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Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 1 Marina Paiva (@resumemari) Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 2 O sistema nervoso é um sistema complexo formado por diversas estruturas e órgãos especializados, cuja finalidade é coordenar, integrar, analisar as informações recebidas, armazená-las para que possamos torná-las conscientes ou não, realizando uma integração do indivíduo a uma variedade de reações, comportamentos, emoções etc. É o que manda no organismo, corrige ações e torna atividades automáticas. O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos celulares: os neurônios e as células da glia ou neuroglia. O Neurônio é unidade morfofuncional que possui a função básica de receber, processar e enviar informações. Já a neuroglia compreende células que ocupam os espaços entre os neurônios, com funções de sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da atividade neuronal e defesa (realizam pequenos reparos). Após a diferenciação, os neurônios não se dividem e após o nascimento geralmente não são produzidos novos neurônios. A neuroglia conserva sua capacidade de mitose após a sua diferenciação. O neurônio é uma célula altamente excitável que se comunica usando basicamente a linguagem elétrica através do potencial de membrana. A membrana celular vai separar o meio intracelular (íons negativos e K+) do meio extracelular (íons positivos, Na+ e Cl -). A maioria dos neurônios possui 3 regiões: corpo celular, axônio e dendritos. OBS.: Gliomas = má formação das células da glia. • Neurônios sensitivos ou aferentes = adquire e processa informações provenientes do ambiente, formam uma rede sensitiva ou aferente. Conduz o impulso ao centro. • Neurônios motores ou eferente = torna possível ao organismo responder as informações sensitivas e gerar movimento, via eferente que vai do centro a periferia. Estão situados nos gânglios. • Neurônio motores-autônomos = eles vão trabalhar com coração, musculatura lisa e glândulas (fazem-nas secretar). Aferente – o que CHEGA Eferente – é o que SAI, se EXTERIORIZA. Gânglio é um aglomerado de corpos de neurônios. Temos 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinhais (Todos são do tipo misto). - Nervos cranianos, pode ser de 3 tipos: Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 3 Sensitivo = Capta informações. Exemplo: vestíbulo coclear sensitivo para audição. Motores = Responsáveis pela resposta funcional. Exemplo: hipoglosso para a língua. Mistos = trigêmeo sensitivo para pele mucosa da face e motor para os músculos mastigação. DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO DE ACORDO COM O CRITÉRIO EMBRIOLÓGICO Divide o sistema nervoso de acordo com a origem de cada um de seus órgãos constituintes tenha tido no espaço embriológico. As vesículas prosencefálicas (que se subdivide em prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo) tem origem no tubo neural (margeada por células ependimárias) permanece no adulto como canal central da medula é o resquício do tubo neural. Prosencéfalo: telencéfalo e diencéfalo Mesencéfalo: mesencéfalo Rombencéfalo: metencéfalo e mielencéfalo DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO DE ACORDO COM O CRITÉRIO FUNCIONAL - Somático ou de vida de relação: adapta o organismo as condições do meio - Visceral ou de vida vegetativa - (+ sistema endócrino) controla o organismo indiretamente. DIVISÃO DE ACORDO COM O CRITÉRIO METAMÉRICO De acordo com a localização da substância branca e cinzenta Segmentares: são as estruturas que apresentam a substância branca na periferia e cinzenta no seu centro. EX: MÉDULA ESPINHAL Supra-segmentares são as estruturas que apresentam a substância cinzenta na periferia e branca no seu centro. EX: TELENCÉFALO, CEREBELO. OBS: Substância cinzenta: tecido nervoso constituído de neuroglia, corpos de neurônios e fibras predominantemente amielínicas. Substância branca: tecido nervoso constituído de neuroglia e fibras predominantemente mielínicas. (macete: gordura pode ser amarelada ou branca – mielina:lipídios) Núcleo: massa de substância cinzenta dentro da substância branca, ou grupo delimitado de neurônios com aproximadamente a mesma estrutura e função. “Neurônios que trabalham juntos para realizar a mesma função e numa mesma área determinada”. EX: NÚCLEOS DA BASE Tracto: feixes de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem, mesma função e destino, podendo ser mielínicas ou amielínicas. Na denominação usam-se dois nomes: o primeiro indicando a origem e o segundo a terminação das fibras. Fascículo: tracto mais compacto Leminisco: feixe em fita. Levam impulsos nervosos ao tálamo. Córtex: substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na superfície do cérebro e cerebelo. Tálamo - centro retransmissor de estímulos sensitivos. Ventrículos - são cavidades que existem no SNC, onde o seu interior tem células que são responsáveis pela produção do LCR. Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 4 CONCEITO Medula significa MIOLO e indica o que está dentro. No caso da Medula Espinhal, ela está dentro do canal vertebral (formado pela união dos forames vertebrais das vértebras). É um cilindro de substância nervosa não uniforme, situado no interior do canal vertebral sem, no entanto, ocupá-lo completamente. No homem adulto mede aproximadamente 45cm, sendo um pouco menor na mulher. É segmentar segundo o critério metamérico. LIMITES Superior: forame magno do osso occipital ou um centímetro abaixo da decussação das pirâmides Inferior: borda inferior da vértebra L1 (brancos) ou borda superior de L2 (negros). É importante saber essa diferença pois quando houver a necessidade de uma cirurgia em um paciente e ele precisar de uma anestesia RAQUIANA, essa será aplicada abaixo da vértebra L2, pois não terá risco de erro e perfuração, nesse sentido, do corpo da medula espinhal. CARACTERÍSTICAS Ela acaba/termina numa intumescência denominada de cone medular. Vai ter a presença de 2 dilatações chamadas intumescências: uma que ocorre à nível cervical e outra que ocorre à nível lombar. Essas correspondem à origem dos nervos que irão inervar tanto os membros superiores, quanto os membros inferiores. Com isso, o plexo cervical e o braquial (conjunto de nervos que irão migrar para o membro superior e farão a sua inervação) possuem origem nessa primeira dilatação cervical que recebe o nome de intumescência cervical. Por ser origem de vários nervos (volumosos) na região cervical, ela (a medula espinhal) se dilata e aumenta de tamanho formando a intumescência cervical. Já na região lombar, a medula espinhal também aumenta de tamanho (dilata) formando a intumescência lombar, e dessa intumescência partem o plexo lombossacral para os membros inferiores e para a região glútea. Lembrar que a intumescência é proporcional ao tamanho dos membros inferiores e superiores (exemplo da baleia e do tiranossauro-rex). MENINGES A medula está circundada por um sistema de membranas intituladas meninges. São 3 que são concêntricas: Dura-máter: é a mais espessa e formada de fibras colágenas, sendo também chamada de paquimeninge. É a mais externa e envolve toda a medula como se fosse um dedo de luva, o saco dural. Cranialmente ela continua com a dura-máter craniana, caudalmente termina em um fundo de saco ao nível de S2. Está compreendida entre o cone medular e metade do canal sacral (hiato sacral). Aracnoide: a do meio - membrana conjuntiva que se encontra acoplada à face interna da dura-máter. As trabéculas aracnoideas unem esse folheto à pia-mater. É uma leptomeninge.Pia-máter: a mais interna – aderida intimamente à face externa do neuro-eixo, dando origem aos ligamentos Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 5 denticulados e filamentos terminal; O filamento terminal perfura o fundo-do-saco dural e continua até o hiato sacral. Os ligamentos denticulados são pregas longitudinais formadas pela pia-máter em cada lado da medula. Esses ligamentos são elementos de fixação da medula. É uma leptomeninge. Obs.: o cone medular acaba à nível da borda inferior de L1 ou superior de L2; ESPAÇOS ENTRE AS MENINGES Epidural – que é entre o periósteo do canal vertebral e a dura-máter – contém o coxim adiposo (camada de gordura) e o plexo venoso (conjunto de veias); Subdural – que é entre a duramáter e a aracnoide – haverá uma mínima quantidade de LCR suficiente apenas para evitar aderências entre as paredes; Subaracnoideo – que se encontra abaixo da aracnoide – encontramos o LCR (Líquido Cefalorraquidiano) em grande quantidade; é nesse espaço em que realizamos a punção do LCR seja para fins terapêuticos ou diagnósticos. A punção deve ser realizada entre S2 e L2, onde não existe risco de atingir a medula e o LCR é mais abundante. Subpial - Abaixo da pia-máter, que é praticamente virtual, assim como o subdural. ANESTESIAS Para uma anestesia PERIDURAL ou EPIDURAL – a fim de se ter um efeito anestésico mais rápido - em uma situação de gravidez, por exemplo, o anestesista coloca a grávida em uma posição de caracol e na região dorsal procura o 2° processo espinhoso quadrangular e, abaixo de L2, ele coloca o cateter e encontra o ligamento longitudinal superior (resistência) e depois encontra o espaço epidural, inserindo, assim, o anestésico no plexo venoso. Lembrar que veias drenam, logo o anestésico age mais rapidamente. Geralmente, são anestésicos lipossolúveis que interagem melhor com o coxim adiposo do espaço epidural. Já para uma RAQUI anestesia, a agulha do cateter chega até o espaço subaracnoideo e começa a gotejar (LCR) e injeta-se o anestésico que se difunde no espaço subaracnóideo com a ajuda do LCR, fazendo um bloqueio dos nervos espinhais que se encontram nessa região. Esses nervos inervam o plexo lombossacral. OBS: O LCR é um líquido transparente e citrino. Em casos de meningite, esse líquido muda de cor. Em casos de infecção bacteriana, precisa ser administrado no paciente um medicamento que atravesse a barreira hematoencefálica. OBS: A peridural é considerada uma Raqui mais “fraca” e é aplicada em local diferente dessa. Em casos de retirada do LCR de pacientes, pode haver dores de cabeça e enxaqueca devido à quebra da pressão existente entre os espaços das meninges e da medula espinhal. OBS: Não confundir medula espinhal com medula óssea. Medula óssea é uma estrutura do interior dos ossos e é responsável pela produção dos elementos figurados do sangue. OBS: Cirurgias simples e rápidas: anestesia peridural; Cirurgias complexas e demoradas: raquianestesia. Cirurgias que se estendem por 8h/10h de duração, se faz anestesia inalatória/geral. MEIOS DE FIXAÇÃO Superior: bulbo (tronco encefálico). Látero-laterais: nervo espinhal e ligamento denticulado (surge da piámater) Inferiormente: por meio do filamento terminal que passa pela aracnoide, levando suas fibras, passa pela dura- máter, levando suas fibras, e continua dentro do canal sacral, chegando até o cóccix, formando o ligamento coccígeo, fixando, assim, a medula inferiormente. MEIOS DE PROTEÇÃO 1. Osso (vértebra) 2. Meninges 3. LCR 4. Coxim adiposo (contra fatores térmicos e elétricos) É importante lembrar, também, que os meios de fixação configuram uma forma de proteção, pois são formados por meninges. NERVOS ESPINHAIS Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 6 Na vida fetal, os nervos espinhais eram ‘’horizontais’’, pois a medula espinhal e a coluna vertebral eram do mesmo tamanho. Porém, o osso cresce no sentido craniocaudal mais rápido que a medula espinhal. Isso explica por que o conjunto de nervos entre o cone medular e o saco-dural, juntamente com o filamento terminal, é chamado de cauda equina. Em resumo, a cauda equina é formada por nervos espinhais, mais o filamento terminal e meninges, dentro do saco-dural. Lembrando que a medula espinhal se divide em cervical, torácica e lombar. Ela termina na vértebra L1. Temos, também, 7 vértebras cervicais e 8 nervos espinhais. COMPONENTES 1. Canal central da medula (no centro da substância cinzenta) – formado por células ependimárias, que possui uma certa função de produção do LCR. Quando vamos estudar a medula, podemos dividir tanto a substância cinzenta, quanto a substância branca. A medula apresenta fissuras (depressão profunda) e sulcos (depressão rasa). Teremos 1 fissura e 7 sulcos. 2. Fissura mediana anterior: está voltada para frente, logo é anterior, e está no meio, logo é mediana 3. Sulco mediano posterior 4. Sulco Lateral anterior (direito e esquerdo) 5. Sulco Lateral posterior (direito e esquerdo) 6. Sulco mediano posterior; Do sulco lateral anterior, de cada lado da medula, emerge a raiz nervosa motora ou filetes nervosos motores. Já do sulco lateral posterior emerge a raiz nervosa sensitiva. As duas se juntam e formam o nervo espinhal que é misto: sensitivo e motor. Na raiz nervosa sensitiva existe um gânglio dorsal chamado de gânglio espinhal sensitivo. As fibras da substância branca da medula agrupam-se em tractos e fascículos que formam verdadeiros cainhos, ou vias, por onde passam os impulsos nervosos que sobem e descem. Temos, assim, vias ascendentes e descendentes da medula, que podem se misturar formando vias de associação da medula. Vias descendentes – formadas por fibras que se originaram no córtex cerebral ou no tronco e terminam fazendo sinapse com neurônios medulares, principalmente os motores somáticos, constituindo as vias motoras descendentes somáticas. Essas vias se dividem em 2 grupos: piramidais e extrapiramidais. As primeiras recebem esse nome porque antes de penetrar na medula passam pelas membranas bulbares, enquanto as segundas não passam. - Vias piramidais: compreendem os tractos cortiço- espinal anterior e lateral. Ambos se originam no córtex e conduzem impulsos nervosos aos neurônios da coluna anterior. No trajeto até o bulbo, as fibras dos dois tractos constituem um só feixe, o tracto cortico- espinal, mas a nível da decussão das pirâmides, uma parte das fibras desse tracto cruza e vai constituir o tracto cortico-espinal lateral da medula (chamado piramidal cruzado). As fibras que não cruzam, continuam em sua posição anterior, formando o tracto cortico-espinal anterior (chamado piramidal direto). Entretanto, as fibras do tracto cortico-espinal anterior, pouco antes de terminar, cruzam o plano mediano e terminam em neurônios motores situados do lado oposto. Portanto, em ultima análise, os dois tractos são cruzados, o que significa que o córtex de um hemisfério cerebral comanda os neurônios motores situados na medula do lado OPOSTO, visando a realização de movimentos VOLUNTÁRIOS. Sendo assim, a motricidade voluntária é cruzada! - Vias Extrapiramidais: os tractos extrapiramidais da medula são: tecto-espinal, vestíbulo-espinal, rubro- espinal e retículo-espinal. O primeiro nome corresponde a onde eles se originaram: tecto mesencefálico (colículo superior), núcleos vestibulares (área vestibular do IV ventrículo), núcleo rubro (mesencéfalo) e formação reticular (estrutura que ocupa grande estrutura do tronco). Todos terminam na Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 7 medula em neurônios internunciais, através dos quais se ligam aos neurônios motores da coluna anterior e assim exercem sua função motora. O rubro se liga a neurônios motores situados lateralmente à coluna anteriorcontrolando músculos responsáveis pela motricidade da parte distal dos membros (extrínsecos e intrínsecos da mão e do pé).O vestíbulo, retículo e tecto espinais ligam-se a neurônios motores situados na parte medial da coluna anterior controlando a musculatura axial, ou seja, do tronco, assim como a musculatura proximal dos membros. O vestíbulo e o retículo espinais também são importantes na manutenção do equilíbrio e postura básica. Já o tecto -espinal é mais limitado a certos reflexos em que a movimentação decorre de estímulos visuais. Vias ascendentes: as fibras ascendentes se comunicam direta ou indiretamente com as fibras que penetram pela raiz dorsal, trazendo impulsos aferentes de várias partes do corpo. Ao dividirmos a substância branca, teremos: 1. Funículo anterior – entre a fissura mediana anterior e os sulcos laterais anteriores. Nele localiza-se o trato espino-talamico anterior, que levam impulsos de pressão e tato leve. Esse tato é pouco discriminativo e permite apenas de maneira grosseira a localização da fonte de estímulo tátil. A sensibilidade tátil tem 2 vias na medula, uma direta no funículo posterior e uma cruzada no funículo anterior, por isso, dificilmente se perde toda a sensibilidade tátil nas lesões medulares, exceto, nas que há transecção do órgão. 2. Funículo lateral – entre o sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior. Contem o tracto espino- talamico lateral conduzindo impulsos de dor e temperatura. Além disso, nele há o tracto espino- cerebelar posterior que leva impulsos de propriocepção inconsciente. Por fim, nele há também o trato espino-cerebelar anterior – as fibras desse tracto penetram no cerebelo principalmente pelo pedúnculo cerebelar superior, levando informações sobre os impulsos motores que chegam na medula e qual sua intensidade. Essa informação é utilizada pelo cerebelo para o controle da motricidade somática. 3. Funículo Posterior – entre o sulco lateral posterior e sulco mediano posterior 4. Sulco intermédio posterior esquerdo e direito (*) 5. Fascículo grácil (*) – conduz impulsos provenientes dos membros inferiores e metade inferior do tronco. 6. Fascículo cuneiforme (*) – conduz impulsos originados nos membros superiores e na metade superior do tronco. (*) apenas quando a medula chega a nível cervical. Ela recebe fibras sensitivas oriundas dos membros superiores e o funículo terá que ser dividido, pois surgem novos sulcos à nível cervical: sulco intermédio posterior esquerdo e o sulco intermédio posterior direito. Com isso, quem era funículo posterior será separado em 2 fascículos: o fascículo grácil e o fascículo cuneiforme. Do ponto de vista funcional, não existe diferença entre os fascículos. Sendo assim, o funículo posterior da medula é funcionalmente homogêneo, conduzindo impulsos nervosos relacionados com: - Propriocepção consciente ou sentido de posição e movimento – cinestesia. Uma lesão no funículo posterior torna o indivíduo incapaz de localizar, sem ver, a posição de seu braço ou perna. Será incapaz de dizer se o neuro fletiu ou estendeu o seu hálux. - Tato discriminativo (ou epicrítico) – descrever as características táteis de um objeto. - Sensibilidade vibratória – testa-se com o diapasão em uma saliência óssea - a perda dessa sensibilidade pode significar lesão no funículo posterior. A substância cinzenta da medula possui uma forma de borboleta ou H. Se divide em 3 partes: 1. Coluna/corno anterior; 2. Coluna/corno lateral; 3. Coluna/corno posterior; 4. Substância cinzenta intermedia central; Contudo, como na região cervical surgem os fascículos grácil e cuneiforme, o tamanho da coluna lateral é reduzido na região cervical. Na substância cinzenta temos núcleos que comandam e levam informações para áreas específicas. Núcleos e lâminas da substância cinzenta da medula: Coluna anterior – se dividem em núcleos do grupo medial e núcleos do grupo lateral. O grupo medial está responsável pela inervação da musculatura do esqueleto axial e o lateral pela inervação da Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 8 musculatura do esqueleto apendicular (MMSS, MMII). Os núcleos laterais aparecem apenas nas intumescências (plexo braquial e lombo-sacral), enquanto os mediais existem em toda extensão da medula. Coluna Posterior – são mais evidentes os núcleos torácico (= núcleo dorsal – evidente apenas na região torácica e lombar até L1-L2, e está relacionado com propriocepção inconsciente com comunicação com o cerebelo) e a substancia gelatinosa (recebe fibras sensitivas que entram pela raiz dorsal e funcionam como o PORTÃO DA DOR – mecanismo que regula a entrada do sistema nervoso dos impulsos dolorosos). AS LÂMINAS DE REXED: Lâmina I – Zona de Waldeyer; Lâmina II – Substância gelatinosa de Rolando; Lâmina III – Substância gelatinosa de Rolando 2; Lâmina IV e V – Núcleo próprio da coluna posterior; Lâmina VI – Núcleo da base da coluna dorsal; Lâmina VII – Núcleo dorsal de Clark; Lâmina VIII – Porção medial; Lâmina IX – Área motora; Lâmina X – Substância cinzenta periependimária. CAMINHO DA DOR: Aferente traz o estímulo de dor das periferias, passa pelo gânglio e vai para a medula. Da medula ascende como trato espino- talâmico e vai para o tálamo (centro das informações sensitivas). Do tálamo, o estímulo vai para as radiações talâmicas, braço posterior da cápsula interna, corona radiata, áreas somestésicas I, II e III Parietal que está localizada no córtex parietal, no giro pós-central. O estímulo é interpretado (dor) e a informação passa para a região central onde estão as áreas VI, VIII, IX, X, XI e XII que mandam a informação para ‘’baixo’’ e controlam a musculatura do lado contrário. E para você fazer o movimento se tem algo lhe furando, você precisa de precisão e que a resposta da musculatura seja ativa. Assim, a informação – fibra piramidal - passa pela pirâmide bulbar, pela decussação das pirâmides, vai para o outro lado e chega no músculo e ‘’diz’’: contração. Dois tipos de lesões no SN: traumática e patológicas. PRINCIPAIS CAUSAS DE TRM: acidentes de carro, mergulho em águas rasas, PAF (projéteis de arma de fogo), PAB (projetivo de arma de branca). Lesão entre C1-C3: Nenhuma função é mantida do pescoço para baixo; Necessidade de ventilação para manutenção da respiração e uso de cadeira de rodas motorizada com dispositivo controlado pelo ombro, cabeça ou respiração. Se não for atendido rapidamente ele vai a óbito, pela parada do diafragma. Lesão entre C4-C5: mantém a função do diafragma, que permite respiração Lesão entre C6-C7: Alguns músculos do braço e tórax que permitem movimentação, pessoa alimentar-se com alguns tipos de adaptação, vestir- se parcialmente; é necessário cadeira de rodas manual. Lesão entre T1-T3: Função do braço intacta, e alguns movimentos do antebraço. Lesão entre T4-T9: Controle do tronco acima da cicatriz umbilical. Movimenta os braços, antebraços, mãos. Lesão entre T10-L1: A maioria dos músculos da coxa, o que permite caminhar com longas talas nas pernas (região posterior da coxa até a região glútea). Lesão entre L1-L2: A maioria dos músculos da perna, o que permite caminhar com talas curtas nas pernas (até o joelho). Obs: SNC não se regera, exceto o bulbo olfatório, SNP tem neurogênese. Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 9 Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 10 CARACTERÍSTICAS Subdividido em três regiões; a mais podálica intitulada de bulbo, a mais cranial – o mesencéfalo -, e a estrutura situada entre os dois citados é a ponte. É um órgãosegmentar. Limites: - Inferior: corresponde ao limite superior da medula espinhal - é o plano horizontal que passa a nível do forame magno do osso occipital ou, mais ou menos, 1cm abaixo da decussação piramidal. - Superior: fitas óticas que a essa estrutura é intitulado quiasma óptico. BULBO OU MEDULA OBLONGA Função: controle das atividades cardiorrespiratórias; Limites: 2 faces (anterior e posterior) e 2 limites - Inferior: o plano horizontal que passa a nível do forame magno do osso occipital ou, mais ou menos, 1 cm abaixo da decussação piramidal. - Superior: sulco bulbo pontino ou pontino inferior COMPONENTES 1. Fissura mediana anterior (continuidade da medula). 2. Decussação das pirâmides (interrompe a fissura mediana anterior após 1 cm de baixo para cima. É o local de cruzamento das fibras motoras descendentes) 3. Forame cego (fim da fissura mediana anterior. Superiormente. Está a nível do sulco bulbo pontino) 4. Sulco Lateral anterior; 5. Funículo anterior (só vai existir até a decussação das pirâmides). 6. Pirâmide bulbar (acima de decussação até o sulco bulbo pontino). É o local por onde passam as fibras descendentes motoras córtico-espinhais do trato cortio espinhal que não é fino e delicado, ou seja, são movimentos mais grosseiros. Essas fibras que passam pela pirâmide, quando chegam na decussação cruzam de lado, e 90% vão para o lado oposto (contra-lateral) e 10% permanece do mesmo lado (ipsilateral). Então, movimentos bruscos do lado esquerdo é comandado pelo hemisfério do SNC direito (90% das funções). 7. Olivas bulbares - (Lateralmente à pirâmide. São dois núcleos de substância cinzenta que tem um formato ovóide). É responsável por corrigir e tornar possível ter aprendizado motor. Quando preciso usar o tato epicrítico pra escrever tem que ter uma certa habilidade e usa a oliva, de forma extra-piramidal, porque agora não passa na pirâmide. A oliva tem contato com o cerebelo através da via olivo-cerebelar; quando a informação chega no cerebelo, ela é corrigida e aprimorada voltando para a oliva logo em seguida. Quando a informação foi oliva-cerebelar, quando volta cerebelo-olivar. A oliva delimita dois sulcos 8. Pré-olivar (antes dela) 9. Retro-olivar (depois dela) O tronco encefálico é a sede da origem aparente de 10 dos 12 pares de nervos cranianos (exceto o olfatório e o óptico), e essa origem aparente é o local onde ele sai do SN e vai seguir para se exteriorizar no crânio. Tudo que ocorrer da origem aparente para dentro é CENTRAL, da origem aparente para fora é periférico. 10. Origem aparente do hipoglosso (XII par) - no sulco pré-olivar. Tem como função primordial a inervação motora da língua. Se exterioriza do crânio através do canal do hipoglosso ou conduto condiliano anterior. Inerva a língua nos 2/3 anteriores na motricidade e toda a sua extensão. Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 11 No bulbo, o sulco lateral posterior sofre achatamento, então ele está em um local que você consegue vê-lo tanto da região anterior como da posterior. Nesse sulco temos a origem aparente de três nervos: 11. Origem aparente do Acessório (XI par) – no sulco lateral posterior. Inerva vísceras do tórax, vísceras do pescoço e, também, está relacionada a inervação da musculatura (trapézio e o esternocleidomastoideo - é motor para esses dois músculos). Se exterioriza pelo forame jugular. Assessora o nervo vago e possui fibras aferentes (sensitivas); possui fibras eferentes viscerais especial que dar motricidade aos músculos da faringe. Então o nervo laringeo recorrente é um ramo do nervo acessório que promove a motricidade dos músculos que vão fazer você falar. 12. Origem aparente do vago (X par) - no sulco lateral posterior. Vai se exteriorizar do crânio pelo forame jugular e vai alcançar o abdômen porque o vago inerva região cervical, tórax e abdômen - vísceras abdominais. Em território, o vago é o maior dos nervos cranianos. Suas fibras podem ser aferentes viscerais gerais, eferentes viscerais gerais e eferentes viscerais gerais 13. Origem aparente do glossofaríngeo (IX par) - no sulco lateral posterior. É um nervo misto que tem inervação de 1/3 posterior da língua e é secretomotor para a glândula parótida. Ou seja, possui fibras de sensibilidade geral, como 1/3 posterior da língua e orofaringe, e fibras eferentes viscerais (secreto-motoras para glândulas parótidas). OBS: Com exceção do nervo óptico, todas as lesões são ipsilaterais. Parte posterior do bulbo é bem semelhante à medula espinhal 14. Sulco mediano posterior; 15. Sulco intermédio posterior; 16. Sulco lateral posterior; 17. Fascículo grácil e cuneiforme: Transportam fibras sensitivas ascendentes, mas agora aqui começa a chegar mais fibras oriundas da cabeça. O fascículo grácil ascende em tubérculo do núcleo grácil; E o cuneiforme em tubérculo do núcleo cuneiforme. (Trato espino-talâmico: Se eu agredir essa região, terá problema na sensibilidade dos membros superiores e inferiores; mas se for nos tubérculos, já compromete a cabeça também) 18. Óbex (final do sulco mediano posterior. Ponto mais inferior da fossa romboide) O bulbo é percorrido por muitos tratos motores e sensitivos. Se for anterior, é motor (córtico-espinhal); se for posterior, é sensitivo (espino-talâmico); PONTE CARACTERÍSTICAS É uma eminência quadrilátera que está situada cranialmente ao bulbo e inferiormente ao mesencéfalo. Limites: Inferior: sulco bulbo pontino ou pontino inferior Superior: é o sulco pontino superior. COMPONENTES 1. Sulco para a artéria basilar - que aloja a artéria basilar (junção das duas artérias vertebrais), um vaso muito propenso a realizar aneurisma que é comprometedor para a ponte e os nervos que estão nela, visto que na frente tem o osso (clivo), este está entre o occipital e o esfenoide. Se houver um aneurisma, ele vai topar no osso e vai crescer para o lado. Comprometendo as estruturas que estão na lateral. 2. Eminências pontinas; 3. Braço da ponte ou pedúnculo cerebelar médio; 4. Origem aparente do trigêmeo (V par) - Separa as eminências pontinas do braço da ponte. 5. Sulco bulbo pontino; 6. Origem aparente do nervo vestíbulo coclear (VIII par) – no sulco bulbo pontino mais lateralmente. É um nervo sensitivo para a audição. 7. Origem aparente do nervo facial (VII par) – no sulco bulbo pontino. É um nervo misto (metade motora e metade sensitiva). A parte motora dele inerva músculos da expressão facial. A parte sensitiva é a sensibilidade geral que vai ser no pavilhão auricular e a sensibilidade gustatória, ou seja, 2/3 anteriores da língua, o nervo facial vai inervar ela no sentido da gustação. 8. Origem aparente do nervo abducente – no sulco bulbo pontino. Inerva o músculo reto lateral do olho, que promove abdução do mesmo. Então um aneurisma da artéria basilar, vai topar no clivo e vai crescer. Se ela crescer unilateralmente, pode apresentar Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 12 problema na abdução unilateral do globo ocular. O nervo abducente ele vem do tronco, sai do crânio pela fenda esfenoidal. Se um paciente chega em você e diz que não consegue sentir gosto em metade da língua e não mexe nada do lado esquerdo da face, você sabe que cresceu o aneurisma e atingiu os nervos porque o trigêmeo foi atingido. Dentro do SN é cheio de cavidades. Tem uma cavidade na medula: o canal central da medula; tem uma no tronco: o quarto ventrículo ou fossa rombóide (formado por um teto que é o véu cerebelar superior e véu cerebelar inferior e um assoalho que tem elementos anatômicos) IV Ventrículo “Canal central da medula se abre e forma o quarto ventrículo, aí o quarto emite o aqueduto cerebral e chega no terceiro ventrículo; o terceiro se comunica com os ventrículos laterais que estãoa nível do telencéfalo” - Componentes do teto: Véus cerebelares ou medulares superior e inferior (onde é produzido o LCR) - Componentes do assoalho: 1. Estrias medulares do IV ventrículo; 2. Sulco mediano do IV ventrículo; 3. Sulcos limitantes (lateralmente ao sulco mediano) 4. Origem aparente do colículo facial – impressão dorsal nuclear do nervo facial. 5. Eminências medianas (acima dos colículos faciais) - correspondem a passagem das fibras sensitivas em direção ao tálamo. Lateralmente a essa região, eu tenho delimitada três estruturas: 6. Locus cerúleos (acima - está ligado ao sono) 7. Fóvea superior (média) 8. Área vestibular (abaixo) que é a projeção dorsal do nervo vestíbulo-coclear tem uma cavidade no diencéfalo, o terceiro ventrículo; tem duas cavidades no telencéfalo, que são ventrículos laterais. 9. Pedúnculo cerebelar superior; 10. Pedúnculo cerebelar médio; 11. Pedúnculo cerebelar inferior; 12. Plexo coróide, envolto pela tela coróide, produz LCR se localiza na face interna no véu cerebelar inferior. 13. Forames lushka e magendie (comunicam o IV ventrículo com o canal central da medula e com o espaço subaracnóideo - Agora eles distribuem LCR por todas as partes do SNC) Obs: O LCR é produzido em todos os ventrículos. Os ventrículos laterais produzem e seu excesso corre para o III ventrículo através do forame interventricular. O III ventrículo produz LCR e envia para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral. O LCR em excesso pode provocar a hidrocefalia. 14. Fóvea inferior (lateralmente) 15. Trígono do hipoglosso (inferiormente) 16. Trígono do vago (mais inferiormente) 17. Funículo separans (separa o trígono do vago da área postrema) 18. Área postrema (que é responsável pelo vômito) ATENÇÃO: Quando o bulbo e medula querem fazer algum tipo de conexão com o cerebelo usam o pedúnculo cerebelar inferior. Quando a ponte quer se comunicar com o cerebelo, usa uma o pedúnculo cerebelar médio. Quando o mesencéfalo quer se comunicar com o cerebelo usa o pedúnculo cerebelar superior. Ou seja, os pedúnculos são maneiras pelas quais ponte, bulbo, mesencéfalo e medula se comunicam com o cerebelo. Quando eu junto o teto + assoalho + pedúnculo = fossa rombóide do quarto ventrículo.éfalo MESENCÉFALO CARACTERÍSTICAS Está localizado logo acima da ponte -Limites: Inferiormente: sulco pontino superior; Superiormente: pelas fitas ópticas e pelo quiasma óptico. A nível do aqueduto cerebral. COMPONENTES Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 13 1. Pedúnculo cerebral - dois conjuntos de fibras descendentes motoras projetadas pela região ventral. 2. Fossa interpeduncular (entre os dois pedúnculos cerebrais) 3. Substância perfurada posterior (Ponto mais profundo da fossa interpeduncular. Função: Para que os vasos que vêm da região posterior, possam seguir até o córtex) 4. Sulco medial do pedúnculo cerebral ; 5. Sulco lateral do mesencéfalo. 6. Origem aparente do oculomotor (III par) – emerge do sulco medial do pedúnculo cerebral. Inerva retos superior, medial, inferior do olho, levantador da pálpebra. CASO CLÍNICO: Se um indivíduo tem estrabismo, qual a origem aparente do nervo que causou este dano? Qual o nervo que foi afetado e causa hiperfunção do musculo reto medial do olho? Sulco medial do pedúnculo cerebral, é o nervo oculomotor. Dorsalmente no mesencéfalo tem: 7. Colículos superiores (responsável pela visão) 8. Colículos inferiores (responsável pela audição) 9. Sulco cruciforme (em forma de cruz). 10. Corpo geniculado medial (audição) 11. Corpo geniculado lateral (visão); 12. Braço do colículo inferior (liga-se ao corpo geniculado medial) 13. Braço do colículo superior (liga-se ao corpo geniculado lateral). 14. Tubérculo quadrigêmeo; 15. Freio do véu medular; 16. Origem aparente do troclear (IV par) - nos lados do freio. É o único que tem origem de trás pra frente. Ele se insere por trás do tronco e para frente se insere na fenda esfenoidal. Se o colículo inferior é audição, braço e corpo medial são audição, o pulvinar do tálamo medial (que vai se conectar com essas estruturas citadas anteriormente) vai ser AUDIÇÃO. CAMINHO DO SOM: O som vem, bate no ouvido é captado pela parede do tímpano e é levado para o ouvido interno; no ouvido interno ele vai se ligar ao nervo vestibulo-coclear (esse vem da lateral da ponte), ele caminha de fora para dentro porque é sensitiva e caminha dentro da porção petrosa do osso temporal e chega na base do crânio pelo meato acústico interno até a origem aparente do nervo vestíbulo-coclear. Segue para a área vestibular, depois manda fibras até o colículo superior, daqui passa para o braço do colículo que chega ao corpo genicular medial que passa para o pulvinar do tálamo medialmente. O tálamo é um centro retransmissor das informações sensitivas; o pulvinar do tálamo é a parte mais posterior do tálamo. Do tálamo passa para baço posterior da capsula interna, depois para a corona radiada e segue para o som ser interpretado que é lá no córtex cerebral numa área chamada ÁREA 41 E 42 DE BRODMANN que é da audição e fica no giro temporal transverso anterior onde conseguirá interpretar e obterá resposta. Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 14 CARACTERÍSTICAS O telencéfalo tem crescimento diferenciado do diencéfalo, sendo este crescimento maior e anteroposterior e isso faz com que ele recubra todo o diencéfalo. O diencéfalo, portanto, é uma importante estrutura que está praticamente envolvida pelos hemisférios cerebrais do telencéfalo. As partes que não estão envolvidas são o quiasma ótico, fitas ópticas, a presença dos corpos mamilares, do tuber cinéreo, a glândula hipófise, o infundíbulo. Se estende desde o tronco encefálico até o cérebro e circunda o terceiro ventrículo. Ele forma as paredes laterais do terceiro ventrículo. - Localização: Paredes laterais do III ventrículo equivalem ao diencéfalo, ou seja, eu tenho diencéfalo do lado direito e do lado esquerdo. Obs: Cavidade bilateral que está mais alta, são os ventrículos laterais, eles vão convergir através dos forames interventriculares para o III ventrículo (cavidade ímpar e mediana). O que que está nas paredes do 3° ventrículo? O diencéfalo. - Divisão: Tálamo Hipotálamo Subtálamo Epitálamo - Limites: Superior: fórnice, septo pelúcido e corpo caloso (maior conjunto de fibras intercomensurais - passam de um lado para o outro no cérebro, ligam áreas simétricas dos dois hemisférios cerebrais). Inferior: mesencéfalo, a nível das fibras ópticas e quiasma óptico. OBS: a decussação das pirâmides pode ser um exemplo de fibras intercomensurais, pois cruzam o plano sagital mediano, porém ela não liga áreas simétricas do telencéfalo nem do diencéfalo. COMPONENTES: 1. Forame interventricular - comunica o ventrículo lateral com o 3º ventrículo. Está na porção mais anterior do fórnice. 2. Sulco hipotalâmico o liga o forame interventricular ao aqueduto cerebral, separa o tálamo de hipotálamo. 3. Subtálamo - exatamente embaixo do sulco hipotalâmico fica o subtálamo. 4. Tálamo - massa ovóide que cresce médio lateralmente. É um aglomerado de núcleos e conexões muito diferente e que se indicam funções também diferentes, e cada núcleo tem funções diferentes 5. Tubérculo anterior do tálamo (comportamento – se relaciona com o corpo amigdaloide) 6. Pulvinar do tálamo (medial audição – se relaciona com as áreas 41 e 42, lateral visão – se relaciona com as áreas 17,18,19) CASO CLÍNICO: Caso uma pessoa leve uma pancada no pulvinar do tálamo, a audição e a visão provavelmente serão atingidas, podendo até ser perdidas. O braço do colículo inferior até o corpo geniculado medial e até o pulvinar do tálamo medialmentevai ser audição, e o caminho do braço do colículo superior, até o corpo geniculado lateral e até o pulvinar do tálamo lateralmente vai ser visão. Então, paciente vítima de PAF, em região do telencéfalo, causando TCE no paciente, onde o projetil de arma de fogo está alojado no pulvinar do tálamo, a primeira coisa que você tem que fazer é avaliar se ele está escutando e enxergando bem dos dois lados. 7. Ramo posterior da cápsula interna (Transmissão das informações sensitivas - função de tato pressão térmico dolorosa) 8. Aderência intertalamica - um conjunto de fibras intercomensurais (fibras que ligam um tálamo ao o ouro tálamo). Serve para a comunicação entre tálamos. Fica no meio do III ventrículo 9. Estria medular do tálamo (faz a junção das partes superior e média do tálamo) 10. Plexo e tela coróide do terceiro ventrículo – entre a estria medular e o fórnice. Produz o LCR. Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 15 CASO CLÍNICO: Se um paciente desenvolver um tumor no tálamo, comprimindo a estria medular, qual será a consequência? Irá aumentar a produção de LCR, causando hidrocefalia a nível do 3º ventrículo. Uma tomografia desse paciente, e onde era para ser só uma fenda o 3º ventrículo vai estar redondo 11. Hipotálamo - atua como o centro nervoso autônomo acelerando ou retardando certas funções do corpo e secreta vários hormônios porque a gente tem aqui a hipófise. 12. Comissura anterior - conjunto de fibras intercomissurais. Leva dois tipos de fibras, olfatórias e não olfatórias. Olfatórias relacionadas ao nervo olfatório (se comunicam com as áreas 38, 39 e 40 de brodman) e as não olfatórias vai ser um grupo de fibras que vem do hemisfério cerebral a nível do lobo temporal, ou seja, o lobo temporal se comunica um com o outro através da comissura anterior. CASO CLÍNICO: Os outros lobos vão se comunicar através do corpo caloso, que tem um grande número de fibras intercomissurais. Quando a pessoa está com problema de epilepsia e a medicação não está resolvendo, o neurocirurgião vem e secciona o corpo caloso pra controlar melhor essa questão da epilepsia porque ele vai individualizar os hemisférios cerebrais, ele só não consegue individualizar o lobo temporal, porque ele está a nível da comissura anterior. O lobo temporal, por exemplo, trabalha com memória recente transformado em memória permanente. Se você levar um PAF, você não vai ter transmissão das informações da memória, isso pode levar você a viver num mundo onde não há novas memórias, só existem as antigas. Depende da lesão, mas quando pega o hipocampo que é a memória recente e nós vamos ver as estruturas que ela produz e secreta. 13. Lâmina terminal – ponto mais anterior do hipotálamo 14. Recesso supraóptico (é a invaginação que vai dar origem ao nervo ótico) 15. Quiasma óptico (cruzamento das fibras ópticas gerando o nervo óptico) 16. Hipófise – sela túrcica no esfenoide (na fossa hipofisária, dorsalmente ao tubérculo da sela, anteriormente ao dorso da sela e medialmente à artéria carótida interna). Ela está dividida em adenohipófise e neurohipófise. 17. Infundíbulo (prende a hipófise ao hipotálamo, mais precisamente o túber cinério ao hipotálamo) 18. Recesso infundibular; 19. Túber cinéreo (produção de hormônios para a hipófise) 20. Corpo mamilar (olfatório) – se comunica com as áreas 38, 39 e 40 de Brodman e com a comissura anterior visto que essa também tem função olfatória. 21. Epitálamo (funções da pineal) 22. Glândula pineal (secreta melatonina pra um sono tranquilo – lembrando da estrutura pontina que tem essa mesma função: locus cerúleos) 23. Comissura posterior (conjunto de fibras intercomissurais) REVISANDO: os conjuntos de fibras intercomissurais até agora? Aderência intertalâmica, comissura anterior, comissura posterior e corpo caloso. OBS: O terceiro ventrículo é uma estreita fenda/cavidade ímpar e mediana que faz comunicação com o quarto ventrículo através do aqueduto cerebral (a nível de mesencéfalo) e com os ventrículos laterais através dos forames interventriculares. Os ventrículos laterais parecem um C, possuindo corno anterior, corno posterior, corno inferior. IMPORTANTE: Tálamo é na realidade um aglomerado de núcleos e conexões muito diferente e que se indicam funções também diferentes, e cada núcleo tem funções diferentes. DIVISÃO DO TÁLAMO: 1) Núcleo Anterior: possui grupos situados no tubérculo anterior do tálamo e está relacionado ao comportamento emocional. 2) Núcleo posterior: visão e audição no pulvinar do tálamo. 3) Núcleo ventral anterior: que vai trabalhar com a motricidade somática. 4) Núcleo ventral lateral e intermédio: ambos trabalham na via cerebelo-tálamo-cortical. Então o cerebelo para se comunicar com o córtex cerebral precisa do tálamo. 5) VPL: A nível do braço posterior da capsula interna, na mesma região. Se o braço posterior da capsula interna trabalha com a transmissão de informações sensitivas que levam tato pressão térmico dolorosas, o VPL faz as vias sensitivas do tato epicrítico. Quem tem deficiência visual usa o tato epicrítico para leitura. 6) Núcleo mediano: conexões com o hipotálamo em relação com funções viscerais. Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 16 7) Núcleo medial: trabalha com funções do córtex cerebral, ativa funções do córtex cerebral. 8) O VPM (ventro-postero-medial): vai trabalhar com a fibra trigeminal e está relacionado à área gustativa. Se eu der um PAF aqui, qual o nervo que vai ser atingido? Facial a nível do corda do tímpano, porque gustação é dois terços anteriores da língua, nervo corda do tímpano que é ramo do facial. Em caso de lesão as fibras da gustação não vão passar, não vai haver processamento das informações e não vai sentir gosto. Funções do tálamo já que ele é o centro retransmissor de informações sensitivas, faz parte do sistema límbico, trabalha com emoções e comportamentos sociais. O tálamo recebe primeiro as informações de tato, dor, temperatura e pressão no VPL. Então antes de chegar no córtex, que é onde vai ser interpretado, vai passar pelo tálamo. Centro retransmissor de estímulos sensitivos da visão e da audição. Manutenção dos estados de atenção, vigília e sono. O tálamo mantém você vigil, sonolento e com atenção. O tálamo é responsável pela aquisição do conhecimento e cognição. Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 17 CEREBELO CARACTERÍSTICAS Do Latim Cerebellum diminuitivo de Cerebrum, ou seja, pequeno cérebro: o cerebelo. Tanto que o telencéfalo tem o córtex cerebral e o cerebelo terá o córtex cerebelar. Segundo o critério metamérico é supra segmentar (apresenta substância cinzenta periférica e substância branca central). É a parte do sistema nervoso que deriva da divisão posterior do metencéfalo - A forma do cerebelo é de uma elipse regular. - Seu peso é de aproximadamente 140g e suas dimensões são em torno de 5.5 e 6.5 antero-posterior, e transversal é de 8 a 10cm, e verticalmente, em torno de 5cm. LOCALIZAÇÃO Está na fossa posterior do crânio, mais precisamente no occipital: face interna da escama que é côncava possui quatro fossas: as duas triangulares acima são as fossas cerebrais que recebem os lobos occipitais do telencéfalo, e as duas abaixo que são quadrangulares que recebem o cerebelo, chamadas de fossas cerebelares. Tanto que temos a fossa do vérmis que recebe o vérmis (é praticamente toda a região central do cerebelo e é o que une os dois hemisférios cerebelares) do cerebelo. Portanto, hemisférios cerebelares e vérmis estão localizados na fossa posterior do crânio. Acima dele: TelencéfaloAnteriormente: Tronco encefálico a nível de ponte e bulbo (e ajuda a forma o IV ventrículo ou fossa romboide, uma vez que o véu cerebelar superior e inferior compõe o teto do IV ventrículo. e é uma região suscetível a lesões, como tumores nessa região, que podem afetar tanto elementos do IV ventrículo, como podem afetar o cerebelo) OBS: O cerebelo participa da formação do teto do IV ventrículo onde a dobra da dura-máter denominada tenda do cerebelo vai separar ele do lobo occipital do cérebro, ou seja, em cima do cerebelo vai ter essa tenda que é uma prega da dura-máter que separa o cerebelo do lobo occipital. DIVISÕES: A. ANATOMICA - Hemisfério direito e esquerdo (dois hemisférios cerebelares) - Vérmis (no centro – fossa do vérmis) B. ONTOGENÉTICA - Lobo anterior – Faz conexões com a medula espinhal e é responsável pelo tônus e postura (através do pedúnculo cerebelar inferior). Isso me diz que se a pessoa tiver um PAF no lobo anterior da divisão ontogenética, ele vai ter paralisia flácida; não terá tônus e postura para ficar ereto, ou até mesmo sentado. - Lobo posterior - Faz conexões com o córtex cerebral e é responsável pela sequência complexas de movimento (através do pedúnculo médio ou superior). Uma lesão nessa região, quem joga vôlei, por exemplo, não conseguirá fazer aquelas jogadas, pois a sequência complexa de movimentos estará comprometida. - Lobo flóculo-nodular – Faz conexões com a região vestibular e é responsável pelo equilíbrio. A região vestibular está atrás do tronco também. C. FILOGENÉTICA - Arqueocerebelo: É aquele que só dá noção de lateralidade. Ele está relacionado com uma parte do flóculo-nodular, mas este já é uma divisão ontogenética. - Paleocerebelo: É aquele que dá uma noção de profundidade. Lobo anterior segundo a divisão ontogenética. Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 18 - Neocerebelo (humano): É aquele que trabalha com movimentos complexos; mov. finos e delicados; tato refinado. Lobo posterior segundo a divisão ontogenética - Lesões do arqueocerebelo: geralmente por tumores no teto do quarto ventrículo. Principais consequências: disfunção de postura e estabilidade, ou seja, lesão do lóbulo anterior e lesão do lóbulo fóculo- nodular, afetando o equilíbrio). - Lesões de paleocerebelo: geralmente por alcoolismo crônico. Sintomas: alargamento da marcha e tremores no final e no início do movimento (ataxia, afetando principalmente as extremidades e também está relacionado a um desvio na marcha para o lado eu aconteceu a lesão), podem causar disdiadococinesia (dificuldade de realizar movimentos rápidos alternadamente), fracionamento do movimento, dismetria (dificuldade de apontar. Não é Parkinson, pois nesse caso já envolve subtálamo, que há dificuldade de controlar a musculatura, pois há um núcleo no subtálamo que faz conexões com o estriato através das fibras nigroestriatais, em que o neurotransmissor é a dopamina). - Lesão no neocerebelo: tem problemas de rechaço, descoordenação entre os músculos agonistas e antagonistas (manobra do rebote), nistagmo (descoordenação dos músculos do globo ocular no sentido horizontal e vertical, causando dicopia no paciente, pois não coordena o movimento do olho direito com o olho esquerdo, formando a imagem no lugar errado, tendo visão dupla), disartria (descoordenação nos músculos da laringe. Caracteriza uma fala lenta e indistinta. Compromete o nervo craniano acessório). NOÇÕES BÁSICAS Na visão de um corte sagital mediano, eu tenho a árvore da vida (parte cinzenta + parte branca) O que estiver entre dois sulcos, é uma folha (no telencéfalo o que está entre dois sulcos é um giro); os sulcos que são mais profundos (prima, pós-clival, horizontal) são FISSURAS. SULCO É RASO E SEPARA FOLHA, O QUE SEPARA LOBOS SÃO FISSURAS Cerebelo tem margem ou bordas Pedúnculos cerebrais fazendo o meio de fixação do cerebelo (na face anterior) As fissuras vão delimitar lóbulos; eu tenho lobo anterior, posterior e flóculo-nodular. Entre esses temos a fissura prima (primária), póstero- lateral que separa o lóbulo anterior do posterior (segundo a divisão ontogenética) e fissura horizontal (segundo a divisão anatômica, divide o cerebelo em uma parte superior e inferior). COMPONENTES: “São nove lóbulos, e entre os lóbulos acha-se as fissuras, que são oito, pois os véus cerebelares não contam. Cada lóbulo tem duas delimitações”. 1) Tenda do cerebelo (Acima dela temos o seio reto) 2) Véus cerebelares superior e inferior - formam o IV ventrículo; acima da tenda do cerebelo 3) Folhas do cerebelo; 4) Fissuras do cerebelo; 5) Corpo medular; 6) Lâmina branca (nela vamos encontrar núcleos do cerebelo) 7) Córtex cerebelar; 8) Língula - delimitada pelo véu cerebelar superior e pela fissura pré-central. É componente do lóbulo anterior (divisão ontogenética), e havendo uma lesão nesse lugar vai ocorrer alguma paralisia flácida ou alguma disfunção de tônus e postura. 9) Sulco pré-central; 10) Lóbulo central - delimitado pela fissura pré- central e pela fissura pré-culminar faz parte do lóbulo anterior (divisão ontogenética), função de tônus e postura 11) Sulco pré – culminar; Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 19 12) Culmén – ponto mais alto. Delimitado pelas fissuras pré-culminar e prima. Faz parte do lóbulo anterior (divisão ontogenética), função de tônus e postura. 13) Fissura Prima – separa os lóbulos anterior e posterior. 14) Declive – Delimitado pelas fissuras prima e pós clival. Faz parte do lóbulo posterior face superior (segundo a divisão ontogenética). Função de motricidade e movimentos complexos; 15) Sulco Pós-clival, 16) Folium - delimitado pela fissura pós-clival e pela fissura horizontal. Faz parte do lóbulo posterior face superior (segundo a divisão ontogenética). Função de motricidade e movimentos complexos; 17) Fissura horizontal - divide o lóbulo posterior em faces superior e inferior; 18) Tuber - delimitado pela fissura horizontal e pela fissura pré-piramidal. Faz parte do lóbulo posterior face inferior (segundo a divisão ontogenética). Função de motricidade e movimentos complexos; 19) Sulco pré-piramidal; 20) Pirâmide - delimitado pela fissura pré-piramidal e pela fissura pós-piramidal. Faz parte do lóbulo posterior face inferior (segundo a divisão ontogenética). Função de motricidade e movimentos complexos; 21) Sulco pós- piramidal; 22) Úvula - delimitado pela fissura póstero-lateral e pela fissura pós-piramidal. Faz parte do lóbulo posterior face inferior (segundo a divisão ontogenética). Função de motricidade e movimentos complexos; 23) Fissura póstero-lateral (separa o lóbulo posterior do floculo nodular) 24) Nódulo - delimitado pela fissura póstero-lateral e pelo véu cerebelar inferior. Faz parte do lóbulo flóculo – nodular. Função de equilíbrio. CASO CLÍNICO: havendo um tumor no teto do quarto ventrículo, na face inferior, as primeiras repercussões serão problemas relacionados a LCR, que pode ser hidrocefalia e muita dor de cabeça, e em seguida perca de equilíbrio, por ter atingido o nódulo. 25) Fissura retro-tonsilar; 26) Tonsila - relacionada ao lóbulo posterior - movimento de sequências complexas; 27) Árvore da vida do cerebelo (todas as estruturas) Sabemos a posição anatômica, numa visão anterior, quando colocamos o Flóculo e nódulo voltado para frente e tonsila para baixo, tem que existir um ponto mais alto no meio que será o cúlmen; ATENÇÃO: a peça mais usada na prova, por ser mais nítida, é a que contém uns vasos, a artéria, peça que costuma ficar no torso. Podemos combinar que o culmén conta dois lóbulos. NÚCLEOS DO CEREBELO 1. Fastigial (primeiros e mais centrais); 2. Globoso (duas bolinhas ao lado do fastigial); 3. Denteado(próximo a parede – parece uma fita de DNA); 4. Emboliforme (encontra-se no final do denteado); 5. Interpolado (emboliforme + globoso. Pode ser visto no corte coronal. CASO CLÍNICO: Algumas disfunções cerebelares, não vão desencadear distúrbios de consciência nem de sensibilidade, vão afetar a parte motora. No entanto as lesões do cerebelo não são cruzadas, se houver uma lesão no cerebelo do lado direito, vai afetar de fato o lado direito (ipselateral ou homolateral). Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 20 CARACTERÍSTICAS Deriva da vesícula prós-encefálica, sendo a porção mais desenvolvida do sistema nervoso central. Compreende dois hemisférios cerebrais: o direito e o esquerdo. É um órgão supra-segmentar de acordo com o critério metamérico, ou seja, é cinzento na periferia, branco no centro com núcleos da base ou substancias subcorticais. A superfície do cérebro apresenta depressões que são sulcos e circunvoluções que são giros com o intuito de aumentar a superfície de uma estrutura nervosa, ou seja, a existência de sulcos permite um considerável aumento na área cerebral (enovelamento). Entre dois sulcos = um giro. Divisão Em três faces 1. Supero-lateral 2. Medial 3. Inferior Em três polos 1. Frontal 2. Occipital 3. Temporal COMPONENTES: 1. Fissura longitudinal do cérebro (tem como ponto mais profundo o corpo caloso). 2. Corpo caloso – o mais importante dos vários conjuntos de fibras Intercomissurais que vão ligar os hemisférios, vai unir suas partes simétricas que precisam de correspondência para se comunicar (polichinelo - sincronismo depende da intercomunicação entre os hemisférios cerebrais). (Outros exemplos: comissura anterior, comissura posterior, aderência Intertalâmica). É dividido em quatro partes: rostro, joelho, corpo e esplênio. O Corpo caloso permite a transferência de conhecimento, informação de um hemisfério para outro para que ambos funcionem em harmonia.OBS: Para você saber quem é a trás e quem é a frente, o que parece um joelho é a frente e o que é uma dilatação é atrás. ATENÇÃO: Os lóbulos temporais se ligam através da comissura anterior. A comissura anterior tem uma porção olfatória e uma não olfatória. A não olfatória manda informações do lóbulo temporal e a olfatória está relacionada ao olfatório, estando relacionada ao corpo mamilar. CASO CLÍNICO: em caso de epilepsia descontrolada que já não responde mais a medicação e tem o foco unilateral, o corpo caloso pode ser seccionado para o tratamento cessando a transmissão de informações interemisfericas. 3. Córtex cerebral - camada fina externa 4. Sulco lateral ou sulco de silvius - separa o lóbulo frontal do lóbulo temporal. Tem três porções: anterior, ascendente e posterior. Nos lábios dele terei a área 52 de brodmann que terá função límbica. 5. Lóbulo da insula – Está internamente/profundamente ao sulco lateral. 6. Córtex da insula; 7. Límen da insula ; 8. Sulco circular ou circunferencial da ínsula; 9. Sulco central da ínsula; 10. Giros curtos (anteriormente) 11. Giros longos (posteriormente) 12. Sulco Central ou sulco de rolando - separa os lóbulos frontal e parietal. As estruturas a frente dele são motoras e atrás dele são sensitivas. 13. Lóbulo frontal – paralelamente ao sulco central. 14. Sulco pré-central – está no lóbulo frontal 15. Giro pré-central – delimitado pelo sulco central e sulco pré-central. Aqui temos a área 4 de brodmann que tem a função de movimentos simples contralaterais. Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 21 16. Sulco frontal superior – perpendicular ao central e pré central 17. Giro frontal superior – áreas 6,8,9,10,11,12 de brodmann que tem função de movimentos complexos ou refinados. Se comunicam com as olivas bulbares, com o lóbulo posterior do cerebelo. Movimentos que necessitam de delicadeza são homolaterais. Obs: a 12 estará mais medialmente. 18. Sulco frontal inferior - perpendicular ao central e pré central 19. Giro frontal médio – entre os sulcos frontais superior e inferior. Áreas 47 e uma projeção da 10 de brodmann. A projeção da dez terá a função do giro frontal superior. Já a 47 é PCC (pensamento, cognição e comportamento), faz conexões com o tálamo que é responsável também pela área cognitiva. 20. Giro frontal inferior – graças a presença do ramo anterior e do ascendente do sulco lateral, é dividido em três partes. Orbital, triangular e opercular. Áreas 44,45 e 46 de brodman, também chamada de área de broca, que é responsável pela palavra falada, é responsável pela programação da atividade motora relacionada com a expressão da linguagem. Lesão na área de broca = afasia de broca. ATENÇÃO: o nervo que se relaciona com a área de broca é o acessório que é responsável pelo controle dos músculos da laringe. Tem origem aparente no sulco lateral posterior. 21. Lóbulo temporal – uma lesão no lóbulo temporal vai ocasionar problemas de memória permanente 22. Sulco temporal superior; 23. Giro temporal superior – logo no seu início temos a área 38 de brodman que tem função de olfato e emoção. Ela se comunica com outras duas áreas com a mesma função 39 e 40 que estão nos giros supra-marginal e angular. Ela também vai se comunicar com o corpo mamilar, com a comissura anterior e com nervo olfatório. 24. Sulco temporal transverso anterior; 25. Sulco temporal transverso posterior; 26. Giro temporal transverso anterior - nele temos as áreas 41 e 42 de brodman que tem a função de audição. Ela também vai se comunicar com o colículo inferior, corpo geniculado medial e pulvinar do tálamo medial. CAMINHO DO SOM: O som penetra pela parede do tímpano, chega no nervo vestibulococlear, caminha dentro da porção petrosa do osso temporal e vai até o meato acústico interno e de lá caminha até o sulco bulbopontíneo – lateralmente ao nervo facial. Aí ele penetra ali, passa por dentro do tronco e vai pra área vestibular que está a nível da fossa rombóide. Dela, ele ascende através da fóvea superior e chega até o colículo inferior. De lá, ele passa pelo braço do colículo inferior, passa pelo geniculado medial, vai para o pulvinar do tálamo medialmente, passando passa pelo braço posterior da cápsula interna, pela corona radiata e vai seguira até o giro temporal transverso anterior onde será interpretado. 27. Giro temporal transverso médio; 28. Giro temporal transverso posterior – encontro a área 22, que é a área de Wernick, que tem a função de compreensão da fala. Uma lesão nessa área leva a afasia de Wernick. A compreensão da palavra depende da audição, então, existe um fascículo que liga 41 com 42 a 22 e depois liga 22 à 44, 45 e 46. É por isso que se você tiver uma deficiência auditivo ou for surdo, você não desenvolve a compreensão da palavra e não fala. A criança que não desenvolve a audição, não desenvolve a palavra falada. Ela faz sons, mas não desenvolve a palavra falada. 29. Giro temporal médio - área 21 de brodman, que está relacionada a silhueta (forma visual) e memória. Não consegue identificar as cores, mas as silhuetas sim. Por isso que algumas pessoas com deficiência visual têm lesão apenas na 17,18 e 19 e não na 21, conseguindo ver silhuetas. Lembrando também da função da memória. A memória temporária está no hipocampo – e vai ser armazenada até 72h. A memória permanente vem pra regiões corticais da área 21 e 20 de Brodmann. 30. Sulco temporal inferior; 31. Giro temporal inferior – terá a área 20 de Brodmann, também responsável pela memória e forma visual. Terá também a área 37 de Brodmann, com função de percepção visual, palavra e leitura. Tem relação com a área 22 que está ligada com as áreas 44, 45 e 46. 32. Incisura pré-occipital - o que estiver depois dela será lóbulo occipital 33. Lóbulo parietal; 34. Sulcopós-central – paralelo ao central Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 22 35. Giro pós central – áreas 1,2,3 somestésicas com função de tato, pressão, térmico dolorosas (centro da sensibilidade). Comunicam-se com o braço posterior da cápsula interna. Também faz conexões com o VPL que é o núcleo do tálamo. 36. Sulco intraparietal ou interparietal – termina a nível do lunatus(ele repetiu isso mil vezes. Lunatus já é occipital) 37. Lobo parietal superior – área 7 com a função de percepção/ tato (perSETEção) 38. Lobo parietal inferior – terá dois giros o supra- marginal e o angular, que terão as áreas 40 e 39 que tem a função de olfato e emoções. (Tem também uma parte do 22). Vai ter conexões com o cerebelo que uso o tato epicrítico. 39. Lóbulo occipital: áreas 17, 18 e 19 que estão relacionadas com a visão. Cor, profundidade e movimento (mar). Tem muitos giros e sulcos inconstantes. A área 19 está mais firmemente encontrada no lobo occipital, mas ela começa no final do giro parietal superior. Relação com o coliculo superior, corpo geniculado lateral e pulvinar do tálamo lateral. 40. Sulco occipito-parietal ; 41. Sulco occipital lateral – sai do lunatus 42. Occipital transverso – chega no lunatus. 43. Lunatus ; 44. Sulco calcarino – sulco principal da visão. Nos seus lábios: área 19 de brodmann. 45. Sulco do corpo caloso – margeia o corpo caloso 46. Sulco do cíngulo – paralelo ao corpo caloso 47. Giro do cíngulo – área septal/25, 24, 23, 30 e 31que estão relacionadas com o sistema límbico. 48. Istmo do cíngulo – estreitamento do giro do cíngulo. Área 30 de brodmann. 49. Giro fasciolar – abaixo do ístimo. 50. Sulco subpariental (descendente) 51. Sulco marginal (ascendente) 52. Sulco paracentral; 53. Lóbulo paracentral – área 5 que é dividida pelo sulco paracentral em motora (anterior) e sensitiva (posterior) dos membros inferiores 54. Projeção medial do sulco central; 55. Pré-cuneos - delimitado pelo ramo marginal do sulco do cíngulo, pelo sulco parieto-occipital e transversalmente pelo sulco calcaríneo. 56. Cúneos; 57. Giro occipito temporal medial; 58. Fórnix/fórnice - Começa nos corpos mamilares, dará origem ao hipocampo. Tem função de olfato e memória. Possui Coluna anterior, corpo e coluna posterior. E o que liga as duas colunas ao corpo é a comissura do fórnice. 59. Hipocampo - tem relação com o corpo amidaloide (corpo amidaloide está no final do núcleo caudado que está no polo temporal – que está próximo ao hipocampo que tá próximo ao corno inferior do ventrículo lateral). O hipocampo está profundamente no temporal, ou seja, abaixo do Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 23 córtex da ínsula. ATENÇÃO: Numa lesão que afete o polo temporal, afeta o corpo amidaloide, aí a pessoa perde o medo e a raiva. 60. Septo pelúcido - membrana que separa os ventrículos laterais na sua porção de corno anterior e uma pequena porção do corpo. Inferiormente ao lóbulo Frontal 61. Nervo olfatório: bulbo (dilatação do trato. Se apoia na lâmina crivosa do etmoide e emite suas radiações que vão pra cavidade nasal), trato e estrias olfatórias (medial, lateral e intermédia se juntam e formam o trato. Estão apoiadas no julgo esfenoidal) 62. Sulco olfatório; 63. Giro reto; 64. Giros e sulcos orbitais (impressões digitiformes) 65. Substância perfurada anterior (começa onde surgir o nervo olfatório) Inferiormente ao lóbulo temporal 66. Sulco occipito-temporal; 67. Sulco colateral (posterior); 68. Sulco rinal (anterior) que acaba próximo a substância perfurada anterior 69. Projeção inferior do calcaríno; 70. Sulco hipocampal (margeia o hipocampo) 71. Giro temporal inferior; 72. Giro occipito temporal lateral; 73. Giro occipito temporal medial; 74. Giro parahipocampal – área 28 de brodmann comunica-se com o cótex olfatório primário. 75. Uncus – relaciona-se com o corpo mamilar – função olfatória. Á frente do uncus está a substância perfurada anterior e a área 34 de brodmann que também está associada ao córtex olfatório primário. 76. Ístimo do cíngulo; OBS: Do lado do corpo caloso eu tenho duas cavidades bilaterais a nível do telencéfalo, os ventrículos laterais. O ventrículo lateral acompanha uma parte do corpo caloso, se projeta para trás e depois para frente, tendo um corno anterior, um corpo, um corno posterior (que é occipital) e um corno inferior (que é temporal). Então se for cortando transversalmente, mais encima vai aparecer só o corpo, descendo um pouco aparece o corno anterior e o corno posterior. No meio dos ventrículos laterais eu tenho o septo Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 24 pelúcido. Descendo eu tenho uma cavidade ímpar e mediana, o terceiro ventrículo. O ventrículo lateral se comunica com o terceiro ventrículo através do forame interventricular. Temos também o fórnice e lateralmente a ele temos massas ovoides, que é o tálamo. OBS: 2 estruturas anatômicas, uma a nível de córtex cerebral e outra a nível de diencéfalo que trabalham com núcleos da base na conexão de cognição: Giro frontal médio –área 47 de Brodmann. E o tálamo – responsável por cognição. Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 25 Ou substâncias subcorticais. Localizam-se profundamente no prosencefalo, atrás da extensão rostral dos ventrículos laterais. São Núcleos neuronais de substância cinzenta que possuem a função primordial de controle motor e emocional, ou seja, o sistema límbico está diretamente relacionado aos núcleos da base. LOCALIZAÇÃO Na profundidade do cérebro latero-superiormente ao corpo caloso e das estruturas límbicas. Depende também do núcleo, alguns núcleos estão abaixo, como o núcleo de meynert que está localizado nas proximidades do corpo caloso e do ventrículo lateral. QUEM SÃO? 1. Claustrum - tem função desconhecida, mas com a proximidade com o córtex da ínsula pode ter função límbica. 2. Corpo amigdaloide ou núcleo basal - está no final do núcleo caudado a nível do polo temporal e possui função de raiva, medo, ansiedade, resposta sexual. Se relaciona por proximidade principalmente com o hipocampo. Emoções primárias relacionadas com as necessidades imediatas, como alimentação (fome/saciedade), obtenção de água (sede), sexo (libido), fugir do predador ou outra ameaça (medo), ira e agressão, que também são fatores relacionados a presença dessas informações destinados ao corpo amigdaloide, nós também temos comportamentos emocionais ligados a cognição, afeto, motivação, alterações somáticas e viscerais. Conexão com as áreas de brodman: Dependendo do tipo de emoção ele vai seguir a uma área especifica, por exemplo, cognição e percepção consciente de sensações que lhe transmitam prazer e a forma de aprendizagem, então vai sair um fascículo do núcleo da base, que é do corpo amigdaloide até a área 47. Não vai ser apenas interpretada no córtex cerebral ele também vai passar núcleo, para fazer a leitura final. 3. Núcleo caudado - Temos cabeça, corpo e cauda. Acompanha a morfologia do ventrículo lateral a não ser pelo corno inferior. Atrofia na cabeça: coreia de Huntington 4. Putamen; 5. Globo pálido. 6. Meynert - trabalha com memórias e funções psíquicas superiores, tem conexões com o sistema límbico, neurônios colinérgicos, tem a ver com a doença de Alzheimer. Ele tem uma memória antiga, mas ele não tem córtex para armazena memoria permanente, o problema de Alzheimer é devido a diminuição no volume cortical. 7. Accumbens ou corpo estriado ventral (condutas que proporcionem o prazer)8. Substância nigra – Presente no mesencéfalo. A substância negra apresenta neurônios que tem uma peculiaridade de apresentar melanina, seu principal neurotransmissor é a dopamina e ela faz dois tipos de fibras nigro-estriatais e estriato-nigrais passando pelo subtálamo e sendo responsáveis por ações relacionadas aos movimentos. Então a diminuição da dopamina que é produzida pelos neurônios, vai fazer com que você tenha movimentos involuntários relacionados ao subtálamo = DOENÇA DE PARKINSON. 9. Subtálamo 10. Tálamo (Sistema límbico) - O globo pálido mais o putamen que equivale ao núcleo lentiforme. Núcleo lentiforme mais Núcleo caudado forma o corpo estriado ou neoestriado. O corpo neoestriado junto com o acumbens forma o estriatum. O corpo estriado Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 26 trabalha com o controle do movimento voluntário já iniciado, ou seja, ele trabalha junto com o cerebelo (lobo posterior). O cerebelo faz o meio e o fim, e o movimento já iniciado é feito pelo CORPO ESTRIADO. Corpo estriado trabalha com planejamento motor e trabalha com o lobo posterior do cerebelo. Se fosse com o telencéfalo, seria o lobo frontal. - Gânglios basais ou nervos inferiores também são importantes para expressão e regulação da emoção e cognição. Então além de trabalhar com a parte motora e coordenação ele trabalha também com emoção e cognição. Então, a cognição depende muitas vezes do estado emocional do indivíduo. Se ele estiver com problemas que estejam afetando essa parte emocional, pode dificultar ele de ter o seu aprendizado por exemplo. - Funções gerais dos núcleos da base: controle motor das atividades repetitivas, para eu poder ter o controle exato de determinadas estruturas eu preciso que esse comando parta dos núcleos da base. Se ele vai ser refinado ou não depender do tipo de informação. Para ele ser refinado ele tem que ir para oliva, da oliva ele vai para o cerebelo onde haverá uma correção da atividade motora. O cerebelo só trabalha com atividade motora. Nos animais e também no humano é responsável pelo instinto de sobrevivência – limpeza, higiene, alimentação são definidas pelos núcleos da base. MORFOLOGIA DOS VENTRÍCULOS LATERAIS Ventrículo lateral tem Corno anterior do ventrículo lateral, corpo e corno posterior do ventrículo lateral. O que tem próximo ao Corno anterior do ventrículo lateral é o Forame interventricular (vai ligar o ventrículo lateral ao terceiro ventrículo). A nível do Corno anterior do ventrículo lateral eu tenho uma grande massa ovoide que é a cabeça do núcleo caudado (substância cinzenta). Porque o núcleo caudado acompanha a configuração do ventrículo lateral, então, se eu tenho o Corno anterior do ventrículo lateral também estará localizado a primeira porção do núcleo caudado que é a cabeça. A cauda do núcleo caudado, vem da frente e vai afinando no corpo até ficar mais fino e ir para o polo temporal. Atenção! a cauda do núcleo caudado NÃO se relaciona com o Corno posterior do ventrículo lateral, pois a cauda do núcleo caudado estará anterior. O Septo pelúcido separa as porções do corno anterior dos ventrículos laterais. Existirá também a cavidade do septo pelúcido. O corpo do ventrículo lateral, ou seja, a sua porção média, relaciona-se com o núcleo caudado (corpo), fornix, plexo coroide do terceiro ventrículo, tálamo e corpo caloso. Lateralmente, interiormente temos essas diversas estruturas relacionadas ao corpo do ventrículo lateral. Nele também começa a aparecer o plexo coroide dos ventrículos laterais que começa a de fato aparecer no Corno posterior do ventrículo lateral. Apostila de Neurologia - neuroanatomia - Marina Paiva (@resumemari) 27 Porção posterior relaciona-se com corpo caloso em quase toda a sua extensão. Então o ventrículo lateral corno posterior vai se relacionar com o esplênio do corpo caloso. No seu corno inferior do ventrículo lateral quem vai estar próximo é o corpo amigdaloide. Porque quem dá origem ao corpo amigdaloide e a cauda do núcleo caudado, a cauda no núcleo caudado vai rodar e vim para o polo temporal), e quando ele chega se dilata e forma o corpo amigdaloide que é responsável pela raiva e medo. Hipocampo estrutura que transforma memória recente em memória permanente. A memória permanente é a de muitos anos. A memória recente vai ficar armazenada no hipocampo, se isso for importante ele vai transportar até 72 hrs para os núcleo da base e vai ficar armazena lá, e também vai ser enviado para o cortex cerebral para as área 20 e 21 de Brodmann (memória recente e permanente), mas memória recente mesmo é no hipocampo. O hipocampo consiste em dois cornos que se curvam para trás em direção ao corpo amigdaloide. Converte memória de curta duração em coisa que pode ser relembrada por longo tempo (memória de longa duração). O hipocampo é lateral e o corpo amigdaloide é medial. Quando o hipocampo é lesado a pessoa não consegue construir novas memórias, e vive em um mundo estranho onde todas as experiências somem da mente, mas as memórias mais antigas, prévias ao dano, permanecem intactas. Isso aqui está mais relacionado ao traumatismo no lobo temporal, tumores. Se a pessoa tiver uma lesão nas áreas 20 e 21 de brod. Juntamente com o hipocôndrio, ela não vai formar nenhuma nova memória. Ela só vai lembrar o que aconteceu 72hrs antes. Se o hipocampo for pressionado por um tumor do lobo temporal, e depois retirar o tumor sem lesionar o hipocampo a tendência é voltar a memória, quando está comprimido tem hora que vai conseguir converter a memória e tem horas que não. Entres os núcleos existem lâminas de subst. branca separando-os 1. Capsula interna: o Braço posterior da cápsula interna está lateralmente ao tálamo e medialmente ao globo pálido interno ou medial. A capsula interna tem também um braço/ramo anterior que estará lateralmente a cabeça do núcleo caudado e terá um joelho. 2. Lâmina medular medial: separa o globo pálido medial ou interno do globo pálido lateral ou externo. 3. Lâmina medular lateral: separa o putâmen do globo pálido externo. 4. Capsula externa: separa o putâmen do claustrum. 5. Capsula extrema separa o claustrum do córtex da insula. Então a sequência: tálamo, braço posterior da capsula interna, globo pálido interno, lâmina medular medial, globo pálido externo, lâmina medular lateral, Putâmen, capsula externa, claustrum, capsula extrema, córtex da insula.
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