AULA 02 ESTRUTURAS DE UM CAMINHO

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Apontamentos de Caminhos Florestais. 
Eng° Aiuba Suleimana 
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UNIVERSIDADE LÚRIO 
Faculdade de Ciências Agrárias 
Engenharia Florestal 
Disciplina: Caminhos Florestais 
Docente: Eng° Aiuba Suleimana, MSc 
 
 Aulas: - Estruturas de um caminho 
 - Taludes 
 - Estruturas especiais de um caminho: 
1. Superlargura nas curvas; 
2. Lugares de passagem; 
3. Lugares de viragem; 
4. Entrocamentos e; 
5. Cotovelos. 
 
Objetivos: 
1. Conhecer a estrutura de um talude e os tipos disponíveis. 
2. Compreender as diferentes estruturas especiais de um caminho 
florestal. 
 
Conteúdos: 
1. Taludes 
Talude são superfícies do terreno ingreme ou com forte declive 
(Dicionário porto editora). Existem dois tipos principais: talude de 
escavação (Te) e talude de aterro (Ta), que estão detalhada na Tabela 01. 
 
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Tabela 1. Tipo de material e a inclinação recomendada para criação de talude. 
Tipo de material Inclinação de talude de 
aterro 
Inclinação de talude de 
escavação 
Areia fina e frouxa 1:2 (26º) 1:1,7 (30º) 
Areia grossa e barrosa 1:1,7 (30º) 1:4 (36º) 
Saibro depositado de 
maneira fixa 
1:1,25 (39º) 1:1 (45º) 
Barro seco e argila seca 1:1.5 (34º) 1:1 (45º) 
Cascalho 1:1,25 (39º) 1:1 (45º) 
Rocha 1:0.5 (63º) – 
1:0,1 (85º) 
Obs.: 
1º distância vertical e; 
2º distância horizontal. 
 
As figuras 1, 2 e 3 fazem as demostrações dos taludes de 
escavação, de aterro e misto. 
 
Figura 1. Demostração de taludes de escavação 
 
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Talude de aterro normalmente e aconselhável em solos mais 
consistentes e rochosos, como é o caso de pedra natural assim como 
saibros naturais. Facilitando assim a deposição de solos e estabiliza-los. 
Como ilustra a Figura 2. 
 
Figura 2. Demostração de taludes de aterro 
 
Taludes misto, são normalmente construídos em terrenos 
ingrimes ou nas encostas das montanhas, vide a Figura 3. 
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Figura 3. Demostração de taludes misto 
 
2. Estruturas especiais do desenvolvimento de um caminho florestal 
As estruturas especiais do desenvolvimento de um caminho 
compreendem em: superlargura nas curvas, lugares de viragem, de 
passagem, entroncamentos e cotovelos. 
2.1. Superlarguras nas curvas 
Durante a passagem numa curva, as rodas traseiras de um camião 
tem o percurso menor que as de frente. Este facto faz com que haja uma 
necessidade de alargamento extra (superlargura). E curvas com o raio 
menor ou igual a 50m não é aconselhável a adoptação de uma inclinação 
longitudinal máxima de caminho de 8% para facilitar a passagem de 
camiões com longos/compridos e pesados em curvas com um raio maior 
que 50m não é necessário a construção de superlarguras. A largura é 
aumentada do lado interno da curva para aumentar a visibilidade e 
facilitar o rolamento de veículos. 
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A superlargura e o seu comprimento em função do raio podem ser 
obtidos na Tabela 2. Os valores são acrescidos às dimensões originais. 
Tabela 2. superlarguras nas curvas, inclinação e o comprimento da zona do alargamento 
 
A Figura 4 mostra a região para superlargura no inicio da curva. 
 
Figura 4. Ilustração da Superlargura 
Raio de curva (m) Superlargura (m) Cumprimento da zona 
de alargamento (m) 
Inclinação longitudinal 
máxima % 
12 3.40 22 4.0 
15 2.70 20 4.5 
20 2.00 16 5.0 
30 1.10 10 5.5 
40 0.50 8 6.0 
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2.2. Lugares de passagem 
São regiões projetados para paragem dum veiculo enquanto o 
outro passa em sentido contrario. Como a Figura 5 mostra. 
 
Figura 5. Demostração dos lugares de passagem 
Camiões leves deixam os camiões pesados para passar em 
primeiro, assim facilitar a comunicação da via, usando rádio para 
organização da logística. 
2.3. Lugares de viragem 
Em situações normais, durante a planificação deve-se evitar projetar 
caminhos sem saídas. A finalidade de lugares de viragem é mudar a 
direção de movimentos de viaturas. Existem dois tipos: 
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a) Tipo disco de viragem – para camiões especiais com carro de 
reboqueou camiões universais com atrelado. Como ilustra a 
Figura 6. 
Figura 6. Lugar tipo disco de viragem 
b) Tipo martelo de viragem – para camiões especiais em estado 
vazio ou camiões especiais sem atrelados. Como ilustra Figura 
7. 
Figura 7.Lugar tipo martelo de viragem 
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2.4. Entroncamentos 
É o lugar onde estradas se cruzam. Estes podem ser classificadas 
em: 
a) De ângulo agudo; 
b) De ângulo recto. 
Devido a visibilidade e a densidade do trafego ser maior nas vias 
publicas do que nos caminhos florestais, as zonas de entroncamento 
devem ter uma visibilidade suficiente é sempre bom construir de ângulo 
recto. 
Figura 8. ilustração de entroncamento 
 
2.5. Cotovelos 
São curvas estreitas que ocorrem nas montanhas em situações em 
que as inclinações pronunciadas ou a existência de obstáculos implicam 
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a construção de curvas com pequenos raios para ligar dois trajetos rectos. 
A inclinação longitudinal máxima no cotovelo e de 4%, inclinação 
transversal no cotovelo de 5%. A ilustração foi apresentada na Figura 9. 
Figura 9. Plano horizontal de cotovelo