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Economia Política - Teoria Cepalina dos Choques Adversos - Cepal = modelo de substituição de importações = “industrialização” da América Latina - Foi muito heterogêneo no continente, deu + certo no BR e no México - Choques Adversos = Choques externos que a economia não estava esperando - Reorientação da América Latina - Mudança: economia agro-exportadora economia industrial - Por quê? Restrição externa devido à crise de 1929 - Menos demanda internacional - Menor preço para exportações (Brasil = café) - Interrupção de fluxos de capitais (não há financiamento externo) - Como atender a demanda interna? - Demanda depende no nível de renda da população - Programa de Substituição de Importações (PSI) - Substituir alguns daqueles produtos que, anteriormente, eram importados, por produzidos dentro do país - Melhorar a capacidade industrial do Brasil - Vargas = acabar com os privilégios da República Velha aos cafeicultores (política de valorização do café) - Políticas de valorização do café (características) - Cafeicultores mantinham sua renda - Não eram estimulados a investir em outras atividades - Governo comprava estoques com empréstimos externos - Centro dinâmico da economia: Setor externo - Voltado para exportações, principalmente de produtos primários - A renda do país dependia desse setor - Plataforma Vargas (Revolução de 1930) - Menos intervenção do Estado no café - Policultura - Diversificação da pauta de exportações - Primazia do mercado interno - Protecionismo às indústrias naturais (produtos com matérias-primas no Brasil) - Na prática: mantém a política de valorização do café (queima do excedente) - Por quê? Mantém a renda e não aprofunda a crise no setor externo - Mudança do centro dinâmico - O principal objetivo era mudar o centro dinâmico “para dentro” (foco na produção industrial para suprir a demanda interna) - Mesmo antes de 1930, já havia uma pequena capacidade industrial no Brasil - Essa capacidade ociosa deveria ser utilizada nesse grande estímulo às indústrias - Diferença da economia brasileira para as economias centrais - Os setores da economia são dinâmicos e interligados nas economias centrais - As variações de renda dependem de fatores internos - Em situações de crise mundial o país tende a não sofrer tanto - Ligado ao dualismo na DIT - Países industrializados x Países exportadores de bens primários - Diz-se que a I GM interrompeu um grande surto de industrialização no Brasil - Os importadores de tecidos e outros produtos simples se tornaram os principais industriais do país, por já terem vários tipos de contatos - 1945 – 1955 = período + intenso do PSI - O Brasil não desejava se tornar uma autarquia, mas sim desenvolver + a sua capacidade industrial - Houve um controle nas importações que vinham para o Brasil - Indústria substitui as exportações como principal determinante do crescimento econômico = menos vulnerabilidade externa - Caráter do novo modelo - Parcial: Preservação da base exportadora, que continua sem dinamismo - Novo dualismo: indústria dinâmica x setores tradicionais - Fechado: Os novos setores não atingiram o mercado externo - Diferença da industrialização clássica para o PSI - Clássica: 1. Bens de Consumo Não-Duráveis 2. Bens de Consumo Duráveis 3. Bens de Capital - PSI - Não teve tempo hábil para passar por todos esses estágios em ordem - Começamos fazendo todos os tipos, em escalas diferenciadas - Problemas que poderiam surgir: - Dimensão dos mercados nacionais - Natureza da evolução tecnológica - Constelação de recursos produtivos - Industrialização consciente (1930 – 1955) - Período de consolidação do capitalismo no Brasil - + mercado interno, + policultura, + urbanização = metas - + intervenção do Estado na economia - Criação de órgãos - Banco do Brasil - SUMOC - Leis trabalhistas - Ensino profissionalizante - Ideologia do desenvolvimento econômico - A burguesia não tinha objetivos claros, mas o Estado sim - Prioridade do Estado Novo = desenvolvimento nacional - Intervencionismo = ideologia - + medidas para proteger a indústria - Veto do capital estrangeiro em áreas estratégicas = “o petróleo é nosso” + CSN - Governo Dutra - Aproximação com os EUA - Política econômica + ortodoxa - Taxa de câmbio fixa - Liberação das importações - Gastou reservas acumuladas no governo GV - Missão Abink - 3 pontos 1. Reorientação de capitais 2. Aumento da produtividade interna 3. Entrada de capital estrangeiro privado - Comissão Mista BR-EUA - Estudos para apontar gargalos na economia brasileira - Serviu como base para o Plano de Metas - II fase do governo Dutra = menos ortodoxa - Controle cambial e das importações - Porém ainda negligente com a indústria - Ponto positivo: Permitiu importações de máquinas para aumentar a capacidade industrial brasileira - 4 tipos de resposta para as crises cambiais OBS: 1. Câmbio fixo: uma taxa fixada para todos os produtos 2. Câmbio variável: para cada produto, uma taxa 3. Câmbio múltiplo: a partir de leilões, decidia-se o câmbio de cada produto 4. Câmbio flutuante: uma taxa de câmbio para tudo (o que temos hoje) - Desvalorização real do câmbio (1º Governo Vargas) - Desvalorização da taxa nominal de câmbio - Aumento dos preços dos importados frente aos produtos nacionais - Estímulo aos produtos produzidos internamente - Desvantagem: maior preço de equipamentos e matérias-primas importadas - Vantagem: Efeitos positivos no setor exportador - Menos investimentos, + consumo de produtos nacionais - Controle de câmbio (Governo Dutra) - Sistema de licenças para importações - Controle dos importadores de divisas à moeda estrangeira - Menos importações - Critérios: essencialidade e similaridade nacional - Não se importavam produtos que tinham similares no Brasil - Produtos importados com baixo custo (essenciais) = câmbio não desvalorizado - Problemas - Mercado paralelo de câmbio (esquemas de corrupção nas licenças) - Sem estímulo ao setor exportador - Taxas múltiplas de câmbio (2º Governo Vargas) - Vários mercados cambiais são estabelecidos - Câmbio livre, flutuante, comercial, financeiro...) - Governo define em que mercado cada participante pode atuar - Produtos similares aos nacionais = preços + altos, taxas desvalorizadas - Mercados com excesso de oferta = fomento às importações de matérias-primas e equipamentos - Governo pode arrecadar recursos comprando e vendendo em mercados diferentes - Elevação das tarifas aduaneiras (Governo JK) - + tarifas de importação - Diferenciação dessas tarifas: - Efeito protecionista sobre alguns produtos - Barateamento de alguns produtos (PSI) - Isenção de tarifas em produtos essenciais às indústrias - Petróleo, carvão, papel e máquinas - Leis de câmbio e instruções da SUMOC - Lei 1807 – Câmbio livre limitado - Importação e exportação: retidas no câmbio oficial do governo (18 cruzeiros por dólar) - Controle do CEXIM (controle de expo e impo do BR) - Controle sobe os ganhos de capital - Usada para estimular certos tipos de exportação - Instrução 48 da SUMOC (1953) - Divisão das exportações em 3 categorias - 15%, 30% e 50% - Várias listas foram criadas nesse período para exportações essenciais - Manobras para diversificar e aumentar as exportações - Instrução 70 da SUMOC + lei 2145 (+ importante) – reforma básica no sistema cambial - Elimina controles quantitativos diretos do governo - Importações divididas em 5 categorias - Critério = grau de essencialidade - Algumas importações essenciais demais tinham esquema diferente - Petróleo, papel, trigo - Lei 3244 – nova mudança no sistema cambial - Tarifa ad valorem que se elevaram a 150% - Categoria Geral: Matérias-primas, bens de capital e bens de consumo essenciais - Categoria Específica: Bens não essenciais (supérfluos) - Taxa baixa para: trigo, petróleo, papel, fertilizantes e equipamentos - Instrução 113da SUMOC - CACEX (antiga CEXIM) decidia se o investimento era vantajoso para o desenvolvimento do país - Privilégios concedidos para completar séries de equipamentos industriais para concluir a modernização das fábricas - Instrução 204 da SUMOC – Câmbio de custo - Aumento de 100 cruzeiros no câmbio de custo - Importações da categoria geral no mercado livre - Governo JK - Nova etapa para a industrialização - Produção de bens de consumo duráveis - 50 anos em 5 - + blocos de investimentos e + capacidade industrial instalada - Plano de Metas - Prioridade para alguns setores: estradas, educação, petróleo, aço, saneamento básico, alimentação, agricultura - Não chegou em todas as “metas”, mas avançou bastante - Planejamento a partir dos diagnósticos feitos pela Missão Abink e pela Comissão Mista BR-EUA - 1º planejamento econômico - Grande impacto na economia - Não foi completamente cumprido, mas foi muito importante - Relação com o populismo - Relação dirigente – massas - Políticas econômicas voltadas para suprir a demanda das massas (ex: expansão de crédito) - Aumento da dívida externa - Por causa do Plano de Metas + construção de Brasília - Houve um grande êxodo rural - Mudança social: + pessoas votando, + acesso à informação - Grande incentivo para investimentos nessa época (principalmente no setor automobilístico
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