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1 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Bioética UTILIZAÇÃO DE ORGÃOS E TECI- DOS A utilização de órgãos e tecidos humanos como elementos fundamentais na trans- plantologia ✓ O transplante de órgãos e tecidos uti- lizando-se da chamada cirurgia subs- titutiva, cada vez mais frequente, ainda encontra questões e empecilhos nos campos jurídico, moral e social, principalmente em face dos abusos experimentais, dos discutíveis con- ceitos de morte e do respeito aos di- reitos individuais que envolvem o do- ador e o receptor. ✓ A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no trata- mento de outras pessoas. ✓ A doação pode ser de órgãos (rim, fí- gado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvu- las cardíacas, cartilagem, medula ós- sea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como o rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. ✓ Existem dois tipos de doadores: os vi- vos e os falecidos. ✓ Doador vivo é qualquer pessoa sau- dável e capaz, nos termos da lei, que concorde com a doação e que esteja apta a realizá-la sem prejudicar sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e medula óssea. ✓ Doador falecido é qualquer pessoa identificada cuja morte encefálica ou parada cardíaca tenham sido compro- vadas e cuja família autorize a doa- ção. O doador falecido por morte en- cefálica pode doar fígado, rins, pul- mões, pâncreas, coração, intestino delgado e tecidos. O doador falecido por parada cardíaca pode doar tecidos (córneas, pele, ossos, tendões, vasos sanguíneos, etc.). ➢ Doação após a morte ✓ Para a doação de órgãos de pessoas falecidas, somente após a confirma- ção do diagnóstico de morte encefá- lica. ✓ Tipicamente, são pessoas que sofre- ram um acidente que provocou trau- matismo craniano (acidente com carro, moto, quedas etc.) ou sofreram acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica. ✓ Se a pessoa quiser se tornar um doa- dor, a atitude mais importante é infor- mar esse desejo a seus familiares uma vez que, após sua morte, eles decidi- rão sobre a doação. ✓ A importância de avisar a família - a doação de órgãos só acontece com a autorização da família. Por isso é muito importante avisar às famílias sobre o desejo de tornar-se um doa- dor, após a confirmação da morte en- cefálica. No Brasil, o número de fa- mílias que não autorizam a doação ainda é alto, e você pode ajudar a mu- dar esse cenário. Doação de órgãos e tecidos 2 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Bioética ✓ Não é necessário deixar a vontade ex- pressa em documentos ou cartórios, basta que sua família atenda ao seu pedido e autorize a doação de órgãos e tecidos. ✓ Morte Encefálica - É a interrupção ir- reversível das atividades cerebrais, causada mais frequentemente por traumatismo craniano, tumor ou der- rame. Como o cérebro comanda todas as atividades do corpo, quando este morre, significa a morte do indiví- duo. ✓ No Brasil, o diagnóstico de morte en- cefálica é regulamentado por uma Resolução do Conselho Federal de Medicina, que determina serem ne- cessários dois exames clínicos reali- zados por médicos diferentes e um exame complementar (gráfico, meta- bólico ou de imagem). ✓ Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997 - Dispõe sobre a remoção de ór- gãos, tecidos e partes do corpo hu- mano para fins de transplante e trata- mento e dá outras providencias. ✓ Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997 – art.3º - A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois mé- dicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tec- nológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina. § 3º Será admitida a presença de médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação e atestação da morte encefálica. ✓ Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997 Art. 4o A retirada de tecidos, ór- gãos e partes do corpo de pessoas fa- lecidas para transplantes ou outra fi- nalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha su- cessória, reta ou colateral, até o se- gundo grau inclusive, firmada em do- cumento subscrito por duas testemu- nhas presentes à verificação da morte. ✓ Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997 - Art. 5º A remoção post mor- tem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa juridicamente inca- paz poderá ser feita desde que permi- tida expressamente por ambos os pais, ou por seus responsáveis legais. ✓ Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997 - Art. 6º É vedada a remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoas não iden- tificadas. ✓ Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997 - Art. 7º - Parágrafo único. No caso de morte sem assistência mé- dica, de óbito em decorrência de causa mal definida ou de outras situ- ações nas quais houver indicação de verificação da causa médica da morte, a remoção de tecidos, órgãos ou partes de cadáver para fins de transplante ou terapêutica somente poderá ser realizada após a autoriza- ção do patologista do serviço de veri- ficação de óbito responsável pela in- vestigação e citada em relatório de necropsia. 3 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Bioética ✓ No momento da morte de um familiar um dos membros da família pode ma- nifestar o desejo de doar os órgãos e tecidos ao médico que atendeu o pa- ciente ou à comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos do hos- pital. Pode também entrar em contato com a Central de Transplantes, que tomará as providências necessárias. ✓ Em conformidade com o Regula- mento Técnico estabelecido, o Minis- tério da Saúde adotou medidas para a estruturação do Sistema Nacional de Transplantes: I. Coordenação Nacional do Sistema Nacional de Transplantes ▪ Essa Coordenação é responsável pela normatização e regulamentação dos procedimentos relativos à captação, alocação e distribuição de órgãos. Está sob sua responsabilidade o con- trole, inclusive social, das atividades que se desenvolvem no País nesta área, mediante articulação com todos os integrantes do SNT, sejam órgãos estaduais e municipais ou prestadores de serviços, além da análise das co- municações advindas da imprensa e da sociedade, para o planejamento es- tratégico da atividade do sistema e identificação e correção de falhas ve- rificadas no seu funcionamento. ▪ É também atribuição do órgão central do SNT credenciar centrais de notifi- cação, captação e distribuição de ór- gãos e autorizar estabelecimentos de saúde e equipes especializadas a pro- mover retiradas, transplantes ou en- xertos de tecidos, órgãos e partes do corpo. II. Grupo Técnico de Assessoramento ▪ Para assistir a Coordenação Nacional do SNT no exercício de suas funções, foi criado, em agosto de 1998, o Grupo Técnico de Assessoramento (GTA). Tem por atribuição propor di- retrizes para a política de transplantes e enxertos, propor temas de regula- mentação complementar, identificar os índices de qualidade para o setor, analisar os relatórios com os dados sobre as atividades do SNT e dar pa- recer sobre os processos de cancela- mento de autorização de estabeleci- mentos e equipes para a retirada de órgãos e realização de transplantes ou enxertos. III. Centrais Estaduais de Transplante ▪ A partir da aprovação do Regula- mento Técnico de Transplantes, o Ministério da Saúde desenvolveu, em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde, a implantação das Centrais de Notificação,Captação e Distribui- ção de Órgãos (CNCDO), também chamadas de Centrais Estaduais de Transplante. IV. Central Nacional de Transplante ▪ Como a atividade das Centrais Esta- duais se dá no âmbito estadual e com o desenvolvimento e incremento das atividades de transplante no País, sur- giu a necessidade da criação de uma estrutura que articulasse as ações in- terestaduais. Assim, em 16 de agosto de 2000, foi criada a Central Nacio- nal de Transplantes, que funciona ininterruptamente em Brasília-DF. ▪ A Central Nacional articula o traba- lho das Centrais Estaduais e provê os meios para as transferências de ór- gãos entre os estados com vistas a contemplar as situações de urgência e 4 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Bioética evitar os desperdícios de órgãos sem condições de aproveitamento no seu estado de origem. ▪ Ministério da Saúde, em janeiro de 2001, celebrou Termo de Cooperação com 15 empresas aéreas reunidas no Sindicado Nacional das Empresas Aéreas. Esta cooperação vem garan- tindo o transporte gratuito de órgãos e, eventualmente, de equipes médicas de retirada. ▪ Em 2016 a Força Aérea Brasileira iniciou a atividade de transporte de órgãos no país, somando esforços às Centrais de Transplantes no processo doação/transplantes de órgãos. V. Organizações de Procura de Órgãos (OPO) ▪ A Portaria nº 2.600, de 21 de outubro de 2009, estabelece a criação das OPO, que atuarão conjuntamente com a CNCDO e CIHDOTT nos pro- cessos de doação de órgãos e tecidos para transplantes. VI. Comissões Intra-Hospitalares de Transplante ▪ Com o objetivo de aumentar a capta- ção de órgãos e apoiar as atividades da CNCDO, foi estabelecida a obri- gatoriedade da existência de Comis- sões Intra-Hospitalares de Transplan- tes nos hospitais com UTI do tipo II ou III, hospitais de referência para ur- gência e emergência e hospitais transplantadores. ▪ Estas comissões desenvolvem em seus hospitais, conjuntamente com as OPO, o processo de identificação de potenciais doadores em morte ence- fálica ou coração parado, a aborda- gem familiar para autorização, além da triagem clínica e sorológica. Também articulam com a CNCDO a formalização da documentação ne- cessária e o processo de retirada e transporte de órgãos e atuação das equipes transplantadoras. VII. Bancos de Órgãos e Tecidos Os Bancos são responsáveis pela retirada, processamento e conservação de órgãos e tecidos para fins de transplantes. ▪ Em 2000, foram estabelecidas nor- mas de funcionamento e cadastra- mento e criados os Banco de Tecidos Oculares (córneas), Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (transplante de medula), Banco de Tecidos Musculoesqueléticos. ✓ A cirurgia para retirada dos órgãos é como qualquer outra, e todos os cui- dados de reconstituição do corpo são obrigatórios pela Lei n° 9.434/1997 - Art. 8o Após a retirada de tecidos, ór- gãos e partes, o cadáver será imedia- tamente necropsiado, se verificada a hipótese do parágrafo único do art. 7o, e, em qualquer caso, condigna- mente recomposto para ser entregue, em seguida, aos parentes do morto ou seus responsáveis legais para sepulta- mento. ✓ Após a retirada dos órgãos, o corpo fica como antes, sem qualquer defor- midade. Não há necessidade de se- pultamentos especiais. O doador po- derá ser velado e sepultado normal- mente. ✓ Os órgãos doados vãos para pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista de espera unificada e informatizada, em uma mesma base de dados. Cabe à Central Estadual de Transplantes, por meio desse sistema, gerar a lista de 5 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Bioética receptores compatíveis com o doador em questão. ✓ Se não existirem receptores compatí- veis no estado ou o mesmo não reali- zar a modalidade de transplante refe- rente ao órgão doado, o órgão é ofer- tado à Central Nacional de Trans- plantes CNT/MS para a distribuição nacional. ✓ A posição na lista de espera é defi- nida por critérios técnicos de compa- tibilidade entre doador e receptor (tais como a compatibilidade sanguí- nea, antropométrica, gravidade do quadro e tempo de espera em lista do receptor). Para alguns tipos de trans- plantes é exigida, ainda, a compatibi- lidade genética. ➢ Doação em vida ✓ É possível também a doação entre vi- vos, no caso de órgãos duplos (ex: rim). No caso do fígado e do pulmão, também é possível o transplante entre vivos, sendo que apenas uma parte do órgão do doador poderá ser trans- plantada no receptor. ✓ O "doador vivo" é considerado uma pessoa em boas condições de saúde – de acordo com avaliação médica – capaz juridicamente e que concorda com a doação. Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos podem ser doadores. Não parentes podem ser doadores somente com autorização judicial. ✓ Lei nº 9.434 - Art. 9o É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consanguí- neos até o quarto grau, inclusive, na forma do § 4o deste artigo, ou em qualquer outra pessoa, mediante au- torização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea. I. Registro de Doadores de Medula Ós- sea ▪ Para o transplante "não aparentado" de medula óssea, é necessária a busca de material doado por pessoas que se dispõem a doar medula para trans- plante, através do Registro de Doado- res de Medula Óssea (REDOME), instalado no Instituto Nacional do Câncer (INCA). ▪ Quando os pacientes não têm doador identificado no Brasil, existe uma busca internacional, com ações desti- nadas a procurar um doador compatí- vel em Bancos internacionais, reali- zar os exames necessários, coletar a medula, processá-la e transportar o material do País em que foi coletada até o Centro Transplantador no Brasil e vice-versa. ✓ Os órgãos e tecidos que podem ser obtidos de um doador vivo são: ▪ Rim: por ser um órgão duplo, pode ser doado em vida. Doa-se um dos rins e tanto o doador quanto o trans- plantado podem levar uma vida per- feitamente normal; ▪ Medula óssea: pode ser obtida por meio da aspiração óssea direta ou pela coleta de sangue; ▪ Fígado ou pulmão: poderão ser doa- das partes destes órgãos. ✓ Lei nº 9.434 - Art. 9º , § 3º Só é per- mitida a doação referida neste artigo quando se tratar de órgãos duplos, de partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo cuja retirada não impeça o or- ganismo do doador de continuar 6 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Bioética vivendo sem risco para a sua integri- dade e não represente grave compro- metimento de suas aptidões vitais e saúde mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável, e corres- ponda a uma necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à pessoa receptora. ✓ Lei nº 9.434 - Art. 9º , § 4º - O doador deverá autorizar, preferencialmente por escrito e diante de testemunhas, especificamente o tecido, órgão ou parte do corpo objeto da retirada. ✓ Lei nº 9.434 - Art. 9º , § 5º A doação poderá ser revogada pelo doador ou pelos responsáveis legais a qualquer momento antes de sua concretização. ✓ Lei nº 9.434 - Art. 9º , § 6º O indiví- duo juridicamente incapaz, com com- patibilidade imunológica compro- vada, poderá fazer doação nos casos de transplante de medula óssea, desde que haja consentimento de ambos os pais ou seus responsáveis legais e au- torização judicial e o ato não oferecer risco para a sua saúde. ✓ Lei nº 9.434 - Art. 9º , §7º É vedado à gestante dispor de tecidos, órgãos ou partes de seu corpo vivo, exceto quando se tratar de doação de tecido para ser utilizado em transplante de medula óssea e o ato não oferecer risco à sua saúde ou ao feto. ✓ Lei nº 9.434- Art. 9o-A É garantido a toda mulher o acesso a informações sobre as possibilidades e os benefí- cios da doação voluntária de sangue do cordão umbilical e placentário du- rante o período de consultas pré-na- tais e no momento da realização do parto. ✓ Lei nº 9.434 - Art. 11. É proibida a veiculação, através de qualquer meio de comunicação social de anúncio que configure: a) publicidade de estabelecimentos autori- zados a realizar transplantes e enxertos, re- lativa a estas atividades; b) apelo público no sentido da doação de te- cido, órgão ou parte do corpo humano para pessoa determinada identificada ou não, ressalvado o disposto no parágrafo único; c) apelo público para a arrecadação de fun- dos para o financiamento de transplante ou enxerto em beneficio de particulares. ✓ Lei nº 9.434 - Art. 9o-A É garantido a toda mulher o acesso a informações sobre as possibilidades e os benefí- cios da doação voluntária de sangue do cordão umbilical e placentário du- rante o período de consultas pré-na- tais e no momento da realização do parto. ✓ Lei nº 9.434 - Art. 11. É proibida a veiculação, através de qualquer meio de comunicação social de anúncio que configure: a) publicidade de estabelecimentos autori- zados a realizar transplantes e enxertos, re- lativa a estas atividades; b) apelo público no sentido da doação de te- cido, órgão ou parte do corpo humano para pessoa determinada identificada ou não, ressalvado o disposto no parágrafo único; c) apelo público para a arrecadação de fun- dos para o financiamento de transplante ou enxerto em beneficio de particulares. ✓ Os estabelecimentos de saúde e as equipes médico-cirúrgicas envolvi- dos em tais ilícitos poderão ser des- credenciados temporária ou definiti- vamente pelas autoridades competen- tes. 7 Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Bioética ✓ Se a instituição for privada, poderá ainda ser punida em 200 a 300 dias- multa e, na reincidência, poderá ter suas atividades suspensas definitiva ou temporariamente, sem qualquer indenização ou compensação pelos órgãos gestores ou financiadores do sistema de saúde. ✓ A norma obriga as instituições de sa- úde que promovem a cirurgia de transplantação de órgãos e tecidos a manterem em seus arquivos os rela- tórios circunstanciados referentes às operações realizadas, sob pena de so- frerem punição equivalente ao valor de 100 a 200 dias-multa. ✓ Será aplicada a mesma pena se não enviarem os relatórios anuais dos pa- cientes receptores. Apenas não deter- mina o tempo que os prontuários de- vem ser mantidos nos arquivos dos hospitais.
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