Prévia do material em texto
Drenagem de tórax Toracocentese Paracentese Referências - Livros-texto Procedimentos do internato à residência médica/gestor editorial: Valdir Golin. -- São Paulo: Editora Atheneu, 2012. Referências - Recursos clínicos baseados em evidência HUGGINS, J. T.; CARR, S.R.; WOODWARD, G.A. Thoracostomy tubes and catheters: Indications and tube selection in adults and children. UpToDate, 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/thoracostomy-tubes-and-catheters-indicatio ns-and-tube-selection-in-adults-and-children?search=chest%20tube&source=searc h_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H1. Acesso em: 10 de ago. de 2021 HUGGINS, J. T.; CARR, S.R.; WOODWARD, G.A. Thoracostomy tubes and catheters: Placement techniques and complications. UpToDate, 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/thoracostomy-tubes-and-catheters-indicatio ns-and-tube-selection-in-adults-and-children?search=chest%20tube&source=searc h_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H1. Acesso em: 10 de ago. de 2021 https://www.uptodate.com/contents/thoracostomy-tubes-and-catheters-indications-and-tube-selection-in-adults-and-children?search=chest%20tube&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H1 https://www.uptodate.com/contents/thoracostomy-tubes-and-catheters-indications-and-tube-selection-in-adults-and-children?search=chest%20tube&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H1 https://www.uptodate.com/contents/thoracostomy-tubes-and-catheters-indications-and-tube-selection-in-adults-and-children?search=chest%20tube&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H1 https://www.uptodate.com/contents/thoracostomy-tubes-and-catheters-indications-and-tube-selection-in-adults-and-children?search=chest%20tube&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H1 https://www.uptodate.com/contents/thoracostomy-tubes-and-catheters-indications-and-tube-selection-in-adults-and-children?search=chest%20tube&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H1 https://www.uptodate.com/contents/thoracostomy-tubes-and-catheters-indications-and-tube-selection-in-adults-and-children?search=chest%20tube&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H1 Referências - Recursos clínicos baseados em evidência HUGGINS, J. T.; CARR, S.R.; WOODWARD, G.A. Thoracostomy tubes and catheters: Management and removal. UpToDate, 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/thoracostomy-tubes-and-catheters-manage ment-and-removal?search=chest%20tube&topicRef=7816&source=see_link. Acesso em: 10 de ago. de 2021 STOHR, G. Chest tube insertion. DynaMed, 2021. Disponível em: https://www.dynamed.com/procedure/chest-tube-insertion#GUID-65D4F830-641 E-44F3-A064-EFC61F36F324. Acesso em: 10 de ago. de 2021 HEFFNER, J. E.; MAYO, P. Ultrasound-guided thoracentesis. UpToDate, 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/ultrasound-guided-thoracentesis?search=th oracent&topicRef=6698&source=see_link#H5. Acesso em: 11 de ago. de 2021 https://www.uptodate.com/contents/thoracostomy-tubes-and-catheters-management-and-removal?search=chest%20tube&topicRef=7816&source=see_link https://www.uptodate.com/contents/thoracostomy-tubes-and-catheters-management-and-removal?search=chest%20tube&topicRef=7816&source=see_link https://www.dynamed.com/procedure/chest-tube-insertion#GUID-65D4F830-641E-44F3-A064-EFC61F36F324 https://www.dynamed.com/procedure/chest-tube-insertion#GUID-65D4F830-641E-44F3-A064-EFC61F36F324 https://www.uptodate.com/contents/ultrasound-guided-thoracentesis?search=thoracent&topicRef=6698&source=see_link#H5 https://www.uptodate.com/contents/ultrasound-guided-thoracentesis?search=thoracent&topicRef=6698&source=see_link#H5 Referências - Recursos clínicos baseados em evidência HUGGINS, J. T.; CHOPRA, A. Large volume (therapeutic) thoracentesis: Procedure and complications. UpToDate, 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/ultrasound-guided-thoracentesis?search=th oracent&topicRef=6698&source=see_link#H5. Acesso em: 11 de ago. de 2021 FEDOROWICZ, Z. DynaMed, 2021. Disponível em: https://www.dynamed.com/procedure/thoracentesis#GUID-842E90BB-D1C0-4E8A -8B6B-8D1C8370540E. Acesso em: 11 de ago. de 2021 HEFFNER, J. E. Diagnostic evaluation of a pleural effusion in adults: Initial testing. UpToDate, 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/diagnostic-evaluation-of-a-pleural-effusion-i n-adults-initial-testing?search=thoracent&topicRef=17172&source=see_link. Acesso em: 11 de ago. de 2021 https://www.uptodate.com/contents/ultrasound-guided-thoracentesis?search=thoracent&topicRef=6698&source=see_link#H5 https://www.uptodate.com/contents/ultrasound-guided-thoracentesis?search=thoracent&topicRef=6698&source=see_link#H5 https://www.dynamed.com/procedure/thoracentesis#GUID-842E90BB-D1C0-4E8A-8B6B-8D1C8370540E https://www.dynamed.com/procedure/thoracentesis#GUID-842E90BB-D1C0-4E8A-8B6B-8D1C8370540E https://www.uptodate.com/contents/diagnostic-evaluation-of-a-pleural-effusion-in-adults-initial-testing?search=thoracent&topicRef=17172&source=see_link https://www.uptodate.com/contents/diagnostic-evaluation-of-a-pleural-effusion-in-adults-initial-testing?search=thoracent&topicRef=17172&source=see_link Referências - Recursos clínicos baseados em evidência RUNYON, B. A. Diagnostic and therapeutic abdominal paracentesis. UpToDate, 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/diagnostic-and-therapeutic-abdominal-parac entesis?search=PARACENTESIS&source=search_result&selectedTitle=1~86&usage_ type=default&display_rank=1. Acesso em: 11 de ago. de 2021 RUNYON, B. A. Evaluation of adults with ascites. UpToDate, 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/evaluation-of-adults-with-ascites?search=PA RACENTESIS&topicRef=16203&source=see_link#H64023967. Acesso em: 11 de ago. de 2021 https://www.uptodate.com/contents/diagnostic-and-therapeutic-abdominal-paracentesis?search=PARACENTESIS&source=search_result&selectedTitle=1~86&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/diagnostic-and-therapeutic-abdominal-paracentesis?search=PARACENTESIS&source=search_result&selectedTitle=1~86&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/diagnostic-and-therapeutic-abdominal-paracentesis?search=PARACENTESIS&source=search_result&selectedTitle=1~86&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/evaluation-of-adults-with-ascites?search=PARACENTESIS&topicRef=16203&source=see_link#H64023967 https://www.uptodate.com/contents/evaluation-of-adults-with-ascites?search=PARACENTESIS&topicRef=16203&source=see_link#H64023967 Drenagem de tórax Definição Procedimento no qual é inserido um tubo através da parede torácica, na cavidade pleural, para dreno de ar ou líquido acumulado Indicações Pneumotórax Hipertensivo (após descompressão inicial) Fístula broncopleural (VM ou pós-operatória) Espontâneo Iatrogênico Traumático Pneumomediastino Pleurodese Fibrinólise Hemotórax Trauma torácico Pós-operatório Derrame pleural Estéril Empiema Parapneumônico Maligno Quilotórax Fístula broncobiliar Choque indiferenciado em paciente crítico Contraindicações Absoluta Adesão pleural densa e completa Relativas Coagulopatia (evitar se em anti-coagulantes com INR < 1,5) Bolha enfisematosa subpleural Adesão pleural densa Derrame pleural loculado Manejo pré-procedimento Sedação Midazolam EV 1-5 mg sob monitorização oximétrica Analgesia Morfina 2,5 mg EV Antibioticoprofilaxia Indicação: exclusivamente para pacientes com trauma torácico penetrante Benefícios: redução de complicações infecciosas (OR 0.28, IC95% 0.14- 0.57) Tempo: maioria dos estudos, pelo menos 24h Opções: cefalotina, cefazolina, cefoxitina, doxiciclina, clindamicina Material necessário Solução antisséptica EPI Seringas e agulhasBisturi e lâmina Instrumento para dissecção (eg, Kelly) Anestésico local Tubo torácico Fios para sutura (eg, seda 1-0) Dreno com selo d’água Curativo (eg, gaze + esparadrapos) Material necessário- Escolha do tamanho Escala francesa catéteres de Charrière (Fr) Definição: 3*[diâmetro] Alcance: 3-40 Fr Pequenos: ≤ 20 Grandes: > 20 Tubo de toracostomia: > 14 Catéter de toracostomia: ≤ 14 Material necessário - Escolha do tamanho Idade Peso Ar Líquido seroso Pus Sangue Bebê < 5 kg 8-14 Fr 8-14 Fr 8-14 Fr 14-20 Fr Criança 5-10 kg 8-14 Fr 8-14 Fr 12-18 Fr 18-24 Fr 10-15 kg 8-14 Fr 8-14 Fr 12-18 Fr 18-24 Fr 15-20 kg 8-14 Fr 8-14 Fr 18-24 Fr 18-24 Fr 20-30 kg 8-14 Fr 8-14 Fr 18-24 Fr 18-24 Fr Adulto > 30 kg 24 Fr 24 Fr 24-32 Fr 24-36 Fr Inserção - Posição Preferida Decúbito dorsal com elevação de cabeceira de 30-45°, MS ipsilateral elevado atrás da cabeça expondo a área axilar Alternativas Decúbito lateral Sentado apoiando-se sobre mesa adjacente Inserção - Posição - Fatores a se considerar Cardiomegalia Situs inversus Tumor mediastinal Cirurgia torácica prévia Drenagem ou pleurodeses prévia Diátese hemorrágica Obesidade Escoliose Deformações da parede torácica Fatores de elevação do diafragma Pneumoperitôneo Gestação Posição de Trendelenburg Ventilação com PP Abdome obstrutivo Inserção - Sítio de inserção - Eletivo Linha axilar média dentro do “triângulo de segurança” Borda lateral do latíssimo do dorso Borda lateral do peitoral maior Linha horizontal do 5º EIC Intercessão do 2º EIC com linha hemiclavicular também é aceitável em pneumotóraces apicais, mas menos utilizada por desconforto e cosmética Inserção - Sítio de inserção - Emergência Marcos de referência (costumam coincidir com 4º EIC na LHC e 5º na LAM) Homem: linha mamária (costuma coincidir com 4º EIC na LHC e 5º na LAM) Mulher: sulco inframamário Inserção Técnica asséptica Anestesia local (incl. pele, subcutâneo, periósteo, e pleura) Tunelamento: aplicar o botão para acesso 1 EIC abaixo do EIC em que será posicionado o dreno Possível: bloqueio intercostal Emergência: evitar tunelamento Inserção - Técnica de dissecção Incisão de 2-3 cm com bisturi Dissecção da musculatura com Kelly ou hemostática Penetração na pleura Confirmação com dedo Inserção guiada do tubo Sutura de fixação Checagens Curativo Inserção - Técnica de Seldinger modificada Aspiração de líquido ou ar do espaço pleural Passagem do fio-guia Passagem de dilatadores Passagem do tubo Retirada do fio-guia Sutura de fixação do tubo Checagens Curativo Checagens Inserir o tubo súpero-anteriormente (para drenagem de ar) ou ínfero-posteriormente (para drenagem de líquido) Após inserção, confirmar posicionamento obsevando condensação ou drenagem no lúmen do dreno Conectar ao sistema de drenagem (2 cm acima da linha de água) que deve ficar abaixo do nível do pulmão Teste de fluxo-refluxo Manejo pós-procedimento Solicitar radiografia de tórax para confirmar normoposicionamento Monitorar e registrar drenagem para acompanhamento Evitar drenar mais que 500 mL/h Monitorar curativo para sinais de infecção Gerenciar pressão de sucção (alcance: 0 a -40 mmH2O) Manter entre 0 a -20 (monitorar: falha de sucção, melhora, complicações) Evitar fechar o tubo ou o respiro por risco de gerar pneumotórax hipertensivo Manejo pós-procedimento Possível: acompanhamento com fisioterapeuta respiratório Indicação: lesões extensas, comorbidades (esp. pneumopatias), dreno prolongado Benefícios: menor risco de atelectasia e pneumonia Complicações da drenagem de tórax - Durante o procedimento Lesão Parede torácica Intratorácica Extratorácica Infecções (1-3%) Sítio Empiema Mediastinite Sepse Posicionamento incorreto do tubo Vazamento devido a falha na conexão com sistema de drenagem Perda do dreno por fixação falha Erro em escolha de tamanho Complicações da drenagem de tórax - Após o procedimento Obstrução ou perda do tubo Falha em reconhecer tubo não-funcionante Lesão tardia de estruturas Disfunção de estrutura por compressão pelo tubo Infecção tardia Edema pulmonar de re-expansão (20% de letalidade) Perguntas frequentes Desconectou, o que fazer? Antissepsia do tubo e reconectar (preferência por novo sistema de drenagem) Obstruiu, o que fazer? “Ordenha” do tubo com tração controlada para tentar desobstrução; limpeza do tubo com injeção de SF Obstruiu de vez, o que fazer? Inserção de novo tubo em novo sítio. Retirar o antigo somente após confirmar por imagem normoposição do novo Remoção - Pneumotórax Critérios Pulmão está completamente expandido Não há drenagem de ar visível no selo Não há mais indicação de drenagem Controvérsia: manter ou não em pacientes sob VM Remoção - Derrame Critérios Pulmão está completamente expandido Empiema: melhora clínico-laboratorial + drenagem da maioria do pus (não precisa ter drenado tudo) + aposição pleuro-pleural documentada por exame de imagem Dreno: < 100-300 mL/dia Remoção - Técnica Retirar fios de fixação Segurar a base do tubo com uma gaze na mão não-dominante Solicitar que o paciente segure a respiração (previamente informado) Rapidamente retirar o tubo e ocluir com o curativo Solicitar nova radiografia para controle de pneumotórax de retirada/reacúmulo de derrame Manter o curativo oclusivo por 48h Toracocentese Definição Toracocentese é um procedimento usado para remover excesso de fluido ou ar do espaço pleural para diagnósticos terapêuticos ou diagnósticos Fatores que influenciam a escolha entre dreno e toracocentese: volume, características (loculado/livre), necessidade de drenagem completa, probabilidade de recorrência Indicações Diagnóstica Derrame pleural novo Exceções: IC bem diagnosticada com derrame típico Terapêutica Alívio sintomático Emergência Eletivo Derrame complicado (eg, loculado) Contraindicações relativas Líquido insuficiente Critério: 1 cm de espaço entre pleuras no RX em dec. dorsal Lesão em local de punção Diátese hemorrágica severa (esperar INR < 1,5) Material necessário Luvas estéreis Gaze Solução antisséptica Campos estéreis Anestésico tópico Agulhas com seringas Jelco calibres 14G a 18G Equipo para soro Tubos comuns incluindo com EDTA (hemograma) Esparadrapo Frascos comuns ou a vácuo Material necessário- Escolha do tamanho Escala britânica de agulhas de Birmingham (G) Referências variam quanto ao tamanho recomendado Golin (2012): 14-18G DynaMed (2021): 21G Posição do paciente Sentado em leve inclinação anterior do tórax com MMSS elevados e apoiados em uma cama ou mesa Alternativa: deitado em decúbito dorsal com o máximo de elevação de cabeceira possível e com leve rotação do tronco para o lado contralateral ao puncionado Local da punção Localizar o local de punção (EIC) usando semiotécnica pulmonar (1-2 EICs abaixo de onde os achados semiológicos desaparecem) Alternativamente: drenagem em locais típicos (triângulo de segurança OU 2º EIC com LHC OU 9º EIC com a linha entre a axilar anterposterior e a espinal) US: preferencial; esp. se derrame pequeno ou loculado Regra geral é que se diagnóstico, tentar mais alto; se terapêutico, tentar mais baixo Técnica Técnica asséptica Anestesia local (borda superior da costela inferior do EIC) Inserção do Jelco cranialmente de forma controlada Confirmação de chegada ao espaço pleural por saída de líquido Anestesia da pleura Introdução do Jelco, retirada da agulha, oclusão com dedo ou torneira Conectar Jelco ao equipo Conectar equipo aos recipientes apropriados Técnica Volume drenado Diagnóstico: pelo menos 50 mL Terapêutico: até 1.500 mL ou até início de sintomas álgicos Manometria pleural pode auxiliar (máx.: -10 cmH2O) Se iniciados sintomas álgicos: infusão pleural Toracocentese “seca” Má identificação em US Má angulação Movimento do paciente Bloqueio da agulha Punção da pleura visceral Inexpansibilidadetorácica Agulha curta Manejo pós-procedimento Exame de imagem para acompanhamento do derrame/avaliação de pneumotórax (usualmente RX) Monitorização de queixas respiratórias Orientação para não viajar por avião por 1 semana Complicações Dor local Tosse Pneumotórax (<12% s/ US, 3% c/ US) Hematoma Hemotórax Hemoperitônio Empiema Lesão hepática Lesão esplênica Eventos vasovagais Transporte tumoral pela agulha Dispneia Edema pulmonar de re-expansão Análise de fluido pleural Principais Citologia pH Proteínas DHL Glicose Adicionais Amilase Colesterol BNP Creatinina Coloração de Gram Cultura Análise de fluido pleural - Macroscopia Amarelo claro: transudato/exsudato Vermelho: malignidade, derrame por asbestos, síndrome da injúria pós-cardíaca, infarto pulmonar Branco leitoso: quilotórax Marrom: derrame sanguinolento envelhecido, ruptura de abcesso amebiano Preto: Aspergillus niger, Rhizomes oryzae, melanoma metastático, fístula pancreatopleural, crack, perfuração esofageana em tratamento com carvão ativado, hemotórax crônico Análise de fluido pleural - Macroscopia (cor) Amarelo-esverdeado: pleurisia reumatoide Verde-escuro: biliotórax Cor de nutrição parenteral: nutrição parenteral Cor de infusão central: infusão central Análise de fluido pleural - Macroscopia (aspecto) Pus: empiema Viscoso: mesotelioma Debris: pleurisia reumatoide Túrbido: exsudato inflamatório ou derrame lipídico Pasta de anchovas: abcesso amebiano Análise de fluido pleural - Macroscopia (odor) Pútrido: empiema anaeróbio Amônia: urinotórax Análise de fluido pleural - Transudatos Líquido resultante de uma movimentação de solvente através de uma barreira semipermeável devido a um desequilíbrio de pressões hidrostáticas e oncóticas Análise de fluido pleural - Transudatos Atelectasia Insuficiência cardíaca Hipoalbuminemia Síndrome nefrótica Hidrotórax hepático Diálise peritoneal Análise de fluido pleural - Exsudatos Líquido resultante de um processo inflamatório em que ocorre aumento da permeabilidade capilar com passagem de líquido e proteínas para o tecido OU déficit da drenagem de líquido e proteínas pelo sistema linfático pulmonar Mais difícil diagnóstico devido à multiplicidade de causas Análise de fluido pleural - Exsudatos Causas Infecciosas Iatrogênicas Trauma Neoplásicas Inflamatórias Doenças de tecido conjuntivo Disfunção endócrina Anormalidades linfáticas Análise do fluido pleural - Critérios de Light Se qualquer dos critérios for positivo, o líquido é um exsudato: Razão proteína pleural/sérica > 0,5 Razão DHL pleural/sérico > 0,6 DHL pleural > (5/3)*referência laboratorial do DHL sérico Análise do fluido pleural - Proteína Transudatos Geralmente < 3 g/dL Derrame pleural por tuberculose geralmente > 4 g/dL Derrame pleural por mieloma múltiplo geralmente > 8 g/dL Análise do fluido pleural - DHL Resultado > 1000 IU/L sugere empiema ou pleurisia reumatoide Análise do fluido pleural - Colesterol Nível > 45 mg/dL sugere exsudato Nível > 250 mg/dL define derrame de colesterol (pseudoquilotórax) Análise do fluido pleural - Triglicerídeos Nível < 50 mg/dL exclui quilotórax Nível > 110 mg/dL sugere quilotórax Análise do fluido pleural - Glicose Nível < 60 mg/dL reduz o diagnóstico diferencial de exsudatos para: Pleurisia reumatoide Empiema Malignidade Pleurisia por tuberculose Pleurite lúpica Rutura esofageana Os outros exsudatos e todos os transudatos têm níveis próximos ao sérico Análise do fluido pleural - Amilase Razão de amilase pleural/sérica > 1 sugere: Pancreatite aguda Derrame pleural pancreático crônico Rutura esofageana Neoplasia Paracentese Definição Procedimento em que uma agulha é inserida na cavidade peritoneal para a drenagem de líquido ascítico com fins diagnósticos e/ou terapêuticos Indicações Avaliação de ascite de início recente Avaliação de ascite prévia em paciente recém-internado por qualquer causa Avaliação de paciente com sinais de deterioração clínica Alívio sintomático Contraindicações Pacientes com CIVD clinicamente aparente Pacientes com estados hiperfibrinolíticos Pacientes com distenção intestinal importante Material necessário Solução alcoólica Gaze Luvas estéreis, capote e outros EPIs Caneta marcadora Agulhas e seringas Cateter venoso 14G (Golin, 2012) ou 16G (DynaMed, 2021) Frascos e tubos para coleção Curativo Posição e condições do paciente Decúbito dorsal, se possível decúbito semilateral esquerdo Útil identificar o local com percussão maciça Alternativamente: posição em 4 apoios Jejum Esvaziamento vesical (micção ou sonda) Local da punção Ponto entre terços médio e distal de uma linha imaginária conectando a cicatriz umbilical e a espinha ilíaca ântero-superior esquerda (reflexão do ponto apendicular) Evitar áreas de cicatrizes cirúrgicas Técnica Técnica asséptica Anestesia (pele, subcutâneo, peritônio parietal) Introdução do Jelco com técnica de Z-tract, retirada da agulha, oclusão com dedo ou torneira Conectar Jelco ao equipo Conectar equipo aos recipientes apropriados Complicações Vazamento de fluido ascítico Sangramento Perfuração intestinal Infecção Análise do líquido ascítico - Exames Contagem de células e identificação Albumina Proteína total Cultura Glicose DHL Coloração de Gram Amilase Citologia Análise do líquido ascítico - Macroscopia Claro: cirrose com concentração baixa de proteína Túrbido: peritonite bacteriana espontânea Opalescente: cirrose com triglicerídeos altos Leitosa: excesso de triglicerídeos Rosa ou sanguinolento: drenagem traumática ou malignidade Marrom claro: icterícia severa Marrom escuro: úlcera duodenal perfurada ou ruptura de vesícula biliar Análise do líquido ascítico - SAAG Gradiente de albumina sérica/ascítica Calculado substraindo a albumina sérica da ascítica SAAG > 1,1 g/dL = hipertensão portal (97%) SAAG < 1,1 g/dL = exclui hipertensão portal Análise do líquido ascítico - Contagem de células Neutrofilia > 250 cél./mm^3 indica antibioticoterapia Análise do líquido ascítico - Proteína total Proteína total > 3 g/dL => exsudato Proteína total < 3 g/dL => transudato Valores menores que 1 são de alto risco para peritonite bacteriana espontânea