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Atividade 2 - Temas Contemporâneos

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Atividade 2 - Temas Contemporâneos
Alunos: Augusto S. M. de Almeida
Rafael R. Araújo
1 – Mudança da sociedade como um todo e de suas prioridades e modos de vida
devido ao avanço tecnológico.
2 – Produção de uma sociedade depressiva e com mais problemas emocionais pela
Sociedade do Desempenho
3 - A lamúria do indivíduo depressivo de que nada é possível só se torna possível
numa sociedade que crê que nada é impossível.
Nos últimos 20 anos houve uma evolução tecnológica que poucas vezes foi
vista na história da humanidade. Essa evolução acabou alterando as prioridades da
sociedade, seu modo de viver e o papel dos indivíduos. O que foi idealizado por
Foucault, a chamada sociedade disciplinar, não existe mais. No seu lugar, surge a
sociedade de desempenho, que transforma os indivíduos em donos do seu próprio
destino. A sociedade que obedecia, que sofria proibições e leis que hoje
consideramos incabíveis, deu lugar à uma sociedade dona de si mesmo, que possui
iniciativa própria e liberdade para seguir e construir seus próprios projetos.
Esse novo cenário acabou produzindo uma sociedade depressiva, insegura e
com diversos conflitos internos que parecem intermináveis e que estão se tornando
um dos grandes males do século. Junto com a liberdade de criação e a vida
baseada no desempenho, existe um conflito nos indivíduos que passaram a
fracassar na tentativa de encontrar suas versões verdadeiras, ou seu “verdadeiro
eu”. Alain Ehrenberg, define esses indivíduos como “esgotados de ter de ser eles
mesmos”. Essa frase ilustra as consequências dessa mudança na sociedade. E
nesta sociedade que clama por positividade, o indivíduo se vê frágil por não
alcançar o que na verdade é inalcançável, se tratando de um ser buscando a
evolução em meio a um corpo social que não é findável.
A noção de ser dono do seu próprio nariz, esconde a ação massacradora do
“somente eu me exploro”, sem se dar conta que autonomia e ameaça andam lado a
lado. Ser o comandante da vida liberal na sociedade de desempenho traz consigo a
necessidade de estar fazendo o certo perante a maioria do seu ser-social. Essa
opressão norteia as ações desse indivíduo que não olha para o espelho da
realidade, mas para o seu próprio ambiente interno para não se sentir vítima, mas
sim o explorador social que colabora com a maioria. O ser social e o ser humano se
fundem não sabendo mais que suas atitudes ferem aos outros e a si mesmo de
forma simultânea, e que lá, mais à frente, será o dono do seu próprio fracasso.

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