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ANATOMIA DO RIM E URETER

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Mirely Oliveira 
ANATOMIA DO RIM E URETER 
O sistema urinário assim como o sistema respiratório e o fígado eles têm a 
função de homeostase, fazem a limpeza do que não é viável para o corpo. No 
caso do fígado é a veia porta que faz isso, no caso do rim ele filtrar o sangue 
eliminando substâncias, mantendo substâncias no nível correto para que as 
células funcionem e no caso dos pulmões faz através das trocas gasosas. 
O sistema urinário é formado pelos rins, um sistema tubular chamado de ureter, 
pela bexiga e pela uretra. 
Funções 
A função base é a filtração da urina, através de filtração, absorção, excreção 
todo esse conjunto visa formar a urina. Esse processo mantem o volume 
corrente dentro do vaso suficiente, mantem todos os eletrólitos nas 
quantidades ideias intracelular e extracelular. Ele também tem função hormonal, 
na parte central é produzido a eritropoietina para que se produza os glóbulos 
vermelhos, por isso o indivíduo que seu rim não funciona direito tem que repor 
esse hormônio. Consegue regular a pressão arterial, através do sistema renina. 
-Filtração do sangue -> Formação da urina 
-Controle do equilíbrio ácido-base 
-Controle do volume sanguíneo 
-Regulação da pressão arterial 
-Secreção de hormônios: 
* Renina: Regulação da pressão sanguínea 
* Eritropoetina: Produção de eritrócitos 
 
Anatomia Renal 
A primeira coisa é saber identificar onde o órgão está. O rim está localizado 
mais posteriormente no abdome. Nos sabemos que existem 12 costelas, mas as 
2 últimas só são visualizadas posteriormente, mantendo relação anatômica com 
os rins. O rim direito é um pouco mais inferior devido a presença do fígado. 
 
 
 Mirely Oliveira 
Topográfica 
-Situados na parte dorsal do abdômen 
-Laterais à coluna vertebral 
-Da vértebra TXII até LIII 
-Direito ligeiramente mais caudal 
-Situação retroperitoneal 
 
 
 
 
Essa gordurinha amarela ela vai envolver tudo isso, formando uma espécie de 
uma bolsa sendo que essa bolsa tem uma parte pregada na parede e outra em 
contato com os órgãos essa bolsa se chama peritônio. Todos os órgãos que 
estão dentro da bolsa são chamados de intraperitoneal (exemplo o baço). O 
que vai acontecer? O intestino delgado está aí junto com o colón, em cima estar 
o fígado e essa bolsa precisa estar presa na parte de trás do abdome para que 
as coisas fiquem aí dentro. Aí vai ter um furinho dentro dela, com esse furinho 
as estruturas que estão atrás dessa bolsa passam para dentro da bolsa. Então, 
vai ter estruturas que ficam dentro da bolsa que são chamadas de 
intraperitoneais e as que estão fora da bolsa que são retroperitoneais. No 
retroperitônio ficam os grandes vasos como aorta e a veia cava inferior, seus 
ramos e os rins. E essa bolsa fica presa na parede posterior por uma estrutura 
chamada de raiz do mesentério que fixa ela. Alguns órgãos tem uma porção 
intraperitoneal e uma porção retroperitoneal. 
 
 
 Mirely Oliveira 
 
Nessa imagem a parte fosca seria o peritônio que está cobrindo os órgãos 
retroperitoneais. Nesse corte ver em outro ângulo, essa gordurinha ao redor do 
rim é para amortecer os órgãos. Atrás dessas estruturas do retroperitônio só 
existe a parede muscular, no meio a coluna vertebral e musculatura da região 
lombar. 
Rim 
A unidade morfofuncional do rim é o néfron. O rim forma a urina visando o 
equilíbrio hidroeletrolítico, controle de pressão, controle da hematopoese. Tudo 
isso depende do néfron que vai ser composto de uma cápsula fina, um 
glomérulo que é um aglomerado de tecido vascular e os túbulos que podem se 
diferenciar em túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido 
distal e o tubo excretor. 
Milhares de néfrons se unem e formam o rim. Entre um néfron e outro podem 
existir outras células como os que produzem a eritropoietina. 
 
Na frente do rim existe o colón e no meio do rim tem o intestino delgado. Atrás 
vão estar as estruturas musculares, como o músculo psoas (lembra que o 
 Mirely Oliveira 
músculo psoas é o que está mais para dentro, lembra do quadrado de Trancoso 
que é bem grande e tem que atravessar para chegar do outro lado da cidade. 
Então, o músculo psoas passa pelo quadrado para atravessar a cidade). São 
esses músculos que vai ter que dissecar para chegar até o rim. 
Anatomia descritiva 
O conjunto de néfrons formam a massa do rim. O rim direito é mais caudal, os 
rins mantêm relação com a flexura hepática do colón, mantém relação 
anatômica com a flexura esplênica. 
EXTERNAMENTE 
-Faces renais: Anterior e posterior 
-Extremidades renais: Superior e inferior 
-Margens renais: Lateral e medial 
Na margem medial identifica a abertura que dar passagem ao conjunto de 
estruturas chamada de Hilo renal: Veia renal, artéria renal, pelve renal - VAP 
-Cápsula renal que reveste tudo e é constituída de tecido conjuntivo denso. A 
grande importância dessa cápsula é que ela inervada, existem fibras aferentes 
dessa cápsula que levam o estímulo doloroso, só que isso só acontece quando a 
cápsula é distendida como no cálculo renal. 
O nome da última porção do néfron é tubo coletor que coleta a urina para ser 
eliminada pelo ureter. Existe uma dilatação no hilo renal que é chamada de 
pelve renal. Então as estruturas do hilo renal elas são VAP = vão por fora 
primeiro é a veia, depois é artéria e depois é a pelve. 
Existe uma cobertura intensa de gordura para que os rins não fiquem soltos. Vai 
existir o rim, a fáscia sobre ele e uma primeira camada de gordura peri-renal. 
Depois vem a fáscia de Gerota e depois a gordura para-renal. 
 Cápsula gordurosa: Separada em duas camadas pela fáscia de Gerota 
 Gordura peri-renal ou cápsula adiposa 
 Gordura para-renal ou corpo adiposo 
Isso é muito importante, por que? Quando for pedir a tomografia para avaliar 
por exemplo a pielonefrite se tiver um borramento de gordura para-renal vai 
significar que o processo inflamatório é tão intenso que ele estar ultrapassando 
a fáscia e estar chegando na gordura para-renal. 
 
 Mirely Oliveira 
INTERNAMENTE 
Identifica o córtex renal que é mais claro e mais 
internamente as estruturas piramidais que são 
mais vermelhas e entra as pirâmides vai ter o 
prolongamento da região cortical que são as 
colunas reinais. As pirâmides tem suas bases 
voltadas para o córtex e os ápices para o cálice 
renal menor que se juntam formando os cálices 
maiores. Os cálices maiores se juntam e se 
formam a pelve renal. Nessa imagem mostra a 
gordura peri-renal adentrando. O seio renal 
contém a pelve renal, a gordura peri-renal, artéria 
e veia renal. 
Regiões: 
-Córtex renal 
-Medula renal 
-Seio renal 
-Colunas renais (Bertin) e Pirâmides renais (8-18) 
-Papilas renais e Cálice menor (2-3) 
-Cálices maiores (2-3) e Pelve renal 
A extremidade da pirâmide renal é chamada de papila renal 
VASCULARIZAÇÃO 
Artéria renal, ela adentra no hilo 
renal e vai se ramificar 
 Artérias segmantares 
 Artérias interlobares 
 Artérias arqueadas 
 Artérias interlobulares 
 
 
 Mirely Oliveira 
Se uma pessoa tem só um rim ela vai filtrar menos sangue, controlar menos 
eletrólitos, controlar menos a pressão. Ficará mais suscetível. 
Os ramos da artéria renal. Lembra que a artéria renal entra e vai dar sempre o 
seguinte um para frente, um para trás, um para cima e um para baixo. Como o 
rim na frente tem mais coisas na frente ele tem 2 ramos um superior e um 
inferior. Então, a artéria renal dar um ramo superior, um inferior, um posterior, 
um anterior superior e um anterior inferior. E cada um desses segmentos são 
isolados sobre o ponto de vista clinico cirúrgico, por exemplo de tiver um tumor 
faz uma nefrectomia parcial, apenas na região afetada. 
 
Artérias segmentares 
o Apical 
o Anterior superior 
o Anterior inferior 
o Inferior 
o Posterior 
 Mirely Oliveira 
 
O sangue tem que sair pela veia renal. O que acontececom artéria segmentar 
ela vai dar as artérias interlobares que vão fazer uma curva dando as artérias 
arqueadas e dessas emitem as artérias que vão para região do córtex que são 
artérias interlobulares. E das artérias interlobulares vão dar as arteríolas 
aferentes que vão formar a estrutura glomerular, até formar o sistema capilar 
que coleta o sangue que precisa ser eliminado do rim saindo pela arteríola 
eferente. E também das arteríolas aferentes vão partir os vasos retos. Os vasos 
retos vão vascularizar a massa renal, indo em direção as pirâmides renais. 
DRENAGEM VENOSA 
-Veias renais 
A drenagem é pelas veias renais que fazem o fluxo oposto. 
 
DRENAGEM LINFÁTICA 
-Linfonodos aórtico laterais 
Seguem o trajeto dos grandes vasos 
 Mirely Oliveira 
INERVAÇÃO 
-Plexo nervoso renal 
Quando fala plexo renal é um conjunto de terminações nervosas. O nervo vago 
participa do plexo renal. E o nervo vago controla o centro do vômito, por isso 
na cólica renal quando existe o estímulo doloroso a pessoa vomita também. 
Além do nervo vago, tem terminações que vem da coluna que são geralmente 
de T11 a L2 que inervam uma região específica do tronco, as vezes a dor que 
você sentiria por uma pedra no rim ela refira lá na região inguinal, na parte da 
coxa. 
 
ANATOMIA DO URETER 
SEGMENTO ABDOMINAL 
-Continuação da pelve renal – ao nível de L1 
-Trajetória descendente sobre o mm. psoas maior e paralelo 
-Penetra na cavidade pélvica e chega na bexiga 
 
 
 Mirely Oliveira 
O ureter cruza os vasos ilíacos, segue o trajeto da ilíaca interna e chega na pelve 
humana. Quando chegar na pelve ele adentra a parede póstero-superior da 
bexiga e com isso desagua na bexiga. 
 
Microscopia 
O ureter é formado por 3 camadas. Internamente ele tem uma camada epitelial 
caraterístico que só tem na via urinária que tem uma característica única o 
epitélio polimorfo ou transição, que tem a característica com vários tipos 
celulares que faz com que ele consiga relaxar e esticar. Com isso, ele regula o 
fluxo de urina. Depois do epitélio tem uma camada muscular. Por fim, a camada 
adventícia que é continua com os vasos. 
 Camada interna: Epitélio de transição sob tecido conjuntivo 
 Camada de músculo liso 
Parte proximal com duas camadas – longitudinal interna e circular 
 Mirely Oliveira 
Parte distal com três camadas – longitudinal externa contínua com a 
musculatura da bexiga 
 Adventícia: Vasos, nervos e serosa 
Epitélio polimorfo ou transição 
 
O ureter tem peristase. A urina vai ser formado no rim e vai ser impulsionada a 
medida de que ela vai ser impulsionada a pressão ela distende estimula os 
nervos que estão ali e dar a movimentação do ureter que conduz a urina até a 
bexiga. Se o ureter for obstruído por um cálculo a urina não vai conseguir 
passar e o ureter vai distender, o sistema nervoso vai ser estimulado. 
SEGMENTO PÉLVICO 
Na pelve tem os órgãos do sistema reprodutor, a parte final do trato urinário e 
digestório. Na hora que o ureter entra na pelve ele vai ter conformações 
diferentes na pelve masculina e feminina. 
No homem na hora que ele adentra na pelve masculina ele segue ao longo da 
ilíaca interna e vai até a porção póstero-superior da bexiga, ficando posterior a 
vesícula seminal e ducto deferente. Está posterior a vesícula seminal e ducto 
deferente. 
Na mulher acontece do mesmo jeito, só que ele cruza junto ao vaso da artéria 
uterina. Na mulher acompanha a artéria uterina por 4 cm. 
 Hidronefrose: a urina continua no rim 
 
CONSTRICÇÕES FISIOLÓGICAS 
O ureter tem aproximadamente 6mm de diâmetro interno. Só que em 3 áreas 
ele tem constricções que são chamadas de áreas de estreitamento fisiológico. 
 Mirely Oliveira 
Apresenta estreitamentos de sua luz ao longo 
de seu trajeto: 
1. Junção entre a pelve e o ureter: JUP 
2. Cruzamento com artéria ilíaca externa 
3. Ao penetrar a parede vesical 
Tem mais chance de impacto de cálculo 
 
VASCULARIZAÇÃO 
Não existe uma vascularização própria, recebe 
ramos dos vasos que estão próximo a ele 
-Vasos adjacentes: Ramos da AA renais, AA 
ilíacas internas, AA vesical inferior 
 
DRENAGEM LINFÁTICA 
-Linfonodos aórtico e illíacos 
 
INERVAÇÃO 
-Plexo renal: Fibras eferentes simpáticas na medula espinal de T11 a L2 
-Fibras aferentes parassimpáticas vagais

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