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Patologia das Glândulas Salivares

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Patologia Cirúrgica das Glândulas Salivares
GLÂNDULAS SALIVARES 
 
 GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES: 
 Parótida; 
 Submandibulares; 
 Sublinguais. 
 GLÂNDULAS SALIVARES MENORES: 
 Distribuídas por toda a mucosa oral. 
 DOENÇAS DE GLÂNDULAS SALIVARES: Inflamações ou 
neoplasias podem se desenvolver em ambas. 
XEROSTOMIA 
 XEROSTOMIA: Boca seca por  na produção de saliva. 
 Incidência de 20% em indivíduos > 70 anos. 
 Doenças Autoimunes: Síndrome de Sjögren (pode 
haver  inflamatório concomitante das gls. Salivares). 
 É uma das principais complicações da radioterapia. 
 Efeito colateral de anticolinérgicos, antidepressivos, 
antipsicóticos, diuréticos, anti-hipertensivos, sedativos, 
relaxantes musculares e anti-histamínicos. 
 Clínica: Mucosa seca e/ou atrofia das papilas da língua, 
com fissuras e ulcerações. 
 Complicações: Cáries, candidíase, dificuldades na 
deglutição e na fala. 
SIALOADENITES (INFLAMAÇÕES) 
 
 SIALOADENITE: Pode ser induzida por trauma, infecção 
viral ou bacteriana ou doença autoimune. 
 Caxumba: Forma mais comum de sialoadenite viral, na 
qual as glândulas salivares maiores, particularmente as 
parótidas, são afetadas. 
 Acometimento de outras glând.  pâncreas, testículos. 
 Sjögren: Autoimunidade, inflamação disseminada das 
glândulas salivares e secretoras de muco, xerostomia. 
 
 
 
Síndrome de Sjögren 
Xerostomia - Mucosa oral seca e eritematosa, cáries 
dentárias e atrofia das papilas filiformes encontradas no 
dorso da língua. Disfagia. Ceratoconjuntivite seca. 
MUCOCELE 
 
 MUCOCELE: Lesão inflamatória mais comum das 
glândulas salivares. Resulta tanto do bloqueio/ruptura 
de um ducto de glândula salivar, com vazamento de 
saliva para o estroma de tecido conjuntivo adjacente. 
 São frequentes no lábio inferior (trauma). 
 Mais comuns em crianças pequenas, adultos jovens e 
idosos (suscetíveis à quedas/traumas). 
 Clínica: Tumefações flutuantes do lábio inferior que 
possuem uma coloração azulada translúcida. A lesão 
aumenta, principalmente nas refeições. 
 Microscopia: Pseudocistos revestidos por tecido de 
granulação ou tecido conjuntivo fibroso. O espaço 
cístico é preenchido por mucina e células inflamatórias, 
particularmente macrófagos. 
 Tratamento: Excisão completa do cisto e do 
lóbulo da glândula salivar menor acompanhante. 
 
 
SIALOLITÍASE 
 SIALOLITÍASE: Cálculos relacionados à obstrução dos
orifícios glandulares por restos alimentares ou edema.
 Associado principalmente às gl. submandibulares.
 A diminuição da função secretora também pode 
predispor a invasão bacteriana secundária
 Sialoadenite bacteriana associada, + unilateralmente
 O envolvimento inflamatório causa aumento doloroso
e, algumas vezes, descarga ductal purulenta.
CISTOS LINFOEPITELIAIS
 CISTOS LINFOEPITELIAIS: Lesões uni ou multiloculares
 Associações: 
 HIV (síndome de linfocitose infiltrativa difusa
 Doenças autoimunes (Síndrome de Sjögren)
 Pacientes HIV com cistos linfoepiteliais nas parótidas
 Linfócitos policlonais CD8+. 
 Não progride para linfoma. 
 PAAF: Glândulas normais com infiltrado de linfócitos
na periferia e a biópsia mostra a parede dos cistos com 
linfócitos em banda. 
NEOPLASIAS DE GLÂNDULAS SALIVAR
 NEOPLASIAS: Apesar de sua morfologia relativamente 
simples, as glândulas salivares dão origem a não menos 
de 30 tumores histologicamente distintos.
 A probabilidade de um tumor na gl. salivar ser maligno 
é inversamente proporcional ao tamanho da glândula.
 Benignas: 
 Adenoma pleomorfo (50%) – Tumor misto;
 Tumor de Warthin (5%-10%); 
 Oncocitoma (1%); 
 Outros adenomas (5%-10%): 
 Adenoma de células basais 
 Adenoma canalicular 
 Papilomas ductais. 
Mucocele 
 
à obstrução dos 
orifícios glandulares por restos alimentares ou edema. 
Associado principalmente às gl. submandibulares. 
diminuição da função secretora também pode 
bacteriana secundária. 
unilateralmente. 
mento inflamatório causa aumento doloroso 
e, algumas vezes, descarga ductal purulenta. 
LINFOEPITELIAIS 
 
Lesões uni ou multiloculares. 
síndome de linfocitose infiltrativa difusa); 
me de Sjögren). 
Pacientes HIV com cistos linfoepiteliais nas parótidas. 
normais com infiltrado de linfócitos 
parede dos cistos com 
DE GLÂNDULAS SALIVARES 
Apesar de sua morfologia relativamente 
simples, as glândulas salivares dão origem a não menos 
histologicamente distintos. 
salivar ser maligno 
roporcional ao tamanho da glândula. 
Tumor misto; 
 Malignas: 
 Carcinoma mucoepidermoid
 Adenocarcinoma (10%);
 Carcinoma de células acinares (5%);
 Carcinoma adenoide cístico (5%);
 Tumor maligno misto (3%
 Carcinoma de células escamosas (1%);
 Outros carcinomas (2%).
 São neoplasias incomuns.
 Localização e malignidade
 65% a 80% são originados nas parótidas, 
são malignos. 
 10% nas gls. submandibulares, 40% são malignos;
 Restante nas glândulas salivares menore
malignos; e 70% a 90% daqueles na glândula 
sublingual são malignos
 Epidemiologia: 
 Afetam principalmente
mulheres (2:1). 
 Tumor de Warthin acomete + homens(tabagismo).
 Os benignos surgem em torno da 5ª e 7ª décadas 
de vida, enquanto os malignos surgem + tarde.
 Características clínicas: 
 Tumor de parótida 
frente e abaixo da orelha.
 Ao dx, variam entre 4 a 6 cm de diâmetro e são 
móveis à palpação, exceto se negligenciados.
 Os cânceres costumam ter crescimento + rápido.
 Não há critérios clínicos confiáveis que 
diferenciem as lesões benignas das malignas.
ADENOMA PLEOMORFO (TUMOR MIST
 ADENOMA PLEOMORFO (TUMOR MISTO): 
benigno que consiste 
ductais (epiteliais) e mioepiteliais e, portanto, 
demonstram diferenciação epitelial e mesenquimal.
 Justificativa do termo adenoma (céls ductais).
 Representam cerca de 60% dos tumores das glându
parótidas, sendo menos comuns nas glândulas 
submandibulares e raros nas gls.
 Apresentam elementos epiteliais dispersos em matriz 
mixóide, hialina, condróide (cartilaginosa) ou óssea.
 Pouco se sabe sobre as origens destas neoplasias, 
exceto que a exposição à radiação aumenta o risco.
 Rearranjos cromossômicos gene 
Mucocele 
Carcinoma mucoepidermoide (15%); 
Adenocarcinoma (10%); 
Carcinoma de células acinares (5%); 
Carcinoma adenoide cístico (5%); 
Tumor maligno misto (3%-5%); 
Carcinoma de células escamosas (1%); 
Outros carcinomas (2%). 
 
 
 
São neoplasias incomuns. 
e malignidade: 
são originados nas parótidas, 15% a 30% 
s gls. submandibulares, 40% são malignos; 
estante nas glândulas salivares menores, 50% são 
70% a 90% daqueles na glândula 
sublingual são malignos. 
Afetam principalmente adultos, especialmente 
Tumor de Warthin acomete + homens(tabagismo). 
Os benignos surgem em torno da 5ª e 7ª décadas 
de vida, enquanto os malignos surgem + tarde. 
 
Tumor de parótida  Aumento característico na 
e e abaixo da orelha. 
Ao dx, variam entre 4 a 6 cm de diâmetro e são 
móveis à palpação, exceto se negligenciados. 
Os cânceres costumam ter crescimento + rápido. 
Não há critérios clínicos confiáveis que 
diferenciem as lesões benignas das malignas. 
LEOMORFO (TUMOR MISTO) 
ADENOMA PLEOMORFO (TUMOR MISTO): Tumor 
 em uma mistura de células 
(epiteliais) e mioepiteliais e, portanto, 
demonstram diferenciação epitelial e mesenquimal. 
Justificativa do termo adenoma (céls ductais). 
cerca de 60% dos tumores das glândulas 
parótidas, sendo menos comuns nas glândulas 
raros nas gls. salivares menores. 
lementos epiteliais dispersos em matriz 
mixóide, hialina, condróide (cartilaginosa) ou óssea. 
Pouco se sabe sobre as origens destas neoplasias, 
exceto que a exposição à radiação aumenta o risco. 
Rearranjos cromossômicos gene PLAG1 (fator transcrição). 
 
 Clínica: Massas indolores, de crescimento lento, 
móveis dentro da parótida ou áreas submandibulares 
ou na cavidade bucal. 
 A taxa de recorrência com parotidectomia é cerca de 
4%, mas com simples enucleação, se aproxima de 25%. 
 Esta alta recorrência é por causa de incapacidadepara 
reconhecer as saliências minúsculas da massa principal, 
para o tecido circundante, no momento da cirurgia
 Um Ca que se origina de um adenoma pleomorfo pode 
ter denominações diferentes, como 
adenoma pleomorfo ou tumor misto maligno
 Incidência de malignização: Aumenta com o tempo. 
2% para tumores de menos de 5 anos e de quase 10% 
para aqueles com mais de 15 anos de duração
 Costumam se transformar em adenomas ou 
carcinomas indiferenciados. 
 São altamente infiltrativos  Substituição 
dos adenomas pleomorfos preexistentes. 
 Dificulta o dx de carcinoma ex
pleomórfico, que requer elementos residuais do 
adenoma pleomorfo. 
 Um dos mais agressivos entre os Tu malignos das gls.
salivares  Mortalidade de 30% a 50% em 5 anos
 
 
 
 Macroscopia: Massas arredondadas bem demarcadas, 
raramente > 6 cm em sua maior dimensão
de corte branco-acinzentada com áreas mixoides e 
translúcidas azuladas de material condroide
 Microscopia: Heterogeneidade tecidual
aspecto. Elementos epiteliais formam arranjos de
ácinos, ductos, túbulos, cordões ou lençóis celulares. 
Esses elementos ficam dispersos em um 
estroma/matriz formada pelos elementos 
mesenquimais: o TC mixóide frouxo é o principal e 
existem algumas áreas de TC cartilaginoso e ósseo,
embora raras. Na maioria dos casos não há atividade 
mitótica evidente nem displasia epitelial
 
indolores, de crescimento lento, 
móveis dentro da parótida ou áreas submandibulares 
ectomia é cerca de 
4%, mas com simples enucleação, se aproxima de 25%. 
Esta alta recorrência é por causa de incapacidade para 
reconhecer as saliências minúsculas da massa principal, 
para o tecido circundante, no momento da cirurgia. 
pleomorfo pode 
como carcinoma ex-
tumor misto maligno. 
Aumenta com o tempo. 
menos de 5 anos e de quase 10% 
15 anos de duração. 
Costumam se transformar em adenomas ou 
ubstituição completa 
preexistentes. 
a o dx de carcinoma ex-adenoma 
elementos residuais do 
Tu malignos das gls. 
ortalidade de 30% a 50% em 5 anos. 
 
 
assas arredondadas bem demarcadas, 
6 cm em sua maior dimensão. Superfície 
cinzentada com áreas mixoides e 
translúcidas azuladas de material condroide. 
tecidual é o principal 
Elementos epiteliais formam arranjos de 
ácinos, ductos, túbulos, cordões ou lençóis celulares. 
dispersos em um 
estroma/matriz formada pelos elementos 
mixóide frouxo é o principal e 
existem algumas áreas de TC cartilaginoso e ósseo, 
embora raras. Na maioria dos casos não há atividade 
displasia epitelial. 
Carcinoma ex-adenoma pleomorfo:
TUMOR DE WARTHIN
 TUMOR DE WARTHIN:
Cistoadenoma Papilar Linfomatoso, é um 
parece ser neoplásico, cujas
que servem de atrativos para as células linfoides,
que se acredita serem reativas
 2ª neoplasia mais comum das glândulas salivares.
 Benignas, taxas de recorrência de
 Praticamente o único tumor restrito às parótidas.
 Mais comum em homens, entre a 5ª e 6ª décadas.
 10% multifocais, 10% bilaterais.
 Tabagismo aumenta o risco em 8x.
 Raramente, se originam dentro de linfonodos cervicais, 
o que não deve ser confundi
 Clínica: Massas encapsuladas, 
de 2 a 5 cm de diâmetro, geralmente surgindo na 
porção superficial da glândula parótida, onde são 
facilmente palpáveis. 
 Macroscopia: Superfície cinza
espaços císticos estreitos o
preenchidos com secreções mucinosas ou serosas
 Microscopia: Os espaços 
camada dupla de células epiteliais neoplásicas que 
repousam sobre um estroma linfoide
denso, as vezes com centros germinativos
frequentemente são estreitados por
polipoides de elementos linfoepiteliais. 
camadas de células de revestimento são distintas; a
camada superior consiste em células colunares em 
paliçada com citoplasma abundante, eosinofílico, 
finamente granular, enquanto a camada inferior é 
composta de células cuboidais a poligonais. A
aparência granular do citoplasma da camada superior 
se deve à presença de numerosas mitocôndrias, uma 
característica referida como
secretoras estão dispersas na camada de células 
colunares, contribuindo para as secreções
luzes dilatadas. Ocasionalmente, há focos de 
metaplasia escamosa. 
adenoma pleomorfo: 
 
TUMOR DE WARTHIN 
 
TUMOR DE WARTHIN: Também denominado 
denoma Papilar Linfomatoso, é um tumor que 
cujas células produzem fatores 
que servem de atrativos para as células linfoides, 
que se acredita serem reativas. 
2ª neoplasia mais comum das glândulas salivares. 
taxas de recorrência de 2% após ressecção. 
amente o único tumor restrito às parótidas. 
Mais comum em homens, entre a 5ª e 6ª décadas. 
10% multifocais, 10% bilaterais. 
Tabagismo aumenta o risco em 8x. 
se originam dentro de linfonodos cervicais, 
que não deve ser confundido com metástases. 
psuladas, de arredondadas a ovais, 
diâmetro, geralmente surgindo na 
porção superficial da glândula parótida, onde são 
uperfície cinza-clara salpicada por 
espaços císticos estreitos ou semelhantes a fendas, 
preenchidos com secreções mucinosas ou serosas. 
espaços são revestidos por uma 
camada dupla de células epiteliais neoplásicas que 
repousam sobre um estroma linfoide 
com centros germinativos. Os espaços 
frequentemente são estreitados por projeções 
polipoides de elementos linfoepiteliais. As duas 
camadas de células de revestimento são distintas; a 
camada superior consiste em células colunares em 
om citoplasma abundante, eosinofílico, 
granular, enquanto a camada inferior é 
composta de células cuboidais a poligonais. A 
citoplasma da camada superior 
de numerosas mitocôndrias, uma 
da como “oncocítica”. Células 
secretoras estão dispersas na camada de células 
colunares, contribuindo para as secreções dentro das 
as. Ocasionalmente, há focos de 
 
CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE 
 
 CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE: Compostos por 
células escamosas, células secretoras de muco e células 
intermediárias. 
 15% de todos os tumores da glândula salivar. 
 Ocorrem principalmente nas parótidas (60% a 70%) e 
glândulas salivares menores. 
 Mais de 50% casos com translocação cromossômica 
balanceada (11; 19) (q21; p13) que cria um gene de 
fusão composto de partes dos genes MECT1 e MAML2. 
 O gene de fusão MECT1-MAML2 está associado à 
gênese deste tumor, por perturbar as vias de 
sinalização Notch e AMP cíclico-dependentes. 
 A definição do status de translocação é suporte para o 
diagnóstico do CME, no que diz respeito a tumores de 
alto grau e de morfologias variantes. 
 Curso clínico e prognóstico dependem do grau da 
neoplasia. 
 Os de baixo grau podem invadir localmente e recidivam 
em 15% dos casos, mas raramente metastatizam, 
tendo sobrevida em 5 anos maior que 90%. 
 Os de alto grau e intermediários são invasivos e difíceis 
de ressecar, com recidiva em cerca de 25% a 30% 
dos casos, e metástases à distância em 30%, com 
sobrevida em 5 anos de somente 50%. 
 Macroscopia: Podem crescer até 8 cm. Apesar de 
parecerem circunscritos, não possuem a cápsula bem 
definida e têm frequentemente margens infiltrativas. 
Apresentam-se pálidos e branco-acinzentados aos 
cortes e muitas vezes contêm cistos pequenos 
preenchidos por mucina. 
 Microscopia: Cordões, lençóis ou formações císticas de 
células escamosas, mucinosas ou intermediárias. Os 
tipos celulares híbridos podem ter características 
escamosas, com vacúolos grandes e pequenos 
preenchidos por muco. As células tumorais podem ter 
aparência regular e benigna ou altamente anaplásicas e 
inconfundivelmente malignas, o que os subclassifica 
em baixo, intermediário ou alto grau. 
 
Carcinoma Mucoepidermóide e gene de fusão MECT1-MAML2 
 
CARCINOMA ADENOIDE CÍSTICO 
 
 CARCINOMA ADENOIDE CÍSTICO: Maligno, mas 
aparência histologicamente benigna, com morfologia 
cribriforme, sólida ou tubular. 
 Parecido com cilindroma na pele. 
 Mais frequente na submandibular, sublingual ou 
glândulas salivares menores. 
 Também visto no nariz, seios da face e vias aéreas 
superiores, mama e outros locais. 
 22% dos tumores malignos de glândulas salivares. Mais comuns na 5ª e 6ª décadas de vida. 
 Predomínio em homens. 
 Crescimento lento, indolente e imprevisível, com 
tendência a invadir espaços perineurais. 
 São localmente agressivos e muito recidivantes. 
 Raras metástases linfonodais. 
 50% ou mais se disseminam para locais a distância 
algumas décadas após a tentativa de remoção. 
 Taxas de sobrevida em 5 anos de 60% a 70%,  para 
30% em 10 anos, e para 15% em 15 anos. 
 Neoplasias de glândulas salivares menores possuem 
pior prognóstico que os originados nas parótidas. 
  Prognóstico para tumores do pálato ou parótida;  
prognóstico para tumores desdiferenciados p53+. 
 Taxa de recidiva depende do padrão: Sólido (100%), 
cribriforme (89%), tubular (59%). 
 Sobrevida em 15 anos: Sólido (5%), cribriforme (26%), 
tubular (39%). 
 Macroscopia: lesões pequenas, mal encapsuladas, 
infiltrativas e de coloração róseo-acinzentada. 
 Microscopia: Células pequenas com núcleo compacto, 
hipercromático e citoplasma escasso, dispostas em 
padrões tubular, sólido ou cribiforme, semelhantes a 
cilindromas originados de anexos cutâneos. Os espaços 
entre as células são preenchidos por material hialino, 
que parece representar excesso de membrana basal. 
 Patologia molecular: Gene de fusão MYB-NFIB (86%). 
 
 
 
 
 
CARCINOMA DE CÉLULAS ACINARES 
 
 CARCINOMA DE CÉLULAS ACINARES: Composto por 
células que se assemelham a células acinares serosas 
normais das glândulas salivares. 
 Incomum (2% a 3% dos tumores de gls. salivares). 
 A maior parte se origina nas parótidas. 
 Raramente envolve glândulas salivares menores (pelo 
número escasso de células serosas). 
 Pode ser bilateral e multicêntrico. 
 São pequenos, bem delimitados/encapsulados. 
 Microscopia: Arquitetura/morfologia celular variáveis. 
As células apresentam citoplasma claro, mas algumas 
podem ser sólidas ou vacuoladas. As células tumorais 
estão dispostas em lençóis ou em padrões microcístico, 
glandular, folicular ou papilar. Há leve anaplasia e 
poucas mitoses, mas alguns parecem + pleomorfos. 
 Comportamento clínico depende do pleomorfismo 
nuclear. 
 Recorrência após a ressecção é incomum, mas 10% a 
15% dessas neoplasias metastatizam para linfonodos. 
 Taxa de sobrevida 90% em 5 anos. 
ADENOCARCINOMA POLIMÓRFICO 
DE OROFARINGE 
 
 
 ADENOCARCINOMA POLIMÓRFICO DE OROFARINGE: 
Glândulas salivares menores do pálato mole e duro. 
 Maioria de “baixo grau”. 
 10–33% dos pacientes com recidivas locais. 
 9–15% desenvolvem metástases nodais. 
 Rara taxa de transformação em “alto grau” com 
comportamento altamente agressivo.

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