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Patologias do Colo Uterino

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Patologia do Colo Uterino
ANATOMIA, HISTOLOGIA E CITOLOGIA 
ECTOCÉRVICE 
 
 ECTOCÉRVICE: Porção vaginal externa do colo uterino, 
visível no exame vaginal e revestida por epitélio 
escamoso/pavimentoso não queratinizado. 
 Camada basal: É a porção mais de baixo do 
epitélio, em que o 1/3 inferior é constituído pela 
camada profunda de células basais e parabasais. 
 Camada intermediária: É o maior estrato celular, 
cujas células mais branquinhas são ricas em 
glicogênio e coram-se pelo lugol. 
 Camada superficial: Camada compacta de células, 
com núcleos muito picnóticos. 
 
 
 Do ponto de vista citológico, diferencia-se as células da 
ectocérvice como essas que possuem um núcleo 
picnóticos (indicadas pelas flechas), através do qual a 
gente não consegue ver passagem de luz. O citoplasma 
é bem amplo, a célula é como se fosse achatada e o 
núcleo é bem escuro. 
 As outras células, que compõe a maioria do esfregaço, 
que tem um núcleo vesiculoso, que pode ter um 
nucléolo proeminente, são as células da camada 
intermediária. 
 
 
 Por fim, têm-se as células profundas, que são células 
menores, com núcleos grandes, mas sem atipias 
nucleares. São núcleos todos iguais, redondos, sem 
hipercromasia, mas as células são pequenas e parecem 
que tem um citoplasma mais denso. 
 Em mulheres na menopausa, o esfregaço é composto 
por essas células profundas, por não terem mais 
atividade estrogênica. 
ENDOCÉRVICE 
 
 ENDOCÉRVICE: Porção mais interna do colo uterino, 
composta por epitélio colunar, com citoplasma muito 
amplo e cheio de vacúolos de muco. 
 
 
 Ela não é toda lisinha, mas sim totalmente pregueada, 
em que cada uma dessas pregas é revestida pelo 
epitélio colunar. 
 
 
 Na citologia, as células são vistas com um núcleo basal, 
citoplasma amplo e com vacúolos de muco. 
 As vezes, na citologia, realiza-se quase uma 
microbiópsia com o raspado da espátula, pois as 
células vêm agrupadas como num favo de mel. 
 Em um esfregaço atrófico, também se visualizam 
células com vacúolos de muco. 
Camada 
superficial 
Camada 
intermediária 
Camada 
basal 
 
JUNÇÃO ESCAMO-COLUNAR (JEC)
 JUNÇÃO ESCAMO-COLUNAR (JEC): Local de encontro 
entre o epitélio escamoso (ectocérvice) e o epitélio 
glandular (endocérvice). 
 
 A posição da JEC varia de acordo com a idade e a 
influência hormonal, mas em geral a junção sobe ao 
longo do canal endocervical com o tempo.
 JEC original – No nascimento: Localizada na altura 
do orifício endocervical externo. 
 JEC fisiológica – Pós puberdade:
epitélio glandular para o meio vaginal e a JEC 
passa a se localizar fora do orifício externo.
 Mulher madura – Menopausa:
metaplasia escamosa, a JEC volta a se localizar 
dentro do orifício endocervical externo.
 Metaplasia escamosa: Substituição do epitélio 
glandular pelo avanço do epitélio escamoso
ácido vaginal, traumas sexuais, creme espermicida e 
remédios são agressivos ao epitélio glandular.
COLUNAR (JEC) 
 
Local de encontro 
entre o epitélio escamoso (ectocérvice) e o epitélio 
 
com a idade e a 
influência hormonal, mas em geral a junção sobe ao 
com o tempo. 
Localizada na altura 
Pós puberdade: Projeção do 
epitélio glandular para o meio vaginal e a JEC 
passa a se localizar fora do orifício externo. 
Menopausa: Devido à 
escamosa, a JEC volta a se localizar 
dentro do orifício endocervical externo. 
ubstituição do epitélio 
glandular pelo avanço do epitélio escamoso, pois o pH 
ácido vaginal, traumas sexuais, creme espermicida e 
o epitélio glandular. 
 Zona de transformação:
original e a JEC fisiológica metaplásica.
 As células epiteliais metaplásicas escamosas 
imaturas na zona de
suscetíveis à infecção por HPV 
e cânceres precursores cervicais.
 
 
 
 
 
 1. Jovem pós-puberdade:
endocervical externo, sem zona de transformação ou 
metaplasia escamosa, porque ainda não deu tempo de 
haver a transformação do epitélio.
 2. Mulher madura: JEC localizada fora do canal 
externo, mas já com regiões brancacentas ao redor da 
JEC (zona de transformação), sugerindo que já houve 
metaplasia escamosa. 
 3. Mulher na menopausa:
retorno da JEC para sua localização original (dentro do 
orifício endocervical exte
JEC original 
Nova JEC 
Zona de 
Transformação 
1. Jovem 
Pós puberdade 
2. Mulher 
madura
Zona de transformação: Zona formada entre a JEC 
original e a JEC fisiológica metaplásica. 
élulas epiteliais metaplásicas escamosas 
imaturas na zona de transformação são mais 
suscetíveis à infecção por HPV  Local das lesões 
cânceres precursores cervicais. 
 
 
 
 
 
puberdade: JEC localizada fora do orifício 
endocervical externo, sem zona de transformação ou 
metaplasia escamosa, porque ainda não deu tempo de 
haver a transformação do epitélio. 
JEC localizada fora do canal 
xterno, mas já com regiões brancacentas ao redor da 
JEC (zona de transformação), sugerindo que já houve 
3. Mulher na menopausa: Metaplasia completa, com 
retorno da JEC para sua localização original (dentro do 
orifício endocervical externo). 
Epitélio colunar 
Metaplasia 
madura 
Metaplasia 
imatura 
Epitélio escamoso 
original 
Mulher 
madura 
3. Mulher na 
Menopausa 
 
MICROBIOTA CÉRVICO-VAGINAL 
 
 MICROBIOTA CÉRVICO-VAGINAL: Os Lactobacillus sp 
são a espécie microbiana dominante na vagina normal 
(Bacilos de Döderlein), mas também há outros cocos e 
cocobacilos. 
 Os lactobacilos produzem ácido lático, que mantém o 
pH vaginal abaixo de 4,5, suprimindo o crescimento de 
outros organismos saprófitas e patogênicos. 
 Além disso, em pH baixo, os lactobacilos produzem 
peróxido de hidrogênio (H2O2) bacteriotóxico. 
 Se o pH se tornar alcalino devido a sangramento, 
relação sexual ou uso de ducha vaginal, a produção de 
H202 pelos lactobacilos diminui. 
 Antibióticos que suprimem os lactobacilos também 
podem fazer com que o pH aumente. 
 O ambiente vaginal alterado promove o crescimento 
excessivo de outros microrganismos, o que pode 
resultar em cervicites ou vaginites. 
CERVICITES INFECCIOSAS 
CERVICITES BACTERIANAS 
 
 ACTINOMICOSE: Dentre as cervicites específicas 
bacterianas, a actinomicose é uma das principais, 
causada pela bactéria Actinomyces israelii. 
 No esfregaço, são vistas células epiteliais, numerosos 
neutrófilos e os enovelados de Actinomyces, que por 
ser uma bactéria filamentosa, tem aspecto algodonoso. 
 É comum principalmente em mulheres que usam DIU. 
 A bactéria se deposita sobre o DIU (pode-se 
resolver com ATB, mas a simples retirada do 
dispositivo resolve a infecção). 
 OBS.: A maioria das cervicites bacterianas é 
inespecífica (cocos, cocobacilos, bacilos gram + e -), na 
qual não é possível isolar um agente causal específico, 
pois os sintomas podem ser muito mais pelo 
desequilíbrio ácido-básico da vagina do que por um 
agente infeccioso propriamente dito. 
CERVICITES FÚNGICAS 
 
 CANDIDOSE: É uma das cervicites específicas mais 
comuns, aparecendo no esfregaço citopatológico como 
hifas segmentadas, às vezes com esporos (bolinhas). 
 É extremamente sintomática (prurido intenso, 
secreção vaginal esbranquiçada). 
 Muito associada à desequilíbrios da microbiota vaginal. 
CERVICITES PARASITÁRIAS 
 
 TRICOMONÍASE: Infecção causada pelo protozoário 
flagelado Trichomonas vaginalis, mais facilmente 
visualizada pelos ginecologistas no exame a fresco, pois 
os protozoários se movimentam na lâmina. 
 A secreção é fétida e purulenta, muito sintomática. 
 O tratamento é com Metronidazol, que gera o efeito 
antabuse  Não pode consumir álcool, pois esse efeito 
antabuse gera uma sensação de morte iminente. 
 É considerada uma infecção sexualmente transmissível, 
então os parceiros também devem ser tratados. 
CERVICITES VIRAIS 
 
 HERPES VÍRUS: Responsável por uma das cervicites 
virais específicas, na qual a característica da infecção 
são essas células grandes, cheias de núcleos, mas em 
aspecto de mosaico (amoldamento nuclear), em que 
um núcleo empurra o outroe vão se encaixando. 
 Se houver lesão ulcerada no colo uterino, pode ser 
assintomática, mas na vulva são muito dolorosas. 
 A infecção herpética ativa é contraindicação absoluta 
para o parto vaginal. 
 
CERVICITES NÃO INFECCIOSAS 
CERVICITE NÃO INFECCIOSA AGUDA 
 CERVICITE NÃO INFECCIOSA AGUDA: Resposta 
inflamatória a agressões químicas ou mecânicas. 
 DIU, diafragma, tampão, duchas. 
 Inflamação aguda inespecífica  Neutrófilos, edema, 
congestão vascular. 
 Clínica: Edema, eritema e secreção purulenta. 
CERVICITE NÃO INFECCIOSA CRÔNICA 
 CERVICITE NÃO INFECCIOSA CRÔNICA: Inflamação 
crônica inespecífica  Linfócitos, plasmócitos, 
histiócitos, tecido de granulação e fibrose. 
 Geralmente sem repercussão clínica. 
LESÕES NÃO NEOPLÁSICAS 
PÓLIPO ENDOCERVICAL 
 
 PÓLIPO ENDOCERVICAL: Muito comum, é uma 
protusão no orifício endocervical externo. 
 É a projeção de um pólipo que está fixo no interior da 
endocérvice, sendo totalmente revestido por mucosa 
endocervical. 
 Não possui nenhuma complicação, mas as vezes pode 
causar aumento das secreções vaginais. 
 É muito fácil de se resolver  Basta pegar o pólipo 
com uma pinça de anel e torcê-lo até esmagar seu 
pedículo e obstruir seu fluxo sanguíneo, puxando-o em 
seguida. Pode ser realizado no consultório. 
CISTOS DE NABOTH 
 
 CISTOS DE NABOTH: Estão associados à metaplasia 
escamosa, manifestando-se no colo uterino como 
bolotas esbranquiçadas cheias de muco. 
 Todos os cistos de Naboth ocorrem obrigatoriamente 
na zona de transformação, pois para eles acontecerem 
deve haver um epitélio glandular endocervical por 
baixo e um epitélio metaplásico escamoso por cima. 
 
 
 
LESÕES PRÉ-NEOPLÁSICAS E NEOPLÁSICAS 
 LESÕES PRÉ-NEOPLÁSICAS E NEOPLÁSICAS: 
 Lesão Escamosa Intraepitelial de Baixo Grau; 
 Lesão Escamosa Intraepitelial de Alto Grau; 
 Carcinoma Epidermoide;  95% das lesões 
 Adenocarcinoma in situ; 
 Adenocarcinoma Cervical; 
 Carcinoma Adenoescamoso; 
 Carcinoma Adenoide Cístico; 
 Carcinoma Neuroendócrino. 
LESÕES ESCAMOSAS = HPV 
 LESÕES ESCAMOSAS = HPV: Praticamente 100% são 
causadas por vírus HPV. 
 Vírus HPV: Composto por DNA. 
 Alto risco oncogênico: 16 e 18 (70%); 
 Baixo risco oncogênico: 6 e 11. 
 A maioria das infecções por HPV são assintomáticas e 
não são detectadas no CP  Infecções passageiras, 
eliminadas pelo sistema imune em meses. 
 Infecção persistente leva ao surgimento do carcinoma. 
INFECÇÃO 
 LESÕES DE BAIXO GRAU: Apenas usa a maquinaria 
celular para replicar seu DNA, mas não se incorpora. 
 LESÕES DE ALTO GRAU: Integra seu DNA no núcleo da 
célula, levando a interferência no ciclo celular, 
mutações cumulativas, aumento da proliferação e 
imortalidade celular  O vírus imortaliza a célula e 
ZONA DE 
TRANSFORMAÇÃO 
NOVA JEC 
 4,8% das lesões 
 0,2% das lesões 
 
imortaliza a si próprio ao impedir a diferenciação 
celular  A célula fica sempre com aquela cara de 
célula profunda/basal, mas com o núcleo bem atípico.
 CARCINOMA: Decorrente de mutações cumu
que geram um clone capaz de romper a membrana 
basal e invadir o estroma cervical. 
 
 À esquerda, temos o epitélio normal, com a camada 
profunda (basal + parabasal), camada intermediária 
camada superficial. 
 Havendo algum tipo de trauma no epité
penetra, sempre infectando células da camada basal.
 O vírus pode entrar dentro da célula, não se incorporar 
ao DNA celular e ficar ali de boas, sem controlar a 
célula, mas a medida que a célula vai amadurecendo, 
ela vai eliminando o vírus, podendo contaminar seu 
parceiro sexual.  Sem se incorporar ao DNA (
baixo grau), o vírus permite a maturação do epitélio.
 Caso haja incorporação do vírus ao DNA celular
imortaliza a célula e impede seu amadurecimento. Com 
isso, a célula se multiplica e o vírus se m
e shallow now (lesão de alto grau). 
 Os vírus de baixo potencial oncogênico
epissomais e nunca incorporam seu DNA ao da célula, 
causando exclusivamente lesões de baixo grau.
 Os vírus de alto potencial oncogênico
incorporar ou não o seu DNA viral ao material genético 
da célula, podendo causar tanto lesões de baixo grau 
quanto lesões de alto grau. 
 PERGUNTA: Diante de uma lesão de alto grau, vale a 
pena fazer um teste para verificar qual o tipo de HPV 
causador daquela lesão? R.: Não, pois já se sabe que 
somente os vírus de alto potencial oncogênico (16/18) 
causam lesões de alto grau. Logo, é óbvio que essa 
mulher teve contato com HPV de alto risco e não tem 
porquê tu gastar dinheiro com teste, né belove
LESÃO ESCAMOSA INTRAEPITELIAL DE 
BAIXO GRAU (LEIBG/NIC 1
 LESÃO ESCAMOSA INTRAEPITELIAL DE BAIXO GRAU 
(LEIBG): Antigamente chamada de NIC 1, pois 
compromete somente o terço inferior do epitélio.
 Em 80% das vezes é causada por HPV de alto risco, e 
em 20% é causada por HPV de baixo risco.
imortaliza a si próprio ao impedir a diferenciação 
A célula fica sempre com aquela cara de 
célula profunda/basal, mas com o núcleo bem atípico. 
Decorrente de mutações cumulativas 
que geram um clone capaz de romper a membrana 
 
À esquerda, temos o epitélio normal, com a camada 
rabasal), camada intermediária e a 
Havendo algum tipo de trauma no epitélio, o vírus HPV 
penetra, sempre infectando células da camada basal. 
não se incorporar 
e ficar ali de boas, sem controlar a 
célula, mas a medida que a célula vai amadurecendo, 
podendo contaminar seu 
Sem se incorporar ao DNA (lesão de 
), o vírus permite a maturação do epitélio. 
ncorporação do vírus ao DNA celular, ele 
imortaliza a célula e impede seu amadurecimento. Com 
ultiplica e o vírus se multiplica juntos 
vírus de baixo potencial oncogênico sempre ficam 
incorporam seu DNA ao da célula, 
causando exclusivamente lesões de baixo grau. 
cogênico podem 
incorporar ou não o seu DNA viral ao material genético 
da célula, podendo causar tanto lesões de baixo grau 
Diante de uma lesão de alto grau, vale a 
pena fazer um teste para verificar qual o tipo de HPV 
causador daquela lesão? R.: Não, pois já se sabe que 
somente os vírus de alto potencial oncogênico (16/18) 
causam lesões de alto grau. Logo, é óbvio que essa 
mulher teve contato com HPV de alto risco e não tem 
porquê tu gastar dinheiro com teste, né beloved. 
INTRAEPITELIAL DE 
C 1/LSIL) 
LESÃO ESCAMOSA INTRAEPITELIAL DE BAIXO GRAU 
Antigamente chamada de NIC 1, pois 
compromete somente o terço inferior do epitélio. 
Em 80% das vezes é causada por HPV de alto risco, e 
em 20% é causada por HPV de baixo risco. 
 Apresenta baixo risco de progressão para carcinoma.
 O HPV infecta a célula e se replica, mas seu DNA não é 
integrado ao DNA da célula hospedeira.
 Se não tratada: 
 Maioria regride espontaneamente;
 10% evoluem para LEI
 
 
 Fisiopatologia: 
 Proliferação de células com núcleos irregulares e 
hipercromáticos, macronucleose e 
terço inferior do epitélio
 Coilócitos na superfície 
(raisin-like) com halo claro, aumento da relação 
núcleo/citoplasma, 
 Coilócitos ou coilocitose são sinais de infecção pelo 
HPV = LEIBG. 
LESÃO ESCAMOSA INTRA
ALTO GRAU (LEIAG/NIC
 LESÃO ESCAMOSA INTRAEPITELIAL
(LEIAG): Antigamente chamada de NIC 2 e NIC 3
em dia não precisa mais separar)
progressão para carcinoma (20%).
 100% das lesões são causadas por vírus HPV de alto 
potencial oncogênico. 
 O HPV infecta a célula, integra seu 
ciclo celular, vira uma casa da mãe Joana.
 Se não tratada: 
 Maioria regride espontaneamente (60 a 70%);
 10 a 20% permanecem como lesão de alto grau;
 20% evoluem para carcinoma (o risco aumenta 
com a persistência da lesão).
 
Apresenta baixo risco de progressão para carcinoma. 
O HPV infecta a célula e se replica, mas seu DNA não é 
integrado ao DNA da célula hospedeira. 
Maioria regride espontaneamente; 
10% evoluem para LEIAG ou CA. 
 
Proliferação de células com núcleos irregulares e 
hipercromáticos, macronucleose e anisocariose no 
terço inferior do epitélio; 
na superfície  Núcleos irregulares 
like) com halo claro, aumentoda relação 
úcleo/citoplasma, multinucleação. 
Coilócitos ou coilocitose são sinais de infecção pelo 
LESÃO ESCAMOSA INTRAEPITELIAL DE 
ALTO GRAU (LEIAG/NIC 2 E NIC 3/HSIL) 
LESÃO ESCAMOSA INTRAEPITELIAL DE ALTO GRAU 
Antigamente chamada de NIC 2 e NIC 3 (hoje 
em dia não precisa mais separar), possui alto risco de 
progressão para carcinoma (20%). 
100% das lesões são causadas por vírus HPV de alto 
O HPV infecta a célula, integra seu DNA e desregula o 
ciclo celular, vira uma casa da mãe Joana. 
Maioria regride espontaneamente (60 a 70%); 
10 a 20% permanecem como lesão de alto grau; 
20% evoluem para carcinoma (o risco aumenta 
com a persistência da lesão). 
 
 NIC 2: Proliferação de células com núcleos 
hipercromáticos, anisocarióticos e irregulares 
ocupando 2/3 da espessura do epitélio
com alguns coilócitos na superfície, pela marca da 
infecção viral pelo HPV. 
 
 
 
 NIC 3: Relação núcleo/citoplasma muito alterada; 
não tem mais coilócitos; núcleos verticalizados; 
mitoses na superfície epitelial; proliferação ocupa toda 
a espessura do epitélio. 
 
Proliferação de células com núcleos 
hipercromáticos, anisocarióticos e irregulares 
ocupando 2/3 da espessura do epitélio, embora ainda 
com alguns coilócitos na superfície, pela marca da 
 
 
Relação núcleo/citoplasma muito alterada; já 
núcleos verticalizados; 
proliferação ocupa toda 
 Em resumo: A cérvice normal pode se transformar em 
uma cérvice infectada pelo 
alterações leves, que podem ser eliminadas e voltar a 
ser uma cérvice normal ou 
pré-cancerosas (de alto grau), que, por sua vez, podem 
regredir para uma lesão de baixo grau e pra um colo 
normal, ou ainda progred
epidermoide do colo uterino.
COMPARAÇÃO
CARCINOMA EPIDERMOID
 CARCINOMA EPIDERMOIDE (ESCAMOSO):
câncer mais incidente entre mulheres no Brasil e a 3ª 
maior mortalidade entre neoplasias malignas em 
mulheres no Brasil. 
 Macroscopia: Área acetobranca, iodonegativa, 
granular, vascularização anormal, sangramento, 
ulceração, lesão vegetante.
 Neoplasia maligna de células escamosas com 
megacariose, anisocariose, hipercromasia e numerosas 
mitoses, invadindo o estroma do colo uterino.
Normal NIC 1 
 
A cérvice normal pode se transformar em 
uma cérvice infectada pelo HPV, normalmente com 
alterações leves, que podem ser eliminadas e voltar a 
ser uma cérvice normal ou progredirem para lesões 
cancerosas (de alto grau), que, por sua vez, podem 
regredir para uma lesão de baixo grau e pra um colo 
normal, ou ainda progredir para um carcinoma 
epidermoide do colo uterino. 
 
COMPARAÇÃO 
 
CARCINOMA EPIDERMOIDE (ESCAMOSO) 
 
 
CARCINOMA EPIDERMOIDE (ESCAMOSO): É o 2º 
câncer mais incidente entre mulheres no Brasil e a 3ª 
maior mortalidade entre neoplasias malignas em 
Área acetobranca, iodonegativa, 
granular, vascularização anormal, sangramento, 
ulceração, lesão vegetante. 
ia maligna de células escamosas com 
megacariose, anisocariose, hipercromasia e numerosas 
mitoses, invadindo o estroma do colo uterino. 
NIC 2 NIC 3 
 
MICROINVASÃO E INVASÃO 
 
Estágio Sobrevida em 5 anos 
0 93% 
IA 93% 
IB 80% 
IIA 63% 
IIB 58% 
IIIA 35% 
IIIB 32% 
IVA 16% 
IVB 15% 
 
 MICROINVASÃO E INVASÃO: 
 Carcinoma microinvasor: Até 7,0 mm de extensão 
lateral e/ou 5,0 mm e profundidade. 
 Carcinoma invasor: Mais de 7,0 mm de extensão 
lateral e/ou 5,0 mm de profundidade. 
 Importância – sobrevida: 
 Microinvasor (IA) – 93%; 
 Invasor (IB) – 80%. 
LESÕES GLANDULARES 
 LESÕES GLANDULARES: Adenocarcinoma in situ, 
Adenocarcinoma e Carcinoma adenoescamoso. 
 Epidemiologia: 
 Baixa incidência em relação às lesões escamosas; 
 Mesmos fatores de risco; 
 HPV 16 e 18; 
 Sangramento vaginal, massa no colo uterino; 
 CP: Células glandulares atípicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quiz – Colo Uterino 
 
1. Considere os resultados do exame citopatológico das quatro pacientes abaixo relacionadas. Todas as amostras 
eram satisfatórias. 
 
 1º CP 2º CP 3º CP 4º CP 
Paciente 1 Normal ASC-US Normal Normal 
Paciente 2 Normal ASC-US LIEBG LIEBG 
Paciente 3 Normal ASC-H LIEAG 
Paciente 4 Normal ASC-US LIEBG LIEAG 
 
a) Quais COM CERTEZA estiveram expostas ao HPV de alto potencial? Justifique. 
As pacientes 3 e 4 com certeza foram expostas ao HPV de alto potencial oncogênico, pois desenvolveram lesões 
escamosas intraepiteliais de alto grau e o HPV de alto risco é responsável por 100% dessas lesões. 
 
b) Quais COM CERTEZA NÃO estiveram expostas ao HPV de alto potencial? Justifique. 
Não é possível afirmar com certeza que as pacientes 1 e 2 não foram expostas ao HPV de alto potencial, pois: 
1 - A alteração ASC-US é inespecífica, podendo ser causada por HPV, outras infecções ou alterações hormonais, com 
todas as causas podendo regredir espontaneamente, inclusive se for por alteração citopática da infecção por HPV. 
2- A lesão escamosa intraepitelial de baixo grau pode ser causada tanto por vírus de alto risco quanto de baixo risco. 
 
c) A que tipo de HPV cada uma delas esteve exposta? 
 Paciente 1: A ASC-US (Células escamosas atípicas de significado indeterminado, possivelmente não 
neoplásicas) é um achado inespecífico, podendo ser devido à alterações hormonais, inflamatórias ou 
infecção por HPV, por exemplo. Dessa forma, não se pode afirmar se a paciente realmente foi exposta a 
algum tipo de HPV ou se essa atipia se deve à outras condições. O que se pode afirmar, em termos de 
probabilidade, é que caso essa atipia se deva ao HPV, ela mais provavelmente teria sido exposta ao HPV de 
alto risco (16 e 18), visto que são os mais comuns (80% das LEIBG e 100% das LEIAG). 
 Paciente 2: Ambos os tipos de HPV (baixo potencial oncogênico e alto potencial oncogênico) são capazes de 
gerar lesão escamosa intraepitelial de baixo grau (LEIBG). Assim, não se pode afirmar se a paciente foi 
exposta ao HPV de alto risco ou de baixo risco, mas considerando-se as estatísticas, mais de 80% das LEIBG 
são associadas com HPVs de alto risco. 
 Pacientes 3 e 4: HPV de alto potencial oncogênico, pois ambas apresentam LEIAG, lesão do qual o HPV de 
alto risco é o responsável em 100% das vezes. 
 
d) Qual a conduta a ser tomada com cada uma delas? 
 Paciente 1: 
 Diante de um ASC-US, a conduta é a repetição do citopatológico (CP) em 6 meses para mulheres > 30 anos e em 1 
ano para aquelas < 30 anos. 
 Após dois exames subsequentes negativos com intervalo de 6 meses ou 1 ano, a mulher deverá retornar à rotina 
de rastreamento trienal. 
 Caso o resultado da citologia seja igual ou sugestiva de lesão intraepitelial e/ou câncer, encaminhar à colposcopia. 
 Paciente 2: 
 Diante de uma LEIBG, a conduta é a repetição do CP em 6 meses. 
 
 Após dois exames citopatológicos subsequentes 
citológico trienal. 
 Caso o resultado da citologia seja positivo, encaminhar à
 Em caso de ausência de achados colposcópicos anormais, repetir a citologia a cada 6 meses
anualmente (mulheres <30 anos) e retornar ao rastreio trienal após dois
 Mantido o diagnóstico de LEIBG
normalidade. 
 Na persistência de LEIBG por 24 meses, a
se confirme, tanto a manutenção do seguimento como o tratamento são aceitáveis.
 Pacientes 3 e 4: Diante de uma LEIAG, 
 Em caso de achados maiores, JEC 
aceitável a conduta “ver e tratar”, ou seja, fazer exérese da ZT tipos 1 ou 2
 Em caso de achados maiores, JEC não visível ou parcialmente vi
 Em caso de achados menores e JEC visível, realizar biópsia e conduta conforme resultado;
 Em caso de achados menores e JEC não visível ou parcialmente visível, fazer biópsia opcional
avaliação: 
 Se houver suspeita de lesão pré
 Se resultar negativo ou LSIL/NIC I, repetir citologia e colposcopia em 6 meses. Se os
invasão, realizar biópsia e conduta conforme resultado.
 Em caso de ausência de achados colposcópicos anormais, independentemente da visãoda JEC,
ausência de lesão vaginal e solicitar revisão de lâmina e conduta conforme
 
2. Diga o tipo de exame e dê o seu diagnóstico para cada uma das imag
 
 
 
 
 
 
Exame: Histopatológico
Diagnóstico: LEIAG ou NIC III
Exame: Colposcopia 
Diagnóstico: Pólipo endocervical
s citopatológicos subsequentes negativos, a mulher deverá retornar à
Caso o resultado da citologia seja positivo, encaminhar à colposcopia. 
Em caso de ausência de achados colposcópicos anormais, repetir a citologia a cada 6 meses
e (mulheres <30 anos) e retornar ao rastreio trienal após dois exames consecutivos negativo
Mantido o diagnóstico de LEIBG, a mulher deverá seguir com citopatológico até que os exames retornem à 
por 24 meses, a mulher deve ser reencaminhada para colposcopia. Caso esse diagnóstico 
manutenção do seguimento como o tratamento são aceitáveis.
Diante de uma LEIAG, a conduta é colposcopia, em que: 
Em caso de achados maiores, JEC visível, lesão restrita ao colo e sem suspeita de invasão ou
aceitável a conduta “ver e tratar”, ou seja, fazer exérese da ZT tipos 1 ou 2 sem necessidade de biópsia prévia;
Em caso de achados maiores, JEC não visível ou parcialmente visível, fazer exérese da ZT tipo
Em caso de achados menores e JEC visível, realizar biópsia e conduta conforme resultado;
Em caso de achados menores e JEC não visível ou parcialmente visível, fazer biópsia opcional
houver suspeita de lesão pré-invasiva ou invasiva, fazer exérese da ZT tipo 3; 
Se resultar negativo ou LSIL/NIC I, repetir citologia e colposcopia em 6 meses. Se os
invasão, realizar biópsia e conduta conforme resultado. 
de ausência de achados colposcópicos anormais, independentemente da visão da JEC,
ausência de lesão vaginal e solicitar revisão de lâmina e conduta conforme resultado. 
2. Diga o tipo de exame e dê o seu diagnóstico para cada uma das imagens abaixo. 
 
Histopatológico 
LEIAG ou NIC III 
Exame: Citopatológico
Diagnóstico: LEIBG ou NIC I
Exame: Citopatológico
Diagnóstico: CandidosePólipo endocervical 
deverá retornar à rotina de rastreamento 
Em caso de ausência de achados colposcópicos anormais, repetir a citologia a cada 6 meses (mulheres> 30 anos) ou 
exames consecutivos negativos. 
citopatológico até que os exames retornem à 
her deve ser reencaminhada para colposcopia. Caso esse diagnóstico 
manutenção do seguimento como o tratamento são aceitáveis. 
visível, lesão restrita ao colo e sem suspeita de invasão ou doença glandular, é 
sem necessidade de biópsia prévia; 
sível, fazer exérese da ZT tipo 3; 
Em caso de achados menores e JEC visível, realizar biópsia e conduta conforme resultado; 
Em caso de achados menores e JEC não visível ou parcialmente visível, fazer biópsia opcional e avaliação do canal. Na 
Se resultar negativo ou LSIL/NIC I, repetir citologia e colposcopia em 6 meses. Se os achados forem sugestivos de 
de ausência de achados colposcópicos anormais, independentemente da visão da JEC, deve-se garantir 
 
 
Citopatológico 
LEIBG ou NIC I 
Citopatológico 
Candidose

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