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AN02FREV001/REV 4.0 1 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE GESTÃO EM SAÚDE Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 2 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE GESTÃO EM SAÚDE MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 3 SUMÁRIO MÓDULO I 1 GESTÃO DE PROCESSOS 1.1 GESTÃO DE PROCESSOS RELATIVOS AO SERVIÇO DE ATENÇÃO À SAÚDE 1.2 SERVIÇOS DE CONSULTAS DE URGÊNCIA E TRIAGEM – SCUT 1.3 AMBULATÓRIO 1.4 HOSPITAL DIA 1.5 INTERNAÇÃO 1.6 CENTRO CIRÚRGICO 1.7 ENDOSCOPIA 1.8 GESTÃO DE PROCESSOS DE APOIO 1.9 GESTÃO DOS PROCESSOS RELATIVOS AOS FORNECEDORES 1.10 GESTÃO FINANCEIRA 2 AUDITORIA 2.1 AUDITORIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE ASPECTOS GERAIS 2.2 HISTÓRICO DA AUDITORIA NO BRASIL 2.2.1 Conceito 2.2.2 Objetivos 2.2.3 Classificação 2.2.4 Conclusão 2.3 REGIMENTOS DAS CONTAS MÉDICAS 2.3.1 Objetivo 2.3.2 Disposições gerais 2.3.2.1 Composição 2.3.2.2 Competência 2.3.2.3 Conclusão 2.4 AUDITORIA MÉDICA 2.4.1 Auditoria Médica (Resolução CFM 1.614/01) AN02FREV001/REV 4.0 4 2.4.2 O Auditor Médico 2.4.3 Níveis de Atuação da Auditoria Médica 2.4.4 Funções do Auditor/Campos de Atuação 2.4.5 Campos de Atuação 2.4.6 Implicações Éticas 2.4.7 Objetividade 2.4.8 Conhecimento Técnico 2.4.9 Cautela, Bom-Senso e Zelo Profissional 2.4.10 Habilidade Interpessoal para Negociações e Influência Profissional 2.4.11 Comportamento Ético e Obediência ao Código de Ética Médica e Enfermagem 2.4.12 Sigilo e Discrição 2.4.13 Ferramentas de Trabalho 2.5 AUDITORIA DE ENFERMAGEM 2.5.1 Conceito 2.5.2 Atribuições do Enfermeiro Auditor 2.5.3 Tipos de Auditoria 2.5.4 Perfil do Enfermeiro Auditor 2.5.5 Normatização do COREN (Resolução COFEN 266/2001) 2.6 GLOSA 2.6.1 CONCEITOS MÓDULO II 3 HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO 3.1 DEFINIÇÃO 3.2 HIGIENE X SEGURANÇA No TRABALHO 3.3 ACIDENTES DE TRABALHO 3.4 PREVENÇÃO DE ACIDENTES 3.5 NORMA REGULAMENTADORA 3.6 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 3.7 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES 4 ARQUITETURA NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR AN02FREV001/REV 4.0 5 4.1 INFECÇÃO HOSPITALAR 4.2 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS FÍSICAS 4.3 LOCALIZAÇÃO DO HOSPITAL 4.4 IMPORTÂNCIA DA LAVAGEM DAS MÃOS 4.4.1 Higienização das Mãos em Contato com Pacientes em Geral 4.4.2 Recursos para Lavagem de Mãos em Cozinha 4.5 ROUPAS HOSPITALARES 4.5.1 Transporte de Roupa 4.5.2 Lavagem de Roupa 4.6 AMBIENTES ASSÉPTICOS 4.6.1 Ar-Condicionado 4.6.2 Forros 4.6.3 Trilhos e Suportes de Soro 4.6.4 Luminárias 4.6.5 Foco Cirúrgico 4.6.6 Janelas, Sistema de Escurecimento, Portas 4.6.7 Lâmpadas Germicidas 4.6.8 Acabamentos de Paredes e Pisos 4.7 OUTROS AMBIENTES 4.7.1 Cruzamento de Material Crítico 4.7.2 Centro de Material Esterilizado 4.8 INSTALAÇÕES NO AMBIENTE HOSPITALAR 4.8.1 Água 4.8.2 Reservatório de Água Elevado 4.8.3 Pressão Negativa 4.8.4 Chuveiros 4.8.5 Lavagem de Comadre 4.8.6 Drenagem de Segurança MÓDULO III 5 SEGURANÇA NO AMBIENTE HOSPITALAR 5.1 DIAGNÓSTICO INICIAL DA SEGURANÇA NO AMBIENTE HOSPITALAR AN02FREV001/REV 4.0 6 5.2 O SESMT, A CIPA E A SEGURANÇA 5.3 RISCOS NO AMBIENTE HOSPITALAR 5.3.1 Reconhecimento, Avaliação e Controle de Riscos 5.3.2 Riscos Físicos no Ambiente Hospitalar 5.4 RISCOS QUÍMICOS NO AMBIENTE HOSPITALAR 5.4.1 Práticas de Controle de Riscos Químicos em Locais e Tipos de Serviços Hospitalares 5.5 RISCOS BIOLÓGICOS NO AMBIENTE HOSPITALAR 5.6 RISCOS MECÂNICOS 5.7 O USO DA ELETRICIDADE NO AMBIENTE HOSPITALAR 5.8 CRIOGENIA 5.8.1 Sistemas de Redução de Pressão e Distribuição de Gases Medicinais 5.9 PLANOS DE EMERGÊNCIA NO AMBIENTE HOSPITALAR 6 PLANO DE EMERGÊNCIA HOSPITALAR 6.1 PROCEDIMENTO DE COMUNICAÇÃO 6.2 ATRIBUIÇÕES 6.2.1 Atendimento Médico 6.2.2 Seleção e Classificação das Vítimas 6.2.3 Recursos Disponíveis 7 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 7.1 PROTEÇÃO CONTRA RAIOS-X E RAIOS GAMA 7.2 CONTROLE DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO E DISTÂNCIA DE IRRADIAÇÃO 7.3 BLINDAGEM 8 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA 8.1 ENERGIA PARA ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA 8.2 ILUMINAÇÃO DE SINALIZAÇÃO 9 PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO 9.1 PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO FRENTE AO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 10 CONTROLE DE VETORES 11 PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO 11.1 ESTERILIZAÇÃO POR CALOR SECO 11.2 ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR ÚMIDO AN02FREV001/REV 4.0 7 11.3 ESTERILIZAÇÃO POR AGENTES QUÍMICOS 11.4 ESTERILIZAÇÃO A ÓXIDO DE ETILENO E SUAS MISTURAS 11.5 GLUTARALDEÍDO 11.6 FORMALDEÍDO 11.7 OZÔNIO 11.8 ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÕES IONIZANTES 11.8.1 Raios Gama 12 RESÍDUOS HOSPITALARES 12.1 GESTÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 12.2 TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO 12.3 MÉTODOS PARA MINIMIZAÇÃO DE ALGUNS RESÍDUOS PERIGOSOS 12.4 SEGREGAÇÃO 12.5 REUSO 12.6 RECUPERAÇÃO 12.7 COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 12.8 NORMATIZAÇÕES 12.9 LICENCIAMENTO AMBIENTAL 13 CONCLUSÕES MÓDULO IV 14 CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 14.1 DESAFIOS DO SISTEMA DE SAÚDE 14.2 CONTROLE DE INFECÇÃO: PACIENTES 14.3 CONTROLE DE INFECÇÃO: PROCEDIMENTOS INVASIVOS 14.4 CONTROLE DE INFECÇÃO: PATÓGENOS EMERGENTES 14.5 RECURSOS HUMANOS E AVANÇOS TECNOLÓGICOS 14.6 HUMANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO HOSPITALAR 14.7 O ATENDIMENTO À SAÚDE E O CONTROLE DE INFECÇÃO 14.8 MUDANÇA NO COMPORTAMENTO HOSPITALAR 14.9 QUALIDADE E CONTROLE DE INFECÇÃO 14.10 ATUAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS HOSPITALARES 15 MEDIDAS DE CONTROLE DO TERRORISMO BIOLÓGICO AN02FREV001/REV 4.0 8 16 ORGANIZAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 16.1 PORTARIA MS 196/83 16.2 CONCEITOS E CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICOS 16.3 CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO 17 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 17.1 TIPOS DE VIGILÂNCIA 17.2 INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS 17.2.1 Coleta de Dados 17.2.2 Relatórios 17.2.3 Investigações Epidemiológicas 18 PORTARIA MS 930/92 19 LEI FEDERAL 9.431/97 20 PORTARIA MS 2.616/98 21 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AN02FREV001/REV 4.0 9 MÓDULO I 1 GESTÃO DE PROCESSOS 1.1 GESTÃO DE PROCESSOS RELATIVOS AO SERVIÇO DE ATENÇÃO À SAÚDE A identificação dos novos produtos e serviços é realizada a partir das necessidades dos clientes, com reuniões sistemáticas com o Comitê Comunitário e grupos de pais na internação e ambulatório. Para atender às necessidades específicas de diferentes áreas, a instituição desenvolve projetos que abrangem os anseios dos pacientes. 1.2 SERVIÇOS DE CONSULTAS DE URGÊNCIA E TRIAGEM – SCUT Esta área compreende o prontoatendimento, área de observação e leitos de internação, sendo de grande importância o registro dos dados em prontuário, pois algumas instituições de saúde utilizam o sistema de prontuário eletrônico, com a informatização da triagem e prontoatendimento, no qual as fichas de atendimento e solicitações de exames radiográficos são preenchidas on-line e a prescrição médica e registro da administração do medicamento são realizados eletronicamente. Deve-se efetuar um acompanhamento organizacional dos fatores que contribuem para a realização do Serviço de Consultas de Urgência e Triagem - SCUT, conforme os princípios do SUS. AN02FREV001/REV4.0 10 Os fatores são: # PRINCIPAIS PROCESSOS Pronto-socorro; Ambulatório; Internação; Hospital-dia; # PRINCIPAIS INDICADORES Tempo de espera no Prontoatendimento; Tempo de espera na Triagem; Números de atendimentos; Média de permanência; Média de paciente-dia; Taxa de ocupação Hospitalar; Taxa de mortalidade hospitalar; Índice de intervalo de substituição; Índice de renovação ou rotatividade; Número de atendimento de enfermagem; A elaboração de novos projetos alinhados às diretrizes institucionais; A classificação de gravidade por score ou pontuação de sinais, sintomas e doença de base do paciente. Em todas as áreas é aplicada a Sistematização da Assistência de Enfermagem, que engloba o Histórico do Paciente (Exame Físico), Diagnósticos de Enfermagem, Prescrição de Enfermagem, Evolução de Enfermagem e Avaliação. A equipe de enfermagem presta assistência integral aos pacientes, desde a sua entrada no Prontoatendimento até a alta hospitalar ou transferência para as unidades de internação. AN02FREV001/REV 4.0 11 1.3 AMBULATÓRIO Unidade destinada à prestação de assistência em regime de não internação à população que demande acesso de pacientes, qualquer que seja o seu nível de complexidade. Na recepção do ambulatório utiliza-se um programa informatizado para o registro de todos os pacientes que aderem à instituição, seja para utilização ambulatorial (consultas médicas) ou realização de exames ou consultas. A planta física é composta por: recepção, salas de atendimento multidisciplinar, consultórios para consultas, posto de enfermagem com leito de observação, administração, sala de espera, DML, Raio-X, sala de gesso, copa e banheiros. 1.4 HOSPITAL DIA O Hospital Dia ou "serviços de internação parcial" é utilizado para atendimento de curta permanência do paciente em uma unidade. É um recurso intermediário empregado entre a internação e o atendimento ambulatorial, para a realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos que requeiram a permanência do paciente na unidade por um período máximo de 12 horas. O atendimento também se destina a pacientes psiquiátricos que estão sendo reintegrados ao convívio social, sendo intensivo, ou seja o paciente frequenta a unidade hospitalar durante o período diurno, passando o restante do dia com a família e a comunidade onde reside. AN02FREV001/REV 4.0 12 1.5 INTERNAÇÃO O ato de internação é um procedimento complexo que deve receber toda atenção e cuidados devidos. É importante esclarecer ao paciente que ele, de forma alguma, está sendo “colocado”, “largado” ou “trancado” em um hospital e, sim, que está iniciando um tratamento de grande valia para sua vida e de seus entes queridos. Há três tipos de internações: Voluntárias: Para aqueles que aceitam a internação ou entendem que necessitam de ajuda; Involuntárias: Para aqueles que necessitam da internação, porém não a aceitam, mas a pedido da família ou responsável legal são encaminhados à instituição visando à preservação da integridade física ou moral do paciente ou de seus familiares; Compulsórias – Por ordem judicial. O setor de internação funciona 24 horas e tem vários protocolos e procedimentos a seguir, pois cada instituição possui suas exigências. Primeiramente, todo o paciente que for fazer sua internação junto ao hospital deverá levar consigo um pedido do médico para sua internação (solicitação de internação do médico assistente) para, a partir daí, as pessoas que trabalham no setor o encaminharem à internação. Cada convênio possui algumas exigências mínimas para a internação, como: # Internação – Sistema Único de Saúde (SUS) Documento com foto (identidade); Cartão SUS (que é retirado na Secretaria de Saúde); Acomodação: Enfermaria; Seguir normas determinadas pelo SUS para visitas, acompanhantes, etc. AN02FREV001/REV 4.0 13 # Internação – Convênios Documento com foto (identidade); Cartão ou carteira do convênio; Certificar-se de que já possui direito à internação pelo seu convênio e que esteja devidamente autorizada; Acomodação: definida pelo convênio com o paciente. # Internação Particular Documento com foto (identidade), CPF; Acomodação: à escolha do paciente; Dados como data de nascimento, nome do pai, nome da mãe, estado civil, nome do cônjuge, endereço completo e telefone para contato são imprescindíveis para todos os casos, sendo que toda a vez que o paciente for internar e não possuir esses dados poderá dificultar a internação e, por vezes, a mesma poderá não ocorrer por falta de dados; A ação de internar demora aproximadamente 15 minutos, pois todas estas informações são repassadas para o sistema do hospital, que são importantes principalmente ao médico assistente e a todos os outros setores do hospital, como enfermagem, farmácia, nutrição, laboratório, Raio-X, bloco cirúrgico, fisioterapia, psicologia, assistência social, setor de tesouraria, faturamento. 1.6 CENTRO CIRÚRGICO O centro cirúrgico é um setor do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas, visando atender à resolução de intercorrências cirúrgicas, por meio da ação de uma equipe integrada, com técnicas estéreis para garantir a segurança do cliente quanto ao controle de infecção. AN02FREV001/REV 4.0 14 1.6.1 Classificado como um local restrito e de acesso limitado, divide-se em: Área Irrestrita - os profissionais podem circular livremente por estas áreas com roupas próprias (secretaria, vestiário e corredor de entrada). Área Semirrestrita – aquela que permite a circulação de pessoal, de modo a não intervir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita (expurgo, sala de estar e sala de preparo de material). Área Restrita - além da roupa própria do centro cirúrgico devem ser usadas máscaras e gorros, conforme normas da unidade, e as técnicas assépticas devem ser utilizadas de maneira rigorosa, a fim de diminuir os riscos de infecção (salas de cirurgias, lavabos, sala de recuperação pós-anestésica, sala de depósito e corredor interno). 1.7 ENDOSCOPIA Setor que realiza exames de endoscopia, colonoscopia e CPRE. A Endoscopia Digestiva consiste num método de investigação de doenças do esôfago, estômago e intestinos por meio de tubos flexíveis introduzidos pela cavidade oral ou anal, denominada como alta e baixa. O exame de Endoscopia Digestiva Alta (EDA) é um procedimento que permite o médico examinar a porção alta do sistema digestivo com a introdução do endoscópio por via oral, que inclui a visualização do esôfago, o estômago e o duodeno (que é a primeira parte do intestino delgado), usado para diagnósticos de gastrite, úlcera péptica, esofagite, hérnia de hiato, câncer gástrico, etc. O exame de Endoscopia Digestiva Baixa é o mesmo que Colonoscopia, ou seja, o endoscópio é introduzido pelo ânus e visualiza o seu intestino grosso, usado AN02FREV001/REV 4.0 15 para identificar pólipos, doença inflamatória intestinal, lesão maligna, como um câncer, divertículos, etc. A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE ou CPER) é um exame de parte do sistema digestivo que inclui a vesícula biliar, o pâncreas e os canais que drenam estes órgãos, bem como o fígado; o pequeno canal da vesícula (ducto cístico) se junta ao ducto que sai do fígado (ducto hepático), confluindo num ducto maior (o colédoco), o qual drena para o intestino delgado (duodeno - 2a porção) por meio de um orifício, a ampola de Vater. Todos estes ductos são observados, radiologicamente, após introdução de um produto de contraste através da papila de Vater, canulada com um endoscópio de visão lateral,chamado duodenoscópio. 1.8 GESTÃO DE PROCESSOS DE APOIO Um dos processos de apoio é o controle de higiene e limpeza, em que o gerenciamento é realizado de forma conjunta com o prestador de serviço por meio de “check list” e indicadores de desempenho. A higiene e a ordem são elementos que concorrem decisivamente para a sensação de bem-estar, segurança e conforto dos profissionais, pacientes e familiares. O serviço de limpeza hospitalar tem particular importância no controle das infecções, por garantir a limpeza e desinfecção de áreas hospitalares. A CME é uma unidade de apoio técnico dentro do estabelecimento de saúde destinada a receber material considerado sujo e contaminado, descontaminá-lo, prepará-lo e esterilizá-lo, bem como, preparar e esterilizar as roupas limpas oriundas da lavanderia e armazenar esses artigos para futura distribuição. O Serviço de Diagnóstico por Imagem proporciona e integra imagens radiológicas provenientes da radiologia convencional e digital; exames contratados radiológicos; tomografia e ressonância computadorizada; mamografia convencional e digital e densiometria óssea; podendo ser realizado o controle sistemático da quantidade de perdas de filmes de Raio-X, classificando-os por erros de técnica, posicionamento ou não classificados (problemas na revelação). http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_digestivo http://pt.wikipedia.org/wiki/Ves%C3%ADcula_biliar http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A2ncreas http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado http://pt.wikipedia.org/wiki/Ampola_de_Vater AN02FREV001/REV 4.0 16 A Nutrição é responsável por todo serviço de alimentação no hospital. O controle pode ser feito por uma supervisão e utilização de um check-list, que engloba avaliação e ações corretivas, seguidas de orientações e reuniões com os interessados. Os processos de apoio são desenvolvidos a partir da necessidade das áreas assistenciais e de pesquisa e ensino, estimuladas pela constante necessidade de atualização e modernização das mesmas. O gerenciamento dos processos de apoio ampara-se em indicadores de desempenho para verificar o atendimento de requisitos preestabelecidos pelas áreas. Os principais indicadores utilizados para avaliação dos processos de apoio são: # ÁREA Governança; Diagnóstico; Farmácia; Apoio didático; Laboratório; Nutrição. # PRINCIPAIS INDICADORES: Produtividade das camareiras (arrumação de camas); Pesquisa de opinião; Avaliação da qualidade do serviço da camareira por meio de abastecimento de enxoval hospitalar para o centro de custo; Quilos de roupa suja enviada / limpa recebidas; Força de trabalho e carga horária; Qualidade do serviço prestado; Porcentagem de perda de filme de Raio-X; Distribuição de erros na utilização de filmes de Raio-X; Índice de exames de diagnóstico por imagem por paciente; Aquisição de medicamentos; AN02FREV001/REV 4.0 17 Índice de erros no fracionamento de doses unitárias; Índice de faltas de medicamentos; Horas utilizadas x capacidade para otimização do uso das salas de aula; Número de utilizações por centro de custo; Programa Nacional de Qualidade dos Exames – PNCQ; Índice de exames laboratoriais por paciente; Absenteísmo; Produtividade; Qualidade Microbiológica; Custo; Índice de extravio. A Gestão de Apoio de Processos envolve o monitoramento das finanças e do faturamento e outros, de caráter operacional, o gerenciamento da rotina. 1.9 GESTÃO DOS PROCESSOS RELATIVOS AOS FORNECEDORES A instituição adota os critérios de compra estabelecidos pelo hospital, que segue a Lei de Licitações nos Hospitais Públicos antes do fechamento de contrato com os fornecedores. Porém, os hospitais privados recebem os representantes comerciais que apresentam os produtos à instituição e, sendo aceito, efetua-se os contratos. O processo de compra nos hospitais públicos ocorre por duas vias: pelo Estado e Fundações de apoio. Pelo Estado segue a Lei 8.666, de 21/06/1993, que estabelece as normas gerais sobre licitações para compra de produtos, contratos de serviços e obras. As modalidades de licitações são efetuadas por convites, tomada de preço, concorrência, registro de preço, BEC (bolsa eletrônica) e pregão, por meio de publicação no Diário Oficial do Estado (D.O.E.) e jornais de grande circulação. As empresas que participam das licitações devem apresentar documentos necessários à comprovação da capacidade jurídica e regularidade fiscal da empresa. AN02FREV001/REV 4.0 18 # PRODUTOS Medicamentos; Materiais médico hospitalares; Órtese e próteses; Reagentes; Alimentos. # EXIGÊNCIAS PARA CONTRATAÇÃO Certificado de Boas Práticas de Fabricação; Alvará da Vigilância Sanitária; Inscrição no Conselho Regional de Farmácia; Autorização de Funcionamento emitido pela Vigilância Sanitária; Laudo Analítico de Órtese e Prótese; Registro no Ministério da Saúde; Laudo Técnico do Produto; Registro no Ministério da Saúde; Registro Dinal; Registro Portaria 326: Serviço de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde; Registro na Secretaria Estadual da Saúde. 1.10 GESTÃO FINANCEIRA O planejamento orçamentário é uma ferramenta utilizada na gestão financeira hospitalar. Sua elaboração é feita pelo Grupo de Planejamento Orçamentário (GPO), de acordo com as metas e as premissas determinadas pela Alta Direção, com participação das unidades executoras e, sua utilização, como sustentação das estratégias e dos planos de operação. Seguem as diversas fontes AN02FREV001/REV 4.0 19 de recursos, com informações sobre como são repassadas e a forma de sua aplicação: # GOVERNAMENTAL Orçamento do Estado de São Paulo – dotação Hospital Públicos; Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde – contempla projetos dentro das linhas programáticas do Ministério da Saúde. Os recursos são creditados nas fundações, com destinação específica e data limite para prestação de contas; Secretaria de Estado da Saúde – contempla projetos específicos. Os recursos são creditados nas fundações, com destinação específica e data limite para prestação de contas. # PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Receitas operacionais de serviços médico-hospitalares prestados a diferentes clientes; Sistema Único de Saúde – SUS – recursos do Ministério da Saúde; Plano de Saúde – contratos firmados com diferentes operadoras de planos. Particulares; Doações e recursos de ensino e pesquisa. Para a elaboração do orçamento de receita, consideram-se duas fontes principais: Orçamento do Estado – dotação orçamentária do Hospital Público. Receitas operacionais advindas de serviços médicos prestados a diferentes clientes - recursos administrados pelas fundações. Para a elaboração do orçamento de custeio, considera-se a seguinte composição dos grupos de despesas: recursos humanos, benefícios, material de consumo e serviços de terceiros/despesas diversas. O controle e acompanhamento AN02FREV001/REV 4.0 20 orçamentário são realizados mensalmente (orçado X realizado) e administrados em vários níveis. 2 AUDITORIA 2.1 AUDITORIA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE ASPECTOS GERAIS O programa de saúde do Brasil tem, ao longo dos anos, em seu modelo e política de ação, sofrido uma série de modificações desde a década de 60, com a unificação dos institutos e das caixas de pensões, assistências e benefícios. Este novo modelo criado não tinha capacitação de atender o universo populacional a que se destinava. Diante deste fato, o governo passou a comprar serviços na área da saúde, sendo este o grande passo para o surgimento de todo um mecanismo controlador e ordenador da receita e despesa destinado a levar a todos o direito à saúde.A partir de então, para atender a tal necessidade, foram criados grupos de médicos fiscais, hoje conhecidos como auditores, com atuação mais orientadora do que repressora. Atualmente a auditoria médica possui um alto grau de especificidade imposta pelo mercado, que a define como uma especialidade reconhecida pelas entidades médicas de classe (Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira), sendo citada no Código de Ética Médica, com capítulos orientando, controlando, ordenando e atribuindo direitos e deveres para o médico em atividade na área de Auditoria Médico-Pericial. É notário, portanto, que esta atividade profissional, a cada dia, vem ocupando lugar de destaque no mercado de trabalho e na manutenção da viabilidade financeira dos planos de saúde privados e, também, do próprio Sistema Único de Saúde. AN02FREV001/REV 4.0 21 2.2 HISTÓRICO DA AUDITORIA NO BRASIL Até agosto de 1960 a política de saúde do país estava a cargo das caixas de assistência e benefícios de saúde, que atendiam seus associados e dependentes agrupadas de acordo com a categoria profissional a que pertencia o trabalhador. Muitos ainda se lembram dos Institutos IAPI, IAPTEC, IPASE, IAA, IAPB, etc. Com a unificação dos institutos, para atender a demanda no campo da saúde, dois fatos novos surgiram: o primeiro, ligado à necessidade da compra de serviços de terceiros, e o segundo, afeto à importância do atendimento à clientela, de maneira individualizada, por classe social e pelo direito de escolha do atendimento. A terceirização dos serviços de saúde levou o Governo, como órgão comprador, a adotar medidas analisadoras, controladoras e corregedoras, prevenindo o desperdiço, a cobrança indevida e a manutenção da qualidade dos serviços oferecidos. Para garantir o programa proposto e a integridade do sistema em funcionamento, tornou-se necessária a criação de um quadro de pessoal habilitado em auditoria médica, surgindo, assim, o corpo funcional de auditores da previdência social. A evolução da medicina e as imposições sociais levaram a profundas alterações no sistema de saúde do país para atender a crescente demanda do mercado, significava os planos de medicina de grupo, e, com estas, a maior necessidade de adequação dos serviços para acompanhar a revolução Médica Social. Hoje os planos e seguro de saúde são os responsáveis por quase toda assistência à saúde do país, sendo importante para a manutenção do equilíbrio do sistema uma equipe multiprofissional de auditoria e análise dos serviços realizados, tanto em ambulatório como em regime de internação hospitalar, seja em caráter eletivo, ou seja, em caráter de urgência/emergência. Os profissionais da área de saúde, médicos, enfermeiros, assistentes sociais e técnicos administrativos, agrupados em equipe, têm o papel fundamental no sistema e na política de saúde do país. AN02FREV001/REV 4.0 22 2.2.1 Conceito É uma atividade profissional da área médica e de enfermagem que analisa, controla e autoriza os procedimentos médicos para fins de diagnose e condutas terapêuticas, propostas e/ou realizadas, respeitando-se a autonomia profissional e preceitos éticos, que ditam as ações e relações humanas e sociais. Consiste na conferência da conta ou procedimento, pelo auditor médico ou enfermeiro, analisando o documento no sentido de corrigir falhas ou perdas, objetivando a elevação dos padrões técnicos e administrativos, bem como a melhoria das condições hospitalares e um melhor atendimento à população. Os objetivos da Auditoria são plenamente reconhecidos pela legislação e pelos Códigos de Ética da área de saúde, portanto a equipe de auditoria deve estar atenta aos seus limites, que são definidos nos respectivos Códigos de Ética, tanto médico como de enfermagem. O auditor deve decidir sempre com respaldo técnico e científico, honestidade e responsabilidade. O auditor ideal deve ser constituído de: 25% de discrição, 25% de ética, 25% de equilíbrio profissional e 25% de conhecimento, totalizando 100% de bom-senso. 2.2.2 Objetivos O auditor não tem função de fiscal e sim de orientador, pacificador, agente de mudança, de efetividade, de economicidade e eficiência. A Auditoria em Serviços de Saúde tem como objetivo básico, conhecendo os contratos estabelecidos entre as partes, a exigência do fiel cumprimento do que foi acordado, e assim: a) Fazer respeitar o estabelecido em contrato entre as partes envolvidas, ou seja: Usuário X Plano de Saúde X Prestadores de Serviços, ou seja, usuário x legislação; b) Manter o equilíbrio do sistema, possibilitando a todos o direito à saúde; c) Garantir a qualidade pelos serviços de saúde oferecidos e prestados; AN02FREV001/REV 4.0 23 d) Fazer cumprir os preceitos legais ditados pela legislação pátria ou pela ética médica e de defesa do consumidor; e) Atuar desenvolvendo seu papel nas fases de: Pré-Auditoria, Auditoria Operativa, Auditoria Analítica e Auditoria Mista; f) Revisar, avaliar e apresentar subsídios, visando o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos, controles internos, normas, regulamentos e relações contratuais; g) Promover o andamento justo, adequado e harmonioso dos serviços médicos e hospitalares pelos credenciados; h) Avaliar o desempenho médico, com relação aos aspectos éticos, técnicos e administrativos, da qualidade, eficiência e eficácia das ações de proteção e atenção à saúde; i) Promover o processo educativo com vistas à melhoria da qualidade do atendimento, a um custo compatível com os recursos financeiros disponíveis, e pelo justo valor do serviço prestado; j) Participar do credenciamento/contratação de serviços ou de profissionais, pois nesse momento deve-se atentar para detalhes como: normas claras, o contrato deve ser completo, claro e não deixar dúvidas quanto aos serviços credenciados, preços, tabelas, apresentação e cronograma de encaminhamento das contas. 2.2.3 Classificação Quanto à Amplitude: Global / Específica Quanto ao Gênero: Técnica / Administrativa Quanto à Função: Liberatória / Ordenadora/ Analisadora / Fiscalizadora Quanto ao Tipo: Pré-Auditoria / Operativa?Analítica/Mista Quanto à espécie: Educativa / Orientadora AN02FREV001/REV 4.0 24 2.2.4 Conclusão Nos planos e seguros de saúde o médico atua como orientador (interpretando normas acordadas nos contratos), ordenador (conhecendo os direitos e deveres para autorização de procedimentos a serem realizados), fiscalizador (verificando a finalidade e a indicação dos procedimentos), controlador (evitando desperdício e mantendo a qualidade da assistência, como também respeitando os direitos do paciente). Existem outras colocações para a atuação da Auditoria Médica, classificando- a como Preventiva, Corretiva e Gerencial, porém, exercendo sempre a mesma função de perícia operacional e avaliação do Serviço de Saúde. A Lei Nº 9.656/98 regulamenta os planos, seguros de saúde e resoluções que dispõem sobre serviços no plano ambulatorial e hospitalar. Na análise de contas médicas, a atuação da Auditoria está voltada para a verificação de códigos solicitados, autorizados ou não, corrigindo eventuais distorções, evitando cobrança incorreta e a consequente glosa. O auditor tem como atribuição subsidiar os setores de análise com informações relevantes para o correto pagamento das contas, além de ser um elemento de ligação entre os usuários e a empresa patrocinadora do evento, agilizando a parte técnica e dando suporte administrativo. A auditoria em seus diversos níveis de atuação deve considerar a elevação dos padrões técnicos e a melhoria das condições hospitalares. O auditor em qualquer área de atuação contribui para a empresa pública ou privada, no sentido de promover e manter a saúde do usuário. No ExércitoBrasileiro, mais precisamente no seu Serviço de Saúde, percebe- se não existir uma concepção de Auditoria Profissional, pela falta de formação técnica dos membros das Comissões de Lisura, fato este que, se corrigido, certamente possibilitará uma racionalização de custos e uma otimização do emprego de recursos, com reflexos na credibilidade do serviço prestado aos usuários do sistema. AN02FREV001/REV 4.0 25 2.3 REGIMENTOS DAS CONTAS MÉDICAS A Auditoria em Serviços de Saúde constitui-se, atualmente, em atividade de grande importância para as Instituições de Saúde, tanto no controle interno de suas atividades, quanto dos serviços contratados de terceiros. Diante das adversidades conjunturais de ordem econômico-financeira pelas quais o país vem passando nesses últimos anos, com reflexo negativo para o setor de saúde, avultam as ações de controle de custos hospitalares. Sendo de grande importância a criação da Comissão de Lisura de Contas Médicas e o Serviço de Auditoria Médica no âmbito hospitalar, com a finalidade de realizar a lisura das contas médicas provenientes desses órgãos contratados/credenciados. 2.3.1 Objetivo Visa coibir distorções na conta hospitalar e/ou faturas de PSA, por intermédio de procedimentos e condutas do auditor médico ou enfermeiro, tanto na auditoria prévia quanto de análise de contas médicas, objetivando a elevação dos padrões técnicos, administrativos, bem como a melhoria das condições hospitalares. 2.3.2 Disposições Gerais 2.3.2.1 Composição A Comissão de Lisura de Contas Médicas deve ser constituída por: médicos, enfermeiro e enfermeira civil, todos com experiência em auditoria em serviços de saúde. AN02FREV001/REV 4.0 26 2.3.2.2 Competência São atribuições da Comissão de Lisura de Contas Médicas: Registrar em livro próprio o recebimento das faturas ambulatoriais e hospitalares provenientes das OCS e PSA contratadas/credenciadas, com o devido valor constante da conta; Carimbar, datar e assinar o espelho da fatura recebida; Preencher a capa individualizada da fatura, com itens de identificação, tipo e valor da conta; Preencher em formulário próprio e codificado, conforme tabela AMB, quando for o caso, todo e qualquer encaminhamento para OCS ou PSA, após justificativa por escrito de médico militar e aprovação pela Comissão de Comprovação de Urgências; Realizar controle diário dos usuários baixados em OCS (Organismos Certificadores), alertando a seção responsável para as internações com mais de 30 dias, para a devida cobrança da conta hospitalar; Corrigir as distorções verificadas, enviando a fatura para o faturista, para o cálculo final da conta; Fechar a conta, preenchendo todos os dados da capa da fatura, especificando o valor e o tipo de glosa realizado; Entregar, mediante recibo, à OCS/PSA o relatório referente à fatura auditada, para ciência da devida Conformidade ou Não Conformidade, tendo o interessado prazo de 60 (sessenta) dias para recurso; Encaminhar as faturas lisuradas para o subdiretor carimbar e dar o visto; Visitar diariamente os usuários baixados em OCS, a fim de avaliar a qualidade dos serviços prestados e sanar eventuais problemas técnico- administrativos existentes; Negociar pacotes com as OCS e os PSA, com o intuito de reduzir os custos sem comprometer a qualidade dos serviços prestados; Elaborar relatório mensal, com dados estatísticos de todo o trabalho realizado pelo Serviço de Auditoria de Contas; AN02FREV001/REV 4.0 27 Exigir que as OCS e os PSA solicitem autorização prévia para realizar procedimentos de alto custo em pacientes internados, assim como o envio de nota fiscal anexa à fatura, no momento da cobrança. 2.3.2.3 Conclusão A implantação da Comissão de Lisura de Contas Médicas deve ter objetivo de ofertar grandes benefícios para o Hospital, tais como: 1- Redução nos custos hospitalares com OCS/PSA; 2- Otimização dos recursos financeiros (uso adequado dos recursos); 3- Melhoria dos processos operacionais do Hospital; 4- Aumento no nível de satisfação dos usuários (atendimento das 5- Combater os desperdícios, diminuir as perdas e reduzir os custos, pagando um justo valor pelos serviços prestados, além de proporcionar serviços com qualidade aos usuários do sistema. 2.4 AUDITORIA MÉDICA 2.4.1 Auditoria Médica (Resolução CFM 1.614/01) A auditoria do ato médico constitui-se em importante mecanismo de controle e avaliação dos recursos e procedimentos adotados, visando sua resolubilidade e melhoria na qualidade da prestação dos serviços. A auditoria médica caracteriza-se como ato médico, por exigir conhecimento técnico pleno e integrado da profissão. O médico, no exercício da auditoria, deverá ser regularizado no Conselho Regional de Medicina da jurisdição onde ocorreu a prestação do serviço auditado. AN02FREV001/REV 4.0 28 As empresas de auditoria médica e seus responsáveis técnicos deverão estar devidamente registrados nos Conselhos Regionais de Medicina e de Enfermagem das jurisdições onde seus contratantes estiverem atuando. Na função de auditor, o médico deverá identificar-se, de forma clara, em todos os seus atos, fazendo constar, sempre, o número de seu registro no Conselho Regional de Medicina. Deverá ainda, o médico na função de auditor, apresentar-se ao Diretor Técnico ou substituto da unidade, antes de iniciar suas atividades. O Diretor Técnico ou Diretor Clínico deve garantir ao médico/equipe auditora todas as condições para o bom desempenho de suas atividades, bem como o acesso aos documentos que se fizerem necessários. O médico, na função de auditor, se obriga a manter o sigilo profissional, devendo, sempre que necessário, comunicar a quem de direito e por escrito suas observações, conclusões e recomendações, sendo-lhe vedado realizar anotações no prontuário do paciente. É vedado ao médico, na função de auditor, divulgar suas observações, conclusões ou recomendações, exceto por justa causa ou dever legal. O médico na função de auditor não pode, em seu relatório, exagerar ou omitir fatos decorrentes do exercício de suas funções. Poderá o médico, na função de auditor, solicitar por escrito ao médico assistente, os esclarecimentos necessários ao exercício de suas atividades. Concluindo haver indícios de ilícito ético, o médico, na função de auditor, obriga-se a comunicá-los ao Conselho Regional de Medicina. Tem o direito de acessar toda a documentação necessária, sendo-lhe vedada a retirada de prontuários ou cópias da instituição, podendo examinar o paciente, desde que devidamente autorizado pelo mesmo, quando possível, ou por seu representante legal. Havendo identificação de indícios de irregularidades no atendimento do paciente, cuja comprovação necessite de análise do prontuário médico, é permitida a retirada de cópias exclusivamente para fins de instrução da auditoria. O médico assistente deverá ser antecipadamente cientificado quando da necessidade do exame do paciente, sendo-lhe facultado estar presente durante o exame. Só poderá acompanhar procedimentos no paciente com autorização do mesmo, ou de seu representante legal e/ou do seu médico assistente. É vedado ao AN02FREV001/REV 4.0 29 médico, na função de auditor, autorizar, vetar, bem como modificar procedimentos propedêuticos e/ou terapêuticos solicitados, salvo em situação de indiscutível conveniência para o paciente, devendo, neste caso, fundamentar e comunicar por escrito o fato ao médico assistente. Encontrando impropriedades ou irregularidades na prestação do serviço ao paciente, o médico auditor deve comunicar o fato por escrito ao médico assistente, solicitando os esclarecimentos necessários para fundamentar suas recomendações. Quando integrante de equipe multiprofissionalde auditoria, o médico auditor deve respeitar a liberdade e independência dos outros profissionais sem, todavia, permitir a quebra do sigilo médico. É vedado ao médico na função de auditor transferir sua competência a outros profissionais, mesmo quando integrantes de sua equipe. Não compete ao médico, na função de auditor, a aplicação de quaisquer medidas punitivas ao médico assistente ou instituição de saúde, cabendo-lhe somente recomendar as medidas corretivas em seu relatório, para o fiel cumprimento da prestação da assistência médica. É vedado ao médico, na função de auditor, propor ou intermediar acordos entre as partes contratante e prestadora que visem restrições ou limitações ao exercício da Medicina, bem como aspectos pecuniários. O médico, na função de auditor não pode ser remunerado ou gratificado por valores vinculados à glosa. 2.4.2 O Auditor Médico A palavra Auditoria vem do latim AUDITORE, que significa aquele que ouve, ouvidor. Tem a função de ser um perito encarregado de examinar as contas médicas, executando a atividade de avaliação com observância de preceitos éticos e legais. A Auditoria Médica, antes de ser uma necessidade, é uma questão de qualidade comprometida com a verdade. O processo de auditagem respeita sempre os mesmos princípios técnicos e éticos, independentemente da origem do usuário. AN02FREV001/REV 4.0 30 2.4.3 Níveis de Atuação da Auditoria Médica No Sistema Único de Saúde, a atuação da Auditoria é voltada para o plano assistencial, na análise de fichas e prontuários, gestões de sistema na análise de indicadores e programação, englobando a parte financeira/contábil e patrimonial, que incluem os convênios. Nos planos e seguros de saúde o médico atua como orientador, interpretando normas acordadas nos contratos, ordenador, conhecendo os direitos e deveres para autorização de procedimentos a serem realizados, fiscalizador, verificando a finalidade e a indicação dos procedimentos, controlador evitando desperdício e mantendo a qualidade da assistência, como também respeitando os direitos do paciente. Existem outras colocações para a atuação da Auditoria Médica, classificando- a como Preventiva, Corretiva e Gerencial, porém exercendo a mesma função de perícia, operacional e avaliação do Serviço de Saúde. A Lei Nº 9.656/98 regulamenta os planos, seguros de saúde e resoluções que dispõem de serviços no plano ambulatorial e hospitalar. Na análise de contas médicas, a atuação da Auditoria está voltada para verificação de códigos solicitados, autorizados ou não, corrigindo eventuais distorções, evitando cobrança incorreta e a consequente glosa. O Auditor tem como atribuição subsidiar os setores de análise com informações relevantes para o correto pagamento das contas e ser um elemento de ligação entre os usuários e a empresa patrocinadora do evento, agilizando a parte técnica e dando suporte administrativo. O auditor em qualquer área de atuação contribui para a empresa pública ou privada, no sentido de promover e manter a saúde do usuário. 2.4.4 Funções do Auditor /Campos de Atuação No elenco de atribuições do cargo e função, suas ações têm caráter eminentemente administrativo, embora que se faça necessário o conhecimento técnico médico e os preceitos da doutrina ética, possibilitando atuar como mediador AN02FREV001/REV 4.0 31 entre as partes envolvidas, ordenando, controlando e racionalizando os custos, sem comprometer a qualidade dos serviços prestados e dos materiais e medicamentos usados. O auditor tem função técnica administrativa quando planeja, ordena as despesas, analisa e orienta as ações, exige e faz cumprir os direitos e deveres, existentes e estabelecidos nas relações contratuais acordadas entre as partes. Pelo que entendemos, o auditor médico tem funções importantes no processo e atua como: Orientador: Participa do processo como elemento habilitado a orientar o cumprimento das normas acordadas nos contratos firmados e que envolvem as partes (Usuário X Plano de Saúde X Prestador de Serviço); Ordenador: Como conhecedor dos direitos e deveres que devem ser exercitados entre as partes, autoriza a realização dos procedimentos e ordena seu pagamento quando comprovado sua realização; Fiscalizador: Representante do plano ou do seguro de saúde e investido na função de médico fiscaliza a legalidade do procedimento realizado dentro da doutrina ética; Controlador: Controla o orçamento e os gastos, evitando o desperdiço, possibilitando a partir da sua atuação o equilíbrio e a vida do sistema. 2.4.5 Campos de Atuação a) Técnica/Administrativa : DIREITOS x DEVERES 1. Beneficiário (Sócio/Usuário) X Plano de Saúde; 2. Prestadores de Serviços X Plano de Saúde; 3. Prestador de Serviço X Beneficiário (Sócio/Usuário); 4. Preservação da Ética. AN02FREV001/REV 4.0 32 b) Técnica Médica: 1. Ponto de vista ético Analisar os serviços propostos e realizados; Caráter técnico e objetivo dos recursos empregados; A conduta e postura do executor do procedimento; 2. Atividade mediadora Mediar às ações entre as partes envolvidas; Manter o equilíbrio das ações; Identificar e relatar os atos danosos quando evidenciados; Propor correções dos pontos falhos presentes encontrados. 3. Ação controladora: Racionalização de Custos PARA O PACIENTE: A Exposição X Exploração (para o procedimento proposto); Avaliar o Custo X Benefício (serviços executados); A Legalidade X Recurso empregado (implicação ética e penal da ação). PARA A CONTRATADA: A integridade e fidelidade do emprego correto da técnica que o caso exige emprego de métodos diagnósticos e terapêuticos sem justificativa técnica objetiva; A racionalização entre o emprego coerente das técnicas e suas faturas de cobrança. PARA A CONTRATANTE Avaliar e informar a satisfação da clientela e rede prestadora; AN02FREV001/REV 4.0 33 Analisar permanência hospitalar e custo; Relatar intercorrências evidenciadas; Propor medidas que facilitem a dinâmica de serviço e a política da parceria entre as partes que compõem o sistema; Mediar às ações. 2.4.6 Implicações Éticas Como sabemos, é indispensável nas relações humanas e profissionais uma relação cordial, firme e coerente. A atividade de auditor está do ponto de vista ético, regida pelo código profissional da área de habilitação e formação e pelo Código de Processo Penal. O Código de Ética Médica dedica os artigos 79, 81, 118, 119, 120, 121 a esta atividade profissional, que orienta e rege as atividades dos auditores médicos, estabelecendo responsabilidades, direitos e deveres. Assim temos: Art. 79 - Acobertar erro ou conduta antiética de médico. Art. 81 - Alterar prescrição ou tratamento de paciente, determinado por outro médico, mesmo quando investido em função de chefia ou de auditoria, salvo em situação de indiscutível conveniência para o paciente, devendo comunicar imediatamente o fato ao médico responsável. Art.118 - Deixar de atuar com absoluta isenção quando designado para servir como perito ou auditor, assim como ultrapassar os limites das suas atribuições e competência. Art.119 - Assinar laudos periciais ou de verificação médico-legal, quando não o tenha realizado, ou participado pessoalmente do exame. Art. 120 - Ser perito de paciente seu, de pessoa de sua família ou de qualquer pessoa com a qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho. AN02FREV001/REV 4.0 34 Art. 121 - Intervir, quando em função de auditor ou perito, nos atos profissionais de outro médico, ou fazer qualquer apreciação em presença do examinado, reservando suas observações para o relatório. 2.4.7 Objetividade O auditor deve procurar ser o mais objetivoem suas condutas, expressando sua opinião sempre embasada em fatos reais e apoiada em evidências suficientes. 2.4.8 Conhecimento Técnico O auditor deve ser possuidor de conhecimentos técnicos gerais, principalmente na área de cirurgia, procurando manter-se sempre atualizado no desenvolvimento da medicina como um todo, decidindo sempre com respaldo técnico e científico. Independente de sua formação profissional deve possuir capacidade e prática essenciais à realização das atividades de controle e avaliação. 2.4.9 Cautela, Bom-Senso e Zelo Profissional Deve agir sempre com prudência, atentando para o equilíbrio de sua ação, preservando a saúde do paciente, e contribuindo para o desenvolvimento de uma medicina de boa qualidade. AN02FREV001/REV 4.0 35 2.4.10 Habilidade Interpessoal para Negociações e Influência Profissional O Auditor tem que ser um exímio negociador nas diversas situações, sabendo tratar com as pessoas envolvidas no processo, fazendo-se respeitar como profissional técnico que é sempre mostrando domínio de sua atividade. Possuir visão, orientação e senso de realidade, sabendo relacionar-se com cooperados e usuários, evitando atritos desnecessários. 2.4.11 Comportamento Ético e Obediência ao Código de Ética Médica e Enfermagem A atitude do auditor deve sempre ser ética, com imparcialidade nas aplicações normativas, exercendo com honestidade, objetiva e criteriosamente seus deveres e responsabilidades, infundindo por toda a organização um padrão comportamental que possa ser imitado por todo o funcionalismo. 2.4.12 Sigilo e Discrição São qualidades inerentes na área de saúde, e mais importantes ainda no campo da auditoria, preservando sempre as partes envolvidas. O auditor deve manter sigilo absoluto a respeito de informações confidenciais, porém somente quebrando-o com seu escalão superior de subordinação. Portanto, o auditor Ideal deve ser constituído de: 25% de discrição + 25% de ética + 25% de postura profissional + 25% de conhecimento e 100% de bom-senso. AN02FREV001/REV 4.0 36 2.4.13 Ferramentas de Trabalho O auditor médico para desenvolver suas atividades profissionais necessita de um conjunto de elementos classificados como ferramentas de trabalho, elementos indispensáveis para o bom desenvolvimento da tarefa. Não pode um auditor realizar sua atividade em toda sua plenitude se não conhecer: a) Seu papel de auditor no processo; b) Relação dos Prestadores de Serviços; c) Detalhes do Contrato firmado entre as partes envolvidas; d) Diagnóstico da doença em código (CID – 10); e) Tabelas de honorários médicos (Tabelas AMB, CBHPM, etc...); f) Tabela de negociação adotada (Taxas e Diárias); g) Tabela de materiais descartáveis; h) Tabela de órteses e próteses; i) Tabelas de valores BRASÍNDICE; j) Dicionários de especialidades farmacêuticas e de Genéricos; k) Conta hospitalar; l) Prontuários clínicos com os relatórios médicos e de enfermagem, fichas de atendimentos médicos e laudos médicos. Antigamente, as ferramentas de trabalho que atendiam às necessidades de um auditor eram apenas o Código Internacional de Doenças, as Tabelas de Procedimentos Médicos e as listas de preços de materiais e medicamentos. Hoje, com o surgimento da lei dos planos de saúde e o Código de Defesa do Consumidor, os dispositivos colocados para o auditor como fonte de consulta e elementos de trabalho, assumiram pelo mercado e suas exigências, características próprias, o que obrigou de modo indispensável o conhecimento do contrato de prestação de serviço oferecido e acordado entre as partes. As tabelas de procedimentos permitem ao auditor tanto na pré-análise como na fase de auditoria analítica melhor poder de decisão, tanto na adequação do código do procedimento quanto nos valores a serem pagos pelos procedimentos AN02FREV001/REV 4.0 37 realizados, tanto para diagnose como para terapêutica, atendendo aos procedimentos clínicos e os cirúrgicos. Neste caso, estabelecendo número de auxiliares e portes anestésicos e ainda orientando cobrança para procedimentos cirúrgicos associados pela mesma via ou vias distintas, pela mesma equipe ou por mais de uma equipe e ainda duplicando valores dos honorários profissionais nos casos pertinentes, são alguns dos elementos colocados à mão do auditor, entre tantos outros que as tabelas de procedimentos médicos oferecem. 2.5 AUDITORIA DE ENFERMAGEM A evolução dos custos de assistência à saúde vem preocupando os gestores dessa área, sabendo-se que são vários os fatores (internos e externos) que contribuem para os altos custos, sendo um deles a falta de controle mais atuante, efetivo e até sistematizado no que diz respeito à auditoria dos serviços prestados. A participação do enfermeiro nessa área, além de constituir um crescente campo de trabalho, vem somar-se à qualidade e observações específicas que vinham sendo exigidas no desempenho desta função. O papel da enfermagem na auditoria é avaliar a assistência que o paciente está recebendo, assim como a integralidade e exatidão da documentação dessa assistência no prontuário. Limita-se à avaliação dos cuidados de enfermagem prestados ao paciente, daí a importância de uma ação integrada com o auditor médico, para se ter uma visão da assistência global prestada ao paciente. O prontuário do paciente espelha a eficiência dos cuidados instituídos, sendo a única prova de veracidade do tratamento e dos cuidados realizados, sendo necessário o seu preenchimento exato e completo, como garantia para os profissionais de saúde e para o paciente. É importante o estabelecimento de protocolos ou padrões mínimos desejados de assistência, como referencial para o exercício da avaliação e auditoria. AN02FREV001/REV 4.0 38 Podemos citar a questão da medicação fracionada, utilização de escalpes ou cateteres, tratamentos de feridas e materiais específicos, troca de equipamentos, bomba de infusão, etc. O enfermeiro em sua formação tem quatro funções básicas: Educacional; Assistencial; Planejamento; Administrativa. Como gerente do serviço de enfermagem ou como responsável por uma unidade de serviço, o enfermeiro inserido neste sistema tem que se posicionar cada vez mais como administrador de uma unidade que gera custos e envolver-se nas questões relativas a ela: gastos, falhas e estratégias. O profissional de Auditoria de Enfermagem vem justificando seu papel, pois: A enfermagem permanece dentro do hospital por 24 horas no dia; A enfermagem administra a casa; Presta assistência de enfermagem; Coordena tudo o que diz respeito ao atendimento do paciente; 60% da conta hospitalar reflete diretamente o serviço de enfermagem, como a execução dos medicamentos e cuidados prescritos, as anotações e checagem pertinentes, os equipamentos e gases utilizados. A Auditoria de Enfermagem tem dois grandes objetivos: Mensurar a assistência prestada (qualidade); Compatibilizar o nível dessa assistência com a necessidade de controle dos custos hospitalares. AN02FREV001/REV 4.0 39 2.5.1 Conceito É o conjunto de ações utilizadas na avaliação e fiscalização dos prestadores de serviços de saúde e na conferência de contas relativas aos procedimentos executados, do atendimento ao gasto, do custo à qualidade a ser alcançada. O Auditor de Enfermagem tem por objetivo garantir a qualidade da assistência prestada ao usuário, viabilizar economicamente a instituição, conferir a correta utilização e cobrança dos recursos técnicos disponíveis. Deve efetuar levantamentos dos custos assistenciais para determinar metas gerenciais e subsidiar decisões do corpo diretivo da instituição. Proporcionar aos usuários confiabilidade e segurançana relação Prestador/ Instituição/ Usuário. 2.5.2 Atribuições do Enfermeiro Auditor # No Convênio Avaliar a assistência de enfermagem prestada ao cliente por meio do prontuário médico; Verificar a observância dos procedimentos frente aos padrões e protocolos estabelecidos; Adequar o custo por procedimento; Elaborar relatórios/ planilhas por meio das quais se define o perfil do prestador: custo por dia, custo por procedimento, comparativos entre prestadores por especialidade; Participar de visitas hospitalares; Avaliar e controlar as empresas prestadoras de serviços, fornecendo dados para a manutenção e continuidade do convênio, mantendo o elo entre as partes envolvidas. # No Hospital AN02FREV001/REV 4.0 40 O Enfermeiro Auditor realiza a análise do Prontuário Médico, verificando se está corretamente preenchido nos seus diversos campos, tanto médico como de enfermagem; Verifica os seguintes itens no prontuário: história clínica, registro diário da prescrição e evolução médica e de enfermagem, checagem dos serviços, relatórios de anestesia e cirurgia; Fornecer subsídios e participar de treinamentos do pessoal de enfermagem; Analisar contas e glosas, além de estudar e sugerir reestruturação das tabelas utilizadas, quando necessário; Fazer relatórios pertinentes: glosas negociadas, aceitas ou não, atendimentos feitos, dificuldades encontradas e áreas suscetíveis de falhas e sugestões; Manter-se atualizado com as técnicas de enfermagem, com os serviços e recursos oferecidos pelo hospital, colocando-se a par (inclusive) de preços, gastos e custos alcançados; 2.5.3 Tipos de Auditoria Operacional: É baseada na observação direta dos fatos, documentos e situações, objetiva a avaliação do atendimento às normas e diretrizes, por meio de verificação técnico-científica e contábil da documentação médica, e se necessário o exame do paciente. Analítica: É baseada na análise dos documentos, relatórios e processos, e objetiva a identificação de situações consideradas incomuns e passíveis de avaliação, bem como conferência quantitativa (qualitativa da conta hospitalar + adequação de valores). Subsidia o trabalho operativo e delineia o perfil da assistência e os seus controles. AN02FREV001/REV 4.0 41 2.5.4 Perfil do Enfermeiro Auditor O Enfermeiro Auditor deve respeitar em qualquer circunstância os níveis hierárquicos existentes em toda a organização; Manter comportamento ético e sigiloso absoluto a respeito de informações confidenciais; Observar os comportamentos internos; Procurar, continuamente, melhorar sua capacidade e efetividade de trabalho, sempre atualizando seus conhecimentos; Manter espírito independente, ser isento de influências das áreas de revisão, e muito equilibrado, sem representar arrogância ou impassividade; Expressar sua opinião sempre apoiada em evidências suficientes; Cultivar o senso de proporção e julgamento, alicerçando seu ponto de vista impessoal e imparcial; Ser afável no trato com as pessoas, pois o relacionamento auditado / auditor não pode ser frívolo e casuístico, mas harmônico e humano; Relatar possíveis deficiências objetivamente; Nenhum auditor pode prescrever, evoluir ou alterar evoluções / informações no prontuário do paciente; É vedado ao auditor tecer comentários de qualquer natureza com pacientes, familiares e/ou funcionários do hospital sobre observações feitas por intermédio do prontuário; É vedado ao auditor discutir sobre procedimentos realizados indevidamente pelo prestador de serviço em ambientes estranhos à Auditoria; É vedado ao auditor trabalhar na instituição a ser auditada, ou receber qualquer tipo de remuneração ou vantagens da mesma. 2.5.5 Normatização do COREN (Resolução COFEN 266/2001) I . É da competência privativa do Enfermeiro Auditor no exercício de suas atividades: AN02FREV001/REV 4.0 42 organizar, dirigir, planejar, coordenar e avaliar, prestar consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre os serviços de Auditoria de Enfermagem. II . Quando integrante de equipe de Auditoria em Saúde: Atuar na elaboração de contratos e adendos que dizem respeito à assistência de enfermagem e de competência do mesmo; Atuar em bancas examinadoras, em matérias específicas de enfermagem, nos concursos para provimentos de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal técnico de enfermagem, em especial Enfermeiro Auditor, bem como de provas e títulos de especialização de auditoria e enfermagem, devendo possuir o título de especialização em auditoria de enfermagem; O Enfermeiro Auditor, em sua função, deverá identificar-se fazendo constar o número de registro no COREN sem, contudo, interferir nos registros do prontuário do paciente; O Enfermeiro Auditor tem autonomia em exercer suas atividades sem depender de prévia autorização por parte de outro membro auditor, Enfermeiro, ou multiprofissional; O Enfermeiro Auditor para desempenhar corretamente seu papel, tem direito de acessar os contratos e adendos pertinentes à Instituição a ser auditada; O Enfermeiro Auditor, no cumprimento de sua função tem o direito de visitar/entrevistar o paciente, com o objetivo de constatar a satisfação do mesmo com serviço de enfermagem prestado, bem como a qualidade. Se necessário acompanhar os procedimentos prestados no sentido de dirimir quaisquer dúvidas que possam interferir no seu relatório. Considerando a interface do serviço de enfermagem com os diversos serviços, fica livre a conferência da qualidade dos mesmos no sentido de coibir o prejuízo relativo à assistência de enfermagem, devendo o Enfermeiro Auditor registrar em relatório tal fato, e sinalizar aos seus pares auditores, pertinentes a área específica, descaracterizando a sua omissão. O Enfermeiro Auditor, no exercício de sua função, tem o direito de solicitar esclarecimento sobre fato que interfira na clareza e objetividade dos registros, AN02FREV001/REV 4.0 43 com fim de se coibir interpretação equivocada que possa gerar glosas/ desconformidades, infundadas. Sob o Prisma Ético: a) O Enfermeiro Auditor, no exercício de sua função, deve fazê-lo com clareza, lisura, sempre fundamentado em princípios constitucional, legal, técnico e ético; b) O Enfermeiro Auditor como educador, deverá participar da interação interdisciplinar e multiprofissional, contribuindo para o bom entendimento e desenvolvimento da auditoria de enfermagem, e auditoria em geral, contudo, sem delegar ou repassar o que é privativo do Enfermeiro Auditor. A assistência prestada pode ser mensurada pelos seguintes indicadores: Anotações de enfermagem; Estado de saúde do paciente / família; Sistematização da assistência em rotinas: processo de enfermagem; Descrição dos procedimentos; rotinas propriamente ditas. Protocolos: • Trocas de sondas/ cateteres; • Diluição de medicamentos; • Preparos de exames. Os custos hospitalares podem ser trabalhados considerando-se: 1. Evitar perdas/ retrabalho (processo de qualidade); 2. Racionalizar o uso de: Materiais, Medicamentos, Gasoterapia, Equipamentos; 3. Domínio nas técnicas de enfermagem; 4. Treinamento do pessoal de faturamento; AN02FREV001/REV 4.0 44 5. Treinamento do pessoal de enfermagem. Instrumentos básicos de trabalho: Tabela de preços de diárias e taxas hospitalares acordada entre Convênio e Prestador de Serviços; Prontuário Médico; Prontuário Contábil; Tabela da AMB; Tabela de preços de materiais acordada; Brasíndice; Conta Hospitalar; Protocolos. Impressos: Demonstrativo de glosa Relatórios ou estatística Levantamento de dados, etc. 2.6 GLOSA A padronização do processode aplicação de glosa (impugnação da despesa) no âmbito do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde - DENASUS, objetiva regular as ações dos técnicos do SNA no sentido da uniformidade na normatização do procedimento. A fundamentação que norteia a glosa está contemplada no universo normativo do SUS e em outras legislações aplicadas ao uso do dinheiro público. Contribui para subsidiar a adoção de medidas voltadas para coibir desmandos gerenciais relacionados com a utilização dos recursos AN02FREV001/REV 4.0 45 Ressalta-se que a responsabilidade dos técnicos do SNA é importante quando da verificação de pontos de estrangulamento, detecção de desperdícios e correção de procedimentos errôneos que prejudicam o desempenho das ações e serviços de saúde, sob a ótica da economicidade, voltados para a melhoria da qualidade de saúde da população. 2.6.1 Conceitos Na perspectiva de contribuirmos para uma melhor compreensão acerca dos assuntos, serão disponibilizados a seguir alguns conceitos: ERRO: Juízo incorreto acerca de uma coisa ou de um fato derivado da ignorância ou do imperfeito conhecimento da realidade das circunstâncias concretas ou dos princípios legais aplicáveis. Ato involuntário de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. Engano; equívoco. IMPROPRIEDADE: Quantidade daquilo que não é próprio, que não é próprio, que não é adequado, inexato, inoportuno. Consiste em falhas de natureza formal de que não resulta dano ao erário. IRREGULARIDADE: Qualidade daquilo que é irregular. Não conformidade com as normas gerais por todos observadas, como as regras, a lei, a moral ou os bons costumes. Caracteriza-se pelo prejuízo ou malversação do dinheiro público, desvio da finalidade do objeto ajustado, não observância dos princípios de legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade. É constatada a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra ação de que resulte prejuízo quantificável para o erário. FRAUDE: Atos voluntários de omissão e manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos, quanto monetários contábeis, tanto em termos físicos, quanto monetários. AN02FREV001/REV 4.0 46 DOLO: É o artifício ou expediente astucioso, empregado para a prática de um ato que aproveita ao autor, ou a terceiro. RESSARCIMENTO: Compensação; indenização; devolução de valor. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 – Lei Orgânica da Saúde “Art. 33: § 4º. O Ministério da Saúde acompanhará, por meio de seu sistema de auditoria, a conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e Municípios. “Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas previstas em lei.” Art. 52. “Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas (Código Penal, art. 315) a utilização de recursos financeiros do Sistema Único de Saúde – SUS em finalidades diversas das previstas nesta Lei.” É importante lembrar que conforme determina o artigo 5º do Decreto nº 1.232, de 30/08/94, “O Ministério da Saúde, por intermédio dos órgãos do Sistema Nacional de Auditoria e com base nos relatórios de gestão encaminhados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, acompanhará a conformidade da aplicação dos recursos transferidos à programação dos serviços e ações constantes dos planos de saúde.” Lei nº 8.429 de 02 de junho de 1992 – Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos. “Art. 5º. Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa do agente ou de terceiros, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.” Lei nº 9.784 de 29 de janeiro de 1999 – Regulamenta o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. AN02FREV001/REV 4.0 47 "Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. § 3º A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado. § 4º No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial. Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. Parágrafo único. “No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla defesa ao interessado.” Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002 - Códigos Civil de 2002 "Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito." Decreto- Lei nº 2.848 de 07 de dezembro de 1940 - Código Penal “Art. 171. Obter, para si ou para outrem vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício ardil ou qualquer outro meio fraudulento”. Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos e multa. "Art. 172. Emitir fatura duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado" Pena - detenção, de 2(dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Artigo com redação dada pela Lei nº 8.137 de 27 de dezembro de 1990) “Art. 299. Omitir em documento público ou particular, declaração que dele devia constar ou inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia AN02FREV001/REV 4.0 48 ser escrita com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.” Pena – reclusão, de 1(um) a 5(cinco) anos e multa, se o documento é público, e reclusão, de 1 (um ) a 3(três) anos, e multa, se o documento é particular. Decreto nº 1.651 de 28 de setembro de 1995 – Regulamenta o SNA no âmbito do SUS. “Art. 2º - O SNA exercerá sobre as ações e serviços desenvolvidos no âmbito do SUS as atividades de: I - controle da execução, para verificar a sua conformidade com os padrões estabelecidos ou detectar situações que exijam maior aprofundamento; II - avaliação da estrutura, dos processos aplicados e dos resultados alcançados, para aferir sua adequação aos critérios e parâmetros exigidos de eficiência, eficácia e efetividade; “III - auditoria da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas naturais e jurídicas mediante exame analítico e pericial.” "Art. 3º... o SNA... procederá: III - ao encaminhamento de relatórios específicos aos órgãos de controle interno e externo, em caso de irregularidade sujeita a sua apreciação; ao Ministério Público, se verificada a prática de crime; e ao chefe do órgão em que tiver ocorrido infração disciplinar, praticada por servidor público, que afete as ações e serviços de saúde." Anexo I Art. 11... I – auditar a regularidade dos procedimentos técnico-científicos, contábeis, financeiros e patrimoniais praticados por pessoas físicas e jurídicas no âmbito do SUS. VI - ... a) instruir processos de ressarcimento ao Fundo Nacional de Saúde de valores apurados nas ações de auditoria. Art. 38... AN02FREV001/REV 4.0 49 I – o Departamento Nacional de Auditoria do SUS atuará no acompanhamento da programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados, aos Municípios, ao Distrito Federal e na verificação da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas físicas e jurídicas, mediante exame analítico, verificação in loco e pericial.” Portaria GM/MSnº 402, de 31 de março de 2001 Estabeleceu a força de trabalho do DENASUS para a execução de atividades de auditoria no âmbito do SUS: Art. 1º Organizar, na forma constante do Anexo desta Portaria, a força de trabalho do componente federal do Sistema Nacional de Auditoria SNA, composta por servidores designados para exercer, em todo o Território Nacional, as atividades de que trata o Decreto nº 1.651, de 28 de setembro de 1995, combinado com o Decreto nº 3.774, de 15 de março de 2001, lotados e em exercício no Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS) e nas Divisões e Serviços de Auditoria dos Núcleos Estaduais do Ministério da Saúde. FIM DO MÓDULO I AN02FREV001/REV 4.0 50 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE GESTÃO EM SAÚDE Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 51 CURSO DE GESTÃO EM SAÚDE MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 52 MÓDULO II 3 HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO Higiene do trabalho é um conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. A higiene do trabalho tem caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador, evitando que adoeça e se ausente provisória ou definitivamente do trabalho. Os principais objetivos são: 1 - Eliminação das causas das doenças profissionais; 2 - Reduções dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos; 3 - Prevenção de agravamento de doenças e de lesões; 4 - Manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio de controle do ambiente de trabalho. O programa de higiene no trabalho envolve: 1-Ambiente físico de trabalho: a iluminação, ventilação, temperatura e ruídos; 2-Ambiente psicológico: os relacionamentos humanos agradáveis, tipos de atividade agradável e motivadora, estilo de gerência democrático e participativo e eliminação de possíveis fontes de estresse; 3-Aplicação de princípios de ergonomia: máquinas e equipamentos adequados às características humanas, mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas e ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano; AN02FREV001/REV 4.0 53 4-Saúde ocupacional: ausência de doenças por meio da assistência médica preventiva. A Lei Nº 24/94 instituiu o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. Por meio do PCMSO é exigido o exame médico pré- admissional e o exame médico periódico. Os exames médicos são exigidos quando houver retorno ao trabalho, no caso de afastamento superior a 30 dias, e também quando ocorrer a mudança efetiva de função (deve ser feito antes de ocorrer a transferência). No caso de afastamento definitivo da empresa, deve-se exigir o exame médico demissional, nos 15 dias que antecedem o desligamento do funcionário. 3.1 DEFINIÇÃO A segurança do trabalho é o conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, seja pela eliminação de condições inseguras do ambiente, seja pela instrução ou pelo convencimento das pessoas para a implementação de práticas preventivas. 3.2 HIGIENE X SEGURANÇA NO TRABALHO A saúde e segurança dos empregados constituem uma das principais bases para a preservação da força de trabalho adequada. Constituem duas atividades intimamente relacionadas, no sentido de garantir condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter certo nível de saúde dos empregados. O empregador não deve omitir-se a oferecer segurança na execução do trabalho realizado pelos seus empregadores, ou o pouco interesse para a prevenção de acidentes, pois nada justifica tal omissão. AN02FREV001/REV 4.0 54 3.3 ACIDENTES DE TRABALHO As condições inseguras e os atos inseguros são as causas básicas de acidentes no trabalho, sendo eles: 1 - Condições inseguras: equipamentos sem proteção, procedimentos arriscados em máquinas ou equipamentos, armazenamento inseguro, iluminação deficiente, ventilação imprópria, temperatura elevada ou baixa no local e condições físicas ou mecânicas inseguras que constituem zonas de perigo. 2 - Atos inseguros: carregar materiais pesados de maneira inadequada, trabalhar em velocidades inseguras, utilizar esquemas de segurança que não funcionam, usar equipamento inseguro ou usá-lo inadequadamente, não usar procedimentos seguros, assumir posições inseguras, subir escadas ou degraus depressa, distrair, negligenciar, brincar, arriscar, correr, pular, saltar e abusar. Medidas para eliminar ou diminuir acidentes de trabalho: 1 - Sinalizar toda a empresa; 2 - Empregados novos, usar capacete de cor diferente; 3 - Uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) atuante; 4 - Campanhas de prevenção de acidentes; 5 - Kit de primeiros socorros; 6 - Realização periódica da Semana Interna de Acidentes no Trabalho (SIPAT); 7 - Treinamento da brigada de incêndio; 8 - Revisar extintores; 9 - Chaves de segurança; 10 - Treinamentos para prevenir acidentes; 11 - Apoio da direção e das chefias; 12 – Utilizar as NR determinadas; 13 – O uso contínuo das EPI’s na realização do trabalho. AN02FREV001/REV 4.0 55 3.4 PREVENÇÃO DE ACIDENTES Prevenção de acidentes e administração de riscos ocupacionais relacionam- se com segurança do trabalho, sua finalidade e antecipar os riscos de acidentes e com isso minimizá-los. A prevenção de acidentes é a eliminação das condições inseguras e isso se dá por intermédio do mapeamento de áreas de riscos, uma análise profunda dos acidentes e apoio irrestrito da alta administração; realização de treinamento e a capacitação de todos os envolvidos no processo de execução do trabalho. 3.5 NORMA REGULAMENTADORA Uma Norma Regulamentadora (NR) objetiva explicitar as determinações contidas nos artigos 154 a 201 da CLT, para que sirvam de balizamento, de parâmetro técnico às pessoas ou empresas que devem atender aos ditames legais e que devem observar o pactuado nas convenções e nos acordos coletivos de trabalho de cada categoria e nas convenções coletivas sobre prevenção de acidentes. 3.6 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Tipos de EPI’s: capacete, capuz, óculos, protetor facial (creme água resistente, creme óleo resistente e cremes especiais), luvas de proteção, dedeiras, AN02FREV001/REV 4.0 56 proteção de mãos, dedos e braços de riscos mecânicos, térmicos e químicos, calçados de segurança, botas e botinas, cintos de segurança, trava quedas, cadeiras suspensas, etc. 3.7 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES A segurança do trabalho no Brasil é regida pela própria CLT, que no seu artigo 163 dispõe o seguinte: “Art.163. Será obrigatória a constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA – de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério
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