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Princípio para controle Interromper a cadeia de transmissão Diagnosticar precocemente Tratar rapidamente Detectar assintomáticos (ELO) Prevenção Aconselhamento específico Uso de preservativo (melhor forma de prevenção) Razões para o controle Magnitude (frequência elevada) Transcendência Facilita o HIV (podem ser fatais) Podem contaminar o concepto Impacto psicológico Vulnerabilidade As ações preventivas Factibilidade: controle é possível Atualmente as Dst´s são tratadas de forma sindromica! Pois tem lesão que pode ser tudo. Epidemiologia: DST EM MAIORES DE 12 ANOS – BRASIL 1997-1998 Tipos de dst 1. Frequentemente transmitido pelo sexo 2. Eventualmente transmitido pelo sexo Essencialmente transmitida pelo sexo: 1. Gonorreia 2. Sífilis 3. Cancro Mole 4. Linfogranuloma venéreo 5. Granuloma Inguinal (donovanose) 1. Gonorreia: Sinonímia: blenorragia, esquentamento, pingadeira, gota militar, estrela matutina, etc Etiologia: Neisseria gonorrhoeae (diplococo gram -negativo intracelular) Incubação: 2 a 8 dias (prova) Ex: paciente foi na balada e transou sem camisinha, após 1 semana aparece um corrimento mucoso amarelado, pensar em gonorreia pois a clínica e o tempo é em média 1 semana Essa DST é essencialmente transmitida pelo sexo mais frequente das uretrites. Assim, havendo maior incidências nos jovens sem parceiras fixas Quadro clinico: Prurido na uretra (fossa navicular), estendendo posteriormente em toda a uretra – urgência miccional e polaciúria. Além de disúria (2 a 3 dias após o contato), corrimento mucoso (purulento) *A disúria pode ou não estar presente Pode haver sintomas como: prostatite, epididimite, orquite, artrite, meningite, faringite, miorcadite, pericardite, conjuntivite, pielonefrite 40 a 60% podem ser assintomáticos- ou as vezes bem leve que é dificil o diagnostico. Em casos em tratamentos não adequados pode ocorrer uma propagação para uretra posterior e outros órgãos Diagnostico: O diagnóstico normalmente é clinico, mas pode fazer a coloração de gram Diagnóstico laboratorial: Secreção: swab/ alça platina em uretra, orofaringe e reto. Coloração GRAM: diplococos GRAM (-) intracelular 95% homens e 30% mulheres Cultura em meio especifico: Thayer – Martin (indicado quando a coloração GRAM for duvidosa) Diagnóstico Diferencial: UNG Tratamento: Ofloxacina* - 400 mg VO dose única Cefixima - 400 mg VO dose única Ciprofloxacina* -500 mg VO dose única SEGUNDO MAIS USADO Ceftriaxona - 250 mg IM dose única MAIS USADO! Tianfenicol - 2,5 g VO dose única (*) contra indicados para menores de 18 anos * Basicamente dose única de ceftriaxona ou ciprofloxacina - a indicação é dose única, mas o professor, particularmente receita mais doses Na grande maioria das vezes, essa secreção que sai pela uretra pode ter combinação de dois agentes, ou pode gerar confusão sobre qual o agente acusador dessa uretrite. Elas podem ser causadas ou pela Chalmydia trachomatis ou pela Neisseria gonorrhoeae. *Abordamos o corrimento uretral como se a causa fosse sindrômica, ou seja, como se fosse causada por chlamydia e trichomanas – uretrite gonocócica ou uretrite por clamídia, o que difere é a coloração (gonorreia é amarelada e clamídia é mais clara), a queixa da clamídia principalmente é o paciente falar que está molhado!! Muitas vezes deve-se tratar de forma sindrômica, ou seja, aborda o corrimento uretral pensando que está ocorrendo por dois agentes. Assim, precisa associar duas medicações, por exemplo ciprofloxacina ou ceftriaxona associado a uma doxiciclina ou azitromicina No homem chamamos de uretrite gonocócica (+amarelado) ou uretrite por Chalmydia (+ clara), e a diferença entre um e outro é basicamente a diferença da coloração do corrimento. O tratamento 30% dos pacientes podem desenvolver uretrite pós gonocócica, a qual 3 semanas após o tratamento podem desenvolver uretrite pós gonocócica. Consiste na saída de secreção escassa chamada gota matinal. Provinda de infecções concomitante a outros agente. Assim, associar Doxiciclina 100 mg, 2x ao dia para tratar Chlamydia. Considerar infecções associadas: Chlamydia trachomatis, Trichomanas vaginalis – tratamento especifico em conjunto. *Na prática clínica, geralmente se usa: Ciprofloxacino + azitromicina OU ceftriaxone + azitromicina OU ceftriaxone + doxiciclina Considerações: Abster-se de relações sexuais Evitar bebidas alcoólicas (irritantes das mucosas) Evitar espremer glande/pênis Evitar contaminar os olhos Encaminhar parceiro sexual para tratamento 2. Sifilis Conceito: doença sistêmica, evolução crônica, sujeita a surtos agudização e períodos de latência. A porta de entrada é o sexo Etiologia: Treponema pallidum (espiroqueta) Transmissão predominantemente sexual e/ou materno-infantil (vertical) Caracteristica da lesão: pós-nata, ulcerada (cancro duro), geralmente unica, de fundo liso e pouco dolorosa e limpa (nao tem secreção) 3 semanas depois a ulcera aparece (nao é uma semana como a gonorreia) • Contato direto com lesão abertas formas: adquirida ou congênita Classificação da sifilis Sífilis adquirida recente: menos de um ano de evolução Primária Secundária Latente recente Sífilis adquirida tardia: mais de um ano de evolução Latente tardia Terciária Sífilis congênita recente: diagnosticado até 2 anos de vida Sífilis congênita tardia SIFILIS PRIMARIA Cancro duro • Lesão rosada ou ulcerada, geralmente única, base endurecida, fundo liso e limpo, secreção clara serosa escassa e pouco dolorosa • Incubação: 10 a 90 dias (média duas a três semanas (21 dias)) • O quadro clinico pode vir acompanhado de com linfonodos palpáveis, ou seja, adenopatia regional não supurativa, móvel, múltiplas, não dolorosa • Homem: aparece mais na glande e sulco bálonoprepucial • Mulher: pequenos lábios, parede vaginal, colo uterino. Além de lesões em outras áreas Cancro duro Ulceras que se beijam: não são duas, regiao que tem um intimo local fazendo uma reação SIFILIS SECUNDARIA Lesões cutâneo-mucosas, não ulceradas • Após 6 a 8 semanas do cancro duro • Microadenopatias (artralgia, febrícula, cefaleia, adnamia) • Manchas eritematosas (roséolas) • Pápulas (lesões palmo-plantares) • Alopécias (couro cabeludo) • Placas mucosas • Pápulas hipertróficas (Condiloma lata) Condiloma lata Papulas/ roseolas SIFILIS LATENTE (RECENTE E TARDIA) Sífilis adquirida sem sinais ou sintomas • Diagnostico: testes sorológicos • Duração: variável, seu curso poderá ser interrompido por sinais e sintomas da sífilis secundária ou terciária SIFILIS TERCIARIA Sinais e sintomas: apos 3 ou 12 dias • Lesões: cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas), neurológicas (tabes dorsalis, demência), cardiovasculares (aneurisma aórtico), articulares (Artropatia de charcot) SIFILIS CONGENITA É digno de notificação compulsória • Causada por disseminação hematogênica da gestante infectada pelo Treponema pallidum para o concepto • Transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação • Taxa de transmissão (não tratada) 70% a 100% e nas fases latentes ou terciarias 30%. Morte perinatal ocorre em 40% das crianças infectadas • Mulher que adquirir sífilis durante a gravidez: aborto espontâneo, morte fetal, prematuridade, feto hidrópico, RN sintomático ou assintomático • Sífilis congênita precoce (até 2 anos): baixo peso, rinite sanguinolenta, patologias ósseas, hepatoesplenomegalia, alteração respiratória/pulmonar, etc • Sífilis congênita tardia (após 2 anos): Fronte olímpica, tíbia em sabre, nariz emsela, dentes em Hutchinson, arco palatino elevado, etc. • Natimorto sifilítico Diagnostico diferencial da sifilis Sífilis primaria (cancro duro): cancro mole, herpes genital, linfogranuloma venéreo, donovanose, tumor • Sífilis secundária: farmacodermia, doenças exantemáticas não vesiculosas, hanseníase, colagenoses Diagnostico laboratorial da sifilis sorologia Pesquisa direta (campo escuro)- aparece o treponema Marcador nao especifico (VDRL)- se pede a graduação do VDRL para ver a doença Sorologia especifica Fta abs IgG ou igM O que mais usa na prática clinica? Como rastreio o VDRL e como diagnóstico Fta abs igG ou igM VDRL nao é especifico, Fta abs é específico Explicando os tipos: Obs. Proff não explicou isso! 1. Reações sorológicas inespecíficas ou lipídicas (antígeno= cardiolipina) ▪ A. VDRL – KAHNS – KLEINE (floculação) Falso +: colagenosas, hanseníase, viroses, alcoolismo, velhice, menstruação, etc. ▪ B. Reação de Wassermann (fixação de complemento) 2. Reações sorológicas especificas (antígeno = T. Pallidum cepa de Nichols) ▪ A. FTA-ABS (provas dos anticorpos fluorescentes) ▪ B. TPI (prova de imobilização de Nelson e Mayer). Alta sensibilidade e especificidades, sendo fundamental para diferenciar dos falsos + Obs: só citou esses dois exames em negrito e falou que também pode solicitar para o paciente IgG e IgM • Sorologia não treponêmica VDRL: exame quantitativo e qualitativo. É importante para o diganostico e seguimento pós-terapêutica. Solicitar sempre que houver suspeita em qualquer fase, todos os pacientes com DST, rotina pré-natal. Sendo reativo após 2 semanas do aparecimento do cancro. Em casos em que o tratamento está dando certo o Estava no resumo do ano passado mas prof não falou: • Técnica especifica de coleta para microscopia em campo escuro • Indicado: pesquisa em material da lesão ulcerada suspeita • Material do condiloma lata • Material das placas mucosas da fase secundária • Reações sorológicas geralmente positivas após 8 semanas exame tem que vir negativo após 9 a 12 meses • VDLR: 3 títulos sucessivamente baixos 1.8 sugere “memoria” sorológica (colhidos intervalos 30 dias), acima disso significa doença ativa. Na dúvida deve solicitar teste sorológico trepônemico. • Teste sorológico treponêmico FTA- Abs: é um exame qualitativo, importante para confirmação da doença. Ele será reativo após 15 dias do cancro. Não serve para dar continuidade da doença. Além disso, esse teste indica um falso positivo em casos de hanseníase, malária, monocleose, leptospirose, lúpus sistêmicos Tratamento Sífilis primária: Penicilina Benzatina 2.4 milhões de UI (IM) dose única Sífilis recente secundária e latente: Penicilina Benzatina 2.4 milhões UI (IM) em três doses por uma semana (atualmente é 1 dose apenas)!!!! Sífilis secundária: recentemente isso foi revisto e é apenas 2,4 milhoes em 1 dose e não 3 Sífilis tardia (latente e terciária): Penicilina Benzatina 2.4 milhões UI (IM) semanal, por três semanas (totalizando 7.2 milhões) Neurossifilis: Penicilina Cristalina aquosa 12-24 milhões UI (IM) 4-4h por 14 dias, devido dificuldade para passagem da berreira Apos dose inicial: reação de Jerisch- Herxheimer ( exarcebaçoes das lesões) com involução em 12 a 48h ALERGIA A PENICILINA: Eritromicina 500mg 6/6h (não existe mais esse medicamento) Doxicilina 100 mg 12/12h (VO) A medicação é dada por 15 dias para sífilis recente e 30 dias para sífilis tardia Sorologia após 3 e 6 meses ( 4 exames consecutivos) – deverá haver queda dos niveis de VDRL- submeter a exame liquorido e novo tratamento 3. Cancro mole (diagnóstico diferencial da sífilis) • Sinonímia: cancroide, cancro venéreo, cavalo, cancro de Ducreyi • Homem é o único reservatório natural desse agente • 15 a 30 anos = alta infectividade e baixa patogenicidade • Etiologia: Haemophilus ducreyi (homem é o único reservatório natural) – bacilo gram • Incubação: 3 a 5 dias (poucos dias, até 2 semanas ) Quado clínico: • Lesões ulceradas, múltiplas, dolorosas, bordas irregulares, contornos eritemato-adenomatosos, fundo irregular com exsudato, necrótico amarelado, odor fétido, que ao ser removido revela fundo granuloso e sangrante. Nesse caso as ulceras NÃO se beijam ► Homem: sulco bálano-prepucial/frênulo ► Mulher: fúrcula e face interna dos pequenos e grandes lábios • Linfoadenopatia inguino-crural (30-50%) = Bubão unilateral (2/3 casos), inicialmente tumefação sólida e dolorosa, evoluindo para liquefação/fistulização (50%). O bubão é uma massa sólida na região inguinal, dolorosa. Isso ocorre devido a drenagem linfática dessa região estar em uma reação inflamatória. → OBS: Lembrando que a drenagem da pele do pênis é inguinal superficial Diagnostico laboratorial: • pesquisa a coloração GRAM em esfregação da secreção base da lesão ou aspiração bubão: bacilos GRAM – intracelulares, em cadeia paralelas, geralmente acompanhadas por bacilos GRAM + = fenômeno de satelitismo. • Cultura mais sensível, mas difícil realização e biopsia não é recomendada Em suma o diagnóstico é sindrômico e geralmente clinico porém pode ser feito a aspiração do bubão e cultura dessa lesão. Quando há uma dificuldade diagnóstica pode abrir mão da biopsia (toda lesão que não consegue tratar pode fazer biópsia) Diagnostico diferencial: Cancro duro, herpes simples, linfogranuloma venéreo, donovanose, erosões traumáticas infectadas Tratamento: • Azitromicina 1g VO (dose única) OU- esse faz tratamento também de clamídia ***** • Ceftriaxona 250 mg IM (dose única) OU**** • Tianfenicol 5g VO (dose única) OU • Ciprofloxacina 500 mg VO 12/12 (3 dias) OU****** • Doxiciclina 100 mg VO 12/12h (10 dias) OU • Tetraciclina 500mg VO 6/6h (15 dias) OU • Sulfametoxazol/trimetropin 160mg/800mg VO 12/12h (10 dias ou até a cura) OU • Estearato de eritromicina 500 mg VO 6/6h (7 dias) OBS: antissepsia da lesão! 4. Lindogranuloma venéreo Sinonímia: Mula Característica: bubão inguinal Etiologia: Clamydia trachomatis Incubação 3-30 dias PARA LEMBRAR: BULBÃO INGUINAL + ULCERA EM 3-4 DIAS É CANCRO MOLE BULBÃO+ UCERA 4-3 SEMANAS DEPOIS NÃO É CANCRO MOLE QUADRO CLINICO É DIVIDIDO EM 3 FASES: 1. Lesão de inoculação: pápula, pústula ou exulceração indolor quase imperceptível 2. Disseminação linfática regional Homem: linfoadenopatia inguinal (1 a 6 semanas após a lesão inicial) unilateral (70%) 10 vezes mais frequentes do que nas mulheres. Apresenta fistulização em escumadeira – vários pontos de drenagem de secreção Mulher: adenopatia depende do local da inoculação genitália externa (inguinal), 1/3 inferior da vagina (linfonodos pélvicos), etc. Gânglios afetados: supuração/fistulização, febre, adnamia, anorexia, artralgia, sudorese, etc 3. Sequelas: obstrução linfática: elevantíase genital, fistulas retais e vaginais Diagnostico: • A lesão é muito parecida com a da sífilis, assim para diagnosticar deve ser considerado em todos os casos de linfadenite inguinal, elefantíase genital, estenose uretral ou retal. Na maioria das vezes o diagnostico é dado por analise clínica. Normalmente o diagnostico é por imunofluorescencia (igM, igG) ou cultura da aspiração ou secreção Exames laboratoriais: • Um exame que pode se fazer é o teste de fixação de complemento é grupo específico: identifica todas as infecções por Clamydia, positivo após 4 semanas da infecção: título> 1:64 indica infecção atual, positivo 80-90% dos casos. • Teste de microimunofluorescência: utiliza-se imunoglobulinas anti-IgG e anti-IgM , em casos que houver a presença de IgM significa resposta imune primária • Cultura: isolamento Chamydia obtido da aspiração do linfonodo ou aspiração material uretral/cérvix,a positividade é baixa • Exame histopatológico: exames do material retirado linfonodos ou biópsia retal, não específico, apenas sugestivo Tratamento: • Doxiciclina 100 mg VO 12/12h (21 dias) OU MAIS USADO POIS USA MAIS TEMPO • Azitromicina (nao falou mg dose unica) 2 MAIS USADO • Estearato de eritromicina 500 mg VO 6/6 h (21 dias) OU • sulfametoxazol/trimetropim VO 12/12h (21 dias) OU • tianfenicol 500 mg VO 12/12h (14 dias) o OBS: Os bubões flutuantes aspirados com agulha não devem se incisados 5. Donovanose (granuloma inguinal) (mais rara) Doença crônica progressiva, acomete pele e mucosa das regiões genitais, perianais e inguinal. É uma doença mais rara • Incubação: 30 dias a 6 meses (climas tropicais/subtropicais) • Etiologia: Claymmatobacterium granulomatis Paciente que transa com animais como a galinha pode pegar essa doença Quadro clinico: • Inicia-se ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, fundo granuloso, vermelho, fácil sangramento (cueca suja de sangue). Ulceração evolui lenta e progressivamente: vegetante ou ulcero vegetante, ou seja, normalmente são lesões mais elevadas. • A predileção é por dobras e perianal, não há adenite. Em mulheres pode ocorrer obstrução linfática = elefantíase Diagnostico diferencial • Sífilis • Tb cutânea • Cancro mole • Amebíase cutânea • Neoplasia cutânea • Leishmaniose, etc Diagnostico laboratorial: • Biópsia, histopatológico (coloração Wright, Giemsa ou Leishman): corpúsculo de Donovan no esfregaço da lesão Tratamento: • Doxiciclina 100 mg VO 12/12h (até cura ou 3 sem) OU MAIS USADO • sulfametoxazol/trimetropim VO 12/12h (até curar) OU • ciprofLoxacina 750 mg VO 12/12h (até curar) OU MAIS USADO • tianfenicol 2,5g VO (1 d), 500 mg 12/12h (até curar) OU • esterato de eritromicina 500mg VO 6/6h (até curar) OBS: NÃO havendo regressão: associar AMINOGLICOSÍDEO (gentamicina 1mg/kg/d EV 8/8h) OBS: O diagnóstico da donovanose é feito porque o paciente se queixa de uma lesão arrastada, assim pede uma biopsia FREQUENTEMENTE TRANSMITIDO PELO SEXO 1. Uretrites não gonocócicas 2. Herpes genitais 3. Condiloma acuminado 4. Candidíase genital 5. Tricomonas genitais 6. AIDS 7. Fitiríase 8. Hepatite 1. URETRITES NÃO GONOCÓCICAS (UNG) • Uretrites sintomáticas, bacterioscopia GRAM e/ou cultura são negativas para gonococo • Etiologia: Chalmydia trachomatis 30-50%, Ureaplasmaurealyticum 20-30%, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis, outros. Entretanto a etiologia mais comum é Chalmydia trachomatis Paciente faz sexo anal e entra bacteria do reto na uretra – perguntar tipo de sexo e opção sexual • Incubação: 14-21 dias • Quadro clínico: corrimento mucoide (+ claro), disúria leve e intermitente – o corrimento é bem mais claro A principal queixa do paciente se queixa de estar constantemente molhado, achando que fez xixi • Chalmydia trachomats é dividida em vários subtipos, sendo mais comum A,B e C. Além disso, existe o tipo D, E, F, G, H, I, J e K • Uretrite subaguda: 50% dos pacientes • Os pacientes podem evoluir para: prostites, epididimites (dor nos testículos por acometimento do ducto deferente), balanites, conjuntivites (auto- inoculação), Síndrome uretro-conjuntivite- sinovial (Síndrome de Fiessinger – Leroy – Reiter) • Diagnóstico laboratorial: cultura celular, imunofluorescência direta, elisa, PCR, LCR. Técnica simples, consiste em realizar o esfregaço uretral GRAM > 4 ou 5 piócitos/campo, >20 piócitos do sedimento do primeiro jato urinário Tratamento: • Azitromicina 1g VO (dose única) OU • Doxiciclina 100mg 12/12h (7-14 dias) OU • Estearato eritromicina 500 mg 12/12h (7-14 dias) OBS: Associação com Gonococo, recomenda-se tratamento concomitante URETRITE E INFERTILIDADE • Homem: a epididimite pós uretrite pode causar obstrução ductos seminíferos e provocar infertilidade • Mulher: a DIPA secundária a Clamydia aumenta risco que prenhez ectópica, abortos e infertilidade • Crianças: RN expostos a Clamydia aumentam em 15% chance de pneumonia e 50% de conjuntivite Ressaltando novamente: A gonorreia a longo prazo leva a estreitamento da uretra- tendo dificuldade de urinar 2. HERPES GENITAL • Transmissão: predominantemente sexual (inclusive oro-genital) • Incubação: 3 a 14 dias (em torno de 1-2 semanas) • Quadro clínico: lesões vesiculosas, as quais podem se transformar em úlceras Se primeiro era bolha e depois virou ulcera= pensar em herpes • O paciente pode apresentar lesões tanto oral quanto genital. Além disso, dependendo da imunidade pode haver recidiva frequente. • Etiologia Herpes simplex vírus (HSV) – tipo 1 e 2 ► DNA vírus (tipo 1: lesões periorais) ► DNA vírus (tipo 2: lesões genitais) Tratamento: Normalmente o tratamento é tópico com aciclovir pomada com orientação de passar 5 vezes ao dia por uma semana. Além disso, pode se usar o tratamento oral quando há muitas lesões ou muita recidiva precoces com: • Aciclovir 400 mg VO 8/8h (7-10 dias) OU • Valaciclovir 1g VO 12/12h (7-10 dias) OU • Famciclovir 350 mg VO 8/8h (7-10 dias). 3. HPV (DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE HERPES) Papillomavirus humano = Condiloma Acuminado • Vírus de DNA epiteliotroficos, de dupla hélice com 8 mil pares bases nitrogenadas • + de 25 tipos de HPV infectam a região anogenital nos seres humanos • Período de incubação: 3 semanas – 8 meses • Transmissão: contato sexual direto/indireto (autoinoculação, por fômites, materno-fetal transplacentária ou intraparto) • Estado imunológico do hospedeiro é um fator importante tanto para suscetibilidade de infecção, recidiva e remissão da infecção. • Cofatores: estado nutricional, hormonais, dietéticos, fumo, mutações celulares espontâneas • Cura está associada a elevação do nível de imunoglobulinas G • Reinfecção ocorre mesma na presença de anticorpos circulantes Sintomas: • Subclínica: assintomático (não tratar, haja vista que não transmite) ou sinais incaracterísticos (ardor, queimação, sensação “algo andando na pele” • Clinica: lesão verrucosa caracterizada por 4 formas: ► Acuminada: vegetante = crista de galo ► Plana: no colo uterino “epitélio” branco ► Invertida: no colo uterino “mosaico” branco ► Condiloma gigante *É importante perceber que nos dias de hoje, vários homens apresentam lesões de HPV na base do pênis, isso significa que utilizaram camisinha. Entretanto a camisinha masculina não protege a base do pênis, assim, seja por uma infecção ou por depilação cria-se uma porta de entrada facilitando a contaminação pelo HPV • Os tipos mais comuns são 6, 11, 16 e 18. Sendo que entre eles o 16 e o 18 são os que apresentam maiores problemas porque são precursores do CA de cólon de útero na mulher quanto precursor de CA de pênis nos homens Diagnostico: • Genitoscopia(colposcopia, vaginoscopia, vulvoscopia, peniscopia): colposcópio/lupa. Solução ácido acético (2% a 5%) > 5 mim → quase não faz mais nos homens • Lesões “acetobrancas”: 20% das lesões podem ser visíveis. Azul toluidina (1%), vulva, períneo e pênis. Assim, após tirar ácido acético se houver persistência de áreas azuladas é indicativo de HPV • Em casos subclínicos: utilizar colposcopia + ácido acético para localizar e identificar as lesões • Técnicas relacionados a análise do DNA e RNA, 2 métodos: ► 1. Amplificação do material nuclêico = métodos de reação em cadeia (PCR) ► 2. Amplificação de sinal = hibridização (captura híbrida) Diagnostico diferencial: 1. Doenças Infecto contagiosas: candidíase 2. DST: lesões sifilíticas, herpes genitais, molusco contagioso 3. Lesões Benignas da pele: papilomatose escamosa, ceratose seborreica, glândula de Tyson, distrofia vulvar, papilomas, líquen escleroso 4. Neoplasia: papulose Bowenóide, carcinoma das células escamosas, melanomas 5. Existea captura hibrida porém é muito caro Tratamento da HPV • Depende dos seguintes fatores: Localização da lesão Se multifocal (da mesma região ou de outras) Da extensão (localizadas ou disseminadas) Do tamanho das lesões Da carga viral do material examinado Se oncogênico ou não Da confirmação da presença do vírus • Medidas gerais: ► Higiene geral e local ► Tratamento de enfermidades e infecçõesassociadas ► Investigar e tratamento do parceiro sexual ► Evitar relações sexual durante o tratamento ► Incentivar o uso de preservativos • Tratamento não cirúrgico: ► Químico: substancia cáusticas, ceratolíticos ► Qumioterapia: podofilina, thiotepa, fluoracil ► Nitrogenio líquido ► Interferon • Tratamento com substâncias cáusticas ► Ácido tricloroacético ou ácido acético glacial com resorcina 25% ou ácido nítrico fumegante ou água oxigenada 90 volumes ou ácido metacresossulfônico ► Ceratolítico: ácido salicílico + vit A ácida • Tratamento cirúrgico: pode ser por excisão ou por Eletrocauterização LEMBRAR: O QUE CAUSA CANCER DE PENIS? MÁ HIGIENE E HPV
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