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Trauma – Imobilização e Transporte A vítima foi encontrada com a barriga para cima, então faz-se um rolamento de 90º. Pri�meiro, após a medida adequada, imobiliza-se com o colar cervical; coloca-se em seguida uma tala de imobilização, pois há uma provável lesão na tíbia; só então se faz o rolamento de 90º, com um socorrista segurando na região da pelve, outro na região cervical e outro na perna. Vira-se o paciente para a frente e depois encaixa-se a prancha sob ele. Quando a vítima for encontrada em decúbito dorsal (barriga para baixo), faz-se um rola�mento de 180º: um socorrista apoia a região cervical, outro pega no ombro e na região do quadril, outro no quadril, pelve e perna. Dessa forma, a vítima é transportada imobilizada para a prancha rígida. Elevação em Monobloco É usada em lesões ou situações gravíssimas que impeçam o rolamento (ex.: esmaga�mento de membros inferiores, fratura de pelve). São necessários 4 socorristas: um segura o pescoço da vítima; outro, a região torácica, passando as pernas sobre a vítima; outros dois seguram as pernas; e então eleva-se a vítima para colocar sobre a prancha rígida. MOVIMENTAÇÃO DA VÍTIMA O manual do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás mostra através das imagens abaixo a colocação da vítima em prancha rígida: Extricação Retirada de vítimas presas nas ferragens dos veículos. Às vezes é preciso usar ferramen�tas para esse tipo de retirada. Técnicas de Extricação 1. Retirada com o uso do KED (Kendrick Extrication Device) ou colete de imobilização dorsal – vítimas estáveis do interior de veículos. Um socorrista entra no banco de trás do carro e estabiliza a cabeça da vítima; outro mede o colar cervical com os dedos entre a mandíbula e o ombro; coloca-se o colar cervical e o KED (objeto de imobilização torácica e lombar, que também ajuda a estabilizar a pelve); depois vira-se o paciente para colocar na prancha rígida. 2. Retirada Rápida com o uso da lona – na ausência do KED e com a necessidade de rapidez. Sinais vitais instáveis e retirar vítimas estáveis para ter acesso a outras mais graves e quando as cenas não estão seguras. 3. Retirada Rápida sem a lona (quando não há lona) – o próprio socorrista usa seu tórax para imobilizar a região da coluna do paciente 4. Chave de Rauteck (perigo iminente de morte à mesma ou ao socorrista. Ex.: incêndio em veículo, situações de instabilidade da vítima, veículos em despenhadeiros, marquises. Avaliação Primária: Traumas XABCDE; Avaliação Secundária: SAMPLA; Monitorização e Avaliação. Retirada de vítimas presas nas ferragens dos veículos. Às vezes é preciso usar ferramen�tas para esse tipo de retirada. Retira-se a pessoa da forma mais adequada possível, colocando também um estabiliza�dor de cabeça e almofadas laterais. Avaliação da Vítima Imobilização A imagem abaixo mostra um colar cervical (que tem diversos tamanhos), um KED, um estabilizador lateral e uma prancha rígida, respectivamente. A imagem abaixo mostra o sistema nervoso central. Uma lesão acima do segmento T6, como dito, gera um choque neurogênico. A tríade do choque neurogênico conduz a sinais de: hipotensão arterial (como todos os choques), bradicardia (diminuição da frequência cardíaca pela desautonomia do sistema nervoso simpático), alteração respiratória e, em alguns casos, hipotermia. O objetivo da imobilização é proteger a medula, a parte do sistema nervoso central que é lesionada em socorros inadequados na imobilização e transporte. A medula conduz o impulso nervoso que vem do cérebro para o corpo e vice-versa. Quando há um trauma raquimedu�lar, ocorre fratura do corpo vertebral e os fragmentos ósseos comprimem a parte interna da medula, impedindo a passagem da atividade elétrica do cérebro com a informação nervosa para a atividade motora. Quanto mais alta a lesão, mais grave o problema, pois acima de T6 (que será estudado posteriormente) começa a haver uma desautonomia do sistema nervoso simpático, havendo um descompasso do controle pressórico e de frequência cardíaca Instalação do Colar Cervical – SAMU 2016 A instalação do colar não é prioridade máxima no atendimento ao politraumatizado enquanto a estabilização manual da cabeça puder ser realizada de forma eficiente por um profissional. No entanto, esse dispositivo é importante para a imobilização, pois limita os movimentos da coluna cervical e ajuda a sustentar o pescoço, protegendo a coluna de compressão. O paciente que apresenta comprometimento das vias aéreas, da respiração ou da cir�culação deve receber as intervenções de correção desses problemas antes da insta�lação do colar cervical, enquanto um profissional executa a estabilização manual da cabeça. Assim que for possível, o colar deverá ser instalado. No paciente consciente, com boa ventilação e circulação, e no paciente inconsciente, sem comprometimento das vias aéreas, o colar cervical pode ser aplicado concomitan�temente ao controle manual da coluna. em situações em que o alinhamento não possa ser obtido. Nesses casos, o posiciona�mento da cabeça deve ser mantido com controle manual e outras estratégias de imo�bilização para evitar movimentação. na presença de objeto encravado no pescoço ou nessa região. Nesses casos, o objeto deve ser fixado e o controle manual mantido em associação a outras estratégias de fixação para evitar a movimentação da cabeça. É contraindicado o uso do colar cervical: Obs.:a exceção é quando o objeto penetrante se encontra na bochecha, podendo ser retirado. Medida do tamanho do colar: utilizar os dedos para medir o pescoço do paciente (distân�cia entre a mandíbula e o ombro). Muitas vezes a vítima tem sinais de choque, e é preciso fazer uma remoção o mais precoce possível, principalmente quando há suspeita de lesões ou hemorragias ocultas. Por exemplo, quando há um trauma abdominal, a chance de estar acontecendo uma hemorragia abdominal é intensa; não há nada a se fazer na avaliação pré-hospitalar para retardar o agravamento do quadro. Portanto, há situações em que não dá para pensar em estabilizar nada na situação pré-hospitalar. Em casos como uma fratura de fêmur isolada, coloca-se uma tala de tração para imobilizar de forma mais adequada e gerar redução de danos em relação a lesões de parte mole e de nervos. Há, portanto, a necessidade de fazer uma avaliação, se haverá tempo para imobilizar de forma mais completa ou não, de estabilizar de forma mais adequada uma fratura ou não etc., pois deve-se avaliar o risco de vida do paciente
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