Sistema hemolinfopoiético-sangue

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Sistema hemolinfopoiético-Sangue
Introdução: 
Dentre as funções do sangue está: manutenção do 
volume do fluido corporal; controle térmico do 
organismo; transporte de hormônios; proteção 
através de células e de anticorpos e transporte de 
gases e nutrição. 
Alterações referentes aos eritrócitos: 
 
 
É o aumento do número de eritrócitos, quando há 
uma diminuição do volume de sangue a concentração 
de eritrócitos aumenta, para diminuir o volume pode 
ser por desidratação ou hemoconcentração (relativo). 
O absoluto ocorre quando de fato o número de 
células aumenta, que ocorre quando há um hipóxia 
tecidual (eritropoetina) e por neoplasias renais. 
As consequências do aumento verdadeiro do número 
de eritrócitos: aumenta a viscosidade (pois há um 
aumento de concentração); cianose (o aumento da 
viscosidade diminui a eficiência de trânsito do sangue, 
que compromete o transporte do oxigênio para os 
tecidos), que predispõe a formação de trombos. 
Em uma necropsia observa-se congestão generalizada, 
trombos em vasos principais e hiperplasia da medula 
óssea vermelha. 
 
 
É a diminuição do número de eritrócitos. Ocorre por 
conta da diminuição da produção de hemácias, 
aumento da destruição (hemólise) e perda de sangue 
total (hemorragia). É classificado pela morfologia, 
resposta eritropoética e etiologia. 
1) Morfologia: 
Volume globular médio (VGM) 
➔ Microcítica – volume diminuído 
➔ Normocítica – volume normal 
➔ Macrocítica – volume aumentado 
Concentração de hemoglobina globular média 
(CHGM). 
➔ Hipocrômica – concentração diminuída 
➔ Normocrômica – Concentração normal 
➔ Hipercrômica – Concentração aumentada 
2) Resposta eritropoietica: 
➔ Regenerativa – resposta da medula óssea. Há 
produção de células jovens: reticulócitos/ 
macrócitica. O quadro de anemia regenerativa 
ocorre em casos de hemorragia e hemólise, 
ou seja, quando a causa da anemia é perda e 
destruição de sangue. 
➔ Arregenerativa ou aplástica: em que não há 
produção de células jovens. Está relacionado 
com casos de neoplasias, uremia, doenças 
crônicas, deficiências nutricionais, intoxicação 
por Pteridium aquilinum. 
3) Etiologia: causa 
➔ Anemia por deficiência na produção de 
eritrócitos 
➔ Anemia por hemorragia 
➔ Anemia por hemólise 
➔ Anemia por deficieência deferro (Fe)- 
ferropriva. Ocorrem com mais frequencia em 
leitões e cães de grande porte. Relacionada 
com questões nutricionais, absorção intestinal 
reduzida e perdas crônicas (Ancylostoma sp. 
Haemonchus sp.). Na necropsia observa-se 
palidez, edema, dilatação cardíaca 
➔ Anemia por deficiência de Cobre (Cu). Ocorre 
em todas as espécies, está relacionado a um 
quadro nutricional com redução de 
ceruloplasmina. 
➔ Anemia por deficiência de Cobalto (Co)- 
Inanição. Ocorre em ruminantes, está 
associado a quadro nutricional com redução 
de vitamina B12 no rúmen, por conta das 
bactérias- Cianocobalamina que faz a 
manutenção de eritrócitos na eritropoese. Ma 
necropsia observa-se caquexia, hipotrofia 
gelatinosa do tecido adiposo. 
➔ Anemia nas doenças crônicas e neoplasias: 
ocorre em todas as espécies (anemia não-
regenerativa). Diminuição do tempo médio de 
vida de eritrócitos. Há um sequestro de ferro 
por macrófago e resposta reduzida da MO à 
anemia, as hepatopatia causa um diminuição 
de produção. 
➔ Anemia aplástica (MO hipocelular): está 
relacionada a problemas infecciosas como 
Policitemia (eritrocitose) 
Anemia 
VLF, erliquiose, parvovirose. Também pode 
ocorrer por drogas como cloranfenicol, 
furazolidona e estrógenos. Agentes físicos 
como raio-x e intoxicações por Pteridiu 
aquilinum (bovinos e ovinos) e pancitopenia 
aplástica em cães e gatos. 
➔ Anemia urêmica: por insuficiência renal; que 
ocorre devido a redução da produção de 
eritropetina, depressão tóxica da eritropoese 
(catabólitos), hemólise pela uréia e a 
creatinina e perda de sangue pelos rins ou 
TGI. 
 
 
➔ Anemia por desnutrição: redução de 
carboidratos, proteínas, lipídeos, vitaminas e 
minerais. 
➔ Anemia por 
hemorragia: perda de sangue 
aguda por coagulopatias, 
úlceras estomacais e 
duodenais, traumatismos, 
neoplasias invasivas e 
cirurgias. 
Perda de sangue crônica- 
ocorre por ectoparasitas hematófagos, 
endoparasitas hematófagos e úlceras no TGI 
➔ Anemia hemolítica- intracelular: ocorre 
dentro das células no sistema fagocitário – as 
hemácias são sequestradas e destruídas por 
macrófagos e é melhor representado pelo 
baço, ou seja, ao passar no baço a hemácia for 
vista com defeito ou parasita é fagocitada por 
macrófagos, levando a uma esplenomegalia. 
A intravascular ocorre dentro dos vasos, tem-
se uma hemoglobinemia, ou seja, 
hemoglobina solta no plasma, vai impregnar o 
rim com hemoglobina e levará a um quadro 
de hemoglobinúria e a urina fica mais escuras 
o que leva a problemas renais 
➔ Anemia hemolítica imunomediada: formação 
de anticorpos contra as hemácias, o que leva 
a uma alteração da forma da hemácia o que 
faz com que os macrófagos fagocitem essas 
hemácias. Como ocorre no lúpus eritrematoso 
sistêmico. 
Pode 
acontecer 
dentro das 
células que 
fagocitou as 
hemácias. 
Alguns agentes 
podem induzir 
essa anemia 
hemolítica 
imunomediada como é o caso do quinina, 
penicilina, inseticidas, sulfonamida. 
➔ Anemia infecciosa equina- imunomediada: 
leva a uma hemólise intracelular causado pelo 
retrovírus equino, tem como vetores o 
Stomoxys calcitrans, Tabanus sp, Anopheles 
sp. Na necropsia encontra-se icterícia, palidez, 
hemorragias focais disseminas, hepato-
esplenomegalia, MO acentuadamente 
vermelha- está ocorrendo uma destruição de 
hemácias, a MO começa a produzir mais 
hemácias e se torna hiperplásica. 
 
 
 
Causada pela Leptospira, que leva a uma condição de 
hemólise intravascular e causa lesões no fígado, no 
rim e aborto. Pode ocorrer uma infecção transcutânea 
e mucosa conjuntival. 
Na necropsia encontra-se icterícia, anemia, nefrite 
intersticial difusa, quadro hemorrágico. 
 
 
Em bovinos é causada pelo Babesia bovis ou 
B.bigemina. Em equinos é causada pelo B. equi e B. 
caballi. E em cães é causada pelo B. canis. O vetor é 
o carrapato e ocorre uma hemólise intravascular por 
ação direta do parasita. Mas pode ocorrer intracelular 
também, pois há destruição tanto fora quanto dentro 
da circulação. 
Na necropsia observa-se palides, icterícia, sangue 
pouco viscoso, hemoglobinúria, nefrose, 
esplenomegalia, e sinais nervosos (B. bovis). 
Úlceras e petéquias- IR 
Esplenomegalia Hemoglobinúria 
Leptospirose 
Babesiose 
Causadas por gênero de Anaplasma, atinge 
principalmente os bovinos, tem como vetores 
carrapatos, moscas, agulhas e sofre uma hemólise 
intracelular. 
Na necropsia encontra-se palidez de mucosas, 
icterícia, sangue pouco viscoso, esplenomegalia, 
equimoses e dilatação cardíaca com equimoses. 
 
 
Por agentes químicos e vegetais. 
1) Compostos oxidativos (oxidam a hemoglobina e 
forma um corpúsculo de Heinz que se encontra 
dentro da hemácia e sinaliza oxidação e causa 
hemólise). 
➔ Paracetamol, azul de metileno em gatos 
➔ Intoxicação por Cobre- ovinos, bovinos e 
suínos 
➔ Cebola- bovinos, cães e equinos 
➔ (n-propil dissulfito) transforma a 
hemoglobina em meta-hemoglobina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ocorre devido a oxidação do ferro e essa oxidação 
torna o ferro incapaz de ligar ao O2. A hemácia quase 
perde sua função. E pode ocorrer por intoxicação de 
nitrito/nitrato devido a Brachiaria radicans e 
pastagens recém adubadas. 
 
Ocorre devido a intoxicação por carbono, por inalação 
de fumaça. Pode levar a morte do animal. 
Alterações de plaquetas/ trombócitos: 
 
 
Aumento do número de plaquetas, é um quadro mais 
raro, mais comumente encontrado em gatos com 
leucemia e tem como consequência a trombose.,síndrome da hiperviscosidade .Pode estar no quadro 
regenerativo de anemia. 
 
 
Diminuição do número de plaquetas. Pode ser 
causada por coagulopatias (CID), infecciosa: Erlichia 
platys, diminuição da produção- causando uma 
aplasia da medula. Consequência: hemorragia. 
Alterações de leucócitos: 
 
São oriundas da diferenciação das células tronco, 
maduros exercem suas funções. 
 
 
Aumento do número circulante de leucócitos, acima 
do valor de referência que se considera normal para 
espécie. Pode ocorrer de forma fisiológica, reativa, 
por estresse e proliferação. As causas de leucocitose 
são infecciosa, efeito de esteroides, desordens, 
mieloproliferativas, tecidual e severa inflamação, 
gestação e parição nas cadelas, desordens 
linfoproliferativas (linfossarcoma e leucemia). 
 
 
Diminuição do número circulante de leucócitos. A 
leucopenia ou agranulocitose é quando a medula 
Anaplasmose 
Anemia hemolítica 
Nefrose hemoglobinúrica 
Icterícia por intoxicação cúprica 
Metahemoglobinemia 
Carboxi-hemoglobinemia 
Trombocitose 
Trombocitopenia 
Leucocitose 
Leucopenias 
óssea para a produção de glóbulos brancos, deixando 
o corpo desprotegido contra as bactérias e outros 
agentes que podem invadir os tecidos. Causas de 
Leucopenia serão citadas: Doenças Virais, Infecção 
Bacteriana Maciça, Anafilaxia, Drogas Tóxicas e 
Substâncias Químicas, Neoplasia de Medula Óssea, 
Toxemia Endógena (uremia). 
 
 
As principais alterações são neoplásicas. 
➔ Doenças mieloproliferativas: leucemias 
agudas e crônicas 
➔ Doenças linfoproliferativas:leucemia 
linfocítica e linfossarcoma (linfoma canino, 
felino, equíno e suíno; leucose enzoótica 
bovina e esporádica bovina). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A leucemia linfocítica há proliferação de células 
neoplásica na medula e no sangue circulante. No 
linfoma a proliferação das células neoplásicas se dá 
nos tecidos linfoides e quadro hematológico 
relativamente normal 
Alterações neoplásicas: 
Leucemia linfocítica