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Revoltas do Período Colonial

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@DRA.RESUMOS 
Resumo por Larissa Nunes 
 
 
MARANHÃO, 1684 
O comércio de drogas do sertão* atrai a atenção da Coroa Portuguesa, que cria, em 1682, a Companhia 
de Comércio do Maranhão. 
• Monopolizava o atacado de todos os produtos, inclusive escravos negros 
• Sem concorrência: serviço péssimo, preços abusivos, corrupção. 
Em seguida, Portugal determina o fim da escravidão indígena, forçando a compra de escravos negros. Os 
comerciantes, então, se revoltam, liderados pelos irmãos Beckmam. 
CONCLUSÃO: forte repressão, líderes executados e fim da Companhia. 
Drogas do sertão: produtos do extrativismo utilizados nas boticas, para fabricação de remédios e outros 
fármacos. 
PERNAMBUCO, 1710-1711 
Olinda era a cidade da nobreza pernambucana. Recife era uma vila de comerciantes, chamados de mascates, 
que ganhou destaque e modernidade com o governo de Maurício de Nassau. Recife fazia parte de Olinda, 
logo, pagava tributos. 
Com o crescimento econômico, Recife consegue autorização da Coroa Portuguesa para ter sua própria 
câmara municipal, tornando-se uma cidade independente. Todas as dívidas para com Olinda foram perdoadas 
pela coroa. 
Olinda não aceita a emancipação de Recife e o fim do pagamento de impostos, e o conflito se inicia. 
CONCLUSÃO: Portugal intervém, derrotando Olinda e garantindo a independência de Recife. 
não tinham intenção separatista, isto é, de conquistar 
independência da metrópole. Eram a representação de insatisfações com medidas tomadas pelo 
governo português. 
@DRA.RESUMOS 
Resumo por Larissa Nunes 
 
VILA RICA, MINAS GERAIS, 1720 
Surge a partir da insatisfação dos garimpeiros com a Casa de Fundição, criada nesse mesmo ano, já que 
ela monopolizava o comércio do ouro e cobrava impostos abusivos (como o Quinto). 
CONCLUSÃO: forte repressão dos revoltosos, execução do líder Felipe dos Santos. 
OURO PRETO, MINAS GERAIS, 1707 
 
Os bandeirantes paulistas foram os primeiros a explorar a região das minas gerais. À medida que o ouro 
ganhou destaque, novos interessados – os colonos portugueses – chegam na região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 tinham a intenção de se emancipar de Portugal. 
MINAS GERAIS, 1789 
Muitos jovens aristocratas iam para a Europa estudar nas grandes universidades, e lá, tinham contato 
com ideais iluministas e republicanos. Quando voltavam ao Brasil, eles organizavam reuniões secretas para 
discutir ciência, arte, filosofia e política. 
Bandeirantes paulistas 
• Chegaram primeiro 
• Já estavam estabelecidos na região 
Colonos portugueses 
• Diziam ser os donos da terra 
• Controlavam o abastecimento da região: 
alimentos, serviços, comércio 
CONCLUSÃO: os portugueses restringiram o abastecimento da região das minas, deixando os paulistas 
sem alimentos e enfraquecidos. O conflito se encerra definitivamente no Capão da Traição, quando os 
colonos emboscam os bandeirantes e executam a maior parte do grupo. 
Aqueles que conseguem escapar, adentram ainda mais no território, chegando até Goiás. 
@DRA.RESUMOS 
Resumo por Larissa Nunes 
 
Ainda que admirassem esses ideais, não tinham intenção de colocá-los em prática, já que para lutar pela 
proclamação da República, eles precisariam de apoio popular. E, por sua vez, para conseguir apoio popular, 
seria necessário atender às demandas populares: fim de privilégios, fim da escravidão e distribuição de 
renda. Nada disso interessava à aristocracia. 
Tudo muda com a queda na produção do ouro: ficou mais difícil pagar os impostos irredutíveis exigidos 
pela Coroa Portuguesa, e as dívidas cresceram. 
em 1789, Portugal decide cobrar, de uma vez só, todas as dívidas de impostos 
acumulados. A derrama gera grande insatisfação. 
Os aristocratas, então, retomam as discussões dos ideais republicanos, mas dessa vez com reais 
intenções de proclamar a República Mineira. 
 Defendiam a 
liberdade comercial e política. Conjuradores de destaque: 
Joaquim da Silva Xavier, Tomás Antônio Gonzaga (escritor 
árcade) e Claudio Manoel da Costa. Antes que o movimento 
tomasse forma, o inconfidente Joaquim Silvério dos reis 
delata o plano para o governador, em troca de ter suas 
dívidas com a Coroa perdoadas. 
 
Os conjuradores foram presos e condenados a duras penas. 
No entanto, a maior parte deles era da aristocracia – ricos, 
famílias tradicionais, conheciam pessoas do governo – e 
conseguiu ser liberada no segundo julgamento, por meio de amizades e subornos. 
 
Não foi o caso de Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes. O mais pobre dos conjuradores acaba sendo 
responsabilizado por todo o movimento, e executado. Ele se torna um mártir por não ter abandonado 
seus ideais, mesmo frente à pena de morte. Mais tarde, será transformado em herói nacional pelos 
historiadores, no período republicano, comparado à figura de Jesus Cristo. 
 
Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles (1953): é um conjunto de 85 poemas épicos, chamados 
de romances, que narram a Inconfidência Mineira desde o ciclo do ouro, os desdobramentos do conflito, 
até o exílio de um dos principais conjuradores, Tomás de Antônio Gonzaga. A obra termina com uma 
homenagem aos inconfidentes e ironia dos ditos vitoriosos: a história não lembrará os assassinos, e sim, 
os revolucionários. 
 
Bandeira da república mineira, proposta pelos 
inconfidentes. Atual bandeira do estado de minas 
gerais. 
@DRA.RESUMOS 
Resumo por Larissa Nunes 
 
SALVADOR, BAHIA, 1798 
 
Foi organizada pela população comum, classes mais baixas e operárias. O estopim foi a falta de alimentos 
que assolava a população mais pobre. 
 
• Revolução Francesa (1789): ideais iluministas, de liberdade e igualdade. 
• Independência do Haiti (1791): conquistada pelos escravos negros da colônia francesa. 
 
De origem pobra, mas apadrinhado por um senhor da elite, Cipriano estuda na Europa no período de ebulição 
do pensamento iluminista. Ao retornar para o Brasil, se junta aos Cavaleiros da Luz*, que já pensavam a 
independência da Bahia. 
Cavaleiros da Luz: grupo revolucionário, que seguia ideais iluministas. 
A conjuração cresce lentamente, com divulgação em cartazes e panfletos. Defendiam o fim dos 
privilégios, fim da escravidão, a igualdade de direitos, livre comércio e a proclamação da República 
Bahiense. 
PROBLEMAS 
• Divulgação por escrito: a maior parte da população não sabia ler. A população letrada era a 
elite, que não apoiava essas ideias. 
• Foi fácil identificar as gráficas que imprimiram os panfletos e assim, encontrar os líderes 
CONCLUSÃO: líderes enforcados na Praça da Piedade. Cipriano Barata, por ser apadrinhado, não foi 
punido. 
A Revolução Haitiana, que levou à independência do país pela ação dos escravos negros, criou uma 
mentalidade de temor às revoltas populares. Essa vitória sobre a França, uma potência símbolo da 
monarquia, podia incentivar levantes em todo o mundo, inclusive no Brasil. A repressão rígida das revoltas 
desse período são evidências claras desse medo.

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