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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP EAD Projeto Integrado Multidisciplinar PIM III 1 UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP EAD Projeto Integrado Multidisciplinar PIM III Projeto Integrado Multidisciplinar III apresentado à Universidade Paulista – UNIP EAD, como parte da avaliação para obtenção do título de Gestor Financeiro, sob orientação do Professor Marcelo Lima Alves. 2 UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP EAD Projeto Integrado Multidisciplinar PIM III Projeto Integrado Multidisciplinar III apresentado à Universidade Paulista – UNIP EAD, como parte da avaliação para obtenção do título de Gestor Financeiro, sob orientação do Professor Marcelo Lima Alves. ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ 3 RESUMO Esse projeto integrado multidisciplinar teve como objetivo discorrer a respeito da contabilidade e da gestão financeira de uma empresa, partindo do princípio que, hoje a administração da qualidade total é uma meta que permeia toda a empresa e afeta todos os departamentos. Um comprometimento com a administração da qualidade total relaciona-se diretamente com a lucratividade. O presente Projeto Integrado Multidisciplinar III (PIM III) tem o propósito de desenvolver, no acadêmico, o significado subjetivo dirigido ao fenômeno das organizações sob a perspectiva da gestão financeira, a partir de suas experiências. O processo de pesquisa do Projeto Integrado Multidisciplinar III envolve o problema de pesquisa, as estratégias e métodos de investigação. A estratégia de investigação adotada no PIM III consiste em um estudo de caso. Neste projeto, o pesquisador irá explorar em profundidade da empresa Nacional Expresso S.A., em suas atividades gerenciais, para gerar suas próprias percepções, análises e conclusões acerca daquela empresa, detalhadas a partir da coleta de dados secundários durante o período de pesquisa. Esse PIM apresenta conceitos das disciplinas Fundamentos da Gestão Financeira, Contabilidade e Estatística Aplicada, tendo como intuito demonstrar de forma clara e em linguagem de fácil alcance, o funcionamento da empresa objeto da pesquisa aplicando-se o conhecimento adquirido no decorrer do curso de graduação tecnológica em Gestão Financeira. No decorrer da pesquisa, foram levantados e demonstrados dados sobre a aplicação das disciplinas estudadas no bimestre utilizando-se a metodologia de pesquisa qualitativa como levantamento bibliográfico e de dados colhidos na própria empresa, por meio da pesquisa de campo, estabelecendo, então o cruzamento das informações, tecendo um delineando um estudo entre a teoria e a prática, para se atingir o objetivo que é ao final da pesquisa, expor ideias coesas. Palavras-chave: Contabilidade, Gestão Financeira, Estatística Aplicada. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3. FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 4. CONTABILIDADE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 5. ESTATÍSTICA APLICADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 7. REFERÊNCIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 5 1. INTRODUÇÃO Esse estudo científico teve como escopo, o desenvolvimento do Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) III que consiste em abordar teoricamente as disciplinas Fundamentos da Gestão Financeira; Contabilidade; Estatística Aplicada, para estabelecer um elo com as observações do ambiente da empresa escolhida. Pretende-se responder ao seguinte questionamento: Como é a gestão dos negócios em termos financeiros e contábeis no Nacional Expresso S.A.? E como as técnicas estatísticas são aplicadas na gestão daquela empresa? O objetivo desse Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM), foi o de contribuir para o conhecimento profundo dos princípios da administração financeira, assim como de suas relações sociais existentes, fazendo com que o aluno seja capaz de elaborar juízos de valores e ensaios de superação, onde for necessário, em sua futura prática profissional. Foi também, desenvolver no aluno a devida instrumentação profissional teórica, prática e legal, que lhe permita intervir nas rápidas e constantes mudanças sociais e de mercado, tomando decisões gerenciais com capacidade de responder às necessidades das organizações. Busca inserir o pesquisador nas práticas gerenciais fundamentadas nos conhecimentos teóricos adquiridos no curso, isto é, trata-se da parte do processo de ensino-aprendizagem com maior ênfase no caráter prático. A Contabilidade é uma ferramenta imprescindível para uma administração transparente. Funciona como um catalisador de resultados financeiros e sociais, cuja mensuração torna-se de grande valia tanto para o gestor em particular, quanto para a sociedade de uma forma geral. A justificativa do estudo encontra-se no fato de que hoje, de acordo com Gitman (2010), a área financeira pode representar um papel importante na sociedade ao auxiliar, de modo eficiente, diversos processos de tomada de decisão constantes nas mais diversas organizações. Para tanto, o gestor financeiro deve se caracterizar como um profissional cujo conhecimento técnico seja sólido, atual e dinâmico. Toda a pesquisa referente ao presente estudo foi feita de forma a se coletar dados através de pesquisa de campo juntamente com informações colhidas bibliograficamente através de ampla pesquisa literária, tendo como método a pesquisa qualitativa que visa proporcionar uma visão geral de um determinado fato (GIL, 2002) e procura entrelaçar o conhecimento teórico adquirido no bimestre e aplicá-lo de prática no funcionamento da empresa. 6 1. DESCRIÇÃO DA EMPRESA A empresa escolhida para desenvolver esse projeto integrado multidisciplinar foi a Nacional Expresso S.A. As informações apresentadas a seguir são de fonte documental, colhidas nos históricos da empresa e alguns esclarecimentos foram possíveis por meio das entrevistas informais com o Gerente Regional da Nacional Expresso em Goiás, o Gerente Comercial e também com o Gerente de Itumbiara. Foram colhidas também informações no site da empresa na internet. A Nacional Expresso S.A., teve sua origem em 20 de dezembro de 1974, quando se reuniram 7 (sete) pessoas, decidindo constituir uma sociedade anônima destinada a operar no ramo de transportes coletivos; aproveitaram-se todos de uma experiência de longa data nesta atividade empresarial e de circunstâncias extremamente favoráveis na cidade e região, como também contaram com o apoio e incentivos dos poderes públicos. A Nacional Expresso tem por objetivo o transporte coletivo de passageiros, em âmbito municipal, intermunicipal, estadual, interestadual e internacional por concessão dos poderes públicos, bem como serviços de turismo, despachos de malotes, encomendas e cargas, e quaisquer outras atividades correlatas que sejam complementares ou que possam interessar, direta ou indiretamente, nos objetivos da sociedade, podendo também, participar do capital e da administração de outras sociedades. Em fevereiro de 1976, com a morte do acionista majoritário, foi feita uma nova distribuição do capital social, e os acionistas decidiram pela transformaçãoda Sociedade Anônima em sociedade por quotas de responsabilidade limitada, decorrente do pequeno número a que ficaram reduzidos os acionistas – quatro membros do grupo familiar – e pela excessiva burocratização exigida pela fiscalização. Para o funcionamento das sociedades anônimas, surge a empresa Nacional Expresso Ltda. Até o ano de 1997 esta expansão atingiu o número de 51 (cinquenta e uma) agências de vendas próprias e 68 (sessenta e oito) agências contratadas, perfazendo um total de 5.200 (cinco mil e duzentos) horários por mês e rodando 2.841.000 (dois milhões, oitocentos e quarenta e um mil) km/mês. A empresa cresceu e diversificou 7 suas atividades operando atualmente nos setores de transporte rodoviário de passageiros em linhas intermunicipais, interestaduais e internacionais, com uma frota constituída de 346 (trezentos e quarenta e seis) ônibus. Atualmente já alcança um número de 22 (vinte e duas) agências próprias de vendas de passagens, 2 (duas) centrais de “Disk-passagens” e 206 (duzentas e seis) agências contratadas nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal. Rondônia, Acre e Assuncion (Paraguai). A empresa possui a concessão de 82 (oitenta e duas) linhas, sendo: 16 (dezesseis) linhas intermunicipais; 64 (sessenta e quatro) interestaduais e 3 (três) internacionais ligadas ao Mercosul, transportando anualmente cerca de 2.347.612 (dois milhões, trezentos e quarenta e sete mil e seiscentos e doze) passageiros, percorrendo aproximadamente 37.600.000 (trinta e sete milhões e setecentos mil) km/ano. A Nacional Expresso oferece também serviços de fretamento, ou aluguel de ônibus, nos períodos de menor demanda, representando 6 (seis) em relação ao volume total de vendas mensal da empresa, realizando viagens em âmbito estadual, federal e internacional. Desde 1996, a empresa adquiriu veículos de uso exclusivo para o fretamento destinado a esta atividade em período integral. A estrutura organizacional da Nacional Expresso na matriz está dividida em quatro grandes áreas operacionais e sete de assessoria, dentre as quais uma é terceirizada, mas todas ligadas diretamente à Diretoria, que é composta por um diretor presidente. Para melhorar o atendimento e proporcionar um maior conforto para o cliente foi criado o SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente, para a Venda de passagens via telefone e atendimento a reclamações, elogios ou sugestões por parte dos clientes que usufruíram os serviços. Atualmente a área de Marketing é uma área ligada a área Comercial, onde a diretora tem o suporte de um assessor de Marketing. Em Itumbiara, a agência da Nacional Expresso foi criada há 46 anos e contava com apenas 15 colaboradores. Hoje, transformou-se em uma regional, presta assistência técnica aos veículos, possui um guichê de venda de passagens, disponibiliza ônibus para fretamento turístico, agência de encomendas e cargas, disponibilizando 110 empregos diretos. 8 2. CONTABILIDADE Na visão de Raupp (2000, p. 34), “a Contabilidade serve como instrumento para atender à legislação fiscal, mediante acompanhamento dos impostos gerados pela empresa e sua evolução dentro das operações e resultados da organização”. Assim, pode-se afirmar que a Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. Seu objetivo principal, portanto, é permitir ao usuário a avaliação econômica e financeira da entidade, num sentido estático bem como fazer inferências sobre as suas tendências futuras. Em ambas as situações as demonstrações contábeis continuarão sendo elemento necessário, mas não suficiente. Sob o ponto de vista do usuário externo, quanto mais a utilização de demonstrações financeiras se referir à exploração de tendências futuras, mais tenderá a diminuir o grau de segurança das estimativas envolvidas. Quanto mais a análise se detiver na constatação do passado e do presente, mais acrescerá e avolumará a importância da demonstração contábil. Por sua vez, “os relatórios deverão evidenciar as principais transações geradoras dos impostos, com a finalidade de dar condições de análise e planejamento, visando à minimização do impacto de cada imposto para a empresa” (RAUPP, 2000, p. 34). A empresa Nacional Expresso S.A., fechou o seu Balanço Patrimonial em 31/12/2017 e 31/12/2018 da seguinte forma: ATIVO 2017 2018 ATIVO CIRCULANTE 1.504,00 1.746,00 Caixa 35,00 26,00 Clientes 1.046,00 1.123,00 ( - ) Prov. Devedores Duvidosos (58,00) (79,00) ( - ) Duplicatas Descontadas (291,00) (394,00) Estoques 751,00 1.039,00 Despesas Pagas Antecipadam. 21,00 31,00 REAL. A LONGO PRAZO 129,00 81,00 Apl. Financeira a longo Prazo 129,00 81,00 ATIVO PERMANENTE 1.001,00 1.254,00 INVESTIMENTOS 72,00 156,00 9 Investimento 72,00 156,00 IMOBILIZADO 893,00 1.057,00 Máquina e Equipamentos 1.090,00 1.418,00 ( - ) Depreciação Acumulada (197,00) (361,00) DIFERIDO 36,00 41,00 Diferido 36,00 41,00 TOTAL ATIVO 2.634,00 3.081,00 PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE 1.135,00 1.052,00 Fornecedores 706,00 639,00 Impostos a Recolher 188,00 140,00 Outras Obrigações 175,00 190,00 Empréstimos Bancários 66,00 83,00 EXIGIVEL A LONGO PRAZO 378,00 952,00 Empréstimos Bancários 193,00 674,00 Financiamentos Bancários 185,00 278,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.121,00 1.077,00 Capital Social 795,00 795,00 Lucros Acumulados 214,00 113,00 Reserva de Lucros 112,00 169,00 TOTAL PASSIVO 2.634,00 3.081,00 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 2017 2018 Venda Bruta 6.567,00 6.225,00 ( - ) Imposto sobre Vendas (1.052,00) (972,00) ( - ) Vendas Anuladas (525,00) (515,00) ( - ) Abatimento Vendas (197,00) (175,00) Receita Líquida 4.793,00 4.563,00 C.P.V (3.622,00) (3.274,00) Lucro Bruto 1.171,00 1.289,00 ( - ) Desp.Operacionais (496,00) (427,00) Despesas Admin (144,00) (135,00) 10 Despesas Expedição (105,00) (94,00) Despesas Vendas (247,00) (198,00) Lucro Líquido Operacional 675,00 862,00 ( - / + ) Desp e Receitas Não Oper. (261,00) (416,00) Receita Financeira 11,00 8,00 Despesa Financeira (284,00) (443,00) Receitas Não operacionais 12,00 19,00 Lucro Líquido antes IR/CSLL 414,00 446,00 ( - ) Prov.para Imposto de Renda (188,00) (130,00) Lucro Líquido Antes Participações 226,00 316,00 ( - ) Equivalência Patrimonial (19,00) (12,00) LUCRO DO EXERCÍCIO 207,00 304,00 Ao observar o ativo total da empresa ano a ano, é possível notar um decréscimo (menor participação relativa) dos investimentos de curto prazo (ativo circulante), os quais passaram de 57,10%, para 56,70%. A mesma situação pode ser percebida na conta Realizável a Longo Prazo: de 4,90% para 2,60%. Com a conta Ativo Permanente, ocorreu situação contrária: no exercício de 2017, participava de 38% e no exercício de 2018, passou a participar em 40,7%. É possível verificar diante desses resultados, uma maior preferência ou necessidade da empresa, por ativos ao curto prazo em detrimento dos de longo prazo. Mas, em contrapartida a essa situação, pode-se perceber que a empresa optou por maior participação de recursos permanentes em sua composição passiva, como forma de financiar suas aplicaçõesmais elevadas em ativos de longo prazo. No exercício de 2017, o Exigível a Longo Prazo participava 14,3% do Passivo e em 2018, houve uma evolução e passou a ocupar 30,9%. Verificando-se a análise vertical da DRE, pode-se perceber que o custo das vendas conservou-se estabilizado nos exercício de 2017 e de 2018 analisados. Esse fato fez com que o lucro com as mercadorias também se mantivesse estabilizado. 11 Quanto às despesas operacionais, nota-se que todas se modificaram, sendo que as despesas administrativas e de expedição evoluíram e as despesas com vendas sofreram uma queda. No que diz respeito às Provisões para Imposto de Renda, observa-se uma queda de 35%, sendo que a participação no total do Lucro Líquido antes do Imposto de Renda e CSLL, caiu de 45 para 29%. O Lucro Líquido antes das Participações evoluíram, passando a participar de 71% do Lucro Líquido antes do Imposto de Renda e CSLL. Este é um ponto positivo para a empresa analisada. O crescimento do lucro da empresa analisada do exercício de 2017 para 2018 foi de 46,85%. Este crescimento é muito significativo. A porcentagem que o Lucro Líquido ocupa nas Vendas também é um ponto positivo: no exercício de 2017, o índice foi de 3,15% e no exercício de 2018, a evolução deste índice alcançou 4,88%, o que é um sinal positivo também. 2017 – Liquidez Geral = 1,08 Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo = 1.504,00 + 129,00 = 1,08 Passivo Circulante + Exigivel a Longo Prazo 1.135,00 + 378,00 2018 – Liquidez Geral = 0,91 Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo = 1.746,00 + 81,00 = 0,91 Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo 1.052,00 + 952,00 O objetivo deste quociente é verificar a saúde financeira, no que se refere à liquidez de longo prazo do empreendimento. O índice de Liquidez Geral, igual a 1,08 em 2017 e 0,91, em 2018, indica que para cada R$1,00 de dívida, a empresa tinha R$1,08 e 0,91, de investimentos realizáveis a curto prazo, ou seja, em 2017 a empresa conseguia pagar suas dívidas e dispunha de 0,08 de uma folga. Mas, em 2018, a empresa não possuía 1,00 para cada 1,00 de dívida. Recomenda-se que a análise da liquidez seja desenvolvida de maneira mais integrada, associando-se todos os indicadores financeiros com vista em melhor interpretação da folga financeira da empresa. 12 2017 – Liquidez Imediata = 0,95 Caixa + Bancos + Aplicações a Curto Prazo = 1.046,00 + 35,00 = 0,95 Passivo Circulante 1.135,00 2018 – Liquidez Imediata = 1,09 Caixa + Bancos + Aplicações a Curto Prazo = 1.123,00 + 26,00 = 1,09 Passivo Circulante 1.052,00 O índice Liquidez Imediata mostra o quanto dispomos imediatamente para saldar nossas dívidas de Curto Prazo. 2017 – Liquidez Seca e Corrente = 1,32 Ativo Circulante = 1.504,00 = 1,32 Passivo Circulante 1.135,00 2018 – Liquidez Seca e Corrente = 1,65 Ativo Circulante = 1.746,00 = 1,65 Passivo Circulante 1.052,00 Por meio deste quociente, é possível identificar quantos reais a empresa dispõe, imediatamente disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo. É um índice muito divulgado e frequentemente considerado como o melhor indicador da situação de liquidez da empresa. Se a liquidez corrente for superior a 1, tal fato indica a existência de um capital circulante (capital de giro) líquido positivo; se igual a 1, pressupõe sua inexistência, e, finalmente, se inferior a 1, a existência de um capital de giro líquido negativo (ativo circulante menor que passivo circulante). O resultado desta atividade mostra que para cada real de exigibilidade a curto prazo, a empresa estaria dispondo de R$1,32 em 2017. No exercício de 2018, teve uma evolução para 1,65 de recursos imediata ou imediatamente disponíveis para honrar tais compromissos. Portanto, é preciso tomar muito cuidado para avaliar a sinalização real do quociente de liquidez corrente, e de vários outros que envolvem prazos diferentes de vencimento de obrigações e direitos. 13 2017 – Composição do endividamento = 75% Passivo Circulante 1.135,00 = 75% Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo 1.135,00 + 378,00 2018 – Composição do endividamento = 52% Passivo Circulante 1.052,00 = 52% Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo 1.052,00 + 952,00 O objetivo deste índice é representar a composição do endividamento total, ou qual a parcela que se vence ao curto prazo, no endividamento total. O perfil de dívida desta empresa em 2017 foi de 75%, mas em 2018, caiu para 52%, o que é um índice bom. A empresa em franca expansão deve procurar financiamento, em grande parte, com endividamento de longo prazo, de forma que, à medida que ela ganha capacidade operacional adicional com a entrada em funcionamento dos novos equipamentos e outros recursos de produção, tenha condições de começar a amortizar suas dívidas. Por isto, a expansão com empréstimos de curto prazo deve ser evitada. 2017 – Endividamento geral = 57% Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo = 1.135,00 + 378,00 = 57% Ativo Total 2.634,00 2018 – Endividamento geral = 65% Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo = 1.052,00 + 952,00 = 65% Ativo Total 3.081,00 Conforme o próprio nome indica, este quociente aponta o total do endividamento da empresa. Este resultado mostra que em 2017, a empresa dependia 57% de recursos externos à sociedade, ou seja, 43% é capital próprio e 57%, capital de terceiros. Em 2018, a empresa passou a depender 65% de recursos externos à sociedade, ou seja, 35% é capital próprio, e 57%, capital de terceiros. A maior parte 14 desta dependência, é composta de endividamento ao longo prazo e, isso, é um fator importante para a saúde financeira da empresa. Quanto maior for esse índice, maior será o montante do capital de terceiros para gerar lucros. Quanto maior esse índice, maior será a alavancagem financeira da empresa. Se a taxa de despesas financeiras sobre o endividamento se mantiver menor que a taxa de retorno obtida pelo uso, no giro operacional, dos fundos obtidos por empréstimo, a participação de capitais de terceiros será benéfica para a empresa, desde que isto não determine situação de liquidez insustentável em determinados dias, semanas ou meses do ano. Esse indicador fornece elementos para avaliar o grau de comprometimento de uma empresa perante seus credores e sua capacidade de cumprir os compromissos financeiros assumidos ao longo prazo. 3. FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Essa necessidade, por sua vez, é motivada pelos desafios impostos inerentes, à competitividade presente nos diversos setores pro. Essa necessidade, por sua vez, é motivada pelos desafios impostos inerentes à competitividade presente nos diversos setores produtivos da economia brasileira. Consequentemente, a área financeira pode representar um papel importante na sociedade ao auxiliar, de modo eficiente, diversos processos de tomada de decisão constantes nas mais diversas organizações. Para tanto, o gestor financeiro deve se caracterizar como um profissional cujo conhecimento técnico seja sólido, atual e dinâmico. O administrador financeiro de hoje está mais ativamente envolvido com o desenvolvimento e a implementação de estratégias empresariais que têm por objetivo o crescimento da empresa e a melhoria da sua posição competitiva. Por isso, muitos altos executivos vêm da área financeira, segundo Gitman (2010). A finalidade da Contabilidade é, conforme Franco: Controlar os fenômenos ocorridosno patrimônio de uma entidade, através do registro, da classificação, da demonstração expositiva, da análise e 15 interpretação dos fatos nele ocorridos, objetivando fornecer informações e orientação – necessárias à tomada de decisões – sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial (FRANCO, 2006, p. 21). Por isso, essas informações, para Franco, são indispensáveis à orientação administrativa, Permitindo maior eficiência na gestão econômica e financeira da entidade e no controle dos bens patrimoniais. Não é somente à administração, entretanto, que interessam o controle do patrimônio e as informações, interpretações e orientação sobre sua composição e variações, mas também a terceiros, que têm interesses vinculados ao patrimônio, como investidores, fornecedores, financiadores, autoridades fiscais e demais pessoas ou entidades que mantêm relações econômicas ou financeiras com a entidade administrada (FRANCO, 2006, p. 22). De acordo com Dionísio (2010), a administração constante nas diversas estruturas organizacionais apresenta duas funções relevantes, quais sejam, o tesoureiro e o controller. Na maior parte das empresas, o tesoureiro tem, dentre outras a responsabilidade pela gestão da conta-caixa e dos títulos que são negociáveis, pelo planejamento na venda de ações, pela gestão da estrutura de capital. A função do controller, por sua vez, encontra-se mais voltada para os setores de contabilidade e controladoria. O controller é responsável pela assessoria e consultoria de diversos assuntos no âmbito contábil, financeiro, fiscal e patrimonial. Esse profissional, segundo Dionísio (2010), tem uma autoridade denominada de staff, pois dá aconselhamento aos diversos setores da estrutura organizacional. Por isso, o gestor ou administrador financeiro deve estar em sintonia com o tesoureiro e o controller, pois, este profissional tem o objetivo principal de adquirir e aplicar adequadamente os recursos financeiros para aumentar o valor patrimonial da empresa, ou seja, esse profissional trabalha com as finanças empresariais. A análise das demonstrações financeiras visa fundamentalmente ao estudo do desempenho econômico-financeira de uma empresa em determinado período passado, para diagnosticar, em consequência, sua posição atual e produzir resultados que sirvam de base para a previsão de tendências. O disponível pode ter crescido em valores absolutos, mas sua participação percentual sobre o ativo circulante ou total pode ter-se mantido constante ou até ter 16 diminuído por causa do aumento do giro e das dimensões da empresa. Se o objetivo é manter o Disponível a um mínimo possível, é preciso tomar muito cuidado com a análise do seu crescimento, segundo Dionísio (2010). A análise horizontal e a análise vertical devem ser utilizadas conjuntamente. Para o administrador interno da empresa, a análise visa basicamente a uma avaliação de seu desempenho geral, notadamente como forma de identificar os resultados retrospectivos e prospectivos das diversas decisões financeiras. O analista externo, por sua vez, apresenta objetivos mais específicos com relação à avaliação do desempenho da empresa, os quais visam segundo sua posição, de credor ou de investidor. Mas, é preciso ressaltar que o enfoque segundo o qual a análise das demonstrações financeiras é desenvolvida, pode variar conforme o interesse do analista, de acordo com Dionísio (2010). Conhecer o Capital de Giro da empresa é elemento de suma importância na definição das estratégias negociais, pois facilita procurar o dimensionamento mais adequado do investimento em giro e, consequente, melhor exercer o seu controle. A premissa básica é buscar a maximização do retomo dos recursos e minimização dos custos. O gerenciamento eficiente do Capital de Giro passa pela diminuição do volume de investimentos em ativos não lucrativos (contas a receber, estoques) e pelo aumento do uso de recursos não onerosos (pagamentos recebidos de clientes, salários provisionados, contas a pagar), conforme Gitman (2010). A administração do Capital de Giro está ligada à administração dos Ativos e Passivos Circulantes e às inter-relações existentes entre eles. Assim, é necessário estudar o nível adequado de estoques, investimentos em créditos a clientes, forma de gerenciamento do caixa e a estrutura dos passivos correntes, com vistas à moldagem aos objetivos da empresa e ao nível de rentabilidade esperado, para Gitman (2010). Há duas implicações em relação à administração do capital de giro que exigem maiores discussões. Em primeiro lugar, as decisões que afetam o nível do capital de giro são frequentes e repetitivas. Se o administrador ficar excessivamente envolvido com atribuições operacionais, terá pouco tempo para adquirir uma visão mais ampla para desenvolver uma gestão mais eficiente, conforme Gitman (2010). 17 A sua função, segundo Gitman (2010) será mais bem desempenhada se criar um conjunto de regras inequívocas para a tomada de decisões rotineiras desta natureza, compatíveis com um conjunto de objetivos, e para transmitir essas regras aos níveis administrativos inferiores. Conforme Gitman (2010), ao mesmo tempo, o administrador deve instituir alguma forma de processo de feedback para garantir que essas regras sejam adequadamente obedecidas pela administração inferior, bem como para assegurar que a adequada utilização dessas regras leve aos resultados desejados. Este feedback pode ser conseguido graças a índices baseados em informações agregadas. A segunda implicação, para Gitman (2010), é a de que uma interação íntima dos componentes do capital de giro envolve a suposição de que a administração eficiente de uma forma de ativo não pode ocorrer sem a consideração simultânea dos outros componentes. Enfim, uma administração inadequada do capital de giro resulta normalmente em sérios problemas financeiros, contribuindo efetivamente para a formação de uma situação de insolvência. Conforme Gitman (2010), o nível e a importância do capital de giro variam, evidentemente, em função das características de atuação de cada empresa, do desempenho da conjuntura econômica e da relação risco (liquidez) e rentabilidade desejada. O capital de giro corresponde ao ativo circulante de uma empresa. Em sentido amplo, o capital de giro representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar seu ciclo operacional, o qual engloba as necessidades circulantes identificadas desde a aquisição de matérias-primas até a venda e o recebimento dos produtos elaborados. Se a produção e a venda fossem sincronizadas entre si, não haveria necessidade de estoques, para Gitman (2010). De maneira semelhante, quando todos os clientes pagam a vista, a administração de contas a receber toma-se desnecessária. Mesmo quando tais atividades não estão sincronizadas, a necessidade de estoques e contas a receber pode ser suprimida mediante a vinculação da produção aos pedidos de clientes e a aceitação apenas dos pedidos que estejam integralmente pagos antes da entrega das mercadorias, conforme Gitman (2010). Entretanto, tais práticas não tendem a gerar um volume de operações suficientemente grande para permitir a sobrevivência de uma 18 empresa numa economia em regime de concorrência. À medida que os componentes do capital de giro afetam e são afetados pelas atividades de produção, venda e cobrança, toma-se necessária a consideração simultânea dos componentes e das atividades. 4. ESTATÍSTICA APLICADA Os métodos estatísticos envolvem a análise e interpretação de números, que são designados de dados. Para interpretar estes dados corretamente, é preciso organizar estes números, em sua forma bruta os números nada revelam. A grande quantidade de números, tende a confundir, ao invés de esclarecer, porque não somoscapazes de interpretar a grande variedade de números e seus detalhes. Para reduzir o nosso problema e ajudar a analisar as relações, utilizamos o processamento dos dados, transformando dados em informações. O índice é a relação entre números que evidencia um aspecto específico. Em análise de investimentos espera-se que os índices sejam capazes de distinguir as companhias saudáveis daquelas com as quais devemos ficar bem longe. A análise das demonstrações financeiras constitui um dos estudos mais importantes da administração financeira. A análise vertical é relevante para avaliar a estrutura de composição de itens e sua evolução no tempo. A análise horizontal aplicada aos itens do Balanço tem como objetivo discernir o ritmo de crescimento dos vários itens. Todavia, frequentemente a análise horizontal, ganha sentido apenas quando aliada à vertical. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 2017 em $ 2017 em % 2018 em $ 2018 em % Vendas 6.567,00 100 6.225,00 100 (-) Custo das Vendas 4.793,00 73 4.563,00 73 = Lucro c/ Mercadorias 1.774,00 27 1.662,00 27 (-) Desp. Operacionais 496,00 100 427,00 100 Despesas Admin. 144,00 29 135,00 32 19 Despesas Expedição 105,00 21 94,00 22 Despesas Vendas 247,00 50 198,00 46 (-/+) Desp.e Rec. Não Op. (261,00) 100 (416,00) 100 Lucro Líq. Antes IR/CSLL 414,00 100 446,00 100 (-) Prov.p/ Imposto Renda (188,00) 45 (130,00) 29 Lucro Líq. Antes Particip. 226,00 55 316,00 71 (-) Equivalência Patrim. (19,00) 8 (12,00) 4 Lucro do Exercício 207,00 92 304,00 96 Lucro Exercício/Vendas 207,00 3,15 304,00 4,88 Verificando-se a análise vertical da DRE, pode-se perceber que o custo das vendas conservou-se estabilizado nos exercício de 2017 e de 2018 analisados. Esse fato fez com que o lucro com as mercadorias também se mantivesse estabilizado. Quanto às despesas operacionais, nota-se que todas se modificaram, sendo que as despesas administrativas e de expedição evoluíram e as despesas com vendas sofreram uma queda. No que diz respeito às Provisões para Imposto de Renda, observa-se uma queda de 35%, sendo que a participação no total do Lucro Líquido antes do Imposto de Renda e CSLL, caiu de 45 para 29%. O Lucro Líquido antes das Participações evoluíram, passando a participar de 71% do Lucro Líquido antes do Imposto de Renda e CSLL. Este é um ponto positivo para a empresa analisada. O crescimento do lucro da empresa analisada do exercício de 2017 para 2018 foi de 46,85%. Este crescimento é muito significativo. A porcentagem que o Lucro Líquido ocupa nas Vendas também é um ponto positivo: no exercício de 2017, o índice foi de 3,15% e no exercício de 2018, a evolução deste índice alcançou 4,88%, o que é um sinal positivo também. 20 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Uma das técnicas mais simples de aplicação e, ao mesmo tempo, mais importante no que se refere à riqueza das informações geradas para a avaliação do desempenho empresarial refere-se às análises horizontal e vertical. Dessa forma, as comparações dos valores absolutos através do tempo (análise de suas evoluções) e, entre si, relacionáveis na mesma demonstração, são desenvolvidas, respectivamente, por análise horizontal e vertical. As demonstrações financeiras têm por finalidade a determinação dos componentes patrimoniais e suas variações, o que é realizado através de demonstrações contábeis. Entretanto, isto não significa que as demonstrações financeiras não se adaptem as finalidades previsionais, mas apenas que avaliar as tendências pode implicar divisar ou admitir configurações econômicas, sociais e institucionais novas, para o futuro, em que não se permite estimar com razoável certeza os resultados das operações, pois a previsão das próprias operações é insegura. Por isso, as demonstrações devem ajudar na avaliação das tendências. A empresa se utiliza desses instrumentos do levantamento contábil para demonstrar seu patrimônio, suas variações e a previsão de futuros acontecimentos. Neste sentido são instrumentos eficientes que aliados à capacidade de avaliação das tendências macro econômicas onde a empresa está inserida podem levar a excelentes tomadas de decisão. Além do mais, a Contabilidade é uma ciência dinâmica que acompanha passo a passo o desenvolvimento tecnológico da atualidade, principalmente pela sua abrangência, pois alcança todo e qualquer tipo de entidade. Portanto, por estar sujeita a mudanças constantes e influenciadas pelas novas leis, regulamentos e normas, é exigido dos administradores permanente estudo, pesquisa e atualização junto ao setor contábil. Enfim, ao lado dos conhecimentos teóricos e práticos, o administrador financeiro precisa estar atento às alterações que frequentemente ocorrem na legislação tributária, trabalhista, previdenciária etc. para exercer com honestidade, perfeição e zelo a profissão. E por isso, não é possível que as informações contábeis, com objetivos gerenciais, utilizem apenas índices e indicadores financeiros, estabelecendo-os como únicos parâmetros de comparação e medição do quanto a empresa foi boa ou rentável em determinado período. 21 7. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei 11.638/07. E. Disponível em: <http://www.planalto.go.br/ccivil_03/_2007>. Acesso em: 08 jun. 2020. BRITTO, Waldenir S. Fagundes. Alterações da lei 6.404 – pela lei 11.638. Balanço Patrimonial e DRE. Disponível em: <http://www.facape.br/>. Acesso em: 08 jun. 2020. DIONÍSIO, Anabel Curz. Fundamentos da Gestão Financeira. Unip Interativa, 2010. FÁVERO, Hamilton Luiz et al. Contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2007. FRANCO, Hilário. Contabilidade comercial. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2001. ______. Contabilidade geral. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2001. GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Harbra, 2010. IUDÍCIBUS, Sérgio; MARION, José Carlos. Contabilidade comercial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002. OLIVEIRA, Hildebrando. Contabilidade. Unip Interativa, 2010. RAUPP, Elena Hahn. A Contabilidade gerencial num contexto de mudanças. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília, n. 123, maio/jun. 2000. ______. A Contabilidade e o valor real das empresas mediante identificação dos valores internos. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília, n. 128, mar./abr. 2001. SILVA, Mário Barbosa da. Estatística Aplicada. Unip Interativa, 2010. STÁVALE JÚNIOR, Pedro. A análise contábil-financeira como fator de sobrevivência. 2003. Disponível em: <http://www.sumare.com.br/noticias/noticia.jsp?>. Acesso em: 18 out. 2010.
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