquidos extracelulares. Deste modo, a solução Ringer com Lactato pode ser utilizada para reposição de líquido e íons em situações em que essas perdas acontecem, como também a proporcionar o aumento ligeiro do teor alcalino em líquidos extracelulares, agindo nos casos em que há um desvio do equilíbrio ácido-básico no sentido da acidose. Nas situações em que são necessários grandes volumes de solução fisiológica, é vantajosa administração da solução de Ringer com Lactato com relação a outras soluções de reposição, a fim de evitar uma possível acidose. A solução de Ringer com lactato é contra indicada para pacientes com acidose láctica (redução do pH com produção de ácido lático), alcalose metabólica (aumento do pH), hipernatremia (excesso de sódio no sangue), hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue), hiperpotassemia (excesso de potássio no sangue), hipercloremia (excesso de cloro no sangue) e lesão dos hepatócitos (células do fígado) com anormalidade do metabolismo de lactato e pacientes com insuficiência renal (falência dos rins) e ou cardíaca (falência do coração). ESCALA DE GLASGOW (VER ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO) TIPOS DE TRAUMA (ABERTO E FECHADO) → TRAUMA ABDOMINAL FECHADO O trauma fechado ocorre sem que haja penetração ou abertura da parte do corpo envolvida no trauma. Pode causar esmagamento ou compressão de vísceras abdominais e pélvicas, com eventual deformação dos órgãos e ruptura – causando hemorragias, e contaminação com conteúdo intestinal – gerando peritonite. No trauma fechado, os órgãos mais acometidos são o baço (40% a 55%), o fígado (35% a 45%) e o intestino delgado (5 a 10%). Em 15%, há hematoma retroperitoneal. O cisalhamento é um tipo de esmagamento causada quando um dispositivo de segurança é usado inadequadamente, causando estiramento de estruturas orgânicas. Há ainda as lesões decorrentes das forças causadas por desaceleração brusca, gerando movimentos em sentidos opostos de vísceras. Na prática, ocorrem em quedas de alturas significativas, batidas de carro, acidentes com moto, bicicletas, e nos quais há ejeção da vítima do carro. → TRAUMA ABDOMINAL ABERTO (PENETRANTE) O trauma penetrante é causado quando há corte e laceração da pele e tecidos subjacentes. Ferimentos por arma branca e projéteis de arma de fogo (PAF) são exemplos principais. Em lesões por arma branca, as estruturas mais atingidas são o fígado (40%), intestino delgado (30%), o diafragma (20%) e o cólon (15%). Já ferimentos por PAF mais frequentemente atingem o intestino delgado (50%), o cólon (40%), o fígado (30%) e vasos abdominais (25%). Já as explosões podem causar trauma por diferentes mecanismos, tanto por fragmentos que penetram a vítima como por lesões contusas resultantes do impacto ou da ejeção. Ainda podem apresentar lesões pulmonares ou de vísceras ocas devido à onda de choque. Por esses motivos, pacientes vítimas de explosão devem manter o médico alerta para traumas contusos e penetrantes. superapostila sanarflix https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1344951314ProtocolotraumaMG.pdf https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1344951314ProtocolotraumaMG.pdf CONCEITO DE HEMORRAGIA → DEFINIÇÃO: A hemorragia é a perda de sangue através de ferimentos ou pelas cavidades naturais e pode ser também interna, sem exteriorização do sangue. → CAUSAS PRINCIPAIS: - Os fatores extrínsecos estão relacionados com questões externas ao nosso corpo, tais como traumas ocasionados por acidentes. - Os fatores intrínsecos estão relacionados com problemas nos vasos sanguíneos ou no nosso próprio corpo, como arteriosclerose, aneurismas e pressão alta. → CONSEQUÊNCIAS: Os quadros agudos com grande perda de volume são graves e podem levar ao choque hipovolêmico e óbito, enquanto as perdas lentas e crônicas costumam levar à anemia ferropriva. https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-hemorragia.htm FONTE: BRASIL ESCOLA → CLASSIFICAÇÃO: - Hemorragia é externa quando a lesão causa perda de sangue na superfície do corpo e é visível ao exame clínico. - Hemorragia interna: ocorre em cavidade pré-formada no organismo, como peritônio, pleura e pericárdio. Nesse último caso, o problema é relativamente maior, pois, se não observada a tempo, pode causar consequências graves e até mesmo a morte. O indivíduo pode apresentar-se pálido, taquicárdico, sonolento, com pele fria e úmida. - → GRAVIDADE Dependendo do vaso sanguíneo lesionado, a hemorragia terá diferente gravidade. - Artérias: Saída de sangue em abundância, em grande velocidade, jato pulsátil e vermelho vivo. Muito grave. - Veias: Sangue tem coloração mais escura. Sai contínua e lentamente. Escorre pela ferida. Menos grave, ṕorém com a demora no atendimento poderá ser grave. - Capilares: Sangue sai lentamente, goteja e a tonalidade é um vermelho menos vivo do que quando comparado ao sangue arterial.Apostila: Supermaterial SANARFLIX - Avaliação e controle das hemorragias. https://www.google.com/url?q=https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-hemorragia.htm&sa=D&source=editors&ust=1622036592023000&usg=AOvVaw0ofKTZlyVEgKRZmuMY11tU DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE CHOQUES → DEFINIÇÃO DE CHOQUE O choque é uma condição de fluxo sanguineo inadequado generalizado, ameaçador à vida devido à distribuição inadequada de oxigênio e outros nutrientes às células. Pode então ser definido como um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio, produzindo assim, hipóxia celular e tecidual. O choque resulta também na remoção inadequada dos produtos da excreção celular. Conforme a demanda de O2 torna-se deteriorada, os próprios componentes da circulação se deteriora, agravando progressivamente o quadro. superapostila sanarflix CLASSIFICAÇÃO DOS CHOQUES → DISTRIBUTIVO É caracterizado por uma vasodilatação severa e pelos mecanismos/moléculas responsáveis por essa vasodilatação dependem da etiologia. - Choque séptico: A sepse é definida como uma resposta desregulada do hospedeiro contra a infecção, que resulta em ameaça à vida e disfunção orgânica . É a causa mais comum de choquedistributivo. - Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS): Uma síndrome clínica caracterizada por uma robusta resposta inflamatória, causada por um grande insulto corporal, que pode ser infeccioso ou não. Ex: pancreatite, queimaduras, hipoperfusão causada por trauma, embolia de líquido amniótico, embolia gordurosa; - Choque neurogênico: Os pacientes com uma lesão traumática no cérebro ou na medula espinal, apresentam uma interrupção nas vias autonômicas, o que leva à uma diminuição na resistência vascular e alteração no tônus vagal → choque. - Choque anafilático: O choque anafilático é mais comumente encontrado nos pacientes com reações alérgicas graves, mediadas pela IgE, como a picadas de insetos, alimentos e drogas. Além disso, vale lembrar que o termo anafilaxia também se aplica aos casos de liberação direta de mediadores inflamatórios dos mastócitos e basófilos produzidos por vários gatilhos, como exercícios, látex ou idiopático. - Choque induzido por drogas e toxinas: Algumas reações à medicamento ou toxina, overdose por narcóticos, mordidas de cobra, envenenamento por escorpião ou aranhas, reações transfusionais, envenenamento por metais pesados e infecções associadas com síndrome de choque tóxico (Streptococcus e Escherichia spp). - Choque endócrino: As crises adisonianas (falência da adrenal) ocasionam deficiência de mineralocorticoides, e pode ocorrer uma vasodilatação devido a alterações no tônus vascular, e a deficiência de aldosterona pode mediar uma hipovolemia. superapostila sanarflix → CARDIOGÊNICO São aquele causados por alguma alteração intracardíaca que leva a falência da bomba cardíaca, resultando em débito cardíaco reduzido. - Cardiomiopatias - inclui aqui o infarto agudo de miocardio. - Arritmias - podem induzir a hipotensão e choque. - Mecânica: insuficiência severa das válvulas aórtica ou mitral e defeitos valvulares agudos devido a ruptura do músculo papilar ou das cordas tendíneas ou dissecção retrógrada da aorta ascendente no anel valvar aórtico ou um abscesso do anel aórtico. → OBSTRUTIVO Ocasionado por causas extracardíacas, que levam à uma falência da bomba e é muito associado com um baixo débito cardíaco direito. - Pulmonar vascular: falência ventricular direita, resultado de duas condições principais: a embolia pulmonar e a hipertensão pulmonar. → A sístole ventricular não vence a pressão pulmonar aumentada. Além disso, os pacientes com estenose grave ou com quadro agudo de obstrução da válvula pulmonar ou tricúspide também podem ser enquadrados nessa categoria. - Mecânico: Os pacientes dessa categoria desenvolvem o choque devido a uma diminuição da pré-carga, onde o retorno venoso é prejudicado e assim a bomba não tem “substrato”. EX: pneumotórax, pericardite. → HIPOVOLÊMICO É o choque ocasionado por uma redução no volume intravascular, o que reduz o débito cardíaco. Esse tipo de choque pode ser dividido em duas categorias. - Hemorrágico: A perda de sangue resulta em uma redução no volume intravascular o que pode resultar em choque. - Não hemorrágico: Ocorre pela diminuição do volume intravascular por perda de algum fluido que não seja sangue. Mais comumente ocasionado pela perda de sódio ou de água, como: o trato gastrointestinal (diarreia, vômitos), pele (queimaduras), perdas renais (uso excessivo de diuréticos, nefropatias) e outras. - superapostila sanarflix CHOQUE HEMORRÁGICO → Caracterizar e classificar o choque hemorrágico quanto a sua epidemiologia, fisiopatologia, dando ênfase às manifestações decorrentes de fenômenos circulatórios compensatórios e a sua relação com a reposição volêmica. → CONCEITO (GUYTON CAP 24 , P. 294) - Hipovolemia: redução do volume sanguíneo. - Hemorragia: diminui a pressão de enchimento da cirulação e com isso diminui o retorno venoso, cai o débito cardíaco e pode ocasionar choque. →EPIDEMIOLOGIA Hemorragia com choque é a principal causa de mortes evitáveis em pacientes com trauma. O traumatismo contundente ou penetrante é a causa mais comum, seguida de fontes gastrointestinais superiores e inferiores. Em se tratando de trauma, uma substancial de perda de sangue até o ponto de comprometimento hemodinâmico pode ocorrer mais frequentemente no tórax, no abdômen ou no retroperitônio https://www.researchgate.net/publication/327622142_CHOQUE_HEMORRAGICO_EM_CIRURGIA A morte por hemorragia representa um problema global substancial, com mais de 60.000 mortes por ano nos Estados Unidos e cerca de 1,9 milhão mortes por ano em todo o mundo, dos quais 1,5 milhão resultantes de trauma físico. Além disso, aqueles que sobrevivem à hemorragia inicial têm sequelas funcionais graves, aumentando significativamente a mortalidade a longo prazo superapostila sanarflix https://www.google.com/url?q=https://www.researchgate.net/publication/327622142_CHOQUE_HEMORRAGICO_EM_CIRURGIA&sa=D&source=editors&ust=1622036594364000&usg=AOvVaw0NxQc1GwfIkRRGtImJE1Am → FISIOPATOLOGIA Quando ocorre interrupção súbita ou deficiência persistente da perfusão tecidual normal, aliado à ação tóxica direta de toxinas presentes na circulação, todas as células dela dependentes entram em sofrimento agudo, configurando o estado de choque. O choque hemorrágico é devido à depleção do volume intravascular através da perda de sangue até o ponto de tornar-se incapaz de atender a demanda de oxigênio aos tecidos. NÍVEL CELULAR No nível celular, o choque hemorrágico é caracterizado quando o fornecimento de oxigênio é insuficiente para atender a demanda pelo metabolismo aeróbio. Neste caso, ocorrerá a transição das células para o metabolismo anaeróbico. Ácido lático, fosfatos inorgânicos, e os radicais de oxigênio começam a se acumular como resultado do crescente déficit de oxigênio. A liberação de moléculas associadas ao dano (conhecidas como alarminas), incluindo DNA mitocondrial e peptídeos, incita a resposta de inflamação sistêmica . Como cai o fornecimento de ATP, a homeostase celular finalmente falha, e a morte celular ocorre através da necrose por ruptura da membrana, apoptose ou necroptose. NÍVEL TECIDUAL No nível tecidual, hipovolemia e vasoconstrição causam hipoperfusão e dano nos rins, fígado, intestino e músculo esquelético, que pode levar à falência de múltiplos órgãos em sobreviventes. Em casos de hemorragia extrema com exsanguinação, ocorre hipoperfusão do cérebro e do miocárdio, levando a anoxia cerebral e arritmias fatais em poucos minuto. A hemorragia também induz o organismo a compensar a perda de volume, aumentando a frequência e a contratilidade cardíaca, seguido da ativação de barorreceptores, resultando em ativação do sistema nervoso simpático e vasoconstrição periférica. - Arteríolas se contraem = aumento da resistência periférica. - Veias se contraem = manter retorno venoso adequado. - Atividade cardíaca aumenta = aumento da FC (160-180bpm) À medida que o enchimento ventricular diastólico continua a diminuir e o débito cardíaco diminui, a pressão arterial sistólica cai. guyton /https://www.researchgate.net/publication/327622142_CHOQUE_HEMORRAGICO_EM_CIRURGIA https://www.google.com/url?q=https://www.researchgate.net/publication/327622142_CHOQUE_HEMORRAGICO_EM_CIRURGIA&sa=D&source=editors&ust=1622036594592000&usg=AOvVaw0dpSNkxuzpZhG6fIRudYI7 A pressão arterial é mantida por mais tempo normal do que o débito cardíaco na pessoa com hemorragia. Isso se deve ao fato que o SNAS mantém a pressão arterial, pelo aumento da resistência periférica, essa constrição simpática das veias colabora para não reduzir excessivamente o retorno venoso e débito cardíaco. Devido à ativação do sistema nervoso simpático, o sangue é desviado dos órgãos e tecidos não críticos para preservar o fornecimento de sangue aos órgãos vitais, como o coração e o cérebro. A estimulação simpática não produz constrição significativa nos vasos coronarianos e cerebrais!!! Ao preservar a função do coração e do cérebro, isso tambémleva outros tecidos a serem privados de oxigênio, causando mais produção de ácido lático, agravando a acidose. Este agravamento da acidose, juntamente com a hipoxemia, se não corrigida, eventualmente causa a perda de vasoconstrição periférica, comprometimento hemodinâmico e morte. Um fator chave na fisiopatologia do choque hemorrágico é o desenvolvimento de coagulopatia induzida por trauma. → Perda simultânea de fatores de coagulação via hemorragia, hemodiluição com fluidos de ressuscitação e disfunção em cascata de coagulação secundária à acidose e hipotermia tem sido tradicionalmente considerada como a causa da coagulopatia no trauma. A atividade de fatores de coagulação, depleção de fibrinogênio e quantidade de plaquetas são afetadas negativamente pela acidose. A hipotermia (menos de 34ºC) agrava a coagulopatia prejudicando a coagulação, e é um fator de risco para a morte no choque hemorrágico. O organismo pode se recuperar até que a hemorragia atinja um certo limite, a partir daí o choque passa a ser progressivo, onde o choque causa ainda mais choque, até a deterioração da circulação e morte. CHOQUE HEMORRÁGICO NÃO PROGRESSIVO (CHOQUE COMPENSADO) Os reflexos simpáticos e mecanismos de controle (compensatórios) são capazes de normalizar o DC E PA.] Ver a seguir os mecanismos compensatórios (feedbacks). guyton /https://www.researchgate.net/publication/327622142_CHOQUE_HEMORRAGICO_EM_CIRURGIA https://www.google.com/url?q=https://www.researchgate.net/publication/327622142_CHOQUE_HEMORRAGICO_EM_CIRURGIA&sa=D&source=editors&ust=1622036594689000&usg=AOvVaw1PYcAHScO5zYnLa-JU1r-8 → REFLEXOS BARORECEPTORES: Estímulo SIMPÁTICO. → Resposta à ISQUEMIA no SNC: Estimula mais ainda o SIMPÁTICO. Ativada mais significativamente quando a pressão cai abaixo de mmHg. → Vasos sanguíneos contraem: manter o leito com volume adequado. → RINS: Aumenta secreção de RENINA pelos rins. Formação de ANGIOTENSINA II. A perda de sangue causa uma diminuição do débito cardíaco e consequentemente a diminuição da perfusão renal (quantidade de sangue chegando aos rins). Essa diminuição no volume e pressão é sentida por sensores presentes ao redor das arteríolas aferentes dos néfrons (baroreceptores). Quando estas células percebem essa diferença de pressão, começam a liberar a enzima renina. Os rins também possuem quimiorreceptores de sódio, que o tempo inteiro estão ‘’medindo’’ a quantidade de sódio no túbulo contorcido distal. No túbulo contorcido proximal capta-se 60 a 70 % do sódio, enquanto no distal, 20-25%. Se o paciente está perdendo sangue, há diminuição do fluxo sanguíneo e perfusão renal. Por este motivo, a taxa de filtração glomerular logicamente diminuirá. Esta diminuição causa também uma diminuição na velocidade do fluxo sanguíneo no glomérulo e nos túbulos e as células do túbulo contorcido proximal têm mais tempo de ‘’trabalhar’’ e conseguem captar mais sódio que o normal (60-70%). Os quimiorreceptores percebem essa diminuição de sódio que chega no túbulo contorcido distal e ativam sinais para a liberação de mais renina. O terceiro mecanismo de liberação de renina provém de um sinal de baroreceptores na carótida Há estimulação simpática e neurônios saindo da medula e que estão em contato direto com aparato justaglomerular estimulam este sistema (por norepinefrina e receptores beta1) a produzir mais renina. A renina converte o angiotensinogênio em Angiotensina I. Nas células endoteliais dos capilares pulmonares há a produção de uma enzima importantíssima chamada enzima conversora de angiotensina (ECA). Esta enzima tem como função primária a conversão da Angiotensina I em Angiotensina II (vasoconstrição).guyton /https://www.researchgate.net/publication/327622142_CHOQUE_HEMORRAGICO_EM_CIRURGIA https://medsimples.com/sistema-renina-angiotensina-aldosterona/ https://www.google.com/url?q=https://www.researchgate.net/publication/327622142_CHOQUE_HEMORRAGICO_EM_CIRURGIA&sa=D&source=editors&ust=1622036594872000&usg=AOvVaw3o8filL5xqUH5Gh6xeUZQ1 https://www.google.com/url?q=https://medsimples.com/sistema-renina-angiotensina-aldosterona/&sa=D&source=editors&ust=1622036594875000&usg=AOvVaw1iA-t_UyycO72UorZ4qNfj Como função secundária, a ECA tem capacidade de quebrar a bradicinina, um vasodilatador endógeno circulante no organismo, inativando-a. Com a ANGIOTENSINA II, as veias (que possuem receptores) sofrem constrição, aumentando a pressão dentro do sistema. COm isso, mais sangue chega ao coração direito. Depois de passar pela circulação pulmonar, esse aumento de volume e pressão chega ao coração esquerdo fazendo as células do miocárdio distenderem-se. De acordo com a lei de Frank Starling, quanto mais as células miocárdicas são distendidas, maior será a sua força de contração. Dessa maneira, há aumento do débito cardíaco e aumento da pressão sistólica! Finalmente chegamos ao objetivo de tudo isso, o aumento da pressão sistólica. As arteríolas também sofrem para que o sangue fique retido nas artérias. Dessa maneira, junto ao aumento da pressão sistólica há também um aumento da pressão diastólica. No SNC estimula o indivíduo a ingerir líquidos. EStimula a liberação de ALDOSTERONA. ALDOSTERONA: Uma de suas ações ocorrerá nas Células Principais do rim. Estas células estão presentes na metade final do túbulo contorcido distal e nos dutos coletores. A aldosterona liga-se a receptores destas células que iniciam a transcrição de dois genes. Um deles levará a produção de bombas de sódio potássio e o outro leverá a produção de canais de sódio. Devido a diferença de concentração, o pouco de sódio restante (maioria absorvida no túbulo proximal) passa facilmente pelos canais de sódios induzidos pela aldosterona e imediatamente é jogado para o sangue pelas bombas de sódio potássio também induzidas pela aldosterona. Há uma reabsorção de quase 100% do sódio. O sódio volta para o sangue e junto dele leva água, que também é reabsorvida. Assim, há aumento do volume sanguíneo e consequentemente aumento da PA! → ADH ou VASOPRESSINA: O hormônio aldosterona também atuará no SNC, aumentando a produção da vasopressina (ADH). O ADH atua diretamente no ducto coletor, aumentando sua permeabilidade a água e portanto a reabsorção (retenção de líquidos pelos rins). → Secreção de norepinefrina e epinefrina pela adrenal → Contração de arteríolas e veias periféricas = aumento de FC.https://medsimples.com/sistema-renina-angiotensina-aldosterona/ https://www.google.com/url?q=https://medsimples.com/sistema-renina-angiotensina-aldosterona/&sa=D&source=editors&ust=1622036594952000&usg=AOvVaw3_OEdgvHbqHiVhq-_HYgDA → Há reabsorção de líquido pelo intestino e pelos capilares dos espaços intersticiais. Há conservação de água e sal pelos rins, aumento de sede e apetite por sal. → Catecolaminas demoram de 30s a poucos minutos para serem ativadas. Angiotensina e ADH levam de 10 min a uma hora para responder. O reajuste leva 1 a 48 horas. Desde que o choque não seja grave o suficiente para passar ao modo progressivo. CHOQUE HEMORRÁGICO PROGRESSIVO (NÃO COMPENSADO) Causado por um ciclo vicioso de deterioração cardiovascular. → DEPRESSÃO CARDÍACA: QUando a pressão arterial cai demais, o fluxo sanguíneo coronariano diminui abaixo do necessário para nutrir adequadamente o miocárdio. COm o enfraquecimento do músculo há diminuição do débito cardíaco, agravando o choque. A deterioração do coração não é grave na primeira hora do choque, pois o coração têm reservas, mas nos estágios finais essa depleção é o fator mais importante da letalidade do paciente. → INSUFICIÊNCIA VASOMOTORA: Nos estágios iniciais do choque, há uma intensa ativação do SNAS, retardando a diminuição do DC. Chega-se em um ponto onde a redução do fluxo sanguíneo para o centro vasomotor do cérebro fica tão intensa que este centro passa a ficar menos ativo até sua inatividade total. ● Durante os primeiros 4-8 min → a interrupção do fluxo para o cérebro causa intensadescarga simpática. ● de 10-15 min o centro vasomotor está deprimido ao extremo → não há mais descarga simpática evidente. ● o centro vasomotor não falha nos estágios iniciais do choque caso a pressão arterial permanecer acima de 30mmHg. → BLOQUEIO DE MICROVASOS - SANGUE ESTAGNADO. Há no choque o fluxo mais lento de sangue nestes microvasos, porém os produtos metabólicos destes tecidos continuam a ser lançados nestes vasos, o que aumenta a acidez neste local, favorecendo a aglutinação do sangue no local, resultando em microcoágulos, com tendência a adesão de células, dificultando ainda mais a passagem do sangue (sangue estagnado). → AUMENTO DA PERMEABILIDADE CAPILAR: Após muitas horas de hipóxia e falta de nutrientes, a permeabilidade dos capilares aumenta e piora o quadro, pois os líquidos extravasam para os tecidos. Há redução ainda mais do DC. guyton → LIBERAÇÃO DE TOXINAS PELO TECIDO ISQUÊMICO Histaminas, serotoninas, enzimas, principalmente as endotoxinas, que são liberadas por bactérias mortas gram- nos intestinos., também presente no choque séptico. → DETERIORAÇÃO CELULAR GENERALIZADA: O fígado é afetado pela falta de nutrientes para sustentar o metabolismo elevado de suas células. Também são acometidos os pulmões e coração. → ACIDOSE: A má distribuição de O2 para os tecidos ocasiona um processo anaeróbio de obtenção de energia, o que resulta numa quantidade enorme de ácido lático no sangue. O fluxo sanguíneo reduzido impede a remoção adequada de CO2, que reage com água e forma muito ácido carbônico, ocasionando alta acidose tecidual → piora do choque. → FEEDBACK POSITIVO DO CHOQUE: Quanto mais choque, mais choque. Após um certo estágio, qualquer tipo de terapia é capaz de reverter a situação e o paciente vai a óbito = CHOQUE IRREVERSÍVEL! = ÓBITO. guyton → 10% do volume de sangue pode ser removido sem produzir efeito sobre a PA ou Débito Cardíaco. Maior perda de sangue diminui primeiro o DC e depois a PA. → AMBOS caem a 0 quando% do sangue for removido. → Na ausência dos reflexos simpáticos, pode-se remover apenas -% do sangue por 30 min, até que a pessoa morra. → SE os reflexos estiverem normais, pode ser mantida a perda de 30-40%- guyton /https://www.researchgate.net/publication/327622142_CHOQUE_HEMORRAGICO_EM_CIRURGIA https://www.google.com/url?q=https://www.researchgate.net/publication/327622142_CHOQUE_HEMORRAGICO_EM_CIRURGIA&sa=D&source=editors&ust=1622036595856000&usg=AOvVaw3gtx7FROqX5b6xKu6BkJlw CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE HEMORRÁGICO - ATLS A classificação de choque hemorrágico do American College of Surgeons através do Advanced Trauma Life Support (ATLS) liga a quantidade de perda de sangue às respostas fisiológicas esperadas em um paciente saudável de 70 kg. Como o volume total de sangue circulante representa aproximadamente 7% do peso corporal total, isso equivale a aproximadamente cinco litros no paciente médio de 70 kg. • Classe 1: Perda de volume até 15% do volume sanguíneo total, aproximadamente 750 mL. A frequência cardíaca é minimamente elevada ou normal. Normalmente, não há alteração na pressão arterial, pressão de pulso ou taxa respiratória. • Classe 2: perda de volume de 15% a 30% do volume sanguíneo total, de 750 mL a 1500 mL. A frequência cardíaca e a frequência respiratória tornam-se elevadas (100 BPM a 120 BPM, 20 RR a 24 RR). A pressão do pulso começa a estreitar, mas a pressão arterial sistólica pode ser inalterada para diminuir ligeiramente. • Classe 3: perda de volume de 30% a 40% do volume sanguíneo total, de 1500 mL a 2000 mL. Uma queda significativa na pressão arterial e alterações no estado mental ocorrem. A freqüência cardíaca e a freqüência respiratória são significativamente elevadas (mais de 120 BPM). A produção de urina declina. A recarga capilar é retardada. • Classe 4: perda de volume acima de 40% do volume total de sangue. Hipotensão com pressão de pulso estreita (menos de 25 mmHg). A taquicardia torna-se mais pronunciada (mais de 120 BPM), e o estado mental torna-se cada vez mais alterado. A diurese é mínima ou ausente. A recarga capilar é retardada Aldo Cunha Medeiros, 2017 atls PROTOCOLO DE ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO apostila trauma e queimaduras medcurso 2017 A) AIRWAY - VIAS AÉREAS/COLUNA CERVICAL A primeira medida de todas, independente da vítima estar sangrando, quebrada, gemendo, bla bla bla… avaliar vias aéreas e estabilizar coluna cervical. - Padrão ouro: Colocação de colar cervical rígido. Paciente em prancha rígida. - Estabilização in line, manual. Caso não tenha colar cervical rígido. - VIAS AÉREAS pérvias? Perguntar o nome do paciente, caso esteja lúcido, consciente e eupneico com fonação normal, improvável que tenha obstrução significativa de vias aéreas. → CUIDADO: Alguns pacientes podem evoluir com obstrução de via aérea, por exemplo nos casos de lesão química/térmica na boca , narinas, faringe, trauma maxilofacial, trauma penetrante em pescoço. - INDICATIVOS DE OBSTRUÇÃO DE VIA AÉREA: ● CIANOSE ● ESFORÇO RESPIRATÓRIO ● CORNAGEM - Neste caso utiliza-se laringoscópio para aspiração de secreção e remoção de corpo estranho. - a queda da base da língua em pacientes com nível de consciência reduzido pode ocasionar obstrução de via aérea. ACESSO DE VIAS AÉREAS - Não cirurgico: intubação - cirúrgico: traqueostomia/ cricotireoidostomia - Para ser via aérea definitiva, não significa que deve ficar pra sempre no paciente, mas sim que protege contra broncoaspiração (deve apresentar balonete insuflável traqueal). → QUANDO NÃO INTUBAR OROTRAQUEAL - Trauma maxilofacial extenso - trauma no pescoço que altere sua anatomia - laceração aberta de laringe/traqueia - Pacientes com menos de 12 anos Neste caso fazer cricotireoidostomia. Se em crianças com até 12 anos, fazer por punção, não cirúrgica. OXIGENE SEU PACIENTE COM AMBU E O2, ENQUANTO DECIDE O QUE FAZER OU OBTEM A VIA ARTIFICIAL... B) BREATHING - VENTILAÇÃO ADEQUADA - O PACIENTE deve receber oxigênio suplementar (pelo menos 11L/min). - Deve ser preferencialmente monitorizado - oximetria de pulso. - VENTILAR → se paciente ventila sozinho ou se é necessário intervir. - Exame de Tórax: Inspeção, palpação, percussão, ausculta, rx tórax. - VERIFICAR AS ARMADILHAS: pneumotórax e tórax instável. C) CIRCULATION → AVALIAÇÃO HEMODINÂMICA - Será abordado em tratamento de choque hemorrágico D) DISABILITY - AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA - Escala de coma de GLASGOW - Avaliação pupilar - MOvimentos ativos de extremidades. E) EXPOSURE/ ENVIRONMENT→ EXPOSIÇÃO/AMBIENTE - Ver o paciente da cabeça aos pés. - prevenção de hipotermia: administração de soro aquecido. TRATAMENTO DO CHOQUE HEMORRÁGICO ABORDAGEM INICIAL A abordagem inicial dos pacientes com hipotensão/choque indiferenciado é multidisciplinar, sempre que possível. • A via aérea deve ser estabilizada e o acesso venoso deve ser garantido, para que os pacientes possam ser tratados imediatamente com líquidos (cristaloides) para restaurar a perfusão tecidual. • Os pacientes devem ser constantemente avaliados (monitoração) quanto à necessidade de alguma intervenção imediata ou precoce, para que as terapias salva-vidas possam ser instituídas. • Depois de estabilizados os pacientes devem passar por uma “pesquisa” minuciosa, para que seja determinada a causa do choque. Nos casos em que os pacientes desenvolvam a síndrome da angústia respiratória ou estejam cominstabilidade hemodinâmica, eles podem ser intubados, com exceção dos pacientes com suspeita de pneumotórax hipertensivo, os quais serão drenados. Evitar as drogas que podem cursar com hipotensão, como propofol e midazolam. RESSUSCITAÇÃO DE CONTROLE DE DANO O conceito de ressuscitação de controle de dano centra-se em hipotensão permissiva, ressuscitação hemostática e controle de hemorragia para tratar adequadamente a "tríade letal" de coagulopatia, acidose e hipotermia que ocorre em trauma. Aldo Cunha Medeiros,2017 O objetivo é alcançar uma pressão arterial sistólica de 90 mmHg para manter a perfusão tecidual sem induzir o re-sangramento de vasos recentemente coagulados. A hipotensão permissiva é um meio de restringir a administração de fluidos até que a hemorragia seja controlada, aceitando-se um curto período de perfusão sub-óptima dos órgãos afetados. CRISTALÓIDES Para a ressuscitação cristalóide, os fluidos salina e Ringer lactato são os fluidos mais utilizados. → Solução fisiológica: desvantagem → causar uma acidose metabólica hiperclorêmica (alto teor de cloreto). → Ringer lactato: desvantagem → pode causar uma alcalose metabólica à medida que o metabolismo do lactato se regenera em bicarbonato. (Como o uso dos cristaloides deve ser em volume muito restrito não devendo ultrapassar 3 litros, esta possibilidade é pequena). A tendência atual de reanimação no controle de danos se concentra em "ressuscitação hemostática" que impulsiona o uso precoce de produtos sanguíneos em vez do uso de cristalóides, a fim de minimizar o distúrbio metabólico, a coagulopatia induzida por ressuscitação e a hemodiluição que ocorre com ressuscitação cristalóide. Aldo Cunha Medeiros, 2017 → Pacientes que receberam a proporção mais equilibrada de 1: 1: 1 (plasma, plaquetas e concentrado de hemácias.) foram menos propensos a morrer como resultado da exsanguinação, após 24 horas do tratamento e foram mais propensos a atingir a hemostasia. O tratamento do choque hemorrágico entra no critério C do atendimento inicial ao politraumatizado. 1- COMPRESSÃO DAS FERIDAS SANGRANTES Após os critérios A e B serem verificados, a primeira medida deste ítem deve ser a compressão das feridas sangrantes → mãos enluvadas, gaze ou curativo transparente. Os torniquetes só devem ser utilizados em medidas extremas, pois cursam com grave isquemia da região. 2- AVALIAR STATUS HEMODINÂMICO Avaliar inicialmente os pulsos centrais e periféricos. - Se há pulso carotídeo: estima-se uma pressão de mínimo 60mmHg. - Se há pulso femoral: pressão mínima de 70 mmHg. - Se há pulso radial: pressão mínima de 80 mmHg. → Aferir pressão a cada 5 minutos pelo menos. Pressão menor que 90mmHg = hipotensão por choque hipovolêmico. 3- OBSERVAIR SINAIS DE HIPOVOLEMIA - hipotensão - taquicardia (primeiro sinal de choque hipovolêmico, mas cuidado com atletas e paciente betabloqueados) - taquipneia - alteração do nível de consciência - sudorese - palidez cutânea - grávidas e crianças: difícil aparecerem sinais até que esteja grave demais. 4- ASSEGURAR PELO MENOS DOIS ACESSOS VENOSOS CALIBROSOS Principalmente nos traumas moderados a grave. - Veias periféricas no dorso das mãos e face anterior do antebraço. - Em pacientes chocados - veia safena magna em frente ao maléolo medial. - pode-se tentar acesso venoso central ou punção intraóssea. 5- INICIAR A REPOSIÇÃO VOLÊMICA - Com o objetivo de elevar a pressão sistólica acima de 100mmHg!! O mais rapidamente possível. - A hipotensão sistólica geralmente ocorre após perda de mais ou menos 30% da volemia (+- 1500mL - pessoa de 70Kg) - CLasse III OU IV. → TIPO DE SOLUÇÃO: Cristalóides: - Preferencialmente RINGER LACTATO aquecido a 39°C (previne hipotermia). - O soro fisiológico não é recomendado pois pode causar uma acidose metabólica hiperclorêmica (alto teor de cloreto). - Adultos chocados: BOLUS de 1 a 2 L de RINGER LACTATO. - Crianças chocadas: BOLUS 20 mL/Kg de RINGER LACTATO. 6- INICIAR TRANSFUSÃO SANGUÍNEA (SE NECESSÁRIO) - INdicação individual. - Paciente refratário à reposição cristalóide. - EM pacientes com choque classes III E IV. 7- AVALIAR RESPOSTA À INFUSÃO INICIAL - Frequência cardíaca - SONDAGEM VESICAL (débito urinário) PADRÕES DE RESPOSTA: A) Resposta Rápida: Perda volêmica discreta (menos de 20%). Não há necessidade de volume adiciona, mas deixar separado sangue tipado. B) Resposta Transitória: Pacientes que necessitam a reavaliação contínua. Responderam bem à reposição inicial rápida, aparentemente hemodinamicamente normais. Quando reduzimos a velocidade de infusão para manutenção, o paciente apresenta hipoperfusão. Indicativo de sangramento persistente ou reanimação inadequada. Sugere-se administração contínua de líquidos e início de transfusão. Geralmente há necessidade de intervenção cirúrgica. C) Resposta Mínima ou AUSENTE: Necessidade imediata de cirurgia para identificar e controlar hemorragias. Verificar na reavaliação se esta ausência de resposta deve-se a um choque cardiogênico, ou outra condição (pneumotórax, tamponamento cardíaco). TODO PACIENTE POLITRAUMATIZADO CHOCADO DEVE SER CONSIDERADO, ATÉ SEGUNDA ORDEM, PORTADOR DE CHOQUE HIPOVOLÊMICO HEMORRÁGICO! Aldo Cunha Medeiros, 2017 e ATLS 2019ATLS 2019 - CHOQUE HEMORRÁGICO HEMOCOMPONENTES E SUA UTILIZAÇÃO CLÍNICA HEMOCOMPONENTES Hemocomponentes são produtos gerados um a um nos serviços de hemoterapia, a partir do sangue total, por meio de processos físicos (centrifugação e congelamento) – incluem concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, plasma fresco e crioprecipitado. Já os hemoderivados são produtos obtidos em escala industrial, a partir do fracionamento do plasma por processos físico-químicos – incluem albumina, globulinas e concentrado de fatores de coagulação. Transfusão de hemácias: ● Deve ser feita para tratar ou prevenir iminente e inadequada liberação de oxigênio aos tecidos, sendo a decisão baseada em fatores clínicos e laboratoriais, como idade e comorbidades do paciente, velocidade de instalação da anemia e volume intravascular. ● Em situações de anemia (particularmente crônica), sempre que possível, deve-se considerar outras formas de intervenção, como reposição de ferro ou tratamento com eritropoietina antes da transfusão. ● Não é recomendada transfusão de hemácias para promover aumento da sensação de bem-estar ou cicatrização de feridas, profilaticamente e para expansão volêmica quando a capacidade de transporte de oxigênio estiver adequada. ● Em indivíduo adulto de estatura média, um concentrado de hemácias normalmente eleva o hematócrito em 3% e a hemoglobina em 1 g/dL. Em pacientes pediátricos, o volume a ser transfundido para a obtenção dos mesmos resultados é de 10-15 mL/kg. Transfusão de plaquetas: ● As indicações estão associadas basicamente às trombocitopenias desencadeadas por falência medular (doenças hematológicas e/ou quimioterapia e radioterapia), particularmente no que se refere ao uso profilático. ● Raramente recomenda-se transfundir plaquetas em casos de destruição periférica ou alterações congênitas da função plaquetária. Nesses casos, a transfusão é feita apenas na presença de sangramentos graves e potencialmente fatais ou quando há necessidade de procedimentos invasivos na ausência de respostas a outros métodos. ● Em geral, faz-se um concentrado de plaquetas para cada 7-10 kg de peso em adultos. Em pacientes pediátricos, a dose preconizada é de 5-10 mL/kg. Transfusão de plasma: ● O plasma contém proteínas da coagulação. Logo está indicado no tratamento de pacientes com distúrbios da coagulação (sangramento causado por deficiência de múltiplos fatores da coagulação, como nos casos de hepatopatia e coagulação intravascular disseminada; sangramento grave causado por uso de anticoagulantes orais antagonistas da vitamina K ou necessidade de reversão urgente da anticoagulação; transfusão maciça com sangramento por coagulopatia; utilização como líquido de reposição na plasmaférese para tratamento de púrpura trombocitopênica trombótica). ● Não é recomendado o uso de plasma para expansão volêmica, tratamento de sangramentos sem coagulopatia associada, correção de testes anormais de coagulação na ausência de sangramento e em estados de perda proteica ou imunodeficiências. ● A utilização de 10-20 mL/kg aumenta em 20-30% os níveis dos fatores de coagulação do paciente, chegando a níveis hemostáticos. Cada bolsa tem cerca de 200-250 mL. Transfusão de crioprecipitado:● O crioprecipitado contém fibrinogênio, fator VIII, fator de von Willebrand e fator XIII, estando indicado para repor fibrinogênio em pacientes com hemorragia e deficiência isolada congênita ou adquirida do fator ou em pacientes com coagulação intravascular disseminada e hipofibrinogenemia grave, repor fator XIII em pacientes com hemorragias por deficiência do fator e repor fator de von Willebrand em pacientes que não têm indicação ou não responderam ao desmopressina. ● Deve ser feito quando não se dispuser de concentrados estáveis dos fatores de coagulação, que têm menor risco de contaminação viral. ● De forma prática, utiliza-se 1-2 bolsas para cada 10 kg de peso do paciente, com a intenção de atingir nível de fibrinogênio de 100 mg/dL. https://pebmed.com.br/transfusao-de-hemocomponentes-conceitos-basicos/ https://www.google.com/url?q=https://pebmed.com.br/transfusao-de-hemocomponentes-conceitos-basicos/&sa=D&source=editors&ust=1622036606057000&usg=AOvVaw0HuxZTPBhaluyf1VET_Y7n ACIDENTES DE TRÂNSITO - BIOPSICOSOCIAL
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