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Bioquímica aula 4 (digestório) tarde

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Bioquímica: aula 4
Secreção Pancreática
É produzida pela porção exócrina do pâncreas, mas o pâncreas participa de secreções exócrinas e endócrinas. A secreção pancreática tem enzimas, zimogênios, fluidos e HCO3. Mas nem todas as enzimas são secretadas como zimogênios.
	O pâncreas localiza-se entre o intestino e o estômago (escondidinho atrás do estômago). O pâncreas tem um ducto central e vários ductos que convergem para o ducto central. O ducto pancreático desemboca na ampola de Vater. 
	O principal agonista para secreção de ácidos é a CCK e o principal agonista para secreção de HCO é a secretina. Quando bebemos água, a secretina é lançada para neutralizar essa água que ficou ácida ao encontrar com HCl ao passar pelo duodeno. Toda vez que ingerimos alimentos ou líquidos (diferente de H2O) ocorrerá liberação de CCK e secretina. 
	Durante o período de jejum as enzimas são produzidas e quando houver estímulo da CCK, as vesículas que contém enzimas se fundirão á membrana da célula e liberarão essas enzimas na luz da célula. 
	O CFTR é o canal que permite a saída de cloreto e HCO3 nos ácinos que produzem a saliva e a secreção pancreática. A troca de íons pelos canais e transportadores presentes nas membranas celulares depende da atuação de agonistas e antagonistas. O principal agonista de secreção pancreática é a secretina
	Na secreção pancreática o transporte do sódio ocorre por junções ocludentes (entre uma célula e outra). Também tem as aquaporinas nas membranas celulares pancreáticas.
	Através da secreção pancreática as células do pâncreas trocam cloreto por HCO3 para que o quimo seja neutralizado. Essa troca também ocorre quando a anidrase carbônica está em alta atividade (devido ao aumento da secreção) porque ela permite maior formação de HCO3 que sai em maior quantidade pelo canal CFTR, para ser utilizado na neutralização do quimo. 
	Quando as enzimas pancreáticas são liberadas é porque o quimo já está no duodeno estimulando a liberação dessas enzimas. Nas células epiteliais do intestino tem as enteroquinases que são responsáveis por clivar o tripsinogênio, transformando-o em tripsina, que é a forma ativa dessa enzima. A tripsina só é ativada na luz do duodeno. A tripsina faz autocatálise, ou seja, ela induz a formação de mais tripsina a partir de tripsinogênio. Além disso, a tripsina ativa a produção de outros zimogênios pancreáticos, o que é chamado de cascata de sinalização dos zimogênios. 
	A amilase e a lípase pancreáticas são liberadas em sua forma ativa porque as lípases atuam na degradação de triglicerídeos e as amilases atuam na degradação de amido, por exemplo, e estes compostos não estão presentes na membranas plasmáticas das células, por isso são liberadas em sua forma ativa já que não oferecem riscos para as células.
	 A alfa-amilase pancreática degrada oligossacarídeos que possuem ligações alfa-1-4. Essa alfa-amilase degrada amido, glicogênio e o produto dessa degradação é a maltose, alfa-dextrina limites, entre outras moléculas. A alfa-dextrina limites possui ligações alfa-1-6 que serão degradadas pela dextriquinase, que é uma enzima que está na borda em escova do duodeno. 
	A lipase pancreática é responsável pela quebra de lipídios independente de seu tamanho. Ela hidrolisa preferencialmente o ácido graxo localizado na posição 1 do triglicerídeo, depois hidroliza o ácido graxo localizado na posição 3. O da posição 2 não é hidrolizado por ela. A degradação feita pela lípase pancreática gera 2 ácidos graxos e 1 monoglicerídeo. 
	Na fase cefálica o agonista para secreção pancreática será a acetilcolina, que vai estimular a CCK, que vai estimular a liberação das enzimas. Na fase gástrica o agonista será a gastrina. Na fase intestinal a estimulação para liberação de enzimas ocorre pela CCK e a estimulação para liberação de fluidos ocorre pela secretina.
Quando injeta CCK e secretina, ao mesmo tempo, em um indivíduo a secreção de HCO3 aumenta bastante. 
	A catrepsina B quando entra em contato com o tripsinogênio forma tripsina, o que é chamado de ativação precoce. 
	O PSTI está presente nos grânulos zimogênicos e o PSTI impede a ativação precoce do tripsinogênio em tripsina. A tripsina entra em contato com PSTI e fica inativada. Quando a tripsina sai do ácino pancreático ou do grânulo zimogênico ela se desliga do PSTI e volta a ser ativa. O PSTI é um mecanismo de proteção da ativação precoce da tripsina. A tripsina pode se auto digerir quando a concentração de tripsina no ácino pancreático e no grânulo zimogênico estiver muito alta.

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