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Doenças sexualmente transmissíveis no homem

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Princípio para controle 
 
 Interromper a cadeia de transmissão 
 Diagnosticar precocemente 
 Tratar rapidamente 
 Detectar assintomáticos (ELO) 
 Prevenção 
 Aconselhamento específico 
 Uso de preservativo (melhor forma de prevenção) 
 
Razões para o controle 
 Magnitude (frequência elevada) 
 Transcendência 
 Facilita o HIV (podem ser fatais) 
 Podem contaminar o concepto 
 Impacto psicológico 
 Vulnerabilidade 
 As ações preventivas 
 Factibilidade: controle é possível 
 Atualmente as Dst´s são tratadas de forma sindromica! Pois tem lesão que pode ser tudo. 
 
Epidemiologia: 
DST EM MAIORES DE 12 ANOS – BRASIL 1997-1998 
 
Tipos de dst 
1. Frequentemente transmitido pelo sexo 
2. Eventualmente transmitido pelo sexo 
 
Essencialmente transmitida pelo sexo: 
1. Gonorreia 
2. Sífilis 
3. Cancro Mole 
4. Linfogranuloma venéreo 
5. Granuloma Inguinal (donovanose) 
 
 
 
 
1. Gonorreia: 
 Sinonímia: blenorragia, esquentamento, pingadeira, gota militar, estrela matutina, etc 
 Etiologia: Neisseria gonorrhoeae (diplococo gram -negativo intracelular) 
 Incubação: 2 a 8 dias (prova) 
Ex: paciente foi na balada e transou sem camisinha, após 1 semana aparece um corrimento 
mucoso amarelado, pensar em gonorreia pois a clínica e o tempo é em média 1 semana 
 
Essa DST é essencialmente transmitida pelo sexo mais frequente das uretrites. Assim, havendo 
maior incidências nos jovens sem parceiras fixas 
 
Quadro clinico: 
 Prurido na uretra (fossa navicular), estendendo posteriormente em toda a uretra – urgência 
miccional e polaciúria. Além de disúria (2 a 3 dias após o contato), corrimento mucoso 
(purulento) 
 
 *A disúria pode ou não estar presente 
 Pode haver sintomas como: prostatite, epididimite, orquite, artrite, meningite, faringite, 
miorcadite, pericardite, conjuntivite, pielonefrite 
 40 a 60% podem ser assintomáticos- ou as vezes bem leve que 
é dificil o diagnostico. 
 Em casos em tratamentos não adequados pode ocorrer 
uma propagação para uretra posterior e outros órgãos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnostico: 
 O diagnóstico normalmente é clinico, mas pode fazer a coloração de gram 
 
 Diagnóstico laboratorial: 
 Secreção: swab/ alça platina em uretra, orofaringe e reto. Coloração GRAM: 
diplococos GRAM (-) intracelular 
 95% homens e 30% mulheres 
 Cultura em meio especifico: Thayer – Martin (indicado quando a coloração GRAM 
for duvidosa) 
 
 Diagnóstico Diferencial: UNG 
 
Tratamento: 
Ofloxacina* - 400 mg VO dose única 
 Cefixima - 400 mg VO dose única 
 Ciprofloxacina* -500 mg VO dose única SEGUNDO MAIS USADO 
 Ceftriaxona - 250 mg IM dose única MAIS USADO! 
 Tianfenicol - 2,5 g VO dose única 
(*) contra indicados para menores de 18 anos 
 
 * Basicamente dose única de ceftriaxona ou ciprofloxacina 
- a indicação é dose única, mas o professor, particularmente receita mais doses 
 
 Na grande maioria das vezes, essa secreção que sai pela uretra pode ter combinação de 
dois agentes, ou pode gerar confusão sobre qual o agente acusador dessa uretrite. Elas 
podem ser causadas ou pela Chalmydia trachomatis ou pela Neisseria gonorrhoeae. 
 
 
*Abordamos o corrimento uretral como se a causa fosse sindrômica, ou seja, como se fosse 
causada por chlamydia e trichomanas – uretrite gonocócica ou uretrite por clamídia, o que difere 
é a coloração (gonorreia é amarelada e clamídia é mais clara), a queixa da clamídia 
principalmente é o paciente falar que está molhado!! 
Muitas vezes deve-se tratar de forma sindrômica, ou seja, aborda o corrimento uretral pensando 
que está ocorrendo por dois agentes. Assim, precisa associar duas medicações, por exemplo 
ciprofloxacina ou ceftriaxona associado a uma doxiciclina ou azitromicina 
 
 No homem chamamos de uretrite gonocócica (+amarelado) ou uretrite por Chalmydia (+ 
clara), e a diferença entre um e outro é basicamente a diferença da coloração do 
corrimento. 
 O tratamento 30% dos pacientes podem desenvolver uretrite pós gonocócica, a qual 3 
semanas após o tratamento podem desenvolver uretrite pós gonocócica. Consiste na saída 
de secreção escassa chamada gota matinal. Provinda de infecções concomitante a outros 
agente. 
 Assim, associar Doxiciclina 100 mg, 2x ao dia para tratar Chlamydia. 
 Considerar infecções associadas: Chlamydia trachomatis, Trichomanas vaginalis – 
tratamento especifico em conjunto. 
 
*Na prática clínica, geralmente se usa: Ciprofloxacino + azitromicina OU ceftriaxone + 
azitromicina OU ceftriaxone 
+ doxiciclina 
 
Considerações: 
 Abster-se de relações sexuais 
 Evitar bebidas alcoólicas (irritantes das mucosas) 
 Evitar espremer glande/pênis 
 Evitar contaminar os olhos 
 Encaminhar parceiro sexual para tratamento 
 
2. Sifilis 
 Conceito: doença sistêmica, evolução crônica, sujeita a surtos agudização e períodos de 
latência. A porta de entrada é o sexo 
 Etiologia: Treponema pallidum (espiroqueta) 
 Transmissão predominantemente sexual e/ou materno-infantil (vertical) 
 Caracteristica da lesão: pós-nata, ulcerada (cancro duro), geralmente unica, de fundo 
liso e pouco dolorosa e limpa (nao tem secreção) 3 semanas depois a ulcera aparece 
(nao é uma semana como a gonorreia) 
• Contato direto com lesão abertas formas: adquirida ou congênita 
 
 
Classificação da sifilis 
 Sífilis adquirida recente: menos de um ano de evolução 
 Primária 
 Secundária 
 Latente recente 
 
 Sífilis adquirida tardia: mais de um ano de evolução 
 Latente tardia 
 Terciária 
 Sífilis congênita recente: diagnosticado até 2 anos de vida 
 Sífilis congênita tardia 
 
 
SIFILIS PRIMARIA 
 
 Cancro duro 
• Lesão rosada ou ulcerada, geralmente única, base endurecida, fundo liso e limpo, secreção 
clara serosa escassa e pouco dolorosa 
• Incubação: 10 a 90 dias (média duas a três semanas (21 dias)) 
• O quadro clinico pode vir acompanhado de com linfonodos palpáveis, ou seja, adenopatia 
regional não supurativa, móvel, múltiplas, não dolorosa 
• Homem: aparece mais na glande e sulco bálonoprepucial 
• Mulher: pequenos lábios, parede vaginal, colo uterino. Além de lesões em outras áreas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cancro duro 
Ulceras que se beijam: não são duas, regiao que tem um intimo local fazendo uma reação 
 
 
SIFILIS SECUNDARIA 
Lesões cutâneo-mucosas, não ulceradas 
• Após 6 a 8 semanas do cancro duro 
• Microadenopatias (artralgia, febrícula, cefaleia, adnamia) 
• Manchas eritematosas (roséolas) 
• Pápulas (lesões palmo-plantares) 
• Alopécias (couro cabeludo) 
• Placas mucosas 
• Pápulas hipertróficas (Condiloma lata) 
 
 
Condiloma lata 
 
 
Papulas/ roseolas 
 
SIFILIS LATENTE (RECENTE E TARDIA) 
Sífilis adquirida sem sinais ou sintomas 
• Diagnostico: testes sorológicos 
• Duração: variável, seu curso poderá ser interrompido por sinais e sintomas da sífilis secundária 
ou terciária 
 
SIFILIS TERCIARIA 
Sinais e sintomas: apos 3 ou 12 dias 
• Lesões: cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas), neurológicas (tabes dorsalis, demência), 
cardiovasculares (aneurisma aórtico), articulares (Artropatia de charcot) 
 
SIFILIS CONGENITA 
É digno de notificação compulsória 
• Causada por disseminação hematogênica da gestante infectada pelo Treponema pallidum 
para o concepto 
• Transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação 
• Taxa de transmissão (não tratada) 70% a 100% e nas fases latentes ou terciarias 30%. Morte 
perinatal ocorre em 40% das crianças infectadas 
• Mulher que adquirir sífilis durante a gravidez: aborto espontâneo, morte fetal, prematuridade, 
feto hidrópico, RN sintomático ou assintomático 
• Sífilis congênita precoce (até 2 anos): baixo peso, rinite sanguinolenta, patologias ósseas, 
hepatoesplenomegalia, alteração respiratória/pulmonar, etc 
• Sífilis congênita tardia (após 2 anos): Fronte olímpica, tíbia em sabre, nariz emsela, dentes em 
Hutchinson, arco palatino elevado, etc. 
• Natimorto sifilítico 
 
Diagnostico diferencial da sifilis 
Sífilis primaria (cancro duro): cancro mole, herpes genital, linfogranuloma venéreo, donovanose, 
tumor 
• Sífilis secundária: farmacodermia, doenças exantemáticas não vesiculosas, hanseníase, 
colagenoses 
 
Diagnostico laboratorial da sifilis 
sorologia 
Pesquisa direta (campo escuro)- aparece o treponema 
Marcador nao especifico (VDRL)- se pede a graduação do VDRL para ver a doença 
Sorologia especifica Fta abs IgG ou igM 
 O que mais usa na prática clinica? 
Como rastreio o VDRL e como diagnóstico Fta abs igG ou igM 
 VDRL nao é especifico, Fta abs é específico 
 
 
 
 
 
 
 
 
Explicando os tipos: 
Obs. Proff não explicou isso! 
 
1. Reações sorológicas inespecíficas ou lipídicas 
(antígeno= cardiolipina) 
▪ A. VDRL – KAHNS – KLEINE (floculação) 
 
Falso +: colagenosas, hanseníase, viroses, alcoolismo, velhice, menstruação, etc. 
▪ B. Reação de Wassermann (fixação de complemento) 
2. Reações sorológicas especificas (antígeno = T. Pallidum cepa de Nichols) 
▪ A. FTA-ABS (provas dos anticorpos fluorescentes) 
▪ B. TPI (prova de imobilização de Nelson e Mayer). 
 
Alta sensibilidade e especificidades, sendo fundamental para diferenciar dos falsos + 
Obs: só citou esses dois exames em negrito e falou que também pode solicitar para o paciente 
IgG e IgM 
 
• Sorologia não treponêmica VDRL: exame quantitativo e qualitativo. É importante para o 
diganostico e seguimento pós-terapêutica. Solicitar sempre que houver suspeita em 
qualquer fase, todos os pacientes com DST, rotina pré-natal. Sendo reativo após 2 
semanas do aparecimento do cancro. Em casos em que o tratamento está dando certo o 
Estava no resumo do ano passado mas prof não falou: 
• Técnica especifica de coleta para microscopia em campo escuro 
• Indicado: pesquisa em material da lesão ulcerada suspeita 
• Material do condiloma lata 
• Material das placas mucosas da fase secundária 
 
• Reações sorológicas geralmente positivas após 8 semanas 
 
exame tem que vir negativo após 9 a 12 meses 
 
• VDLR: 3 títulos sucessivamente baixos 1.8 sugere “memoria” sorológica (colhidos intervalos 30 
dias), acima disso significa doença ativa. Na dúvida deve solicitar teste sorológico 
trepônemico. 
• Teste sorológico treponêmico FTA- Abs: é um exame qualitativo, importante para confirmação 
da doença. 
Ele será reativo após 15 dias do cancro. Não serve para dar continuidade da doença. Além 
disso, esse teste indica um falso positivo em casos de hanseníase, malária, monocleose, 
leptospirose, lúpus sistêmicos 
 
Tratamento 
 
 Sífilis primária: Penicilina Benzatina 2.4 milhões de UI (IM) dose única 
 
 Sífilis recente secundária e latente: Penicilina Benzatina 2.4 milhões UI (IM) em três doses por uma 
semana (atualmente é 1 dose apenas)!!!! 
 
 Sífilis secundária: recentemente isso foi revisto e é apenas 2,4 milhoes em 1 dose e não 3 
 
 Sífilis tardia (latente e terciária): Penicilina Benzatina 2.4 milhões UI (IM) semanal, por três semanas 
(totalizando 7.2 milhões) 
 
 Neurossifilis: Penicilina Cristalina aquosa 12-24 milhões UI (IM) 4-4h por 14 dias, devido dificuldade 
para passagem da berreira 
 
Apos dose inicial: reação de Jerisch- Herxheimer ( exarcebaçoes das lesões) com involução em 
12 a 48h 
 
ALERGIA A PENICILINA: 
 Eritromicina 500mg 6/6h (não existe mais esse medicamento) 
 Doxicilina 100 mg 12/12h (VO) 
 A medicação é dada por 15 dias para sífilis recente e 30 dias para sífilis tardia 
 
 Sorologia após 3 e 6 meses ( 4 exames consecutivos) – deverá haver queda dos niveis de 
VDRL- submeter a exame liquorido e novo tratamento 
 
 
3. Cancro mole 
 
(diagnóstico diferencial da sífilis) 
 
• Sinonímia: cancroide, cancro venéreo, cavalo, cancro de Ducreyi 
• Homem é o único reservatório natural desse agente 
• 15 a 30 anos = alta infectividade e baixa 
patogenicidade 
• Etiologia: Haemophilus ducreyi (homem é o único 
reservatório natural) – bacilo gram 
• Incubação: 3 a 5 dias (poucos dias, até 2 semanas ) 
 
 
Quado clínico: 
• Lesões ulceradas, múltiplas, dolorosas, bordas irregulares, contornos eritemato-adenomatosos, 
fundo irregular com exsudato, necrótico amarelado, odor fétido, que ao ser removido revela 
fundo granuloso e sangrante. 
 Nesse caso as ulceras NÃO se beijam 
► Homem: sulco bálano-prepucial/frênulo 
► Mulher: fúrcula e face interna dos pequenos e grandes lábios 
 
 
• Linfoadenopatia inguino-crural (30-50%) = Bubão unilateral (2/3 casos), inicialmente tumefação 
sólida e dolorosa, evoluindo para liquefação/fistulização (50%). O bubão é uma massa sólida na 
região inguinal, dolorosa. Isso ocorre devido a drenagem linfática dessa região estar em uma 
reação inflamatória. → OBS: Lembrando que a drenagem da pele do pênis é inguinal superficial 
 
Diagnostico laboratorial: 
• pesquisa a coloração GRAM em esfregação da secreção base da lesão ou aspiração bubão: 
bacilos 
GRAM – intracelulares, em cadeia paralelas, geralmente acompanhadas por bacilos GRAM + = 
fenômeno de satelitismo. 
• Cultura mais sensível, mas difícil realização e biopsia não é recomendada 
 
Em suma o diagnóstico é sindrômico e geralmente clinico porém pode ser feito a aspiração do 
bubão e cultura dessa lesão. Quando há uma dificuldade diagnóstica pode abrir mão da 
biopsia (toda lesão que não consegue tratar pode fazer biópsia) 
 
Diagnostico diferencial: 
Cancro duro, herpes simples, linfogranuloma venéreo, donovanose, erosões traumáticas 
infectadas 
 
Tratamento: 
• Azitromicina 1g VO (dose única) OU- esse faz tratamento também de clamídia ***** 
• Ceftriaxona 250 mg IM (dose única) OU**** 
• Tianfenicol 5g VO (dose única) OU 
• Ciprofloxacina 500 mg VO 12/12 (3 dias) OU****** 
• Doxiciclina 100 mg VO 12/12h (10 dias) OU 
• Tetraciclina 500mg VO 6/6h (15 dias) OU 
• Sulfametoxazol/trimetropin 160mg/800mg VO 
12/12h (10 dias ou até a cura) OU 
• Estearato de eritromicina 500 mg VO 6/6h (7 dias) 
 
OBS: antissepsia da lesão! 
 
4. Lindogranuloma venéreo 
 
 
Sinonímia: Mula 
 Característica: bubão inguinal 
 Etiologia: Clamydia trachomatis 
 Incubação 3-30 dias 
 
PARA LEMBRAR: BULBÃO INGUINAL + ULCERA EM 3-4 DIAS É CANCRO MOLE 
BULBÃO+ UCERA 4-3 SEMANAS DEPOIS NÃO É CANCRO MOLE 
QUADRO CLINICO É DIVIDIDO EM 3 FASES: 
1. Lesão de inoculação: pápula, pústula ou exulceração indolor quase imperceptível 
2. Disseminação linfática regional 
Homem: linfoadenopatia inguinal (1 a 6 semanas após a lesão inicial) unilateral (70%) 10 vezes 
mais frequentes do que nas mulheres. Apresenta fistulização em escumadeira – vários pontos de 
drenagem de secreção 
Mulher: adenopatia depende do local da inoculação genitália externa (inguinal), 1/3 inferior da 
vagina (linfonodos pélvicos), etc. Gânglios afetados: supuração/fistulização, febre, adnamia, 
anorexia, artralgia, sudorese, etc 
3. Sequelas: obstrução linfática: elevantíase genital, fistulas retais e vaginais 
 
Diagnostico: 
• A lesão é muito parecida com a da sífilis, assim para diagnosticar deve ser considerado em 
todos os casos de linfadenite inguinal, elefantíase genital, estenose uretral ou retal. Na maioria 
das vezes o diagnostico é dado por analise clínica. 
 Normalmente o diagnostico é por imunofluorescencia (igM, igG) ou cultura da aspiração 
ou secreção 
 
Exames laboratoriais: 
• Um exame que pode se fazer é o teste de fixação de complemento é grupo específico: 
identifica todas as infecções por Clamydia, positivo após 4 semanas da infecção: título> 1:64 
indica infecção atual, positivo 80-90% dos casos. 
• Teste de microimunofluorescência: utiliza-se imunoglobulinas anti-IgG e anti-IgM , em casos que 
houver a presença de IgM significa resposta imune primária 
• Cultura: isolamento Chamydia obtido da aspiração do linfonodo ou aspiração material 
uretral/cérvix,a positividade é baixa 
• Exame histopatológico: exames do material retirado linfonodos ou biópsia retal, não específico, 
apenas sugestivo 
 
Tratamento: 
 
• Doxiciclina 100 mg VO 12/12h (21 dias) OU MAIS USADO POIS USA MAIS TEMPO 
• Azitromicina (nao falou mg dose unica) 2 MAIS USADO 
• Estearato de eritromicina 500 mg VO 6/6 h (21 dias) OU 
• sulfametoxazol/trimetropim VO 12/12h (21 dias) OU 
• tianfenicol 500 mg VO 12/12h (14 dias) 
o 
 
OBS: Os bubões flutuantes aspirados com agulha não devem se incisados 
 
5. Donovanose (granuloma inguinal) (mais rara) 
 
 
Doença crônica progressiva, acomete pele e mucosa das regiões genitais, perianais e inguinal. É 
uma doença mais rara 
• Incubação: 30 dias a 6 meses (climas tropicais/subtropicais) 
• Etiologia: Claymmatobacterium granulomatis 
 Paciente que transa com animais como a galinha pode pegar essa doença 
 
Quadro clinico: 
• Inicia-se ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, fundo granuloso, 
vermelho, fácil sangramento (cueca suja de sangue). Ulceração evolui lenta e 
progressivamente: vegetante ou ulcero vegetante, ou seja, normalmente são lesões mais 
elevadas. 
• A predileção é por dobras e perianal, não há adenite. 
Em mulheres pode ocorrer obstrução linfática = elefantíase 
 
Diagnostico diferencial 
• Sífilis 
• Tb cutânea 
• Cancro mole 
• Amebíase cutânea 
• Neoplasia cutânea 
• Leishmaniose, etc 
 
Diagnostico laboratorial: 
• Biópsia, histopatológico (coloração Wright, Giemsa ou Leishman): corpúsculo de Donovan no 
esfregaço da lesão 
 
Tratamento: 
• Doxiciclina 100 mg VO 12/12h (até cura ou 3 sem) OU MAIS USADO 
• sulfametoxazol/trimetropim VO 12/12h (até curar) OU 
• ciprofLoxacina 750 mg VO 12/12h (até curar) OU MAIS USADO 
• tianfenicol 2,5g VO (1 d), 500 mg 12/12h (até curar) OU 
• esterato de eritromicina 500mg VO 6/6h (até curar) 
 
OBS: NÃO havendo regressão: associar AMINOGLICOSÍDEO (gentamicina 1mg/kg/d EV 8/8h) 
OBS: O diagnóstico da donovanose é feito porque o paciente se queixa de uma lesão arrastada, 
assim pede uma biopsia 
FREQUENTEMENTE TRANSMITIDO PELO SEXO 
1. Uretrites não gonocócicas 
2. Herpes genitais 
3. Condiloma acuminado 
4. Candidíase genital 
5. Tricomonas genitais 
6. AIDS 
7. Fitiríase 
8. Hepatite 
 
1. URETRITES NÃO GONOCÓCICAS (UNG) 
• Uretrites sintomáticas, bacterioscopia GRAM e/ou cultura são negativas para gonococo 
• Etiologia: Chalmydia trachomatis 30-50%, Ureaplasmaurealyticum 20-30%, Mycoplasma hominis, 
Trichomonas vaginalis, outros. Entretanto a etiologia mais comum é Chalmydia trachomatis 
 Paciente faz sexo anal e entra bacteria do reto na uretra – perguntar tipo de sexo e 
opção sexual 
• Incubação: 14-21 dias 
• Quadro clínico: corrimento mucoide (+ claro), disúria leve e intermitente – o corrimento é bem 
mais claro 
A principal queixa do paciente se queixa de estar constantemente molhado, achando que fez 
xixi 
• Chalmydia trachomats é dividida em vários subtipos, sendo mais comum A,B e C. Além disso, 
existe o tipo D, E, F, G, H, I, J e K 
• Uretrite subaguda: 50% dos pacientes 
• Os pacientes podem evoluir para: prostites, epididimites (dor nos testículos por acometimento 
do ducto deferente), balanites, conjuntivites (auto- inoculação), Síndrome uretro-conjuntivite-
sinovial 
 
(Síndrome de Fiessinger – Leroy – Reiter) 
• Diagnóstico laboratorial: cultura celular, imunofluorescência direta, elisa, PCR, LCR. Técnica 
simples, consiste em realizar o esfregaço uretral GRAM > 4 ou 5 piócitos/campo, >20 piócitos do 
sedimento do primeiro jato urinário 
 
Tratamento: 
• Azitromicina 1g VO (dose única) OU 
• Doxiciclina 100mg 12/12h (7-14 dias) OU 
• Estearato eritromicina 500 mg 12/12h (7-14 dias) 
 
OBS: Associação com Gonococo, recomenda-se tratamento concomitante 
 
 URETRITE E INFERTILIDADE 
• Homem: a epididimite pós uretrite pode causar obstrução ductos seminíferos e provocar 
infertilidade 
• Mulher: a DIPA secundária a Clamydia aumenta risco que prenhez ectópica, abortos e 
infertilidade 
• Crianças: RN expostos a Clamydia aumentam em 15% chance de pneumonia e 50% de 
conjuntivite 
 
Ressaltando novamente: A gonorreia a longo prazo leva a estreitamento da uretra- tendo 
dificuldade de urinar 
 
2. HERPES GENITAL 
 
• Transmissão: predominantemente sexual (inclusive oro-genital) 
• Incubação: 3 a 14 dias (em torno de 1-2 semanas) 
• Quadro clínico: lesões vesiculosas, as quais podem se transformar em úlceras 
Se primeiro era bolha e depois virou ulcera= pensar em herpes 
• O paciente pode apresentar lesões tanto oral quanto genital. Além disso, dependendo da 
imunidade pode haver recidiva frequente. 
• Etiologia Herpes simplex vírus (HSV) – tipo 1 e 2 
► DNA vírus (tipo 1: lesões periorais) 
► DNA vírus (tipo 2: lesões genitais) 
 
Tratamento: 
Normalmente o tratamento é tópico com aciclovir pomada com orientação de passar 5 vezes 
ao dia por uma semana. Além disso, pode se usar o tratamento oral quando há muitas lesões ou 
muita recidiva precoces com: 
• Aciclovir 400 mg VO 8/8h (7-10 dias) OU 
• Valaciclovir 1g VO 12/12h (7-10 dias) OU 
• Famciclovir 350 mg VO 8/8h (7-10 dias). 
 
3. HPV (DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE HERPES) 
 
Papillomavirus humano = Condiloma Acuminado 
• Vírus de DNA epiteliotroficos, de dupla hélice com 8 mil pares bases nitrogenadas 
• + de 25 tipos de HPV infectam a região anogenital nos seres humanos 
• Período de incubação: 3 semanas – 8 meses 
• Transmissão: contato sexual direto/indireto (autoinoculação, por fômites, materno-fetal 
transplacentária ou intraparto) 
• Estado imunológico do hospedeiro é um fator importante tanto para suscetibilidade de 
infecção, recidiva e remissão da infecção. 
• Cofatores: estado nutricional, hormonais, dietéticos, fumo, mutações celulares espontâneas 
• Cura está associada a elevação do nível de imunoglobulinas G 
• Reinfecção ocorre mesma na presença de anticorpos circulantes 
 
Sintomas: 
• Subclínica: assintomático (não tratar, haja vista que não transmite) ou sinais incaracterísticos 
(ardor, queimação, sensação “algo andando na pele” 
• Clinica: lesão verrucosa caracterizada por 4 formas: 
► Acuminada: vegetante = crista de galo 
► Plana: no colo uterino “epitélio” branco 
► Invertida: no colo uterino “mosaico” branco 
► Condiloma gigante 
 
*É importante perceber que nos dias de hoje, vários homens apresentam lesões de HPV na base 
do pênis, isso significa que utilizaram camisinha. Entretanto a camisinha masculina não protege a 
base do pênis, assim, seja por uma infecção ou por depilação cria-se uma porta de entrada 
facilitando a contaminação pelo HPV 
 
• Os tipos mais comuns são 6, 11, 16 e 18. Sendo que entre eles o 16 e o 18 são os que 
apresentam maiores problemas porque são precursores do CA de cólon de útero na mulher 
quanto precursor de CA de pênis nos homens 
 
Diagnostico: 
• Genitoscopia(colposcopia, vaginoscopia, vulvoscopia, peniscopia): colposcópio/lupa. Solução 
ácido acético (2% a 5%) > 5 mim → quase não faz mais nos homens 
• Lesões “acetobrancas”: 20% das lesões podem ser visíveis. Azul toluidina (1%), vulva, períneo e 
pênis. 
Assim, após tirar ácido acético se houver persistência de áreas azuladas é indicativo de HPV 
• Em casos subclínicos: utilizar colposcopia + ácido acético para localizar e identificar as lesões 
• Técnicas relacionados a análise do DNA e RNA, 2 métodos: 
► 1. Amplificação do material nuclêico = métodos de reação em cadeia (PCR) 
► 2. Amplificação de sinal = hibridização (captura híbrida) 
 
Diagnostico diferencial: 
1. Doenças Infecto contagiosas: candidíase 
2. DST: lesões sifilíticas, herpes genitais, molusco contagioso 
3. Lesões Benignas da pele: papilomatose escamosa, ceratose seborreica, glândula de Tyson, 
distrofia vulvar, papilomas, líquen escleroso 
4. Neoplasia: papulose Bowenóide, carcinoma das células escamosas, melanomas 
5. Existea captura hibrida porém é muito caro 
 
Tratamento da HPV 
• Depende dos seguintes fatores: 
 Localização da lesão 
 Se multifocal (da mesma região ou de outras) 
 Da extensão (localizadas ou disseminadas) 
 Do tamanho das lesões 
 Da carga viral do material examinado 
 Se oncogênico ou não 
 Da confirmação da presença do vírus 
 
• Medidas gerais: 
► Higiene geral e local 
► Tratamento de enfermidades e infecçõesassociadas 
► Investigar e tratamento do parceiro sexual 
► Evitar relações sexual durante o tratamento 
► Incentivar o uso de preservativos 
 
 
• Tratamento não cirúrgico: 
► Químico: substancia cáusticas, ceratolíticos 
► Qumioterapia: podofilina, thiotepa, fluoracil 
► Nitrogenio líquido 
► Interferon 
 
• Tratamento com substâncias cáusticas 
► Ácido tricloroacético ou ácido acético glacial com resorcina 25% ou ácido nítrico 
fumegante ou água oxigenada 90 volumes ou ácido metacresossulfônico 
► Ceratolítico: ácido salicílico + vit A ácida 
• Tratamento cirúrgico: pode ser por excisão ou por Eletrocauterização 
 
LEMBRAR: O QUE CAUSA CANCER DE PENIS? MÁ HIGIENE E HPV

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