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Ovo = até 3 semanas Embrião = de 3 semanas a 3 meses Feto = após 3 meses 1. Natural: é a interrupção espontânea da gravidez. 2. Acidental: é a interrupção da gravidez provocada por traumatismos, tais como choques ou quedas. 3. Criminoso: é a interrupção dolosa da gravidez. 4. Legal ou permitido: é a interrupção da gravidez de forma voluntária e aceita por lei. 5. Eugênico ou eugenésico: é a interrupção da gravidez para evitar o nascimento da criança com graves deformidades genéticas. 6. Econômico ou social: mata-se o feto para não agravar a situação de miserabilidade enfrentada pela mãe e/ou por sua família (é crime). Tutela-se a vida humana em formação. Protege-se o direito à vida, do qual o feto é titular. No caso do aborto provocado por terceiro, protege- se, também, a integridade física e psíquica da gestante. O objeto material é o feto em todas as modalidades de aborto criminoso. Ativo → no caso do artigo 124 é a gestante, tratando- se, portanto, de crime próprio, uma vez que exige uma condição especial. Nos outros tipos penais, qualquer pessoa pode ser autor do delito (crime comum). Obs.: não admite coautoria, apenas participação. Passivo → é o fato em todas as modalidades, e também a mulher quando o aborto é praticado sem o seu consentimento. O objeto material é o produto da fecundação. O aborto é um crime doloso. Portanto é necessário que o agente queira o resultado ou assuma o risco de produzi-lo. Dolo eventual → agride mulher grávida. Não há crime de aborto culposo, a imprudência da mulher grávida não é punível. O terceiro que por culpa causa o aborto, responde por lesão corporal culposa. É preterdoloso no caso do art. 127 do CP (dolo antecedente, culpa consequente). O crime de aborto é de forma livre. Admite qualquer meio de execução, comissivo ou omissivo. A omissão, para ser penalmente relevante, depende da existência do dever de agir, sendo o caso da mãe que deixa de alimentar-se adequadamente para que ocorra o aborto, por exemplo. Se o meio de execução for absolutamente ineficaz, caracteriza-se crime impossível. o Consuma-se o crime com interrupção da gravidez e a morte do feto, desnecessária a existência da expulsão; o A tentativa ocorre quando as manobras abortivas não interrompem a gravidez ou provocam a aceleração do parto; o Se o feto nasce viável e vem a perecer ulteriormente, em consequência das manobras abortivas, o crime de aborto se consuma, mas se a morte resultou de causa independente, existirá apenas tentativa de aborto; É a interrupção da gravidez, da qual resulta a morte do produto da concepção. Arts. 124-128 ABORTO Art. 124 Art. 125 Art. 126 Art. 127 Provocado pela gestante ou com seu consentimento Provocado por terceiro Causa de aumento de pena o Haverá concurso de crimes – aborto tentado e homicídio ou infanticídio consumado, se a criança sobrevive às manobras abortivas e sofre outro ataque. Poderá ser homicídio ou infanticídio. Art. 124. O autoaborto é previsto no art. 124, CP e possui duas figuras típicas: ❶ provocar aborto em si mesma; ❷ consentir que outro lhe provoque o aborto; Na segunda hipótese, a gestante consente para que terceiro lhe provoque o aborto. A primeira posição diz que pode haver concurso de agentes no terceiro que induz, instiga ou auxilia, figurando como participe do art. 124, CP. O terceiro somente responderia pelo art. 126 quando participasse do ato executivo, na execução dos meios abortivos. A segunda posição defende que quem participa do fato, ainda que apenas induzindo ou auxiliando o agente, responde como partícipe do art. 126. Resumindo: se o agente induz/instiga a gestante a consentir o aborto: 124, CP Se ele provoca o aborto, 126, CP.
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