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Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neurofisiologia – Fernanda Daumas SENTIDOS QUÍMICOS OLFAÇÃO • Para que sintamos o cheiro de algo moléculas odo- ríferas viajam pelo ar ate chegar no teto da cavi- dade nasal onde existe o epitélio olfatório. Esse epitélio possui receptores olfativos que são os neurônios bipolares. Esses neurônios possuem cí- lios no ápice de deus dendritos que permitem cap- tar as moléculas odoríferas. Em geral a molécula odorífera chega, entra em contato com os cílios fa- zendo com que ele abra seus canais iônicos e as- sim entre sódio e ocorre potencial de ação levando a informação sensorial ao encéfalo. CADA NEURÔNIO EXPRESSA UM TIPO DE PROTEÍNA • Ao longo do epitélio da cavidade nasal existe uma serie de neurônios bipolares. Cada um deles irá ex- pressar apenas um tipo de proteínas de ligação para uma molécula de odor. Ou seja, cada neurô- nio vai ter preferencia por determinados odores. Alguns neurônios podem responder para o odor cí- trico, mas não responder para floral e hortelã por exemplo. Esse epitélio precisa estar sempre lubrifi- cado com uma camada de muco para que as molé- culas odoríferas consigam se ligar ali. ➢ A junção de um conjunto de neurônios bipolares sensoriais constitui o nervo olfatório. Esses neurô- nios irão fazer sinapse região do bulbo olfatório com outro neurônio chamado de segunda ordem que leva informação adiante. ➢ A informação olfativa não passa pelo tálamo antes de chegar ao córtex. GUSTAÇÃO • O órgão da gustação é a língua. Ela por sua vez possui predominância para percepção de determi- nados sabores em cada região. • A variedade de sabores que a língua consegue de- tectar é na verdade uma combinação entre os 4 sabores básicos: salgado, azedo, doce e amargo. Além deles temos um quinto sabor: umami. (pos- sui processamento distinto dos outros sabores). GOSTO não é apenas a gustação. A gustação contribui com a ideia que temos do gosto que é uma ideia cortical. Todo o reco- nhecimento depende não apenas da gustação, mas tam- bém da olfação e tato. ESTÍMULOS • O que estimula uma célula a mandar informação adiante são estímulos referentes aos sabores bási- cos: uma célula gustativa referente ao sabor sal- gado será sensíveis ao sódio que tem em alimen- tos salgados. O sódio será capaz de fazer com que essa célula libere neurotransmissor para se comu- nicar e para que essa informação vá adiante no sis- tema nervoso. ❖ Azedo: H+ ❖ Doce: glicose ❖ Amargo: quinino ❖ Umami: glutamato ✓ Não há apenas receptores para gustação na língua, mas também no palato faringe e epiglote. RECEPTORES • Os receptores são as células gustativas. • Na língua temos a papila gustativa e cada papila é preenchida por botões gustativos e cada botão possui células gustativas. • A parte apical das células gustativas contem cílios que recebem as moléculas de gustação. Os cílios possuem canais que vão ser capazes de se ligar ao sódio (no caso do sabor salgado), na glicose (no caso do doce) e assim por diante. As células gusta- tivas interiormente estarão ligadas a fibras aferen- tes. Embaixo dessas células há célula basal, células que tem capacidade de se diferenciar em células gustativas. foto CADA SABOR BÁSICO SERÁ DETECTADO POR UM TIPO DE CANAL EXEMPLO DE TRASNDUÇÃO DO SABOR SALGADO Uma célula gustativa que tem afinidade para o sabor sal- gado terá canais de sódio. O sódio chega na célula gustativa entrando pelos canais nos cílios apicais dessa célula, ao Sentidos químicos Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neurofisiologia – Fernanda Daumas SENTIDOS QUÍMICOS entrar carga positiva ele despolariza a célula abrindo canais de cálcio dependentes de voltagem fazendo com que o cál- cio entre na célula e libere as vesículas com neurotransmis- sor. Esse neurotransmissor é liberado e faz sinapse com o nervo craniano adjacente que vai levar a informação adi- ante. EXEMPLO DE TRANSDUÇÃO DO SABOR AZEDO • Nesse caso o íon que entra na célula é o H+, ao en- trar na célula o H+ bloqueia canais de potássio re- tendo carga positiva que por sua vez despolariza a membrana junto com a entrada do próprio H+, as- sim abrem -se canais de cálcio dependente de vol- tagem e o cálcio libera as vesículas. Os mecanis- mos culminam sempre na liberação das vesículas. EXEMPLO DE TRANSDUÇÃO DO SABOR AMARGO • Existem alguns mecanismos para amargo. A princi- pio existem mais de um de um receptor de amargo. O quinino é a mais estudada. ❖ Nesse caso a substancia amarga em si ocasiona al- guma substancia intracelular que despolariza a membrana fazendo a entrada de cálcio na célula e consequentemente liberando vesículas de neuro- transmissores. EXEMPLO DE TRANSDUÇÃO DO SABOR UMAMI • O umami possui um mecanismo próprio de trans- dução. O glutamato se liga a um canal iônico que se abre e assim entra cálcio e sódio que despola- riza a membrana entrando cálcio e libera as vesícu- las de neurotransmissores. EXEMPLO DE TRANSDUÇÃO DO SABOR DOCE • A glicose se liga aos receptores ativa eventos intra- celulares que fecha canais de potássio despolari- zando a célula abrindo os canais de cálcio e libe- rando as vesículas com neurotransmissores. Uma substancia com gosto doce, mas sem glicose conse- gue ativar os receptores para o sabor doce de alguma forma funcionando como um agonista da glicose CAMINHO DA INFORMAÇÃO • As células gustativas vão estar em contato com nervos: nervo vago, glossofaríngeo e facial, essa in- formação vai para o tronco encefálico e em se- guida para o tálamo e córtex gustatório.
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