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APOSTILA NEUROANATOMIA

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Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marina Paiva (@resumemari) 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
2 
 
 
 
O sistema nervoso é um sistema complexo formado por 
diversas estruturas e órgãos especializados, cuja 
finalidade é coordenar, integrar, analisar as informações 
recebidas, armazená-las para que possamos torná-las 
conscientes ou não, realizando uma integração do 
indivíduo a uma variedade de reações, 
comportamentos, emoções etc. É o que manda no 
organismo, corrige ações e torna atividades 
automáticas. 
O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos 
celulares: os neurônios e as células da glia ou 
neuroglia. O Neurônio é unidade morfofuncional que 
possui a função básica de receber, processar e enviar 
informações. Já a neuroglia compreende células que 
ocupam os espaços entre os neurônios, com funções 
de sustentação, revestimento ou isolamento, modulação 
da atividade neuronal e defesa (realizam pequenos 
reparos). Após a diferenciação, os neurônios não se 
dividem e após o nascimento geralmente não são 
produzidos novos neurônios. A neuroglia conserva sua 
capacidade de mitose após a sua diferenciação. 
 
 
O neurônio é uma célula altamente excitável que se 
comunica usando basicamente a linguagem elétrica 
através do potencial de membrana. A membrana celular 
vai separar o meio intracelular (íons negativos e K+) do 
meio extracelular (íons positivos, Na+ e Cl -). 
A maioria dos neurônios possui 3 regiões: corpo 
celular, axônio e dendritos. 
 
OBS.: Gliomas = má formação das células da glia. 
• Neurônios sensitivos ou aferentes = adquire e 
processa informações provenientes do ambiente, 
formam uma rede sensitiva ou aferente. Conduz o 
impulso ao centro. 
• Neurônios motores ou eferente = torna possível ao 
organismo responder as informações sensitivas e gerar 
movimento, via eferente que vai do centro a periferia. 
Estão situados nos gânglios. 
• Neurônio motores-autônomos = eles vão trabalhar 
com coração, musculatura lisa e glândulas (fazem-nas 
secretar). 
Aferente – o que CHEGA 
Eferente – é o que SAI, se EXTERIORIZA. 
Gânglio é um aglomerado de corpos de neurônios. 
Temos 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de 
nervos espinhais (Todos são do tipo misto). 
- Nervos cranianos, pode ser de 3 tipos: 
 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
3 
 
Sensitivo = Capta informações. Exemplo: vestíbulo 
coclear sensitivo para audição. 
 
Motores = Responsáveis pela resposta funcional. 
Exemplo: hipoglosso para a língua. 
 
Mistos = trigêmeo sensitivo para pele mucosa da face 
e motor para os músculos mastigação. 
 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO DE ACORDO COM 
O CRITÉRIO EMBRIOLÓGICO 
 
Divide o sistema nervoso de acordo com a origem de 
cada um de seus órgãos constituintes tenha tido no 
espaço embriológico. As vesículas prosencefálicas 
(que se subdivide em prosencéfalo, mesencéfalo e 
rombencéfalo) tem origem no tubo neural (margeada 
por células ependimárias) permanece no adulto como 
canal central da medula é o resquício do tubo neural. 
 
Prosencéfalo: telencéfalo e diencéfalo 
Mesencéfalo: mesencéfalo 
Rombencéfalo: metencéfalo e mielencéfalo 
 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO DE ACORDO COM 
O CRITÉRIO FUNCIONAL 
 
- Somático ou de vida de relação: adapta o organismo 
as condições do meio 
- Visceral ou de vida vegetativa - (+ sistema 
endócrino) controla o organismo indiretamente. 
 
DIVISÃO DE ACORDO COM O CRITÉRIO 
METAMÉRICO 
 
De acordo com a localização da substância branca e 
cinzenta 
 
Segmentares: são as estruturas que apresentam a 
substância branca na periferia e cinzenta no seu 
centro. EX: MÉDULA ESPINHAL 
 
Supra-segmentares são as estruturas que apresentam 
a substância cinzenta na periferia e branca no seu 
centro. EX: TELENCÉFALO, CEREBELO. 
 
OBS: 
 
Substância cinzenta: tecido nervoso constituído de 
neuroglia, corpos de neurônios e fibras 
predominantemente amielínicas. 
 
Substância branca: tecido nervoso constituído de 
neuroglia e fibras predominantemente mielínicas. 
(macete: gordura pode ser amarelada ou branca – 
mielina:lipídios) 
 
Núcleo: massa de substância cinzenta dentro da 
substância branca, ou grupo delimitado de neurônios 
com aproximadamente a mesma estrutura e função. 
“Neurônios que trabalham juntos para realizar a 
mesma função e numa mesma área determinada”. EX: 
NÚCLEOS DA BASE 
 
Tracto: feixes de fibras nervosas com 
aproximadamente a mesma origem, mesma função e 
destino, podendo ser mielínicas ou amielínicas. Na 
denominação usam-se dois nomes: o primeiro 
indicando a origem e o segundo a terminação das 
fibras. 
 
Fascículo: tracto mais compacto 
 
Leminisco: feixe em fita. Levam impulsos nervosos ao 
tálamo. 
 
Córtex: substância cinzenta que se dispõe em uma 
camada fina na superfície do cérebro e cerebelo. 
 
Tálamo - centro retransmissor de estímulos 
sensitivos. 
 
Ventrículos - são cavidades que existem no SNC, onde 
o seu interior tem células que são responsáveis pela 
produção do LCR. 
 
 
 
 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
4 
 
 
 
 
CONCEITO 
 
Medula significa MIOLO e indica o que está dentro. No 
caso da Medula Espinhal, ela está dentro do canal 
vertebral (formado pela união dos forames vertebrais 
das vértebras). É um cilindro de substância nervosa 
não uniforme, situado no interior do canal vertebral 
sem, no entanto, ocupá-lo completamente. No homem 
adulto mede aproximadamente 45cm, sendo um pouco 
menor na mulher. É segmentar segundo o critério 
metamérico. 
 
LIMITES 
Superior: forame magno do osso occipital ou um 
centímetro abaixo da decussação das pirâmides 
 
Inferior: borda inferior da vértebra L1 (brancos) ou 
borda superior de L2 (negros). É importante saber essa 
diferença pois quando houver a necessidade de uma 
cirurgia em um paciente e ele precisar de uma 
anestesia RAQUIANA, essa será aplicada abaixo da 
vértebra L2, pois não terá risco de erro e perfuração, 
nesse sentido, do corpo da medula espinhal. 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
Ela acaba/termina numa intumescência denominada de 
cone medular. Vai ter a presença de 2 dilatações 
chamadas intumescências: uma que ocorre à nível 
cervical e outra que ocorre à nível lombar. Essas 
correspondem à origem dos nervos que irão inervar 
tanto os membros superiores, quanto os membros 
inferiores. Com isso, o plexo cervical e o braquial 
(conjunto de nervos que irão migrar para o membro 
superior e farão a sua inervação) possuem origem 
nessa primeira dilatação cervical que recebe o nome 
de intumescência cervical. Por ser origem de vários 
nervos (volumosos) na região cervical, ela (a medula 
espinhal) se dilata e aumenta de tamanho formando a 
intumescência cervical. Já na região lombar, a medula 
espinhal também aumenta de tamanho (dilata) 
formando a intumescência lombar, e dessa 
intumescência partem o plexo lombossacral para os 
membros inferiores e para a região glútea. Lembrar 
que a intumescência é proporcional ao tamanho dos 
membros inferiores e superiores (exemplo da baleia e 
do tiranossauro-rex). 
 
 
 
 
 
MENINGES 
 
A medula está circundada por um sistema de 
membranas intituladas meninges. São 3 que são 
concêntricas: 
 
 
Dura-máter: é a mais espessa e formada de fibras 
colágenas, sendo também chamada de paquimeninge. 
É a mais externa e envolve toda a medula como se 
fosse um dedo de luva, o saco dural. Cranialmente ela 
continua com a dura-máter craniana, caudalmente 
termina em um fundo de saco ao nível de S2. Está 
compreendida entre o cone medular e metade do canal 
sacral (hiato sacral). 
 
Aracnoide: a do meio - membrana conjuntiva que se 
encontra acoplada à face interna da dura-máter. As 
trabéculas aracnoideas unem esse folheto à pia-mater. 
É uma leptomeninge.Pia-máter: a mais interna – aderida intimamente à face 
externa do neuro-eixo, dando origem aos ligamentos 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
5 
 
denticulados e filamentos terminal; O filamento 
terminal perfura o fundo-do-saco dural e continua até 
o hiato sacral. Os ligamentos denticulados são pregas 
longitudinais formadas pela pia-máter em cada lado da 
medula. Esses ligamentos são elementos de fixação da 
medula. É uma leptomeninge. 
Obs.: o cone medular acaba à nível da borda inferior 
de L1 ou superior de L2; 
ESPAÇOS ENTRE AS MENINGES 
 
Epidural – que é entre o periósteo do canal vertebral e 
a dura-máter – contém o coxim adiposo (camada de 
gordura) e o plexo venoso (conjunto de veias); 
 
Subdural – que é entre a duramáter e a aracnoide – 
haverá uma mínima quantidade de LCR suficiente 
apenas para evitar aderências entre as paredes; 
 
Subaracnoideo – que se encontra abaixo da aracnoide 
– encontramos o LCR (Líquido Cefalorraquidiano) em 
grande quantidade; é nesse espaço em que realizamos 
a punção do LCR seja para fins terapêuticos ou 
diagnósticos. A punção deve ser realizada entre S2 e 
L2, onde não existe risco de atingir a medula e o LCR 
é mais abundante. 
 
Subpial - Abaixo da pia-máter, que é praticamente 
virtual, assim como o subdural. 
 
ANESTESIAS 
Para uma anestesia PERIDURAL ou EPIDURAL – a fim 
de se ter um efeito anestésico mais rápido - em uma 
situação de gravidez, por exemplo, o anestesista coloca 
a grávida em uma posição de caracol e na região dorsal 
procura o 2° processo espinhoso quadrangular e, 
abaixo de L2, ele coloca o cateter e encontra o 
ligamento longitudinal superior (resistência) e depois 
encontra o espaço epidural, inserindo, assim, o 
anestésico no plexo venoso. Lembrar que veias 
drenam, logo o anestésico age mais rapidamente. 
Geralmente, são anestésicos lipossolúveis que 
interagem melhor com o coxim adiposo do espaço 
epidural. 
Já para uma RAQUI anestesia, a agulha do 
cateter chega até o espaço subaracnoideo e começa a 
gotejar (LCR) e injeta-se o anestésico que se difunde 
no espaço subaracnóideo com a ajuda do LCR, fazendo 
um bloqueio dos nervos espinhais que se encontram 
nessa região. Esses nervos inervam o plexo 
lombossacral. 
OBS: O LCR é um líquido transparente e citrino. Em 
casos de meningite, esse líquido muda de cor. Em 
casos de infecção bacteriana, precisa ser administrado 
no paciente um medicamento que atravesse a barreira 
hematoencefálica. 
OBS: A peridural é considerada uma Raqui mais 
“fraca” e é aplicada em local diferente dessa. Em casos 
de retirada do LCR de pacientes, pode haver dores de 
cabeça e enxaqueca devido à quebra da pressão 
existente entre os espaços das meninges e da medula 
espinhal. 
OBS: Não confundir medula espinhal com medula 
óssea. Medula óssea é uma estrutura do interior dos 
ossos e é responsável pela produção dos elementos 
figurados do sangue. 
OBS: Cirurgias simples e rápidas: anestesia peridural; 
Cirurgias complexas e demoradas: raquianestesia. 
Cirurgias que se estendem por 8h/10h de duração, se 
faz anestesia inalatória/geral. 
MEIOS DE FIXAÇÃO 
 
Superior: bulbo (tronco encefálico). 
 
Látero-laterais: nervo espinhal e ligamento denticulado 
(surge da piámater) 
 
Inferiormente: por meio do filamento terminal que passa 
pela aracnoide, levando suas fibras, passa pela dura-
máter, levando suas fibras, e continua dentro do canal 
sacral, chegando até o cóccix, formando o ligamento 
coccígeo, fixando, assim, a medula inferiormente. 
 
MEIOS DE PROTEÇÃO 
 
1. Osso (vértebra) 
2. Meninges 
3. LCR 
4. Coxim adiposo (contra fatores térmicos e 
elétricos) 
 
É importante lembrar, também, que os meios de fixação 
configuram uma forma de proteção, pois são formados 
por meninges. 
 
NERVOS ESPINHAIS 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
6 
 
Na vida fetal, os nervos espinhais eram ‘’horizontais’’, 
pois a medula espinhal e a coluna vertebral eram do 
mesmo tamanho. Porém, o osso cresce no sentido 
craniocaudal mais rápido que a medula espinhal. Isso 
explica por que o conjunto de nervos entre o cone 
medular e o saco-dural, juntamente com o filamento 
terminal, é chamado de cauda equina. Em resumo, a 
cauda equina é formada por nervos espinhais, mais o 
filamento terminal e meninges, dentro do saco-dural. 
Lembrando que a medula espinhal se divide em 
cervical, torácica e lombar. Ela termina na vértebra L1. 
Temos, também, 7 vértebras cervicais e 8 nervos 
espinhais. 
 
 
COMPONENTES 
1. Canal central da medula (no centro da substância 
cinzenta) – formado por células ependimárias, que 
possui uma certa função de produção do LCR. 
Quando vamos estudar a medula, podemos dividir tanto 
a substância cinzenta, quanto a substância branca. A 
medula apresenta fissuras (depressão profunda) e 
sulcos (depressão rasa). Teremos 1 fissura e 7 sulcos. 
 
2. Fissura mediana anterior: está voltada para frente, 
logo é anterior, e está no meio, logo é mediana 
3. Sulco mediano posterior 
4. Sulco Lateral anterior (direito e esquerdo) 
5. Sulco Lateral posterior (direito e esquerdo) 
6. Sulco mediano posterior; 
 
Do sulco lateral anterior, de cada lado da medula, 
emerge a raiz nervosa motora ou filetes nervosos 
motores. Já do sulco lateral posterior emerge a raiz 
nervosa sensitiva. As duas se juntam e formam o 
nervo espinhal que é misto: sensitivo e motor. Na 
raiz nervosa sensitiva existe um gânglio dorsal 
chamado de gânglio espinhal sensitivo. 
 
As fibras da substância branca da medula agrupam-se 
em tractos e fascículos que formam verdadeiros 
cainhos, ou vias, por onde passam os impulsos 
nervosos que sobem e descem. Temos, assim, vias 
ascendentes e descendentes da medula, que podem se 
misturar formando vias de associação da medula. 
Vias descendentes – formadas por fibras que se 
originaram no córtex cerebral ou no tronco e terminam 
fazendo sinapse com neurônios medulares, 
principalmente os motores somáticos, constituindo as 
vias motoras descendentes somáticas. Essas vias se 
dividem em 2 grupos: piramidais e extrapiramidais. As 
primeiras recebem esse nome porque antes de 
penetrar na medula passam pelas membranas 
bulbares, enquanto as segundas não passam. 
- Vias piramidais: compreendem os tractos cortiço-
espinal anterior e lateral. Ambos se originam no córtex 
e conduzem impulsos nervosos aos neurônios da 
coluna anterior. No trajeto até o bulbo, as fibras dos 
dois tractos constituem um só feixe, o tracto cortico-
espinal, mas a nível da decussão das pirâmides, uma 
parte das fibras desse tracto cruza e vai constituir o 
tracto cortico-espinal lateral da medula (chamado 
piramidal cruzado). As fibras que não cruzam, 
continuam em sua posição anterior, formando o tracto 
cortico-espinal anterior (chamado piramidal direto). 
Entretanto, as fibras do tracto cortico-espinal anterior, 
pouco antes de terminar, cruzam o plano mediano e 
terminam em neurônios motores situados do lado 
oposto. Portanto, em ultima análise, os dois tractos são 
cruzados, o que significa que o córtex de um 
hemisfério cerebral comanda os neurônios motores 
situados na medula do lado OPOSTO, visando a 
realização de movimentos VOLUNTÁRIOS. Sendo 
assim, a motricidade voluntária é cruzada! 
- Vias Extrapiramidais: os tractos extrapiramidais da 
medula são: tecto-espinal, vestíbulo-espinal, rubro-
espinal e retículo-espinal. O primeiro nome 
corresponde a onde eles se originaram: tecto 
mesencefálico (colículo superior), núcleos vestibulares 
(área vestibular do IV ventrículo), núcleo rubro 
(mesencéfalo) e formação reticular (estrutura que 
ocupa grande estrutura do tronco). Todos terminam na 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
7 
 
medula em neurônios internunciais, através dos quais 
se ligam aos neurônios motores da coluna anterior e 
assim exercem sua função motora. O rubro se liga a 
neurônios motores situados lateralmente à coluna 
anteriorcontrolando músculos responsáveis pela 
motricidade da parte distal dos membros (extrínsecos 
e intrínsecos da mão e do pé).O vestíbulo, retículo e 
tecto espinais ligam-se a neurônios motores situados 
na parte medial da coluna anterior controlando a 
musculatura axial, ou seja, do tronco, assim como a 
musculatura proximal dos membros. O vestíbulo e o 
retículo espinais também são importantes na 
manutenção do equilíbrio e postura básica. Já o tecto 
-espinal é mais limitado a certos reflexos em que a 
movimentação decorre de estímulos visuais. 
Vias ascendentes: as fibras ascendentes se 
comunicam direta ou indiretamente com as fibras que 
penetram pela raiz dorsal, trazendo impulsos aferentes 
de várias partes do corpo. 
Ao dividirmos a substância branca, teremos: 
 
1. Funículo anterior – entre a fissura mediana 
anterior e os sulcos laterais anteriores. Nele 
localiza-se o trato espino-talamico anterior, que 
levam impulsos de pressão e tato leve. Esse tato é 
pouco discriminativo e permite apenas de maneira 
grosseira a localização da fonte de estímulo tátil. A 
sensibilidade tátil tem 2 vias na medula, uma direta 
no funículo posterior e uma cruzada no funículo 
anterior, por isso, dificilmente se perde toda a 
sensibilidade tátil nas lesões medulares, exceto, 
nas que há transecção do órgão. 
2. Funículo lateral – entre o sulco lateral anterior e o 
sulco lateral posterior. Contem o tracto espino-
talamico lateral conduzindo impulsos de dor e 
temperatura. Além disso, nele há o tracto espino-
cerebelar posterior que leva impulsos de 
propriocepção inconsciente. Por fim, nele há 
também o trato espino-cerebelar anterior – as 
fibras desse tracto penetram no cerebelo 
principalmente pelo pedúnculo cerebelar superior, 
levando informações sobre os impulsos motores 
que chegam na medula e qual sua intensidade. 
Essa informação é utilizada pelo cerebelo para o 
controle da motricidade somática. 
3. Funículo Posterior – entre o sulco lateral posterior 
e sulco mediano posterior 
4. Sulco intermédio posterior esquerdo e direito (*) 
5. Fascículo grácil (*) – conduz impulsos 
provenientes dos membros inferiores e metade 
inferior do tronco. 
6. Fascículo cuneiforme (*) – conduz impulsos 
originados nos membros superiores e na metade 
superior do tronco. 
(*) apenas quando a medula chega a nível cervical. Ela 
recebe fibras sensitivas oriundas dos membros 
superiores e o funículo terá que ser dividido, pois 
surgem novos sulcos à nível cervical: sulco intermédio 
posterior esquerdo e o sulco intermédio posterior 
direito. Com isso, quem era funículo posterior será 
separado em 2 fascículos: o fascículo grácil e o 
fascículo cuneiforme. Do ponto de vista funcional, não 
existe diferença entre os fascículos. Sendo assim, o 
funículo posterior da medula é funcionalmente 
homogêneo, conduzindo impulsos nervosos 
relacionados com: 
- Propriocepção consciente ou sentido de posição e 
movimento – cinestesia. Uma lesão no funículo 
posterior torna o indivíduo incapaz de localizar, sem 
ver, a posição de seu braço ou perna. Será incapaz de 
dizer se o neuro fletiu ou estendeu o seu hálux. 
- Tato discriminativo (ou epicrítico) – descrever as 
características táteis de um objeto. 
- Sensibilidade vibratória – testa-se com o diapasão em 
uma saliência óssea - a perda dessa sensibilidade pode 
significar lesão no funículo posterior. 
A substância cinzenta da medula possui uma forma de 
borboleta ou H. Se divide em 3 partes: 
1. Coluna/corno anterior; 
2. Coluna/corno lateral; 
3. Coluna/corno posterior; 
4. Substância cinzenta intermedia central; 
Contudo, como na região cervical surgem os fascículos 
grácil e cuneiforme, o tamanho da coluna lateral é 
reduzido na região cervical. 
Na substância cinzenta temos núcleos que comandam 
e levam informações para áreas específicas. 
Núcleos e lâminas da substância cinzenta da medula: 
 Coluna anterior – se dividem em núcleos do grupo 
medial e núcleos do grupo lateral. O grupo medial está 
responsável pela inervação da musculatura do 
esqueleto axial e o lateral pela inervação da 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
8 
 
musculatura do esqueleto apendicular (MMSS, MMII). 
Os núcleos laterais aparecem apenas nas 
intumescências (plexo braquial e lombo-sacral), 
enquanto os mediais existem em toda extensão da 
medula. 
Coluna Posterior – são mais evidentes os núcleos 
torácico (= núcleo dorsal – evidente apenas na região 
torácica e lombar até L1-L2, e está relacionado com 
propriocepção inconsciente com comunicação com o 
cerebelo) e a substancia gelatinosa (recebe fibras 
sensitivas que entram pela raiz dorsal e funcionam 
como o PORTÃO DA DOR – mecanismo que regula a 
entrada do sistema nervoso dos impulsos dolorosos). 
AS LÂMINAS DE REXED: 
 
Lâmina I – Zona de Waldeyer; 
Lâmina II – Substância gelatinosa de Rolando; 
Lâmina III – Substância gelatinosa de Rolando 2; 
Lâmina IV e V – Núcleo próprio da coluna posterior; 
Lâmina VI – Núcleo da base da coluna dorsal; 
Lâmina VII – Núcleo dorsal de Clark; 
Lâmina VIII – Porção medial; 
Lâmina IX – Área motora; 
Lâmina X – Substância cinzenta periependimária. 
 
CAMINHO DA DOR: Aferente traz o estímulo de dor 
das periferias, passa pelo gânglio e vai para a 
medula. Da medula ascende como trato espino-
talâmico e vai para o tálamo (centro das informações 
sensitivas). Do tálamo, o estímulo vai para as 
radiações talâmicas, braço posterior da cápsula 
interna, corona radiata, áreas somestésicas I, II e III 
Parietal que está localizada no córtex parietal, no giro 
pós-central. O estímulo é interpretado (dor) e a 
informação passa para a região central onde estão 
as áreas VI, VIII, IX, X, XI e XII que mandam a 
informação para ‘’baixo’’ e controlam a musculatura 
do lado contrário. E para você fazer o movimento se 
tem algo lhe furando, você precisa de precisão e que 
a resposta da musculatura seja ativa. Assim, a 
informação – fibra piramidal - passa pela pirâmide 
bulbar, pela decussação das pirâmides, vai para o 
outro lado e chega no músculo e ‘’diz’’: contração. 
 
Dois tipos de lesões no SN: traumática e 
patológicas. 
 
PRINCIPAIS CAUSAS DE TRM: acidentes de carro, 
mergulho em águas rasas, PAF (projéteis de arma de 
fogo), PAB (projetivo de arma de branca). 
 
Lesão entre C1-C3: Nenhuma função é mantida do 
pescoço para baixo; Necessidade de ventilação para 
manutenção da respiração e uso de cadeira de 
rodas motorizada com dispositivo controlado pelo 
ombro, cabeça ou respiração. Se não for atendido 
rapidamente ele vai a óbito, pela parada do 
diafragma. 
 
Lesão entre C4-C5: mantém a função do diafragma, 
que permite respiração 
 
Lesão entre C6-C7: Alguns músculos do braço e 
tórax que permitem movimentação, pessoa 
alimentar-se com alguns tipos de adaptação, vestir-
se parcialmente; é necessário cadeira de rodas 
manual. 
 
Lesão entre T1-T3: Função do braço intacta, e 
alguns movimentos do antebraço. 
 
Lesão entre T4-T9: Controle do tronco acima da 
cicatriz umbilical. Movimenta os braços, 
antebraços, mãos. 
 
Lesão entre T10-L1: A maioria dos músculos da coxa, 
o que permite caminhar com longas talas nas pernas 
(região posterior da coxa até a região glútea). 
 
Lesão entre L1-L2: A maioria dos músculos da perna, 
o que permite caminhar com talas curtas nas pernas 
(até o joelho). 
 
Obs: SNC não se regera, exceto o bulbo olfatório, SNP 
tem neurogênese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CARACTERÍSTICAS 
Subdividido em três regiões; a mais podálica intitulada de 
bulbo, a mais cranial – o mesencéfalo -, e a estrutura 
situada entre os dois citados é a ponte. É um órgãosegmentar. 
Limites: 
- Inferior: corresponde ao limite superior da medula 
espinhal - é o plano horizontal que passa a nível do forame 
magno do osso occipital ou, mais ou menos, 1cm abaixo 
da decussação piramidal. 
- Superior: fitas óticas que a essa estrutura é intitulado 
quiasma óptico. 
BULBO OU MEDULA OBLONGA 
Função: controle das atividades cardiorrespiratórias; 
Limites: 2 faces (anterior e posterior) e 2 limites 
- Inferior: o plano horizontal que passa a nível do forame 
magno do osso occipital ou, mais ou menos, 1 cm abaixo 
da decussação piramidal. 
- Superior: sulco bulbo pontino ou pontino inferior 
 
COMPONENTES 
 
1. Fissura mediana anterior (continuidade da medula). 
2. Decussação das pirâmides (interrompe a fissura 
mediana anterior após 1 cm de baixo para cima. É o 
local de cruzamento das fibras motoras 
descendentes) 
 
 
 
 
 
 
3. Forame cego (fim da fissura mediana anterior. 
Superiormente. Está a nível do sulco bulbo pontino) 
4. Sulco Lateral anterior; 
5. Funículo anterior (só vai existir até a decussação das 
pirâmides). 
6. Pirâmide bulbar (acima de decussação até o sulco 
bulbo pontino). É o local por onde passam as fibras 
descendentes motoras córtico-espinhais do trato 
cortio espinhal que não é fino e delicado, ou seja, 
são movimentos mais grosseiros. Essas fibras que 
passam pela pirâmide, quando chegam na 
decussação cruzam de lado, e 90% vão para o lado 
oposto (contra-lateral) e 10% permanece do mesmo 
lado (ipsilateral). Então, movimentos bruscos do 
lado esquerdo é comandado pelo hemisfério do SNC 
direito (90% das funções). 
7. Olivas bulbares - (Lateralmente à pirâmide. São dois 
núcleos de substância cinzenta que tem um formato 
ovóide). É responsável por corrigir e tornar possível 
ter aprendizado motor. Quando preciso usar o tato 
epicrítico pra escrever tem que ter uma certa 
habilidade e usa a oliva, de forma extra-piramidal, 
porque agora não passa na pirâmide. A oliva tem 
contato com o cerebelo através da via olivo-cerebelar; 
quando a informação chega no cerebelo, ela é 
corrigida e aprimorada voltando para a oliva logo em 
seguida. Quando a informação foi oliva-cerebelar, 
quando volta cerebelo-olivar. 
A oliva delimita dois sulcos 
8. Pré-olivar (antes dela) 
9. Retro-olivar (depois dela) 
O tronco encefálico é a sede da origem aparente de 10 
dos 12 pares de nervos cranianos (exceto o olfatório e o 
óptico), e essa origem aparente é o local onde ele sai do 
SN e vai seguir para se exteriorizar no crânio. Tudo que 
ocorrer da origem aparente para dentro é CENTRAL, da 
origem aparente para fora é periférico. 
 
10. Origem aparente do hipoglosso (XII par) - no sulco 
pré-olivar. Tem como função primordial a inervação 
motora da língua. Se exterioriza do crânio através do 
canal do hipoglosso ou conduto condiliano anterior. 
Inerva a língua nos 2/3 anteriores na motricidade e 
toda a sua extensão. 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
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No bulbo, o sulco lateral posterior sofre achatamento, 
então ele está em um local que você consegue vê-lo 
tanto da região anterior como da posterior. Nesse 
sulco temos a origem aparente de três nervos: 
 
11. Origem aparente do Acessório (XI par) – no sulco 
lateral posterior. Inerva vísceras do tórax, vísceras 
do pescoço e, também, está relacionada a inervação 
da musculatura (trapézio e o esternocleidomastoideo 
- é motor para esses dois músculos). Se exterioriza 
pelo forame jugular. Assessora o nervo vago e 
possui fibras aferentes (sensitivas); possui fibras 
eferentes viscerais especial que dar motricidade aos 
músculos da faringe. Então o nervo laringeo 
recorrente é um ramo do nervo acessório que 
promove a motricidade dos músculos que vão fazer 
você falar. 
12. Origem aparente do vago (X par) - no sulco lateral 
posterior. Vai se exteriorizar do crânio pelo forame 
jugular e vai alcançar o abdômen porque o vago 
inerva região cervical, tórax e abdômen - vísceras 
abdominais. Em território, o vago é o maior dos 
nervos cranianos. Suas fibras podem ser aferentes 
viscerais gerais, eferentes viscerais gerais e 
eferentes viscerais gerais 
13. Origem aparente do glossofaríngeo (IX par) - no 
sulco lateral posterior. É um nervo misto que tem 
inervação de 1/3 posterior da língua e é 
secretomotor para a glândula parótida. Ou seja, 
possui fibras de sensibilidade geral, como 1/3 
posterior da língua e orofaringe, e fibras eferentes 
viscerais (secreto-motoras para glândulas 
parótidas). 
 
OBS: Com exceção do nervo óptico, todas as lesões são 
ipsilaterais. 
Parte posterior do bulbo é bem semelhante à medula 
espinhal 
14. Sulco mediano posterior; 
15. Sulco intermédio posterior; 
16. Sulco lateral posterior; 
17. Fascículo grácil e cuneiforme: Transportam fibras 
sensitivas ascendentes, mas agora aqui começa a 
chegar mais fibras oriundas da cabeça. O fascículo 
grácil ascende em tubérculo do núcleo grácil; E o 
cuneiforme em tubérculo do núcleo cuneiforme. 
(Trato espino-talâmico: Se eu agredir essa região, terá 
problema na sensibilidade dos membros superiores e 
inferiores; mas se for nos tubérculos, já compromete a 
cabeça também) 
18. Óbex (final do sulco mediano posterior. Ponto mais 
inferior da fossa romboide) 
 
O bulbo é percorrido por muitos tratos motores e 
sensitivos. Se for anterior, é motor (córtico-espinhal); se 
for posterior, é sensitivo (espino-talâmico); 
PONTE 
CARACTERÍSTICAS 
É uma eminência quadrilátera que está situada 
cranialmente ao bulbo e inferiormente ao mesencéfalo. 
Limites: 
Inferior: sulco bulbo pontino ou pontino inferior 
Superior: é o sulco pontino superior. 
COMPONENTES 
1. Sulco para a artéria basilar - que aloja a artéria basilar 
(junção das duas artérias vertebrais), um vaso muito 
propenso a realizar aneurisma que é comprometedor 
para a ponte e os nervos que estão nela, visto que na 
frente tem o osso (clivo), este está entre o occipital e 
o esfenoide. Se houver um aneurisma, ele vai topar no 
osso e vai crescer para o lado. Comprometendo as 
estruturas que estão na lateral. 
2. Eminências pontinas; 
3. Braço da ponte ou pedúnculo cerebelar médio; 
4. Origem aparente do trigêmeo (V par) - Separa as 
eminências pontinas do braço da ponte. 
5. Sulco bulbo pontino; 
6. Origem aparente do nervo vestíbulo coclear (VIII par) 
– no sulco bulbo pontino mais lateralmente. É um 
nervo sensitivo para a audição. 
7. Origem aparente do nervo facial (VII par) – no sulco 
bulbo pontino. É um nervo misto (metade motora e 
metade sensitiva). A parte motora dele inerva 
músculos da expressão facial. A parte sensitiva é a 
sensibilidade geral que vai ser no pavilhão auricular e 
a sensibilidade gustatória, ou seja, 2/3 anteriores da 
língua, o nervo facial vai inervar ela no sentido da 
gustação. 
8. Origem aparente do nervo abducente – no sulco bulbo 
pontino. Inerva o músculo reto lateral do olho, que 
promove abdução do mesmo. 
Então um aneurisma da artéria basilar, vai topar no clivo e 
vai crescer. Se ela crescer unilateralmente, pode apresentar 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
12 
 
problema na abdução unilateral do globo ocular. O nervo 
abducente ele vem do tronco, sai do crânio pela fenda 
esfenoidal. Se um paciente chega em você e diz que não 
consegue sentir gosto em metade da língua e não mexe 
nada do lado esquerdo da face, você sabe que cresceu o 
aneurisma e atingiu os nervos porque o trigêmeo foi 
atingido. 
Dentro do SN é cheio de cavidades. Tem uma cavidade na 
medula: o canal central da medula; tem uma no tronco: o 
quarto ventrículo ou fossa rombóide (formado por um teto 
que é o véu cerebelar superior e véu cerebelar inferior e 
um assoalho que tem elementos anatômicos) 
IV Ventrículo 
“Canal central da medula se abre e forma o quarto 
ventrículo, aí o quarto emite o aqueduto cerebral e chega 
no terceiro ventrículo; o terceiro se comunica com os 
ventrículos laterais que estãoa nível do telencéfalo” 
 
- Componentes do teto: Véus cerebelares ou medulares 
superior e inferior (onde é produzido o LCR) 
- Componentes do assoalho: 
1. Estrias medulares do IV ventrículo; 
2. Sulco mediano do IV ventrículo; 
3. Sulcos limitantes (lateralmente ao sulco mediano) 
4. Origem aparente do colículo facial – impressão 
dorsal nuclear do nervo facial. 
5. Eminências medianas (acima dos colículos faciais) - 
correspondem a passagem das fibras sensitivas em 
direção ao tálamo. 
Lateralmente a essa região, eu tenho delimitada três 
estruturas: 
6. Locus cerúleos (acima - está ligado ao sono) 
7. Fóvea superior (média) 
8. Área vestibular (abaixo) que é a projeção dorsal do 
nervo vestíbulo-coclear tem uma cavidade no 
diencéfalo, o terceiro ventrículo; tem duas cavidades 
no telencéfalo, que são ventrículos laterais. 
9. Pedúnculo cerebelar superior; 
10. Pedúnculo cerebelar médio; 
11. Pedúnculo cerebelar inferior; 
12. Plexo coróide, envolto pela tela coróide, produz LCR 
se localiza na face interna no véu cerebelar inferior. 
13. Forames lushka e magendie (comunicam o IV 
ventrículo com o canal central da medula e com o 
espaço subaracnóideo - Agora eles distribuem LCR 
por todas as partes do SNC) 
Obs: O LCR é produzido em todos os ventrículos. Os 
ventrículos laterais produzem e seu excesso corre para o 
III ventrículo através do forame interventricular. O III 
ventrículo produz LCR e envia para o IV ventrículo através 
do aqueduto cerebral. O LCR em excesso pode provocar a 
hidrocefalia. 
14. Fóvea inferior (lateralmente) 
15. Trígono do hipoglosso (inferiormente) 
16. Trígono do vago (mais inferiormente) 
17. Funículo separans (separa o trígono do vago da área 
postrema) 
18. Área postrema (que é responsável pelo vômito) 
 
ATENÇÃO: Quando o bulbo e medula querem fazer algum 
tipo de conexão com o cerebelo usam o pedúnculo 
cerebelar inferior. Quando a ponte quer se comunicar com 
o cerebelo, usa uma o pedúnculo cerebelar médio. Quando 
o mesencéfalo quer se comunicar com o cerebelo usa o 
pedúnculo cerebelar superior. Ou seja, os pedúnculos são 
maneiras pelas quais ponte, bulbo, mesencéfalo e medula 
se comunicam com o cerebelo. 
Quando eu junto o teto + assoalho + pedúnculo = fossa 
rombóide do quarto ventrículo.éfalo 
MESENCÉFALO 
CARACTERÍSTICAS 
Está localizado logo acima da ponte 
-Limites: 
Inferiormente: sulco pontino superior; 
Superiormente: pelas fitas ópticas e pelo quiasma óptico. 
A nível do aqueduto cerebral. 
COMPONENTES 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
13 
 
1. Pedúnculo cerebral - dois conjuntos de fibras 
descendentes motoras projetadas pela região 
ventral. 
2. Fossa interpeduncular (entre os dois pedúnculos 
cerebrais) 
3. Substância perfurada posterior (Ponto mais 
profundo da fossa interpeduncular. Função: Para 
que os vasos que vêm da região posterior, 
possam seguir até o córtex) 
4. Sulco medial do pedúnculo cerebral ; 
5. Sulco lateral do mesencéfalo. 
6. Origem aparente do oculomotor (III par) – emerge 
do sulco medial do pedúnculo cerebral. Inerva 
retos superior, medial, inferior do olho, 
levantador da pálpebra. 
CASO CLÍNICO: Se um indivíduo tem estrabismo, qual 
a origem aparente do nervo que causou este dano? 
Qual o nervo que foi afetado e causa hiperfunção do 
musculo reto medial do olho? Sulco medial do 
pedúnculo cerebral, é o nervo oculomotor. 
Dorsalmente no mesencéfalo tem: 
7. Colículos superiores (responsável pela visão) 
8. Colículos inferiores (responsável pela audição) 
9. Sulco cruciforme (em forma de cruz). 
10. Corpo geniculado medial (audição) 
11. Corpo geniculado lateral (visão); 
12. Braço do colículo inferior (liga-se ao corpo 
geniculado medial) 
13. Braço do colículo superior (liga-se ao corpo 
geniculado lateral). 
14. Tubérculo quadrigêmeo; 
15. Freio do véu medular; 
16. Origem aparente do troclear (IV par) - nos lados 
do freio. É o único que tem origem de trás pra 
frente. Ele se insere por trás do tronco e para 
frente se insere na fenda esfenoidal. 
Se o colículo inferior é audição, braço e corpo medial 
são audição, o pulvinar do tálamo medial (que vai se 
conectar com essas estruturas citadas anteriormente) 
vai ser AUDIÇÃO. 
CAMINHO DO SOM: O som vem, bate no ouvido é 
captado pela parede do tímpano e é levado para o 
ouvido interno; no ouvido interno ele vai se ligar ao 
nervo vestibulo-coclear (esse vem da lateral da ponte), 
ele caminha de fora para dentro porque é sensitiva e 
caminha dentro da porção petrosa do osso temporal e 
chega na base do crânio pelo meato acústico interno 
até a origem aparente do nervo vestíbulo-coclear. 
Segue para a área vestibular, depois manda fibras até 
o colículo superior, daqui passa para o braço do 
colículo que chega ao corpo genicular medial que 
passa para o pulvinar do tálamo medialmente. O 
tálamo é um centro retransmissor das informações 
sensitivas; o pulvinar do tálamo é a parte mais 
posterior do tálamo. Do tálamo passa para baço 
posterior da capsula interna, depois para a corona 
radiada e segue para o som ser interpretado que é lá 
no córtex cerebral numa área chamada ÁREA 41 E 42 
DE BRODMANN que é da audição e fica no giro 
temporal transverso anterior onde conseguirá 
interpretar e obterá resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
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CARACTERÍSTICAS 
O telencéfalo tem crescimento diferenciado do diencéfalo, 
sendo este crescimento maior e anteroposterior e isso faz 
com que ele recubra todo o diencéfalo. O diencéfalo, 
portanto, é uma importante estrutura que está praticamente 
envolvida pelos hemisférios cerebrais do telencéfalo. As 
partes que não estão envolvidas são o quiasma ótico, fitas 
ópticas, a presença dos corpos mamilares, do tuber 
cinéreo, a glândula hipófise, o infundíbulo. Se estende 
desde o tronco encefálico até o cérebro e circunda o 
terceiro ventrículo. Ele forma as paredes laterais do terceiro 
ventrículo. 
- Localização: 
Paredes laterais do III ventrículo equivalem ao diencéfalo, 
ou seja, eu tenho diencéfalo do lado direito e do lado 
esquerdo. 
Obs: Cavidade bilateral que está mais alta, são os 
ventrículos laterais, eles vão convergir através dos forames 
interventriculares para o III ventrículo (cavidade ímpar e 
mediana). O que que está nas paredes do 3° ventrículo? O 
diencéfalo. 
- Divisão: 
 Tálamo 
 Hipotálamo 
 Subtálamo 
 Epitálamo 
 
- Limites: 
Superior: fórnice, septo pelúcido e corpo caloso (maior 
conjunto de fibras intercomensurais - passam de um lado 
para o outro no cérebro, ligam áreas simétricas dos dois 
hemisférios cerebrais). 
Inferior: mesencéfalo, a nível das fibras ópticas e quiasma 
óptico. 
 
OBS: a decussação das pirâmides pode ser um exemplo de 
fibras intercomensurais, pois cruzam o plano sagital 
mediano, porém ela não liga áreas simétricas do telencéfalo 
nem do diencéfalo. 
 
 
 
COMPONENTES: 
1. Forame interventricular - comunica o ventrículo 
lateral com o 3º ventrículo. Está na porção mais 
anterior do fórnice. 
2. Sulco hipotalâmico o liga o forame 
interventricular ao aqueduto cerebral, separa o 
tálamo de hipotálamo. 
3. Subtálamo - exatamente embaixo do sulco 
hipotalâmico fica o subtálamo. 
4. Tálamo - massa ovóide que cresce médio 
lateralmente. É um aglomerado de núcleos e 
conexões muito diferente e que se indicam 
funções também diferentes, e cada núcleo tem 
funções diferentes 
5. Tubérculo anterior do tálamo (comportamento – 
se relaciona com o corpo amigdaloide) 
6. Pulvinar do tálamo (medial audição – se 
relaciona com as áreas 41 e 42, lateral visão – se 
relaciona com as áreas 17,18,19) 
CASO CLÍNICO: Caso uma pessoa leve uma pancada 
no pulvinar do tálamo, a audição e a visão 
provavelmente serão atingidas, podendo até ser 
perdidas. O braço do colículo inferior até o corpo 
geniculado medial e até o pulvinar do tálamo 
medialmentevai ser audição, e o caminho do braço 
do colículo superior, até o corpo geniculado lateral e 
até o pulvinar do tálamo lateralmente vai ser visão. 
Então, paciente vítima de PAF, em região do 
telencéfalo, causando TCE no paciente, onde o 
projetil de arma de fogo está alojado no pulvinar do 
tálamo, a primeira coisa que você tem que fazer é 
avaliar se ele está escutando e enxergando bem dos 
dois lados. 
 
7. Ramo posterior da cápsula interna (Transmissão 
das informações sensitivas - função de tato 
pressão térmico dolorosa) 
8. Aderência intertalamica - um conjunto de fibras 
intercomensurais (fibras que ligam um tálamo ao 
o ouro tálamo). Serve para a comunicação entre 
tálamos. Fica no meio do III ventrículo 
9. Estria medular do tálamo (faz a junção das partes 
superior e média do tálamo) 
10. Plexo e tela coróide do terceiro ventrículo – entre 
a estria medular e o fórnice. Produz o LCR. 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
15 
 
CASO CLÍNICO: Se um paciente desenvolver um 
tumor no tálamo, comprimindo a estria medular, qual 
será a consequência? Irá aumentar a produção de 
LCR, causando hidrocefalia a nível do 3º ventrículo. 
Uma tomografia desse paciente, e onde era para ser 
só uma fenda o 3º ventrículo vai estar redondo 
11. Hipotálamo - atua como o centro nervoso 
autônomo acelerando ou retardando certas 
funções do corpo e secreta vários hormônios 
porque a gente tem aqui a hipófise. 
12. Comissura anterior - conjunto de fibras 
intercomissurais. Leva dois tipos de fibras, 
olfatórias e não olfatórias. Olfatórias relacionadas 
ao nervo olfatório (se comunicam com as áreas 
38, 39 e 40 de brodman) e as não olfatórias vai 
ser um grupo de fibras que vem do hemisfério 
cerebral a nível do lobo temporal, ou seja, o lobo 
temporal se comunica um com o outro através 
da comissura anterior. 
CASO CLÍNICO: Os outros lobos vão se comunicar 
através do corpo caloso, que tem um grande número 
de fibras intercomissurais. Quando a pessoa está com 
problema de epilepsia e a medicação não está 
resolvendo, o neurocirurgião vem e secciona o corpo 
caloso pra controlar melhor essa questão da epilepsia 
porque ele vai individualizar os hemisférios cerebrais, 
ele só não consegue individualizar o lobo temporal, 
porque ele está a nível da comissura anterior. O lobo 
temporal, por exemplo, trabalha com memória 
recente transformado em memória permanente. Se 
você levar um PAF, você não vai ter transmissão das 
informações da memória, isso pode levar você a viver 
num mundo onde não há novas memórias, só 
existem as antigas. Depende da lesão, mas quando 
pega o hipocampo que é a memória recente e nós 
vamos ver as estruturas que ela produz e secreta. 
13. Lâmina terminal – ponto mais anterior do 
hipotálamo 
14. Recesso supraóptico (é a invaginação que vai dar 
origem ao nervo ótico) 
15. Quiasma óptico (cruzamento das fibras ópticas 
gerando o nervo óptico) 
16. Hipófise – sela túrcica no esfenoide (na fossa 
hipofisária, dorsalmente ao tubérculo da sela, 
anteriormente ao dorso da sela e medialmente à 
artéria carótida interna). Ela está dividida em 
adenohipófise e neurohipófise. 
17. Infundíbulo (prende a hipófise ao hipotálamo, 
mais precisamente o túber cinério ao 
hipotálamo) 
18. Recesso infundibular; 
19. Túber cinéreo (produção de hormônios para a 
hipófise) 
20. Corpo mamilar (olfatório) – se comunica com as 
áreas 38, 39 e 40 de Brodman e com a 
comissura anterior visto que essa também tem 
função olfatória. 
21. Epitálamo (funções da pineal) 
22. Glândula pineal (secreta melatonina pra um sono 
tranquilo – lembrando da estrutura pontina que 
tem essa mesma função: locus cerúleos) 
23. Comissura posterior (conjunto de fibras 
intercomissurais) 
REVISANDO: os conjuntos de fibras intercomissurais até 
agora? Aderência intertalâmica, comissura anterior, 
comissura posterior e corpo caloso. 
OBS: O terceiro ventrículo é uma estreita fenda/cavidade 
ímpar e mediana que faz comunicação com o quarto 
ventrículo através do aqueduto cerebral (a nível de 
mesencéfalo) e com os ventrículos laterais através dos 
forames interventriculares. Os ventrículos laterais parecem 
um C, possuindo corno anterior, corno posterior, corno 
inferior. 
IMPORTANTE: 
Tálamo é na realidade um aglomerado de núcleos e 
conexões muito diferente e que se indicam funções 
também diferentes, e cada núcleo tem funções diferentes. 
DIVISÃO DO TÁLAMO: 
1) Núcleo Anterior: possui grupos situados no 
tubérculo anterior do tálamo e está relacionado ao 
comportamento emocional. 
2) Núcleo posterior: visão e audição no pulvinar do 
tálamo. 
3) Núcleo ventral anterior: que vai trabalhar com a 
motricidade somática. 
4) Núcleo ventral lateral e intermédio: ambos 
trabalham na via cerebelo-tálamo-cortical. Então 
o cerebelo para se comunicar com o córtex 
cerebral precisa do tálamo. 
5) VPL: A nível do braço posterior da capsula 
interna, na mesma região. Se o braço posterior da 
capsula interna trabalha com a transmissão de 
informações sensitivas que levam tato pressão 
térmico dolorosas, o VPL faz as vias sensitivas do 
tato epicrítico. Quem tem deficiência visual usa o 
tato epicrítico para leitura. 
6) Núcleo mediano: conexões com o hipotálamo em 
relação com funções viscerais. 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
16 
 
7) Núcleo medial: trabalha com funções do córtex 
cerebral, ativa funções do córtex cerebral. 
8) O VPM (ventro-postero-medial): vai trabalhar 
com a fibra trigeminal e está relacionado à área 
gustativa. Se eu der um PAF aqui, qual o nervo 
que vai ser atingido? Facial a nível do corda do 
tímpano, porque gustação é dois terços anteriores 
da língua, nervo corda do tímpano que é ramo do 
facial. Em caso de lesão as fibras da gustação não 
vão passar, não vai haver processamento das 
informações e não vai sentir gosto. 
Funções do tálamo já que ele é o centro retransmissor 
de informações sensitivas, faz parte do sistema 
límbico, trabalha com emoções e comportamentos 
sociais. O tálamo recebe primeiro as informações de 
tato, dor, temperatura e pressão no VPL. Então antes 
de chegar no córtex, que é onde vai ser interpretado, 
vai passar pelo tálamo. Centro retransmissor de 
estímulos sensitivos da visão e da audição. 
Manutenção dos estados de atenção, vigília e sono. O 
tálamo mantém você vigil, sonolento e com atenção. 
O tálamo é responsável pela aquisição do 
conhecimento e cognição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CEREBELO 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
Do Latim Cerebellum diminuitivo de Cerebrum, ou seja, 
pequeno cérebro: o cerebelo. Tanto que o telencéfalo tem 
o córtex cerebral e o cerebelo terá o córtex cerebelar. 
Segundo o critério metamérico é supra segmentar 
(apresenta substância cinzenta periférica e substância 
branca central). É a parte do sistema nervoso que deriva da 
divisão posterior do metencéfalo 
- A forma do cerebelo é de uma elipse regular. 
- Seu peso é de aproximadamente 140g e suas dimensões 
são em torno de 5.5 e 6.5 antero-posterior, e transversal é 
de 8 a 10cm, e verticalmente, em torno de 5cm. 
 
LOCALIZAÇÃO 
 
Está na fossa posterior do crânio, mais precisamente no 
occipital: face interna da escama que é côncava possui 
quatro fossas: as duas triangulares acima são as fossas 
cerebrais que recebem os lobos occipitais do telencéfalo, 
e as duas abaixo que são quadrangulares que recebem o 
cerebelo, chamadas de fossas cerebelares. Tanto que 
temos a fossa do vérmis que recebe o vérmis (é 
praticamente toda a região central do cerebelo e é o que 
une os dois hemisférios cerebelares) do cerebelo. 
Portanto, hemisférios cerebelares e vérmis estão 
localizados na fossa posterior do crânio. 
Acima dele: TelencéfaloAnteriormente: Tronco encefálico a nível de ponte e 
bulbo (e ajuda a forma o IV ventrículo ou fossa romboide, 
uma vez que o véu cerebelar superior e inferior compõe o 
teto do IV ventrículo. e é uma região suscetível a lesões, 
como tumores nessa região, que podem afetar tanto 
elementos do IV ventrículo, como podem afetar o cerebelo) 
 
OBS: O cerebelo participa da formação do teto do IV 
ventrículo onde a dobra da dura-máter denominada tenda 
do cerebelo vai separar ele do lobo occipital do cérebro, 
ou seja, em cima do cerebelo vai ter essa tenda que é uma 
prega da dura-máter que separa o cerebelo do lobo 
occipital. 
 
 
 
 
 
 
DIVISÕES: 
A. ANATOMICA 
 
- Hemisfério direito e esquerdo (dois hemisférios 
cerebelares) 
 
- Vérmis (no centro – fossa do vérmis) 
 
B. ONTOGENÉTICA 
 
- Lobo anterior – Faz conexões com a medula espinhal 
e é responsável pelo tônus e postura (através do 
pedúnculo cerebelar inferior). Isso me diz que se a 
pessoa tiver um PAF no lobo anterior da divisão 
ontogenética, ele vai ter paralisia flácida; não terá 
tônus e postura para ficar ereto, ou até mesmo 
sentado. 
 
- Lobo posterior - Faz conexões com o córtex cerebral 
e é responsável pela sequência complexas de 
movimento (através do pedúnculo médio ou superior). 
Uma lesão nessa região, quem joga vôlei, por 
exemplo, não conseguirá fazer aquelas jogadas, pois 
a sequência complexa de movimentos estará 
comprometida. 
 
- Lobo flóculo-nodular – Faz conexões com a região 
vestibular e é responsável pelo equilíbrio. A região 
vestibular está atrás do tronco também. 
 
C. FILOGENÉTICA 
 
- Arqueocerebelo: É aquele que só dá noção de 
lateralidade. Ele está relacionado com uma parte do 
flóculo-nodular, mas este já é uma divisão 
ontogenética. 
 
- Paleocerebelo: É aquele que dá uma noção de 
profundidade. Lobo anterior segundo a divisão 
ontogenética. 
 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
18 
 
- Neocerebelo (humano): É aquele que trabalha com 
movimentos complexos; mov. finos e delicados; tato 
refinado. Lobo posterior segundo a divisão 
ontogenética 
 
- Lesões do arqueocerebelo: geralmente por tumores no 
teto do quarto ventrículo. Principais consequências: 
disfunção de postura e estabilidade, ou seja, lesão do 
lóbulo anterior e lesão do lóbulo fóculo- nodular, afetando 
o equilíbrio). 
- Lesões de paleocerebelo: geralmente por alcoolismo 
crônico. Sintomas: alargamento da marcha e tremores no 
final e no início do movimento (ataxia, afetando 
principalmente as extremidades e também está relacionado 
a um desvio na marcha para o lado eu aconteceu a lesão), 
podem causar disdiadococinesia (dificuldade de realizar 
movimentos rápidos alternadamente), fracionamento do 
movimento, dismetria (dificuldade de apontar. Não é 
Parkinson, pois nesse caso já envolve subtálamo, que há 
dificuldade de controlar a musculatura, pois há um núcleo 
no subtálamo que faz conexões com o estriato através das 
fibras nigroestriatais, em que o neurotransmissor é a 
dopamina). 
- Lesão no neocerebelo: tem problemas de rechaço, 
descoordenação entre os músculos agonistas e 
antagonistas (manobra do rebote), nistagmo 
(descoordenação dos músculos do globo ocular no sentido 
horizontal e vertical, causando dicopia no paciente, pois 
não coordena o movimento do olho direito com o olho 
esquerdo, formando a imagem no lugar errado, tendo visão 
dupla), disartria (descoordenação nos músculos da laringe. 
Caracteriza uma fala lenta e indistinta. Compromete o nervo 
craniano acessório). 
 
NOÇÕES BÁSICAS 
 Na visão de um corte sagital mediano, eu tenho a 
árvore da vida (parte cinzenta + parte branca) 
 O que estiver entre dois sulcos, é uma folha (no 
telencéfalo o que está entre dois sulcos é um 
giro); os sulcos que são mais profundos (prima, 
pós-clival, horizontal) são FISSURAS. SULCO É 
RASO E SEPARA FOLHA, O QUE SEPARA LOBOS 
SÃO FISSURAS 
 Cerebelo tem margem ou bordas 
 Pedúnculos cerebrais fazendo o meio de fixação 
do cerebelo (na face anterior) 
 As fissuras vão delimitar lóbulos; eu tenho lobo 
anterior, posterior e flóculo-nodular. Entre esses 
temos a fissura prima (primária), póstero- lateral 
que separa o lóbulo anterior do posterior 
(segundo a divisão ontogenética) e fissura 
horizontal (segundo a divisão anatômica, divide o 
cerebelo em uma parte superior e inferior). 
 
COMPONENTES: 
 
“São nove lóbulos, e entre os lóbulos acha-se as fissuras, 
que são oito, pois os véus cerebelares não contam. Cada 
lóbulo tem duas delimitações”. 
 
1) Tenda do cerebelo (Acima dela temos o seio reto) 
2) Véus cerebelares superior e inferior - formam o 
IV ventrículo; acima da tenda do cerebelo 
3) Folhas do cerebelo; 
4) Fissuras do cerebelo; 
5) Corpo medular; 
6) Lâmina branca (nela vamos encontrar núcleos do 
cerebelo) 
7) Córtex cerebelar; 
8) Língula - delimitada pelo véu cerebelar superior e 
pela fissura pré-central. É componente do lóbulo 
anterior (divisão ontogenética), e havendo uma 
lesão nesse lugar vai ocorrer alguma paralisia 
flácida ou alguma disfunção de tônus e postura. 
9) Sulco pré-central; 
10) Lóbulo central - delimitado pela fissura pré-
central e pela fissura pré-culminar faz parte do 
lóbulo anterior (divisão ontogenética), função de 
tônus e postura 
11) Sulco pré – culminar; 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
19 
 
12) Culmén – ponto mais alto. Delimitado pelas 
fissuras pré-culminar e prima. Faz parte do lóbulo 
anterior (divisão ontogenética), função de tônus e 
postura. 
13) Fissura Prima – separa os lóbulos anterior e 
posterior. 
14) Declive – Delimitado pelas fissuras prima e pós 
clival. Faz parte do lóbulo posterior face superior 
(segundo a divisão ontogenética). Função de 
motricidade e movimentos complexos; 
15) Sulco Pós-clival, 
16) Folium - delimitado pela fissura pós-clival e pela 
fissura horizontal. Faz parte do lóbulo posterior 
face superior (segundo a divisão ontogenética). 
Função de motricidade e movimentos complexos; 
17) Fissura horizontal - divide o lóbulo posterior em 
faces superior e inferior; 
18) Tuber - delimitado pela fissura horizontal e pela 
fissura pré-piramidal. Faz parte do lóbulo 
posterior face inferior (segundo a divisão 
ontogenética). Função de motricidade e 
movimentos complexos; 
19) Sulco pré-piramidal; 
20) Pirâmide - delimitado pela fissura pré-piramidal e 
pela fissura pós-piramidal. Faz parte do lóbulo 
posterior face inferior (segundo a divisão 
ontogenética). Função de motricidade e 
movimentos complexos; 
21) Sulco pós- piramidal; 
22) Úvula - delimitado pela fissura póstero-lateral e 
pela fissura pós-piramidal. Faz parte do lóbulo 
posterior face inferior (segundo a divisão 
ontogenética). Função de motricidade e 
movimentos complexos; 
23) Fissura póstero-lateral (separa o lóbulo posterior 
do floculo nodular) 
24) Nódulo - delimitado pela fissura póstero-lateral e 
pelo véu cerebelar inferior. Faz parte do lóbulo 
flóculo – nodular. Função de equilíbrio. 
CASO CLÍNICO: havendo um tumor no teto do quarto 
ventrículo, na face inferior, as primeiras repercussões 
serão problemas relacionados a LCR, que pode ser 
hidrocefalia e muita dor de cabeça, e em seguida perca 
de equilíbrio, por ter atingido o nódulo. 
25) Fissura retro-tonsilar; 
26) Tonsila - relacionada ao lóbulo posterior - 
movimento de sequências complexas; 
27) Árvore da vida do cerebelo (todas as estruturas) 
 
Sabemos a posição anatômica, numa visão anterior, 
quando colocamos o Flóculo e nódulo voltado para frente 
e tonsila para baixo, tem que existir um ponto mais alto no 
meio que será o cúlmen; 
 
ATENÇÃO: a peça mais usada na prova, por ser mais nítida, 
é a que contém uns vasos, a artéria, peça que costuma ficar 
no torso. Podemos combinar que o culmén conta dois 
lóbulos. 
 
NÚCLEOS DO CEREBELO 
1. Fastigial (primeiros e mais centrais); 
2. Globoso (duas bolinhas ao lado do fastigial); 
3. Denteado(próximo a parede – parece uma fita de 
DNA); 
4. Emboliforme (encontra-se no final do denteado); 
5. Interpolado (emboliforme + globoso. Pode ser 
visto no corte coronal. 
 
 
CASO CLÍNICO: Algumas disfunções cerebelares, não vão 
desencadear distúrbios de consciência nem de 
sensibilidade, vão afetar a parte motora. No entanto as 
lesões do cerebelo não são cruzadas, se houver uma lesão 
no cerebelo do lado direito, vai afetar de fato o lado direito 
(ipselateral ou homolateral). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
20 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
Deriva da vesícula prós-encefálica, sendo a porção mais 
desenvolvida do sistema nervoso central. Compreende 
dois hemisférios cerebrais: o direito e o esquerdo. É um 
órgão supra-segmentar de acordo com o critério 
metamérico, ou seja, é cinzento na periferia, branco no 
centro com núcleos da base ou substancias subcorticais. 
A superfície do cérebro apresenta depressões que são 
sulcos e circunvoluções que são giros com o intuito de 
aumentar a superfície de uma estrutura nervosa, ou seja, a 
existência de sulcos permite um considerável aumento na 
área cerebral (enovelamento). Entre dois sulcos = um giro. 
Divisão 
Em três faces 
1. Supero-lateral 
2. Medial 
3. Inferior 
Em três polos 
1. Frontal 
2. Occipital 
3. Temporal 
 
COMPONENTES: 
1. Fissura longitudinal do cérebro (tem como ponto 
mais profundo o corpo caloso). 
 
2. Corpo caloso – o mais importante dos vários 
conjuntos de fibras Intercomissurais que vão ligar 
os hemisférios, vai unir suas partes simétricas que 
precisam de correspondência para se comunicar 
(polichinelo - sincronismo depende da 
intercomunicação entre os hemisférios cerebrais). 
 
 
 
 
(Outros exemplos: comissura anterior, comissura 
posterior, aderência Intertalâmica). É dividido em quatro 
partes: rostro, joelho, corpo e esplênio. O Corpo caloso 
permite a transferência de conhecimento, informação de 
um hemisfério para outro para que ambos funcionem em 
harmonia.OBS: Para você saber quem é a trás e quem é a 
frente, o que parece um joelho é a frente e o que é uma 
dilatação é atrás. 
 
ATENÇÃO: Os lóbulos temporais se ligam através da 
comissura anterior. A comissura anterior tem uma porção 
olfatória e uma não olfatória. A não olfatória manda 
informações do lóbulo temporal e a olfatória está 
relacionada ao olfatório, estando relacionada ao corpo 
mamilar. 
CASO CLÍNICO: em caso de epilepsia descontrolada que 
já não responde mais a medicação e tem o foco unilateral, 
o corpo caloso pode ser seccionado para o tratamento 
cessando a transmissão de informações interemisfericas. 
3. Córtex cerebral - camada fina externa 
4. Sulco lateral ou sulco de silvius - separa o lóbulo 
frontal do lóbulo temporal. Tem três porções: 
anterior, ascendente e posterior. Nos lábios dele 
terei a área 52 de brodmann que terá função 
límbica. 
5. Lóbulo da insula – Está 
internamente/profundamente ao sulco lateral. 
6. Córtex da insula; 
7. Límen da insula ; 
8. Sulco circular ou circunferencial da ínsula; 
9. Sulco central da ínsula; 
10. Giros curtos (anteriormente) 
11. Giros longos (posteriormente) 
12. Sulco Central ou sulco de rolando - separa os 
lóbulos frontal e parietal. As estruturas a frente 
dele são motoras e atrás dele são sensitivas. 
13. Lóbulo frontal – paralelamente ao sulco central. 
14. Sulco pré-central – está no lóbulo frontal 
15. Giro pré-central – delimitado pelo sulco central e 
sulco pré-central. Aqui temos a área 4 de 
brodmann que tem a função de movimentos 
simples contralaterais. 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
21 
 
16. Sulco frontal superior – perpendicular ao central e 
pré central 
17. Giro frontal superior – áreas 6,8,9,10,11,12 de 
brodmann que tem função de movimentos 
complexos ou refinados. Se comunicam com as 
olivas bulbares, com o lóbulo posterior do 
cerebelo. Movimentos que necessitam de 
delicadeza são homolaterais. 
Obs: a 12 estará mais medialmente. 
18. Sulco frontal inferior - perpendicular ao central e 
pré central 
19. Giro frontal médio – entre os sulcos frontais 
superior e inferior. Áreas 47 e uma projeção da 10 
de brodmann. A projeção da dez terá a função do 
giro frontal superior. Já a 47 é PCC (pensamento, 
cognição e comportamento), faz conexões com o 
tálamo que é responsável também pela área 
cognitiva. 
20. Giro frontal inferior – graças a presença do ramo 
anterior e do ascendente do sulco lateral, é 
dividido em três partes. Orbital, triangular e 
opercular. Áreas 44,45 e 46 de brodman, também 
chamada de área de broca, que é responsável pela 
palavra falada, é responsável pela programação da 
atividade motora relacionada com a expressão da 
linguagem. Lesão na área de broca = afasia de 
broca. 
ATENÇÃO: o nervo que se relaciona com a área de 
broca é o acessório que é responsável pelo controle 
dos músculos da laringe. Tem origem aparente no 
sulco lateral posterior. 
21. Lóbulo temporal – uma lesão no lóbulo temporal 
vai ocasionar problemas de memória permanente 
22. Sulco temporal superior; 
23. Giro temporal superior – logo no seu início temos 
a área 38 de brodman que tem função de olfato e 
emoção. Ela se comunica com outras duas áreas 
com a mesma função 39 e 40 que estão nos giros 
supra-marginal e angular. Ela também vai se 
comunicar com o corpo mamilar, com a comissura 
anterior e com nervo olfatório. 
24. Sulco temporal transverso anterior; 
25. Sulco temporal transverso posterior; 
26. Giro temporal transverso anterior - nele temos as 
áreas 41 e 42 de brodman que tem a função de 
audição. Ela também vai se comunicar com o 
colículo inferior, corpo geniculado medial e 
pulvinar do tálamo medial. 
CAMINHO DO SOM: O som penetra pela parede do 
tímpano, chega no nervo vestibulococlear, caminha dentro 
da porção petrosa do osso temporal e vai até o meato 
acústico interno e de lá caminha até o sulco bulbopontíneo 
– lateralmente ao nervo facial. Aí ele penetra ali, passa por 
dentro do tronco e vai pra área vestibular que está a nível 
da fossa rombóide. Dela, ele ascende através da fóvea 
superior e chega até o colículo inferior. De lá, ele passa 
pelo braço do colículo inferior, passa pelo geniculado 
medial, vai para o pulvinar do tálamo medialmente, 
passando passa pelo braço posterior da cápsula interna, 
pela corona radiata e vai seguira até o giro temporal 
transverso anterior onde será interpretado. 
27. Giro temporal transverso médio; 
28. Giro temporal transverso posterior – encontro a 
área 22, que é a área de Wernick, que tem a função 
de compreensão da fala. Uma lesão nessa área 
leva a afasia de Wernick. A compreensão da 
palavra depende da audição, então, existe um 
fascículo que liga 41 com 42 a 22 e depois liga 22 
à 44, 45 e 46. É por isso que se você tiver uma 
deficiência auditivo ou for surdo, você não 
desenvolve a compreensão da palavra e não fala. 
A criança que não desenvolve a audição, não 
desenvolve a palavra falada. Ela faz sons, mas não 
desenvolve a palavra falada. 
29. Giro temporal médio - área 21 de brodman, que 
está relacionada a silhueta (forma visual) e 
memória. Não consegue identificar as cores, mas 
as silhuetas sim. Por isso que algumas pessoas 
com deficiência visual têm lesão apenas na 17,18 
e 19 e não na 21, conseguindo ver silhuetas. 
Lembrando também da função da memória. A 
memória temporária está no hipocampo – e vai ser 
armazenada até 72h. A memória permanente vem 
pra regiões corticais da área 21 e 20 de Brodmann. 
30. Sulco temporal inferior; 
31. Giro temporal inferior – terá a área 20 de 
Brodmann, também responsável pela memória e 
forma visual. Terá também a área 37 de Brodmann, 
com função de percepção visual, palavra e leitura. 
Tem relação com a área 22 que está ligada com as 
áreas 44, 45 e 46. 
32. Incisura pré-occipital - o que estiver depois dela 
será lóbulo occipital 
33. Lóbulo parietal; 
34. Sulcopós-central – paralelo ao central 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
22 
 
35. Giro pós central – áreas 1,2,3 somestésicas com 
função de tato, pressão, térmico dolorosas (centro 
da sensibilidade). Comunicam-se com o braço 
posterior da cápsula interna. Também faz 
conexões com o VPL que é o núcleo do tálamo. 
36. Sulco intraparietal ou interparietal – termina a nível 
do lunatus(ele repetiu isso mil vezes. Lunatus já é 
occipital) 
37. Lobo parietal superior – área 7 com a função de 
percepção/ tato (perSETEção) 
38. Lobo parietal inferior – terá dois giros o supra-
marginal e o angular, que terão as áreas 40 e 39 
que tem a função de olfato e emoções. (Tem 
também uma parte do 22). Vai ter conexões com 
o cerebelo que uso o tato epicrítico. 
 
 
39. Lóbulo occipital: áreas 17, 18 e 19 que estão 
relacionadas com a visão. Cor, profundidade e 
movimento (mar). Tem muitos giros e sulcos 
inconstantes. A área 19 está mais firmemente 
encontrada no lobo occipital, mas ela começa no 
final do giro parietal superior. Relação com o 
coliculo superior, corpo geniculado lateral e 
pulvinar do tálamo lateral. 
40. Sulco occipito-parietal ; 
41. Sulco occipital lateral – sai do lunatus 
42. Occipital transverso – chega no lunatus. 
43. Lunatus ; 
44. Sulco calcarino – sulco principal da visão. Nos 
seus lábios: área 19 de brodmann. 
 
45. Sulco do corpo caloso – margeia o corpo caloso 
46. Sulco do cíngulo – paralelo ao corpo caloso 
47. Giro do cíngulo – área septal/25, 24, 23, 30 e 
31que estão relacionadas com o sistema límbico. 
48. Istmo do cíngulo – estreitamento do giro do 
cíngulo. Área 30 de brodmann. 
49. Giro fasciolar – abaixo do ístimo. 
50. Sulco subpariental (descendente) 
51. Sulco marginal (ascendente) 
52. Sulco paracentral; 
53. Lóbulo paracentral – área 5 que é dividida pelo 
sulco paracentral em motora (anterior) e sensitiva 
(posterior) dos membros inferiores 
54. Projeção medial do sulco central; 
55. Pré-cuneos - delimitado pelo ramo marginal do 
sulco do cíngulo, pelo sulco parieto-occipital e 
transversalmente pelo sulco calcaríneo. 
56. Cúneos; 
57. Giro occipito temporal medial; 
58. Fórnix/fórnice - Começa nos corpos mamilares, 
dará origem ao hipocampo. Tem função de olfato 
e memória. Possui Coluna anterior, corpo e coluna 
posterior. E o que liga as duas colunas ao corpo é 
a comissura do fórnice. 
59. Hipocampo - tem relação com o corpo amidaloide 
(corpo amidaloide está no final do núcleo caudado 
que está no polo temporal – que está próximo ao 
hipocampo que tá próximo ao corno inferior do 
ventrículo lateral). O hipocampo está 
profundamente no temporal, ou seja, abaixo do 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
23 
 
córtex da ínsula. ATENÇÃO: Numa lesão que afete 
o polo temporal, afeta o corpo amidaloide, aí a 
pessoa perde o medo e a raiva. 
60. Septo pelúcido - membrana que separa os 
ventrículos laterais na sua porção de corno anterior 
e uma pequena porção do corpo. 
 
 
Inferiormente ao lóbulo Frontal 
 
61. Nervo olfatório: bulbo (dilatação do trato. Se apoia 
na lâmina crivosa do etmoide e emite suas 
radiações que vão pra cavidade nasal), trato e 
estrias olfatórias (medial, lateral e intermédia se 
juntam e formam o trato. Estão apoiadas no julgo 
esfenoidal) 
62. Sulco olfatório; 
63. Giro reto; 
64. Giros e sulcos orbitais (impressões digitiformes) 
65. Substância perfurada anterior (começa onde surgir 
o nervo olfatório) 
Inferiormente ao lóbulo temporal 
66. Sulco occipito-temporal; 
67. Sulco colateral (posterior); 
68. Sulco rinal (anterior) que acaba próximo a 
substância perfurada anterior 
69. Projeção inferior do calcaríno; 
70. Sulco hipocampal (margeia o hipocampo) 
71. Giro temporal inferior; 
72. Giro occipito temporal lateral; 
73. Giro occipito temporal medial; 
74. Giro parahipocampal – área 28 de brodmann 
comunica-se com o cótex olfatório primário. 
75. Uncus – relaciona-se com o corpo mamilar – 
função olfatória. Á frente do uncus está a 
substância perfurada anterior e a área 34 de 
brodmann que também está associada ao córtex 
olfatório primário. 
76. Ístimo do cíngulo; 
 
OBS: Do lado do corpo caloso eu tenho duas cavidades 
bilaterais a nível do telencéfalo, os ventrículos laterais. O 
ventrículo lateral acompanha uma parte do corpo caloso, 
se projeta para trás e depois para frente, tendo um corno 
anterior, um corpo, um corno posterior (que é occipital) e 
um corno inferior (que é temporal). Então se for cortando 
transversalmente, mais encima vai aparecer só o corpo, 
descendo um pouco aparece o corno anterior e o corno 
posterior. No meio dos ventrículos laterais eu tenho o septo 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
24 
 
pelúcido. Descendo eu tenho uma cavidade ímpar e 
mediana, o terceiro ventrículo. O ventrículo lateral se 
comunica com o terceiro ventrículo através do forame 
interventricular. Temos também o fórnice e lateralmente a 
ele temos massas ovoides, que é o tálamo. 
OBS: 2 estruturas anatômicas, uma a nível de córtex 
cerebral e outra a nível de diencéfalo que trabalham com 
núcleos da base na conexão de cognição: Giro frontal 
médio –área 47 de Brodmann. E o tálamo – responsável 
por cognição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
25 
 
 
 
 
 
Ou substâncias subcorticais. Localizam-se profundamente 
no prosencefalo, atrás da extensão rostral dos ventrículos 
laterais. São Núcleos neuronais de substância cinzenta que 
possuem a função primordial de controle motor e 
emocional, ou seja, o sistema límbico está diretamente 
relacionado aos núcleos da base. 
LOCALIZAÇÃO 
Na profundidade do cérebro latero-superiormente ao corpo 
caloso e das estruturas límbicas. Depende também do 
núcleo, alguns núcleos estão abaixo, como o núcleo de 
meynert que está localizado nas proximidades do corpo 
caloso e do ventrículo lateral. 
QUEM SÃO? 
1. Claustrum - tem função desconhecida, mas com a 
proximidade com o córtex da ínsula pode ter função 
límbica. 
2. Corpo amigdaloide ou núcleo basal - está no final 
do núcleo caudado a nível do polo temporal e possui 
função de raiva, medo, ansiedade, resposta sexual. 
Se relaciona por proximidade principalmente com o 
hipocampo. Emoções primárias relacionadas com as 
necessidades imediatas, como alimentação 
(fome/saciedade), obtenção de água (sede), sexo 
(libido), fugir do predador ou outra ameaça (medo), 
ira e agressão, que também são fatores relacionados 
a presença dessas informações destinados ao corpo 
amigdaloide, nós também temos comportamentos 
emocionais ligados a cognição, afeto, motivação, 
alterações somáticas e viscerais. Conexão com as 
áreas de brodman: Dependendo do tipo de emoção 
ele vai seguir a uma área especifica, por exemplo, 
cognição e percepção consciente de sensações que 
lhe transmitam prazer e a forma de aprendizagem, 
então vai sair um fascículo do núcleo da base, que é 
do corpo amigdaloide até a área 47. Não vai ser 
apenas interpretada no córtex cerebral ele também 
vai passar núcleo, para fazer a leitura final. 
3. Núcleo caudado - Temos cabeça, corpo e cauda. 
Acompanha a morfologia do ventrículo lateral a não 
ser pelo corno inferior. Atrofia na cabeça: coreia de 
Huntington 
4. Putamen; 
 
 
 
5. Globo pálido. 
6. Meynert - trabalha com memórias e funções 
psíquicas superiores, tem conexões com o sistema 
límbico, neurônios colinérgicos, tem a ver com a 
doença de Alzheimer. Ele tem uma memória antiga, 
mas ele não tem córtex para armazena memoria 
permanente, o problema de Alzheimer é devido a 
diminuição no volume cortical. 
7. Accumbens ou corpo estriado ventral (condutas que 
proporcionem o prazer)8. Substância nigra – Presente no mesencéfalo. A 
substância negra apresenta neurônios que tem uma 
peculiaridade de apresentar melanina, seu principal 
neurotransmissor é a dopamina e ela faz dois tipos 
de fibras nigro-estriatais e estriato-nigrais passando 
pelo subtálamo e sendo responsáveis por ações 
relacionadas aos movimentos. Então a diminuição da 
dopamina que é produzida pelos neurônios, vai fazer 
com que você tenha movimentos involuntários 
relacionados ao subtálamo = DOENÇA DE 
PARKINSON. 
 
9. Subtálamo 
10. Tálamo (Sistema límbico) 
 
- O globo pálido mais o putamen que equivale ao núcleo 
lentiforme. Núcleo lentiforme mais Núcleo caudado forma 
o corpo estriado ou neoestriado. O corpo neoestriado junto 
com o acumbens forma o estriatum. O corpo estriado 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
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trabalha com o controle do movimento voluntário já 
iniciado, ou seja, ele trabalha junto com o cerebelo (lobo 
posterior). O cerebelo faz o meio e o fim, e o movimento já 
iniciado é feito pelo CORPO ESTRIADO. Corpo estriado 
trabalha com planejamento motor e trabalha com o lobo 
posterior do cerebelo. Se fosse com o telencéfalo, seria o 
lobo frontal. 
- Gânglios basais ou nervos inferiores também são 
importantes para expressão e regulação da emoção e 
cognição. Então além de trabalhar com a parte motora e 
coordenação ele trabalha também com emoção e cognição. 
Então, a cognição depende muitas vezes do estado 
emocional do indivíduo. Se ele estiver com problemas que 
estejam afetando essa parte emocional, pode dificultar ele 
de ter o seu aprendizado por exemplo. 
- Funções gerais dos núcleos da base: controle motor das 
atividades repetitivas, para eu poder ter o controle exato de 
determinadas estruturas eu preciso que esse comando 
parta dos núcleos da base. Se ele vai ser refinado ou não 
depender do tipo de informação. Para ele ser refinado ele 
tem que ir para oliva, da oliva ele vai para o cerebelo onde 
haverá uma correção da atividade motora. O cerebelo só 
trabalha com atividade motora. 
Nos animais e também no humano é responsável pelo 
instinto de sobrevivência – limpeza, higiene, alimentação 
são definidas pelos núcleos da base. 
 
MORFOLOGIA DOS VENTRÍCULOS LATERAIS 
Ventrículo lateral tem Corno anterior do ventrículo lateral, 
corpo e corno posterior do ventrículo lateral. O que tem 
próximo ao Corno anterior do ventrículo lateral é o Forame 
interventricular (vai ligar o ventrículo lateral ao terceiro 
ventrículo). A nível do Corno anterior do ventrículo lateral 
eu tenho uma grande massa ovoide que é a cabeça do 
núcleo caudado (substância cinzenta). Porque o núcleo 
caudado acompanha a configuração do ventrículo lateral, 
então, se eu tenho o Corno anterior do ventrículo lateral 
também estará localizado a primeira porção do núcleo 
caudado que é a cabeça. 
A cauda do núcleo caudado, vem da frente e vai afinando 
no corpo até ficar mais fino e ir para o polo temporal. 
Atenção! a cauda do núcleo caudado NÃO se relaciona com 
o Corno posterior do ventrículo lateral, pois a cauda do 
núcleo caudado estará anterior. 
O Septo pelúcido separa as porções do corno anterior dos 
ventrículos laterais. Existirá também a cavidade do septo 
pelúcido. 
O corpo do ventrículo lateral, ou seja, a sua porção média, 
relaciona-se com o núcleo caudado (corpo), fornix, plexo 
coroide do terceiro ventrículo, tálamo e corpo caloso. 
Lateralmente, interiormente temos essas diversas 
estruturas relacionadas ao corpo do ventrículo lateral. Nele 
também começa a aparecer o plexo coroide dos ventrículos 
laterais que começa a de fato aparecer no Corno posterior 
do ventrículo lateral. 
 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 
 
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Porção posterior relaciona-se com corpo caloso em quase 
toda a sua extensão. Então o ventrículo lateral corno 
posterior vai se relacionar com o esplênio do corpo 
caloso. 
No seu corno inferior do ventrículo lateral quem vai estar 
próximo é o corpo amigdaloide. Porque quem dá origem 
ao corpo amigdaloide e a cauda do núcleo caudado, a 
cauda no núcleo caudado vai rodar e vim para o polo 
temporal), e quando ele chega se dilata e forma o corpo 
amigdaloide que é responsável pela raiva e medo. 
Hipocampo estrutura que transforma memória recente em 
memória permanente. A memória permanente é a de 
muitos anos. A memória recente vai ficar armazenada no 
hipocampo, se isso for importante ele vai transportar até 72 
hrs para os núcleo da base e vai ficar armazena lá, e 
também vai ser enviado para o cortex cerebral para as área 
20 e 21 de Brodmann (memória recente e permanente), 
mas memória recente mesmo é no hipocampo. O 
hipocampo consiste em dois cornos que se curvam para 
trás em direção ao corpo amigdaloide. Converte memória 
de curta duração em coisa que pode ser relembrada por 
longo tempo (memória de longa duração). O hipocampo é 
lateral e o corpo amigdaloide é medial. 
Quando o hipocampo é lesado a pessoa não consegue 
construir novas memórias, e vive em um mundo estranho 
onde todas as experiências somem da mente, mas as 
memórias mais antigas, prévias ao dano, permanecem 
intactas. Isso aqui está mais relacionado ao traumatismo no 
lobo temporal, tumores. Se a pessoa tiver uma lesão nas 
áreas 20 e 21 de brod. Juntamente com o hipocôndrio, ela 
não vai formar nenhuma nova memória. Ela só vai lembrar 
o que aconteceu 72hrs antes. 
Se o hipocampo for pressionado por um tumor do lobo 
temporal, e depois retirar o tumor sem lesionar o 
hipocampo a tendência é voltar a memória, quando está 
comprimido tem hora que vai conseguir converter a 
memória e tem horas que não. 
Entres os núcleos existem lâminas de subst. branca 
separando-os 
1. Capsula interna: o Braço posterior da cápsula interna 
está lateralmente ao tálamo e medialmente ao globo 
pálido interno ou medial. A capsula interna tem 
também um braço/ramo anterior que estará 
lateralmente a cabeça do núcleo caudado e terá um 
joelho. 
2. Lâmina medular medial: separa o globo pálido 
medial ou interno do globo pálido lateral ou externo. 
3. Lâmina medular lateral: separa o putâmen do globo 
pálido externo. 
4. Capsula externa: separa o putâmen do claustrum. 
5. Capsula extrema separa o claustrum do córtex da 
insula. 
Então a sequência: tálamo, braço posterior da capsula 
interna, globo pálido interno, lâmina medular medial, globo 
pálido externo, lâmina medular lateral, Putâmen, capsula 
externa, claustrum, capsula extrema, córtex da insula.

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