Buscar

Mastite Bovina

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

- A mastite é um processo inflamatório das glândulas mamarias que pode ocorrer 
com todas as espécies de mamíferos, principalmente as fêmeas. 
- A mastite bovina recebe uma maior importância pois interfere na qualidade do leite 
(seja macroscópica ou microscópica) e na questão sanitária, afetando a área 
econômica e produtiva. 
- A mastite pode ser clínica (sintomática) ou sub clínica (assintomática). 
- É uma enfermidade multifatorial: microbiana; traumática; toxica; autoimune. 
- O leite possui um alto valor nutritivo e pode ser um excelente meio de cultura 
microbiana. Por conta disso, através do seu consumo, pode transmitir doenças. 
- Importância econômica da mastite: Diminuição da quantidade de leite produzida 
pela vaca; Compromete a qualidade do leite; Auto custo de tratamento; Perda de um 
quarto mamário ou morte do animal; Risco de saúde para o consumidor. 
*animais duas cruzes (++) com mastite sub clinica diminuem até 20% da produção. 
Etiologia: 
- Não microbiana = Trauma (pisaduras, cortes, quedas e pancadas); Tóxica (plantas 
ou alterações metabólicas); 
- Microbiana = bactérias, fungos e vírus. 
- Microbiota indígena = Lactobacillus spp. e Agentes anaeróbicos. 
*95% das causas são microbianas. 
- Vale lembrar que o leite não é estéreo, ele apresenta uma microbiota indígena do 
ambiente mamário. Como por exemplo o lactobacillus casei, usados no yakult. 
- A microbiota indígena produz a bacteriocina, uma toxina naturalmente produzida 
que possui um papel importante na defesa contra infecções, pois ela possui um 
potencial antimicrobiano que impede que agentes mais fortes consigam sobreviver. 
Agente infecciosos X Agentes ambientais 
- Agentes infecciosos = Duas famílias são de grande importância: Micrococcaceae ou 
Staphylococcaceae. 
Staphylococcus spp. > S. aureus, S. intermedius, S. epidermis e Micrococcus spp. Da 
família Streptococcacea (mais grave) relacionados a quadros de mastite clinica 
graves: Streptpcoccus spp., S. uberis, S. dysgalactiae, S. agalactiae e S. bovis. Também 
há a família Arcanobacteriopiogenis. 
Principais formas de transmissão: toalhas, mão contaminada, seringa para o 
antibiótico contaminadas e ordenhadeira. 
- Agentes ambientais = Família Enterobacteriaceae: E. coli (principal), Salmonela spp., 
Shigella spp., Klebsiella spp. e Enterobacter spp. Também tem a família 
Pseudomonadaceae: Pseudomonas aeruginosa. Outras famílias são a 
Enterococcaceae e Bacillaceae. 
Formas de transmissão: teto com canal aberto em contato direto com ambiente 
contaminado, panos, mãos e ordenhadeira. 
*Outras causas: Algas como Prototheca zopfii e vírus como BoHV-1 e 4, febre aftosa, e 
vírus estomatite vesicular. 
- A mastite é uma enfermidade multifatorial, que depende de: raças dos animais, 
manejo, forma de ordenha, presença de bezerro, secagem do úbere e sistema de 
criação. 
- A transmissão pode ser = Ascendente: contato direto, fômites e moscas; ou, 
Descendente: infecções sistêmicas, vice-versa (endocardite tricúspide). 
Processo fisiopatogênico 
Ordenha 
Retirada do leite: cisterna do úbere/teto; Efeitos de restrição: vaca que “segura” o leite 
e leite não ejetado dos alvéolos. 
Não secagem do leite: manutenção do leite no úbere; predisposição da mastite; 
bezerro ao pé. 
*É de extrema importância a secagem do leite! 
Esfíncter do teto: fechamento após 40 minutos após a ordenha; suplementação em 
cochos para evitar que animal deite após a ordenha; penetração microbiana (fonte 
importante). 
Ordenha manual: método natural; problemas sanitários - latão, mãos contaminadas) 
Ordenha mecânica: melhorias sanitárias – problemas de pressão/manutenção, 
lavagem entre ordenhas. 
Mastite 
- Processo inflamatório; 
- Diagnóstico através detecção das células inflamatórias; 
- Mastite ascendente: entrada do microrganismo no canal do teto; multiplicação na 
cisterna do teto; inflamação das células epiteliais; chegada das células inflamatórias; 
descamação epitelial; alteração do leite; células somáticas; substituição das células 
epiteliais por tecido conjuntivo = baixa produção do leite. 
Sintomas Clínicos 
- Sintomas aparentes / inaparentes; 
- Mastite clínica / subclínica; 
- Prevalência da mastite subclínica > Efeito iceberg*; 
- Mastite aguda / crônica; 
*a maioria dos animais vão apresentar um quadro subclínico e poucos vão apresentar 
sinais clínicos. 
**quando o animal tem vários ciclos de mastite ele deve ser descartado 
Mastite clínica: 
- Sintomatologia clara = Edema; Aumento de temperatura; Endurecimento do úbere; 
Rubor; Dor. 
+ Perda de função em casos graves = diminuição da produção. 
- Alterações do leite = Grumos, pus, sangue, pH alterado, ^ condutividade elétrica; 
 Mastite subclínica: 
- Sem alterações macroscópicas; 
- Queda da produção diária; 
- Alterações do leite = Sem grumos, pus ou sangue; Porém... As alterações físico-
químicas se fazem presentes = Aumento das células somáticas; aumento da 
condutividade elétrica; pH alterado. 
- Pouco perceptível aos produtores. 
Diagnóstico 
- Mastite clínica: Extremamente simples; Sintomas clínicos aparentes; Alterações 
visíveis no leite; 
*deve ser feito também a avaliação externa do úbere (edema, calor, rubor e dor). 
Processos iniciais > caneca do fundo escuro – para observar se há grumos no leite. 
- Mastite subclínica: 
Métodos de diagnóstico > Avaliação da presença de células somáticas; Teste da 
condutividade elétrica; Mudança de pH; Exame microbiológico. 
Avaliação da presença de células somáticas: 
- CMT - “Califórnia Mastite Teste”; Avalia a gelificação do leite em contato com 
detergente; Schalmer & Norlander (1957); Subjetividade; Classificação da gelificação = 
0; -; +; ++; +++. 
- Contagem de células somáticas (CCS)*; Método de referência; Prescott & Breed 
(1920); Contagem de células em microscópio; Demorado; CCS automatizado > rápido, 
alto custo. 
*Técnica oficial! 
O ideal é que no máximo apenas 10% das vacas apresentem mastite subclínica e 
nenhuma apresente mastite clínca. 
Tratamento da Mastite 
- Clínico cirúrgico; 
- Infusão intramamária de antibiótico; 
- Esgotamento do quarto mamário > total, frequente, ocitocina; Animais em lactação; 
Vacas secas; 
- Atentar para o período de carência do antibiótico; Resíduo do antibiótico no leite; *O 
leite não deve ser dado nem para os bezerros. 
- Antibiótico sistêmico; Antinflamatório. 
Prevenção e Controle 
- Quanto a prevenção e controle o conselho nacional de mastite dos EUA desenvolve 
desde 1987 um programa dos 5 pontos que são: 
1. Tratamento de vacas secas; 
2. Tratamento de casos clínicos; 
3. Bom manejo de ordenha; 
4. Bom funcionamento dos equipamentos; 
5. Descarte/Segregação vacas mastite crônica. 
- E no Brasil, Laranja e Machado (1994) acrescentaram mais um ponto, por isso se 
chama atualmente programa de 6 pontos: 
6. Conforto térmico e higiene na ordenha.

Continue navegando