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PROBLEMA 3: ISSO É DOENÇA DE GENTE MAIS VELHA 1. Entender a Morfofisiologia da articulação sinovial (integração muscular e nervosa). Estrutura das articulações sinoviais Uma característica que difere essa articulação das demais é a presença de um espaço chamado cavidade sinovial que se localiza entre os ossos ligantes. Essa cavidade articular possibilita o movimento considerável da articulação, sendo do ponto de vista funcional (diartrose). Os ossos integrantes da articulação são recobertos por uma cartilagem hialina, denominada de cartilagem articular, que reduz o atrito durante o movimento e ajuda a absorver os impactos. Correlação clínica: o implante autólogo de condrócitos é indicado para pessoas que sofrem de um desgaste na cartilagem sinovial. Desse modo, as células cartilagíneas são cultivadas em laboratório para serem implantadas abaixo do periósteo para então amadurecerem e reestabelecer as funções da articulação. Cápsula A cápsula articular envolve a articulação sinovial juntamente com o osso. Essa capsula é dividida em duas camadas: a mais externa a fibrosa e a mais interna a membrana sinovial. A camada fibrosa consiste em um tecido conjuntivo denso não modelado (com a maioria de fibras de colágeno). Ela consiste basicamente em uma continuação do periósteo, apresentando uma enorme resistência às tensões aplicadas na articulação. Essa característica protetora permite que os ossos durante o movimento não se desloquem. Outros fatores também auxiliam nessa resistência como, por exemplo, os ligamentos os quais recebem uma nomenclatura de acordo com a estrutura as quais eles se interligam. Já a membrana sinovial é composta por tecido conjuntivo areolar composto por fibras elásticas e tecido adiposo. Líquido sinovial O líquido sinovial tem uma aparência e consistência de uma clara de ovo. Ele é composto por ácido hialurônico secretado pelas células da membrana sinovial e um líquido intersticial que é resultado da filtração do plasma sanguíneo. A função desse líquido é lubrificar as articulações, absorver impacto, remover gás carbônico e resíduos metabólicos (destacar que a cartilagem é um tecido avascular) e fornecer nutrientes. Além disso, outra função importante desse líquido é permitir a proteção pela presença de células fagocitárias. O líquido sinovial quando a cartilagem fica imóvel por certo período sua concentração fica alta e sua viscosidade também. Assim, a consistência fica mais viscosa em forma de gel. Por outro lado, quando a articulação está sendo usada com bastante frequência a consistência diminui e “dilui” o líquido, devido essa atividade estimular as células secretoras da articulação sinovial. É importante falar sobre as crepidações ou estalos presentes na flexão articular. Isso acontece que quando uma articulação se expande ela permite a passagem de gases como oxigênio e gás carbônico por difusão pelos vasos user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar presente na membrana sinovial. Desse modo, quando o a cartilagem se comprime durante uma flexão essas “bolhas” de ar se estouram e é esse estouro responsável pelo barulho do estalo. Discos articulares Eles derivam da membrana fibrosa, sendo responsáveis por dividir a cavidade articular, assim possibilitando movimentos distintos em ambos os espaços. Eles absorvem os impactos, possibilita melhor encaixe da articulação, possibilita uma superfície que auxilia nos movimentos, distribui o peso em uma superfície maior e aumenta a distribuição de líquido sinovial que participa da lubrificação da articulação. Uma lesão no menisco pode causar desgaste da articulação para desenvolver uma artrite. Anos atrás, a correção cirúrgica era remover todo o menisco. Já nos dias atuais retira-se parcialmente o menisco, apenas a área lesada por meio da artroscopia. Suprimento sanguíneo e nervoso Os nervos e vasos que suprem as articulações derivam dos músculos esqueléticos. A articulação sinovial contem diversas terminações nervosas que se distribuem na cápsula articular e nos ligamentos associados. Esses nervos levam aferências de dor para a medula e encéfalo, bem como são componentes do arco reflexo. Bolças e bainhas As bolsas são estruturas saculares que se assemelham a cápsula articular, pois compartilham da mesma estrutura e realizam a mesma função. No entanto, sua diferença com a mesma se dá pela sua presença em outros tipos de articulação. As bainhas sinoviais são bolsas tubulares que revestem os tendões que sofrem muito atrito. Possui duas camadas, uma visceral e outra parietal, que entre elas há presença de líquido sinovial responsável pela redução do atrito. Fatores que interferem o contato e a amplitude de movimentos das articulações sinoviais A estrutura e o formato dos ossos determinaram o quão intimamente elas podem se encaixar, haja vista que os ossos nas articulações estabelecem uma relação complementar. Desse modo, um bom encaixa possibilitará uma boa movimentação. Alguns componentes da cápsula fibrosa em algumas posições se encontram tensionados. Assim, eles podem limitar o grau de movimentação. O contato com partes moles, por exemplo, tecido adiposo limita o grau de mobiliade. Os hormônios como a relaxina, hormônio produzido na placenta, permite que a articulação da sínfise púbica flexível para facilitar o parto. O desuso como no caso de um ombro imobilizado. TIPOS DE MOVIMENTOS Os movimentos nas articulações sinoviais são agrupados em 4 categorias principais: deslizamentos, movimentos angulares, rotação e movimentos especiais. 1 – DESLIZAMENTO: É um movimento simples, no qual as superfícies ósseas praticamente planas se movem para frente e para trás e de um lado para outro. Não há alteração significativa do ângulo entre os ossos.Esses movimentos podem ser associados com rotação. Ex: intercapiais e intertasais. 2- MOVIMENTOS ANGULARES: Ocorre aumento ou diminuição do ângulo entre os ossos da articulação. user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar a) FLEXÃO, EXTENSÃO, FLEXÃO LATERAL, HIPEREXTENSÃO: A flexão e a extensão são movimentos opostos. Na flexão, ocorre diminuição do ângulo entre os ossos da articulação; na extensão, há aumento do ângulo entre os ossos da articulação, muitas vezes para retornar uma parte do corpo para a posição anatômica depois de ter sido flexionada. b) ABDUÇÃO, ADUÇÃO E CIRCUNDAÇÃO: Abdução ou desvio radial é o movimento de um osso em sentido oposto ao da linha mediana; a adução ou desvio ulnar é o movimento de um osso no sentido da linha mediana. Circundução é o movimento em círculo da extremidade distal de uma parte do corpo. A circundução não é um movimento isolado, mas sim uma sequência contínua de flexão, abdução, extensão, adução e rotação da articulação (ou na ordem contrária). c) ROTAÇÃO: Na rotação o osso gira em torno do seu próprio eixo longitudinal. MOVIMENTOS ESPECIAIS TIPOS DE ARTICULAÇÕESSINOVIAIS 1. ARTICULAÇÕES PLANAS: O formato das articulações planas são planas ou levemente curvas, possibilitando movimentos para frente e para trás e para um lado e para outro. Como muitas são capazes de fazer rotação, deslizamento logo são triaxiais. 2. ARTICULAÇÕES DO TIPO GÍNGLIMO: Nessa articulação também conhecida como dobradiça, a face convexa de um osso se encaixa na face côncava do outro osso. Essas articulações são uniaxiais, porque só permite o movimento em torno de 1 eixo, possibilitando apenas flexão e extensão. 3. ARTICULAÇÃO ELIPSÓIDA: Nessa articulação, a projeção convexa de um osso se encaixa em uma depressão oval de outro osso. É uma articulação biaxial fazendo os movimentos de (flexão e extensão, abdução e adução). 4. ARTICULAÇÕES SELARES: A face articular de um osso tem formato de sela e a face articular do outro osso se encaixa na sela. São movimentos biaxiais. 5. ARTICULAÇÕES ESFERÓIDAS: consiste em uma superfície redonda em forma de uma bola de um osso que se encaixa em uma depressão em forma de copo de outro osso. São articulações triaxiais. Ex: articulação do ombro, quadril. 2. Estudar a etiologia, epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico diferencial, classificação e clínica da artrite juvenil e as demais. As articulações possuem componentes importantes os quais asseguram a sua função, sendo de forma geral composta por água (70%), proteoglicanas importantes na síntese de substâncias que facilitam a redução de atritos (8%), colágeno tipo 2 (10%) e condrócitos. Sobre esse último é importante destacar sua função na produção de colágeno (composto importante para a manutenção da matriz) e enzimas inativas que participam de processos metabólicos, bem como inibidores para as mesmas. Em um processo degenerativo o mais comum é a ativação dessas enzimas pelo bloqueio da síntese de inibidores pelos condrócitos. Além disso, a síntese de citocinas como IL-1 e TNF auxilia no processo de degeneração. user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar Osteoartrite É uma doença degenerativa que afeta a cartilagem das articulações sinoviais, podendo resultar em uma falha estrutural e funcional. Embora seu nome sugerir uma doença inflamatória, a osteoartrite é uma doença intrínseca a cartilagem, principalmente aos condrócitos que respondem a fatores mecânicos e bioquímicos, resultando em um colapso da matriz. A maior incidência dessa doença é pessoas mais velhas, na faixa etária dos 50 anos, podendo afetar algumas articulações ou todas de forma generalizada. Outra forma de incidência é em jovens, cerca de 5%, associando-se a fatores genéticos e ambientais, destacando algum fator predisponente da doença, sendo ela denominada nesses casos de osteoartrite secundária. A respeito da patogenia a doença evolui com uma degeneração cartilaginosa ou uma regeneração desordenada, sendo o principal protagonista o condrócito. É importante entender que a doença não é apenas uma simples degeneração do tecido cartilaginoso, mas também um conjunto de alterações patológicas que modificam as estruturas, como citado o condrócito (classificação simplificada da doença). Essas alterações podem se divididas de três formas: (1) uma lesão nos condrócitos relacionada a fatores genéticos e bioquímicos, (2) uma OA precoce com alta proliferação dos condrócitos com síntese de matriz, colágeno, proteoglicanas e enzimas e (3) a OA tardia que consiste na degeneração causada por lesões repetitivas, podendo acarretar em inflamação crônica e alterações ósseas subcondrais. Na osteoartrite todos os componentes são afetados com destruição de colágeno tipo 2 e síntese de proteoglicanas pelos condrócitos. No entanto, as destruições dos componentes superam a síntese que ocorre em todo o processo de adoecimento. É importante destacar que na cartilagem as células de defesa são escassas graças a ausência de vasos sanguíneos, entretanto citocinas como o TGF-beta (induz a ação das metaloproteinaese responsáveis pela degradação do colágeno), TNF, prostaglandinas e óxido nítrico são fatores implicantes no desenvolvimento da doença. A maior incidência da doença ocorre com o envelhecimento decorrente do estresse biomecânico . Sobre a alteração morfológica da doença ocorre a proliferação de condrócitos, formando agrupamentos, aumento de conteúdo aquoso o que ocasiona um afastamento da rede reticular de colágeno, desse modo há a formação de fissuras e fendas na superfície articular. Além disso, corpos livres (osso e cartilagem) podem flutuar no líquido sinovial. No exame de imagem há o aparecimento de esclerose do osso esponjoso (quando há contato entre os ossos). A osteoartrite é uma doença insidiosa que aparece de forma súbita. Os seus sintomas incluem dor profunda com piora com o uso, rigidez matinal, crepidação e limitação do ADM. Uma compressão dos forames vertebrais por osteófitos pode causar pinçamento das raízes nervosas que pode acarretar em déficit neurológico. Uma característica dessa moléstia é a questão do gênero feminino apresentar nódulos de Heberden que são osteófitos proeminentes nas articulações interfalangianas distais. Ainda não existe meios eficientes da prevenção da doença, nem métodos efetivos na redução da sua progressão. Desse modo, o tratamento consiste no manejo da dor, com a modificação da atividade e em casos graves uma artroplastia. Artrite reumatoide user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar Essa doença é um distúrbio inflamatório crônico de origem autoimune que pode afestar mutos tecidos, em particular as articulações, causando uma sinovite inflamatória proliferativa.A AR geralmente progride com a destruição da cartilagem e formação de anquilose das articulações. Lesões extra-articulares podem se desenvolver na pele, coração, pulmão, mandendo um caráter muito próximo de doenças autoimunes sistêmicas (lúpus eritematoso ou esclerodermia. Bem como outras doenças autoimunes, a AR leva em consideração a questão genética para o desenvolvimento e cronicidade da doença. Dentre essas alterações patológicas podem se destacar a ação de anticorpos contra os autoantígenos e inflamação por citocinas sintetizadas células TCD4+. Os linfócitos T CD4+ auxiliares (Th) podem realizar uma reação autoimune na AR. Sua atuação conssite em uma reação com um agente microbiano ou um autoantígeno, produzindo citocinas que estimulam outras células. Dentre as citocinas temos: IFN-gama: secretado pelas célulsa Th1 para ativar os macrófagos e células sinoviais residentes. IL-17: secretado pelas células Th17 para recrutar neutrófilos e monócitos. TNF e IL-1 secretado pelos macrófagos estimulam as células sinoviais a secretar proteases que destroem a cartilagem. O TNF tem sido mais implicado na patogenia da AR e por isso a utilização de agonistas têm sido uma alternativa eficaz nas terapias para a doença. No líquido sinovial há muitos centros germnativos com pasmócitos abundantes que produzem anticorpos os quais podem agir contra os autoantígenos. Muitos dos anticorpos produzidos nos órgãos linfoides e nos líquidos sinoviais são específicos para peptídeos citrulinados (PCC), nos quais os residos de arginina são convertidos em citrulina após a tradução. Na artrite reumatoidecomplexos antígenos-anticorpo contendo fibrinogênio citrulinado, colágeno tipo 2, alfa-enolase e vimentina se depositam na articulação, podendo desencadear um processo lesivo. Desse modo, níveis elevados de anticorpos anti-PCC em combinação com a resposta das células T podem desencadear um quadro clínico crônico. Além disso, anticorpos IgM e IgA se ligam às porções Fc dessas imunoglobulinas se caracterizando um fator reumatoide. Esse conjunto também se deposita na articulação. É importante destacar que o fator reumatoide pode não está presente em u quadro e AR. Cerca de 50% de AR são desencadeados por fatores genéticos. Já os PCCs são produzidos durante uma inflamação causada por tabagismo, sendo que o hábito tem a capacidade de citrulinização, criando epítopos que desencadeiam reações imunes. As alterações morfológicas da AR ocorre de forma simétrica, principalmente em pequenas articulações, com a formação de edema. (1) proliferação e hiperplasia de células sinoviais (2) denso infiltrado inflamatório, (3) aumento da vascularização por angiogênese, (4) exsudado fibrinopurulento e (5) atividade osteoclástica no osso subjacente, permitindo erosões e cistos subcondrais. O conjunto dessas alterações forma o pannus que user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar é uma massa de sinovia edematosa que liga os ossos opostos para formar uma anquilose fibrosa (fusão dos ossos). A AR começa de forma lenta e súbita iniciando com fadiga e dor musculoesquelética generalizada, ocasionada principalmente pela IL-1 e TNF. Seu início como já foi citada começa de pequenas articulações até atingir as maiores. As articulações envolvidas pela moléstia fica edemasiadas, doloridas, rígidas, com aumento progressivo e perda da amplitude de movimento, evoluindo para uma anquilose completa. Os tendões, os ligamentos e os músculos esqueléticos adjacentes as articulações afetadas acompanham a progressão da doneça podendo causar desvios nessas junções. Desse modo, forma-se um conjunto de estabilidade que pode evoluir para um aparecimento de hérnias após a irritação da membrana sinovial. A sua evolução para os demais sistemas deve ser diferenciado de outras formas de artrite crônica. Seu diagnóstico diferencial é (1) aparecimento de achados radiográficos, (2) líquido sinovial turvo, estéril, diminuição de mucina e neutrófilos portadores de inclusões e (3) combinação do fator reumatoide e do anticorpo anti-CCP. É importante destacar que seu tratamento tem o objetivo de alivar a dor e inflamação, retardando a evolução da doença. As terapias utilizam o corticoide e modificadores biológicos como metotrexate e antagonistas do TNF. Artrite idiopática juvenil A artrite idiopática juvenil (idiopática não se sabe a causa) é uma doença de causa desconhecida que se assemelha com artrite reumatoide de adultos com a diferença que ela se manifesta antes dos 16 anos. Suas características são (1) uma oligoartrite mais comum, (2) maior capacidade de se apresentar de forma sistêmica, (3) nódulos reumatoides e fator reumatoide geralmente se encontra ausentes e (5) soropositividade par anticorpos antinucleares (ANA). Igualmente a AR no adulto ela pode ser causada por uma resposta de células Th1 e Th17 e suas citocinas. Os sintomas geralmente são aumento de volume, calor, vermelhidão, limitação do movimento e dor. Seus tipos são: Sistêmica: acomete vários sistemas fisiológicos, com quadros de febre alta no início e final do dia, com aparecimento de exantema, linfadenomegalia, hepatoesplenomegalia, pericardite, pleurite e miocardite. É a forma mais grave da doença por acometer todos esses sistemas. Algumas alterações laboratoriais podem ser percebidas como a anemia, leucocitose, plaquetose, elevação de VHS (inflamação), enquanto o fator reumatoide e a presença de anticorpos antinucleares são negativos. Cerca da metade das crianças acometidas com essa doença manifesta também o problema oligoarticular. Poliarticular: acometimento de cinco ou mais articulações Oligoarticular: acomete até quatro articulações, sendo a manifestação mais frequente. Por acometer poucas articulações ela responde muito bem a administração de antiflamatórios, por exemplo, o Ibuprofeno. É uma forma benigna da doença, mas pode causar alteração ou redução da acuidade visual, por isso é importante que a administração de medicamentos seja prescrita pelo médico. Além disso, ela pode causar uma inflamação do olho, sendo importante que a criança vá periodicamente ao oftalmologista na tentativa de evitar uma uveíte crônica que não se manifesta com irritação na conjuntiva sendo diagnosticada com o exame chamado lâmpada de fenda pelo oftalmologista. user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar Artrite psoriásica: que pode ocorrer associada a psoríase a qual é uma doença inflamatória crônica da pele que se caracteriza por ser descamativa. Artrite relacionada à entesite: uma artrite que pode evoluir para um quadro semelhante à espondilite anquilosante que é uma doença que acomete a coluna vertebral de adultos. Nesse caso, a criança apresenta uma lombalgia noturna e dor nos tendões, por isso o nome entesite. Desse modo, a artrite idiopática juvenil por apresentar várias manifestações ela se enquadra em um diagnóstico de exclusão. 3. Compreender o diagnóstico da artrite reumatoide juvenil e seu tratamento (destacando os efeitos colaterais). A AIJ tem manifestações extra-articulares, no entanto as articulações dos joelhos geralmente são acometidas. O fator da doença se manifestar de forma heterogênea dificulta a conclusão do diagnóstico, sendo que na maioria das vezes ele é realizado por exclusão. A ocorrência de artrite indolor pode retardar a percepção pela família e então a ida do jovem ao especialista. Algumas crianças menores têm a dificuldade de relatar em qual local apresenta a dor, desse modo o problema é percebido com a modificação da marcha, dificuldade de se locomover e rigidez matinal. Dessa maneira, a avaliação clínica deve ser minuciosa haja vista que a inexistência de marcadores laboratoriais contribui adicionalmente para a identificação precoce destas crianças e adolescentes. O tratamento necessita de muita adesão do paciente, família e escola, sendo ele realizado por uma equipe multiprofissional (médico, fisioterapia, odontologia e nutricionista). Uma falta de adesão pode gerar sequelas para a criança. Para a escolha do medicamento é importante analisar os risco e benefício de cada um na tentativa de reduzir os efeitos colaterais. Em primeira análise se utiliza os antiflamatórios não hormonais (ibuprofeno), podendo ou não ser administrado junto com corticoides por algum tempo, pode também se utilizar drogas modificadoras de doença e por fim agentesbiológicos (medicamentos caros disponibilizados pelas secretarias de saúde do país). Sobre os efeitos colaterais pode se destacar a redução do crescimento da criança devido à administração desses medicamentos. O tratamento geralmente é realizado com antinflamatórios e apoio de uma equipe multiprofissional com experiência no manejo da doença. O objetivo maior desse apoio é reduzir a dor e suprimir o processo inflamatório nas articulações, a fim de possibilitar o crescimento e desenvolvimento adequado e melhor qualidade de vida. Sobre os efeitos colaterais do corticoide tem a sua capacidade supressora do sistema imunológico o que permite a remissão de doenças assintomáticas, como por exemplo, a tuberculose. É importante destacar a não permissão para administração de vacinas para pacientes nessa condição. 4. Elucidar o impacto da artrite reumatoide no cotidiano do paciente e da família e o papel da equipe multiprofissional no acompanhamento. Para a família há um sentimento de culpa por não perceber a evolução da doença por ela não se caracterizar com uma dor aguda e limitante. Assim, a ida da criança ao especialista é tardia a que dificulta as chances de obter sucesso na cura. É importante o fornecimento de um apoio psicológico, devido à doença ser crônica e com ausência de cura. 5. Avaliar a influência das atividades físicas nas artrites. O benefício da atividade física no estímulo ao crescimento e desenvolvimento, prevenção da obesidade, incremento da massa óssea, aumento da sensibilidade à insulina, melhora do perfil lipídico, diminuição da pressão arterial. Também é conhecido o fato de que a atividade física realizada de forma imprópria, em user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar desacordo com a idade, com o desenvolvimento motor e com o estado de saúde, apresenta riscos de lesões como: trauma, osteocondrose, fratura e disfunção menstrual. A densidade mineral óssea atinge cerca de 90% do seu pico no final da segunda década. Fatores endógenos e exógenos participam desse processo. Dentre os fatores endógenos destacam-se: genética, raça, aumento dos hormônios anabólicos associados à puberdade (hormônio do crescimento [GH], fator de crescimento insuliniforme tipo 1 [IGF1], esteróides sexuais) e marcadores de remodelação óssea. Receptores de leptina têm sido encontrados no tecido ósseo, sugerindo que este hormônio esteja envolvido na regulação esquelética. Em relação aos fatores exógenos (ambientais), destacam-se o exercício e a nutrição, com adequado aporte de cálcio na dieta. Durante a atividade física, a contração muscular promove um aumento da atividade osteoblástica na região óssea próxima aos locais onde os músculos se inserem, levando ao aumento da mineralização óssea; O exercício físico realizado próximo ao pico máximo da velocidade de crescimento, ou seja, no início da puberdade, é mais efetivo para potencializar o ganho de massa óssea. Os efeitos osteogênicos dos exercícios dependem ainda da magnitude da carga e da frequência de aplicação que, quando repetidas, resultam em hipertrofia óssea. Enquanto a atividade física moderada estimula o desenvolvimento ósseo, o atraso puberal resultante do treinamento físico vigoroso pode comprometer a aquisição da massa óssea ideal. Em adolescentes do sexo feminino, o excesso de exercício pode causar hipoestrogenismo, com redução do ganho de massa óssea, o que pode ser, em casos graves, irreversível a despeito do retorno da menstruação, da reposição estrogênica e da suplementação com cálcio(4,7,10). A redução da densidade mineral óssea também pode ser observada em adolescentes do sexo masculino submetidos à atividade física extenuante. O treinamento vigoroso pode reduzir o ganho estatural, sendo esse efeito resultante mais da intensidade e duração do que propriamente do tipo de exercício praticado. Isso porque a atividade física intensa causa inibição do eixo GH-IGF-1, e de acordo co estudos feitos com ginastas de elite submetidos a treinamento físico intensivo mostraram redução da altura associada a diminuição do IGF-1.
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