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RESUMO DE FISIOLOGIA AV2

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RESUMO DE FISIOLOGIA – AV2 – ESTÁCIO – HELOÍSA NOGUEIRA
SANGUE: O sangue humano é constituído por um líquido amarelado, o PLASMA, e por células e pedaços de células, genericamente denominados ELEMENTOS FIGURADOS (hemácias, plaquetas e leucócitos).
 O sangue é um tecido histológico dinâmico totalmente diferente de todos os outros. As hemácias dão a cor vermelha ao sangue e transporta oxigênio, elas estão em maior quantidade. As plaquetas são fragmentos celulares. Os leucócitos são os glóbulos brancos.
 O plasma é uma solução heterogênea, possui uma parte líquida formada por várias substâncias orgânicas (70% é água).
Eritrócitos ou hemácias (Glóbulos Vermelhos): Células anucleadas encontradas em maior quantidade nos homens do que nas mulheres (homens têm maior hematócrito, que é o percentual de hemácias por mm³ de sangue). Possui forma discóide e dura apenas 120 dias na corrente sanguínea. São formadas pela hemoglobina (Hb). A hemoglobina é formada por uma proteína (GLOBINA) com quatro cadeias ligadas por moléculas de ferro, que transportam O2. A globina é uma proteína complexa, globulosa e quaternária. Além dessa proteína, a hemoglobina também é formada pela parte chamada HEME, formada pelas quatro moléculas de ferro + corantes (estrutura cromófora). Por possuir quatro moléculas de Fe, cada hemácia pode transportas quatro moléculas de O2.
A eritropoese (hematopoese), ou seja, a formação das hemácias ocorre na medula vermelha dos ossos chatos (esterno, ilíaco, costelas e cabeça do fêmur), no baço, no timo e nos nódulos linfáticos. Na medula óssea vermelha temos as células tronco ou células totipotentes. Essas células têm capacidade de dar origem a vários tipos diferente de células como: glóbulos brancos, macrófagos, linfócitos, plaquetas e hemácias. Para que essas células possam produzir hemácias há necessidade de receber o estímulo do ferro, do ácido fólico, da vitamina B12 e do hormônio Eritropoetina (produzido nos rins). Por ser produzido nos rins, o paciente renal crônico tem deficiência de sua produção, sendo forte candidato a produzir anemias.
Eritrocitose → Aumento de glóbulos vermelhos no sangue, geralmente se dá por uma adaptação fisiológica do organismo a locais de altitude elevada, onde o ar é rarefeito e precisamos de mais oxigênio.
Eritropenia → Baixa de hemácias no sangue= ANEMIAS. Gera cansaço e deficiência respiratória.
Anemias Carencias: Surgem por deficiência de determinados nutrientes na dieta. A anemia provocada pela falta de Ferro é chamada anemia ferropriva; a anemia por falta de vitamina B12 é a anemia perniciosa.
Anemias Espoliativas: São resultado da perda de sangue causada por algumas doenças, como amebíase, amarelão, úlcera e gastrite.
Anemias Hereditárias: São de base genética. Na Talassemia ou “Anemia do Mediterâneo” há desequilíbrio na produção de cadeias beta da hemoglobina, causando a produção deficiente de moléculas normais. Já a “Anemia falciforme” resulta da substituição de um único aminoácido na cadeia beta (ácido glutâmico por valina) na hemoglobina. Submetidas a baixas concentrações de oxigênio, as hemácias adquirem um aspecto de uma foice e são destruídas.
Anemias Aplásticas: São originadas de doenças que comprometem a medula óssea vermelha, acarretando diminuição na produção de glóbulos vermelhos e demais células do sangue. Ex: Leucemia.
Leucócitos ou Glóbulos Brancos: São células especializadas na defesa do organismo, combatendo vírus, bactérias e outros agentes infecciosos através de fagocitose. Fagocitam (englobam) o elemento estranho.
São divididos em GRANULÓCITOS: Neutrófilos (núcleo trilobulado), Eosinófilos (núcleo bilobulado, fagocitam apenas determinados elementos, aumentam nos processos alérgicos e doenças provocadas por parasitos intestinais) e Basófilos (grânulos citoplasmáticos muito grandes, chegando a mascarar o núcleo, liberam heparina que é anticoagulante e histamina que é vasodilatadora liberada em processos alérgicos); e AGRANULÓCITOS (mais específicos, dão origem a anticorpos específicos): Linfócitos (núcleo muito condensado ocupando quase toda a células) e Monócitos (núcleo em forma de rim ou ferradura, saem dos vasos e atuam no local englobando bactérias, vírus e fungos no processo inflamatório).
Linfócitos T:
Linfócitos T auxiliares: orientam os linfócitos B na produção de anticorpos;
Linfócitos T supressores: determinam o momento de parar a produção de anticorpos;
Linfócitos T citotóxicos: produzem substâncias que mudam a permeabilidade das células invasoras (bactérias) ou de células cancerosas, provocando sua morte.
Linfócitos B:
Originam os plasmócitos do tecido conjuntivo, são responsáveis pela produção de anticorpos específicos.
Monócitos:
Podem atravessar os vasos por diapedese (movimento das células de defesa para fora dos vasos sanguíneos) e alojar-se em outros tecidos, dando origem a diferentes tipos celulares como: Macrófagos (nos tecidos conjuntivos de propriedades gerais), Células de Kupffer (no fígado) e Micróglia (no tecido nervoso).
Plaquetas ou Trombócitos: São minúsculos discos redondos ou ovais que participam do processo de coagulação sanguínea. Representam fragmentos de megacariócitos, que são células brancas extremamente grandes formadas na medula óssea.
Na trombocitopenia há redução do número de plaquetas no sangue. Gera grande número de minúsculos pontos hemorrágicos na pele e nos tecidos profundos. Pode ser determinada geneticamente, porém a maioria dos casos resulta de intoxicação. Já na trombocitose ocorre aumento do número de plaquetas no sangue, que pode levar à formação de trombos (coágulos), predispondo à trombose (solidificação do sangue dentro dos vasos), geralmente determinada geneticamente.
Coagulação Sanguínea: É o mecanismo de Hemostasia (impedimento de perda sanguínea).
1° - Espasmo vascular: Imediatamente após a ruptura ou o corte de um vaso sanguíneo ocorre vasoconstrição (contração) do vaso sanguíneo lesado.
2° - Formação de tampão plaquetário: Acúmulo de plaquetas para formar um tampão plaquetário no vaso lesado (adesividade das plaquetas no local da lesão e aderência das plaquetas entre si, formando um coágulo mole acima da ferida).
3° - Coagulação Sanguínea: As proteínas fibrinogênio e protrombina são ativadas, ativando a cascata de coagulação sanguínea. A tromboplastina estimula a protrombina produzindo a trombina. A trombina + vitamina K + Ca+ vão ativar o fibrinogênio que ativado se transforma na fibrina. A fibrina forma uma rede em cima do tampão plaquetário, fazendo um coágulo duro acima da ferida (é a casquinha da ferida = rede de fibrina).
4° - Regeneração: Crescimento de tecidos fibrosos no coágulo sanguíneo para obturar o orifício do vaso.
SISTEMA CARDIOVASCULAR: O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do coração.
 As funções desse sistema são: 
- Transporte de nutrientes absorvidos pelo trato gastrointestinal para o resto do corpo.
- Transporte de produtos de excreção das células ou órgãos onde são formadas para os órgãos excretores.
- Regulação da temperatura corpórea (principalmente nos endotérmicos), transferindo calor das partes mais internas para a superfície, onde o mesmo pode ser dissipado.
- Transporte de gases; O2 dos órgãos respiratórios para os tecidos e CO2 no sentido oposto.
- Transporte de hormônios e produtos metabólicos de uma parte do corpo para a outra.
- Defesa contra agentes patogênicos, permitindo a ação de processos imuno-celulares desempenhados pelo sangue por todo organismo e coagulação sangüínea.
 Vasos sanguíneos: São tubos pelos quais o sangue circula. Há três tipos principais: artérias, que levam sangue do coração ao corpo; veias, que o reconduzem ao coração; e capilares, que ligam artérias e veias. 
 Num circuito completo, o sangue passa pelo coração duas vezes: primeiro, rumo ao corpo; depois, rumo aos pulmões.
 As artérias suportam maior pressão do sangue,pois possuem uma camada muscular mais espessa do que as veias, sendo mais resistentes que as veias. Elas levam sangue rico em oxigênio a todas as células do corpo. As artérias mais estreitas chamam-se arteríolas.
 As veias são mais elásticas e superficiais, trazem o sangue ao coração com menor pressão. Elas trazem o sangue rico em gás carbônico ao coração e deste aos pulmões para as trocas gasosas. As vênulas originam as veias.
 Os capilares são formados somente pelo endotélio e neles que ocorrem as trocas entre a matriz celular e as células. Quando os capilares se enchem de CO2 se transformam em vênulas; estas se juntam e formam uma veia.
Coração: Órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora dupla, cada uma com um átrio e um ventrículo, separados por tecido fibroso. 
 É formado pelo tecido muscular estriado cardíaco, que constitui a camada média ou miocárdio. A camada interna chama-se endocárdio, e a camada externa, epicárdio. Este conjunto é revestido pelo pericárdio (bolsa fibrosa).
 Tem a forma aproximada de um cone truncado. Apresenta uma base (superior), um ápice (inferior) e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar). Sua maior porção se encontra à direita do plano mediano. Fica disposto obliquamente, de tal forma que a base é medial e o ápice é lateral. Na base encontramos os vasos da base do coração (vasos por onde o sangue chega e sai do coração). Está localizado na região chamada mediastino médio (no meio dos pulmões).
 Os Átrios são separados entre si por septos musculares. O mesmo ocorre entre ventrículos.
Morfologia interna do coração: A cavidade cardíaca apresenta septos, subdividindo-a em quatro câmaras:
Septo átrio-ventricular (direito e esquerdo): são também chamados horizontais, divide o coração em duas porções, superior e inferior. 
Estes septos são providos de dispositivos que permitem a passagem do sangue dos átrios para os ventrículos: são as válvulas atrioventriculares. A válvula é formada por uma lâmina de tecido conectivo denso recoberta pelo endocárdio. A direita recebe a denominação de válvula tricúspide e a esquerda é conhecida como válvula bicúspide ou válvula mitral. Na A. Aorta temos a valva aórtica (VE), e na A. pulmonar temos a valva pulmonar (VD), estas duas são as semilunares, são mais simples e se fecham após os ventrículos ejetarem o sangue para os átrios.
Essas valvas impedem que o sangue retorne aos átrios por possuírem cordas tendíneas que se ligam à músculos papilares nos ventrículos, que controlam a abertura e o fechamento das valvas. Quando o sangue vem do átrio e passa pro ventrículo a válvula atrioventricular está aberta, mas quando o ventrículo vai se contrair ela se fecha para aumentar a pressão no ventrículo e impedir o refluxo do sangue. Se a pessoa tiver um defeito na válvula bicúspide, ocorrerá sempre o refluxo de sangue para o átrio, fazendo com que pouco sangue chegue até as células, podendo gerar até mesmo morte celular (por falta de O2 do sangue). A pessoa terá seu débito cardíaco diminuído.
 
Circulação do sangue: Se faz por meio de duas correntes sanguíneas, as quais partem ao mesmo tempo do coração. 
Circulação pulmonar ou pequena circulação:
Ventrículo direito artéria pulmonar pulmões veias pulmonares átrio esquerdo.
Circulação sistêmica ou grande circulação:
Ventrículo esquerdo artéria aorta sistemas corporais veias cavas átrio direito. 
Nodo sinoatrial ou Marcapasso: É quem envia o potencial de ação. Formado por tubos auto-excitáveis, não precisam de estímulos externos para se despolarizar. As fibras de marcapasso geram potencial de ação e enviam aos miócitos dos átrios e as fibras do nodo átrio ventricular localizadas próximas ao septo interventricular. Neste local, o potencial de ação sofre um retardo e depois é enviado às fibras de Hiss que são fibras de condução rápida do potencial de ação. Essas fibras estão localizadas entre os ventrículos. A seguir, o potencial de ação é enviado as fibras de Purkinje que percorrem todos os ventrículos levando o potencial de ação aos miócitos cardíacos que então produzem a contração dos ventrículos.
Estrutura e Atividade Elétrica do coração: Paredes do Coração e Músculo Cardíaco: FIBRA MUSCULAR ESTRIADA CARDÍACA. O miocárdio é responsável pela contração do coração, e é formado por fibras chamadas de miócitos cardíacos. Os miócitos estão entrelaçados formando treliças, ou sincícios cardíacos que geram o que chamamos de sinapses elétricas, que vão se contrair ao mesmo tempo de maneira rápida, sem fadiga e nas duas direções, sem parar.
 O coração não para de se contrair, porque não é dependente do sistema nervoso central. Ou seja, as fibras do coração, diferente dos neurônios, se despolarizam espontaneamente. Apesar do ritmo cardíaco não depender do sistema nervoso central, pode ser influenciado pelo simpático e pelo parassimpático (que são ramos do sistema nervoso periférico). O simpático acelera o ritmo cardíaco porque libera adrenalina ou noradrenalina (provoca taquicardia), enquanto o parassimpático diminui o ritmo cardíaco (bradicardia).
 Através do eletrocardiograma (ECG) podemos observar se o ritmo do coração está saudável, medindo a atividade elétrica do coração. Funciona com o registro da variação dos potenciais elétricos gerados pela atividade do coração, feitos por eletrodos. É o exame de eleição nas emergências cardíacas. O registro forma um gráfico que mostra a variação dos PA no tempo, gerando uma onda linear. Estas ondas seguem um padrão rítmico. Os PA são gerados a partir da despolarização e repolarização das células cardíacas. As ondas e seus intervalos entre elas são analisados quanto à sua configuração, altura e comprimento. Existem valores de normalidade de tempo pré-definidos. Potenciais elétricos são vistos com auxílio de osciloscópio ou registrados em papel quadriculado (mais comum).
ONDA P → Despolarização atrial, seguida da sístole atrial. Propagação da atividade elétrica nos átrios (Hipertrofia atrial causa aumento na altura e/ou duração da onda P)
COMPLEXO QRS → Despolarização ventricular, seguida da sístole ventricular. Propagação da atividade elétrica nos ventrículos
ONDA T → Repolarização ventricular. Relaxamento dos músculos ventriculares (Sua inversão indica processo isquêmico).
ONDA U → Repolarização ventricular tardia. Dificilmente registrada.
ECG ANORMAIS:
TAQUICARDIA:
 Não possui o Complexo QRS, possui muitas ondas e elevações. A pessoa está sob domínio do sistema simpático, neurotransmissor é adrenalina ou noradrenalina.
BRADICARDIA:
 A pessoa está relaxada, sob domínio do sistema parassimpático, neurotransmissor é acetilcolina.
 
ARRITMIA:
 O coração está com batimentos irregulares, não está bem, pode levar ao óbito. O coração ora está com batimentos elevados, ora à beira da parada. 
 
 O coração não é como os músculos esqueléticos, que precisam de uma ordem do sistema nervoso, acetilcolina, etc, ele é independente do sistema nervoso central. Ele possui o Nodo Sinoatrial ou Marcapasso que envia o potencial de ação. Formado por tubos auto-excitáveis, não precisa de estímulos externos para se despolarizar. As fibras de marcapasso geram potencial de ação e enviam aos miócitos dos átrios e as fibras do nodo átrio ventricular localizadas próximas ao septo interventricular. Neste local, o potencial de ação sofre um retardo e depois é enviado às fibras de Hiss que são fibras de condução rápida. Essas fibras estão localizadas entre os ventrículos. A seguir, o potencial de ação é enviado as fibras de Purkinje que estão em íntimo contato com os miócitos dos ventrículos, quando estes recebem os potenciais de ação eles se contraem, é a sístole ventricular. Quando os átrios recebem os potenciais de ação eles se contarem, é a sístole atrial.
 Portanto, os átrios recebem os potenciais elétricos antes dos ventrículos, porque quando os potenciais chegam eles sofrem um pequeno atraso porque as fibras são menores, o que dá um retardo. Então, os miócitos dos átrios se contraem ligeiramenteantes do que os miócitos dos ventrículos, por isso dizem que o coração é uma bomba dupla.
Potencial de Ação Cardíaco: 
Despolarização e polarização invertida, com geração de um PA, marcado pela abertura dos canais rápidos de Na+ voltagem dependentes. Influxo de Na+, passando o potencial de membrana de negativo para positivo. Gera a onda despolarizante.
Despolarização induz a abertura dos canais de Ca++ e o influxo do íon para a fibra.
Repolarização, com fechamento dos canais de Na+, abertura dos canais de K+ e ativação da bomba de Na+K+ATPase. 
Ciclo cardíaco ou Fases da Contração Cardíaca:
 Ciclo cardíaco é o ciclo completo de contração (sístole) e relaxamento (diástole) das câmaras cardíacas  corresponde a um batimento cardíaco.
Enchimento ventricular passivo: Desaceleração importante do fluxo AV. As válvulas AV se abrem (80% do enchimento ventricular ocorre nessa fase). Temos as veias enchendo os átrios (ativamente) e também os ventrículos (passivamente, pois as valvas atrioventriculares estão abertas) até 80% de sua capacidade. Chega um momento que os átrios tem sua capacidade toda preenchida e a pressão aumentada e então ocorre a sua contração.
Contração atrial: Há o término do enchimento ventricular, o enchimento dos demais 20% ventriculares ocorre nessa fase, deixando-os 100% cheios. Cheios, os ventrículos têm sua pressão aumentada, levando à sua contração.
Contração ventricular isovolumétrica: Início da contração ventricular. Pressão ventricular é Superior à atrial e as válvulas atrioventriculares fecham-se, através do puxar das cordas tendíneas, para que não haja refluxo do sangue para os átrios; ouve-se um som, que é a 1ª Bulha Cardíaca. 
Ejeção ventricular: Pressão no interior do ventrículo esquerdo passa a ser maior que a aórtica (abre-se a válvula aórtica) e há a ejeção do sangue para a aorta.
Relaxamento ventricular isovolumétrico: Pressão ventricular inferior à pressão aórtica, mas ainda superior à pressão atrial. Válvulas fechadas, sem alteração de volume; 2ª Bulha Cardíaca.
Débito cardíaco: volume de sangue bombeado pelo coração por minuto → aproximadamente 5 litros/minuto em um adulto em repouso (também chamado volume-minuto cardíaco). A pulsação corresponde às variações de pressão sangüínea na artéria durante os batimentos cardíacos. Se a pessoa tiver uma valvulopatia ela mandará menos sangue por minuto, o que gerará a necrose de muitas células, por falta de oxigênio.
Pressão Arterial: É a pressão exercida pelo sangue contra a parede das artérias. Medição: esfigmomanômetro.
 Em um adulto com boa saúde, a pressão nas artérias durante a sístole ventricular – pressão sistólica ou máxima – é da ordem de 120 mmHg (milímetros de mercúrio). Durante a diástole (relaxamento do ventrículo), a pressão diminui, ficando em torno de 80 mmHg; essa é a pressão diastólica ou mínima. Essa pressão normal é adotada para adultos (18 – 65 anos) saudáveis. Mulheres tem tendência a ter pressão mais baixa. Idosos tendem a ter pressão mais alta (140/90 mmHg).
 Hipertensão: Distúrbio mais comum da pressão arterial caracterizado pela PA persistentemente elevada. Fator de elevado índice de morte por derrame e infarto do miocárdio. Risco de hipertensão: História familiar, obesidade e sedentarismo (formação de placas de ateroma), fumo, consumo intenso de álcool, altos níveis de colesterol e fatores estressantes. O uso de sal em excesso na alimentação faz com que haja um acúmulo de líquido nos tecidos (excesso de osmolaridade, excesso de água). A água passará para os vasos, dificultando a passagem e fazendo o coração ter que trabalhar com mais força, aumentando a pressão arterial.
SISTEMA RESPIRATÓRIO: É dividido em três zonas.
Zona de Transporte Gasoso: Leva o ar para dentro e para fora dos pulmões. Responsável pelo aquecimento, purificação e umidificação do ar que entra pelas fossas nasais. Composta por: fossas nasais ou boca, faringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos. Nessas estruturas temos cílios ou muco que vão purificando o ar.
LARINGE → O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais capazes de produzir sons durante a passagem de ar. É um tubo sustentado por peças cartilaginosas situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. 
EPIGLOTE → funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote, impedindo que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias.
TRAQUÉIA → tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento. Possui paredes reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões.
ÁRVORE BRÔNQUICA OU RESPIRATÓRIA → conjunto altamente ramificado de bronquíolos.
Zona de Transição Respiratória: É uma zona muito pequena. É composta pelos bronquíolos respiratórios ou terminais (ficam no final dos bronquíolos), que são uma ponte entre os bronquíolos e os alvéolos. Nesses bronquíolos respiratórios já começam a ocorrer pequenas trocas respiratórias.
Zona Respiratória: É onde ocorre a HEMATOSE ou TROCA RESPIRATÓRIA (trocar CO2 por O2). É composta pelos sacos alveolares, que possuem milhares de alvéolos.
Funções do Sistema Respiratório: Promover a HEMATOSE (troca respiratória); Regulação do pH do plasma sanguíneo; Produção da enzima ECA (Enzima Conversora de Angiotensina) e Fonação.
Mecânica Respiratória:
A∙ Situação Basal / Repouso: 
Inspiração: contração do diafragma e dos músculos intercostais diafragma abaixa e costelas elevam-se aumento da caixa torácica o pulmão se expande redução da pressão interna entrada do ar.
Expiração: relaxamento do diafragma e dos músculos intercostais diafragma eleva-se e costelas abaixam diminui o volume da caixa torácica pulmão se contrai aumento da pressão interna saída do ar.
B∙ Situação de Respiração Forçada (exercício ou pneumopatia):
Inspiração: contração do diafragma, dos intercostais externos e dos músculos acessórios da respiração forçada.
Expiração: relaxamento do diafragma, dos intercostais externos e dos acessórios, e contração de músculos abdominais.
Hematose ou Trocas Gasosas:
A∙ Perfusão Pulmonar (relativo ao fluxo do sangue que sofrerá as trocas gasosas):
 VD (rico em CO2) ARTÉRIA PULMONAR ARTERÍOLAS (já nos pulmões) REDE CAPILAR (trocas) 
Rede capilar
VÊNULAS
 (rico em O)
 
 VEIA PULMONAR 
 AE 
 VE 
 A. AORTA
 CORPO
O
2
CO
2
Alvéolo
B∙ Pulmões: Ficam dentro de uma gaiola óssea e muscular, formada pelas costelas, osso esterno e diversos músculos. São formados por um parênquima esponjoso rico em fibras elásticas. Possui a propriedade de “COMPLACÊNCIA PULMONAR”, capacidade de se expandir e voltar ao tamanho normal. Um pulmão comprometido por cigarros, pneumonia ou outros problemas, perde sua complacência pulmonar, dificultando a respiração.
 São envolvidos por duas membranas, chamadas pleuras: a pleura parietal e a visceral. Entre as pleuras encontra-se o líquido pleural que evita o atrito e torna a pressão interpleural negativa na inspiração, facilitando a entrada do ar nos pulmões. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. 
OBS: O pneumotórax ocorre quando há uma lesão da pleura e o ar que deveria estar apenas no dentro do pulmão, começa a vazar para a cavidade torácica. Como o pulmão fica insuflado devido à pressão negativa do tórax, qualquer vazamento de ar para essa região eleva a pressão e favorece o colabamento do mesmo. O ar que deveria estar expandindo o pulmão, está agora do lado de fora, comprimindo-o e fazendo-o murchar. Um pneumotórax (pneumo = ar) é exatamente o que seu nome diz, "ar no tórax". Qualquer lesão perfurante ou de alto impacto no tórax pode causar um pneumotórax, incluindo acidentes automobilísticos, facadas, lesões por arma de fogo, fraturas da costela, etc. Quando alguém tiver levado uma facada, por exemplo, devemos comprimir aquele local, evitando a entrada de ar.
C∙ Diafragma: A base de cada pulmãoapóia-se no diafragma, músculo que separa o tórax do abdômen e promove, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.  Está localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma
D∙ Alvéolos: São estruturas delicadas que têm como função realizar as trocas gasosas. São formados por células denominadas “pneumócitos”. Possuem um líquido, SURFACTANTE, produzido pelos pneumócitos que tem característica de lubrificante e impede a colabação dos alvéolos, diminuindo a tensão superficial. Quem estimula os pneumócitos a se amadurecerem e produzirem o surfactante é o cortisol.
 Se os alvéolos tivessem suas paredes colabadas, morreríamos asfixiados, isso ocorre na SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA, que ocorre em alguns recém nascidos prematuros com a colabação dos alvéolos no momento da primeira expiração.
 Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares sangüíneos e penetra nas hemácias, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico (CO2) é liberado para o ar (processo chamado hematose). 
 Na pneumonia a pessoa fica com pus e sangue dentro dos alvéolos, portanto ela terá dificuldade para fazer trocas gasosas, mudança de pH, falta de O2 em muitas células, o que vai levar muitas células à morte, a pessoa fica desanimada, com falta de ar, etc. Isso ocorre também no câncer de pulmão e na enfisema pulmonar (perda de elasticidade e de complacência pulmonar) que ocorre nos fumantes.
E∙ Fatores que facilitam as trocas gasosas:
Área pulmonar total: Quanto maior a área, maior a velocidade de difusão dos gases.
Lei dos Gases O2 e CO2: Os gases passam de um local onde estão em maior pressão para outro onde estão em menor pressão. Neste caso, dentro do alvéolo há na inspiração, maior volume de O2 do que nos capilares sanguíneos.
Espessura da Membrana Hemato-respiratória: Os gases se movimentam com maior velocidade através de locais de pouca espessura. A membrana respiratória é o local de contato entre células de menor espessura no nosso organismo e por isso facilita a difusão dos gases.
No espaço de contato entre a membrana basal do capilar e a membrana basal dos alvéolos temos o líquido intersticial, na membrana Hemato-Respiratória. O CO2 vai do capilar pra dentro do alvéolo, e o O2 vai de dentro do alvéolo para dentro do capilar.
 Essa membrana é composta por: Endotélio do capilar, Membrana basal do Endotélio, Líquido Intersticial, Membrana Basal do Alvéolo e o Epitélio do Alvéolo.
G∙ Controle Neural da respiração:
A respiração é controlada automaticamente (involuntariamente) por um centro nervoso localizado no bulbo Centro Respiratório (CR). O controle é feito pelo bulbo com auxílio da ponte.
Controle involuntário através do bulbo e auxiliado pela ponte: Em condições normais, CR produz, a cada 5 segundos, um impulso nervoso que estimula a contração da musculatura torácica e do diafragma, fazendo-nos respirar, mesmo dormindo.
 CO2 no plasma: neurônios periféricos avisam o bulbo, que manda sinais estimulatórios para o diafragma aumento da freqüência e amplitude dos movimentos respiratórios.
 CO2 no plasma: íons H+ pH acima do normal (alcalose) depressão do CR redução da freqüência e amplitude dos movimentos respiratórios.
Controle da freqüência respiratória em situações especiais:
[ ] O2 nos alvéolos: estimulação do CR aumento da freqüência e amplitude dos movimentos respiratórios.
	 locais de altitude elevada ar rarefeito;
	 infecções respiratórias.
Ansiedade e estados ansiosos: liberação de adrenalina aumento da freqüência e amplitude dos movimentos respiratórios hiperventilação alcalose contrações dos músculos de todo o corpo (tetania).
Deglutição, vômito, canto, fala, riso, soluço: situações em que o córtex inibe o controle involuntário da respiração pelo bulbo por um pequeno espaço de tempo.
SISTEMA RENAL:
 Possui função de filtração do sangue e função endócrina. Quando filtra o sangue retira as excretas ou resíduos celulares (ácido úrico, uréia, creatina), retira substâncias tóxicas (pesticidas, drogas farmacológicas, outras drogas), retira o excesso de H2) e poupa quando em pouca quantidade no organismo (controle hídrico) e libera íons em excesso, controlando assim o pH do plasma sanguíneo: H+ em excesso → urina (controle eletrolítico).
 Além dessas funções, os rins têm também função endócrina, eles produzem e libera três hormônios importantes a vida. 
 O primeiro é o Hormônio Eritropoetina que é produzido nos rins, liberado na corrente sanguínea, que vai até a medula óssea vermelha e estimula a produção de Eritrócitos ou Hemácias. Os rins também liberam a vitamina D3 ativada, ou 1,25 Di (OH) Colecalciferol, que promove absorção de cálcio (da dieta alimentar) nos intestinos. Além disso, os rins também produzem a renina. A Renina é produzida no aparelho justaglomerular (nos rins) e liberada quando existem casos de desidratação, diarréia, pequenas hemorragias ou vômitos; quando há diminuição de água no organismo, consequentemente queda da pressão arterial.
 Quando a Renina é liberada ela vai até o fígado, onde temos uma proteína chamada Angiotensinogênio. A Renina irá transformar o Angiotensinogênio em Angiotensina I; esta vai pela corrente sanguínea chegando até os pulmões, onde temos a Enzima Conversora de Angiotensina (ECA). A ECA irá transformar a Angiotensina I em Angiotensina II. A Angiotensina II é que irá resolver o estado de queda de pressão que desencadeou todo esse processo, ela gera os seguintes efeitos: vasoconstrição, aumento da sede, liberação de ADH (impede que a urina elimine muito líquido, poupador de água), liberação de Aldosterona (reabsorção de sódio e cloreto nos rins) e aumento da pressão arterial.
CONTRÁRIO AO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA: Quando há aumento da pressão arterial o coração libera o fator natriurético atrial que irá diminuir a pressão arterial. Esse fator fará as seguintes ações: Aumenta a secreção de cloreto de sódio na urina; inibe o ADH (antidiurético), promovendo assim aumento da secreção de água na urina. Essas duas ações promovem a diminuição da pressão arterial
Aspectos Morfológicos do Sistema Renal:
 Rins (2): formação da urina
 Pelve renal (cálices menores e cálices maiores): início do principal ducto excretor do rim, o ureter. A porta de entrada de vasos sanguíneos, fibras neurais e ureteres é o Hilo.
 Ureteres (2): via urinária que atravessa obliquamente a parede da bexiga, de modo que se forma uma válvula que impede o refluxo de urina.
 Bexiga: reflexo de micção e armazenamento da urina. É um músculo liso de contração involuntária. Possui dois esfíncteres (externo e interno). Aguenta comportar em média 250 ml.
Esfíncter Uretral Interno: músculo liso, controle involuntário.
Esfíncter Uretral Externo: músculo esquelético, controle voluntário. Quanto mais idoso, mais “frouxo” ele fica, gerando a incontinência urinária. Em recém natos e em pessoas que têm secção na medula espinhal também não há esse controle voluntário do Esfíncter Uretral externo.
Uretra: é um tubo que leva a urina da bexiga para o exterior no ato da micção; a parte inicial está no interior da bexiga. Uretra masculina é mais longa e mais fina que a Uretra feminina.
Micção: Quando a bexiga está cheia de urina o músculo se distende, estimulando as fibras sensitivas aferentes que vão levar um sinal elétrico até a medula espinhal. Da medula espinhal virá a resposta motora que é o aumento da motilidade, o relaxamento do esfíncter uretral interno e a consciência da necessidade de urinar.
 Se a pessoa responder “sim” e for urinar, ocorrerá o relaxamento do esfíncter uretral externo e a micção.
 Se a pessoa responder “não” e optar pela retenção urinária, ocorrerá contração do esfíncter uretral externo e refluxo urinário para a bexiga, levando toda a sujeira da uretra para dentro da bexiga, o que é uma das grandes causas de infecções urinárias nas mulheres. Ex: Infecção urinária baixa = Cistite.
Rim: Possui uma parte externa chamada de Córtex Renal, e uma parte maisinterna chamada medula renal.
A unidade funcional do rim (onde ocorre a filtração e formação da urina) é chamada de néfron. Os néfrons estão arrumados 80% na região do córtex renal e 20% na região da medula renal.
NÉFRON É COMPOSTO POR: 
Corpúsculo Renal:
- Rede capilar ou Glomérulo Renal
- Cápsula de Bowman
Túbulos Renais: Túbulo Contorcido proximal; Alça de Henle (Descendente e Ascendente); Túbulo Contorcido Distal que desemboca no Ducto Coletor.
Formação da urina nos néfrons:
 A filtração do sangue ocorre no glomérulo renal (rede capilar) e na Cápsula de Bowman (onde é recolhida a urina primária). E a formação da urina final ocorre nos túbulos renais.
 O sangue que será filtrado no néfron chega através da arteríola glomerular aferente. Esse sangue vem do ventrículo esquerdo do coração através da Artéria Aorta, Artéria Abdominal, Artéria Renal que se divide nos rins originando várias outras artérias até chegar às Arteríolas Glomerulares Eferentes. Esse sangue chega ao Glomérulo Renal com uma grande pressão que irá facilitar a ultrafiltração do sangue.
 As substâncias que passam para a cápsula de Bowman atravessam uma membrana ou barreira de filtração formada pelas células dos capilares glomerulares (endotélio) e pelas células que formam a cápsula de Bowman (podócitos = filtração seletiva). Essa barreira não permite a passagem de células grandes e altamente carregadas eletricamente: ela é seletiva em relação ao tamanho e a carga das substâncias.
 A urina que é formada na Cápsula de Bowman chama-se urina primária. Essa urina primária passará pelo Túbulo Contorcido Proximal e sofrer alterações transformando-se em urina isosmótica.
 A Arteríola Eferente dará origem à outra rede capilar, chamada de capilares peritubulares. Esses capilares peritubulares vão fazer uma rede capilar em torno dos túbulos contorcidos, para fazerem trocas com esses túbulos, porque a filtração do glomérulo é falha. Muitos elementos que precisam ser lançados nos túbulos para formar a urina não são lançados, enquanto outros que são importantes ao nosso corpo são lançados para serem posteriormente jogados fora na urina. Portanto, haverá trocas entre os túbulos renais e os capilares peritubulares para a formação da urina final. Esse sistema de trocas ocorre por:
Reabsorção: Passagem de uma substância que está nos túbulos renais para os capilares peritubulares e posteriormente para a veia renal, voltando para o nosso organismo. Ex: Aminoácidos, glicose, Na+, Cl- e H2O (no túbulo contorcido proximal).
Secreção: Secreção de uma substância que está nos capilares para os túbulos renais. Ex: Substâncias tóxicas, drogas e pesticidas (no túbulo contorcido proximal).
 Chegando à Alça de Henle Descendente haverá reabsorção de água, gerando uma urina concentrada ou hipertônica (mais soluto do que solvente). Após isso, a urina irá para a Alça de Henle Ascendente, onde haverá reabsorção de sódio e cloreto, transformando a urina em hipotônica ou diluída.
 Essa urina hipotônica vai chegar no Túbulo contorcido distal, onde a urina sofre a ação do PTH que retira o cálcio, do ADH que retira a água e da Aldosterona que retira cloreto e sódio. Por fim, a urina entrará no Ducto Coletor (ainda hipotônica ou diluída).
 No Ducto Coletor a urina sofre ação do ADH que faz reabsorção de água e tem também secreção de substâncias tóxicas, gerando, por fim, a urina final.
SISTEMA DIGESTÓRIO:
 Tubo Gastrointestinal: Boca, laringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus.
 Estruturas anexas: glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar.
A∙ Funções: Reposição dos nutrientes (energia); Absorção dos micronutrientes (nos intestinos); Digestão dos alimentos (mecânica e enzimática ou química); Transporte através do tubo gastrointestinal (movimentos peristálticos).
OBS: Tubo Gastrointestinal é da cavidade bucal até 1/3 do esôfago e é formado por músculo esquelético voluntário. Depois desse terço até o ânus temos musculatura lisa involuntária.
B∙ Controle Neural do sistema digestório:
Sistema Nervoso Entérico: 
Plexo mioentérico → controla os movimentos peristálticos do tubo gastrointestinal e está localizado na camada muscular externa.
Plexo submucoso → responsável pela liberação do conteúdo das glândulas e está localizado na camada submucosa.
Sistema Nervoso Autônomo: 
Simpático → Efeito inibitório
Parassimpático → Estimula os movimentos peristálticos e a liberação de secreções glomerulares.
Fibras Sensitivas Aferentes:
A Acetilcolina é 
estimulatória
 do Sistema Digestório, e a noradrenalina e adrenalina são inibitórias. Bulbo 
SNC SN Somestésico
 Córtex
C∙ Movimentos do Tubo Gastrointestinal:
Fase Cefálica da digestão → É estimulada pelos cinco sentidos, nesse caso a acetilcolina é liberada e estimula a liberação de secreções (saliva gástrica, etc).
Mastigação → É auxiliada pelos dentes, língua e saliva. É um processo voluntário e reflexo.
Deglutição → Ocorre em três fases, começando na boca e terminando quando o bolo alimentar chega ao estômago.
1ª fase: Voluntária ou Oral – A língua empurra o alimento em direção a faringe.
2ª fase: Faríngea ou reflexo – O bulbo envia respostas motoras que provocam o fechamento da cavidade posterior nasal, fechamento da glote e relaxamento do esfíncter esofágico superior.
3ª fase: Esofágica ou involuntária – O bolo alimentar chega no esôfago e é transportado até o estômago por ondas peristálticas que promovem o relaxamento do esfíncter esofágico inferior (chegada no estômago).
D∙ Estômago:
- Movimentos peristálticos fortes.
- Secreções gástricas:
a) HCl (ácido clorídrico): Mata bactérias dos alimentos, estimula o pepsinogênio, defende e protege o organismo. Sua liberação é estimulada pela gastrina e histamina (hormônios que o próprio estômago produz). Outro que estimula a secreção ácida é o Cálcio. Elementos exógenos: Álcool e cafeína. Sua liberação é inibida por: inibição da bomba pilórica (impedem a troca de H+ pelo K+) pelo fármaco omeprazol; ou pelo impedimento da ligação da histamina com seu receptor H2 pela anitidina.
b) Fator Intrínseco: Protege e conduz a vitamina B12 até o ílio, onde será absorvida.
c) O HCl ativa o pepsinogênio que se transforma em pepsina que faz a digestão das proteínas.
- Hormônios:
a) Gastrina: Estimula o esvaziamento gástrico no duodeno e a liberação das glândulas gástricas.
b) Barreira mucosa gástrica: É formada por células cervicais mucosas e células superficiais que secretam um muco “pegajoso” rico em íons bicarbonato (HCO-3) que protege a mucosa gástrica contra o ácido clorídrico.
- Esvaziamento lento do estômago:
a) 1° - O bolo alimentar é transformado em quimo ácido e chega ao antro. A gastrina é liberada e aumenta os movimentos peristálticos nesse local, promovendo o relaxamento do esfíncter pilórico. Ocorre a liberação de uma pequena quantidade de quimo no duodeno.
b) 2° - Achegada do quimo no duodeno promove a liberação dos seguintes hormônios: Secretina, Colecistocina, Peptideo inibidor Gástrico (GIP) e Acetilcolina (ACh) que inibem a gastrina e promovem o fechamento do esfíncter pilórico.
c) 3° - Após a digestão de gordura, proteína e carboidratos no duodeno, o processo se reinicia.
E∙ Secreção Biliar:
 Bile – produzida pelas células hepáticas (fígado) e armazenada na vesícula biliar. Composta por sais minerais, colesterol, bilirrubina e biliverdina. É liberada quando o quimo chega ao duodeno, onde é liberado a colecistocina e a secretina que atuam no pâncreas promovendo a liberação da secreção alcalina e nos ductos hepáticos promovendo a liberação da bile para o canal colédoco.
 Uma das grandes funções da bile é emulsificar as gorduras, quebrando-as em pedaços menores denominados de micelas. Dessa maneira, facilitando a ação das enzimas lipases e a absorção de gordura. Por isso, o indivíduo que retira a vesícula biliar continua produzindo bile, mas não tem o local que a armazena, portanto liberará menor quantidade de bile no quimoácido. Essa pessoa precisa ingerir alimentos com pequenas porções de gordura para evitar fezes engorduradas ou esteatorréia, já que ela não consegue fazer a digestão e a absorção de gordura, já que sem a bile a ação das lipases (que digerem as gorduras) é prejudicada.
 Colecistocinina ou CCK – Estimula o pâncreas para que ele libere as suas enzimas, causa fortes contrações na vesícula biliar e relaxamento do esfíncter de Oddi (fica fechado para impedir a secreção biliar de sais).
 No intestino delgado ocorrem os movimentos peristálticos de mistura ou segmentares, que são movimentos mais suaves e que têm como função misturar o alimento com as enzimas digestivas e facilitar a digestão e absorção dos nutrientes.
G∙ Intestino Grosso:
Função de absorção de água e eletrólitos das fezes; e lubrificação das fezes, facilitando seu trânsito e a eliminação pelo ânus.
Apresenta movimentos peristálticos fortes, denominados “movimentos de massa”, que empurram as fezes em direção ao ânus.
- Reflexo da Defecação:
O reflexo de defecação é iniciado quando a parede do reto se estende → Reflexo parassimpático → Contração da parede do sigmóide e do reto e relaxamento do esfíncter anal. 
OBS: O controle do esfíncter anal externo é controle voluntário, se a defecação é interrompida; o reflexo pára até o próximo movimento de massa.
SEGUINDO AS DICAS DA PROFESSORA:
Sistema nervoso
Glândulas Adrenais (ou Supra-Renais):
 São glândulas endócrinas que se localizam acima dos rins. São duas glândulas endócrinas separadas, a parte interna é a Medula da Adrenal (gânglio do sistema nervoso simpático totalmente modificado, onde ocorre liberação de Acetilcolina) e a externa é o Córtex adrenal (dividido em três zonas).
 Dentro da Medula Adrenal ocorre uma sinapse entre o neurônio pré-ganglionar vindo da medula espinhal que gera uma resposta motora e uma despolarização no neurônio pós-ganglionar modificado, as células cromafins. As células cromafins são neurônios pós-ganglionares modificados que vão liberar noradrenalina e adrenalina (80% de toda a adrenalina do nosso organismo), que são as catecolaminas, na circulação sanguínea. Essa liberação acontece principalmente em situações de estresse e gera uma descarga adrenérgica, uma resposta ao estresse.
 A Medula da Adrenal é responsável pela descarga adrenérgica, isto é: liberação de grande quantidade de adrenalina em situações de estresse. Nesse caso a adrenalina é lançada diretamente na corrente sanguínea e causa os sintomas do estresse: sudorese, taquicardia, palidez, tremores, etc. Junto com a adrenalina, o hormônio cortisol também é liberado no estresse para proteger o organismo dos efeitos negativos dessa situação. Outra via para ocorrer a descarga adrenérgica é através do momento em que o estresse atinge o Sistema Nervoso Central Superior, o encéfalo, atingindo também o eixo hipotálamo-hipofisário, atingindo a adrenal. A adrenal faz a descarga adrenérgica. O estresse é defesa, prepara-se o organismo para luta ou fuga, porém, o estresse crônico provoca diversas doenças prejudiciais ao nosso corpo.
 O Córtex da Adrenal tem uma grande característica: todos os seus hormônios são dependentes do colesterol e são denominados hormônios corticóides. Ele possui uma divisão em três zonas: zona glomerulosa, secretora dos mineralocorticóides, zona fasciculada, secretora dos glicocorticóides, e zona reticulada, secretora dos androgênios. Essas zonas necessitam todas de um mesmo substrato, o colesterol livre, a diferença entre elas está nas enzimas, cada uma tem as suas.
 Os hormônios da Zona Glomerular ou Glomerulosa são produzidos através da transformação do colesterol em hormônios mineralocorticóides. Esses hormônios controlam os níveis de sódio, cloreto e potássio no organismo. A aldosterona é o principal hormônio mineralocorticóide dos seres humanos. A aldosterona atua nos rins, nos túbulos distais, para aumentar a reabsorção de íons Na+ e a excreção de íons K+. 
 Os hormônios da Zona Fascicular são produzidos através da transformação do colesterol em hormônios glicocorticóides. Esses atuam no metabolismo da glicose promovendo a hiperglicemia. O cortisol é o principal glicocorticóide humano. Ele promove maturação ao feto; é o hormônio da vigília; inibe o sistema imunológico – imunossupressão - durante o estresse inibindo a interleucina e a proliferação de histamina e de serotonina dos mastócitos e das plaquetas (ele é antiinflamatório); diminui a síntese de proteínas (principalmente a síntese de colágeno que estimula a cicatrização); estimula a gliconeogênese e o armazenamento do glicogênio (aumenta a lipólise, diminui a sensibilidade à insulina no tecido adiposo); faz inibição da formação óssea (diminui a produção de osteoblastos pela queda da absorção de Ca++ intestinal). OBS: A cortisona é um hormônio produzido em laboratório que funciona como agonista do cortisol, copiado sua fórmula. Ela se liga nos receptores do cortisol e provoca os mesmos efeitos dele. Se uma pessoa tem estresse constante, terá inibição do sistema imunológico sempre, o que é prejudicial. Por esse motivo, após grandes estresses a pessoa geralmente fica com algum problema de saúde. A pessoa que usa cortisona muito tempo pode ter osteoporose, diabetes, hipertensão, edemas, diminuição da permeabilidade vascular, etc.
 A secreção do cortisol é regulada pelo eixo hipotálamo-hipofisário pelo mecanismo de feedback negativo. O hipotálamo libera o fator CRH que vem até a adenohipófise e estimula a liberação do ACTH. O ACTH vem até a zona fascicular e estimula a liberação do cortisol, que vai ao tecido alvo e promove a resposta. Quando o cortisol está alto, ele faz feedback negativo no hipotálamo e na adenohipófise, diminuindo os níveis de CRH e de ACTH.
 Os hormônios da Zona Reticulada são produzidos através da transformação de colesterol em androgênios ou esteróides sexuais, são os androgênios adrenais. Em mulheres contribuem para o impulso sexual (libido) e em homens desempenham a formação das características sexuais secundárias (barba, bigode, hipertrofia das cordas vocais, etc) e o crescimento e escurecimento da região escrotal e peniana na puberdade. Após a puberdade eles perdem a importância, já que a síntese de testosterona nos testículos é muito maior. Os principais androgênios sexuais são: testosterona e DHEA.
 OBS: Se a pessoa tiver excesso de hormônios corticóides, ela pode gerar a Síndrome de Cushing, cujos sintomas são: ganho de peso, face em lua cheia, estrias cor de rosa no abdome, retardo no crescimento da criança, pernas finas, atraso na maturação sexual, fadiga, fraqueza e alterações cutâneas.
Hipertensão
Eritropoese (formação de hemácias ou eritrócitos
Anemias
Débito cardíaco
Válvulas Cardíacas
Sistema Renina-Angiotensina
Controle Neural do Sistema Respiratório
Trocas gasosas e a membrana Hematorespiratória
Funções do Sistema Renal e dos rins
Aspectos Morfológicos do Sistema Renal
Néfron – Partes do néfron e a formação da urina.
Digestão e absorção de gorduras e a ação da Bile
Estômago – Ácido Clorídrico

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