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farmacologia dos ansiolíticos e hipnóticos

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FARMACOLOGIA DOS ANSIOLÍTICOS E 
HIPNÓTICOS 
INSÔNIA 
Desordem neurológica caracterizada por: 
1. Dificuldade na iniciação do sono 
2. Manutenção do sono 
3. Despertar precoce 
4. Sensação de sono incompleto (narcolepsia) 
A insônia para ser caracterizada como síndrome tem 
que apresentar essas 4 características. 
Insônia Aguda X Insônia Crônica 
- Agudo: quando esses características acontecem por 
3 dias. 
- Crônica: quando essa insônia dura por mais de 30 
dias, com pelo menos 3 eventos. 
SUBCLASSIFICAÇÃO DA INSÔNIA 
Ela possui 11 subtipos, mas as mais importantes são: 
A insônia Psicofisiológica (aquela que você consegue 
ver alterações no padrão de ondas cerebrais no 
eletrocefalograma). 
A insônia paradoxal (o paciente relata ter os sintomas 
de insônia, mas o encefalograma mostra o 
comportamento de ondas normal) – maior parte dos 
pacientes. 
Insônia Idiopática (é a que acomete principalmente as 
crianças, com eventos de insônia, mas as causas são 
desconhecidas) – menos frequente. 
ANSIEDADE 
Transtorno caracterizado por excessiva preocupação 
ou resposta ao medo que interfere no funcionamento 
normal ou causa extresse significante. É um 
comportamento normal do organismo, mas em 
excesso causa esse problema. 
 Síndrome do Pânico 
 Fobia especifica 
 Síndrome do Transtorno de ansiedade 
generalizada 
 Agorafobia 
Dessas síndromes, apenas a fobia especifica não pode 
ser tratada com ansiolíticos, porque a solução é retirar 
o agente causador. 
O medo se apresenta de forma fásica, sendo que 
acontece em um momento e no outro ele se encerra, 
além disso, ele depende de um estímulo para ser 
desencadeado. 
A ansiedade pode se manifestar de forma: 
 Cognitiva: o paciente passa se irritar mais 
facilmente, 
 Somáticas – são manifestações motoras e 
fisiológicas (taquicardia e sudorese) 
 Comportamentais – “manias” como roer 
unhas e aumentar a ingestão de alimentos. 
 Emocionais que são subjetivas, como o medo 
da rejeição. 
Fisiologicamente, a ansiedade surge de um estado 
anormal de funcionamento cerebral através de 
modificações de sinapses e conexões. 
BASES NEUROQUÍMICAS DA ANSIEDADE E INSÔNIA 
A fisiologia da ansiedade é bastante complexa pois é 
caracterizada por agrupar uma enorme quantidade de 
estruturas encefálicas e pouco se sabe. Desse modo, a 
farmacologia contribuiu muito para o entendimento 
da fisiologia dessas duas manifestações fisiológicas. 
Há dois mecanismos que buscam explicar esse 
funcionamento: 
1. Sistema cerebral de defesa (luta e fuga): 
amígdala (iniciar a transmissão do impulso) -> 
hipotálamo (controlar a secreção de 
hormônios como resposta ao estímulo) -> 
matéria cinzenta periquedutal (responsável 
por eventos somáticos, movimento, como 
travar a mandíbula em efeito do estresse). É a 
via mais importante e repleta de receptores 
que são alvos farmacológicos. 
2. Sistema de inibição comportamental: circuito 
septo-hipocampal (sistema avaliador, ele é 
ativado quando uma situação foge do 
normal). 
• Aumento da função adrenérgica: efeitos 
somáticos, como taquicardia, diminuição do trato 
gastrointestinal. 
• Aumento da função serotoninérgica: efeitos 
pouco esclarecidos na ansiedade, mas se sabe que ele 
consegue modular essa resposta. Sendo liberada pelo 
núcleo da rafe e estabelece função da amígdala 
(ansiogênica – avisa que temos uma situação de risco) 
e na substância cinzenta periaquedutal (ansiolítica – 
evita que você tenha um congelamento em uma 
situação de pânico). 
• A redução do GABA: ação inibitória de 
neurônios serotoninérgica (núcleos da Rafe, amígdala, 
matéria cinzenta periarquedutal). A redução do GABA 
permite o aumento na secreção de serotonina e 
desencadeia os efeitos ansiogênicos. 
No tratamento de pacientes com ansiedade se utiliza 
fármacos que inibem a recaptação da serotonina 
aumentando seu tempo na fenda sináptica, pois em 
longo prazo ocorre a diminuição da liberação de 
serotonina pelo receptor de autorregulação e a 
redução da quantidade de receptores 
serotoninérgicos, pois eles se tornam 
“dessensibilizados” a serotonina presente. Desse 
modo, esses fármacos devem ser utilizados em longo 
prazo, pois os efeitos iniciais é antigênicos, mas a 
longo prazo, a serotonina vai perdendo o efeito, 
devido a uma resposta adaptativa. Para curto prazo é 
importante utilizar benzodiazepínicos. 
REGULAÇÃO NEURONAL DO SONO 
ECG nas fases dos sonos: 4 fases de sono não REM: 
ondas sincronizadas, e sono REM ondas 
dessincronizadas de baixa amplitude. Quem controla 
esse mecanismo é o hipotálamo. 
Na vigília, as ondas são dessincronizadas e amplas 
NSQ: núcleo supraquiasmático; POVL: núcleo pré-
optico ventrolateral; NR: núcleo da rafe; LC: locus 
ceruleus; LD: núcleo látero-dorsal; PP: pedículo 
pontino. 
Boa parte das classes de fármacos que se utilizam vão 
interagir na sinapse gabaérgica, que é o 
neurotransmissor amplamente distribuído no SNC. 
NEUROTRANSMISSÃO SEROTONINÉRGICA 
 A serotonina nasce do triptofano, sendo 
metabolizada e acumulada em vesículas. 
A maioria dos medicamentos de ansiedade e 
depressão contém triptofano, pois a utilização dele 
estimularia a liberação da serotonina. Isso tem uma 
lógica principalmente na depressão, pois acredita-se 
que nesses casos, ocorre uma dificuldade de liberar 
serotonina. 
Receptores serotoninérgicos há 14 subtípos: 5-HTI a/b 
presentes no neurônio pré-sináptico (receptor de 
autorregulação inibitório – impedindo a secreção de 
mais serotonina), 5-HT2 presentes no neurônio pós-
sináptico (receptores excitatórios), 5-HT3, 5-HT4. 
Ainda não se sabe qual tipo de receptor está 
envolvido na ação da amígdala. Os receptores 
serotoninérgicos são receptores acoplados a proteína 
G. 
NEUROTRANSMISSÃO GABAÉRGICA 
O GABA é sintetizado pela mitocôndria da glutamina e 
apresenta receptores de canais iônicos. Sua ação 
inibitória é causada pela sua resposta ao receptor 
GABA-A, aumentando a passagens de íons. O receptor 
de GABA apresenta vários sítio de ligação alostérica (a 
ligação de outro neurotransmissor “melhora” a 
ligação do receptor com o GABA, alterando a 
conformação do receptor, assim, aumenta-se a 
sensibilidade do receptor). Benzodiazepínicos e 
barbitúricos podem se ligar ao receptor de GABA, 
aumentando sua ação. 
 
TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS 
Definição do tratamento: (1) escolha do paciente, (2) 
disponibilidade do tratamento, (3) custos, (4) 
comorbidades. 
Terapia não-farmacológica para ansiedade: 
 Terapia cognitivo-comportamental. (Consegue 
reverter os sintomas sozinhos e melhorar a 
resposta aos medicamentos). Além disso, há 
outras terapias que podem melhorar o 
tratamento da insônia: terapia de controle de 
estímulos (retirada de celular e tv antes do 
sono), terapia de restrição de sono (a partir 
do momento de que o paciente não consegue 
mais dormir, ele deve iniciar seu dia assim que 
acorde, sendo indicada para pacientes com 
mais de 5 horas de sono), terapia de 
relaxamento, exercícios físicos, manutenção 
de higiene de sono (não ingerir bebidas 
estimulantes ou utilizar a cama para outras 
atividades). 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA ANSIEDADE E 
INSÔNIA 
Ansiolíticos têm como capacidade de reduzir o estado 
de ansiedade, mas não promove sono. (Sedação) 
Hipnótico promove o início e manutenção do estado 
de sono. 
Todos esses fármacos são depressores do SNC por 
diferentes vias!! 
Os estados da depressão do SNC: sedação, hipnose, 
anestesia e coma. 
Os barbitúricos são fármacos utilizados para 
tratamento de ansiedade, porque a dose que 
promove a sedação é diferente da dose que promove 
anestesia e de hipsnose e do como. Então, o risco 
desses pacientes que fazem uso do barbitúrico de 
entrarem nos outros estágios de depressão do SNC é 
muito alto. Podendo chegar inclusive a parada 
respiratória, levando a morte. 
Geralmente os fármacos hipnóticos e sedativoseles 
tem o comportamento dose dependente, mas eles 
não deve ultrapassar estados de anestesia e coma. 
Temos medicamentos hipnóticos sedativos que são 
utilizados como pré-anestésicos. Então um 
medicamento que cause sedação, em uma dose mais 
alta pode causar hipnose. 
FARMACOLOGIA DA ANSIEDADE E INSÔNIA 
São classes de fármacos para efeitos paliativos, não 
causando a causa base da ansiedade. Desse modo, a 
terapia cognitivo-comportamental torna eficiente o 
tratamento de pacientes que sofrem dessa doença. 
1. BENZODIAZEPÍNICOS 
Eles levam esse nome derivado de sua estrutura 
química, pela presença de um anel benzênico e um 
anel benzodiazepínico (anel com dois N). Eles são 
reguladores alostéricos do canal de GABA, 
aumentando sua afinidade. Seu efeito é dependente 
da liberação de GABA pré-sinápico. Dessem modo 
pacientes que tomam uma cartela tentando suicidar 
não vai ocasionar esse objetivo devido a sua 
dependência de GABA, pois quem libera o GABA é o 
neurônio e não o medicamento. No entanto, o seu 
uso é controlado, mesmo não causando muito efeito 
prejudicial. 
Os principais benzodiazepínicos são: Diazepam; 
Flurazepam; Oxazepam; Clonazepam (Rivotril); 
Triazolam; Midazolam; Clordizepóxido; 
Ele atua tanto na ansiedade quanto na insônia, ele é o 
principal inibidor entre o tálamo e o córtex. 
O barbitúrico estabelece uma depressão mais 
acentuada comparada com os benzodiazepínicos, 
sendo ele a droga de escolha utilizado em países em 
que eutanásia é permitida. Ele apresenta uma 
interação muito mais potente com os receptores de 
GABA, maior sensibilidade em menores 
concentrações. Além disso, em concentrações 
elevadas ele pode ser agonista de canais de GABA, 
podendo ativar o canal sem a presença do mesmo. 
Os efeitos hipnóticos-sedativos causados pela 
utilização dos benzodiazepínicos é referente a 
atuação do gaba, isso porque ele potencializa sua 
ação. Desse modo, há diminuição das sinapses 
envolvendo monoaminas (serotonina, noradrenalina e 
glutamato os quais são excitatórios) excitatórias. Seus 
efeitos no SNC são de sedação e hipnose dependente 
da dose, no entanto a farmacocinética de alguns 
medicamentos pode apresentar indicações para 
outros mecanismos. No SNC eles não produzem 
anestesia, devido a sua dependência do GABA, 
entretanto ele pode induzir amnésia anterógrada 
(perda da capacidade de memorização). 
Seu efeito sobre o sono é provocar um sono profundo 
e restaurador (provoca latência e número de 
despertares, causando redução do sono NREM e 
aumento do sono REM), através do prolongamento do 
sono e aumento do limiar do sono. Esses efeitos no 
sono tornam essas drogas bastante dependentes, 
sedo que sua utilização deve ser controlada e 
reduzida há certo tempo (droga paliativa). 
Os efeitos respiratórios em doses hipnóticas não 
causam efeitos respiratórios, no entanto, em doses 
altas pode causar depressão da função respiratória 
(ficar atento para pacientes que apresentam DPOC). 
Os benzodiazepínicos estabelecem interações 
medicamentosas com outras substâncias, uma delas é 
o álcool o que interfere em sua absorção e aumenta 
seu tempo de meia-vida, sendo uma associação de 
risco. 
Sua absorção é completa através dos tecidos 
lipossolúveis, eles sofrem biotransformação (enzima 
p450) através da conjugação com glicuronídeos e é 
eliminado na urina. De acordo com sua 
biotransformação (importante lembrar que todos 
sofrem) eles são classificados de acordo com sua 
meia-vida: 
(1) os de ação curta possuem meia vida menor que 6 
horas (midazolam e triazolam); 
(2) ação intermediária apresenta meia vida de 6-24h 
(estazolam e temazepam); 
(3) ação longa meia-vida superior às 24h (diazepam e 
clonazepam). 
OS USOS TERAPÊUTICOS: 
 Anticonvulsivante: objetivo de reduzir o 
surgimento de convulsões durante o dia (deve 
utilizar medicamentos de longa duração e 
baixas concentrações). Em pacientes com 
crise a preocupação é a via de administração, 
sendo necessária uma administração 
endovenosa. 
 Hipnóticos: utilizar medicamentos de curta 
duração em uma dose um pouco elevada. 
 Ansiolítico/sedativo: pacientes que utilizam 
de forma crônica deve ser utilizado de longa 
duração e baixas concentrações. 
 Abstinência alcoólica: deve utilizar 
medicamentos de longa duração e doses 
moderadas para suprir o efeito que álcool 
causava. (A retirada do álcool aumenta a 
excitabilidade do SNC, por isso utiliza-se os 
benzodiazepínicos para reduzir essa 
abstinência). 
TOXIDADE E EFEITOS ADVERSOS 
Muitas pessoas acreditam que esses medicamentos 
tenham uma margem de segurança muito estreita, 
mas na verdade são fármacos seguros, via de regra 
eles veio substituir os barbitúricos e tem uma margem 
de segurança boa. No entanto, tem um potencial de 
desenvolvimento de tolerância alto, e o uso para fins 
recreativos, por isso são classes controladas. 
Em termos de toxicidade, o grande problema são 
aqueles associados ao efeito de prolongamento do 
sono superior ao tempo habitual de sono desse 
paciente, levando a uma Sonolência matutina (após 
acordar), dificultando as atividades diárias simples. 
Além disso eles podem causar reações alérgicas. 
Outro problema é a potencialização de efeitos 
depressores de outras substancias, esses 
medicamentos sozinhos não conseguem promover 
uma ativação do GABA, mas quando associado a 
outros depressores como o álcool, eles podem abaixar 
o limiar, levando a uma depressão profunda do SNC, 
podendo levar até ao óbito. Seu uso não é indicado na 
gravidez, pois ele consegue passar a barreira 
placentária e ele pode promover depressão no SNC do 
feto, e no momento do parto ao cessar esse estimulo, 
pode levar a uma abstinência no neonato. 
Outro efeitos paradoxixais são os efeitos psicológicos 
que acomete mais idosos, é quando o paciente 
desenvolve uma resposta oposta ao esperado pelo 
medicamento. Nesse caso, eles apresentam sintomas 
como amnésia, euforia, inquietação, alucinação e 
desinibição ou controle. Não possuem explicações na 
sua farmacologia para esses efeitos, por isso seu 
nome. 
Em termos de toxicidade aguda, ou seja, quando o 
paciente utiliza grandes doses, ele acaba sendo mais 
seguro do que outros medicamentos, levando a um 
sono prolongado, podendo chegar a um sono 
profundo e algumas vezes até o coma, mas é mais 
raro. No entanto, uma ingestão com outros 
depressores, vai abaixar o limiar de expressão dessas 
outras drogas o que aumenta o risco desses 
medicamentos. Entretanto, alguns pacientes tem um 
risco aumentado ao usar esses medicamentos, como 
aqueles que tenha DPOC e asma, pois eles já possuem 
uma capacidade respiratória menor e ao usar 
benzodiazepínicos, vão possuir um risco maior. 
Para esses eventos de toxicidade aguda o tratamento 
é feito com o Flumazenil, que é um antagonista ele se 
liga ao receptor benzodiazepínico, e evita que o 
benzodiazepínico se ligue, fazendo uma competição. 
Ele é um bloqueador do receptor. Consegue reverter 
estados sedativos de pacientes com uso excessivo de 
benzodiazepínicos, mas não a depressão respiratória. 
TOLERANCIA E DEPENDÊCIA 
Ele vai possuir uma menor incidência comparado a 
outros sedativos, como os barbitúricos. Caso esse 
fármaco não seja retirada após alivio ou fim do 
tratamento, e no uso a longo prazo pode gerar uma 
dependência. Essa dependência vai ser influenciada 
pela dose e pelo tipo de benzodiazepínico. Por isso, é 
necessária uma retirada gradual do medicamento. Os 
efeitos da abstinência leva a uma irritabilidade, 
excitação, insônia de rebote. 
SEDATIVOS HIPNOTICOS NÃO BENZODIAZEPINICOS 
São agonistas dos receptores benzodiazepínicos, os 
mais conhecidos são: Zolpidem e Zeleplona. 
Estruturalmente eles não são da classe dos 
benzodiazepínicos. Ele promove aumento do tempo 
de sono, no entanto diminui o sono REM. Vão ter uma 
receptividade para os receptores benzo centrais,com 
uma eficácia terapêutica hipnótica, sem insônia de 
rebote. Não vai possuir efeitos anticonvulsionantes ou 
relaxantes musculares. Tem também um menor 
potencial de dependência e tolerância comparados 
aos BDZ. 
2. BARBITÚRICOS 
Os mais conhecidos são: Fenobarbital (gardenal), 
Secobarbital, Pentobarbital e Tiopental. 
A maior aplicação deles são como anticonvulsivantes 
e indutor de anestesia (sedação). Não já é tão 
utilizada como um hipnótico-sedativo, sendo 
substituídos pelos benzodiazepínicos. Eles são 
derivados do ácido barbitúrico. E vai promover a 
depressão de todos os tecidos excitáveis. 
Janela terapêutica: quando administra um fármaco, 
ele tem que ter uma concentração mínima para fazer 
efeito, chamada de concentração plasmática mínima 
efetiva. E temos uma concentração máxima, no qual 
temos o efeito terapêutico e não uma toxicidade. O 
índice terapêutico é a distância entre essas duas 
doses. Se uma droga tem um índice terapêutico baixo 
ele é mais perigoso. O índice terapêutico dos 
barbitúricos é estreito, e além disso, com o passar do 
tempo temos um efeito de tolerância e um 
abaixamento desse índice terapêutico. 
EFEITOS NO SNC 
Ele se liga a um regulador alosterico do receptor do 
GABA. Só que em altas doses ele vai promover uma 
ativação do receptor independente de GABA, 
diferente dos benzodiazepínicos, ou seja, o 
barbitúrico sozinho pode levar a morte. Produzem 
todos os estados de depressão do SNC e atua em 
receptores de GABA pré e pós-sinapticos. Possui um 
menor efeito ansiolítico comparado aos BZD, pois 
doses baixas já leva a hipnose. 
Tem como efeito: prolongar o tempo de sono, diminui 
a latência do sono e o sono REM, tem uma rápida 
indução de tolerância e são capazes de promover 
insônia de rebote após retirada abrupta. No SNP ela é 
capaz de promover uma depressão na transmissão no 
gânglio autônomo, pois eles consegue interagir com 
receptores nicotínicos. 
 
Os efeitos sobre os sistema respiratórios e 
cardiovascular: causam uma depressão respiratória 
pela inibição de sinapses gabaergicas no bulbo, com 
doses 3x superiores às hipnóticas. No seu uso como 
anestésico (Tiopental), os barbitúricos de ação 
ultracurta, pode responder com um aumento da 
atividade reflexa respiratória (tosse, espirro...). Em 
relação aos efeitos cardíacos, as doses hipnóticas não 
causa alterações cardiovasculares, pode ocorrer uma 
diminuição dos reflexos cardíacos. 
Os efeitos hepáticos e no Trato gastrointestinal: 
diminui a motilidade gástrica por conta do efeito 
sobre os gânglios autônomos. Em relação ao fígado, 
vai aumentar a atividade de enzimas de 
biotransformação, como a enzima citocromo P450, e 
também o fármaco é eliminado por glicuronidação. 
Esse mecanismo é responsável pelos efeitos de 
tolerância a barbitúricos. 
É um fármaco com boa absorção oral. A sua 
administração via IM é feita de sais sódicos em 
músculos de grande volume, como coxa e glúteo, por 
conta de necrose. A via EV, é usada em estado 
epilético ou na indução da sedação. 
Quanto a sua distribuição ele atravessa a placenta e 
BHE, promovendo depressão dos sinais vitais do feto, 
por isso é contra indicado em gestantes. Ele acumula 
em tecido adiposo, podendo ficar reservado lá, além 
de acumular no leite materno, sendo proibido a 
lactentes. 
Quanto a eliminação, é majoritariamente renal e 
precisam ser conjugados com glicuronídeos. Ele possui 
uma ampla meia vida de 4 a 5 dias, seu uso a longo 
prazo causa acumulação e leva a dependência. Ele é 
um acido fraco. 
 
É um fármaco que tem pouco uso como ansiolíticos 
ou hipnótico-sedativos. Sua utilização é maior como 
anestésicos, sendo o principal o Tiopental IV (possui 
rápida distribuição) e possui uma meia vida ultracurta, 
sendo rapidamente eliminado o que garante uma boa 
recuperação da anestesia. Sua utilização como 
anticonvulsivante, o mais utilizado é o Fenobarbital 
(seletividade anticonvulsivante e ampla meia vida – 
24h). 
TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA 
Temos dois tipos de tolerância desenvolvida com os 
barbitúricos: um do ponto de vista Farmacocinética 
(quando ele utiliza o fármaco, ele induz enzimas de 
metabolização, isso vai acarretar que em dias ou 
semanas já desenvolve essa tolerância 
farmacocinética, pois o corpo passa eliminar rápido). 
Já a tolerância farmacodinâmica (com uma alta 
estimulação gabaergica, diminui a excitabilidade dos 
neurônios ao GABA, em função desse uso dos 
barbitúricos, essa resposta acontece em uso 
continuado por semana/meses). Com isso, o paciente 
vai aumentando a dose, pois vai ocorrendo a perda do 
efeito, se aproximando a dose máxima segura, 
levando a efeitos de toxicação. Além disso, ele tem 
uma tolerância cruzada com outros depressores do 
SNC, seja porque tem os mesmo efeitos sobre o gaba 
ou por também utilizarem as enzimas de degradação. 
A retirada abrupta não pode ser feita, pois leva a uma 
perda da estimulação gabaergica, causando a 
excitação de rebote. 
 
EFEITOS ADVERSOS 
Ocorre uma depressão residual do SNC, com 
alterações de humor, comprometimento da 
habilidade de julgamento, das habilidades dinas, 
causa vertigens, náuseas, vômitos e diarreia. Possui 
também efeitos paradoxais e reações de 
hipersensibilidade. 
A intoxicação por barbitúricos é seguro nas doses 
utilizadas terapeuticamente. No entanto, o limiar de 
intoxicação diminui com o uso de outros depressores 
do SNC. Quando ocorre essa intoxicação, o que se 
observa é uma profunda depressão do SNC, o 
paciente fica em estado comatoso, ocorre perda da 
capacidade respiratória (hipóxia) e uma perda da 
contratilidade cardíaca. Esses fatore leva a uma queda 
brusca na pressão do paciente, levando a 
complicações pulmonares e renais e acaba levando ao 
óbito. 
TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO POR BARBITÚRICOS 
É necessário medidas de suporte das funções vitais. 
Além disso, faz-se uma lavagem gástrica, uma 
manutenção do estado hidratado, o que leva ao 
aumento da pressão, beneficiando a função renal. 
Outra estratégia é a alcalinização da urina, pois como 
ele é um ácido fraco, vai deixar ele mais ionizado 
aumentando a excreção. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSOS 
Esse fármaco tem interação com quase todas as 
classes, devido a indução hepática de enzimas do 
citocromo p450, com eliminação mais rápida de 
glicocorticoides, varfarina, propanolos, levadopa, 
vitamina K e hormônios esteroides. 
3. INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DA 
SEROTONINA 
Citalopram; Fluoxetina; Paroxetina e Sertralina. 
São fármacos uteis no tratamento de ansiedade e da 
depressão, pois não promovem a sedação. Seu uso a 
longo prazo possui uma eficácia semelhante aos BZD 
sem os efeitos adversos associados a esta classe. 
Causam um bloqueio do canal serotoninérgico, 
Aumentando o tempo de ativação dos receptores 
serotoninérgicos. 
São fármacos om boa absorção oral, e metabolizados 
por CYP hepáticos. Além disso, diferente dos 
barbitúricos, eles promovem uma inibição enzimática, 
podendo causar interações medicamentosas. 
Os efeitos adversos é decorrente da estimulação do 
receptor 5HT2, aumentando a ansiedade no início do 
tratamento. Também pode causar efeitos colaterais 
sexuais, com disfunção erétil, anorgasmia e retardo na 
ejaculação. Podendo ser utilizado para problemas de 
ejaculação precoce, como uso off-label. Podem causar 
náuseas, vômitos e diarreias, pois estimulam o 
receptor 5HT3 periféricos. 
4. BUSPIRONA 
É um medicamento que não possui um mecanismo de 
ação certo. Mas sabe-se que ele é um agonista parcial 
de receptores 5HT1 e D2 centrais. Ele promove uma 
depressão leve no SNC, com efeito ansiolítico mas 
sem hipnose ou sedação. O seu efeito é tardio, em 
torno de 1 semana, não é utilizado para controle de 
crises. Suas vantagens são: não tem efeitos aditivos 
sobre o álcool, não tem sintomas de tolerância, 
dependência ou insônia de rebote e não temcomprometimento psicomotor. Os efeitos adversos 
incluem: taquicardia, nervosismo, desconforto 
gastrointestinal, parestesia. 
5. CÔNGENERES DE MELATONINA 
Ramelteona e Tasimelteona 
Esses fármacos são utilizados no tratamento da 
insônia, pois atuam sobre os receptores da 
melatonina MT1 (mais importante) e MT2. A 
melatonina é produzida na pineal, sendo responsável 
pela manutenção do ritmo circadiano e aumenta seus 
níveis próximo ao horário de sono. Não possui efeitos 
de tolerância ou insônia de rebote. 
6. BETABLOQUEADORES 
O propranolol é usado como off label para a 
ansiedade situacional. Ele reduz sintomas periféricos 
da situação de ansiedade, como tremor, sudorese, 
taquicardia, palpitação. Pode causar hipotensão.

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